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Rev. Bras. Enferm. vol.35 número34

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Academic year: 2018

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eBEn, 35: 192-199,1982

o PAPEL DO (A) ENFERMEIRO (A) DO TRABALHO NA REINSERÇÃO SOCIAL DA PESSOA COM DEFICl;NCIA

* Terezinha Aparecida Neves * Mrlucia Nunes Comru - Adelia Ono Tonaki - Eneida Stigliano

ReBEnj02

NEVES, T. A. e Colaboradores - O Papel do(a) Enfemeiro(a) do Trabalho na Reinserção ocial da Pessoa com Deficiência. Rv. Bra. Enf.: RS, 35: 192-199, 1982.

I NTRODUÇÃO

Uma das questões mais atuais em relação a Direitos Humanos é a questo dos Direitos das Pessoas Deficientes. Nesse entdo, foi resolido na 34! essão da ONU, em 1979, que 1981 seria o Ano Internacional das Pessoas Deficientes, rcomendando que fossem realizadas uma série de ações que enham promover a "cocretização dos direitos das pessoas deicientes, notadamente na partci­ pação da vida social em toda a sua plenitude nas mesmas bases e em idênticas condições dos demais cidadãos". (1).

:

a própria ONU que reonhece como essoa deiciente aquela "que or si mesma é inc­ pz de ssegrr, total ou prcilmente, as necessidades de uma ida indiidual ou social normal, em decorrência de uma deiciência, congênita ou o, em suas capacidades físicas ou mentais". ( 1).

Uma das justiicativas da ONU pra uma tomada de posição de tal natureza é a estimativa de que cerca de 450 milhões de pessoas no mundo apresentam alguma forma de deiciência. No Brasil consider-se este número como aproimadamente 12 mlhões ou seja, em cada 10 brasileiros 1 é porta­ dor de lgum tipo de deiciência. A sses dados, estatísticas projetadas esclrecem que devem ser acres­ centados anualmente mais 3 milhões de novos deficientes.

Eses indivíduos encontram�e na sua mioria, mrginalizados,quer seja em silos, sanató·­ rios, hospitais, crches e instituições assistenciais (cuja assistência é dscutíel), nos quartos de fundo das casas de fmília e uns poucos confinados a seus lares. Esta mrginalização se dee não ó às condi­ ções uncionais impostas pela deiciência, mas ainda a brreirs físicas impostas pelas condições arquitetônicas das cidads, barreiras pesoais como nalfabetismo e inabidade, prática pra resoler eus probemas e brreiras sociis ditadas pelo prcoceito e discrimnação da população em geral.

* Enfermeira do Trabalho - chefe de sço do riço de Enfermagem da Diiso de Reabilita­ ção roissional de Vegueiro - Hospital das Oínicas - FM USP.

* * Enfermeira - Dietora do eriço de Enfemgem - idem * ** nfermira - chefe de seço - idem

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NEVES, T. A. e Colaoradores -O Papel do(a) Enfenneiro(a) do Traballio a Reinserção ocial da Pessoa com Deficiência. Rv. Ba. Enf.:RS, 35: 192-199, 1982.

Lutr contra esses problemas não é empreendimento fácil, nem de baixo custo, ms tenta­ mos encará-los como um desaio; tuemos dentro daquilo que estiver ao nosso alcance, ao alcance das enfenneiras. Se aceitarmos esse desio poderemos ajudar a intgração oU reinteração de muitos indi­ víduos deficentes na ociedade, mediante o dsempenho de papéis sociais mais adequados à sua poten­ cialidade e condções, amplindo a partir daí seu universo de participaço como ser humano e cidad'o.

nesse contexto que se insere o enfenneio do trabalho, que não temos dúida, será mais um elemen­ to poitivo pra contribuir na conscução dos objetivos do A.I.P .D., dentro dos quais destacamos: a co­ laoração no ajustamento social das pessoas deicientes, a promoção de esforços pra proporcionr oportundade de emprego apropriado, a educaço e infonnção do público quanto aos sus diritos de participr e contribuir para diversos aspectos da ida ecoômica, social e política e a promoção de medidas concretas de prevenção de incapacidades. Tais objetivos, somados a outros irão certamente ajudar a atingr a meta de Participaço Plena e guldades.

precso, de antemão reconheer que as pessoas com deficiência, além das necessidades básicas por todos nós conhecidas têm uma necessidade básica especíica - a de se eneicir de seri­ os de Hablitação/Reabilitaço, em os quais no consguiriam "sair s situaçõs típicas de depe­ dência ou inadquada.atuação por seus próprios meios". (3). Tis seriços eigem o trabalho interado do grupo de profissionais que abordam a pesoa com deiciência ob o ponto de vista rigorosamente gobal e brangente, procurndo ajudá-la no ajustamento físico, psicosocial e à ida de trabalho. A en­ fenneira em pouco a pouco garantindo o seu luar nessa equipe, porque identiicou lacuns nesse tio de ssistência que à ela caberia prencher.

Uma breve menção de Horta em demonstrr a bragência do papel da enfemeira na es­ tória de ida de todos os "seres humnos, em qualquer fse do seu ciclo ital e do ciclo saúdeenfenni­ dade". De pssgem, poderímos mencionr a atuação da enfenneira nos spectos preventivos e de promção da saúde, interado nas fases preventivas, curativs e de reabilitação. Enfocando a fase cura­ tiva podemos costatar a participação obrigatória da enfenneira no processo evoutivo de doenças crô­ nicas degenerativs, na atenção em unidads de emegência e em U.T.I e nas demais modalidades. A enfenneira acompanha o paciente e sua fmília nas fases mais crítics, do nascimento a morte, passan­ do por episódios de instalação busca ou proressiva das deficiêncis. � inquestionável sua responsabi­ lidade para aplicação correta e adequada das medidas terapêutics e preventivas, sem descuidar do seu papel expressivo. Conhecer o paciente e perceber o que é mellior pra ele, fzê-Io participar de cada etapa de sua assistência facilitará sem dúida o seu retorno mis rápido à fmia. O ideal que deve ser perseguido incessantemente por nós é que cada paciente possa, por ocasião de alta, estar o mais próxi­ mo posíel do seu padrão, em condições de retornr o seu estilo de ida anterior. Mas, sabemos que á situações irreersíveis, carctes pela instalação de deficiências que comprometem o quilbrio familir em eus spctos globais. E a enfenneira se pegunta: Qual seá o futuro destes pacientes? Co­ mo sobreivero a tantas diiculdades? Dada a extensão e graidade do problema o paciente necessitará dos rcuros especiais de Cento de Habilitaço/Reablitação, pra o qual deverá ser encaminhado, des­ de que a comunidade disponha de tal rcuro. Nesses centros o paciente, agora cliente, mais participn­ te e eclrecido quanto a seus problemas atuais e futuros, poderá encontrr novamente a enfenneira para ajudá-lo, intgrado a ouros proissionais da equie.

Nessa equipe, a efenneira á contribuir dcisivamente no processo de reinteração, me­ diante fonnas especics de trabalio, e direcionado pra cada cliente em particular, ajudandoo a ssu­ mir as atiidads do uto�uidado como cuidado corporal, vestuário, cuidado com aprência pessoal, alimentação, eliminação, desempenho de atiidades do lr e outros. Essas atividades são fundamenta­ s nos spectos de ducação que leIl o ciente a promoer e protger sua súde, através de m "me­ hor conhecimento de seu próprio coro, suas reçõs, susceptiblidades e, a partir daí, ssumir

om fundamentaç�o o auto�dado. ão componentes dessa atividade ducatia: conhecimento do pó­ prio corpo, educação sexual, sanemento básico, prevenção de doenças e complicações, prevenção de acidentes no lr e no trabalho, orientação e utilzação de recurps da comunidade, orientação e reforço qunto a necessidade de controle médico periódico pra a manuteção do nível funcional ótimo, ainda que portador de deiciência". (2).

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NEVES, T. A. e Colaboradores -O Papel do(a) Enfermeiro(a) do Trabalho na Reinserção ocial da Pessla com Deficiência. Rv. Bra. Enf. : RS, 35: 192-199, 1982.

onfiante e independente no seu cuidado pessoal, se permitindo até formular planos para uma ida mais plena no futuro. Irá decobrir novas formas de viver, de atender s suas necessidades básicas. E dentre estas, segurança fmanceira e auto-realização são as necessidades que o impulsionam para a ida de trabaho, competindo com o melhor de si no mercado . A passagem da dependência para indepen­ dência está registrada quando ele entra neste conteto. : eidente que não podemos deiar de registrr com os incontáveis caos de pessoas com deficiências que por falta de recuros adquados não têm a orte de se beneiciar de proramas especiis, sendo encaminhados, ainda assim, para o mercado de tra­ ballio. Cabe aqui ressaltar, que a atuação da enfermeira do trabalho junto a eles será de fundamental importância, nos aspectos que se seguem.

11 ATUAÇÃO DA ENFERMEIRA DO TRBALHO JUNTO AO TBALHADOR COM DEFICÊNCIA

Graçs ao enfoque que as organizações internacionais e nacionais estão dando ao APD, es­ tamos sguros de que, em uturo bm próximo, conseqüêntes s disposições dos diversos grupos da sociedade, haverá um rande fluxo de pesoas capacitadas pra trabalhar, emora portadoras de de­ iciência.

: nesse estágo, que se inicia a participação da enfermeira do trabalho no processo de inte­ gração/reinteração social das pessoas com deiciência. Ela poderá ser elemento mais participante a medda em que ajude a eclrecer o público obre o potencial desses trabalhadores, contribuindo pra remover bareiras e preconceitos, abrindo estradas por onde hão de pasar muitas pesoas que, embora or vezes nos choquem visualmente, ão capazes de alcançar com seu trabalho e seu talento, o sustento própro e de sua família. : isto que os ajuda a sentirem-se cidadãos comuns, gente como nós, com os direitos e deveres inerentes a todo cidadão, ainda que com problemas especiais.

A enfermeira do trabalho, dentro das suas unções tradicionais deverá estar atenta pra al­ guns enfoques especiais que passaremos a enumerr :

1 - No assessoramento à equipe de saúde:

e junto à equipe:

conscientizr seus componentes pra que vejam a pessoa portadora de deiciência como alguém capz de produzir, apesr de ser portador de uma seqüela;

trzer à quipe, dados sobre o dsempenho das pessoas com deiciência que tenham obtido sucesso no seu papel de produtor de bens;

dsperr na equipe a ncessidade da continuidade dos eames periódicos específicos à preveção de maiores aravos à saúde face a seu quadro clÍnico desencadeante da deficiêcia e função exercida.

ejunto o cndidato :

realizr entrevista de enfermgem com objetivo de levantr suas reais condições para o atendimento de suas necessidades básicas, conrontndo posteriormente esses dados com s condções físicas do local de trabalho : (existência de draus x cliente em cad. de rodas).

orientar preparo os eames complementares ou especficos e desenvolver programa de orientação, se necesáio ;

2 - Na identiicação dos agentes de desequilíbrio homem/mbiente :

A enfermeira deve estar atenta às brreiras do meio ambiente, que interferem no desem­ penho das atividades de todos os trabalhadores e que poderão ser muito mais significati­ s pra s pesoas que portm deiiências.

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EES, T. A. e Colaboradores - O Papel do(a) Enfermeiro(a) do Traballio na Reiserção ocial da

Peoa com Deiciência. Rev. Bras. Ef.: RS. 35: 192-199, 1982.

Como exemplos de problemas e das facilitações podemos citr:

trabalhadores que necessitam de maior hidratação e que usam o sanitário com mais freqüêcia devem ter facilidades de acesso aos bebedouros e sanitários, preferencial­ mente ;

pessoas portadoras de visão sub-normal devem traballiar sob condições especiais de iluminação para o seu comprometimento : ex : reflexão de raios luminoos x campo da telelupa.

pessoas que usam cadeiras de rodas, próteses, órteses, muletas e bengalas, devem ter acesso aos diferentes locais no ambiente de trabalho. Pra tanto muitas vezes se fz ncessário oferecer algumas facilitações como por exmplo a colocação de uma cadei­ ra comum no interior do sanitário para pemitir a trnsferência de pesoas paraplégi­ as; melhor posicionamento de móveis para ampliação do espaço ; pequenas rampas onde existem deraus ;

pessoas portadoras de problems de coluna ou de problemas quanto à mecânica cor­ poral devem permanecer acomodadas em bancos ou assentos especiais a seu tipo de omprometimento (mais altos ou mais baixos), ou ainda que exigem algum acima ex­ tra ou adaptação .

em csos de refeitórios, as mess qundo muito próximas ums das outras, diicultam a aproximação de pessoas com cadeiras de rodas ou órteses. Nesses casos dee-se es­ tudar a possibilidade de distanciar lgumas das mesas ou estabelecer que as mesas das exremidades posm ser liberadas a eles. As pessoas portadors de deficiência isual devem ser bem orientadas e, em alguns casos auxiliadas nos primeiros dias para que

posm se orientr no ambiente e tornrse independente.

Eses são apenas alguns exemplos de problemas comuns às pessoas com deficiência e al­ gumas facilitações que podem ser feitas. Os meios pelos quais se podem processar as faci­ litações são os mais diversos possíeis e dependem muito da criatiidade, esforço e boa ontade por parte daqueles que trabalhm na área da saúde ocupacional e também por parte do trabalhador, deve colaborar dando informações objetvas. Deve-se ressaltar a im­ portância de se conhecer não só o potencial como as limitações do indivíduo e suas im­ plicações durante o desempenho de atvidades.

3 - Na educação :

através do processo educativo que a enfermeira contribuií pra maior compreensão das pessoas sobre seu corpo, seus limites de segurança e importância da saúde. A conside­ ração da saúde como o bem maior do indivíduo garantirá uma atuação mais consciente e cuidadosa pra se precaver dos gravos que a ela podem suceder num ambiente de traba­ lho não salutar. Estamos falando de prevenção .

E como funciona o corpo de uma pessoa com deiciência?

Esta é uma das explorções ou explanações que se dee fzer dentro do processo educati­ o quando trabalhamos com pessoas portadoras de deficiência. O enfermeiro (a) deve sa­ ber orientar sobre as dferentes deficiências, em seus aspectos específicos como por exemplo : implicações da longa permnência numa mesma posição (sentado ou em pé) no aprcimento ou aravamento de problemas renais, vesicais, articulares ou de pelo em pa­ raplégico ou amputados; o aravamento dos quadros de cegueira em pessoas portadoras de visão sub-normal quando traballiam em locais mal iluminados; possíveis complicações de pele nos portadores de próteses de membros deido a longas caminhadas.

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funcio-NEVES, T. A. e Colaboradores -O Papel do(a) Enfermeiro(a) do Trabalio a Reinserção ocial da Pesoa com Deficiência. Rev. Bras. Enf.: RS, 35: 192-199, 1982.

nais de indivíduos portadores de diferentes tipos de deiciências.

4 - Na nálise das doenças ocupacionais e acidentes de traballio :

Através de observações contínuas e sistemáticas, pocurase identificar as causas das doenças ocupacionais e acidntes de traballio, com a finalidade de diminuir sua incidên­

cia, atuando tanto em relação ao homem como tamém o meio ambiente.

Dentro dessas análises abre-se novo campo de pesquisa para a enfermagem : o estudo da incidência' entre acidentes de traballio e doenças ocupacionais na população de traballia­ dores com deiciência.

O que tem sido observado no nosso meio, é uma automática rejeição, da parte das empre­

sas, com relação o candidato a traballio que aprsenta uma determnada deficiência,

porque a existência deta é erronemente associada ao abenteísmo no traballio e a licen­

ça médica. erá este conceito verdadeiro? O julgamento precipitado e não fundamentado

contribui portanto para que as pessoas com deficiência tenham dificuldade de acesso ao traballio competitivo, sendo como consqüência impedidos de contribuir pra o prores­ o social.

5 - Na proposição de alteração e reforço das medidas de prevenção que levem ao desempenho mais seguro e adequado das funções :

o incentivo ao uso de equipamentos especiais de segurnça é responsabilidade da Co­ missão Intena de Prevenço de Acidentes - CIPA - e a enfermeira que a integra d­ e reforçr a necessidade de seu uso através de orientações especíicas voltadas para a prevenção. om referência ao uso de máscaras, luvas e gorros nas indústrias frmacêu­ tcas, que muitos entendem como "m modo de não contminar o material" o enfo­ que prcisa ser alterado para o signiicado maior de "não se contaminar"; o uso de fo­ nes ou tampões nos ouidos quando o traballiador é permanentemente exposto aos ruídos excessivos; uso sistemático das máscras ou óculos nas atiidades em que o in­ divíduo está sujeito a sorer leões na face ou no globo oculr (uso de esmerillio).

6 - No reconhecimento de situações de risco e inadaptação do homem à função :

além do que já foi referido no item 2, temos a acrecentar ainda, que deve-se analisr as condições de atuação do traballiador a fim de identiicr posíveis inadaptações do

homem à função. Sabe-se que a inadaptaço da pessoa a seu traballio é fator de i­

co, aumentando a possibilidade de erros, acidentes e stress emocional e físico . Exem­ plificando temos o caso de pesoas cardíacas que traballim em locais com altas tem­ peraturas ou sob tensão constante.

7 - Na prticipação das CIPAS:

uma das contribuições mais efetivas da enfermeira do traballio, junto às CIPAS, é sua atuação preventva nos aspectos da detecção de condções insegurs e dos atos inegu­ ros. Esses dados chegam naturalmente à enfermeira na medida em que o traballiador a veja como um elemento preocupado não apenas com a produtiidade industrial, mas também e principalmente com seu deempenho dentro das normas de segurança e equilíbrio entre o homem (bio-psico-social) e o ambiente (físico e material). Deve-se atentar às condições físicas das pessoas portadoras de deficiência e as condi­ ções de ambiente de traballio, dada as limitações em termos de locomoção, o que acrreta uma maior probabilidade de acidentes. Pessoas com deiciências visuais por exemplo que traballiam em locais com grande número de maquinário e têm pouco es­ paço para utilização da bengala correm riscos de acidentes.

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NEVES, T. A. e Colaboradores - O Papel do(a) Enfermeiro(a) do Traballio a Reinserção ocial da Pessoa com Deficiência. Rv. Ba. Enf. : RS, 35: 1 92-1 99, 1 982.

8 - No atendimento a emergências :

a enfermeira procurará atuar com presteza, sgurança e adequacidade, de modo a im­ pedr agravos mais sérios a saúde do traballiador.

9 - Nas anotações:

no rgistro criterioo e preciso das ocorrências a enfemeira pode auxiliar na incre­ mentação dos dados estatísticos para futuros traballios de pesquisa que enham de­ monstrar riscos ainda não identificados.

Nesses, a obevação atenta e capacidade criativa poderão levar a soluções iáveis em favor da segurança do traballiador com deiciência.

III CONCLUSÃO

rocuramos enfocar a participação da enfermeira do trabalho na renserção do indivíduo ortador de deficiência; sua contribuição é essencial como elemento de apoio e de complementação ds atiidads de atenção gobal às necesidades básicas da pessoa com deficiência, atendida nterior­ mente em erviços de Habilitaço/Reabilitação que llies assegurem uma adquada articulação entre o seu trabaho, sua capacidade física, suas potencialidades e o ambiente social.

e o propóito dos srviços de saúde é a obtenção do equilíbrio entre o homem e seu meio ambente, a enfermeira como elemento interante e participnte dessa equipe, deve estar atenta pra planejar suas ações de modo a contribuir objetivamente pra o alcance desse propóito.

Sendo a enfemeira um proissional que, por características de desempenho acompanha o ser humano no seu ciclo vital, sobre elas recaem oportunidades infmitas de ' e receber, contribuindo assim para a elevação ou manutenção do paciente ou cliente na sua condção de ser humano, de gente com direitos inalieáveis e potencial a ser explorado de modo a alcançar seu ápice através do desempe­ nho satisfatório.

V CONSIDERAÇOES

1 . como direito das pessoas portadoras de deiciêncis, a participação plena e igualdade: - que um dos objetivos da carta de 1980, aprovada na Assembléia Intenacional de Rea­ bilitação em Wirminpeg é "executar todas as medidas ncesárias para oferecer a maor integração e partcipaço possível das pessoas deicientes na vida da comunidade"; e

- tamém difundir informações sobre as pessoas deficientes e suas capaCidades ; a defi­ ciência e sua prevenção e tratamento, com a fmlidade de aumentar os conhecimentos e conscientizar o púbico destes problemas e de ua importância pra cada sociedade;

2. que o traballio é a complementação do atendimento iniciado a reabilitação global;

3. o desconhecimento das enfermeiras que atuam em outras áreas de assistência à saúde, a

respeito das necessidades dos indivíduos portadores d, deiciência ;

4. que uma pessoa com deiciência que tenta disputar uma vaga no mercado de traballio, na maioria das vezes, é possuidora de condções para executr a função ;

5. que o homem deve ser visto como participante de uma economia e não apenas como agente de produção ;

6. que as dificuldades encontradas pelo rupo em conseguir biblioraia referente às ativi­ dades da enfermeira do traballio junto as pesoas portadoras de deiciências ;

7. que algumas pessoas portadoras de deiciência emora reabilitadas podem apresentr

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V RECOMENDAÇOES

1 . que as enfermeias, através da assistência de enfermagem global e planejada atendam de modo a: a) prevenir a instalação de deficiência ; b) minimizr os efeitos da deficiência ; c) facilitar a in­ tração ou reintegração do indivíduo portador de deiciência ao seu meio social em condições de pr­ ticipação plena :

- que as enfermeiras, or meio de contatos com a comunidade, desempenhem seu papel de orientadora e educadora contribuindo , pra a quebra de brreiras atitudinais para com as pessoas portadoras de deficiência ;

2 . que a s enfermeiras d o trabalho atuem d e forma a mnter o níel uncional ótimo do trabalhador com deficiência, de modo a facilitar o desempenho de seus papéis de produtor de bens ;

3. que as enfermeiras procurem participr mais atvamente de encontros específicos, visan­ do alcançar maior e melhor troca de experiências;

- que as enfermeiras que trabalhem no campo da habilitação/reabilitação procurem elabo­ rar trabalhos ou cursos pra divulgação de suas exeriências;

4. que a enfermeira do trabalho seja um elemento de facilitação na sua reinserção social através do trabalho ;

5. que a enfermeira do trabalho atue como agente de preenção e de promção a saúde procurando adequar o mbiente o homem e não o homem ao ambiente ;

6. que as enfermeiras do trabalho diulguem suas experiências, elaborem estudos a respei­ to da atuação das pessoas com deiciência no seu papel de trabalhador ;

7. que a enfemeira de trabalho esteja atenta as suas peuliaridades e programem um aten­ dimento de caráter preventivo, isando a mnutenção do seu níel funcional ótimo e desempenho sa­ tisfatório.

1 BIBLIOGRAFIA

(1) ASSEMBlIA DE REABILITAÇÃO Internacional - Carta de 1 980, Winninpeg, 22-27, junho, 1 980.

(2) COMARU, M.N. Contribuição do (a) enfemeiro (a) nos asectos de ajustamento social das pes­

oas com deficiência - Palestra proferida na III Jornada de Enfermagem - Alagoas, Maio , 1981.

(3) COMISSÃO ESTADUAL de Apoio e Estímulo ao Desenvolimento do Ano Intenacional das Pes­ oas Deficientes - Relatório - ão Paulo, 1 9 8 1 .

(4) Declração dos Direitos das Pesoas Deicientes - ONU, 09/1 2/75.

(5) PEREIRA, D.W. - Rabilitação Proissional do Acidenado - Rev. Basileira Saúde Ocupacional, S. Paulo , 7 (28) : 73-6, 1 979.

(6) RUY, A.S. - Controle a Eiciência do Trabalho , oleção da Engenhria de rodução e Adminis­ tração Industrial - So Pulo, 1 967

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NEVES, T. A. e olaboradores - O Papel do(a) Enfermeiro(a) do Trabalho na Reinserção ocial da Pssoa com Deficiência. Rv. Ba. Enf. : RS, 35: 1 92-1 99, 1 982.

(7) SASSAK, R.K. - Atividade da Vida Diia e Sucesso Profissional do Reabilitado, S. Paulo , agos­ to, 1 968.

(8) SILVA, O.M. - Maginalidade - Apostila elaborada para treinmento de pessoal em seiço da D.

R.P.U. - FM - USP, janeiro, 1 970.

Referências

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