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Plano de Aula. Tema da Aula: Aprofundando o Estudo de Funções. Objetivos: - Entender o conceito de função inversa;

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Academic year: 2021

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Plano de Aula

Institui¸c˜ao: Instituto Federal de Educa¸c˜ao, Ciˆencia e Tecnologia da Bahia Professor: Allan de Sousa Soares

Disciplina: Matem´atica Discreta I Conte´udo Pragm´atico: Fun¸c˜oes

Tema da Aula: Aprofundando o Estudo de Fun¸c˜oes Dura¸c˜ao: 100 min

Objetivos:

- Entender o conceito de fun¸c˜ao injetora; - Entender o conceito de fun¸c˜ao sobrejetora; - Entender o conceito de fun¸c˜ao bijetora; - Entender o conceito de fun¸c˜ao inversa; - Entender o conceito de fun¸c˜ao composta. Metodologia:

- Aula Expositiva Participada. Recursos Did´aticos

- Apostila;

- Pincel e quadro branco; - Datashow;

Avalia¸c˜ao: - Observa¸c˜ao;

- Resolu¸c˜ao de exerc´ıcios. Referˆencia Principal:

[1] ROSEN, Kenneth. Discrete Mathematics and its Applications, 7rd, McGRAW-HILL, 2007. Bibliografia:

[2] DAGHLIAN, J. L´ogica e ´algebra de Boole. 4 ed. S˜ao Paulo: Atlas, 1995.

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Cap´ıtulo 9

Fun¸

oes

9.1

Fun¸

oes Injetoras, Bijetoras e Sobrejetoras

Agora veremos alguns conceitos mais aprofundados sobre fun¸c˜oes.

Defini¸c˜ao 1. Uma fun¸c˜ao f ´e chamada injetora, ou ”um para um”, se e somente se f (a) = f (b) implique que a = b para todos a e b no dom´ınio de f . Uma fun¸c˜ao pode ser chamada de inje¸c˜ao se for um para um.

Exemplo 2. Determine se a fun¸c˜ao f de {a, b, c, d} para {1, 2, 3, 4, 5} com f (a) = 4, f (b) = 5, f (c) = 1 e f (d) = 3 ´e injetora.

Solu¸c˜ao: Note que cada um dos 4 elementos do dom´ınio de f tem imagens diferentes. Logo f ´

e injetora. Acompanhe a Figura 9.1:

Figura 9.1: Fun¸c˜ao injetora.

Exemplo 3. Determine se a fun¸c˜ao f (x) = x2 do conjunto dos n´umeros reais para o conjunto dos n´umeros reais ´e injetora.

Solu¸c˜ao: Note que x = 1 e x = 1 pertencem ao dom´ınio de f e possuem mesma imagem f (1) = f (−1) = 1. Mas 1 6= −1. Portanto, f n˜ao ´e injetora. Acompanhe a Figura 9.2:

(3)

Figura 9.2: Fun¸c˜ao n˜ao injetora

Observa¸c˜ao 4. Uma maneira f´acil de se identificar se uma fun¸c˜ao ´e injetora ´e observar se toda reta horizontal que intersecta o gr´afico de f o faz em um e somente um ponto. Note que a reta horizontal y = 1 (existem infinitas outras) intersecta o gr´afico de f em dois pontos {(1, 1), (−1, 1)}.

Figura 9.3: Dica para o reconhecimento geom´etrico de fun¸c˜oes n˜ao injetoras.

Exemplo 5. Determine se a fun¸c˜ao f (x) = 2x + 1 do conjunto dos reais nele mesmo ´e injetora. Solu¸c˜ao: Pois bem,

(4)

Logo, f ´e injetora. Observando o gr´afico de f , uma reta obl´ıqua, temos que qualquer reta horizontal que passa intersectando f o faz em um e somente um ponto. Acompanhe a Figura 9.4:

Figura 9.4: Dica para o reconhecimento geom´etrico de fun¸c˜oes n˜ao injetoras.

Defini¸c˜ao 6. Uma fun¸c˜ao f de A para B ´e chamada de sobrejetora ou sobrejetiva se, e somente se, para todo elemento b ∈ B houver um elemento a ∈ A com f (a) = b.

Exemplo 7. Determine se a fun¸c˜ao f de {a, b, c, d} para {1, 2, 3} com f (a) = 3, f (b) = 2, f (c) = 1 e f (d) = 3 ´e sobrejetora.

Solu¸c˜ao: Note que todo y ∈ {1, 2, 3} ´e tal que existe um x ∈ {a, b, c, d} com f (x) = y. Assim, f ´e sobrejetora.

Exemplo 8. Determine se a fun¸c˜ao f (x) = x2 do conjunto dos n´umeros reais para o conjunto

dos n´umeros reais ´e sobrejetora.

Solu¸c˜ao: Note que y = −1 ∈ R(imagem) ´e tal que n˜ao existe x ∈ R(dom´ınio) tal que f (x) = y. Logo, f n˜ao ´e sobrejetora.

(5)

Observa¸c˜ao 9. Se estiv´essemos considerando o Exemplo 8 que a fun¸c˜ao f (x) = x2 estivesse

definida dos reais no conjunto dos reais n˜ao negativos, ter´ıamos que esta seria sobrejetora. De fato, dado y ∈ R+, temos que sempre existe x =√y tal que

f (x) = f (√y) =√y2 = y.

Exemplo 10. Determine se a fun¸c˜ao f (x) = 2x + 1 do conjunto dos reais nele mesmo ´e sobrejetora.

Solu¸c˜ao: Devemos mostrar que dado y ∈ R existe x ∈ R tal que f (x) = y. Pois bem, y2x + 1 = y ⇔ 2x = y − 1 ⇔ x = y − 1

2 .

Assim, dado y ∈ R, basta tomar x = y−12 para termos que f (x) = y. De fato, f y − 1 2  = 2y − 1 2 + 1 = y − 1 + 1 = y. Logo, f ´e sobrejetora.

Defini¸c˜ao 11. A fun¸c˜ao f ´e bijetora, ou ´e uma correspondˆencia ”um para um”, se for injetiva e sobrejetiva.

Exemplo 12. Determine se a fun¸c˜ao f de {a, b, c, d} para {1, 2, 3, 4} com f (a) = 4, f (b) = 2, f (c) = 1 e f (d) = 3 ´e bijetiva.

Solu¸c˜ao: Note que f ´e injetiva pois todo elemento da imagem que ´e elemento de um valor x s´o o ´e deste ´unico valor. Al´em disso, f ´e sobrejetiva pois todos elemento y pertencente `a imagem ´

e imagem de algum x pertencente ao dom´ınio. Logo, f ´e bijetiva.

A Figura 9.5 mostra diversas fun¸c˜oes (e n˜ao fun¸c˜oes) e suas classifica¸c˜oes quanto `a injetivi-dade, sobrejetividade e bijetividade:

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9.2

Fun¸

oes Inversas e Composi¸

ao de Fun¸

oes

Caso estejamos considerando uma f bijetiva podemos trabalhar a no¸c˜ao de fun¸c˜ao inversa.

Defini¸c˜ao 13. Seja f uma fun¸c˜ao bijetora do conjunto A para o conjunto B. A fun¸c˜ao inversa de f ´e a fun¸c˜ao que leva um elemento b pertencente a B ao ´unico elemento a pertencente a A, tal que f (a) = b. A fun¸c˜ao inversa de f ´e indicada por f−1. Assim, f−1(b) = a quando f (a) = b.

A Figura 9.6 ilustra bem a Defini¸c˜ao 13:

Figura 9.6: Esquema relacionando f e f−1.

Exemplo 14. Considere a fun¸c˜ao f de {a, b, c} para {1, 2, 3} com f (a) = 2, f (b) = 3 e f (c) = 1. Esta fun¸c˜ao ´e invert´ıvel? Se for, qual a sua inversa?

Solu¸c˜ao: Note que f ´e bijetora e portanto, invert´ıvel. Neste caso, sua inversa ´e dada por: f−1(2) = a, f−1(3) = b e f−1(1) = c.

Exemplo 15. Considere a fun¸c˜ao f : R → R dada por f (x) = 3x + 2. A fun¸c˜ao f ´e invert´ıvel? Se sim, qual a sua inversa.

Solu¸c˜ao: Devemos mostrar que f ´e bijetiva: Injetividade: Temos que

f (a) = f (b) ⇔ 3a + 2 = 3b + 2 ⇔ 3a = 3b ⇔ a = b.

Sobrejetividade: Temos que

f (x) = y ⇔ 3x + 2 = y ⇔ 3x = y − 2 ⇔ x = y − 2 3 .

Logo, f ´e invert´ıvel e sua inversa ´e dada por f−1(y) = y−23 (´ultimo passo da sobrejetividade). Defini¸c˜ao 16. Considere g como uma fun¸c˜ao do conjunto A para o conjunto B e considere f como sendo uma fun¸c˜ao do conjunto B para o conjunto C. A composi¸c˜ao das fun¸c˜oes f e g, indicada por f ◦ g, ´e definida por (f ◦ g)(a) = f (g(a)).

(7)

Figura 9.7: A Fun¸c˜ao f Mapeia A em B.

A Figura 9.7 ilustra bem a Defini¸c˜ao 16:

Exemplo 17. Considere as fun¸c˜oes f (x) = 2x + 3 e g(x) = 3x − 1 no conjunto dos n´umeros reais nele mesmo. Determine, se existir:

a) (f ◦ g)(2) b) (g ◦ f )(1) c) f ◦ g d) g ◦ f e) f ◦ f−1 Solu¸c˜ao: a) Temos que

(f ◦ g)(2) = f (g(2)) = f (3 · 2 − 1) = f (5) = 2 · 5 + 3 = 13. b) Temos que (g ◦ f )(1) = g(f (1)) = g(2 · 1 + 3) = g(5) = 3 · 5 − 1 = 14. c) Temos que (f ◦ g)(x) = f (g(x)) = f (3 · x − 1) = 2 · (3x − 1) + 3 = 6x + 1. d) Temos que (g ◦ f )(x) = g(f (x)) = g(2 · x + 3) = 3 · (2x + 3) − 1 = 6x + 8.

e) Temos que f ´e bijetiva (verifique) e portanto admite inversa. Neste caso, sua inversa ´e dada por: 2x + 3 = y ⇔ 2x = y − 3 ⇔ x = y − 3 2 ⇔ f −1(y) = y − 3 2 . Por fim, (f ◦ f−1)(y) = f y − 3 2  = 2y − 3 2 + 3 = y − 3 + 3 = y.

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9.3

Exerc´ıcios

Exerc´ıcio 1. Verifique quais das fun¸c˜oes a seguir s˜ao injetoras, sobrejetoras ou bijetoras: a) f : A → B, A = {−1, 0, 1, 2}, B = {1, 2, 4, 5}, f (−1) = 2, f (0) = 1, f (1) = 4 e f (2) = 2. b) f : A → B, A = {−1, 0, 1}, B = {1, 2}, f (−1) = 1, f (0) = 2 e f (1) = 1. c) f : A → B, A = {−1, 0, 1}, B = {1, 2, 4, 5}, f (−1) = 1, f (0) = 1 e f (1) = 1. d) f : A → B, A = {−1, 0, 1, 3}, B = {1, 2, 4, 5}, f (−1) = 1, f (0) = 4, f (1) = 5 e f (3) = 2. e) f : R → R, f (x) = x2 − 1. f) f : R − {1} → R − {0}, f (x) = x−11 g) f : Z → Z, f (x) = 2x + 1 h) f : R → R, f (x) = x2− 9 i) f : R+ → [−1, +∞), f (x) = x2− 1

Exerc´ıcio 2. Determine a inversa de todas as fun¸c˜oes bijetoras dadas no Exerc´ıcio 1.

Exerc´ıcio 3. Utilize algum software para esbo¸car o gr´afico das seguintes fun¸c˜oes nos dom´ınios indicados e tente estimar sua imagem. Determine ainda a qual fam´ılia pertence a fun¸c˜ao indicada, afim, exponencial etc. (Sugest˜ao: Utilize a plataforma online Geogebra)

a) f (x) = 3 − 5x, D = R, b) f (x) = 2x2 + 3x − 1, D = R, c) f (x) = 2x, D = R, d) f (x) = log(x), D = R+

∗, e) f (x) = 2sen(x), D = R, f) f (x) = 3x + 2, x ∈ [−2, 3], g)

f (x) = −x2+ 2x, x ∈ [−2, 4], h) f (x) = 2x2−x

+ sen(x), x ∈ [−1, 2]

9.4

Respostas dos Exerc´ıcios

Resposta do Exerc´ıcio 1. a) nem injetiva e nem sobrejetiva, b) somente injetiva, c) somente sobrejetiva, d) nem injetiva e nem sobrejetiva, d) bijetiva, e) bijetiva, f) bijetiva, g) somente injetiva, h) nem injetora e nem sobrejetora, i) bijetora

Resposta do Exerc´ıcio 2. d) f−1 : B → A, f−1(1) = −1, f−1(4) = 0, f−1(5) = 1 e f−1(2) = 3, e) f : R → R, f−1(y) = 2y + 2, f) f : R − {0} → R − {1}, f−1(y) = 1 + 1y, i) f : [−1, +∞) → R+, f−1(y) =y + 1

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Resposta do Exerc´ıcio 3. a) Temos que

Logo, o conjunto imagem ”aparenta”ser R. Temos que f trata-se de uma fun¸c˜ao afim. b) Temos que

Logo, o conjunto imagem ”aparenta”ser [−2, 12, +∞). Temos que f trata-se de uma fun¸c˜ao quadr´atica.

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c) Temos que

Logo, o conjunto imagem ”aparenta”ser (0, ∞) (porque n˜ao [0, ∞)). Temos que f se trata de uma fun¸c˜ao exponencial de base 2.

d) Temos que

Logo, o conjunto imagem ”aparenta”ser R. Temos que f se trata de uma fun¸c˜ao logar´ıtmica de base 10.

(11)

e) Temos que

Logo, o conjunto imagem ”aparenta”ser [−2, 2]. Temos que f se trata de uma fun¸c˜ao trigo-nom´etrica seno.

f) Temos que

Logo, o conjunto imagem ”aparenta”ser [−4, 11]. Trata-se de uma fun¸c˜ao afim de dom´ınio restrito.

(12)

g) Temos que

Logo, o conjunto imagem ”aparenta”ser [−8, 1]. Trata-se de uma fun¸c˜ao quadr´atica de dom´ınio restrito.

h) Temos que

Logo, o conjunto imagem ”aparenta”ser [0, 8; 4]. Trata-se de uma fun¸c˜ao composta f ◦ g, com f (x) = 2x e g(x) = x2− x de dom´ınio restrito.

Observa¸c˜ao 18. Em muitos casos devemos recorrer ao esbo¸co gr´afico de uma fun¸c˜ao para estimar/estudar alguns valores ou propriedades que esta venha a possuir. Neste caso, devemos ter cuidado em entender que s˜ao apenas estimativas visuais certamente com imprecis˜oes. Tais estimativas s˜ao interessantes apenas nos casos em que n˜ao precisamos determinar um valor com uma exatid˜ao muito grande, mas apenas queremos ter uma no¸c˜ao do mesmo. Atualmente in´umeros softwares nos respondem a muitas perguntas. O Exerc´ıcio 3 tenta mostrar uma alternativa r´apida (mas, com certa imprecis˜ao claro) de se obter informa¸c˜oes sobre algumas

(13)

fun¸c˜oes. Aqueles que contraporem tal argumento, dizendo que o indiv´ıduo tem que saber esbo¸car todos os gr´aficos na m˜ao, est˜ao de certo modo enganados. Claro, devemos ter as no¸c˜oes b´asicas das fun¸c˜oes citadas acima: afim, quadr´atica, exponencial etc. Contudo, o esbo¸co gr´afico em grande parte fica a cargo da m´aquina (ponto a ponto). Para estes que insistem em n˜ao usar a m´aquina ou n˜ao reconhecer sua importˆancia, pe¸ca-lhes que esbocem o gr´afico da fun¸c˜ao f (x) = √ 1

xsen(x)+log(x) (para n˜ao pegar pesado)

Referências

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