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Perfil do egresso do curso de Administração da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande Do Sul - Câmpus Santa Rosa

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DACEC – Departamento de Ciências Administrativas, Contábeis, Econômicas e da Comunicação

Curso de Administração

LILIAN COMPAGNON BIANCHI

PERFIL DO EGRESSO DO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

DA UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL - CÂMPUS SANTA

ROSA

Documento Sistematizador do Trabalho de Conclusão de Curso

Orientador: Prof. Luciano Zamberlan

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PERFIL DO EGRESSO DO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

DA UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL - CÂMPUS SANTA

ROSA

Documento Sistematizador do Trabalho de Conclusão de Curso

Trabalho de Conclusão do Curso de Administração da Universidade Regional do Noroeste do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ, como requisito parcial à Conclusão de Curso e consequente obtenção de titulo de Bacharel em Administração.

Orientador: Prof. Luciano Zamberlan

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“Uma decisão só se torna eficaz quando comprometimentos com a ação são incluídos

na decisão desde o início”. Peter Drucker

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Gostaria de agradecer todas as pessoas que, de uma forma ou de outra, contribuíram para a realização desse trabalho de conclusão de curso. Em especial, agradeço:

- a Deus a vida, a saúde e o caminho do bem pelo qual me guiou até aqui; - aos meus pais Ilario e Geneci, as palavras de força e sabedoria e os valores e ensinamentos transmitidos com tanto amor e dedicação, os quais me ajudaram a construir meus próprios valores éticos e morais, a buscar o crescimento pessoal e o aprendizado profissional;

- ao Marcos, meu amor, o apoio incondicional e o conforto e incentivo nos momentos difíceis, além da vibração nos momentos de alegria;

- ao meu irmão Adriano, cunhada Rosane e sobrinhos Adriane e Pedro pelo apoio e carinho;

- a minha irmã Raquel e cunhado Ezaquel, pelo apoio, carinho e incentivo; - a minha cunhada Márcia e cunhado Ricardo, pelo apoio, incentivo a busca do conhecimento, paciência e carinho;

- ao meu Professor Luciano Zamberlan meu orientador, de forma muito especial, cujo apoio e orientação foram, sem dúvida, decisivos para a conclusão de meu trabalho final;

- aos demais professores pelo aprendizado, incentivo, carinho e a paciência nos momentos de dificuldades;

- à Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ a orientação e apoio;

- aos amigos e colegas que de alguma forma me deram força, e incentivo para continuar que compartilharam este período de muito estudo e compreenderam a necessidade de abdicar das horas de lazer;

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da Universidade Regional do Estado do Rio Grande do Sul - Câmpus Santa Rosa. Trabalho de Conclusão do Curso de Administração – Bacharelado. Departamento de Ciências Administrativas, Contábeis, Econômicas e de Comunicação, Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ, Santa Rosa, 2015.

RESUMO EXPANDIDO

PERFIL DO EGRESSO DO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DA UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL - CÂMPUS

SANTA ROSA

Introdução

A universidade pode ser considerada um instrumento que compõem a engrenagem do ensino brasileiro, estando em constante valorização por representar a oportunidade de melhores condições pessoais e profissionais. Para Demo (2004, p. 47), “a universidade sempre foi lugar privilegiado de aprendizagem e conhecimento, resumindo-se nisso seu mandato central. No mandato educativo, sobressai o compromisso em formar gente para posição de comando ou destaque na sociedade e na economia”. Um curso que pode ser considerado importante para a sociedade, contribuindo para o desenvolvimento pessoal e profissional, segundo Silva (2003, p. 1), é o curso de Administração, pois “administrar é decidir, e que a continuidade de qualquer negócio depende da qualidade das decisões tomadas por seus administradores nos vários níveis hierárquicos”.

A base curricular do curso de graduação em Administração é estabelecida pelo Conselho Nacional de Educação, através da Lei de Diretrizes e Bases. De acordo com essa lei, o curso deve contemplar campos de estudo para atender um modelo de competitividade e produtividade exigido pelas organizações (BRASIL, 2005). O curso de administração é um curso que propicia a entrada de seus acadêmicos no mercado de trabalho, pois os mesmos podem atuar em diversas áreas de uma empresa. Assim, a qualidade do profissional está de certa forma, atrelada a qualidade de ensino. As universidades devem proporcionar ao mercado profissional capacitado para desenvolver atividades capazes de instigar maior retorno para as organizações. Acredita-se que seja pertinente analisar se o curso de Administração está preparando adequadamente aos seus discentes para esse mercado.

O estudo tem a finalidade de identificar o perfil pessoal dos respondentes e os principais fatores que influenciaram na escolha do curso de Administração; identificar as atividades de formação acadêmica e complementar dos egressos, após a conclusão do curso de Administração; analisar a situação profissional dos egressos; identificar as competências e habilidades adquiridas no curso de Administração e como elas contribuíram para ingressar no mercado de trabalho; analisar a forma como o curso de Administração interferiu na vida pessoal e profissional do aluno egresso.

Portanto, o objetivo desse estudo é analisar o perfil do egresso do Curso de Administração da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ) - Câmpus Santa Rosa.

Metodologia

Este estudo se classifica pela sua natureza, como aplicada (GIL, 2008); quanto à abordagem da investigação, como quantitativa (RICHARDSON, 1999); de

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acordo com os objetivos, como exploratória e descritiva (GIL, 2010); e no que se refere aos procedimentos técnicos, como levantamento ou survey (GIL, 2010).

A população do estudo foram os egressos do curso de Administração da Unijuí – Câmpus Santa Rosa, compreendendo o período de 1996 a 2015 e totalizando 752 formados. Através de uma amostra não probabilística, com participação de 160 respondentes para um questionário que continha questões fechadas e abertas, aplicado no segundo semestre de 2015. Após os dados coletados, foram lançados em um software estatístico, gerados os dados com a distribuição de frequência, análise da variância e teste T. No último procedimento foram destacadas diferenças entre médias dos grupos que apresentaram uma significância menor que 0,05, e em seguida foi dado início as análises.

Resultados

Os resultados dessa pesquisa apontam que a faixa etária dos respondentes é de aproximadamente 34% com idade entre 20 a 30 anos e em torno de 44% com idade acima de 35 anos; a maioria dos respondentes é do sexo masculino (61,25%). No que se refere ao estado civil aproximadamente 63% evidenciam estarem casados ou união estável e 33,13% solteiros. Quanto ao número de dependentes, 51,25% não possuem filhos e 44,38% possuem entre 1 e 2. Referente à renda individual a maior resposta foi entre R$2.900,00 e R$7.249,99 com 41,88%, seguindo da faixa entre R$1.500,00 a R$2.899,99 com 29,38%. Atualmente, 26,25% dos respondentes moram na cidade de Santa Rosa, seguido do município de Horizontina com 16,88%; as outras cidades mencionadas mais de duas vezes ficam também na Região Noroeste. As demais se localizam no estado do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Goiás e São Paulo. Analisando a formação acadêmica, a maioria dos egressos ingressou no primeiro semestre e após o ano de 2000, 69,38% e 63,23% respectivamente. A forma de ingressar no Curso de Administração foi da forma tradicional, por meio do vestibular (76,25%), e para se formar, os egressos precisaram de mais dois anos além dos 5 anos estipulados (43,13%).

O semestre e ano de conclusão a maioria dos respondentes mencionaram que 71,88% concluíram no segundo semestre. Ainda, entre os respondentes, pode se evidenciar que 43,13% são formados entre 2011 e 2015, podendo ser considerados recém-formados. Quando se trata da formação no ensino fundamental e médio, pouco mais da metade (56,25%) dos respondentes cursou em escola pública. Seguido de 29,38% que cursaram em ambas: escola pública e privada. Os fatores de maior influência na escolha do curso, em estudo, foram: complemento para o desenvolvimento profissional (81,26%), maiores oportunidades no mercado de trabalho (75,01%) e existência de amplo mercado de trabalho (70,01%). Por outro lado, os fatores de menor influência foram: por ser o único curso em minha cidade (75,63%) e continuar o negócio da família (69,38%). Dos fatores que influenciaram na escolha da Unijuí observa-se que os fatores que mais se destacaram foram: ensino de qualidade (74,51%), pela proximidade do câmpus a sua cidade (71,25%) e infraestrutura (63,76%).

Os fatores “obtenção de bolsa” e “preço” foram os que apresentaram menos importância, com 73,13% e 53,13%, respectivamente. As atividades desenvolvidas durante o curso pelos respondentes foram: palestras (21,94%), semana acadêmica (17,81%), seminários (16,10%) e viagem de estudos (12,68%). 49,38% dos respondentes realizaram cursos de pós-graduação, seguido de 43,21% de especialização/MBA. As áreas dos títulos adicionais de maior representatividade foram pós-graduação em Administração com ênfase em estratégia de negócios,

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pública e produção com 12,35%, gestão de pessoas com 11,11% e gestão empresarial com 9,88%. A maioria dos egressos apontou a língua inglesa como de domínio além da língua portuguesa (32,49%). Destes, a maioria respondeu que escreve, lê e fala razoavelmente. A segunda língua foi o espanhol, com 20,30%, onde a maioria escreve pouco, mas lê e fala razoavelmente.

Quando questionado sobre a percepção do mercado do administrador, 17,39% dos egressos acreditam que o mercado está bem posicionado, enquanto 34,38% mencionaram que está em ascensão e apenas 4,38% responderam que o mercado está em decadência. A maioria dos respondentes, aproximadamente 71%, está atualmente empregada, com carteira assinada, seguido de 15,63% de empresários. Também, evidencia-se um número considerável de funcionário público nas três esferas: federal, estadual e municipal, com 6,25% dos respondentes. Existe a predominância de o egresso trabalhar em indústria, com 28,13%, seguido de comércio com 27,50%. Referente a posição funcional do egresso na organização 33,75% dos respondentes ocupam cargo de presidência, proprietário ou sócio, empresário ou gerência. A função de técnico na organização é ocupada por 14,38%.

Os egressos que estão ocupando a mesma função na organização entre 1 e 10 anos representam, aproximadamente, 70% e entre 3 e 5 anos se encontram 30%. Ainda, é interessante mencionar que 5% dos egressos estão exercendo a mesma função a mais de 20 anos. Aproximadamente 59% dos respondentes estão no primeiro emprego ou trocaram apenas uma vez, seguido de 33,75% de 3 a 5 empregos. 19,38% dos respondentes se dedicam a todas as áreas da empresa. Foi questionado ao egresso se ele exercia outra atividade profissional e 15,63% responderam que sim. Estas outras atividades foram elencadas como: docência, agricultura, consultor, empresário do segmento de transporte e beleza e estética, atividades públicas, representante comercial, técnico em engenharia, entre outros. 26,99% dos respondentes não obtiveram dificuldades depois de formados, já 15,49% responderam falta de oportunidade e 14,16% alta concorrência na área desejada. Ainda, os egressos mencionam falta de experiência profissional (13,72%) e pouca/ausência de especialização (8,85%) como dificuldades encontradas após a conclusão do curso.

A pesquisa procurou saber quais as dificuldades encontradas na profissão do aluno egresso: 32,50% responderam que é motivação de equipes, 23,13% apresentação em público, 18,13% mencionaram outras dificuldades como: domínio de outra língua, além do português, falta de cursos relacionada à sua atividade de trabalho e tecnologia da informação. 60% dos respondentes não estão inscrito no Conselho Regional de Administração (CRA).

No que se refere às características do curso de Administração, foram listados 13 conhecimentos que deveriam ser priorizados no curso: 60,63% dos respondentes citaram planejamento estratégico e 55% mencionaram Administração de Pessoas com total importância. Os conhecimentos que mais contribuíram para a atividade profissional foram: Administração e Pessoas (RH/Gestão de Pessoas) com 20,42%, Administração financeira/Contábeis com 19,37%, Administração de venda e marketing com 17,25% e planejamento estratégico com 13,73%. Ainda, os egressos foram questionados sobre quais os conteúdos que deveriam em sua opinião ter maior abordagem durante o curso, os resultados foram: Administração financeira/Contábeis (25%) e planejamento estratégico (10,20%). Ainda, é interessante mencionar que 28,57% dos egressos citaram outros como: português, administração pública, empreendedorismo, comunicação, gestão de processos, gerenciamento de processos, planejamento organizacional, psicologia e qualidade.

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Os itens com maior importância atribuída pelos egressos, referente às competências e habilidades foram: capacidade de respeitar o próximo (70%), capacidade de levar em conta os valores éticos na minha atuação profissional (56,88%), capacidade de identificar e definir problemas bem como desenvolver soluções (55,63%), capacidade de atuar em equipes interdisciplinares e me relacionar com outras pessoas (53,73%), capacidade de pensar estrategicamente em relação às oportunidades e resultados (51,88%) e capacidade de liderança (50%). As competências e habilidades mais mencionadas pelos egressos que o Administrador não pode deixar de desenvolver em sua profissão foram: capacidade de liderança (20,58%), capacidade de respeitar o próximo (10,43%) e a capacidade de desenvolver ideias e atitudes empreendedoras (8,12%).

Referente à percepção e as contribuições que o curso de Administração da Unijuí proporcionou a carreira profissional foram: recomendaria o Curso de Administração para outras pessoas e proporcionou benefícios a minha vida profissional (86,25%), se sente satisfeito com o curso de Administração e as atividades praticadas no curso ajudaram-me na carreira profissional (85,01%) e proporcionou benefícios a minha vida pessoal (84,38%). Ao questionar se escolheriam o curso de Administração novamente, 71,88% responderam que sim. Os egressos que responderam não cursar novamente Administração escolheriam o curso de Direito (21,74%) e Engenharia Mecânica (21,74%). Cabe mencionar que os respondentes evidenciaram como resposta apenas curso de Engenharia (10,87%), sem especificar a área.

Conclusão

Neste estudo procurou-se investigar o perfil do aluno egresso do Curso de Administração da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - Câmpus Santa Rosa.

Os resultados demostram que a maioria dos respondentes é do sexo masculino e que os mesmos apresentam um perfil jovem. No que se refere ao estado civil a maioria está na condição de casados ou união estável e não possuem filhos. Referente à renda individual a maioria recebe entre R$2.900,00 e R$7.249,99 e atualmente, a maioria os respondentes moram na cidade de Santa Rosa.

No que se refere à formação acadêmica, a grande maioria dos respondentes, ingressou no curso de Administração da Unijuí, por vestibular e concluiu o curso em 5 anos. Os fatores de maior influência na escolha do curso foram: complemento para o desenvolvimento profissional, maiores oportunidades no mercado de trabalho e existência de amplo mercado de trabalho. Por outro lado, os fatores que influenciaram na escolha da Unijuí foram: ensino de qualidade, pela proximidade do câmpus a sua cidade e infraestrutura.

Quanto ao trabalho ou trajetória profissional, os egressos em sua percepção acreditam que o mercado está bem posicionado. A maioria dos respondentes está atualmente empregada, com carteira assinada. Existe a predominância de o egresso trabalhar em indústria e no que se refere a sua posição funcional ocupa cargo de presidência, proprietário ou sócio, empresário ou gerência. O tempo que os egressos ocupam a mesma função na organização está entre 1 e 10 anos. Os egressos percebem como dificuldades encontradas após a conclusão do curso a falta de experiência profissional e a pouca/ausência de especialização. Enfatiza-se que, a maioria dos respondentes não está inscrito no Conselho Regional de Administração (CRA).

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No que se referem quais os conhecimentos que deveriam ser priorizados no curso 60,63% dos respondentes mencionaram “planejamento estratégico” e 55% “Administração de Pessoas (RH/Gestão de pessoas)” como de total importância. Já as competências e habilidades os itens de maior resposta foram: 70% capacidade de respeitar o próximo, 56,88% capacidade de levar em conta os valores éticos na minha atuação profissional, 55,63% capacidade de identificar e definir problemas bem como desenvolver soluções, 53,73% capacidade de atuar em equipes interdisciplinares e me relacionar com outras pessoas, 51,88% capacidade de pensar estrategicamente em relação às oportunidades e resultados e 50% capacidade de liderança.

Pode se inferir, desta forma, que os egressos se sentem satisfeitos com o curso, objeto deste estudo e que a grande maioria recomendaria o mesmo para outras pessoas. Assim, acredita-se que o curso de Administração da Unijuí possui características aceitas pelos egressos e que existe a possibilidade de prosperidade.

Palavras-chave: Egressos. Competências. Habilidades.

Referências

DEMO, P. Universidade, Aprendizagem e Avaliação: horizontes reconstrutivos. Porto Alegre: Mediação, 2004.

BRASIL. Ministério da Educação (MEC) - Conselho Nacional de Educação (CNE) – Câmara de Educação Superior (CES). Resolução CNE/CES n.º 4, de 13 de Julho

de 2005, institui as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em

Administração, bacharelado, e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, 19.07.2005, Seção1, p. 26.

Gil, A. C. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. São Paulo: Atlas, 2008. GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2010. RICHARDSON, R. J. Pesquisa Social: métodos e técnicas. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1999.

SILVA, V. E. V. de. A educação continuada do administrador: a estatística no processo de tomada de decisão na pós-graduação em gestão financeira. In: ENCONTRO NACIONAL DE CURSOS DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO, 14., Foz do Iguaçu, 2003. Anais... ENANGRAD, 2003.

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Quadro 1 – Habilidades Necessárias ao Administrador ... 29

Quadro 2 – Competências do Profissional da Administração ... 30

Quadro 3 – Formandos de Administração – Câmpus Santa Rosa ... 38

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Gráfico 1 – Idade dos Respondentes ... 44

Gráfico 2 – Sexo dos Respondentes ... 45

Gráfico 3 – Estado Civil ... 45

Gráfico 4 – Quantidade de Dependentes ... 46

Gráfico 5 – Renda Individual ... 46

Gráfico 6 – Cidade de Residência Atual ... 47

Gráfico 7 – Semestre e Ano de Ingresso no Curso de Administração... 48

Gráfico 8 – Forma de Ingresso no Curso de Administração ... 48

Gráfico 9 – Tempo Necessário para Concluir o Curso de Administração ... 49

Gráfico 10 – Semestre e Ano de Conclusão no Curso de Administração ... 50

Gráfico 11 – Formação no Ensino Fundamental e Médio ... 50

Gráfico 12 – Fatores que Influenciaram na Escolha do Curso de Administração ... 51

Gráfico 13 – Motivos que Influenciaram na Escolha da Unijuí ... 52

Gráfico 14 – Títulos Adicionais ao Curso de Graduação de Administração ... 54

Gráfico 15 – Áreas dos Títulos Adicionais ... 54

Gráfico 16 – Percepção sobre o Mercado de Trabalho do Administrador ... 56

Gráfico 17 – Atual Situação do Egresso no Mercado de Trabalho ... 56

Gráfico 18 – Natureza da Organização onde o Egresso Trabalha ... 57

Gráfico 19 – Posição Funcional do Egresso na Organização ... 58

Gráfico 20 – Tempo do Egresso na Função ... 59

Gráfico 21 – Quantidade de Empregos ... 59

Gráfico 22 – Área Funcional de Maior Dedicação ... 60

Gráfico 23 – Dificuldades Encontradas Depois de Formado ... 61

Gráfico 24 – Principais Dificuldades Encontradas na Profissão ... 62

Gráfico 25 – Inscrição no Conselho Regional de Administração (CRA) ... 63

Gráfico 26 – Conhecimentos Priorizados no Curso de Administração ... 64

Gráfico 27 – Competências e Habilidades que o Administrador não Pode Deixar de Desenvolver na sua Profissão ... 69

Gráfico 28 – Percepção e Contribuição que o Curso de Administração da Unijuí Proporcionou a Carreira Profissional ... 71

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Tabela 1 – Atividades Desenvolvidas Durante o Curso de Administração ... 53

Tabela 2 – Língua Estrangeira (%) ... 55

Tabela 3 – Conhecimentos que mais Contribuíram para a Atividade Profissional .... 65

Tabela 4 – Conhecimentos que Deveriam ter Tido Maior Abordagem no Curso de Administração em Relação a Atividade Profissional do Egresso ... 66

Tabela 5 – Competências e Habilidades dos Egressos ... 67

Tabela 5 – Escolheria o Curso de Administração Novamente ... 72

Tabela 7 – Idade x Sexo ... 77

Tabela 8 – Estado Civil x Sexo ... 77

Tabela 9 – Número de Dependentes x Sexo... 78

Tabela 10 – Renda Individual x Sexo ... 78

Tabela 11 – Tempo que levou para se Formar x Sexo ... 78

Tabela 12 – Possui outro Título x Sexo ... 79

Tabela 13 – Percepção do Mercado de Trabalho x Sexo ... 79

Tabela 14 – Situação no Mercado de Trabalho x Sexo ... 80

Tabela 15 – Natureza da Organização Aonde Trabalha x Sexo ... 80

Tabela 16 – Posição Funcional Atual x Sexo ... 81

Tabela 17 – Por quantos Empregos já passou x Sexo ... 81

Tabela 18 – Inscrição no Conselho Regional de Administração (CRA) x Sexo ... 82

Tabela 19 – Escolheria o Curso de Administração Novamente x Sexo ... 82

Tabela 20 – Fatores de Influência na escolha do curso de Administração ... 83

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1 INTRODUÇÃO ... 15 2 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO ... 17 2.1 APRESENTAÇÃO DO TEMA ... 17 2.2 QUESTÃO DE ESTUDO ... 18 2.3 OBJETIVOS ... 19 2.3.1 Objetivo Geral ... 19 2.3.2 Objetivos Específicos ... 19 2.4 JUSTIFICATIVA ... 20 3 REFERENCIAL TEÓRICO ... 22 3.1 CURSO DE ADMINISTRAÇÃO ... 22 3.2 O PERFIL DO ADMINISTRADOR ... 24

3.3 AS HABILIDADES E COMPETÊNCIAS DO ADMINISTRADOR ... 28

3.4 EGRESSOS E MERCADO DE TRABALHO ... 32

3.5 ESTUDOS ANTERIORES A RESPEITO DE EGRESSOS DE ADMINISTRAÇÃO ... 33

4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ... 36

4.1 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA ... 36

4.2 SUJEITOS DA PESQUISA E UNIVERSO AMOSTRAL ... 37

4.3 COLETA DE DADOS ... 38

4.4 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS... 41

5 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS ... 42

5.1 CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO DA UNIJUÍ – CÂMPUS SANTA ROSA E DO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO ... 42

5.2 CARACTERÍSTICA DO PERFIL DOS RESPONDENTES ... 44

5.3 FORMAÇÃO ACADÊMICA ... 47

5.4 TRABALHO OU TRAJETÓRIA PROFISSIONAL ... 55

5.5 CURSO DE ADMINISTRAÇÃO ... 63

5.6 TABULAÇÃO CRUZADA COM A VARIÂNCIA SEXO ... 77

5.7 TABULAÇÃO TEST T ... 82

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REFERÊNCIAS ... 90 APÊNDICE ... 94

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1 INTRODUÇÃO

O ambiente empresarial tem passado por inúmeras mudanças sociais marcadas pelo desenvolvimento e globalização do cenário econômico. As empresas estão se tornando mais exigentes quanto ao perfil de seus colaboradores principalmente quanto à formação e experiência profissional. Desta forma, o mercado de trabalho está mais competitivo e as competências e habilidades são um dos pontos mais observados para disputar por uma vaga. Essas mudanças têm se refletido na formação pessoal e profissional.

O curso de administração é um curso que propicia a entrada de seus acadêmicos no mercado de trabalho, pois os mesmos podem atuar em diversas áreas de uma empresa. A administração abre um leque de informações, sobre finanças, gestão de pessoas, produção e operações, direito, enfim é passado por todas essas etapas que uma empresa precisa saber para ser bem administrada.

As Instituições de Ensino Superior (IES), assim como as empresas também enfrentam necessidades de atualização, de reestruturar ao ambiente de trabalho, de preparar e formar profissionais preparados para enfrentar o mercado de trabalho. As mudanças acontecem muito rápidas e os currículos dos cursos precisam ser flexíveis e abertos às modificações para adequar-se a essas mudanças.

O objetivo desse estudo é analisar o perfil do administrador por meio dos alunos já formados (egressos), se o curso de Administração contribuiu para ingressar no mercado de trabalho e o que trouxe de benefícios a sua vida profissional. Identificar o perfil pessoal dos respondentes e os principais fatores que influenciaram na escolha do curso de Administração; identificar as atividades de formação acadêmica e complementar dos egressos, após a conclusão do curso de Administração; analisar a situação profissional dos egressos; identificar as competências e habilidades adquiridas no curso de Administração e como elas contribuíram para ingressar no mercado de trabalho; analisar a forma como o curso de Administração interferiu na vida pessoal e profissional do aluno egresso.

Este Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) do Curso de Administração da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ) possui como foco analisar o perfil do aluno egresso do referido curso.

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Para tanto, o presente relatório está estruturado em quatro capítulos, no primeiro encontra-se a contextualização do estudo onde é comtemplado o tema, a questão problema, os objetivos e a justificativa que fundamentaram a sua execução. Além desta contextualização, o estudo evidencia uma revisão de literatura que expõe os principais conceitos e teorias sobre o assunto. No terceiro capítulo, são relatados os procedimentos metodológicos utilizados para a coleta e análise dos dados, seguido do capítulo as análise e interpretação dos dados. Por fim, são apresentadas as considerações finais, sugestão de futuros estudos e conclusão.

Desta forma espera-se que o presente estudo contribua para a melhoria do curso de Administração da Unijuí.

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2 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO

Este capítulo se refere à apresentação do tema, da questão problema que norteará este estudo, dos objetivos geral e específicos e da justificativa.

2.1 APRESENTAÇÃO DO TEMA

A universidade pode ser considerada um instrumento que compõem a engrenagem do ensino brasileiro, estando em constante valorização por representar a oportunidade de melhores condições pessoais e profissionais. Para Demo (2004, p. 47), “a universidade sempre foi lugar privilegiado de aprendizagem e conhecimento, resumindo-se nisso seu mandato central. No mandato educativo, sobressai o compromisso em formar gente para posição de comando ou destaque na sociedade e na economia”.

Um curso que pode ser considerado importante para a sociedade, contribuindo para o desenvolvimento pessoal e profissional, segundo Silva (2003, p. 1), é o curso de Administração, pois “administrar é decidir, e que a continuidade de qualquer negócio depende da qualidade das decisões tomadas por seus administradores nos vários níveis hierárquicos”.

A base curricular do curso de graduação em Administração é estabelecida pelo Conselho Nacional de Educação, através da Lei de Diretrizes e Bases. De acordo com essa lei, o curso deve contemplar cinco câmpus de estudo (humano e investigação; administrativo, gerencial, organizacional e estratégico; econômico, financeiro, mercadológico e de relações internacionais; estudos quantitativos e transversal; e contemporâneo, possibilitando despertar a consciência do profissional para com o grupo e o meio social a que pertence) para atender um modelo de competitividade e produtividade exigido pelas organizações (BRASIL, 2005).

A administração, de acordo com Chiavenato (2000), se defronta com situações que surgem no decorrer do tempo, desta forma, as doutrinas e teorias administrativas precisam adaptar sua abordagem ou modificá-las para continuarem úteis e aplicáveis. Neste sentido, Maximiano (2000) menciona que as empresas devem ser capazes de concorrer com outras empresas, em seus mercados locais e nos mercados para os quais exportam, devendo ser competitivos, mais do que

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apenas eficientes. Um elemento essencial para a concretização desse diferencial competitivo é a figura do administrador.

A atuação do Administrador é ampla, sendo necessária em todos os tipos de organização, onde pode desempenhar funções em diversas áreas, como: comercial, logística, financeira, compras, recursos humanos, marketing, entre outras. O mercado de trabalho ainda apresenta uma gama de oportunidades para os egressos do curso de Administração. O Conselho Federal de Administração (CFA) apresentou em uma pesquisa realizada em 2012, intitulada como “Perfil, Formação Atuação e Oportunidade de Trabalho do Administrador”, diversas oportunidades de mercado, levando em conta a concepção dos Administradores, dos Empregadores e dos Professores (CONSELHO FEDERAL DE ADMINISTRAÇÃO, 2015).

Assim, a qualidade do profissional está de certa forma, atrelada a qualidade de ensino. As universidades devem proporcionar ao mercado profissional capacitado para desenvolver atividades capazes de instigar maior retorno para as organizações. Acredita-se que seja pertinente analisar se o curso de Administração está preparando adequadamente os seus discentes para esse mercado.

Portanto, o tema deste estudo está definido como sendo a análise do perfil dos egressos do curso de Administração da Unijuí – câmpus Santa Rosa, identificando de que forma o curso contribuiu para ascensão profissional.

2.2 QUESTÃO DE ESTUDO

O mercado está em constante transformação, tem avançado rapidamente por inúmeras mudanças sociais marcadas pelo desenvolvimento e globalização do cenário econômico, e, neste sentido, se torna mais exigente procurando profissionais cada vez mais capacitados para administrar e gerir as suas empresas. Para isso, o profissional, recém-formado, deve estar preparado para enfrentar esse mercado. Segundo Demo (2004), a universidade pode ser considerada uma fronteira do conhecimento, onde, de um lado tem a habilidade de prover o conhecimento e do outro de formar novas gerações preparadas para o mercado e que sabem pensar.

Portanto, analisar se a universidade está desempenhando esse papel de fornecedor de conhecimento e preparador para o mercado de trabalho, onde o administrador possui capacidade de refletir sobre as situações inerentes na

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organização se torna relevante. Pesquisas analisando o perfil do egresso do curso de Administração têm sido realizadas, como é o caso da pesquisa de Witte (2006) sobre o perfil pessoal e profissional realizada junto aos alunos egressos do curso de Administração da Universidade Regional de Blumenau; Lima (2006) sobre a satisfação das empresas empregadoras e dos egressos com as competências desenvolvidas no curso de Administração por meio de uma instituição de ensino superior privada; Marafon (2012) sobre a relação da trajetória profissional de administradores egressos de uma instituição de ensino superior com suas expectativas de carreiras; e de Cunha (2012) sobre as competências e mercado de trabalho a partir dos egressos de uma instituição de ensino particular no Estado do Rio de janeiro.

Dessa forma, o problema de pesquisa que motiva esse estudo é: qual o perfil do aluno egresso do Curso de Administração da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – Câmpus Santa Rosa?

2.3 OBJETIVOS

Nesta seção são apresentados o objetivo geral e os objetivos específicos.

2.3.1 Objetivo Geral

O objetivo geral deste estudo é analisar o perfil do egresso do Curso de Administração da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - Câmpus Santa Rosa.

2.3.2 Objetivos Específicos

Para sustentar o objetivo geral a seguir são apresentados os objetivos específicos:

 identificar o perfil pessoal dos respondentes e os principais fatores que influenciaram na escolha do curso de Administração;

 identificar as atividades de formação acadêmica e complementar dos egressos, após a conclusão do curso de Administração;

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 analisar a situação profissional dos egressos;

 Identificar as competências e habilidades adquiridas no curso de Administração e como elas contribuíram para ingressar no mercado de trabalho;

 analisar a forma como o curso de Administração interferiu na vida pessoal e profissional do aluno egresso;

 sugerir alterações, se necessário, para a melhoria das competências, habilidades e atitudes dos egressos do curso de Administração da Unijuí – Câmpus Santa Rosa.

2.4 JUSTIFICATIVA

Atualmente a administração foi o curso mais procurado no ProUni. Segundo o Ministério da Educação, a Administração recebeu 230.657 inscrições, em seguida vêm os cursos de Direito, Pedagogia e Engenharia Civil (ABC AGENCIA BRASIL, 2015).

A Administração pode ser considerada uma das áreas mais importantes da atividade econômica tendo como tarefa básica fazer as coisas por meio das pessoas de maneira eficiente e eficaz. O indivíduo qualificado com capacidades de resolver problemas dentro das empresas, com conhecimentos, métodos, habilidades e competências são considerados um diferencial para a obtenção de metas ou formulação de estratégias de gestão.

No ultimo Censo da Educação Superior de 2010, realizado pelo Instituto de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP/MEC), revela que o curso de Administração ocupa o primeiro lugar em numero de matriculas no ensino superior, superando os demais cursos. Essa demanda mostra que o mercado de trabalho para o Administrador esta em continuo aquecimento (CFA, 2015).

O curso de Administração tem se propagado reciprocamente com as necessidades socioeconômicas da nossa região. A região que compreendida de 20 municípios, os quais abrigam 1,9% da população gaúcha, ou seja, 203.494 habitantes, de acordo com o Censo Demográfico 2010 (IBGE, 2010).

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A instituição de ensino superior proporciona que o indivíduo busque qualificação e preparo para o mercado de trabalho (VOESE, 2007). Assim, a formação acadêmica, tem o intuito de agregar novas informações e conhecimentos a seu perfil. Conhecer o perfil do egresso de um curso permite a universidade melhorias na sua grade curricular buscando impactar positivamente na formação do profissional.

O perfil do aluno egresso do curso de administração esta relacionada com alguns os aspectos que devem ser atendidos durante o curso, como: atuar com visão sistêmica da organização; formar, liderar e motivar equipes de trabalho; articular as diversas áreas da organização; promover ações; negociar conflitos e interesses; zelar pelo clima da organização; identificar problemas, formular e criar soluções; liderança; aprendizado contínuo, entre outras.

Assim, a presente pesquisa se justifica por analisar o egresso do curso de Administração da Unijuí – Câmpus Santa Rosa, localizada na Fronteira Noroeste do estado do Rio Grande do Sul município de Santa Rosa.

Neste contexto, a importância para a prática desse estudo é fornecer a Universidade, um importante instrumento de avaliação de seu curso, considerando as competências e habilidades requeridas a estes profissionais. Os resultados desse estudo podem contribuir para as mudanças estratégicas no curso, visando à melhoria do mesmo. Além de contribuírem para a ampliação do conhecimento a cerca do tema do estudo, para os professores e também para os atuais acadêmicos.

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3 REFERENCIAL TEÓRICO

Neste capítulo serão apresentados os conceitos de Administração e do curso, o perfil do administrador, suas habilidades, o mercado de trabalho e os estudos relacionados ao assunto, objeto de estudo.

3.1 CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

Segundo Drucker (1975, p. 20), administração é “muito mais do que uma ciência [...] não é somente conhecimento, mas também desempenho. Além do mais, não é uma aplicação do bom senso, ou de liderança, menos ainda a manipulação das finanças. Seu desempenho baseia-se tanto no conhecimento como na responsabilidade.”. Nota-se que o administrador é um profissional cuja formação é diversificada por uma gama de disciplinas que contemplam as ciências humanas, exatas, sociais além das disciplinas específicas da administração. Como profissional, a especialidade em alguma área da administração não impede o conhecimento de áreas afins para ter uma visão holística, para evitar que o profissional fique a mercê do sucesso profissional.

Segundo Stoner (1999, p. 4), a “administração é o processo de planejar, organizar, liderar e controlar os esforços realizados pelos membros da organização e o uso de todos os outros recursos organizacionais para alcançar os objetivos estabelecidos”.

O Conselho Nacional de Educação estabeleceu através da Lei de Diretrizes e Bases, que o curso de graduação em Administração deve possibilitar a formação profissional que revele, pelo menos, as seguintes competências e habilidades (BRASIL, 2005):

I. reconhecer e definir problemas, equacionar soluções, pensar estrategicamente, introduzir modificações no processo produtivo, atuar preventivamente, transferir e generalizar conhecimentos e exercer, em diferentes graus de complexidade, o processo da tomada de decisão; II. desenvolver expressão e comunicação compatíveis com o exercício

profissional, inclusive nos processos de negociação e nas comunicações interpessoais ou intergrupais;

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III. refletir e atuar criticamente sobre a esfera da produção, compreendendo sua posição e função na estrutura produtiva sob seu controle e gerenciamento;

IV. desenvolver raciocínio lógico, crítico e analítico para operar com valores e formulações matemáticas presentes nas relações formais e causais entre fenômenos produtivos, administrativos e de controle, bem assim expressando-se de modo crítico e criativo diante dos diferentes contextos organizacionais e sociais;

V. ter iniciativa, criatividade, determinação, vontade política e administrativa, vontade de aprender, abertura às mudanças e consciência da qualidade e das implicações éticas do seu exercício profissional;

VI. desenvolver capacidade de transferir conhecimentos da vida e da experiência cotidianas para o ambiente de trabalho e do seu campo de atuação profissional, em diferentes modelos organizacionais, revelando-se profissional adaptável;

VII. desenvolver capacidade para elaborar, implementar e consolidar projetos em organizações; e,

VIII. desenvolver capacidade para realizar consultoria em gestão e administração, pareceres e perícias administrativas, gerenciais, organizacionais, estratégicos e operacionais.

O Curso de Administração da Unijuí – Câmpus Santa Rosa esta alinhada a Missão Institucional que e “formar profissionais com excelência técnica e consciência social critica, capazes de contribuir para a integração e o desenvolvimento da região Noroeste do Estado”. Também o curso associa-se aos princípios da Universidade em especial a proposta de integrar-se com a comunidade, fortalecendo o sentido das iniciativas da instituição. Ainda, o curso alinha sua proposta com o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) ao que se refere a excelência no ensino de graduação.

O objetivo geral do curso de Administração é de formar profissionais com visão estratégica em negócios, solida formação teórico-conceitual, capacidade critico-reflexiva e competências técnicas empreendedoras em todos os processos da

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tramada de decisão e ainda competências comportamentais voltadas a uma postura ética, cidadã e sustentável (PPC, 2015).

Para o aluno egresso a Unijuí oferece anualmente cerca de 20 cursos de Pós-graduação em diferentes áreas, para aqueles que queiram se especializar e aperfeiçoar sua carreira profissional. Os cursos tem duração em media de dois anos e as aulas acontecem na sua maioria nas sextas-feiras e sábados, possibilitando aos alunos que trabalham conciliar as duas atividades. Chegando ao final do curso, o aluno recebe o título de especialista. Verificou-se que a grande maioria, em torno de 89% dos respondentes, ingressou no curso de Ciências Contábeis através da forma mais tradicional, o concurso vestibular. No entanto, verifica-se que aproximadamente 10% ingressaram através de processos de transferências internas, de outros cursos da mesma Universidade (GUIA ACADEMICO, 2011).

3.2 O PERFIL DO ADMINISTRADOR

A organização é como sistema que transforma recursos em produtos ou serviços. O desempenho das organizações é muito importante para clientes, usuários, funcionários, acionistas, fornecedores enfim para a comunidade em geral. Para atender a todas essas pessoas, as organizações precisam ser bem administradas. Segundo Maximiano (2004, p. 22), “é a administração que faz organizações serem capazes de utilizar corretamente seus recursos e atingir seus objetivos”.

Riccio (2012, p. 16) destaca que “o papel da administração é tornar as pessoas aptas ao trabalho conjunto potencializando forças e minimizando fraquezas”. Outra responsabilidade que a administração deve assumir, segundo o autor, é “capacitar cada um dos integrantes da organização para as necessidades e oportunidades que porventura se apresentam no trabalho cotidiano”.

Os administradores ou gerentes são pessoas responsáveis pelo desempenho das pessoas que formam as suas equipes, que tem autoridade sobre elas. De acordo com Maximiano (2004, p. 28), “a autoridade é um recurso que dá aos gerentes a capacidade ou poder de tomar decisões e acionar o trabalho de seus funcionários e outros recursos”.

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Drucker (2001a, p. 41) menciona que “na sociedade atual, o conhecimento é o recurso básico para os indivíduos e para a economia em geral”. O conhecimento adquirido por um indivíduo traz grandes benefícios para o seu ser, pois é um instrumento em que a sociedade não pode tirar. Segundo Drucker (2001b, p. 49), “os trabalhadores do conhecimento, quer seu conhecimento seja primitivo ou avançado, quer o possuam em grande ou pequena quantidade, irão se especializar, e quanto maior seu grau de especialização, mais eficaz ele se tornará”.

As pessoas tornam-se o ativo mais importante da organização, traz a necessidade de torna-las mais consistentes. As organizações bem sucedidas estão percebendo que podem crescer prosperar e manter a continuidade desse sucesso se for bem dirigidas com a ajuda de seus colaboradores.

De acordo com Maximiano (2004, p. 30) o principal recurso das organizações são as pessoas. “[...] as organizações são grupos de pessoas que utilizam recursos para realizar objetivos”. Como administrador precisa das pessoas para poder fazer a organização funcionar, realizar metas e objetivos para alcançar um ótimo desempenho. “Sem pessoas, nada feito”.

Para tornar-se um profissional é preciso das ferramentas comportamentais da administração para entender as diferenças individuais de cada pessoa, da cultura organizacional e de processos como motivação, dinâmica de grupos e comunicação. Todo esse conjunto de ideias leva ao processo de liderança. Maximiano (2004, p. 31) destaca que “a liderança é um dos mais importantes papeis e habilidades dos gerentes”.

O perfil dos gestores transforma-se radicalmente, passando de um perfil obediente e disciplinado para um perfil autônomo e empreendedor. As empresas dependem cada vez mais do grau de envolvimento e comprometimento das pessoas com seus objetivos estratégicos e de negócio (DUTRA, 2008).

De acordo com Lacombe (2009, p. 3) “administrar é obter resultados por meio de pessoas, ou seja, é o ato de trabalhar com pessoas para realizar os objetivos da organização e de seus membros”. Destaca ainda que, o administrador é aquele que conduz um grupo de pessoas para alcançar os resultados desejados. È obter resultados pelo desempenho da equipe que ele supervisiona e coordena, torna a essência do papel do administrador.

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O administrador depende dos outros para alcançar seus objetivos e metas para seu grupo, deve ter condições de liderar os membros da sua equipe e de tomar decisões em nome da mesma. Segundo Lacombe e Heilborn (2008, p.5), trazem uma amostra do que seria o perfil ideal para o Administrador. De acordo com os autores o perfil do graduando do curso de Administração é:

1) Internalização de valores de responsabilidade social, justiça e ética profissional.

2) Formação humanística e visão global que o habilite a compreender o meio social, politico, econômico e cultural no qual está inserido e a tomar decisões em um mundo diversificado e interdependente.

3) Formação técnica e cientifica para atuar na administração das organizações, além de desenvolver atividades especificas da pratica profissional em consonância com as demandas mundiais, nacionais e regionais.

4) Competência para empreender, analisando criticamente as organizações, antecipando e promovendo suas transformações.

5) Capacidade de atuar em equipes multidisciplinares.

6) Capacidade de compreensão da necessidade do continuo aperfeiçoamento profissional e do desenvolvimento da autoconfiança.

Para Bernardes (1993), os administradores sempre existiram, mas com características diferentes ao longo da historia, mudando na proporção em que as organizações se alteravam até chegar ao profissional dos dias de atuais. Segundo Stoner (1999, p. 9) descreve “os administradores como planejadores, organizadores, lideres e controladores das organizações”. Destaca ainda que todo administrador de qualquer organização ou diretor de programa de um clube ao principal executivo de uma multinacional, assume uma variedade muito maior de papéis para levar a organização e seus objetivos estabelecidos. Num sentido amplo para os propósitos do pensamento administrativo, o papel é um padrão de comportamento que espera de alguém dentro de uma unidade funcional. Portanto os papéis são inerentes às funções.

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Segundo Riccio (2012, p 17), o administrador,

é fundamental para o funcionamento de toda a organização, seja ela de pequeno, médio ou grande porte. Sua missão é ajudar a organização a atingir o melhor resultado possível. E adaptar os conceitos gerais de administração à realidade cultural de seu ambiente específico.

Ser um administrador nos dias de hoje nas melhores circunstâncias, no entanto um pouco trabalhoso, pois enfrenta desafios especiais. O maior deles é a competição por parte de empresas estrangeiras todas destinadas a trazer produtos de qualidade para os consumidores que estão se tornando mais exigentes em todo o mundo.

Kotler (2004, p. 448) refere-se que “o desafio do administrador está em saber migrar decisivamente para o poder de competência e de referencia a fim de exercer uma liderança baseada em seu poder pessoal”. Para encarar esses desafios, os administradores precisam de visão, precisam de ética, precisam respeitar as diversidades culturais, precisam de conhecimento e de treinamento sólido. Devem acima de tudo desenvolver seu potencial administrativo através da educação formal e da prática continuada.

Portanto, para um administrador ser bem sucedido devem ser considerados alguns aspectos, ele deve-se sempre se manter informado, fazer investimentos constantes em sua formação, desenvolver seu espirito empreendedor, ser flexível, trabalhar em equipe, desenvolver sua capacidade de negociação, capacidade de planejar, segundo Oliveira (2011, p.4) “planejamento trata-se de um processo desenvolvido para o alcance de uma situação futura desejada, de um modo mais eficiente, eficaz e efetivo, com a melhor concentração de esforços pela empresa”.

Para Chiavenato (2004, p. 152) ressalta que “o planejamento é a primeira das funções administrativas e é a que determina antecipadamente quais são os objetivos a serem atingidos e como alcançá-los”

O bom profissional deve ainda administrar conflitos; tratar sua carreia profissional como se ela fosse uma empresa e gerencias pessoas.

Conforme Gil (2001, p. 17), a gestão de pessoas “é a função gerencial que visa à cooperação das pessoas que atuam nas organizações para o alcance dos objetivos tanto organizacionais quanto individuais”.

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A forma de gerir as pessoas nas organizações vem passando por profundas transformações. Essas transformações tem um papel importante, pois transformam as pessoas, ou seja, as empresas estão usando meios de melhoramento para ter um bom desempenho de seus colaboradores.

3.3 AS HABILIDADES E COMPETÊNCIAS DO ADMINISTRADOR

Na atualidade onde o administrador é considerado uma figura importante para o bom desempenho de uma organização, a busca de um profissional que tenha habilidades e competências com a visão do todo é relevante. Assim, para ocupar cargos e posições na empresa, executar tarefas e ações de maneira eficiente e eficaz, o administrador deve desenvolver três principais habilidades, segundo Chiavenato (2000) e Maximiano (2000), quando menciona habilidades de Katz: a habilidade técnica, a humana e a conceitual. São habilidades que consistem a utilização de conhecimentos no nível operacional, facilidade para trabalhar com pessoas e de nível institucional.

Segundo Chiavenato (2000, p. 3), habilidade técnica “consiste em utilizar conhecimentos, métodos, técnicas e equipamentos necessários para o desempenho de tarefas especificas, por meio da experiência e educação. É muito importante para o nível operacional”. A habilidade humana “consiste na capacidade e facilidade para trabalhar com pessoas, comunicar, compreender suas atitudes e motivações e liderar grupos de pessoas”. Já habilidade conceitual,

consiste na capacidade de compreender a complexidade da organização como um todo e o ajustamento do comportamento de suas partes. Essas habilidades permitem que a pessoa se comporte de acordo com os objetivos da organização total e não apenas de acordo com os objetivos e as necessidades de seu departamento ou grupo imediato.

Para Katz (1955 apud MAXIMIANO, 2000, p. 77), de acordo com o crescimento hierárquico na organização “a importância da habilidade técnica diminui, enquanto a habilidade conceitual torna-se mais necessária. Para um supervisor de primeira linha, que esta diretamente ligada ao trabalho operacional, o conhecimento técnico é muito mais importante do que para um executivo da alta administração”.

Ainda, para realizar com êxito essas habilidades o administrador precisa requerer competências para colocar em ação. Essas competências são qualidades

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que podem ser desenvolvidas durante o curso que mostram quem é capaz de analisar situações e apresentar soluções de tais assuntos e problemas.

A organização hoje precisa de todo o tipo de administrador, pois o mercado quer e necessita pessoas com habilidades que tenham capacidade de trabalharem em grupo, flexibilidade, organização, integração e inovação são fundamentos e importantes diferenciais que soma para a formação do profissional.

As habilidades que um administrador dever ter segundo Lacombe (2009), algumas habilidades mostradas no Quadro 1 podem variar conforme a posição que são requeridas no total são oito habilidades.

Quadro 1 – Habilidades Necessárias ao Administrador

1) 1) Comunicação e Expressão

 Estabelecer comunicação interpessoal, de expressar-se corretamente, verbalmente e por escrito, e de interpretar a realidade das organizações.

2) 2) Raciocínio logico critico e analítico

 Utilizar raciocínio logico, critico e analítico, operando formulações matemáticas e estabelecendo relações de causa e efeito entre fenômenos. Deverá também se capaz de interagir criativamente diante dos diferentes contextos organizacionais e sociais.

3) 3) Visão sistêmica e estratégica

 Demonstra a compreensão do todo administrativo, de forma integrada, sistêmica e estratégica, bem como suas relações com o ambiente externo.

4) 4) Criativa e iniciativa  Deverá ser capaz de propor e implantar modelos de gestão, inovar e demostrar espírito empreendedor.

5) 5) Negociação  Devera ser capaz de resolver situações com flexibilidade e adaptabilidade diante de problemas e desafios organizacionais. 6) 6) Tomada de decisão  Devera ser capaz de ordenar atividades e programas, de decidir

entre alternativas e de identificar e dimensionar riscos.

7) 7) Liderança  Devera ser capaz de selecionar estratégias adequadas de ação, visando a atender aos interesses das pessoas e da instituição. 8) 8) Trabalho em equipe  Devera ser capaz de selecionar formas de atuação visando a

objetivos comuns. Fonte: Lacombe (2009, p. 7).

Segundo Fleury e Fleury (2001, p. 18) “competência é a palavra do senso comum, utilizada para designar pessoa qualificada para realizar algo”. A competência revela seu poder heurístico, quando relacionada no mundo do trabalho tanto nas empresas quanto na sociedade. Para os autores competência é “um saber agir responsável e reconhecido, que implica mobilizar, integrar, transferir conhecimentos, recursos, habilidades, que agreguem valor econômico a organização e valor social ao indivíduo” (FLEURY; FLEURY, 2001, p. 21).

Ainda, Fleury e Fleury (2001) apresentam competências de um profissional da administração e suas definições (Quadro 2).

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Quadro 2 – Competências do Profissional da Administração

Saber agir  Saber o que e por que faz. Saber julgar, escolher, decidir.

Saber mobilizar  Saber mobilizar recursos de pessoas, financeiros, materiais, criando sinergia entre eles.

Saber comunicar

 Compreender, processar, transmitir informações e conhecimentos, assegurando o entendimento da mensagem pelos outros.

Saber aprender

 Trabalhar o conhecimento e a experiência.  Rever modelos mentais.

 Saber desenvolver-se e propiciar o desenvolvimento dos outros. Saber comprometer-se  Saber engajar-se e comprometer-se com os objetivos dos

outros. Saber assumir

responsabilidades

 Ser responsável, assumindo os riscos e as consequências de suas ações, e ser, por isso, reconhecido.

Ter visão estratégica  Conhecer e entender o negócio da organização, seu ambiente, identificando oportunidades, alternativas.

Fonte: Fleury e Fleury (2001, p. 22).

Observa-se, que os autores mencionam diversos tipos de conhecimentos, bem como de funções que são desenvolvidas por meio da educação formal e da experiência profissional e social do indivíduo.

Para Maximiano (2004, p.31-32) “as competências são os conhecimentos, as habilidades e as atitudes necessárias para uma pessoa desempenhar atividades”. Para desempenho de tarefas gerenciais as competências importantes se agrupam em quatro categorias:

1. Competências Intelectuais: aos administradores aplicam suas competências ou habilidades intelectuais para produzir, processar e utilizar informações abrangem todas as formas de raciocínio, utilizadas para elaborar conceitos, fazer analises planejar, definir estratégias e tomar decisões.

2. Competências Interpessoais: utilizada para liderar sua equipe, trabalhar com colegas, superiores e clientes, relaciona-se com todas as pessoas de sua rede.

3. Competência Técnica: abrange os conhecimentos sobre a atividade especifica do gerente, da equipe e de sua organização, por exemplo, se você é administrador de um banco, a competência técnica compreende os conhecimentos sobre o ramo bancário e sobre o banco em que você trabalha. Alguns trazem da graduação as competências básicas da profissão outros adquirem do próprio trabalhado os conhecimentos técnicos

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de uma profissão. Todos esses casos é produto de alguma forma de aprendizagem e experiência prática.

4. Competência Intrapessoal: compreende todas as relações e formas de reflexão e ação da pessoa a respeito dela própria, como: autoconhecimento, automotivação, autocontrole, autoanalise, capacidade de organização pessoal e administração do próprio tempo.

No Projeto Pedagógico de Curso (PPC) define o perfil profissional esperado do acadêmico ao concluir o curso, contemple as competências a seguir enumeradas:

1) Competências teórico-conceituais inerentes aos conteúdos de formação profissionalizante, de formação básica, de Estudos Quantitativos e suas Tecnologias e de Formação Complementar e de formação humanista, constituindo assim uma sólida formação teórico-conceitual-críticoreflexiva, numa visão inter/intra/multidisciplinar, necessária para subsidiar a tomada de decisão em um ambiente criativo e inovador.

2) Competências técnicas para: a) Elaborar projetos de diagnóstico organizacional em diferentes níveis de complexidade; b) Reconhecer, a partir de diagnósticos organizacionais, ameaças, oportunidades, forças e fragilidades; c) Realizar análise teórico-conceitual-crítico-reflexiva, de forma criativa e inovadora, isto é, de forma empreendedora sobre tais constatações; d) Equacionar soluções, sugerindo modificações no processo produtivo inerente às ameaças e às fragilidades, e/ou ainda potencializando as forças e as oportunidades; e) Acompanhar a consolidação de processos e validar seus respectivos resultados, constituindo desta forma um efetivo ciclo de tomada de decisão em gestão. 3) Competências comportamentais, ético-profissionais, orientadas ao empreendedorismo, de: a) Liderança de equipes; b) Efetiva comunicação; c) Negociação; d) Envolvimento e comprometimento; e) Relacionamentos interpessoais; f) Flexibilidade, predisposto à inovação/mudança”.

Segundo Dutra (2001, p. 28), a competência pode ser entendida por muitas pessoas como um conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes necessários para que a pessoa desenvolva suas atribuições e responsabilidades. Destaca ainda

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o autor que “a forma de encarar a competência tem se mostrado pouco instrumental. As pessoas possuem um determinado conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes, o que não garante que a organização se beneficiará diretamente”.

O administrador deve adquirir essas competências tanto na graduação com noções básicas quando na experiência profissional na empresa que trabalha. As organizações tornam-se mais rígidas e exigentes com seus colaboradores, tendo destaque aqueles que apresentarem mais experiências no exercício da função, mais conhecimento terá mais vantagem e oportunidade no mercado de trabalho.

Segundo Chiavenato (2005, p. 102), “o mercado de trabalho é dinâmico e sofre contínuas mudanças”. Isso acontece, pois os avanços tecnológicos exigem que os profissionais se adaptem as mudanças, direcionando para a competitividade entre as pessoas e as empresas.

Para Robbins (2005, p. 459) define que “qualquer trabalho, remunerado ou não, realizado durante um período, pode construir uma carreira”. Já para Dutra (1996, p.19) “carreiras é como um instrumento para conciliar as expectativas de desenvolvimento da empresa e a expectativa de crescimento profissional e pessoal de seus colaboradores”.

3.4 EGRESSOS E MERCADO DE TRABALHO

O campo de atuação do administrador, estabelecido pela Lei nº 4.769, de 9 de setembro de 1965 (BRASIL, 1965), são: administração e seleção de pessoal, organização e métodos, orçamentos, administração de material, administração financeira, relações públicas, administração mercadológica, administração de produção, relações industriais, bem como outros campos em que esses se desdobrem ou aos quais sejam conexos.

Barnard (1979) destaca que as pessoas decidem se trabalham ou não para uma organização a partir da análise de dois aspectos: 1) propósitos, desejos, impulsos do momento e, 2) as alternativas externas ao indivíduo, por ele reconhecidas como aproveitáveis ou não. Pode-se inferir, então que a organização é o resultado da alteração da ação e do desejo humano, sendo impossível dissociar esses aspectos.

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Desta forma, acredita-se que a explicação para a empresa bem-sucedida passa pela habilidade de sua gestão em moldar os objetivos individuais aos da organização, estimulando a criatividade, a motivação e a cooperação dos indivíduos, buscando construir afinidades.

Os administradores de uma empresa, como caracterizado por Barnard (1979), possuem algumas funções essenciais, tais como: prover a modelagem do sistema de comunicação entre os gestores, de forma que a comunicação chegue ao líder da organização conforme desejada; promover a garantia de esforços essenciais através do asseguramento de serviços pessoais que constituem o material das organizações; e, formular e definir seus propósitos e objetivos.

As organizações independentemente da natureza de seu negocio, de seu estagio de desenvolvimento, das características peculiares do mercado onde atuam, estão expostas em maior ou menor grau, a algumas realidades são inevitáveis. Para Lucena (1995), esta cada vez mais forte a pressão e a influencia das forças do ambiente externo na vida das organizações.

Conforme Lacombe (2004, p.210), define mercado de trabalho como “oferta e procura de mão de obra em determinada região”. Inclui a determinação do valor da remuneração, dos benefícios e das condições de trabalho para cada tipo de profissional em determinada região em dado momento.

3.5 ESTUDOS ANTERIORES A RESPEITO DE EGRESSOS DE ADMINISTRAÇÃO

Witte (2006), em seu estudo, analisa o perfil pessoal e profissional e a formação acadêmica e complementar dos alunos egressos do curso de Administração da Universidade Regional de Blumenau. Os resultados da pesquisa apontaram que a maioria dos egressos exerce atividade profissional relacionada à sua formação e consideraram boa a adequação do currículo do curso analisado. Ainda, parte dos respondentes considerou a falta de conhecimento técnico em algumas áreas da Administração como a principal dificuldade no desempenho da profissão e que o curso contribuiu para seu crescimento pessoal e profissional.

A pesquisa de Lima (2006) avaliou a satisfação das empresas empregadoras e dos egressos com as competências desenvolvidas no curso de Administração por meio de uma instituição de ensino superior privada. As considerações finais do autor

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apontam que como ponto de convergência junto aos públicos pesquisados, a “Análise Crítica de Informações” e “Planejamento e Gerenciamento de Projetos”, como as competências de maior satisfação e apontaram o “Desenvolvimento de Equipe” como a competência de menor satisfação. Ainda, a divergência ocorrida entre os públicos entrevistados aponta a “Comunicação Interpessoal e Intergrupal” como a competência de menor satisfação para as empresas empregadoras e como competência de maior satisfação para os egressos participantes.

Mello Melo Junior e Mattar (2011) tiveram como principal objetivo da pesquisa analisar cenários e identificar tendências para a profissão de Administrador no país por meio de prospecção de dados e da elaboração de diagnósticos sobre cada questão que envolve o Administrador, profissional preparado para atuar em todos os campos da Administração e relações industriais, bem como outros campos em que esses se desdobrem ou aos quais sejam conexos. A pesquisa revelou que os Administradores estão concentrados nas áreas de serviços em geral, indústria, comércio varejista, consultoria empresarial, instituições financeiras e administração hospitalar/serviços de saúde. O setor de serviços emprega o maior número de Administradores, seguido do industrial. Os mesmos declaram-se satisfeitos com o que aprenderam nos cursos de graduação, por outro demonstraram ter encontrado dificuldades quando de seu ingresso no mercado de trabalho, pela falta de conteúdo nas disciplinas que os aproximassem das práticas. Ainda, os respondentes consideraram as competências e habilidades como complemento à graduação, sendo os requisitos exigidos para a contratação, segundo garantiram os Empresários/Empregadores.

O objetivo do estudo de Marafon (2012) foi o de analisar a relação da trajetória profissional de administradores egressos o curso de Administração da Universidade do Oeste de Santa Catarina – Unoesc - Câmpus de Xanxerê, que concluíram o curso em nível de graduação, com suas expectativas de carreiras. O autor encontrou como resultado que a maioria dos investigados afirma ter planejamento de carreira sabendo aonde pretende chegar. Admitem que para alcançar seus objetivos e metas depende muito mais de seu esforço e dedicação do que de suas empresas. Também, reconhecem a importância da experiência adquirida no decorrer da atuação profissional, somado à formação acadêmica de

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