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Formação de preços e análise de resultados em uma empresa do comércio de peças de Ijuí

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SUL

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS, CONTÁBEIS,

ECONÔMICAS E DA COMUNICAÇÃO

CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

VIVIAN BERNO STEINKE

FORMAÇÃO DE PREÇOS E ANÁLISE DE RESULTADOS EM UMA

EMPRESA DO COMÉRCIO DE PEÇAS DE IJUÍ

IJUÍ (RS)

2015

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VIVIAN BERNO STEINKE

FORMAÇÃO DE PREÇOS E ANÁLISE DE RESULTADOS EM UMA

EMPRESA DO COMÉRCIO DE PEÇAS DE IJUÍ

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado no Curso de Ciências Contábeis da UNIJUÍ, como requisito para obtenção do título de Bacharel em Ciências Contábeis.

Profª Orientadora: Eusélia Paveglio Vieira

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente gostaria de agradecer a Deus pela minha vida, minha família, a saúde que tenho, pelo pão de cada dia, a sabedoria e paciência em saber que tudo tem a hora certa para acontecer.

Agradecer aos meus pais, Valdemar e Silvia por todo amor, compreensão, carinho, paciência e apoio que foi me dado em toda a minha vida. Amo vocês mais que tudo.

Agradeço ao meu irmão Gerson por toda a ajuda e conselhos durante o curso e durante a vida. Agradeço também ao meu namorado Everton pela compreensão, amor e carinho, por estar ao meu lado incentivando e apoiando.

Agradeço a todos os professores que me auxiliaram em minha jornada estudantil e acadêmica, em especial a minha professora e orientadora Eusélia Paveglio Vieira, por toda a atenção, disposição e condução profissional durante o Curso de Ciências Contábeis e na conclusão deste trabalho. Será sempre minha inspiração e exemplo profissional. Muito Obrigada!

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RESUMO

Este trabalho refere-se a implantação de uma matriz de preços para proporcionar informações relevantes na análise dos resultados e no gerenciamento de uma empresa comercial de peças, situada no noroeste do estado do Rio Grande do sul, como forma de auxiliar a gerência na tomada de decisões da empresa no mercado que está inserida. Por meio de amostra, foi dividido quarenta e cinco produtos em três categorias distintas, para análise individual em um conjunto de tabelas combinadas no Excel, que formam um sistema fácil, seguro e rápido de precificação, levando em conta os custos de aquisição, despesas mensais, margem de lucro desejada, gerando assim informações gerenciais pertinentes para a tomada de decisão. A pesquisa se classifica como aplicada, descritiva e qualitativa, os procedimentos técnicos são definidos como pesquisa bibliográfica, documental e levantamento de dados, e na coleta de dados utilizou-se análise documental e entrevista. Após a apuração das despesas mensais, da formação do preço de venda orientativo e da realização do sistema de tabelas combinadas, a empresa considerou muito pertinente as informações geradas para facilitar a tomada de decisão, evidenciando as margens e resultado individual e total. O presente trabalho demonstra que na maioria dos produtos a empresa atinge uma margem positiva, mas também mostra em alguns casos que o preço de venda praticado ficou abaixo do preço de venda mínimo calculado, ou seja, não pagando as despesas e gerando margem negativa nestes itens, porem ainda não comprometendo a saúde financeira da empresa, diante disto representando ser uma falha no processo de formação de preços, e diante do resultado final percebe-se a importância de se tomar decisões baseadas em informações precisas e confiáveis para que não ocorram falhas de informações que possam comprometer a estabilidade e o crescimento da empresa.

PALAVRAS CHAVE: Sistema de Informação. Custos Comerciais. Matriz de preços.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Síntese das definições básicas... 20

Figura 2 – Fórmulas para o cálculo do Mark-up... 22

Gráfico 1 - Despesas gerais mensais... 38

Gráfico 2 - Comparativo de preços de venda no grupo dos filtros... 44

Gráfico 3 - Comparativo de preços de venda no grupo das peças... 45

Gráfico 4 - Comparativo de preços de venda no grupo dos acessórios... 46

Quadro 1 – Custo de Aquisição dos produtos... 31

Quadro 2 – Receita dos produtos em estudo... 33

Quadro 3 – Receita mensal no período em estudo... 34

Quadro 4 – Despesa com funcionários e pró-labore... 35

Quadro 5 – Depreciação da Loja... 36

Quadro 6 – Despesas Gerais da loja... 37

Quadro 7 – Mark-up Preço Venda Orientativo... 39

Quadro 8 – Mark-up Preço Venda Mínimo... 41

Quadro 9 – Formação preço de venda... 42

Quadro 10 – Comparativo entre PV praticado X PV orientativo e PV praticado X PV mínimo... 47

Quadro 11 – MC com preço de venda praticado... 49

Quadro 12 – MC com preço de venda orientativo... 51

Quadro 13 – MC com preço de venda mínimo... 53

Quadro 14 – Ponto de equilíbrio no preço de venda da loja... 55

Quadro 15 – Margem de segurança operacional no preço de venda da loja... 57

Quadro 16 – Ponto de equilíbrio no preço de venda orientativo... 58

Quadro 17 – Margem de segurança operacional no preço de venda orientativo... 60

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SUMÁRIO RESUMO ... 4 LISTA DE ILUSTRAÇÕES ... 5 SUMÁRIO ... 6 INTRODUÇÃO ... 8 1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO ... 10

1.1 DEFINIÇÃO DO TEMA EM ESTUDO ... 10

1.2 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO ... 10 1.3 PROBLEMATIZAÇÃO DO TEMA ... 11 1.4 OBJETIVOS ... 11 1.4.1 Objetivo geral ... 12 1.4.2 Objetivos específicos ... 12 1.5 JUSTIFICATIVA ... 12 2 REFERENCIAL TEÓRICO ... 13 2.1 CONTABILIDADE ... 13 2.2 CONTABILIDADE DE CUSTOS ... 14 2.3 GESTÃO DE CUSTOS ... 16 2.4 CUSTOS COMERCIAIS ... 17 2.4.1 Gastos ... 17 2.4.2 Desembolsos ... 17 2.4.3 Investimentos ... 17 2.4.4 Custos ... 17 2.4.5 Despesas ... 18 2.4.5 Perdas ... 18 2.5 FORMAÇÃO DE PREÇO ... 19 2.5.1 Margem de contribuição ... 21 2.5.2 Ponto de equilíbrio ... 22

2.5.3 Margem de segurança operacional ... 24

2.6 FATORES INTERNOS E EXTERNOS NA PRECIFICAÇÃO ... 24

2.6.1 Concorrência ... 25

2.6.2 Mercado ... 26

2.6.3 Valor percebido ... 26

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3 METODOLOGIA DO ESTUDO ... 28

3.1 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA ... 28

3.1.1 Quanto a natureza ... 28

3.1.2 Quanto a forma de abordagem do problema ... 28

3.1.3 Quanto aos objetivos ... 29

3.1.4 Quanto aos procedimentos técnicos ... 29

3.2 COLETA DE DADOS ... 30

3.2.1 Instrumentos de coletas de dados ... 31

3.3 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS ... 32

4 ANÁLISE DOS RESULTADOS ... 33

4.1 CUSTO DE AQUISIÇÃO ... 33

4.2 RECEITA DOS PRODUTOS EM ESTUDO ... 35

4.3 DESPESAS MENSAIS ... 36

4.3.1 Despesas com pessoal ... 37

4.3.2 Despesas de depreciação ... 38

4.3.3 Despesas gerais ... 38

4.4 FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA ... 41

4.4.1 Formação do Mark-up ... 41

4.4.2 Formação do preço de venda ... 44

4.5 MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO UNITÁRIA E TOTAL ... 51

4.5.1 Margem de contribuição com preço de venda da loja ... 51

4.5.2 Margem de contribuição com o preço de venda orientativo ... 53

4.5.3 Margem de contribuição com preço de venda Mínimo... 55

4.6 PONTO DE EQUILIBRIO E MARGEM DE SEGURANÇA OPERACIONAL ... 56

4.6.1 Ponto de equilíbrio e margem de segurança operacional no preço de venda da loja ...57

4.6.2 Ponto de equilíbrio e margem de segurança operacional no preço de venda orientativo ... 60

4.7 ANÁLISE DO RESULTADO ... 63

CONCLUSÃO ... 66

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INTRODUÇÃO

Em meio a tantas mudanças no setor empresarial, a sobrevivência de empresas constitui um desafio constante aos empresários, mantendo-se atualizado diante as novas tecnologias, conquistar novos clientes e avançar nas questões relacionadas à gestão, direção e controle de suas empresas, são pontos diferenciais nas organizações.

A preocupação em gerar lucro, atender com satisfação os clientes, saber driblar os concorrentes são pontos importantes que determinam o alcance do sucesso e bons resultados. Por isso, é necessário se colocar em vantagem competitiva em relação aos concorrentes, melhorando sua gestão e o controle dos custos, garantindo sua sobrevivência e expansão no mercado e, ao mesmo tempo, o objetivo de gerar lucro.

Um ponto determinante para a o sucesso da organização é a apuração dos custos de produção, bem como sua correta precificação dos produtos que serão vendidos, garantindo assim uma boa gestão e também a sua continuidade e o desenvolvimento.

Logo, o objetivo de estudo é elaborar uma matriz de formação de preços e dos respectivos resultados em uma comercial de peças, disponibilizando informações que subsidiem a os processos de negociação e a gestão da empresa.

O presente trabalho apresenta-se em quatro capítulos, divididos da seguinte forma: no primeiro capítulo apresenta-se as características da pesquisa quanto a contextualização do estudo, a área de conhecimento contemplada, caracterização da organização, problematização do tema, os objetivos e a justificativa.

No segundo capítulo aborda-se a revisão teórica, onde cada assunto contextualiza-se com base em autores, envolvendo os principais conceitos de contabilidade, a contabilidade de custos, os custos comerciais, formação de preços, e os fatores internos e externos na precificação.

Já no terceiro capítulo, apresenta-se a parte da metodologia da pesquisa, no qual aborda-se os assuntos direcionados aos dados obtidos da pesquisa, sua classificação quanto à natureza, os objetivos, a abordagem do problema, os procedimentos técnicos, plano de coleta de dados e assim por diante, ou seja, são relacionados os assuntos diretamente ligados à formação da pesquisa.

Em seguida, no quarto capitulo é a análise dos resultados, com todas as informações que foram levantadas durante a pesquisa, demonstradas em cálculos, tabelas e gráficos. Sendo levantados os custos de aquisição das mercadorias e as despesas mensais da loja, e a partir destes dados apurou-se o Mark-up, o preço de venda orientativo e o praticado pela empresa a

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margem de contribuição, o ponto de equilíbrio, a margem de segurança operacional. Com todas estas informações, foi possível analisar os resultados e avaliar a importância das ferramentas da contabilidade de custos, aplicadas a uma empresa comercial.

Para finalizar, apresenta-se as considerações finais e as referências, que foram utilizadas para a realização desse estudo.

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1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO

Neste capítulo consta a estrutura do estudo envolvendo o tema, a caracterização da empresa, o problema, os objetivos e a justificativa que deram início a realização do mesmo.

1.1 DEFINIÇÃO DO TEMA EM ESTUDO

A contabilidade é uma ciência que estuda, mensura, controla, analisa e interpreta as variações do patrimônio das entidades, nos aspectos quantitativos e qualitativos, sendo regida através de normas e regras próprias, no qual se torna fundamental a sua atuação para a tomada de decisões nas organizações. Franco (1983 apud BASSO, 2011) destaca que através destas informações geradas pela contabilidade, a direção da empresa terá condições de tomar decisões sobre os resultados econômicos, financeiros e da gestão da riqueza do patrimônio.

Na contabilidade pode-se observar diversas áreas de atuação profissional, como a auditoria interna e externa, pericia contábil, contabilidade pública e a contabilidade gerencial. Portanto no decorrer deste trabalho, a contabilidade gerencial será evidenciada e dentro dela a contabilidade de custos, neste sentido, foi trabalhada a formação de preços e a análise dos resultados, gerando assim, informações para os gestores auxiliando na tomada de decisão da entidade.

Sendo assim, o tema do estudo é a proposição de um sistema de formação de preços e análise dos resultados que proporcionem informações gerencias para uma empresa no ramo comercial de peças.

1.2 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO

A empresa comercial alvo do estudo atua na venda peças para caminhões, está situada na cidade de Ijuí, estando no mercado desde o ano de 2009, inicialmente como uma representação de uma marca conhecida de filtros para caminhões, e após alguns meses aumentou a sua atuação com diversas peças, diversificando também os fornecedores. Seu enquadramento fiscal é o Simples Nacional.

É composta por dois sócios que atuam na empresa, e dois funcionários, a sócia majoritária da empresa, desempenha a principal função de administradora, enquanto o outro sócio auxilia os funcionários nas outras atividades da organização.

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Atualmente está desenvolvendo site da internet para vendas dos produtos, melhorando assim a divulgação dos itens, visto que a maioria das vendas são efetuadas por e-mail e telefone. Conta com software de informações gerenciais, para aumentar a confiabilidade dos dados.

1.3 PROBLEMATIZAÇÃO DO TEMA

A contabilidade gerencial tem por finalidade a identificação, mensuração, análise e interpretação das informações financeiro-econômicas, para a tomada de decisão dos gestores das organizações. A contabilidade de custos faz parte deste processo, no qual Leone (1997, p.19) descreve que, “[...] é o ramo da contabilidade que se destina a produzir informações para os diversos níveis gerenciais de uma entidade, como auxílio às funções de determinação de desempenho, de planejamento e controle das operações e de tomada de decisões”.

Um ponto relevante da contabilidade de custos é a geração de uma matriz de formação de preços diferenciados para um segmento de mercado. Esta etapa envolve tanto o custo de compra na atividade comercial, quanto às despesas, impostos e margens desejadas, as quais formam o preço de venda orientativo, o qual necessita ser comparado com o preço do mercado, da concorrência e também do valor percebido pelo cliente.

A partir dos preços a serem praticados, é necessário avaliar os resultados em relação a unidade e ao total comercializado. Isso pode ser apurado a partir da aplicação dos conceitos de margem de contribuição, do ponto de equilíbrio necessário e também da margem de segurança. Estas informações proporcionam uma maior segurança no processo de gerenciamento da empresa.

Baseado no exposto, e levando-se em consideração que a empresa objeto do estudo não se utiliza dessa ferramenta de gestão, questiona-se: Qual a estrutura da matriz de preços necessárias para proporcionar informações relevantes na análise dos resultados e no gerenciamento de uma empresa comercial de peças?

1.4 OBJETIVOS

Os objetivos são divididos em geral e específicos, o geral responderá a pergunta da problematização, enquanto que os específicos dão conta do detalhamento do tema.

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1.4.1 Objetivo geral

Elaborar uma matriz de formação de preços e dos respectivos resultados em uma comercial de peças, disponibilizando informações que subsidiem os processos de negociação e a gestão da empresa.

1.4.2 Objetivos específicos

- Revisar a literatura referente à formação de preços, resultados e gestão empresarial; - Mapear os produtos comercializados pela empresa selecionando os mais vendidos; - Estruturar uma matriz de preços com diferentes margens;

- Analisar a relação preços, custos, volumes e resultados;

- Avaliar as informações que o sistema proporciona e suas contribuições para a gestão;

1.5 JUSTIFICATIVA

A contabilidade de custos é um ramo de suma importância na gestão de uma organização, a qual auxilia no planejamento e controle eficaz para a tomada de decisões, pois auxilia na interpretação e análise, a partir das informações geradas pelos diversos níveis da organização.

Para a empresa, o estudo foi de grande importância, pois a mesma possui em fase inicial, a implantação de um sistema de gerenciamento, para calcular os custos de seus produtos, sendo que a aplicação da matriz de formação de preços proposto auxiliou neste controle, no planejamento e análise dos resultados da empresa. Identificando assim, a busca para obter resultados mais significativos.

Para a UNIJUI, como também para o curso de Ciências Contábeis, este estudo mostrou a importância da contabilidade de custos para empresas de pequeno porte do comércio varejista. Servindo de fonte para pesquisas de outros interessados no tema abordado. Enquanto acadêmica do Curso de Ciências Contábeis e admiradora da contabilidade de custos, este trabalho permitiu colocar em prática os conhecimentos construídos em sala de aula, sendo também uma oportunidade para especializar-me e ampliar meus horizontes profissionais nesse assunto. Possibilitando analisar a teoria com a prática, inter-relacionando ambas.

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2 REFERENCIAL TEÓRICO

Neste capítulo apresenta-se a fundamentação teórica, baseada em conceitos e opiniões extraídos de livros, artigos, jornais e revistas, onde os autores são especialistas em contabilidade geral, gerencial e de custos. Buscou-se por meio desta, agregar conhecimentos e ter suporte para a realização do estudo, contemplando também a parte prática.

2.1 CONTABILIDADE

A contabilidade é uma Ciência Social que tem como objeto de estudo o patrimônio das entidades físicas e jurídicas. Ela buscar interpretar, analisar, classificar e demonstrar as diversas variações que afetam o patrimônio das entidades, apresentando as demonstrações contábeis aos diversos usuários. Sendo assim, os autores a seguir conceituam a contabilidade.

Para Toigo (1987 apud BASSO, 2011, p.26), “Contabilidade é a ciência que estuda e controla o patrimônio sob o ponto de vista econômico-financeiro, observando e registrando seus aspectos quantitativos e qualitativos e as variações por ele sofridas”.

BASSO (2011, p.26), complementa o conceito de Toigo, conceituando contabilidade:

Contabilidade, como conjunto ordenado de conhecimentos próprios, leis especificas, princípios e métodos de evidenciação próprios, é a ciência que estuda, controla e observa o patrimônio das entidades nos seus aspectos quantitativo ( monetário) e qualitativo (físico), e que, como conjunto de normas, preceitos, regras e padrões gerais, se constitui na técnica de coletar, catalogar e registrar informações de suas variações s situação, especialmente de natureza econômica e financeira e, complementarmente, controla, registra e informa situações impactantes de ordem socioambiental decorrentes de ações praticadas pela entidade no ambiente em que está inserida.

Para Bruni, Famá (2004, p.22) a Contabilidade pode assumir diferentes formas, apresentadas à seguir:

Contabilidade Financeira: Condicionada às imposições legais e requisitos fiscais; Contabilidade Gerencial: voltada à administração de empresas, não se condiciona

às imposições legais, tem o objetivo de gerar informações úteis para a tomada de decisões;

Contabilidade de Custos: Voltada à análise dos gastos realizados pela entidade no

decorrer de suas operações.

A contabilidade é usada para registrar os custos de operação de um negócio. Ela se preocupa com o processo decisório, tomada de decisão, estuda e controla o patrimônio das

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entidades, apura resultados, fornece informações concretas aos seus usuários de acordo com suas necessidades e segundo Basso (2011, p.30) “a contabilidade só tem sentido quando gera informação relevante ao usuário”.

Neste contexto, a contabilidade é um conjunto de conhecimentos que busca relatar com precisão os diversos fatos que interessam a gestão no entendimento econômico/financeiro do negócio da empresa. Como sendo um dos campos de atuação do profissional contábil, a seguir trata-se da contabilidade de custos, que é o assunto deste estudo.

2.2 CONTABILIDADE DE CUSTOS

A contabilidade de Custos nasceu com a Revolução Industrial no século XVIII. A partir do momento em que as organizações, passaram a comprar matéria-prima para transformar em novos produtos.

Então a produção artesanal deu lugar aos processos automatizados da produção em massa e a contabilidade que já era utilizada e contava com excelentes metodologias e sistemas de informação, teve que desenvolver metodologias complementares que auxiliassem na gestão do ramo industrial (PADOVEZE, 2003).

A origem da contabilidade de custos seria da contabilidade financeira e da contabilidade geral, pois havia a necessidade de avaliar os estoques e mensuração dos resultados monetários, sendo utilizada na administração das instituições como uma ferramenta gerencial.

Fistarol, Bussmann, Vieira (2009): a Contabilidade de Custos, como campo de abrangência da Contabilidade, fornece informações para Contabilidade Financeira e para a Gerencial, sendo responsável por gerar informações para a tomada de decisão.

Vieira (2012, p.4) complementa o conceito que:

[...] a Contabilidade de Custos acumula, organiza, analisa e interpreta os dados operacionais, monetários e físicos e os indicadores combinados no sentido de produzir, para os diversos níveis de administração e de operação, relatórios com as informações de custos solicitados... Outra particularidade da Contabilidade de Custos é que ela trabalha dados operacionais de vários tipos: os dados podem ser históricos, estimados (futuros), padronizados e produzidos. Aqui reside, também, uma das fortes vantagens da Contabilidade de Custos. Ela pode (e deve) fornecer informações de custos diferentes para atender a necessidades gerenciais diferentes. Especificamente a Contabilidade de Custos objetiva:

a) Avaliação de estoques;

b) Atendimento das exigências fiscais; c) Determinação do resultado;

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d) Planejamento;

e) Formação do preço de venda; f) Controle gerencial;

g) Avaliação de desempenho; h) Controle operacional; i) Análise de alternativas;

j) Estabelecimento de parâmetros; k) Obtenção de dados para orçamentos; l) Tomada de decisão.

Leone (2000, p.21), enquadra três objetivos principais da contabilidade de custos:

Os três principais são: o objetivo da determinação da rentabilidade, esta num sentido amplo, que considera o desempenho da entidade e de seus componentes em todos os sentidos, o controle dos custos das operações de cada atividade no sentido de minimiza-los pela comparação constante entre os dados previamente estabelecidos e o de fornecer informações, normalmente não recorrentes, aos diversos níveis gerenciais que as solicitam para atender a suas funções de planejamento e tomada de decisões.

Leone (2000, p.21) ainda relata que “os objetivos serão fixados de acordo com as necessidades apresentadas pelos diversos níveis”. Cada empresa deverá estabelecer os seus objetivos de acordo com as suas necessidades gerenciais.

Santos, Alves, Barreto (2012, p.8 e 9) confirmam os conceitos anteriores, sobre contabilidade de custos:

Com o aumento da competitividade, as funções da contabilidade de custos passam a ser bem mais complexas e criteriosas, atendendo, além das necessidades fiscais, também auxiliando no seu processo decisório, dando estrutura e suporte nas decisões gerenciais. A contabilidade de custos desempenha papel fundamental para suprir as necessidades das empresas na formação de preços competitivos e diversificação de seus produtos com moderação nos custos.

A microempresa necessita de informações relevantes para controlar, prever e assim tomar as decisões cabíveis. Essas informações são prestadas através da contabilidade de custos.

Baseado no exposto é possível descrever que a contabilidade de custos tem diversos objetivos e finalidades e além de gerar informações para os diversos níveis gerenciais, auxilia também no controle e gestão dos custos, apurando o custo unitário dos produtos e serviços, mostrando para a empresa o retorno e a lucratividade de cada um.

Fornece informações para o planejamento e tomada de decisões nas organizações, apresentando diversos métodos de cálculos capazes de projetar a quantidade necessária que deve ser produzida para evitar prejuízos e até mesmo para alcançar o lucro desejado.

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2.3 GESTÃO DE CUSTOS

Gerenciar corretamente os custos em uma organização faz com que o profissional crie ferramentas para gerenciar a empresa. Para Bruni, Famá (2004) a gestão de custos visa a tomada de decisões no futuro, criando subsídios de apoio ao processo de tomada de decisões.

Com isso, os custos agrupados de diferentes formas, podem gerar informações pertinentes à contabilidade gerencial, sendo eles: a margem de contribuição, o ponto de equilíbrio, a margem de segurança, rotatividade de estoques e os custos com estoques.

Nos dias atuais, o sistema de custo já está se tornando indispensável para qualquer empreendedor que pretende planejar e controlar melhor seus custos, despesas e margem de lucratividade. Segundo Vieira, Rossi, Pocai (2003, p.36) relatam que:

Dentre as ferramentas que podem auxiliar o gestor no processo decisório pode-se citar: os sistemas de custeio e a análise de custo, do volume e do lucro (margem de contribuição, ponto de equilíbrio e margem de segurança), que se constituem em importantes instrumentos da Contabilidade Gerencial. Está, por sua vez, tem o objetivo de facilitar e instrumentalizar o processo de planejamento, controle, avaliação de desempenho e o processo decisório. Além disso, ela está voltada para a administração da empresa, visando gerar informações que auxiliem os gestores em suas decisões.

A contabilidade gerencial tem o objetivo principal que é suprir com as informações de controle e decisão em relação ao processo de tomada de decisões.

Uma das diferencias entre a contabilidade financeira e gerencial, segundo Bruni (2008, p.69) “enquanto para a contabilidade financeira existe a necessidade de distinção entre custos e despesas, para a gerencial existe a preocupação e separar gastos que sofrem os efeitos de uma decisão tomada dos gastos que nada sofrem”.

Com base nessas informações gerenciais, pode se dizer que, se a empresa implantar um bom sistema para ter seus controles e coletar as informações necessárias e eficácias, o resultado será satisfatório e alcançará o lucro desejado, sendo que o objetivo geral é suprir com as decisões em relação aos processos de tomada de decisões.

Para Linn, Vieira (2010, p. 17):

A gestão de custos é a estrutura de processamento dos custos com a utilização de técnicas e métodos de planejamento, avaliação e aperfeiçoamento, que tem por objetivo buscar a inovação constante dos processos que interagem na composição dos custeio dos produtos da empresa. Sua finalidade é fornecer informações necessárias para proporcionar valor, qualidade e oportunidade aos clientes.

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2.4 CUSTOS COMERCIAIS

Nos custos comerciais é possível observar que diferem um pouco dos custos industriais, portanto se faz necessário entender os conceitos relacionados à gestão de custos no comércio varejista. Abaixo serão descritos e conceituados as terminologias utilizadas:

2.4.1 Gastos

Gastos são todas as ocorrências nas quais a administração da empresa despende recursos ou contrai uma obrigação perante terceiros para obter um bem ou serviço. Sendo assim, um gasto pode ser relacionado a algum investimento ou a alguma forma de consumo de recursos.

2.4.2 Desembolsos

O termo desembolso qualifica a situação na qual a empresa efetivamente paga a aquisição de algum bem ou serviço. Esse pagamento pode acontecer antes, durante ou depois do item comprado estar à disposição da empresa ou do serviço adquirido ser usufruído.

2.4.3 Investimentos

São os gastos efetuados na aquisição de ativos ou despesas e custos que serão imobilizados ou diferidos. São gastos ativados em função de sua vida útil ou de benefícios futuros.

2.4.4 Custos

Na área comercial, os custos estão relacionados diretamente a aquisição das mercadorias a serem revendidas. Wernke (2011,p.28) explica que, custos são “...os gastos relacionados com o valor pago ao fornecedor e demais fatores que estejam intrinsecamente vinculados à compra daquela mercadoria, como frete e o seguro pago para o transporte da mercadoria ate a loja, além dos tributos inerentes a nota fiscal de compra e outros fatores.”

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2.4.5 Despesas

As despesas representam os gastos ligados às atividades operacionais da loja nas áreas de administração, finanças e vendas. Estes gastos não estão diretamente relacionados com as mercadorias vendidas, mas são necessários ao funcionamento do empreendimento varejista.

Wernke (2011,p.28) exemplifica como despesa:

Despesas administrativas: gastos com aluguel da sala comercial, energia elétrica da loja, material de escritório, salários e encargos sociais dos funcionários do departamento administrativo, etc.;

Despesas financeiras: gastos com juros pagos por atraso na quitação de duplicata, tarifas de manutenção de conta bancaria, folha de pagamentos do setor financeiro, etc.;

Despesas de vendas: gastos com propaganda, brindes, comissão de venda, remuneração dos empregados da área comercial, etc.

2.4.5 Perdas

São fatos ocorridos em situações excepcionais, indesejadas ou involuntárias que fogem à normalidade nas atividades operacionais da empresa. Wernke (2011,p.29) destaca que entre várias possibilidades, cabe enquadrar como perda os valores relacionados com:

a) A deterioração anormal de ativos (bens) causados por incêndios ou inundações; b) Os furtos de mercadorias;

c) As avarias ocorridas nas mercadorias (como apodrecimento de alimentos, vazamentos, latas amassadas, manuseio incorreto, etc.);

d) A expiração do prazo de validade do produto, tornando-o imprestável para comercialização.

Na sequência será apresentado na figura 1, um resumo das principais definições básicas e suas devidas nomenclaturas utilizadas no comércio para a área de custos.

Figura 1 – Síntese das definições básicas

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2.5 FORMAÇÃO DE PREÇO

Para a empresa comercial a formação de preço de venda de um produto ou serviço é vital, pois disso depende o sucesso de seu empreendimento. E com a concorrência ficando mais acirrada, os estabelecimentos comerciais devem sempre estar alerta, traçando novas estratégias com objetivo de manter os clientes e atrair novos, na busca de resultados positivos para a empresa.

Desta maneira, ao calcular os preços é preciso levar em consideração as características do mercado, o setor e a gama de produtos que a empresa trabalha. Por isso, deve conter os valores que maximizem os lucros, possibilitando que a empresa alcance suas metas de vendas com o preço estipulado, permitindo a otimização do capital e gerando os resultados.

De acordo com Wernke (2001) “O preço é a expressão do valor de troca que se oferece por alguma coisa que satisfaça uma necessidade ou desejo”.

Conforme (SEBRAE, 2014), a definição do preço adequado de venda de um produto/serviço junto ao mercado depende do equilíbrio entre o preço de mercado e o valor calculado, em função dos seus custos e despesas.

Santos, Alves, Barreto (2012) afirmam que o fator determinante na formação de preços dos produtos ou serviços são as tendências do mercado não seus custos.

O mercado é o grande responsável pela fixação dos preços e não os custos de obtenção dos produtos. É muito mais provável que uma empresa análise seus custos e suas despesas para verificar se é viável trabalhar com um produto, cujo preço o mercado influencia marcantemente ou mesmo fixa, do que ela determinar o preço em função daqueles custos ou despesas. Martins (2008, apud SANTOS, ALVES, BARRETO, 2012, p.8).

Existem vários métodos para a formação do preço de venda, mas o Mark-up é o mais utilizado. Este método calcula o preço de venda de determinado produto, acrescentando um percentual sobre o custo do produto, que contem as despesas variáveis e a margem de lucro desejada.

Segundo Bomfim e Passarelli (2008, p.504) “a maneira mais utilizada, na área comercial, de determinar o preço de um produto baseia-se no princípio do Mark-up (sobremarcação) - o preço é determinado adicionando-se uma margem de lucro ao custo do produto”.

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O conceito de Mark-up, que traduzimos como multiplicador sobre os custos, é uma metodologia para se calcular preços de venda de forma rápida, a partir do custo por absorção de cada produto. (...) A partir do custo por absorção de cada produto, aplica-se um multiplicador, de tal forma que os demais elementos formadores de preço de venda sejam adicionados ao custo, a partir desse multiplicador.

Complementando, de acordo com Wernke (2001, p.130)

A taxa de marcação ou Mark-up é um índice aplicado sobre o custo de um bem ou serviço para a formação do preço de venda. Tem por finalidade cobrir os fatores, como tributação sobre as vendas (ICMS, IPI, PIS, Cofins ou Simples), percentuais incidentes sobre o preço de venda (comissões sobre vendas, franquias, comissão da administradora do cartão de credito etc.), despesas administrativas fixas, despesas de vendas fixas, custos indiretos de produção fixos e margem de lucro.

Segundo Padoveze (2010, p.430):

É importante ressaltar que, apesar de o Mark-up ser um multiplicador aplicado sobre o custo dos produtos, sua construção está ligada a determinados percentuais sobre o preço de venda. Todos os componentes do Mark-up são determinados através de relações percentuais médias sobre preços de vendas e, a seguir, aplicados sobre o custo dos produtos.

De acordo com Bruni & Famá (2004, p.341) “o Mark-up pode ser calculado de duas formas: multiplicador – mais usual, [...], e o divisor – menos usual, [...]”.

A seguir apresentam-se as fórmulas para o cálculo do Mark-up multiplicador e do

Mark-up divisor:

Figura 2 – Fórmulas para o cálculo do Mark-up

(21)

Para a obtenção da formação do preço de venda, é preciso analisar o mercado, a concorrência, definir as estratégias e manter visíveis os objetivos da organização.

2.5.1 Margem de contribuição

A diferença entre o preço de venda e os custos e despesas é à margem de contribuição. Ela é um indicador que contribui para a formação do lucro unitário e total dos produtos vendidos. De acordo com Wernke (2008, p.42) “a margem, de contribuição é o valor resultante da venda de uma unidade, após deduzidos os custos e despesas variáveis associados ao produto comercializado. Tal valor contribuirá para pagar os custos fixos da empresa e gerar lucro”.

Conforme Wernke (2001, p.46) apresenta as fórmulas a seguir:

Fórmula Margem de Contribuição Unitária

MCu = Margem de Contribuição Unitária PVu = Preço de Venda Unitário

CVu = Custo Variável Unitário DVu = Despesas Variáveis Unitário

Fórmula Margem de Contribuição Total

MCt = Margem de Contribuição Total MCu = Margem de Contribuição Unitária Qtd Vendida = Quantidade total vendida

Wernke (2008, p.44) relaciona as seguintes vantagens e desvantagens da margem de contribuição:

a) É um instrumento para avaliar a viabilidade de aceitação de pedidos em condições especiais. Por exemplo: quando existem restrições de matéria-prima ou horas de trabalho disponíveis ou por preços e quantidades diferentes dos praticados;

b) Ajudam a administração a decidir que produtos devem merecer maior esforço de venda ou colocados em planos secundários ou simplesmente tolerados pelos benefícios de vendas que possam trazer a outros produtos;

c) São essenciais para auxiliar os administradores a decidirem se um segmento produtivo (ou de comercialização) deve ser abandonado ou não;

d) Podem ser usadas para avaliar alternativas quanto a reduções de preços, descontos especiais, campanhas publicitárias especiais e uso de prêmios para aumentar o

MCu = PV – CV - DV

(22)

volume de vendas. As decisões desse tipo são determinadas por uma comparação dos custos adicionais, visando ao aumento da receita de venda. Quanto maior for o índice de margem de contribuição, melhor é a oportunidade de promover vendas. Quanto mais baixo o índice, maior será o aumento do volume de vendas necessário para recuperar os compromissos de promover vendas adicionais;

e) A margem de contribuição auxilia os gerentes a entenderem a relação entre custos, volume, preços e lucros, fundamentando tecnicamente as decisões de venda; f) Basear o cálculo dos preços de venda somente com dados da margem de contribuição pode resultar em valores que não cubram todos os custos necessários para manter as atividades a longo prazo;

g) É útil para a tomada de decisões de curto prazo, mas pode levar o administrador a menosprezar a importância dos custos fixos.

Enfim, a margem de contribuição unitária e total é de extrema importância para as decisões de curto prazo, para a contabilidade de custos e para a tomada de decisões gerenciais, como políticas de incremento, quantidades e preços dos produtos.

2.5.2 Ponto de equilíbrio

O ponto de equilíbrio determina a quantidade que a empresa precisa vender, para não gerar lucro e nem prejuízo, para que todas as despesas sejam pagas.

Segundo Wernke (2001, p.49) “O ponto de equilíbrio representa o nível de vendas em que a empresa opera sem lucro ou prejuízo. Ou seja, o número de unidades vendidas no ponto de equilíbrio é o suficiente para a empresa pagar seus custos fixos e variáveis, sem gerar lucro”. Para Wernke (2001, p.49), a representação do ponto de equilíbrio se caracteriza pela figura a seguir.

Figura 3 - Representação do ponto de equilíbrio

(23)

Na figura 3, o ponto em que as receitas totais e os custos totais se encontram, se caracteriza como o Ponto de Equilíbrio.

O ponto de equilíbrio pode ser classificado em três tipos: ponto de equilíbrio contábil, ponto de equilíbrio econômico e ponto de equilíbrio financeiro. Crepaldi (2002, p.229-230) define os três pontos de equilíbrio da seguinte maneira:

O Ponto de Equilíbrio Contábil (PEC) é obtido quando há volume (monetário ou físico) suficiente para cobrir todos os custos e despesas fixas, ou seja, o ponto em que não há lucro ou prejuízo contábil. É o ponto de igualdade entre a Receita Total e o Custo Total.

O Ponto de Equilíbrio Econômico (PEE) ocorre quando existe lucro na empresa e esta busca comparar e demonstrar o lucro da empresa em relação à taxa de atratividade que o mercado financeiro oferece ao capital investido.

O Ponto de Equilíbrio Financeiro (PEF) é representado pelo volume de vendas necessárias para que a empresa possa cumprir com seus compromissos financeiros.

Conforme Crepaldi (2002, p.232) as fórmulas são:

Fórmula do Ponto de Equilíbrio Contábil

Fórmula do Ponto de Equilíbrio Financeiro

Fórmula do Ponto de Equilíbrio Econômico

Para Bruni, Famá (2004, p.254) o ponto de equilíbrio contábil é a “representação do volume (em unidades ou em $) de vendas necessário para cobrir todos os custos e no qual o lucro é nulo”.

Para Wernke (2001, p.52) no ponto de equilíbrio financeiro “calcula-se o nível de atividade (quer em unidades, quer em valor monetário) suficiente para pagar os custos e

PEc = Custos Fixos + Despesas Fixas ____________________________________ Margem de Contribuição Unitária

PEf = Custos Fixos + Despesas Fixas – Depreciações ________________________________________ Margem de Contribuição Unitária

PEe = Custos Fixos + Despesas Fixas + Lucro Desejado __________________________________________ Margem de Contribuição Unitária

(24)

despesas variáveis, os custos fixos (exceto a depreciação) e outras dívidas que a empresa tenha que saldar no período”.

O ponto de equilíbrio econômico adiciona à formula do ponto de equilíbrio contábil o lucro desejado, fazendo com que seja calculado mediante a aplicação da seguinte formula, conforme Wernke (2001, p.53).

2.5.3 Margem de segurança operacional

A margem de segurança operacional, segundo Padoveze (2010, p.395) “[...] pode ser definida como o volume de vendas que excede às vendas calculadas no ponto de equilíbrio. O volume excedente para analisar a margem de segurança pode ser tanto o valor das vendas orçadas como o valor real das vendas”.

Sendo assim, a margem de segurança operacional, segundo Bruni (2008, p.82-83) é calculada pela seguinte fórmula:

E a fórmula para a margem se segurança operacional em percentual é:

Diante disso, Wernke (2001, p.62) “a margem de segurança é o volume de vendas que supera as vendas calculadas no ponto de equilíbrio. Ou seja, representa o quanto as vendas podem cair sem que haja prejuízo para a empresa”.

2.6 FATORES INTERNOS E EXTERNOS NA PRECIFICAÇÃO

Existem muitos elementos que interferem na formação do preço de venda dos produtos, como por exemplo, os fatores internos e externos. Os fatores internos são aqueles que a empresa possui controle, e alguns como custos e despesas afetam diretamente os preços de venda. Cabe então à gestão interna conduzir a empresa a fim de obter crescimento, adequando às decisões internas em relação aos objetivos, estratégia, lucro desejado, orienta (SARTORI, 2004).

MSO = Quantidade Vendida – Quantidade no Ponto de Equilíbrio

MSO (%) = Vendas – Ponto de Equilíbrio ___________________________

(25)

Os fatores externos são aqueles que a empresa tem pouco ou nenhum controle, por isso se faz necessário ter um controle rigoroso sobre os fatores internos, para não depender tanto dos elementos externos na formação do preço final como concorrência, demanda ou mercado, restrições legais.

2.6.1 Concorrência

Definir preço com base na concorrência significa que é esta que determina os preços a serem praticados, isto pode acontecer nas organizações em que são oferecidos produtos ou serviços iguais ou semelhantes. Porém é preciso ter muita cautela nesta pratica, primeiramente é necessário identificar e analisar os erros e acertos dos concorrentes.

(SEBRAE, 2014) aponta algumas sugestões:

Na busca por informações sobre a concorrência, a empresa deve:  Estabelecer prioridades;

 Planejar como obtê-las;

 Organizá-las de forma que possam ser analisadas. Com relação aos produtos, os clientes observam principalmente:

 Qualidade;  Preço;  Conveniência.

Os fatores que valorizam o produto são:  Tecnologia (inovação);

 Necessidades (por exemplo, a água);  Diferencial (satisfação pessoal);

 Imprevistos (por exemplo, o telefone no momento de um acidente)

Além disso, a empresa deve ter o foco definido na qualidade do produto, na região em que será vendido e no perfil do consumidor que pretende atingir. A observação de todos os fatores é fundamental para alcançar o sucesso nos negócios.

Sartori (2004, p.95) descreve que a precificação com base na concorrência cobre diversas estratégias, como:

Costumeiro: Respeita-se o preço tradicionalmente praticado para o produto ou

preço padronizado. Sua prática parte da suposição de que os consumidores não aceitarão um valor diferente daquele que estão acostumados a pagar. Sua prática prevalece quando a situação de marketing desestimula as empresas a determinar preços que são diferentes do que normalmente é cobrado, ou redundariam em alteração em como os clientes pagam.

Promocional: Essa estratégia corresponde à determinação e comunicação de forma

temporária, de preços mais baixos de produtos selecionados. Depois do período de promoção, os preços voltam ao normal, mais elevado, motivo pelo qual esse tipo de apreçamento, algumas vezes, é chamado de “alto-baixo”. De forma extrema, essa estratégia apresenta-se no que se conhece como apreçamento de líder de perda, que corresponde ao apreçamento de produtos selecionados bem abaixo daquilo que os concorrentes normalmente cobram, de forma a atrair os consumidores.

(26)

Preço baixo todo dia: Corresponde a uma estratégia que exige o estabelecimento de

preços sempre baixos, e não dá lugar à prática do “alto-baixo”, o que reforça a imagem dos concorrentes como praticantes de preços altos, ao mesmo tempo em que fortalece os relacionamentos com os clientes que querem saber que estão pagando um preço razoável em todas as suas compras.

2.6.2 Mercado

O mercado também é um ponto delicado na formação de preços, pois devem ser observadas algumas situações, como por exemplo: evidenciar o produto, importância e a necessidade para o consumidor, qualidade, preço. Para não depender apenas do preço final para fidelizar seus clientes.

Para Cram (2007) existem 8 estratégias que dão apoio à empresas cobrarem mais pelos seus produtos, sem perder a venda para o mercado com preços menores.

 Oferecer um produto genuinamente melhor, deixando clara a superioridade;

 Realçar os riscos de uma escolha de menor custo;

 Mostrar aos clientes que as vantagens do produto compensa a desvantagem;

 Apresentar alternativas por faixa de preço;

 Estimular a comunicação boca a boca dos clientes;

 Utilizar as cores como código;

 Defender os sinais transmitidos no preço.

2.6.3 Valor percebido

Outra forma de estabelecer os preços dos produtos é através do valor percebido pelo consumidor, nesta metodologia os preços são definidos a partir do valor que os consumidores têm de determinado produto.

Woodruff (1997 apud Dominguez, 2000, p.54) define valor percebido como:

[...] valor do cliente como sendo a percepção do cliente sobre as preferencias e as avaliações dos atributos do produto, do desempenho desses atributos e das consequências originadas pelo uso. Os clientes enxergam o produto como um conjunto de atributos e desempenhos desses atributos; quando compram e usam o produto desenvolvem preferencias e desejos por certo atributos, que lhes proporcionam as consequências desejadas nas situações de uso ( conceito de valor em uso), atendendo seus objetivos e gerando satisfação com o valor recebido.

(27)

Na precificação baseada na perspectiva do cliente, a empresa sempre deve unir a precificação, com técnicas de marketing que salientam o diferencial daquele produto, confirmando o que sugerem Hinterhuber, Bertini (2012) de que esse método de precificação alinha os interesses da organização e do cliente, e que quanto mais alta é a percepção do cliente para os benefícios do produto, mais alto será o valor que a empresa pode cobrar por ele.

2.7 ESTRUTURA DE PREÇOS E RESULTADOS

Nos dias atuais, o sistema de custo já está se tornando indispensável para qualquer empreendedor que pretende planejar e controlar melhor seus custos, despesas e margem de lucratividade.

A contabilidade gerencial tem o objetivo principal que é suprir com as informações de controle e decisão em relação ao processo de tomada de decisões. Conforme Bruni (2008, p.69) “o foco da contabilidade gerencial é a decisão e a análise das suas consequências. Assim, outras formas e mecanismos são empregados na compreensão e visão dos gastos”.

Para Wernke (2001, p.126):

A correta formação de preços de venda é questão fundamental para sobrevivência e crescimento das empresas, independente do porte e de área de atuação [...]. Atualmente, a determinação do preço de venda está sendo cada vez mais influenciada por fatores de mercado e menos por fatores internos. Entretanto toda empresa deve saber o preço de venda orientativo, ou seja, o preço mínimo pelo qual deve vender seus produtos/mercadorias.

A partir dos conceitos mencionados, se observa que a formação do preço de venda é um processo delicado, que merece muita prudência dos gestores, pois o sucesso ou o fracasso da organização esta diretamente ligada a este fator. Também aliada à precificação esta a estratégia de marketing, de vendas, de promoções que a empresa vai adotar diante das diversas adversidades do ramo comercial.

(28)

3 METODOLOGIA DO ESTUDO

A metodologia de estudo consiste em relacionar os métodos que são usados ao elaborar a pesquisa, as quais apresentam-se na sequência.

3.1 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA

Pesquisa pode ser definida como o ato de procurar, identificar e analisar respostas para problemas existentes, e de forma científica aplicar métodos de pesquisa para descoberta das mesmas. Gil (2010) argumenta que a pesquisa é como um procedimento racional e sistemático que tem por objetivo proporcionar respostas aos problemas que são propostos.

Desta forma, é apresentado a seguir os métodos a serem utilizados nesta pesquisa, quanto a natureza, a forma de abordagem, os objetivos e os procedimentos técnicos.

3.1.1 Quanto a natureza

A pesquisa se classifica como aplicada, pois se refere à discussão de problemas em determinada área da saber, apresentando as soluções alternativas. A partir desta base, Silva, Menezes (2005, p.14) relatam que a pesquisa “objetiva gerar conhecimentos para aplicação prática e dirigidos à solução de problemas específicos [...]”. Nesta linha, Zamberlam et al (2014, p.94) relatam que a pesquisa “[...] visa gerar conhecimento para aplicação prática voltados à solução de problemas específico da realidade. Envolve verdades e interesses locais. A fonte das questões de pesquisa é centrada em problemas e preocupações das pessoas e o propósito é gerar soluções potenciais para os problemas humanos”.

Portanto, este estudo se classifica como pesquisa aplicada porque foram utilizados dados da empresa para os estudos e elaboração de uma matriz de formação de preços e de seus respectivos resultados.

3.1.2 Quanto a forma de abordagem do problema

Em relação á classificação do estudo, quanto a forma de abordagem do problema, foi realizada a pesquisa qualitativa. Silva, Menezes (2005, p.20), afirmam sobre a pesquisa qualitativa, que esta:

(29)

...considera que há uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, isto é, um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito que não pode ser traduzido em números. A interpretação dos fenômenos e a atribuição de significados são básicas no processo de pesquisa qualitativa. Não requer o uso de métodos e técnicas estatísticas. O ambiente natural é a fonte direta para coleta de dados [...]. O processo e seu significado são os focos principais de abordagem.

Beuren et al (2004) destaca ainda que na contabilidade é bastante comum a utilização do método qualitativo como tipologia de pesquisa, pois é necessário um aprofundamento de questões relacionadas ao desenvolvimento da contabilidade, tanto na teoria como na pratica.

Portanto, foram analisados os dados da empresa do comércio de peças para caminhões, de forma qualitativa, para a elaboração da matriz de formação de preços e seus respectivos resultados.

3.1.3 Quanto aos objetivos

Quanto aos objetivos da pesquisa, podem ser classificados como pesquisa exploratória, descritiva e explicativa. Zamberlan et al (2014, p.96) definem que “ a pesquisa descritiva visa identificar, expor e descrever os fatos ou fenômenos de determinada realidade de estudo, características de um grupo, comunidade, população ou contexto social.”

Na mesma linha de pensamento, Gil (1991 apud SILVA, MENEZES, 2005, p.21) conceituam que:

Pesquisa Descritiva: visa descrever as características de determinada população ou fenômeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis. Envolve o uso de técnicas padronizadas de coleta de dados: questionário e observação sistemática. Assume, em geral, a forma de Levantamento.

Diante disto, o estudo proposto é uma pesquisa descritiva, pois foi possível identificar, analisar, comparar, interpretar e relatar a melhor maneira de se chegar a uma composição de preço para a empresa.

3.1.4 Quanto aos procedimentos técnicos

Este estudo utilizou um conjunto de quatro procedimentos técnicos para o seu desenvolvimento. A pesquisa bibliográfica, a pesquisa documental, levantamento de dados e o estudo de caso.

(30)

Em relação ao conceito de pesquisa bibliográfica, Oliveira (2000) destaca que a pesquisa bibliográfica tem por finalidade conhecer as diferentes formas de contribuição cientifica que se realizam sobre determinado assunto.

Na mesma linha de pensamento, Vergara (2009, p.43) conceitua, “Pesquisa bibliográfica é o estudo sistematizado desenvolvido com base em material publicado em livros, revistas, jornais, redes eletrônicas, isto é, material acessível ao público em geral. [...]”.

Vergara (2009, p.43) também explica que

Pesquisa documental é a realizada em documentos conservados no interior de órgãos públicos e privados de qualquer natureza, ou com pessoas: registros, anais, regulamentos, circulares, ofícios, memorandos, balancetes, comunicações informais, filmes, microfilmes, fotografias, videoteipe, informações em disquetes, diários, cartas pessoais e outros.

Segundo Gil (1999 apud BEUREN et al, 2004, p.85), as pesquisas de levantamento de dados:

Se caracterizam pela interrogação direta das pessoas cujo comportamento se deseja conhecer. Basicamente, procede-se à solicitação de informações a um grupo significativo de pessoas acerca do problema estudado para, em seguida, mediante análise quantitativa, obterem-se as conclusões correspondentes aos dados coletados.

Gil (1999 apud BEUREN et al, 2004, p.84) define que “o estudo de caso é caracterizado pelo estudo profundo e exaustivo de um ou de poucos objetos, de maneira a permitir conhecimentos amplos e detalhados do mesmo, [...]”.

Com base nestes conceitos, esta pesquisa classifica-se como bibliográfica, em função dos livros, artigos e materiais que foram consultados, a pesquisa é documental, porque utilizou documentos fornecidos pela empresa, e classifica-se também por levantamento de dados, pois foram coletadas informações da entidade e a pesquisa é caracterizada como estudo de caso por se referir ao estudo unicamente ao caso de uma organização.

3.2 COLETA DE DADOS

A coleta de dados se refere à forma como foram obtidos os dados necessários para responder o problema da pesquisa. Vergara (2009, p.51) explica que “na coleta de dados, o leitor deve ser informado como você pretende obter os dados de que precisa para responder ao problema”.

(31)

O desenvolvimento de um sistema de custos para uma empresa do comércio de peças foi iniciado com uma pesquisa bibliográfica, sendo realizada busca em documentos disponíveis sobre contabilidade de custos e custos nos serviços. Após, foram realizadas entrevistas com a sócia majoritária, buscando dados necessários para o desenvolvimento do trabalho.

Também foi realizada uma análise documental, por meio dos dados dos balanços, notas fiscais, planilhas de controle, documentos internos, os quais a empresa utiliza, obtendo assim dados relevantes para verificar a real situação da empresa, bem como calcular o custo dos serviços, formar preços, apurar margens, ponto de equilíbrio e margem de segurança, para então se obter informação para a gestão.

Depois de coletar os dados, os mesmos foram analisados para elaborar o relatório que será entregue a gestão da empresa.

3.2.1 Instrumentos de coletas de dados

Existem vários instrumentos para a coleta dos dados e para escolhê-los é necessário avaliar a espécie de pesquisa que foi realizada, assim como, os objetivos esperados. Neste caso, os instrumentos que foram utilizados é o de observação sistemática, individual, na vida real, e por meio de entrevista.

Para Beuren et al (2004, p.128) “a observação é uma técnica que faz uso dos sentidos para a obtenção de determinados aspectos da realidade. Consiste em ver, ouvir e examinar os fatos ou fenômenos que se pretendem investigar”.

A observação sistemática requer uma descrição mais precisa e detalhada sobre o que se quer pesquisar. A observação não participante exige a presença do pesquisador, mas não a sua participação. Na observação individual apenas um pesquisador realiza a pesquisa e na observação na vida real, o pesquisador registra todos os dados que ocorrem.

Outro instrumento de grande importância é a entrevista. Esta pode ser denominada como despadronizada ou não estruturada, explorando através de perguntas a solução para o problema proposto no estudo.

Para Beuren et al (2004, p.133):

A entrevista não estruturada, também denominada por alguns autores de entrevista em profundidade, possibilita ao entrevistado a liberdade de desenvolver cada situação na direção que considera mais adequada. Isso significa uma forma de explorar mais amplamente as questões levantadas.

(32)

Assim sendo, a entrevista despadronizada é um meio de coleta que possibilita ao entrevistador e o entrevistado uma conversa mais flexível, onde os assuntos são abordados livremente de acordo com o que é relevante e o que passa a ser relevante durante a entrevista, mas sempre de acordo com o estudo proposto.

3.3 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS

Após a coleta dos dados pertinentes ao estudo, foi necessário realizar a análise e interpretação dos mesmos. Segundo Gil (1999, p.168):

A análise tem como objetivo organizar e sumariar os dados de forma tal que possibilitem o fornecimento de respostas ao problema proposto para a investigação. Já a interpretação tem como objetivo a procura do sentido mais amplo das respostas e o que é feito mediante a sua ligação a outros conhecimentos anteriormente obtidos.

A área em estudo é a contabilidade de custos, e por meio dela, buscou-se desenvolver um sistema de custos e formação de preços que qualifique a gestão de uma empresa comercial do ramo de peças para caminhões, para isso possam ser analisadas as teorias e informações necessárias, buscando assim, subsídios para atingir os objetivos e responder o problema da pesquisa.

(33)

4 ANÁLISE DOS RESULTADOS

A partir do que foi exposto, o objetivo deste trabalho é demonstrar o quanto as informações gerenciais são realmente relevantes e contribuem para a melhor gestão de um comércio de peças para caminhões, evidenciando a matriz de preços necessária para esta análise. Em vista disso, apresenta-se na sequência, a aplicação dos principais instrumentos da contabilidade gerencial, envolvendo custos, Mark-up, formação de preço de venda e análise das demonstrações no decorrer do período de maio de 2014 a abril de 2015.

A empresa em estudo atua a cerca de seis anos no comércio de peças exclusivamente para caminhões. Trabalham na loja, dois sócios e contam com dois funcionários. A sócia majoritária é responsável pela gestão da empresa, bem como compras, controle de estoque, pagamentos de fornecedores, formação dos preços, dentre outras atividades, o outro sócio auxilia os funcionários nas tarefas diárias, como vendas, entregas, recebimento de mercadorias, recebimento de valores, conferências de estoque. Atua na cidade Ijuí as margens da BR 285, e possui ampla gama de clientes na cidade e região.

4.1 CUSTO DE AQUISIÇÃO

Para a realização do presente estudo, foram selecionados por amostra, os produtos que apresentavam maior representatividade na venda da empresa, sendo selecionados quarenta e cinco itens divididos nas categorias Filtros, Peças e Acessórios. A seguir apresentam-se os produtos em estudo e os seus respectivos custos, os quais servem de base para as análises posteriores. No quadro 1, a composição dos produtos em estudo e seus respectivos custos de aquisição.

Quadro 1 – Custo de Aquisição dos produtos

Mercadorias Valor NF ICMS com

Subst. Trib. Frete IPI

Custo de Aquisição FILTROS E603L/NAC 82,56 15,74 6,60 104,90 T250W 41,74 1,67 43,41 H200W04 21,16 4,03 1,69 26,88 H200WN01 29,76 5,67 2,38 37,81 P50008 69,84 20,88 5,59 96,31 R12010M 31,42 5,27 1,43 38,12 H200W01 15,77 3,01 1,26 20,04 H200WDK01 37,04 6,21 43,25 E500KP02 D36 29,45 8,80 2,36 40,61

(34)

H328WK 49,09 8,23 57,32 P953211 82,55 15,74 6,60 104,89 E57KPD73 24,76 7,40 1,98 34,14 E123HD194 27,84 5,31 2,23 35,38 H200W02 23,55 4,49 1,88 29,92 E175HD129 18,61 3,55 1,49 23,65 PEÇAS

Coxim duto ar Scania 112/113 1,71 0,10 0,03 1,84

Coxim capô Scania 113 4,57 0,25 0,31 0,07 5,20

Maçaneta ext Scania 112/113 21,42 1,30 0,36 23,08

Lâmpada 67 5w 24v 0,90 0,00 0,90

Batente capô Scania 112/113 3,00 0,18 0,06 0,05 3,29

Paralamas Randon 4,5mm 41,70 4,79 2,08 48,57

Paralamas Scania 124 grafite 6,0mm 71,91 8,26 3,60 83,77

Paralamas Facchini 41,96 4,82 2,10 48,88

Junta coletor escape Scania 124 1,27 0,07 0,09 0,04 1,47

Palheta limpador para brisa 14,45 14,45

Junta cabeçote 124/360 13,40 1,25 0,92 0,48 16,05

Junta tampa válvulas Scania 6,27 0,32 6,59

Borracha amortecedor G Scania 0,76 0,04 0,01 0,01 0,82

Coxim suporte suspensão cabine 124 3,13 0,19 0,11 3,43

Fusível de lâmina 10 amp 0,15 0,15

ACESSÓRIOS

Capa porca cromada n.33 0,79 0,79

Capa porca cromada n.32 0,79 0,79

Capa porca cromada n.27 0,48 0,48

Tapete pelúcia 70x50 le volvo preto 10,90 1,50 12,40

Cinta ferro corote 25 lts 2,75 2,75

Tampa do corote 0,95 0,95

Torneira do corote 1,20 1,20

Mangueira espiral com pistola 3,5 mt 16,00 16,00

Fita LED com 5 mt vermelha 24v 14,00 14,00

Corote d´agua 25 lt 12,00 12,00

Saboneteira corote agua 25 lts 5,50 5,50

Pistola de ar plástica preta 8,80 8,80

Perfume tec fresc Brazilian secrects 8,75 8,75

Grafite aerosol 300 ml 6,89 6,89

Cadeado 30mm zamac 3f 7,41 0,01 7,42

Fonte: Dados conforme pesquisa na empresa

O custo de aquisição das mercadorias selecionadas foi obtido por meio do valor que consta nas notas fiscais de compra, sendo a empresa optante do Simples Nacional, e possui substituição tributária na maioria dos produtos em estudo. Analisando o quadro nota-se que em determinados itens possui valor de frete e em outros não, essa variação se dá em função da política de vendas e a negociação feita com o fornecedor. O IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados é um custo que varia de acordo com o fornecedor, por isso também em alguns itens possui valor e em outros não.

(35)

4.2 RECEITA DOS PRODUTOS EM ESTUDO

As receitas da empresa foram analisadas a partir da seleção de quarenta e cinco produtos divididos em três categorias diferentes, Filtros, Peças e Acessórios. No quadro 2, apresenta-se a média de vendas efetuadas por mês, o preço de venda praticado pela loja e a receita individual e total de todos os itens em estudo.

Quadro 2 – Receita dos produtos em estudo

Mercadorias Quantidade vendida mês Preço de venda Receita total FILTROS E603L/NAC 28 148,31 4.127,96 T250W 29 69,82 2.042,24 H200W04 40 42,65 1.713,11 H200WN01 36 53,41 1.913,86 P50008 13 142,80 1.832,60 R12010M 25 53,55 1.356,60 H200W01 44 30,69 1.350,36 H200WDK01 20 64,39 1.309,26 E500KP02 D36 32 53,18 1.710,62 H328WK 21 76,99 1.648,87 P953211 4 244,18 854,63 E57KPD73 23 47,43 1.094,84 E123HD194 15 57,60 840,00 H200W02 23 41,93 960,90 E175HD129 24 36,98 884,44 PEÇAS

Coxim duto ar Scania 112/113 6 5,71 33,78

Coxim capô Scania 113 6 10,90 67,22

Maçaneta ext Scania 112/113 3 37,09 117,45

Lâmpada 67 5w 24v 84 2,00 168,50

Batente capô Scania 112/113 4 8,02 29,41

Paralamas Randon 4,5mm 10 73,37 715,36

Paralamas Scania 124 grafite 6,0mm 6 128,83 772,98

Paralamas Facchini 5 73,93 400,45

Junta coletor escape Scania 124 6 3,61 23,16

Palheta limpador para brisa 12 30,39 354,55

Junta cabeçote 124/360 4 31,10 124,40

Junta tampa válvulas Scania 3 13,09 38,18

Borracha amortecedor G Scania 5 3,19 15,42

Coxim suporte suspensão cabine 124 7 7,50 54,38

Fusível de lâmina 10 amp 22 0,70 15,63

ACESSÓRIOS

Capa porca cromada n.33 328 1,86 610,08

Capa porca cromada n.32 55 1,76 96,80

Capa porca cromada n.27 32 1,92 61,44

Tapete pelúcia 70x50 le volvo preto 8 21,19 169,52

Cinta ferro corote 25 lts 26 4,72 122,72

Tampa do corote 27 2,71 73,17

Torneira do corote 23 2,73 62,79

Mangueira espiral com pistola 3,5 mt 19 26,04 494,76

Fita led com 5 mt vermelha 24v 17 22,93 389,81

Corote d´agua 25 lt 17 22,60 384,20

Saboneteira corote agua 25 lts 17 9,56 162,52

Pistola de ar plástica preta 14 12,63 176,82

(36)

Grafite aerosol 300 ml 11 16,74 184,14

Cadeado 30mm zamac 3f 10 11,97 119,70

Receita total dos produtos em estudo 29.953,16

Total do faturamento médio mensal da loja 149.961,52

% Receitas dos produtos em estudo 19,97%

Fonte: Dados conforme pesquisa na empresa

O quadro 2, apresenta a média do faturamento mensal por item, bem como o faturamento total dos produtos em estudo, que somaram um total de R$ 29.953,16. Também é possível observar o preço de venda praticado pela loja em cada produto em estudo.

Quadro 3 – Receita mensal no período em estudo

Meses Faturamento Maio / 2014 166.139,94 Junho / 2014 127.064,94 Julho / 2014 137.140,75 Agosto / 2014 155.847,64 Setembro / 2014 148.531,80 Outubro / 2014 151.785,80 Novembro / 2014 137.002,33 Dezembro / 2014 142.003,34 Janeiro / 2015 164.582,03 Fevereiro / 2015 112.428,73 Março / 2015 193.262,91 Abril / 2015 163.748,00 Total 1.799.538,21 Meses 12 Média/Mês 149.961,52

Fonte: Dados conforme pesquisa na empresa

O quadro 3, demonstra as receitas totais da empresa no período em estudo, somando o total de R$ 1.799.538,21, gerando uma receita média mensal de R$ 149.961,52. A receita total dos produtos analisados representa 19,97% do faturamento médio mensal na empresa.

4.3 DESPESAS MENSAIS

As despesas mensais ocorrem com os gastos para aquisição de bens e serviços, para a área administrativa e comercial da empresa. As despesas comerciais ocorrem para colocar as mercadorias e serviços ao alcance do consumidor, e as administrativas para controle, organização e planejamento do estabelecimento.

A apuração das despesas mensais da empresa é composta por três partes, sendo a primeira as despesas com pessoal, que contem o custo com salários e encargos sociais

Referências

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