INSTRUÇÕES AO PROFISSIONAL
1 – RECEITA AGRONÔMICA
1.1. É registrada uma Anotação de Responsabilidade Técnica – ART, para
aquisição de cada bloco de 30 receitas (Ato 01/85 CREA-RJ), cujos dados formarão seu Acervo Técnico oficial;
1.2. A ART define para os efeitos legais, os responsáveis técnicos pelos
serviços de Engenharia e Agronomia. Sua obrigatoriedade é amparada pela Lei Federal nº 6.496/77 que, em seu art. 1º, determina: “Todo contrato escrito ou verbal, para execução de obra ou prestação de quaisquer serviços referentes a engenharia e agronomia ficará sujeito à ART;
1.3. O bloco de receita adquirido está registrado em seu nome e portanto as
receitas são de CARÁTER PESSOAL e INTRANSFERÍVEIS;
1.4. As receitas de seu bloco não poderão ser utilizadas por outro
profissional;
1.5. Comunique imediatamente, ao CREA-RJ, se ocorrer extravio de seu
bloco esclarecendo o fato com declaração formalizada por escrito;
1.6. Ao usuário serão entregues as 3 primeiras vias para aquisição do
produto recomendado;
1.7. A 3ª via será enviada pelo estabelecimento comercial, ao CREA-RJ, até
o dia 10 do mês subseqüente;
1.8. As receitas recebidas pelo CREA-RJ serão cadastradas e farão parte do
Acervo Técnico do profissional;
1.9. É imprescindível, portanto, o CORRETO e COMPLETO
preenchi-mento de todos os itens da receita. Dele dependerá a qualidade de seu Acervo Técnico;
1.10. Para a aquisição de novos blocos deverá ser apresentado no mínimo 2/3
(dois terços) das receitas que já estavam em seu poder.
1.11. Lembre-se que o Receituário Agronômico tem caráter público e foi
criado para a venda controlada dos agrotóxicos, portanto o profissional deve estar consciente de que sua prescrição e sua orientação foram perfeitamente assimiladas pelo usuário.
1.12. Lembre-se que o profissional poderá responder no âmbito
administrativo, civil e/ou penal, pelos danos causados à vida das pessoas e ao meio ambiente, quando comprovada receita errada, displicente ou indevida (art. 14 da Lei 7802/89).
2 – PRESCRIÇÃO TÉCNICA
2.1. Para emissão da Receita Agronômica, o profissional deve basear sua
prescrição técnica no exame “in loco” da atividade agropecuária, sugerindo-se os seguintes passos:
a) Visita à propriedade;
b) Identificação da cultura ou material a ser tratado; c) Definição da área ou volume ou peso a ser tratado; d) Identificação do agente etiológico.
2.2. Recomendação de controle deve ser compatível com as condições do
requerente e da tecnologia de aplicação;
2.3. Ao prescrever produtos químicos, o profissional deve estar ciente das
características ecotoxicológicas do princípio ativo, bem como da legislação fitossanitária federal, estadual e municipal;
2.4. A Receita Agronômica tem que ser específica para cada cultura ou
problema;
2.5. No diagnóstico deverá ser identificado o agente causal, com seu nome
científico, além do nome popular ou comum;
2.6. Evitar diagnósticos genéricos, tais como: ERVAS DANINHAS,
PLANTAS INVASORAS, INFESTAÇÃO DE VÁRIOS FUNGOS, PRESENÇA DE MASTIGADORES, ORNAMENTAIS, etc;
2.7. Enfatizar ao produtor rural, as instruções contidas no verso da receita
orientando, de acordo com a classificação toxicológica do produto recomendado. Ressaltar, especialmente, aquelas instruções relacionadas com os itens g, h e i do inciso IV do art. 66 do Decreto 4.074/2002;
2.8. Observar que de acordo com o artigo 67, somente os agrotóxicos de
baixa periculosidade estão dispensados da Receita Agronômica e essa dispensa constará do rótulo e da bula do produto.
3 – DECRETO FEDERAL 4.074/2002 QUE REGULAMENTA A LEI 7802/89 Observar as disposições do Decreto Federal 4.074/2002 (Revogou o Decreto Federal 98816/90)
3.1. Da Destinação Final de Sobras e de Embalagens
“Art. 53. Os usuários de agrotóxicos e afins deverão efetuar a devolução das embalagens vazias, e respectivas tampas, aos estabelecimentos comerciais em que foram adquiridos, observadas as instruções constantes dos rótulos e das bulas, no prazo de até um ano, contado da data de sua compra.
§1º Se, ao término do prazo de que trata o caput, remanescer produto na embalagem, ainda no seu prazo de validade, será facultada a devolução da embalagem em até 6 meses após o término do prazo de validade.
§2º É facultada ao usuário a devolução de embalagens vazias a qualquer posto de recebimento ou centro de recolhimento licenciado por órgão ambiental competente e credenciado por estabelecimento comercial.
§3º Os usuários deverão manter à disposição dos órgãos fiscalizadores os comprovantes de devolução de embalagens vazias, fornecidas pelos estabelecimentos comerciais, postos de recebimento ou centros de recolhimento, pelo prazo de, no mínimo, um ano, após a devolução da embalagem.
§4º No caso de embalagens contendo produtos impróprios para utilização ou em desuso, o usuário observará as orientações contidas nas respectivas bulas, cabendo às empresas titulares do registro, produtoras e comercializadoras, promover o recolhimento e a destinação admitidos pelo órgão ambiental competente.
§5º As embalagens rígidas, que contiverem formulações miscíveis ou dispersíveis em água, deverão ser submetidas pelo usuário à operação de tríplice lavagem, ou tecnologia equivalente, conforme orientação constante de seus rótulos, bulas ou folheto complementar.
§6º Os usuários de componentes deverão efetuar a devolução das embalagens vazias aos estabelecimentos onde foram adquiridos e, quando se tratar de produto adquirido diretamente do exterior, incumbir-se de sua destinação adequada.”
Transcrevemos para seu conhecimento os artigos 64, 65, 66 e 67 do Decreto 4074/2002:
3.2. Da Receita Agronômica
“Art. 64. Os agrotóxicos e afins só poderão ser comercializados diretamente ao usuário, mediante apresentação de receituário próprio emitido por profissional legalmente habilitado.
Art. 65. A receita de que trata o art. 64 deverá ser expedida em no mínimo duas vias, destinando-se a primeira ao usuário e a segunda ao estabelecimento comercial que a manterá à disposição dos órgãos fiscalizadores referidos no art. 71 pelo prazo de dois anos, contados da data de sua emissão.
Art. 66. A receita, específica para cada cultura ou problema, deverá conter, necessariamente:
I- nome do usuário, da propriedade e sua localização;
II- diagnóstico;
III- recomendação para que o usuário leia atentamente o rótulo e a bula do produto;
IV- recomendação técnica com as seguintes informações:
a) nome do(s) produto(s) comercial(ais) que deverá(ao) ser utilizado(s) e de eventual(ais) produto(s) equivalente(s); b) cultura e áreas onde serão aplicados;
c) doses de aplicação e quantidades totais a serem adquiridas; d) modalidade de aplicação, com anotação de instruções
específicas, quando necessário, e, obrigatoriamente, nos casos de aplicação aérea;
e) época de aplicação; f) intervalo de segurança;
g) orientações quanto ao manejo integrado de pragas e de resistência;
h) precauções de uso; e
i) orientação quanto à obrigatoriedade da utilização de EPI; e
V- data, nome, CPF e assinatura do profissional que a emitiu, além
do seu registro no órgão fiscalizador do exercício profissional. Parágrafo único. Os produtos só poderão ser prescritos com observância das recomendações de uso aprovadas em rótulo e bula.
Art. 67. Os órgãos responsáveis pelos setores agricultura, saúde e meio ambiente poderão dispensar, com base no art. 13 da Lei nº 7.802, de 1989, a exigência do receituário para produtos agrotóxicos e afins considerados de baixa periculosidade, conforme critérios a serem estabelecidos em regulamento.
Parágrafo único. A dispensa da receita constará do rótulo e da bula do produto, podendo neles ser acrescidas eventuais recomendações julgadas necessárias pelos órgãos competentes mencionados no “caput.”
RECOMENDAÇÕES AO USUÁRIO
DESTINAÇÃO FINAL DOS RESÍDUOS E EMBALAGENS VAZIAS - Atenção às disposições dos art. 51 a 60 do Decreto nº 4074/2002. Observar
destacadamente os § 1º ao § 6º do art. 53.
- Lembre-se: é proibido reutilizar as embalagens de agrotóxicos.
- As embalagens vazias e respectivas tampas, deverão ser devolvidas no local indicado na Nota Fiscal no prazo de até um ano contado na data da compra. - Se ao término do prazo de um ano contado da data da compra do produto, houver
sobra de agrotóxicos na embalagem dentro do prazo de validade, a devolução da embalagem poderá ser prorrogada em até seis meses.
- As embalagens rígidas que contiverem produtos miscíveis ou dispersíveis em água, deverão ser submetidas à tríplice lavagem.
- A água usada na tríplice lavagem deverá ser vertida para o preparo da calda a ser aplicada.
- As embalagens contendo produto fora da data de validade ou em desuso deverão ser devolvidas para o fabricante ou comerciante.
PRECAUÇÕES DE USO, SAÚDE E MEIO AMBIENTE
- Siga as instruções da Receita Agronômica. Se necessário, complemente com as recomendações do rótulo, bula ou folheto do produto.
- Não utilize agrotóxico sem o conhecimento necessário para a operação. - Não use equipamento danificado principalmente com vazamento.
- Durante a manipulação, preparo da calda ou aplicação do agrotóxico, use o equipamento de proteção indicado.
- Nunca deixe as embalagens abertas. Guarde os agrotóxicos em depósitos apropriados.
- Mantenha o agrotóxico afastado das crianças, gestantes, idosos, animais e pessoas desprotegidas.
- Não aplique agrotóxicos na presença de ventos fortes, nas horas mais quentes do dia, nem contra o vento.
- Não desentupa bicos, orifícios, válvulas, tubulações com a boca.
- Não permita o trabalho em áreas recém tratadas antes do término do intervalo de reentrada estabelecido nos rótulos dos produtos ou nesta receita, salvo com uso de equipamentos de proteção recomendado.
- Não permita a entrada e permanência de qualquer pessoa e/ou animal na área a ser tratada durante a pulverização aérea.
- Mantenha a gestante afastada das atividades com exposição direta e indireta a agrotóxicos.
- Não permita que menores de dezoito anos, maiores de sessenta anos e gestantes manipulem quaisquer agrotóxicos, adjuvantes e produtos afins.
- Lembre-se que a aplicação indiscriminada de agrotóxico, pode contaminar alimentos e pessoas indeterminadas ao atingir bens ambientais de uso comum do povo.
- Lembre-se que o usuário ou o prestador de serviços poderá responder no âmbito administrativo, civil e/ou penal pelos danos causados à vida das pessoas e ao meio ambiente, quando comprovada a utilização em desacordo com o receituário (art. 14 da Lei 7802/89).
PRIMEIROS SOCORROS - Siga as instruções do rótulo, bula ou folheto explicativo.
- Suspeita de intoxicação: procure imediatamente um médico levando a bula, folheto explicativo, rótulo, embalagem do produto ou esta receita.
- Se a vítima estiver inconsciente: nunca provoque vômito; retire dentaduras, saliva ou comida da boca; nunca dê nada via oral; se ocorrer parada respiratória, execute respiração artificial.
- Remova o suspeito de intoxicação para local arejado, protegendo-o do calor e do frio. - Contato com a pele: lave imediatamente a área com bastante água e sabão.
- Contato com os olhos: lave-os imediatamente com água corrente durante 15 minutos. - Notifique e ajude na prevenção e no tratamento dos casos de intoxicação.
Disque Intoxicação: 0800722-6001 Rede Nacional de Informações e Assistência Toxicológica – RENACIAT.