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CÂNTICO DOS CÂNTICOS DE """' SAL O MAO

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Academic year: 2021

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CÂNTICO DOS CÂNTICOS DE

"""'

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CÂNTICO DOS CÂNTICOS DE

,...,

SAL O MAO

INTRODUÇÃO

1. Título-O livro é conhecido como Cânticos de Salomão. Seu nome latino é Canticum Canticorum, do qual se derivou o título "Cântico dos Cânticos". No hebraico, é chamado Shir Hashirim, "o Cântico dos Cânticos", talvez um idiomatismo para "o melhor dos mui-tos cânticos de Salomão", no mesmo sentido que "Rei dos reis" quer dizer "o Rei suprem.o". Salomão "compôs três mil provérbios, e foram os seus cânticos mil e cinco" (lRs 4:32). Um livro de seus provérbios foi preservado no cânon hebraico do AT, mas os Cânticos de Salomão parecem ter sido as únicas canções incluídas no cânon hebraico.

2. Autoria-O título e a tradição estão a favor da autoria salomônica. Seria estranho se nenhum dos muitos cânticos que Salomão escreveu (lRs 4:32) tivesse sido preservado. Alguns atribuem os Salmos 72 e 127 a Salomão (ver a introdução desses salmos).

Quatro pontos principais resumem a evidência interna a favor de uma autoria salomônica: a. A apresentação do conhecimento sobre plantas, animais e outras peculiaridades da natureza estão em consonância com o que é dito sobre Salomão (ver 1Rs 4:33).

b. A evidência do conhecimento de amplos produtos estrangeiros como os que foram importados no tempo de Salomão.

c. A semelhança dos Cânticos de Salomão com certas partes do livro de Provérbios (Ct 4:5, cf. Pv 5:19; Ct 4:11, cf. Pv 5:3; Ct 4:14, cf. Pv 7:17; Ct 4:15, cf. Pv 5:15; Ct 5:6, cf. Pv 1:28; Ct 6:9, cf. Pv 31:28; Ct 8:6, 7, cf. Pv 6:34, 35).

d. A linguagem dos Cânticos corresponde à que se poderia esperar para a época de Salomão. Pertence ao período de florescimento da língua hebraica. Altamente poética, vigorosa e fresca, não possui traços da decadência que se tornaram evidentes no período de declínio quando ocorreu a divisão dos reinos de Israel e Judá.

Nenhuma dessas indicações é conclusiva em si mesma, mas juntas elas apontam fort e-mente Salomão como autor (ver MDC, 49).

3. Contexto histórico -Os Cânticos foram compostos no período áureo da monar-quia hebraica. Parece que o rei escreveu sobre seu próprio amor. Surge uma pergunta: <11~ para qual das muitas esposas ele compôs essa canção de amor? Salomão amou muitas mulheres estrangeiras (l Rs 11:1) incluídas entre 700 esposas princesas e 300 concubinas ( 1 Rs 11 :3). O número apresentado em Cânticos 6:8 é menor: apenas 60 rainhas e 80 con-cubinas. Assumindo que os Cânticos de Salomão formam uma unidade e que o casamento comemorado é o do próprio Salomão, tem-se a impressão de que ele escreveu a canção na juventude. A noiva é descrita como uma jovem camponesa sulamita. Um enlace com uma moça dessa classe seria um verdadeiro "casamento por amor", sem razões políticas ou outros motivos de conveniência, que foi o caso de muitos dos matrimônios de Salomão.

(4)

COMENTÁRIO BÍBLICO ADVENTISTA

Esse tipo de relacionamento faria desta história do casamento de Salomão uma ilustração mais apropriada do relacionamento entre Cristo e a igreja, já que pelo menos partes da canção têm sido consideradas como ilustração de tal associação (ver Ed, 261; MDC, 64; T7, 69).

A sulamita (Ct 6:13) possivelmente seria uma sunamita (ver 1Rs 1:3) como sugerido pela LXX. Se for assim, a donzela seria de Suném, uma cidade no território de Issacar (ver ]s 19: 18), 11,2 km a leste de Megido. Suném foi o cenário da comovente história registrada em 2 Reis 4:8-37, em que o profeta Eliseu ressuscitou o filho de sua benfeitora sunamita. O moderno povoado de Sôlem fica nesse local.

4. Tema - Os Cânticos de Salomão são lindas canções sobre o amor ideal no antigo Oriente, escritos no estilo de poesia idílica e não no estilo mais elegante das formas de lite-ratura épica, lírica e dramática. Alguns consideram o livro como uma antologia de canções de amor, talvez escrita por diferentes autores e não uma obra com um plano único devido à dificuldade de encontrar a ligação adequada entre as diferentes partes do poema. Outros argumentam a favor de sua unidade. A favor do último ponto de vista estão as seguintes considerações: (l) O nome Salomão é destacado em todo o poema (Ct l:l, 5; 3:7, 9, 11; 8:11, 12); (2) há recorrências de palavras similares, ilustrações e figuras em todo o poema (Ct 2:16,

cf

.

6:3; Ct 2:5, cf. 5:8); (3) as referências à família da noiva são coerentes; o pai nunca é mencionado, apenas a mãe e os irmãos (ver Ct 1:6; 3:4; 8:2).

Quanto ao traçado exato ou o .progresso da narrativa, há muitas opiniões divergentes e qualquer sistema adotado é artificial (ver mais no Esboço).

Aparentemente, toda a canção é uma história de amor entre Salomão e uma jovem cam-ponesa do norte da Palestina com quem o rei se casou por amor. A história serve como uma linda ilustração do amor de Cristo pela igreja e pelos seus membros individualmente. As Escrituras do Antigo e do Novo Testamento ilustram a terna união entre Deus e Seu povo por meio do relacionamento entre marido e mulher (ver Is 54:4, 5; ]r 3:14; 2Co 11:2; MDC, 64).

Deve-se acrescentar uma palavra de advertência. Os Cânticos de Salomão têm sido um "oportuno campo de caça" para alegoristas durante muitos séculos. A introdução da alego-rização das Escrituras na igreja cristã pode remontar à escola alexandrina, no Egito, e par-ticularmente a Orígenes (c.184 d.C.-c. 254 d.C.), o primeiro grande representante desse método. O sistema nasceu a partir de uma fusão entre a filosofia grega e o cristianismo. O método persistiu em diferentes graus de vigor desde então. Como ilustração dos extremos a que chegam tais métodos estão os exemplos a seguir, elaborados por vários intérpretes ale-góricos dos Cânticos de Salomão: o beijo de Cristo: a encarnação; o rosto da noiva: cristia-~~ nismo formal e boas obras; seus enfeites de ouro: fé; nardo indiano: a humanidade redimida;

os cabelos da noiva como o rebanho de cabras: as nações convertidas ao cristianismo; as 80 esposas de Salomão: a admissão das nações gentílicas ao cristianismo; o umbigo da sula-mita: a taça de onde a igreja refrigera os que têm sede de salvação; os dois seios: o Antigo e o Novo Testamentos.

A loucura de tal método é que ele presume uma autorização para interpretações figu-radas sem fornecer critérios para controlá-las. Apresenta como validade para uma inter-pretação apenas a imaginação do intérprete. Poderá haver uma tentativa geral de tirar conclusões conforme a analogia da Escritura, mas a tentativa é muito fraca para manter a imaginação do alegorista sob controle.

(5)

CÂNTICO DOS CÂNTICOS

Uma regra exegética segura é permitir que somente os escritores inspirados interpre-tem os simbolismos da profecia, as características de uma parábola, a importância espiri-tual de incidentes históricos e o significado espiritual de recursos visuais no ensino, como o santuário e seus serviços. Somente quando um escritor bíblico ou o Espírito de Profecia especificamente indica o significado de um símbolo é que se pode saber o mesmo com segurança. Todas as outras interpretações deveriam ser mantidas com a qualificação de que são interpretações pessoais sem o "Assim diz o Senhor".

Como uma parábola requer muitos detalhes para completar a narrativa, alguns deta-lhes não possuem ligação direta com a interpretação espiritual, o mesmo acontece com um incidente histórico. A narrativa é apresentada de forma completa e coerente, mas somente algumas características podem servir como ilustração, e se pode conhecê-las somente por meio de confirmação inspirada.

Que o amor entre Salomão e a sulamita visa ilustrar o amor entre Cristo e Seu povo já foi mencionado. Somente na medida em que a inspiração revela é que se torna possível saber até que grau os diversos incidentes históricos relacionados aos Cânticos têm um sig-nificado especial quando se aplicam ao amor divino. Os comentários de Ellen G. White, cujas referências se encontram ao final de cada capítulo, são um guia seguro para tais confirmações. À parte desses comentários, não há confirmação definida, uma vez que os Cânticos de Salomão não são citados no NT.

Em harmonia com esses princípios, este Comentário adotou o critério de chamar a atenção aos comentários inspirados importantes, sempre que eles são feitos. Em outras áreas será feita apenas uma exposição filosófica, histórica e literária. O leitor é deixado livre nessas áreas para fazer suas próprias aplicações espirituais em harmonia com procedimen-tos exegéticos prudentes. Várias analogias interessantes ficam evidentes.

O cântico é um poema oriental, e muitas de suas ilustrações são estranhas à mente oci-dental. O poema foi escrito no mundo oriental antigo, onde as pessoas falavam mais aber-tamente sobre questões íntimas do que o admite o mundo ocidental moderno.

5. Esboço -O esboço a seguir apresenta apenas um de vários arranjos possíveis, baseado na hipótese de que há uma harmonia intencional entre as várias partes do cântico. A existên-cia dessa harmonia não pode ser comprovada. O esboço não alega superioridade sobre outros esboços que foram criados. Ele demonstra um entre vários padrões de organização. É preciso que haja uma estrutura sobre a qual se construa uma exegese. O esboço está baseado na hipó-tese de que há apenas dois personagens no poema: Salomão e a donzela sulamita. ~~

Muitos críticos modernos e comentaristas adotam um esboço que considera três perso-nagens principais: Salomão, a virgem sulamita e o pastor, apaixonado namorado da sulamita. De acordo com esse enredo, Salomão teria levado a donzela sulamita para sua corte a fim de conquistar seu amor, mas não teve êxito porque a sulamita permanecia fiel ao namorado de sua região e resistia a todos os esforços de Salomão para lhe roubar o coração. Embora esse esboço interprete literalmente o cântico, não é um modelo para ilustrar o amor de Cristo por Sua igreja. l. Título, l: l.

li. O casamento entre Salomão e a donzela sulamita, 1:2-2:7.

A. Diálogo: A donzela sulamita expressa admiração pelo noivo. As moças da corte lhe respondem, 1:2-7. B. Salomão entra. Ele e a noiva trocam mútuas expressões de amor, 1:8-2:7.

III. Lembranças de encontros felizes, 2:8-3:5.

(6)

1:1

COM

EN

T

Á

RIO BÍBLICO ADV

EN

TI

S

T

A

A. Encontro deleitoso na primavera, 2:8-17.

B. A noiva lembra um sonho feliz, 3:1-5. IV. Lembranças do noivado e do casamento, 3:6-5:1.

A. A procissão real, 3:6-11.

B. Salomão Faz uma proposta ele casamento; a sulamita aceita, 4:1-5:1.

V. Amor perdido e reconquistado, 5:2-6:9.

A. A noiva é perseguida por um sonho triste, 5:2-6:3.

B. O amor é reconquistado; Salomão exalta sua noiva, 6:4-9. VI. A beleza ela noiva é exaltada, 6:10-8:4.

A. Diálogo entre a sulamita c as filhas ele Jerusalém, 6:10-13. B. Salomão fica extasiado com a beleza de sua noiva, 7:!-9.

VII. A visita ao lar da noiva no Líbano, 7:10-8:!4.

A. A saudade ela sulamita ao visitar seu ambiente familiar, 7:10-8:4. B. A chegada do casal real, 8:5-7.

C. Diálogo entre a noiva, os irmãos e o rei, 8:8-14.

C

A

PÍTULO

1

1 O amor da esposa para com o esposo. 5 Ela fala de sua formosura 7 e ora para ser levada ao rebanho do amado. 8 Ele a dirige até a tenda dos pastores 9 e mostra seu am.or por ela,

11 dando-lhe graciosas promessas. 12 Esposa e esposo elogiam um ao outro. I Cântico dos cânticos de Salomão.

2 Beija-me com os beijos ele tua boca; po r-que melhor é o teu amor elo que o vinho.

3 Suave é o aroma dos teus unguentos, como unguento derramado é o teu nome; por isso, as donzelas te amam.

4 Leva-me após ti, apressemo-nos. O rei me i ntrocluziu nas suas recâmaras. Em ti nos r

ego-zijaremos e nos alegraremos; do teu amor nos lembraremos, mais do que elo vinho; não é sem razão que te amam.

5 Eu estou morena e formosa, ó filhas de Jerusalém, como as tendas ele Quedar, como as

cortinas de Salomão.

6 Não olheis para o eu estar morena, porque o sol me queimou. Os filhos de minha mãe se indignaram contra mim e me puseram por guar -da ele vinhas; a vinha, porém, que me pertence, não a guardei.

7 Dize-me, ó amado de minha alma: onde

§

...

apascentas o teu rebanho, onde o fazes repousar

pelo meio-dia, para que não anele eu vagando junto ao rebanho dos teus companheiros?

8 Se tu não o sabes, ó mais formosa entre

as mulheres, sai-te pelas pisadas elos rebanhos e apascenta os teus cabritos junto às tendas dos pastores.

9 Às éguas dos carros de Faraó te comparo, ó querida minha.

!O Formosas são as tuas faces entre os teus

enfeites, o teu pescoço, com os colares. ll Enfeites de ouro te faremos, com incru s-tações de prata.

J 2 Enquanto o rei está assentado à sua mesa, o meu narclo exala o seu perfume.

13 O meu amado é para mim um saquitel ele mirra, posto entre os meus seios.

14 Como um racimo de flores ele hena nas vinhas de En-Gedi, é para mim o meu amado.

15 Eis que és formosa, ó querida minha, eis que és formosa; os teus olhos são como os elas pombas.

(7)

CÂNTICO DOS CÂNTICOS 1:7

16 Como és formoso, amado meu, como és amável! O nosso leito é de viçosas folhas,

1. Cântico dos cânticos. A expres-são indica que esta canção é de excelê n-cia peculiar. Os judeus consideravam os Cânticos de Salomão como os melhores dentre todos os cânticos bíblicos. O título original possivelmente comparava os câ n-ticos com outras 1.004 composições de Salomão (lRs 4:32).

2. Beija-me. Quem fala, evide nte-mente, é a donzela sulamita. Seu discurso continua até o fim do v. 7, com exceção das interrupções das damas da corte, indicadas pelo pronome "nos" do v. 4.

Teu amor. A mudança da terceira pes-soa do singular na primeira linha para a segunda pessoa do singular é comum na poesia hebraica. A palavra traduzida como "amor" está no plural, indicando muitas atenções e manifestações de amor.

Vinho. Do heb. yayin, o suco da uva (ver Gn 9:21; 1Sm. 1:14; Is 5:11; etc.).

3. Unguento derramado. O perfume e o unguento eram preciosos entre os ori en-tais. Para a noiva de Salomão, o nome de seu amado significava mais elo que qualquer perfume.

Donzelas. Do heb. 'almnoth, "moças" (ver com. ele Is 7:14). Possivelmente a noiva de Salomão estivesse pensando em si mesma, apesar de, por modéstia, não ter se identificado claramente. Ela diz apenas que Salomão é o tipo de homem que uma moça como ela amaria.

4. Leva. Do heb. rnashah, neste verso, "atrair em amor" (ver Jr 31:3; Os 11:4).

Apressemo-nos. Possivelmente esta fala seja elas clamas da noiva.

Em tuas câmaras. Alguns veem nos v. 2 a 4 uma alusão a um cortejo nupcial e esta frase como uma descrição da entrada no palácio.

17 as traves da nossa casa são de cedro, e os seus caibros, de cipreste.

Em ti nos regozijaremos. Poss ivel-mente outra fala das clamas da noiva.

Os retos te amam (ARC). Ou "te amam com probidade". Estas palavras de aprovação poderiam ter sido ditas pela noiva que acreditava que todos deveriam sentir carinho pelo homem tão encantador a quem ela amava. Ela sentia que todos aprovariam a sua decisão de se casar com Salomão.

5. Eu estou morena. Ela está simp les-mente dizendo que a sua pele está escura.

Quedar. Tribos nômades de Ismael (Gn 25:13) que habitavam nos desertos da Arábia (ver Is 21: 16; 42: 11). É comum aos beduínos viver em tendas feitas com pelo negro de cabra.

6. Não olheis. Isto evidencia que sua pele escura era devido ao sol e não à origem étnica. A LXX interpreta este texto como "o sol tem me olhado com desfavor".

Os filhos de minha mãe. Parece que os irmãos mais velhos da noiva haviam encarregado a irmã menor de cuidar das vinhas, o que a deixou com a pele bron-zeada pelo sol.

A vinha, porém, que me pertence.

Isto é, sua beleza pessoal (ver Ct 8:12). Os ir-mãos dela não lhe concederam tempo livre ou oportunidade para cuidar da aparência.

7. Teu rebanho. Este verso ap re-senta uma dificuldade na representação do amado como pastor, função que Salomão não desempenhou. Pode ser que a noiva, numa imagem poética, pense nele como o companheiro de sua vida campestre. Alguns creem que Salomão se disfarçou de pastor quando a visitou em casa para cortejá-la.

Repousar pelo meio-dia. Nas regiões quentes, durante o calor escalclante do sol ...

§

do meio-dia, os pastores procuravam um 1259

(8)

l :8 COMENTÁRIO BÍBLICO ADVENTISTA

lugar à sombra para que eles e também o rebanho ficassem abrigados.

Ande eu vagando. Do heb. 'otyah, lite-ralmente, "alguém que está velado". Se duas consoantes forem transpostas se obteria a tradução: "alguém que vagueia". Esta inter-pretação é encontrada na Peshitta (versão Siríaca), na Vulgata e na tradução grega de Símaco.

8. Se tu não o sabes. Outra voz é intro-duzida. Pode ser Salomão ou uma resposta bem-humorada das damas da corte dizendo

à sulamita que fosse paciente. O amado apareceria no devido tempo. Enquanto isto, ela deveria continuar cuidando de seus rebanhos.

9. Às éguas. Literalmente, "minha égua". Salomão compara sua noiva e seus atavios com uma égua real adornada na corte do faraó. A comparação parece rude à mente ocidental, mas é completamente apropriada para o pensamento oriental.

Carros. Ver lRs 10:26, 28, 29.

12. Nardo. Um perfume envolvente

importado da Índia. A planta nardostachys jatamansi, de cujas raízes os hindus extraem o perfume aromático, cresce nas pastagens mais altas do Himalaia, numa altitude de

3.353 a 5.182 metros. Logo, o nardo setor-nou um artigo comercial.

13. Saquitel de mirra. A mirra era extraída de uma resina aromática da árvore árabe chamada balsamodendron myrrha.

Há informações de que as mulheres hebreias, em algumas ocasiões, levavam sob o vestido, saquinhos de mirra presos ao pescoço.

14. Racimo de flores de hena. Esta planta crescia ao sul da Palestina e produ-zia flores perfumadas, brancas e amare-las. Algumas vezes, as folhas e os galhos eram moídos, e as mulheres preparavam um corante laranja-avermelhado para tingir suas mãos e pés.

En-Gedi. Literalmente, "fonte do ca-brito". Ficava a leste do Mar Morto, a meio

caminho da foz do Jordão e da extremidade sul do lago. Ainda flui na região uma fon-te abundante conhecida hoje como A.in ]idi.

16. O nosso leito é de viçosas folhas. Não está claro se a noiva está descrevendo uma cama no palácio ou se está se referindo ao ambiente onde morava anteriormente.

Alguns veem neste verso uma alusão ao leito nupcial. Seria natural para a noiva descrever sua felicidade com imagens emprestadas do que lhe era familiar.

CAPÍTULO

2

1 O amor mútuo entre esposo e esposa. 8 A esperança 10 e o chamado da esposa. 14 O cuidado do esposo por sua amada. 16 A ocupação da esposa; sua confiança. 1 Eu sou a rosa de Sarom, o lírio dos vales.

2 Qual o lírio entre os espinhos, tal é a mi-nha querida entre as donzelas.

3 Qual a macieira entre as árvores do bos-que, tal é o meu amado entre os jovens; desejo muito a sua sombra e debaixo dela me assento, e o seu fruto é doce ao meu paladar.

4 Leva-me à sala do banquete, e o seu estan-darte sobre mim é o amor.

5 Sustentai-me com passas, confortai-me com maçãs, pois desfaleço de amor.

6 A sua mão esquerda esteja debaixo da mi-nha cabeça, e a direita me abrace.

7 Conjuro-vos, ó filhas de Jerusalém, pelas gazelas e cervas do campo, que não acordeis, nem desperteis o amor, até que este o queira.

8 Ouço a voz do meu amado; ei-lo aí galgan-do os montes, pulando sobre os outeiros.

(9)

CÂNTICO DOS CÂNTICOS 2:4 9 O meu amado é semelhante ao gamo ou ao

filho da gazela; eis que está detrás da nossa parede, olhando pelas janelas, espreitando pelas grades.

lO O meu amado fala e me diz: Levanta-te, querida minha, formosa minha, e vem.

li Porque eis que passou o inverno, cessou a chuva e se foi;

12 aparecem as flores na terra, chegou o

tem-~.,_ po de cantarem as aves, e a voz da rola ouve-se em nossa terra.

13 A figueira começou a dar seus figos, e as vides em flor exalam o seu aroma;

levanta-te, querida minha, formosa minha, e vem.

1. Eu sou a rosa de Sarom. A di vi-são deste capítulo tem levado alguns a asso -ciar o v. l com os seguintes. Desta forma, Salomão seria o interlocutor neste verso e os dois títulos "rosa de Saram" e "lírio do vale" seriam aplicados espiritualmente a Cristo. Segundo a gramática e o contexto, é mais natural considerar este verso como uma declaração da noiva. A palavra da qual se traduz "lírio" pode ter gênero mas-culino ou feminino. Neste verso ocorre a forma feminina, enquanto que a masculina é encontrada nos cap. 2:16; 4:5; 5:13; 6:2, 3; 7:2. A forma feminina ocorre novamente no cap. 2:2, em que é aplicada à donzela sulamita. Considerações contextuais ta m-bém favorecem este ponto de vista. Sendo assim, a noiva está confessando sua m odés-tia, declarando que se sente deslocada no palácio. Ela é apenas uma flor do campo.

A palavra traduzida como "rosa" ocorre apenas neste verso e em Is 35:1, e sua ide n-tidade é incerta. Pode ser identificada com o açafrão, asfódelo ou narciso. Parece que se tinha em mente alguma flor silvestre.

"Saram" significa literalmente um

campo", "uma planície". O nome próprio se refere à planície marítima entre Jope e o monte Carmelo. A LXX considera "Saram",

14 Pomba minha, que andas pelas fendas dos penhascos, no esconderijo das rochas es -carpadas, mostra-me o rosto, faze-me ouvir a tua voz, porque a tua voz é doce, e o teu ro s-to, amável.

15 Apanhai-me as raposas, as raposinhas, qu.e devastam os vinhedos, porque as nossas vi-nhas estão em flor.

16 O meu amado é meu, e eu sou dele; ele apascenta o seu rebanho entre os lírios.

17 Antes que refresque o dia e fujam as sombras, volta, amado meu; faze-te semelh an-te ao gamo ou ao filho das gazelas sobre os mon -tes escabrosos.

neste verso, como uma designação geral de um campo aberto.

2. Lírio entre os espinhos. Não os espinhos de plantas e árvores, mas plan -tas espinhosas. Salomão garante à sua noiva que, as demais mulheres comparadas a ela, são como plantas espinhosas e ela uma linda flor campestre.

3. A macieira. A noiva devolve o elogio. Seu noivo, comparado a outros homens, é como uma árvore frutífera, e eles são ár vo-res estéreis.

Debaixo dela [de sua sombra]. A noiva desfruta a sombra e come os fru -tos com muita satisfação. Estas palavras têm sido utilizadas para ilustrar o descanso da alma à sombra do amor de Cristo, des-frutando um abençoado companheirismo com o Senhor. Os benefícios dessa comu -nhão não podem ser apreciados por aqueles que se detêm apenas por alguns instan -tes na presença de Jesus. Com muita fre-quência a agitação das atividades da vida tira os preciosos momentos de comunhão, tão essenciais ao crescimento saudável na graça (ver T7, 69; Ed, 261).

4. Sala do banquete. Literalmente, "casa do vinho" (ver com. de Ct 1:2). Este verso tem sido usado para ilustrar melhor a 1261

(10)

2:5 COMENTÁRIO BÍBLICO ADVENTISTA

comunhão com Cristo (ver com do v. 3; ver

também PJ, 206, 207; Ed, 261).

5. Sustentai-me com passas. Melhor

seria "sustentai-me com bolos de uvas

secas". Esses bolos eram considerados esti

-mulantes e também benéficos em casos de

esgotamento.

Desfaleço de amor. No português moderno poderíamos dizer que ela estava

apaixonada. A noiva estava completamente

dominada pelas emoções dessa nova

experiência e não conseguia encontrar

palavras adequadas para expressar seus sentimentos.

7. Conjuro-vos. Este verso é um refrão. Ele é repetido nos cap. 3:5 e 8:4. Possivelmente ainda seja a noiva falando.

Meu amor (ARC). A palavra "meu" foi

acrescentada. "Amor" vem de 'ahabah, uma

forma feminina que considera o amor como

abstrato e não como o ser amado. São exal

-tadas as afeições puras e naturais.

8. A voz do meu amado. Os v. 8 a 17 parecem ser as lembranças que a noiva tem de um agradável encontro na prima

-vera. Talvez todo esse conteúdo tenha sido

dito enquanto ela era abraçada pelo noivo

(ver v. 6).

Ei-lo aí. A intuição amorosa da noiva pressente a aproximação de seu amado a longa distância, enquanto ele se dirige para

::;., o lar dela nas montanhas.

9. Gamo. Uma gazela.

Olhando pelas janelas. Literalmente,

"contemplando [a parte externa] da janela".

Ou a oração pode ser traduzida idiomati

-camente como "olhou através das janelas". A imagem mostra Salomão brincando ao procurar sua amada através da janela.

11. Passou o inverno. Os v. 11 a 13

constituem uma das mais belas descrições

poéticas da primavera (ver Ed, 160). A pri-mavera era a estação do ano em que ale

-gres peregrinos viajavam para o festival da

Páscoa em Jerusalém (ver PP, 537, 538).

Cessou a chuva. As últimas chuvas

terminavam no início da primavera (ver vol. 2, p. 93).

12. Rola. Do heb. tor, uma espécie de pombo. Tor é uma onomatopeia, isto é, o som da palavra imita o tom melancólico da ave. Várias espécies de rolas são migratórias e o aparecimento delas marca o retorno da primavera (ver Jr 8:7).

13. A figueira começou a dar seus

figos. Literalmente, "dá sabor a seus figos verdes", possivelmente no sentido de

amadurecê-los.

14. Pomba minha. A pomba das rochas

escolhe os rochedos mais altos e os mais

pro-fundos desfiladeiros como locais de descanso (ver Jr 48:28), a fim de evitar a convivência com as pessoas. É desta forma que Salomão

indica a modéstia e timidez de sua amada.

Rochas escarpadas. Do heb.

madre-gah, melhor seria "precipícios" (comparar com Ez 38:20).

15. Apanhai-me as raposas. O sen-tido desta declaração e quem a pronuncia são questões de conjectura. Sugere-se que a noiva ouviu seus irmãos falando com ela ou que eles interromperam o noivo e que

este pede para ver o rosto e ouvir a voz de

sua noiva. Eles alertam contra as raposas que aparecem na primavera e destroem as vinhas que estão em flor. Alguns creem que a sulamita está expondo o motivo pelo qual ela não pode responder imediatamente ao convite de seu amado, pois ela tem deveres domésticos a desempenhar. Outros opinam que se refere ao prazer que os apaixonados desfrutam ao brincar, perseguindo as pe que-nas raposas por entre as vinhas perfumadas.

16. O meu amado é meu. Estas pala-vras são um refrão frequente neste Cântico de Salomão (ver Ct 6:3). A expressão ilustra a afetuosa relação entre Cristo e Seu povo (ver MDC, 64).

17. Antes que refresque o dia.

(11)

CÂNTICO DOS CÂNTICOS 3:4

estar se referindo ao amanhecer, quando sopra a fresca brisa matutina, ou ao enta r-decer, com o refrescante vento noturno.

Montes de Beter (ARC). Estas monta-nhas não são conhecidas geograficamente.

Talvez a palavra traduzida como "Beter"

deveria ser revista. Bether vem de uma raiz

que significa "cortar em dois", portanto, o

sentido seria possivelmente "montanhas fendidas".

COMENTÁRIOS DE ELLEN G. WHITE

3-T7, 69 3, 4-Ed, 261 4- PJ, 206, 207; T7, 131 ll-13- Ed, 160; PP, 537, 538 15- MCH, 172 16- MDC, 64

CAPÍTULO

3

1 A ansiedade da esposa e sua alegria no amor. 6 A esposa enaltece o marido. l De noite, no meu leito, busquei o amado

de minha alma, busquei-o e não o achei. 2 Levantar-me-ei, pois, e rodearei a cidade, pelas ruas e pelas praças; buscarei o amado da minha alma. Busquei-o e não o achei.

3 Encontraram-me os guardas, que rond a-vam pela cidade. Então, lhes perguntei: vistes o amado da minha alma?

4 Mal os deixei, encontrei logo o amado da ~I> minha alma; agarrei-me a ele e não o deixei ir embora, até que o fiz entrar em casa de minha mãe e na recâmara daquela que me concebeu.

5 Conjuro-vos, ó filhas de Jerusalém, pelas gazelas e cervas do campo, que não acordeis, nem desperteis o amor, até que este o queira.

6 Que é isso que sobe do deserto, como colunas de fumaça, perfumado de mirra, e de

1. De noite. Os v. l a 5 podem ser melhor explicados como o relato de um sonho em que a donzela, momentanea-mente, perdeu seu amado. Contudo, a sepa

-ração foi breve e o reencontro, feliz.

4. Casa de minha mãe. No oriente, as

mulheres tinham apartamentos separados

incenso, e de toda sorte de pós aromáticos do mercador?

7 É a liteira de Salomão; sessenta valentes estão ao redor dela, dos valentes de Israel.

8 Todos sabem manejar a espada e são d es-tros na guerra; cada um leva a espada à cinta, por causa dos temores noturnos.

9 O rei Salomão fez para si um palanquim de madeira do Líbano.

lO Fez-lhe as colunas de prata, a espal -da de ouro, o assento de púrpura, e tudo in -teriormente ornado com amor pelas filhas de Jerusalém.

ll Saí, 6 filhas de Sião, e contemplai ao rei Salomão com a coroa com que sua mãe o coroou no dia do seu desposório, no dia do jú-bilo do seu coração.

nos quais só entravam familiares. Isaque

levou Rebeca para a tenda de sua mãe

quando a tomou por esposa (ver Gn 24:67).

A noiva sonha que o casamento se

rea-liza, não na câmara nupcial do palácio de Salomão, mas em seu próprio lar, no

Líbano, ao norte (ver com. de Ct 4:8).

(12)

3:5 COMENTÁRIO BÍBLICO ADVENTISTA 5. Conjuro-vos. Ver com. de Ct 2:7.

6. Quem é esta que sobe [ ... ]? (ARC).

O pronome "esta" e o verbo "sobe"

represen-tam formas femininas no hebraico. É uma

referência à noiva ou à "liteira" do v. 7. No

caso da última palavra, a tradução deveria

ser "o que é isto?". Não se pode identificar

com certeza o interlocutor.

Começa uma nova seção que descreve um cortejo real. Uma descrição da

comi-tiva depende da interpretação de "quem

é esta". Se refere-se à sulamita, o séquito

pode ser aquele em que Salomão foi

bus-car sua donzela camponesa. Se "quem é

esta? (ARC)" ou "que é isso? (ARA)" for

uma referência à "liteira" de Salomão, a

noiva pode ser aquela que observa a

apro-ximação do cortejo e, como tes

temu-nha ocular, descreve a impressionante

demonstração.

Deserto. Do heb. midbar, que pode

sig-nificar simplesmente uma pastagem ou um

amplo espaço aberto.

Como colunas de fumaça. Isto

possi-velmente se refere ao costume de ir adiante

da comitiva, perfumando o caminho com

incenso. Este era um antigo costume oriental. 7. Liteira. Do heb. mittah, um sofá para

sentar, reclinar ou repousar. O contexto

sugere que, neste verso, o termo se refere à

liteira na qual Salomão era carregado.

Sessenta valentes. Estes eram os

guardas que cercavam o pavilhão do noivo.

A segurança do principal governante reque-ria a constante vigilância de uma guarda.

9. Palanquim. Do heb. 'appiryon,

pos-sivelmente sinônimo de mittah (v. 7) neste

verso, portanto, "carro fechado", "liteira" ou

"maca" de Salomão.

10. Colunas. Possivelmente os pés da

cama ou cantoneiras feitas de prata maciça

ou revestidas de prata. As carruagens reais

eram ricamente adornadas.

O estrado (ARC). Do heb. refidah, que

parece se referir ao apoio, ou grades dos

lados da liteira.

O assento. Do heb. merlwb. A palavra

ocorre em Levítico 15:9, em que é traduzida

como "sela".

Ornado com amor. A tradução literal

da última parte deste verso é "interiormente

ornado com amor pelas filhas de Jerusalém".

Uma tradução livre seria "o interior foi dec

o-rado com uma marca de amor pelas filhas de

Jerusalém". Ornar com amor pode se referir

aos versos bordados pelas filhas de Jerusalém

nas colchas, cortinas ou tapete como

expres-são de seu amor pelo rei Salomão e sua noiva . .,.;:::

"

CAPÍTULO

4

1 O esposo exalta a beleza da nmlher. 8 Ele mostra seu amor por ela. 16 A esposa anseia ser aceita.

I Como és formosa, querida minha,

como és formosa! Os teus olhos são como

os das pombas e brilham através do teu véu.

Os teus cabelos são como o rebanho de

ca-bras que descem ondeantes do monte de

Gileade.

2 São os teus dentes como o rebanho das

ovelhas recém-tosquiadas, que sobem do

lavadouro, e das quais todas produzem gême

-os, e nenhuma delas há sem crias.

3 Os teus lábios são como um fio de es

-carlata, e tua boca é formosa; as tuas faces,

como romã partida, brilham através do véu.

4 O teu pescoço é como a torre de Davi,

edificada para arsenal; mil escudos pendem

(13)

CÂNTICO DOS CÂNTICOS 4:8 5 Os teus dois seios são como duas crias,

gêmeas de uma gazela, que se apascentam

en-tre os lírios.

6 Antes que refresque o dia, e fujam as

som-bras, irei ao monte da mirra e ao outeiro do

incenso.

7 Tu és toda formosa, querida minha, e em

ti não há defeito.

8 Vem comigo do Líbano, noiva minha, vem

comigo do Líbano; olha do cimo do Amana,

do cimo do Senir e do Hermom, dos covis dos

leões, dos montes dos leopardos.

9 Arrebataste-me o coração, minha irmã,

noi-va minha; arrebataste-me o coração com um só

dos teus olhares, com uma só pérola do teu colar.

lO Que belo é o teu amor, ó minha irmã,

noiva minha! Quanto melhor é o teu amor do

que o vinho, e o aroma dos teus unguentos do

que toda sorte de especiarias!

1. És formosa. Até aqui, a principal

interlocutora dos Cânticos tem sido a

don-zela sulamita. A partir deste verso, inicia-se

o discurso mais extenso do noivo. As

lem-branças visam exaltar a beleza da noiva e culminam com uma proposta de

casa-mento, que ela aceita.

Os teus olhos são como os da pomba. Ver Ct 1:15.

Teu véu. Utilizado por muitas mulheres

orientais, o véu é um pano escuro suspenso

na cabeça. Este véu cobre o pescoço e todo

o rosto, com exceção da testa e olhos, e fica

solto sobre o busto.

Como o rebanho de cabras. Os

cabe-los dela são negros e macios, como os pelos

das cabras da Palestina que, em sua m aio-ria, possuíam pelagem negra ou marrom

escura.

2. Rebanho das ovelhas. É bela a brancura dos dentes, bem formados e

simé-tricos, dos quais não há falta de nenhum.

3. Falar (ARC). Melhor seria "boca"

(ARA), como um instrumento da fala.

ll Os teus lábios, noiva minha, destilam

mel. Mel e leite se acham debaixo da tua

lín-gua, e a fragrância dos teus vestidos é como a do Líbano.

12 Jardim fechado és tu, minha irmã, noiva

minha, manancial recluso, fonte selada.

13 Os teus renovos são um pomar de romãs,

com frutos excelentes: a hena e o nardo; 14 o nardo e o açafrão, o cálamo e o cina-momo, com toda a sorte de árvores de

incen-so, a mirra e o aloés, com todas as principais

especiarias.

15 És fonte dos jardins, poço das águas

vi-vas, torrentes que correm do Líbano!

16 Levanta-te, vento norte, e vem tu, vento

sul; assopra no meu jardim, para que se derra

-mem os seus aromas. Ah! Venha o meu a

ma-do para o seu jardim e coma os seus frutos

excelentes!

Fronte (ARC). Do heb. raqqah,

ori-ginado em uma raiz que significa "estar

magro", "estar fraco", portanto, as partes finas do crânio em cada lado dos olhos. Alguns sugerem que o autor tinha em mente as "faces" (ARA).

4. Escudos. Com frequência os escudos

eram pendurados nas torres para orna

men-tação e para estarem à mão em caso de

emergência.

6. Refresque o dia. Ver com. de Ct 2:17.

Isto parece ser outro refrão, talvez dito pela

noiva em sua modéstia e humildade, para restringir o fervor do noivo. Ele, no entanto, imediatamente continua a derramar seu

amor com novas expressões de afeição. ""~

7. Tu és toda formosa. Você é encanta-dora, não tem nenhum defeito. Apresenta-se

a Jesus como dizendo estas palavras à Sua

noiva, a igreja (ver CBV, 356; MDC, 64). 8. Amana. Cordilheira do Antilíbano. Senir. Nome amorita, ugarítico e

aca-diano do monte Hermom (ver Dt 3:9).

As duas montanhas podem estar em

(14)

4:9 COMENTÁRIO BÍBLICO ADVENTISTA aposição neste verso, ou Senir pode ser um

pico destacado do monte Hermom. Salomão quer que a donzela sulamita deixe todas as lindas montanhas de seu país ao norte.

9. Arrebataste-me o coração. O verbo hebraico é derivado do substantivo "c

ora-ção". Literalmente, Salomão disse: "Você

tem me encorajado."

10. Teu amor. Literalmente, "teus amores", isto é, as muitas atenções e

mani-festações de amor (ver Ct 1:2).

12. Jardim fechado. Sob a simbólica expressão de um jardim fechado Salomão

propõe casamento, e sob o mesmo sim-bolismo a donzela sulamita aceita (v. 16). Parafraseando, ninguém entrou neste ja r-dim, nem provou desta fonte cujo selo jamais

foi rompido.

15. Poço de águas vivas. A lingua

-gem deste verso tem sido usada para ilus -trar as correntes perenes e refrescantes que se podem obter da Palavra de Deus (ver PP, 412; PR, 234).

16. Venha[ ... ] para o seu jardim. Esta é a resposta da sulamita. Ela convida o noivo para entrar em seu jardim e comer de seus frutos.

COMENTÁRIOS DE ELLEN G. WHITE

7-MDC, 64; CBV, 356 15- MDC, 20; PR, 234

CAPÍTULO

5

1 O esposo desperta a amada com seu chamado. 2 A esposa experimenta o amor do m.arido e se apaixona. 9 Uma descrição do esposo mediante suas graças. 1 Já entrei no meu jardim, minha irmã,

noi-va minha; colhi a minha mirra com a especiaria, comi o meu favo com o mel, bebi o meu vinho com o leite. Comei e bebei, amigos; bebei farta-mente, ó amados.

2 Eu dormia, mas o meu coração velava; eis a voz do meu amado, que está batendo: Abre-me, minha irmã, querida minha, pomba mi-nha, imaculada minha, porque a minha cabeça está cheia de orvalho, os meus cabelos, das go-tas da noite.

3 Já despi a minha túnica, hei de vesti-la ou-tra vez? Já lavei os pés, tornarei a sujá-los?

4 O meu amado meteu a mão por uma

fres-ta, e o meu coração se comoveu por amor dele. 5 Levantei-me para abrir ao meu amado; as minhas mãos destilavam mirra, e os meus dedos mirra preciosa sobre a maçaneta do ferrolho.

6 Abri ao meu amado, mas j<í ele se re tira-ra e tinha ido embora; a minha alma se derreteu quando, antes, ele me falou; busquei-o e não o achei; chamei-o, e não me respondeu.

7 Encontraram-me os guardas que ronda -vam pela cidade; espancaram-me e feriram-me; tiraram-me o manto os guardas dos muros.

8 Conjuro-vos, ó filhas de Jerusalém, se en-contrardes o meu amado, que lhe direis? Que desfaleço ele amor.

9 Que é o teu amado mais elo que outro ama-do, ó tu, a mais formosa entre as mulheres? Que é o teu amado mais do que outro amado, que tanto nos conjuras?

10 O meu amado é alvo e rosado, o mais di s-tinguido entre dez mil.

11 A sua cabeça é como o ouro mais apura-do, os seus cabelos, cachos de palmeira, são pr e-tos como o corvo.

(15)

CÂNTICO DOS CÂNTICOS 5:10 12 Os seus olhos são como os das pombas jun

-to às correntes das águas, lavados em leite, pos-tos em engaste.

13 As suas faces são como um canteiro de bálsamo, como colinas de ervas aromáti-cas; os seus lábios são lírios que gotejam mir-ra preciosa;

14 as suas mãos, cilindros de ouro, embutidos

1. Entrei no meu jardim. Este verso

deveria estar no capítulo anterior, pois é a

resposta de Salomão ao consentimento da donzela em se casar com ele.

Comei e bebei, amigos. Palavras sem

dúvida dirigidas aos convidados, na festa de

casamento.

2. Eu dormia. Aqui começa uma nova seção. A noiva relata um sonho

agi-tado. Ela sonha que seu amado foi até ela

à noite e, num momento de demora, ela o

perdeu. Algo similar ao sonho já narrado

no cap. 3:1 a 5, mas aqui a ênfase é

colo-cada na angústia e, no outro sonho, no feliz

desenlace.

3. Já despi a minha túnica. Ela

parece dizer: "Já me aprontei para dormir,

não me incomode."

4. Da porta (ARC). Estas palavras

foram acrescentadas e, talvez, corretamente.

Alguns supõem que ele estendeu sua mão

através da janela gradeada da casa dela.

de jacintos; o seu ventre, como alvo marfim, 'li~ coberto de safiras.

15 As suas pernas, colunas de mármore, as-sentadas em bases de ouro puro; o seu aspecto, como o Líbano, esbelto como os cedros.

16 O seu falar é muitíssimo doce; sim, ele é totalmente desejável. Tal é o meu amado, tal, o meu esposo, ó filhas de Jerusalém.

5. Levantei-me. Possivelmente ainda

no sonho.

6. Quando, antes, ele me falou.

Pode-se imaginar uma expressão de desa-pontamento ao ver que o amado partiu.

Busquei-o. Possivelmente ainda no

agitado sonho.

7. Tiraram-me o manto.

Evidente-mente para ver quem ela era.

8. Filhas de Jerusalém. No sonho ela

se vê abordando as filhas de Jerusalém para

que a ajudem a encontrar seu amado.

10. O mais distinguido entre dez mil. Um título adequado para Cristo

(ver OTN, 827; MDC, 43, 49, 64; PJ,

339). A descrição do noivo continua até

o v. 16 e chega ao clímax com a

expres-são "Ele é totalmente desejável". Esta

des-crição está frequentemente associada ao

título "o mais distinguido entre dez mil", quando se refere a Cristo (ver Ed, 69; T6,

175; CPPE, 67).

COMENTÁRIOS DE ELLEN G. WHITE 10, 16- AA, 275; CS, 529; PJ, 339; CPPE, 67; OTN, 827; Ed,69; Ev, 186, 346; FEC, 526; MDC, 43, 49, 64; MCH, 114; MS, 213; 1267 PR, 321; T6, 175 16- MDC, 98

(16)

6:1 COMENTÁRIO BÍBLICO ADVENTISTA

CAPÍTULO

6

1 A esposa confia no esposo. 4 Ele realça os atrativos dela 10 e declara seu amor.

I Para onde foi o teu amado, ó mais formosa entre as mulheres? Que rumo tomou o teu ama-do? E o buscaremos contigo.

2 O meu amado desceu ao seu jardim, aos canteiros de bálsamo, para pastorear nos jardins e para colher os lírios.

8 Sessenta são as rainhas, oitenta, as concubi-nas, e as virgens, sem número.

9 Mas uma só é a minha pomba, a minha ima -culada, de sua mãe, a única, a predileta daquela que a deu à luz; viram-na as donzelas e lhe cha-maram ditosa; viram-na as rainhas e as concubi-nas e a louvaram.

3 Eu sou do meu amado, e o meu amado é meu; ele pastoreia entre os lírios.

4 Formosa és, querida minha, como Tirza, aprazível como Jerusalém, formidável como um exército com bandeiras.

10 Quem é esta que aparece como a alva do dia, formosa como a lua, pura como o sol, for-,..;::;

o

5 Desvia de mim os olhos, porque eles me perturbam. Os teus cabelos descem ondeantes como o rebanho das cabras de Gileade.

6 São os teus dentes como o rebanho de ove -lhas que sobem do lavadouro, e das quais todas produzem gêmeos, e nenhuma delas há sem crias.

7 As tuas faces, como romã partida, brilham através do véu.

1. Para onde. As filhas de Jerusalém conversam com a noiva para ver o que mais ela tem a dizer.

2. Desceu ao seu jardim. A ansiedade devido à perda do amado se foi. Ela sabe que ele está ocupado em outro lugar. Nada acon-teceu para perturbar a felicidade deles.

4. Como Tirza. Nos v. 4 a lO, Salomão faz generosos elogios à sua noiva. Tirza é identificada com Tell el-Fâr'ah, 11,2 km a nor-deste de Siquém, no território de Manassés. Sem dúvida era notável por sua beleza.

Aprazível como Jerusalém. Salomão estabelece uma comparação entre a capi-tal de seu reino no sul da Palestina e sua noiva, para destacar a notável graça desta. Jerusalém era admirada por sua beleza (ver SI 48:2; 50:2; Lm 2:15).

8. Sessenta são as rainhas. Esta é uma referência ao harém de Salomão.

midável como um exército com bandeiras? li Desci ao jardim das nogueiras, para mi-rar os renovos do vale, para ver se brotavam as vides, se floresciam as romeiras.

12 Não sei como, imaginei-me no carro do meu nobre povo!

13 Volta, volta, ó sulamita, volta, vol-ta, para que nós te contemplemos. Por que quereis contemplar a sulamita na dança de Maanaim?

A quantidade de esposas é menor do que a apresentada em 1 Reis 11:3. Esta canção sem dúvida foi escrita no início do reinado de Salomão.

10. Formidável como um exército. Força e beleza estão combinadas neste verso numa descrição bem aplicável à igreja (ver PR, 725; AA, 91). Alguns creem que a p er-gunta deste verso é feita pelas damas da corte quando vislumbraram a sulamita pela primeira vez.

11. Desci. Declaração feita pela noiva.

12. Meu nobre povo. O sentido da expressão é obscuro. A tradução literal seria "meu povo, meu nobre". A noiva se imagina sendo erguida e colocada em uma carruagem ao lado de Salomão.

13. Volta, ó sulamita. Talvez esta declaração tenha sido feita pelos membros do cortejo, que expressaram um desejo de

(17)

CÂNTICO DOS CÂNTICOS 7: l ver melhor aquela que reconheciam como

a rainha.

Por que quereis contemplar [ ... ]?

Uma encantadora expressão de modéstia.

Na dança de Maanaim. Alguns

têm sugerido que esta seria uma refe-rência ao coro das donzelas da noiva e

ao coro dos acompanhantes do noivo.

Outros presumem que se refere a algum

costume local desconhecido e não com-preendido. Há também outros que

pre-ferem transliterar as palavras como "dois

exércitos" (ARC, Mahanaim) e veem uma alusão ao "festejo" da haste angelical em Maanaim com o retorno de Jacó a Canaã (ver Gn 32:1-3). Se este for o caso, a su

la-mita nesse momento teria executado a

"dança de Maanaim".

COMENTÁRIOS DE ELLEN G. WHITE

lO-AA, 91; CS, 464; CE, 7; GC, 425; PR, 725; SC, 147; T5, 82

CAPÍTULO

7

1 Uma descrição adicional dos atrativos da esposa. 1 O Ela confessa sua confiança e seu desejo. Que formosos são os teus passos dados de

sandálias, ó filha do príncipe! Os meneios dos teus quadris são como colares trabalhados por mãos de artista.

2 O teu umbigo é taça redonda, a que não falta bebida; o teu ventre é monte de trigo, cer-cado de lírios.

3 Os teus dois seios, como duas crias, gême-as de uma gazela.

4 O teu pescoço, como torre de marfim; os ~I> teus olhos são as piscinas de Hesbom, junto à

porta de Bate-Rabim; o teu nariz, como a torre

do Líbano, que olha para Damasco.

5 A tua cabeça é como o monte Carmelo, a

tua cabeleira, como a púrpura; um rei está pre

-so nas tuas tranças.

6 Quão formosa e quão aprazível és, ó amor em delícias!

7 Esse teu porte é semelhante à palmeira, e

1. Que formosos. Os v.l a 5 são um el

o-gio, possivelmente pelas senhoras que estão

os teus seios, a seus cachos.

8 Dizia eu: subirei à palmeira, pegarei em seus

ramos. Sejam os teus seios como os cachos da vide, e o aroma da tua respiração, como o das maçãs.

9Os teus beijos são como o bom vinho, vi -nho que se escoa suavemente para o meu a ma-do, deslizando entre seus lábios e dentes.

lO Eu sou do meu amado, e ele tem

sauda-des de mim.

ll Vem, ó meu amado, saiamos ao campo,

passemos as noites nas aldeias.

12 Levantemo-nos cedo de manhã para ir

às vinhas; vejamos se florescem as vides, se se

abre a flor, se já brotam as romeiras; dar-te-ei

ali o meu amor.

13 As mandrágoras exalam o seu pe

rfu-me, e às nossas portas há toda sorte de exce

-lentes frutos, novos e velhos; eu tos reservei,

ó meu amado.

observando, apesar de muitos considerarem que as palavras foram ditas por Salomão. 1269

(18)

7:3 COMENTÁRIO BÍBLICO ADVENTISTA

Como colares. A ênfase está sobre as

joias que então ela utilizava.

3. Como duas crias [ ... ] de gazelas. Comparar com Ct 4:5.

4. Como torre. Comparar com Ct 4:4.

Piscinas. Literalmente, "açudes", como a

mesma palavra foi traduzida em 2 Samuel2:13.

Hesbom. Geralmente é identificado

com Tell Heshân, cerca de 24 km a leste do Jordão. Este local não estava evidente na época de Moisés, mas sua existência ficou comprovada na época dos juízes e da monarquia, inclusive as porções de um grande açude.

Bate-Rabim. Literalmente, "filha de

multidões". Sem dúvida, o nome de um dos portões.

5. Carmelo. Uma cadeia de m

onta-nhas com elevação de cerca de 600 m, for-mando a fronteira sudoeste da planície de Esdraelom e a Baía do Acre.

Tranças. Do heb. rehatim. O sentido

desta palavra é incerto. Em Gênesis 30:38

e 41 significa "canais de água". Pode vir de uma raiz cujo sentido é "correr", "fluir", portanto, um "fluxo descendente". A partir disso, a definição "cachos de cabelos" tem sido sugerida. O rei fala de si mesmo como segurando as mechas de cabelo da sulamita.

7. Palmeira. Do heb. tamar. A alta e ele

-gante palmeira era uma imagem adequada para a beleza feminina. Várias mulheres tiveram o nome Tamar (Gn 38:6; 2Sm 13: l).

10. Eu sou do meu amado. Um refrão

(ver Ct 2:16; 6:3) que termina a seção que exalta a beleza da noiva.

11. Saiamos. Nesta seção a noiva

expressa saudade de seu lar no Líbano. Pode-se imaginá-la implorando a seu es-poso que a leve de volta a seu antigo lar, persuadindo-o com promessas de seu re -novado amor por ele.

13. Mandrágoras. Pela etimologia

popular, "maçãs do amor". Cria-se que era um afrodisíaco e que favorecia a procriação (ver Gn 30:14-16).

CAPÍTULO

8

1 O amor da esposa por seu amado. 6 A veemência do amor.

14 A esposa anseia pela vinda do seu amor.

l Tomara fosses como meu irmão, que mamou os seios de minha mãe! Quando te encontrasse na rua, beijar-te-ia, e não me des-prezariam!

2 Levar-te-ia e te introduziria na casa de mi-nha mãe, e tu me ensinarias; eu te daria a be-ª11> ber vinho aromático e mosto das minhas romãs.

3 A sua mão esquerda estaria debaixo da mi-nha cabeça, e a sua direita me abraçaria.

4 Conjuro-vos, ó filhas de Jerusalém, que não acordeis, nem desperteis o amor, até que este o queira.

5 Quem é esta que sobe do deserto e vem encostada ao seu amado? Debaixo da macieira

te despertei, ali esteve tua mãe com dores; ali esteve com dores aquela que te deu à luz.

6 Põe-me como selo sobre o teu coração, como selo sobre o teu braço, porque o amor é forte como a morte, e duro como a sepultura, o ciúme; as suas brasas são brasas de fogo, são ve -ementes labaredas.

7 As muitas águas não poderiam apagar o amor, nem os rios, afogá-lo; ainda que alguém desse todos os bens da sua casa pelo amor, seria de todo desprezado.

8 Temos uma irmãzinha que ainda não tem seios; que faremos a esta nossa irmã, no dia em que for pedida?

(19)

CÂNTICO DOS CÂNTICOS 8:12 9 Se ela for um muro, edificaremos sobre ele

uma torre de prata; se for uma porta, cercá-la, emos com tábuas de cedro.

lO Eu sou um muro, e os meus seios, como as suas torres; sendo eu assim, fui tida por dig-na da confiança do meu amado.

11 Teve Salomão uma vinha em Baai -Hamom; entregou-a a uns guardas, e cada um lhe trazia pelo seu fruto mil peças de prata.

1. Como meu irmão. A noiva parece

recordar do tempo anterior à remoção dos obstáculos de sua união. Como não podia se declarar a ele como uma mulher apa ixo-nada, ela desejava que seu relacionamento fosse como o de irmão e irmã.

Desprezariam. Isto é, a família e os

amigos dela não a reprovariam.

2. E tu me ensinarias. Conforme

a tradução, a instrutora é a mãe. O verbo também pode ser traduzido como "tu ins-truirás". As duas traduções fazem sentido. As mães dão sensatos conselhos às filhas sobre o casamento. O sábio Salomão, tam-bém havia emocionado o coração de sua jovem noiva ao compartilhar com ela seu vasto conhecimento. Em troca, ela retribui-ria com afeto.

4. Conjuro-vos. Comparar com os

cap. 2:7; 3:5. A repetição deste refrão apoia a ideia de uma calculada unidade do cântico.

5. Quem é esta que sobe [ ... ]? Este verso parece descrever a chegada do casal real à casa da noiva.

Debaixo da macieira te despertei. Salomão sugere que eles devem voltar ao local onde ele conquistou o amor de sua noiva.

Tua mãe. Eles retornaram à casa

e

w

que sua noiva nasceu.

6. Põe-me como selo. No hebraico,

pelo uso da forma masculina de "tu", fica evidente que é a noiva quem fala.

12 A vinha que me pertence está ao meu dispor; tu, ó Salomão, terás os mil siclos, e os que guardam o fruto dela, duzentos.

13 Ó tu que habitas nos jardins, os compa -nheiros estão atentos para ouvir a tua voz; faze -me, pois, também ouvi-la.

14 Vem depressa, amado meu, faze-te sem e-lhante ao gamo ou ao filho da gazela, que saltam sobre os montes aromáticos.

A palavra hebraica para "selo", chotham,

significa sinete (ver Êx 28:11, 21; Jó 38:14; 41:15; Jr 22:24). Algumas vezes, os hebreus usavam o sinete pendurado sobre o peito. A noiva de Salomão desejava que seu esposo a visse como um sinete.

Brasas. Do heb. reshafim, "chamas", "flechas de fogo", traduzidas como "raios" no Salmo 78:48.

Veementes labaredas. Literalmente, "um fogo de Yahweh", possivelmente um relâmpago.

7. Não poderiam apagar o amor.

O amor puro é de tal natureza que nada pode destruí-lo. Não pode ser comprado. A proposta mais alta seria total mente desprezada. Esta passagem, que fala da regularidade, durabilidade e inve n-cibilidade do poder do amor não possui paralelo na literatura devido à força da expressão.

8. Irmãzinha. Esta declaração parece ter sido feita pelos irmãos da sulamita, ao recordar a infância dela. É possível que estivessem preocupados quanto à maneira de tratar sua irmãzinha quando fosse feita uma oferta de casamento a ela.

11. Teve Salomão uma vinha. Esta é uma das várias vinhas de Salomão. 1~

12. A vinha. A noiva renova seus votos para com seu esposo. Ela fala de si mesma como a proprietária de sua própria vinha, mas ela transfere esses direitos e privilégios a seu esposo.

(20)

8:13

COMENTÁRIO BÍBLICO ADVENTISTA

13. Faze-me, pois, também ouvi-la.

Ao cair das cortinas, Salomão pede para

ouvir uma vez mais a voz de sua amada,

talvez um refrão que ele a ouviu repetir no namoro.

14. Vem depressa, amado meu. Assim termina o poema, com dois versos curtos que compactam em si tudo que foi repetido

vá-rias vezes sob diferentes imagens: o namoro e o casamento de duas pessoas felizes.

COMENTÁRIOS DE ELLEN G. WHITE

Referências

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