Decomposição Modular de Graios Não Orientados
Este exemplar corresponde à redação final da
Dissertação devidamente corrigida e defendida
por Vagner Pedrotti e aprovada pela Banca
Ex-aminadora.
Campinas, 9 de março de 2007.
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Célia P~in
de Mello (Orientadora)
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GF:ADUAÇÃO
Ci-'G.jC
Dissertação apresentada ao Instituto de
Com-putação,
UNICAMP, como requisito
parcial
para a obtenção do título de Mestre em Ciência
da Computação.
UNIDADE~
N°CHAMADA:
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V.
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81B-10
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FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA
BIBLIOTECA DO IMECC DA UNICAMP
Bibliotecária:MiriamCristinaAlves- CRB8a/ 5094
P343d
Pedrotti, Vagner
Decomposição modular de grafos não-orientados
/ Vagner Pedrotti
--
Campinas, [S.P. :s.n.], 2007.
Orientadora: Célia Picinin de Mello.
Dissertação (mestrado)
-
Universidade
Estadual
de Campinas,
Instituto de Computação.
1
1. Teoria dos grafos. 2. Representações dos grafos. 3. Algoritmos
:
de computador. L Mello,Célia Picinin de. n. Universidade Estadual de
1
Campinas. Instituto de Computação. m. Título.
Título em inglês: Modular decomposition ofundirected
graphs
Palavras-chaveem inglês (Keywords): 1. Graph theory. 2. Representation of graphs. 3.
Computeralgorithms
Área de concentração:
Teoria da computação
Titulação: Mestre em Ciência da Computação
Banca examinadora: Profa. Ora. Célia Picinin de Mello (IC-Unicamp)
Profa. Ora. SulamitaKlein (COPPE-UFRJ)
Prof. Dr. Orlando Lee (IC-Unicamp)
Profa. Ora. Christiane Neme Campos (IC-Unicamp)
Data da defesa: 09/03/2007
Programa de Pós-Graduação: Mestrado em Ciência da Computação
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Tese defendida e aprovada em 09 de março de 2007, pela Banca
examinadora composta pelos Professores Doutores:
M4A4
Prot. Dr. Orlando Lee
IC - UNICAMP.
-~
Prafa.
nr2::
Pinicin
de
Mella
IC - UNICAMP.
Universidade Estadualde Campinas
De omposição Modular de Grafos Não Orientados
Vagner Pedrotti 1
7 defevereirode 2007
Ban a Examinadora:
•
Célia Pi inin de Mello (Orientadora)•
Sulamita KleinCOPPE Universidade Federal doRiode Janeiro
•
Orlando LeeIC Universidade Estadualde Campinas
•
Christiane Neme CamposIC Universidade Estadualde Campinas
1
Um módulo de um grafo é um sub onjunto de seus vérti es que não é diferen iado, em relação à adja ên ia, pelos demais vérti es domesmo grafo. Dadoum módulo
M
de um grafoG
, se todo módulo deG
que inter eptaM
está ontido nele ou o ontém,M
é denominado módulo forte. A de omposição modular de um grafoG
é úni a e pode ser representada poruma árvore de de omposição denida pela relaçãode in lusãode todos os módulos fortes do grafo.Estadissertaçãoapresentaumestudosobreotemadade omposiçãomodulardegrafos não-orientados, des revendo seus prin ipais on eitos, propriedades e algumasdas té ni- as e algoritmos mais simples e e ientes para a onstrução da árvore de de omposição modularde um grafo.
Adi ionalmente, são des ritas lasses de grafos nas quais a de omposição modular atende a determinadas propriedades, oque possibilitao uso damesma em diversas apli- ações, desta ando-se a soluçãoe iente de problemas de otimização através de té ni as de divisão e onquista.
A module of a graph is a non-distinguishable subset of nodes, regarding the nodes ad-ja en y. Let
M
denote any module of a graphG
. If every module ofG
whi h overlapsM
either ontainsM
oris in luded in it,M
is alled a strong module. Modular de om-position ofG
is unique and may be represented by a de omposition tree dened by the in lusion relationshipamong allstrong modules ofG
.This dissertation presents a study on modular de omposition of undire ted graphs, explainingitsmainprin iples and properties, amongwithafewsimpleand e ient te h-niques and algorithmsused toprodu e the modular de omposition tree of agraph.
Furthermore,itdes ribesafewgraph lasseswithspe ialproperties,whi hallowsthe use of modular de omposition in several appli ations, spe ially to e iently solve some optimization problems through onquer and divide te hniques.
Gostaria de deixar meus sin eros agrade imentos à minha orientadora Célia Pi inin de Melloportodoauxílio,dire ionamentoeapoioduranteodesenvolvimentodestetrabalho e pelasaulas ministradas;aoCNPq,pelosuportenan eiro atravésdabolsademestrado durantetodooperíododeestudos;eaosmembrosdaban a,pelas onsideraçõesrelevantes levantadas evárias sugestõesque ontribuírampositivamente para este trabalho.
Gratidãoespe ial reservo àtodaminha família,semprepresente eafetuosa, in luindo minha mãe, pelos in entivos e ompreensão, e meu pai e minha avó, que embora não estejam mais presen ialmente onos o, tiveram um importante papelna minha infân ia, que se reete naminhaformação omo pessoa e idadão.
Claro que também é impossível deixar de men ionar todo ompanherismo que en- ontrei em meus amigos, muitos garimpados no próprio instituto e vivendo em situação muito semelhante à minha. Dentre os quais, gostaria de fazer menção espe ial a Edna AyakoHoshino,Mar eloCastilhoCoutoeWellingtondaSilvaMariusso,semprepresentes e prestativos, meauxiliaramem diversos momentosimportantes.
Muitas outras pessoas tiveram parti ipação nesta onquista e em várias de isões da minhavidaquepermitiramqueeu hegasseaela. Emborasejaimpossívelnomeá-los, não serão esque idos.
Resumo v Abstra t vi Agrade imentos vii 1 Introdução 1 2 Módulos 3 2.1 Propriedades . . . 3 2.2 Quo ientes e fatores . . . 7 2.3 Representações . . . 9 2.3.1 De omposição modular . . . 10
2.3.2 Conjuntospar ialmenteordenados modulares . . . 14
3 Algoritmos para De omposição Modular 16 3.1 Partiçãode ongruên iaque isolaum vérti e . . . 16
3.2 Re ursão sobre adja entes enão adja entes . . . 20
3.3 Permutaçõesfatorizadas . . . 26
3.3.1 Obter uma permutação fatorizadade um grafo . . . 27
3.3.2 Obter a de omposiçãomodularda permutaçãofatorizada . . . 30
4 Classes om pou os
P
4
's 37 4.1 Algumas denições . . . 37 4.2 Cografos . . . 40 4.3 P4
-redutível . . . 43 4.3.1 P4
-redutível estendida . . . 46 4.4 P4
-esparso . . . 46 4.4.1 Aranhas . . . 47 4.4.2 Cara terizações . . . 484.6 P
4
-leve . . . 54 4.7 P4
- arregada. . . 55 4.7.1 P4
- arregadaestendida . . . 56 4.8 P4
-arrumada. . . 57 4.9 Con lusões. . . 58 5 A lasse P4
-arrumada 59 5.1 Propriedades . . . 59 5.1.1 Cara terizações . . . 63 5.2 Algoritmo de re onhe imento . . . 665.2.1 Cara terização das lasses re onhe idas . . . 66
5.2.2 Algoritmo eanálise . . . 67
5.3 Apli ações . . . 68
5.3.1 Número romáti o e Clique máxima. . . 68
5.3.2 Partiçãomínima em liques e Conjunto independente máximo . . . 70
6 Con lusão 71 A Denições 72 A.1 Conjuntos . . . 72
A.2 Grafos . . . 72
A.2.1 Alguns grafos omuns. . . 74
A.2.2 Operaçõese relações . . . 74
A.2.3 Alguns parâmetros . . . 74
A.2.4 Classes om ara terísti asde interesse . . . 75
A.3 Ordens . . . 76
3.1 Construção dapalavra
P
para o grafoda Figura3.7. . . 31 4.1 Denição daoperação4 . . . 53 5.1 Valoresde
marca(H)
permitidospara adatipo(H)
emalgumas lasses de2.1 Exemplos de módulos. . . 4
2.2 Exemplos de adja ên ia esobreposição de módulos. . . 5
2.3 Exemplo de módulosfortes enão fortes num grafo. . . 7
2.4 Um grafoe duas de suas partiçõesde ongruên ia. . . 8
2.5 Exemplo de uma árvore de de omposiçãomodular. . . 10
2.6 A árvore de de omposição modular do grafo da Figura 2.5a, om os nós internos rotulados. . . 13
2.7 A onstrução de um CPO modular de um grafo. . . 14
3.1 Um grafo
G
om os módulos deM(G, c)
e seus módulos fortes maximais próprios desta ados. . . 173.2 Um exemplo de de omposição modular segundo a té ni a de Ehrenfeu ht e outros. . . 19
3.3 Uma iteraçãodoAlgoritmo 3sobre o grafo
G
daFigura 3.1. . . 213.4 Exemplo de onstruçãoda de omposição de
G/M(G, c)
peloAlgoritmo 5. 23 3.5 Exemplo de apli açãodas regrasusadaspara obter apermutaçãofatorizada. 28 3.6 Exemplo de exe ução do algoritmopara riar uma permutação fatorizada do grafodaFigura 3.1. . . 303.7 Exemplo para té ni a de de omposição porpermutações fatorizadas. . . . 31
3.8 Construção daárvore de fraturas. . . 32
3.9 Remoção de nós daárvore de fraturas que não são módulos. . . 35
4.1 Diagrama de Hasse das lasses, adaptado de [GRT97℄. . . 38
4.2 Grafos de in o vérti es om um
P
4
induzidoe um vérti e adi ional. . . 394.3 Um ografo esuas de omposições. . . 41
4.4 Uma representação de uma multi-árvore ujo grafo de omparabilidade asso iado orrespondente ao ografo da Figura4.3a. . . 42
4.5 Dois subgrafos proibidospara a lasse P
4
-redutível (H
eH
)e o touro. . . . 444.6 Um grafoP
4
-redutívele suas de omposições. . . 454.8 De omposição de duas aranhas pelaoperação
3 . . . 50
4.9 A ps-árvore e a de omposiçãomodulardo grafodaFigura 4.8b. . . 50
4.10 Exemplos de extensões próprias. . . 52
4.11 Exemplo de px-árvore. . . 54
4.12 Exemplo de grafoda lasse P
4
-levee sua de omposição modular. . . 554.13 Exemplo de grafoda lasse P
4
- arregada. . . 564.14 Exemplo de grafoda lasse P
4
-arrumada. . . 58Introdução
Nesta dissertação serão estudados os módulos de um grafoe sua de omposição modular. Para tal,faz-se uso de on eitos matemáti ose de teoriados grafosque,emsua maioria, estão reunidos no Apêndi e A. Denições ausentes deste apêndi e são dadas no próprio texto ousão terminologias onsagradas naárea (veja[Gol80℄).
Os módulos de um grafo e, prin ipalmente, a de omposição modular de um grafo são assuntos extensivamente estudados na literatura mundial e apli ados na solução de variados problemas. A denição de módulo é atribuída a Gallai [Gal67℄, embora este on eito tenha sido redes oberto várias vezes, re ebendo outros nomes, omo losed set, autonomous set, partitive set, lump e stable set. O primeiroalgoritmo que omputa ade omposição modular éde James, Statone Cowan, de 1972.
Com o ontínuo interesse e pesquisa, mais propriedades da de omposição modu-lar foram des obertas e surgiram vários outros algoritmos para omputá-la, que melho-raramsu essivamentea omplexidadedoprimeiro,de
O(n
4
)
atéalinearidade,nalmente atingida em 1994 por M Connell e Spinrad, para o aso de grafos não orientados. Ao ontrário de en errar a pesquisa, esse trabalho se tornou um mar o na pesquisa sobre a de omposição modular, pois além de aumentara importân iadesta de omposição, dire- ionou apesquisanabus aporalgoritmose ientes emais simplesdeser implementados e ompreendidos.Como fruto desta pesquisa, novos algoritmos de de omposição foram apresentados, alguns dos quais om omplexidade pou o superior alinearidade, outros queapresentam bonsresultadosemarquiteturasparalelase,ainda,algoritmosquede ompõemestruturas mais abrangentes, omografos orientados, 2-estruturas ehipergrafos.
Ade omposiçãomodularde um grafotem opapelde guia para utilizaçãode té ni as dedivisãoe onquistanasoluçãodeváriosproblemasemgrafos. Suasapli açõesvãodesde osexemplos lássi os,quein luemaorientaçãotransitivadegrafosde omparabilidadeeo re onhe imentodegrafosdepermutação,atéseuusoemalgumas lassesdegrafos. Nestas,
a de omposição apresenta ara terísti asque permitemseu uso na soluçãode problemas bási os e sabidamente difí eis para o aso geral, tais omo oloração de vérti es e lique máxima.
Aprimeira lasseapresentadanaqualade omposiçãotem vastosusos foia lassedos ografos, em1971,porLer hs. Posteriormente, observou-se queade omposiçãotem apli- açõesemváriasoutras lasses,emespe ialaquelasestudadasporJamisoneOlariu, omo as lassesP
4
-redutíveleP4
-esparso,entreoutras. Aprin ípio,tantoparaos ografos omo para as demais lasses denidas, a orrelação om a de omposição modular não estava estabele ida e, a ada lasse, orrespondia uma de omposição parti ular usada em algu-mas apli ações. Fi oua argode Giakoumakis,RousseleThuillieraextensãodealgumas de tais lasses onhe idas, a determinação do seu rela ionamento om a de omposição modulare a apli açãodamesma para asolução de problemas lássi os de otimização.Esta dissertação foi motivada pela gama de apli ações da de omposição modular e pela ausên ia de um trabalho de investigação que abranja desde as propriedades da de- omposição até suas apli ações.
OCapítulo 2trata de módulos,suas propriedadesfundamentais erepresentações, in- luindo a de omposição modular. Muitas das armaçõessão provadas de formaa deixar oleitor omtodainformaçãopertinente. Emseguida,oCapítulo3detalhaaestratégiade Ehrenfeu ht,Gabow, M Connell eSullivanparade omposiçãomodularedois algoritmos re entesde omplexidadelinearquea omputam. UmdeDahlhaus,GustedteM Connell, fa ilmente paralelizável, que faz uso da té ni a de Ehrenfeu ht, e um om ontribuições de Habib, Capelle, de Montgoler e Paul, que se desta a por sua simpli idade de imple-mentação. O Capítulo 4 expõe algumas lasses nas quais a apli ação da de omposição modularpermite algoritmose ientes para problemas lássi os de otimização. Entre tais lasses, desta a-se a lasse P
4
-arrumada, para a qual suas propriedades e apli açõessão detalhados no Capítulo5.O objetivo desta dissertação é estudar propriedades dos módulos e da de omposição modular e suas apli ações, limitada a grafos não orientados, provendo uma fonte de in-formação on isa evasta sobre esta té ni a.
Módulos
Este apítulo forne e asbases doassunto abordado,denindo osmódulos de um grafo e agrupando suas prin ipaispropriedades, operaçõese representações.
O detalhamento das propriedades abrange desde as mais simples àquelas mais elabo-radas. Des reve-se uma das operações mais omuns ouso de módulos para parti ionar os vérti es de um grafo,ferramentabási a para a representação dos módulos pelaárvore de de omposição modular. Éapresentada, também, uma representação dos módulos por meio de onjuntos par ialmenteordenados (CPOs,veja denição em A.3).
2.1 Propriedades
Um sub onjunto não vazio,
M
, dos vérti es de um grafoG
é um módulo deG
se, para todovérti ev
deV (G) \ M
, ou(N
G
(v) ∩ M = ∅)
ou(M ⊆ N
G
(v))
. De outraforma,um módulo é um onjunto de vérti es de um grafo indistingüíveis pelos demais vérti es. A Figura 2.1a ontém dois exemplosde módulos de um grafo. Notequeos vérti ese
,f
eg
não são vizinhos de nenhum dos vérti es domódulo{a, b, c}
,enquantod
ontém em sua vizinhança todos os vérti es deste módulo. Para maior lareza, per eba que o onjunto de vérti esA = {d, e}
não formaum módulo, emborad
seja vizinho de todos os vérti es dografonão ontidosemA
eovérti ee
nãosejavizinho denenhumdos vérti esdografo não ontidos emA
. Isto é, em um módulo, seus vérti es são tratados da mesma forma pelos demaisvérti esdografoe não o ontrário,noqualos vérti es domódulo tratariam da mesma os demais vérti es. Esta seria uma noção de erta forma inversa ao on eito de módulo, o qual não é respeitado pelo onjuntoA
, dado que o vérti ef
é adja ente ad
e não ae
.São hamados demódulos triviais de um grafo
G
, osmódulosV (G)
e{v : v ∈ V (G)}
. Os demais módulos também são onhe idos por onjuntos homogêneos. Um grafo ujos úni osmódulossãoosmódulostriviaisé hamadodegrafoprimo, omoosgrafos (b)e( )(a)Módulosem umgrafo. (b)Umgrafoprimo. ( )Outrografoprimo.
Figura2.1: Exemplos de módulos.
daFigura2.1. Oleitorpode observarquegrafosprimosnãosão raros,dadoqueosgrafos
C
n
paran ≥ 5
eP
n
paran ≥ 4
são exemplares.A propriedade abaixo garante que um grafo e seu omplemento têm exatamente os mesmos módulos.
Proposição 2.1. Se
M
é um módulo de um grafoG
, entãoM
é módulo deG
.Demonstração. Sejam
G
umgrafoeM
um módulo deG
. SeM
étrivial,então émódulo deG
. ConsidereM
não trivialesuponha quenãosejaum módulodeG
. Logo, existeum vérti ev ∈ V (G) \ M
e dois vérti es distintosa
eb
ontidos emM
tais que{a, v}
é uma aresta deG
e{b, v}
nãoé arestadeG
. Istoimpli aque{a, v} /
∈ E(G)
e{b, v} ∈ E(G)
e, portanto,M
não seria módulodeG
.Como onseqüên ia,o omplementodeumgrafoprimotambéméprimo. Doismódulos de umgrafopodem um onter ooutro, seinter eptar, ouseremdisjuntos. Em ada aso, apresentam propriedadesde interesse.
Lema 2.2 ([Möh85℄). Se
X
é um módulode um grafoG
eY ⊆ X
, entãoY
é um módulo deG[X]
se e somente seY
é módulo deG
.Demonstração. Sejam
G
um grafo eX
eY
dois de seus módulos tais queY ⊆ X
. SeY
não fosse módulo deG[X]
, então existiriam os vérti esa
eb
emY
ev
emX \ Y
, de forma que{v, a}
seria arestadeG
e{v, b}
,não. Assim,v
testemunhariaqueY
não seria módulodeG
. Portanto, seY
é módulo deG
, tambémé deG[X]
.Agora, suponha que
Y
émódulo deG[X]
e não é módulo deG
, então, existiriama
eb
emY
ev
emV (G) \ Y
de forma que{a, v}
é aresta deG
e{b, v}
não. Sev ∈ X
,Y
não seriamódulode
G[X]
e sev ∈ V (G) \ X
,X
não seria módulo deG
. Con lui-se que, neste aso,Y
é módulo deG
.Lema 2.3 ([Möh85℄). Se doismódulos
X
eY
deG
são tais queX ∩ Y = ∅
, então ou as arestas{{x, y} : x ∈ X, y ∈ Y }
perten em aG
ouG
não ontémnenhumadetais arestas.(a)Módulosadja entes. (b)Módulosnão-adja entes. ( ) Módulossobrepostos.
Figura2.2: Exemplos de adja ên ia esobreposiçãode módulos.
Demonstração. Sejam
G
um grafoeX
,Y
dois módulos deG
omX ∩ Y = ∅
. Se ambos os módulos possuíremum vérti e ada, a propriedade se veri a trivialmente. Suponha, então, que existam dois vérti esa
eb
deX
e dois vérti esc
ed
deY
tais que{a, c}
é aresta deG
e{b, d}
não é aresta deG
. Sea = b
,Y
não seria módulo deG
e sec = d
,X
não o seria. Portanto,a 6= b
ec 6= d
. ComoX
é módulo, tem-se que{b, c} ∈ E(G)
e
{a, d} /
∈ E(G)
, ontradizendo o fato deY
ser um módulo. Portanto, ou existem todasarestas entre
X
eY
ounão existe nenhuma delas.Dados dois módulos
X
eY
de um grafoG
tal queX ∩ Y = ∅
, se as arestas{{x, y} :
x ∈ X, y ∈ Y }
perten em aG
, então eles são hamados adja entes e, aso ontrário, osmódulossão hamados não-adja entes. Alémdisso, sedois módulos
X
eY
deG
são taisque
X \ Y
,Y \ X
eX ∩ Y
sãotodos nãovazios, diz-sequeosmódulossesobrepõem. Noteque se
X
eY
são dois módulosque se sobrepõem, então|X| ≥ 2
e|Y | ≥ 2
.Paraexemplosdemódulosadja entes, não-adja entes esobrepostos,vejaaFigura2.2. Noteaindaqueépossívelen ontraroutrosmódulosnestas ondiçõesparaosgrafosdados nesta gura, omo osmódulos
{b, c}
e{a, e}
, adja entes em(a), osmódulos{a}
e{e, f }
, não-adja entes em(b) e osmódulos{a, b}
e{b, c}
, sobrepostos em( ).Lema 2.4 ([Möh85℄). Se
X
eY
são módulos de um grafoG
que se sobrepõem, entãoX \ Y
,Y \ X
,X ∩ Y
,X ∪ Y
eX∆Y
são módulos deG
.Demonstração. Sejam
G
um grafoeX, Y
doismódulosdeG
quesesobrepõem. Prova-se por ontradiçãoque ada um dos onjuntos abaixoé um módulo deG
. Para tal,sejama
eb
dois vérti es distintosperten entes ao onjunto onsiderado e sejav
um vérti e deG
quetestemunhaqueodado onjuntonão éum módulo,istoé,v
nãoperten eao onjuntoe
{v, a}
é aresta deG
enquanto{v, b}
não é aresta deG
.• X ∩ Y
: Sev ∈ V (G) \ X
, entãov
testemunha queX
não é módulo deG
, pois• X \ Y
: Sev /
∈ X
, entãoX
não seria módulo deG
e, portanto,v ∈ X ∩ Y
. Sejac ∈ Y \ X
. ComoY
é módulo deG
,{c, a}
é aresta deG
. Por sua vez, omoX
émódulode
G
,{c, b}
éaresta deG
. Finalmente,sendoY
módulo,{b, v}
é arestadeG
, ontradição.• Y \ X
: Simétri oaoanterior.• X ∪ Y
: Sea
eb
perten erem ambos aX
(ouY
), então este não seria um módulo.Portanto, sem perda de generalidade, onsidere
a ∈ X \ Y
eb ∈ Y \ X
. Sejac ∈ X ∩ Y
(existe, poisX
eY
se sobrepõem). Então{v, c}
deve ser umaaresta deG
, aso ontrário,X
não seria módulo. No entanto,c
,b
ev
atestam queY
não é módulodeG
.• X∆Y
: Sea
eb
perten eremambosaX \ Y
(ouY \ X
),entãoX
(ouY
)não seriaum módulo. Es olhe-se um
c ∈ X ∩ Y
eapli a-seargumentosemelhanteaodo aso anterior.Ainda na Figura 2.2 , pode-se observar dois módulos que sobrepõem-se e veri ar a validadedas propriedadesanteriores.
Asduaspropriedadesabaixosãodefá ilveri ação. Aprimeiraatestaquesermódulo é propriedade hereditária nos subgrafos induzidos que o ontém, e a segunda estabele e as ondições para o aso inverso.
Lema 2.5. Se
M
é um módulo de um grafoG
, entãoM
é módulo de todo subgrafo induzido,G[X]
tal queM ⊆ X ⊆ V (G)
.Paraveri arseummódulodeumsubgrafoinduzidoémódulodografooriginal,basta pro urar por vizinhos fra os. Dado um grafo e um sub onjunto
X
de seus vérti es, um vérti e é vizinho fra o deX
senão perten e aX
e évizinho de algumvérti e deX
,mas não de todos. Note que este on eito já foi usado anteriormente, por exemplo na prova do Lema 2.4.Lema 2.6. Seja
G
um grafo eX ⊆ V (G)
. SeM
é módulo deG[X]
, entãoM
é módulo deG
se, e somente se,M
não possui vizinhos fra os emV (G) \ X
.Alguns módulos rela ionam-se om outros módulosde maneiradiferen iada, sem que se sobreponham a nenhum outro. Uma vez que tais módulos têm papel desta ado na de omposição modular, diz-se que um módulo
M
de um grafoG
é forte se, para todo móduloP
deG
, ouP ∩ M = ∅
, ouP ⊆ M
ouM ⊆ P
. Observa-se na Figura 2.3 dois módulos fortes no item (a)e dois módulos sobrepostos (não fortes) para o mesmo grafo em (b). Para veri artalarmação, notequeografonãopossuioutrosmódulosalémdos desta ados na gurae dos módulos triviais. A seguir,estendem-se algumaspropriedades(a)Doismódulosfortes. (b)Doismódulos nãofortes.
Figura2.3: Exemplo de módulos fortes enão fortes num grafo.
Proposição 2.7. Se
M
é um módulo forte de um grafoG
, então é módulo forte deG
. Demonstração. Suponha queM
seja módulo fortede um grafoG
e não seja do grafoG
. Portanto, neste grafo,exite um móduloY
que se sobrepõe aX
. Pela Proposição 2.1,Y
é módulo forte deG
e, omo se sobrepõe aX
, este não seria móduloforte deG
.Lema 2.8([Möh85℄). Se
M
éummódulodeumgrafoG
eN ⊂ M
, entãoN
éummódulo forte deG
se, e somente se,N
é módulo forte deG[M]
.Demonstração. Seja
X ⊂ M
, um módulo forte deG[M]
. PeloLema 2.2,X
émódulo deG
. Suponha queX
não sejaum módulofortedeG
. Então existeum móduloY
emG
que se sobrepõe aX
. Note queY
não está ontido emM
poisX
é módulo forte deG[M]
. Todavia, pelo Lema 2.4,M \ Y
eM ∩ Y
são módulos deG
, propriamente ontidos emM
, epeloLema 2.2, são módulosdeG[M]
. SeM \ Y 6⊆ X
,M \ Y
sobrepõe-se aX
, aso ontrário,M ∩ Y
sobrepõe-se aX
. Em ambos os asos, ontradiz-sequeX
seja módulo forte deG[M]
.Seja
X
um módulofortedeG
propriamente ontidoemoutromódulo,M
, deG
. Pelo Lema 2.2,X
émódulodeG[M]
. CasoX
nãosejamódulofortedeG[M]
,então existeum móduloY
, deG[M]
, que sesobrepõeaX
. Pelo Lema 2.2,Y
é módulo deG
e, portanto,X
não émódulo fortedeG
, ontradição.2.2 Quo ientes e fatores
Dene-se uma partição de ongruên ia
P
omouma partiçãodos vérti es de um grafoG
de formaque ada parteéum módulodeG
. Destaforma, omotodos aspartesdeP
são módulosdoisadoisdisjuntos,peloLema2.3,sãodoisadoisadja entesounão-adja entes. Representa-searelaçãodeadja ên iaentreaspartesdeP
porumgrafodenominadografo quo iente, denido abaixo:Dado um grafo
G
e uma partição de ongruên iaP = {M
1
, M
2
, . . . , M
k
}
paraG
, o grafoquo ientedeG
emrelaçãoaP
éografoG/P
dadoporV (G/P) = {M
1
, M
2
, . . . , M
k
}
(a)Umgrafoeuma desuas par-tiçõesde ongruên ia.
(b) Outra partiçãode ongruên- iadomesmografo.
( ) O grafo quo iente da partiçãoem(a).
(d) O grafo quo iente da partiçãoem(b).
Figura2.4: Um grafoe duas de suas partiçõesde ongruên ia.
e
E(G/P) = {{M
i
, M
j
} : M
i
, M
j
∈ P
,M
i
eM
j
adja entesemG}
. Nãoseráfeitadistinçãona notação entre um vérti e de
G/P
e a orrespondente parte deP
, de forma que um vérti edeG/P
serátomado omomódulodeG
evi e-versa,quando abível. NaFigura2.4 estão representadas duas partiçõesde ongruên ia domesmo grafo, om seus respe tivos grafos quo iente.Denominam-sefatores,ossubgrafosinduzidospor adamembro de
P
emG
. Aseguir, mostra-se que os módulos deG
que não se sobrepõem a nenhuma parte deP
estão rela ionados aos módulosdo quo ientee dos fatores deP
.Lema 2.9 ([Möh85℄). Sejam
G
um grafo eP
uma partiçãode ongruên ia deG
. Então,M ⊆ P
é um módulo deG/P
se, e somente se,S
X∈M
X
é módulo deG
.Demonstração. Sejam
G
um grafo,P
uma partiçãode ongruên ia deG
eM ⊆ P
um módulo deG/P
. SeU =
S
X∈M
X
não for módulo deG
, então existema
eb
emU
ev /
∈ U
tais que{a, v}
é aresta deG
e{b, v}
não é aresta deG
. Sea
eb
perten erem aalgum
Y ∈ M
,entãoY
nãoseriamóduloeP
nãoseriapartiçãode ongruên ia. Portantoa ∈ A
,A ∈ M
eb ∈ B
,B ∈ M
ev ∈ V
,V ∈ P \ M
omA 6= B
. SendoA
,B
eV
disjuntos, pelo Lema 2.3, em
G/P
,{A, V }
é aresta e{B, V }
não é aresta, de forma queM
não é módulo. SejaU =
S
X∈M
X
um módulo deG
esuponha queM
não sejaum módulodeG/P
. Então,existemA
eB
emM
eV
emP \ M
,taisque,emG/P
,{A, V }
éaresta e{B, V }
não é aresta. Pela denição de grafo quo ientee peloLema 2.3, existema ∈ A
,b ∈ B
ev ∈ V
taisque, emG
,{a, v}
é arestae{b, v}
não éaresta. ComoV
édisjuntodeU
, este não émódulo deG
.Agora, é possível mostrar uma propriedade importante das partições de ongruên ia formadas pormódulos fortes de
G
:Corolário 2.10. Se
G
é um grafo eP
é uma partiçãode ongruên ia deG
formada por módulos fortes, então todos os módulos deG
são dados pelos módulos deG/P
e pelos módulos dos fatores deG
em relação aP
.Demonstração. Como as partes de
P
são módulos fortes, ada módulo deG
ou está ontido em uma parte deP
ou é formado pela união de partes deP
. Então, pelos lemas 2.2 e 2.9, um módulo deG
ou é módulo de algum fator deP
ou é dado por um módulodeG/P
.OCorolário2.10tornainteressanteoestudodaspartiçõesde ongruên ia ujaspartes sejam módulos fortes do grafo, das quais pode-se observar dois exemplos na Figura 2.4, itens (a)e (b). Abaixo,mostra-se queas informaçõessobre osmódulos fortes são preser-vadas pelas partiçõesde ongruên ia.
Lema 2.11. Dado um grafo
G
e uma partição de ongruên iaP
deG
, entãoM /
∈ P
é um módulo forte deG
se, e somente se, ouM
é módulo forte deG[K]
para umK ∈ P
tal que
M ⊂ K
, ou existeU ⊆ P
tal queM =
S
X∈U
X
eU
é módulo forte deG/P
. Demonstração. QuandoM
está ontido em uma parteK
deP
o Lema 2.8 é su iente. Então, sejaM
um módulo forte deG
, união dos elementos de um sub onjuntoU
das partes deP
. PeloLema 2.9,U
é um módulo fortedeG/P
.Seja
U
módulo forte deG/P
e suponha que exista um móduloY
deG
que se sobre-ponha aM
. Considere um vérti ea ∈ M \ Y
e o onjuntoY = {Q : Q ∈ P, Q ∩ Y 6=
∅}\{Z}
,noquala ∈ Z
eZ ∈ P
. PeloLema2.4,S
X∈Y
X
émódulodeG
epeloLema2.9,Y
émódulodeG/P
, mas ele sesobrepõeaM
.2.3 Representações
O número de módulos de um grafo pode ser exponen ial no seu tamanho, por exemplo, qualquer sub onjunto não vazio dos vérti es de um
K
n
ouS
n
é um módulo dografo e existem2
n
− 1
. Assim sendo, torna-se interessante en ontrar um meio de representá-los que o upeespaçopolinomialepermita asoluçãoe ientede problemas omodeterminar se um dado onjunto de vérti es é um módulo, ontar os módulos do grafo ou mesmo listá-los emtempo ompatível om sua quantidade.
(a)Ografousadonasguras2.4(a)e(b). (b)Ade omposiçãomodulardografo(a). Os nós foram mar ados om os módulos fortes asso iados.
Figura2.5: Exemplo de uma árvore de de omposição modular.
2.3.1 De omposição modular
Pode-se de ompor os módulos de um grafo
G
usando partições de ongruên ia e então de ompornovamente ada grafofator,emsu essão, atéque todos osgrafosfatoressejam grafos triviais. Esta de omposição pode ser representada omo uma árvore, ujos nós orrespondemamódulosdeV (G)
. Araizdaárvore oresponde aomódulotrivialV (G)
e os lhos de ada nó orrespondem àspartes de uma partiçãode ongruên ia dosubgrafo induzido pelos módulo asso iado àquele nó.Como visto, se forem usadas para tal de omposição partições de ongruên ia ujas partes sejammódulos fortes, om auxíliodos grafosquo iente de ada partição,pode-se obter todos osmódulos do grafo. Contudo,é interessante restringirainda mais o tipode partiçãoutilizada,poispartiçõesemmódulosfortesnão sãoúni as(naFigura2.4asduas partiçõesexibidas para ografo ontêm apenas módulos fortes) e podem ser degeneradas, omo partiçõesnasquais adaparteéformada porumvérti edografo. Alémdisso, seria ne essário identi armódulosnosgrafosquo ientes paradeterminarosmódulosdografo. A de omposição modular de um grafo é denida omo a de omposição re ursiva do onjunto de vérti es do grafo em módulos fortes maximais próprios. Um módulo é um módulo fortemaximal próprio seé ummódulo maximalentre osmódulosfortes dografo, ex luindo o próprio onjunto de vérti es do grafo. A árvore que representa esta de om-posiçãoé hamadadeárvore dede omposiçãomodular eestáexempli adanaFigura2.5. Será visto que, usando tais partições de ongruên ia para a de omposição, os grafos quo ientes asso iados a ada nóda árvore de de omposição são restritos de forma que é possível identi ar seus módulos de maneira trivial. Além disso, tais partições possuem outras propriedades interessantes, que são des ritas aseguir.
próprios é úni a.
Demonstração. Suponha que existam duas partições,
P
1
eP
2
, distintas, dos vérti es de um grafoG
emmódulosfortes maximaispróprios. Então, existeX ∈ P
1
talqueX /
∈ P
2
. Além disso,X
não sesobrepõea nenhum móduloperten enteaP
2
, poisestes são fortes. Portanto, ouX
ontém uma parteY
deP
2
, ou está ontido emuma parteY
deP
2
, ouX ∩ Y = ∅
paratodoY ∈ P
2
. Então,X
ouY
nãosãomaximaisouP
2
nãoéumapartiçãodos vérti es de
G
.Como onseqüên iaimediata daProposição 2.12:
Corolário 2.13. Dado um grafo
G
, a sua árvore de de omposição modular é úni a. Lema 2.14. Os úni os grafosque não possuem módulos fortes não triviais são os grafos primos, os grafos ompletos e os grafossem arestas.Demonstração. Será provado por indução no número de vérti es que, se
G
é um grafo, não é primo, não é ompleto e possui alguma aresta, então ele ontém um módulo forte não trivial. SejamG
um grafo que satisfaz as hipóteses eX
um módulo não trivial de tamanho mínimo deG
. Note que tal módulo existe, pois o grafo não é primo. Deste módulo,obtem-se um módulo fortenão trivialpara o grafo.•
Se|X| ≥ 3
, entãoX
é um módulo forte não trivial, pois, se algum móduloY
deG
sobrepusesseX
, pelo Lema 2.4,X ∩ Y
eX \ Y
seriam módulos, um dos quais onteria ao menosdois vérti es eX
não seria mínimo.•
Se|X| = 2
, onsidere o grafoG
′
obtido de
G
pela ontração deX = {a, b}
a um novo vérti ex
. Note que{X} ∪ (V (G) \ X)
éuma partição de ongruên ia deG
eG
′
é isomorfo aografo quo ientedesta partição.
Se
G
′
nãopossuirarestas,então
{a, b}
éumaarestadeG
( aso ontrárioG
não possuiria arestas)eéum móduloforte nãotrivialdeG
. Qualquer móduloque sesobrepusessea{a, b}
, onteriaa
enão onteriab
,semperdadegeneralidade. Mas issonão a onte e, poisb
sóé vizinho dea
.Se
G
′
for ompleto, pelo aso anterior
X
é um módulo forte não trivial deG
e, pelaProposição 2.7, deG
.Se
G
′
for primo, então
X
é um módulo fortenão trivialdeG
. Caso ontrário, haveria um módulo,Y
, deG
que sesobrepõe aX
e, peloLema 2.4,X ∪ Y
eY \ X
são módulos deG
. Logo, se|X ∪ Y | < |V (G)|
ou|Y \ X| ≥ 2
, peloLema 2.9,
G
′
Nosdemais asos,porhipótesede indução,seja
X
′
um módulofortenãotrivial de
G
′
. PeloLema 2.11, ou
X
′
é módulo forte não trivial de
G
, sex /
∈ X
′
, ou
X ∪ (X
′
\ {x})
oé.
Corolário 2.15. Dadoumgrafo
G
esuaúni apartiçãode ongruên iaP
ujaspartessão módulos fortes maximais próprios, entãoG/P
é primo, ompleto ou não ontém arestas. Demonstração. O grafo quo ienteG/P
não ontém módulos fortes não triviais, senão peloLema 2.11, os membros deP
não seriam maximais. Então, pelo Lema 2.14,G/P
é primo, ompleto ou não ontém arestas.Proposição 2.16. Osnósda árvorede de omposiçãomodularde umgrafo orrespondem exatamente a todos os seus módulos fortes.
Demonstração. Porinduçãononúmerodevérti esdografo. O asobase éografotrivial. Dado um grafo
G
, onsidere os lhos da raiz daárvore de de omposição modular,T
, deG
,queformam apartiçãode ongruên ia deG
emmódulos fortes maximaispróprios. Por indução, todo módulo forte de um dos fatores desta partição está representado em sua respe tiva árvore de de omposição modular,que éo ramo deT
apartir do nó orre-spondente aolho. PeloCorolário 2.15 e peloLema 2.11,G
não ontém outros módulos fortes.Como onseqüên iada Proposição 2.16, outra maneirade onstruir a árvore é en on-trar todos osmódulosfortes de um grafo, riarum nópara ada um deles eentão denir omo pai de um nó omenor módulo forteque o ontém.
Rotula-se ada nó interno da árvore de de omposição modular, segundo sua lassi- ação pelo ritérioabaixo. Se o grafoquo ienteda partiçãode ongruên iausada nasua de omposição for ompleto, o nó é hamado de serial e é rotulado om S; se não on-tiver arestas,o nó é hamadode paralelo e érotulado om P; e sefor primo, é hamado de vizinhança e é rotulado om N. Os nós rotulados omo paralelos ou seriais também são onhe idos omo degenerados enquanto osrotulados omo vizinhançasão onhe idos tambémporprimos. A Figura2.6exibe aárvore de de omposição modularpreviamente apresentada naFigura2.5, adi ionando os rótulosdos nós internos.
Noteaindaarelaçãoqueexisteentre osubgrafo
H
induzidopelomódulorepresentado num nó da árvore de de omposição modular e o tipo do nó. Se o tipo do nó for serial, então ografoquo iente orrespondenteé ompleto omdois oumaisvérti ese, portanto, seu omplemento é des onexo, por onseguinteH
é des onexo; se for paralelo, então o grafoquo iente orrespondentenãopossuiarestasmaspossuidoisoumaisvérti es,sendo, portanto, des onexo e, onseqüentemente,H
também é des onexo; e se for vizinhança,Figura 2.6: A árvore de de omposição modular do grafo da Figura 2.5a, om os nós internosrotulados.
Lema 2.17. Se
G
é um grafo eT
é a sua árvore de de omposição modular, então um sub onjuntoM ⊆ V (G)
é um módulo deG
se, e somente se, uma das armativas vale:1.
M
é um nó deT
;2.
M
é a união de lhos de um nó deT
de rótulo serial ou paralelo.Demonstração. Seja
G
um grafo eT
sua árvore de de omposição modular, hame deP
a partiçãode ongruên iadeG
usadana raiz deT
.Prova-se que um módulo
M
deG
atende às ondições propostas, por indução no número de vérti es deG
. SeM = V (G)
ouseM
for uma parte deP
, então é um nódeT
. Caso ontrário,peloCorolário2.10:• M =
S
X∈U
X
para algumU
, módulo deG/P
. Nota-se que1 < |U| < |P|
e, pelo Corolário 2.15,G/P
é ompleto ou sem arestas e, assim o nó raiz deT
é rotulado omo serial ouparalelo; ou• M
émódulodeG[X]
paraalgumaparteX
deP
. Porhipótesedeindução,M
atende às ondições propostas para a árvore de de omposição modular,T
X
,deG[X]
, masT
X
éum ramodeT
.Agora, mostra-se quese
M
atendeàs ondiçõespropostas,então é módulodeG
. Um nó deT
éum módulodeG
segundo a Proposição 2.16. Prova-se porindução nonúmero de vérti esdografoque,seM
forumauniãodelhosde umnódeT
rotulado omoserial ou paralelo,então é um módulo deG
:•
SeM =
S
X∈U
X
para algumU
, módulo deG/P
e araiz deT
tem rótuloserial ou paralelo, entãoG/P
é ompleto ou sem arestas e, portanto,U
é módulo deG/P
. Então peloLema 2.9,M
é módulo deG
.(a) Um grafo isomorfoaoda Figura2.4a.
(b)Ografo
D
3
. ( ) OgrafoP
3
. Figura 2.7: A onstrução de um CPO modular de um grafo.•
Caso ontrário,M
éaunião dos lhosde algum nódeT
quenão araiz e,portanto está ontido em alguma parteX
deP
. Por hipótese de induçãoM
é módulo deG[X]
e,peloLema 2.2, é módulo deG
.2.3.2 Conjuntos par ialmente ordenados modulares
Em [KS03℄, Klein e Szwar ter propuseram uma representação para os módulos de um grafo que onsiste em um onjunto de CPOs e que foi usada para resolver problemas rela ionados aos módulos de um grafo. Espe i amente, os problemas tratados foram: listar osmodulosde um grafo, ontar o número de módulosdo grafo (sem enumerá-los), en ontrar um módulo maximal de um grafo que satisfaz ertas propriedadeshereditárias e en ontrar um módulo não trivialde um grafo ujo subgrafoinduzido é onexo.
Dado um grafo
G
, a representação proposta para seus módulos onsiste em um on-junto de CPOs, um para ada vérti e deG
. Para onstruir estes CPOs, primeiramente denote porv
i
,1 ≤ i ≤ |V (G)|
, ada um dos vérti es deG
e então onsidere o grafo orientadoD
i
, ujosvérti es são dadosporV (G) \ {v
i
}
e ujo onjuntode arestas ontém(v
j
, v
k
)
se, esomentese:• {v
j
, v
k
} ∈ E(G)
ev
j
∈ N
/
G
(v
i
)
; ou• {v
j
, v
k
} /
∈ E(G)
ev
j
∈ N
G
(v
i
)
.Ao ontrairas omponentesfortemente onexasde
D
i
aumúni ovérti ee,emseguida, adi ionar os ar os para formar o fe ho transitivo do grafo (veja Seção A.2), obtem-se o grafoP
i
. Este grafo representa um CPO e é denominadoCPO modular deG
emrelação av
i
(a Figura2.7exempli aa onstruçãodos grafosD
i
eP
i
). O onjuntodos grafosP
i
para todovérti ev
i
dografoG
forma sua representação.ParaexpraspropriedadesdosCPOsmodulares,serãone essáriasalgumasdenições. Considere um CPO denidosobre um onjunto
S
edado pelografoorientadoP
. Oidealdeste CPO é um sub onjunto
I ⊆ S
tal que para toda aresta(x, y) ∈ E(P )
, sey ∈ I
, entãox ∈ I
. A de omposição em amadas do mesmo CPO éuma seqüên ia(L
1
, . . . , L
k
)
naqualtodoL
i
∈ S
eS
1≤i≤k
L
i
= S
. CadaL
i
ontémosfontesdografoP [S \
S
1≤j<i
L
j
]
.Quando um CPO admite uma de omposição em amadas de forma que
(x, y) ∈ E(P )
sempre quex ∈ L
i
ey ∈ L
i+1
,diz-se que eleé um CPO em amadas.Oteorema abaixo estabale e arelação entre os CPOs modularese osmódulos de um grafo.
Teorema 2.18. Dados um grafo
G
, um de seus vérti esv
i
e o CPO modularP
i
deG
relativoav
i
, então existeumabijeção entre osideaisdeP
i
e os módulosdeG
que ontémv
i
.Pode-se observar, naFigura 2.7, que os ideais doCPO modular
P
3
(∅
,{v
2
}
,{v
2
, v
4
}
,{v
2
, v
4
, v
1
,5
}
) estão em orrespondên ia biunívo a om os módulos do grafo que ontêmv
3
({v
3
}
,{v
3
, v
2
}
,{v
3
, v
2
, v
4
}
e{v
3
, v
2
, v
4
, v
1
, v
5
}
).Alémdisso, os CPOs modularesapresentam importantes propriedades rela ionadasa sua de omposição em amadas.
Teorema 2.19. As seguintes armações são equivalentes:
• P
i
é um CPO modular de algum grafoG
, relativoa um de seus vérti es;• P
i
é um CPO em amadas;• P
i
é o fe ho transitivo de um torneio bipartido a í li o.O uso da representação e destas propriedades permitiu aos autores a solução dos problemas já men ionadosnoiní io desta seção. Uma desvantagem da representação é o seu espaço,
O(V (G)
3
)
, emrelação à árvore de de omposição modular,que o upaapenasAlgoritmos para De omposição
Modular
Neste apítulosão tratadas duas formas e ientes para onstrução da árvore de de om-posiçãomodulardeumgrafo,umalineareoutramais omplexaporumfatorlogarítmi o. Muitos algoritmos que exe utam esta tarefa foram apresentados na literatura, dentre os quais, os algoritmos e ientes são de notável di uldade para ompreensão e implemen-tação. Os algoritmoses olhidos se desta am porserem mais re entes e mais simples que seus prede essores de mesma omplexidade.
A Seção 3.1 trata da estratégia para de omposição apresentada por Ehrenfeu ht e outros,posteriormenteusadapeloalgoritmodeDahlhaus,GustedteM Connell,abordado na Seção 3.2. Terminao apítulo,a Seção 3.3, om dois algoritmospropostos porHabib e outros, queutilizam uma té ni a ompletamente diferente.
3.1 Partição de ongruên ia que isola um vérti e
Dado um grafo
G
e um de seus vérti es,v
, dene-seM(G, v)
omo o onjunto formado por{v}
e os módulos maximais entre os módulos deG
que não ontémv
, ou seja,{v}
e todo móduloX
tal quev /
∈ X
e qualquerY ⊃ X
,Y
módulo deG
, entãov ∈ Y
. A Figura 3.1a ontém um exemplo destes onjuntos.Lema 3.1. Dado um grafo
G
e um de seus vérti es,v
,M(G, v)
é uma partição de ongruên ia deV (G)
.Demonstração. Se algum
u ∈ V (G)
não perten esse a nenhum membro deM(G, v)
, o módulo maximal que ontému
e não ontémv
não foi adi ionado aM(G, v)
; por outro lado, se dois membros distintos,X
eY
, deM(G, v)
não forem disjuntos então, pelo(a) Aspartesde
M(G, c)
. Qualquermódulo deG
não ontidoemumadestaspartes, on-témc
.(b) Osmódulosmaximaisfortesprópriosde
G
. Estaéapartiçãodaraizdade omposição modulardografo.Figura 3.1: Um grafo
G
om os módulos deM(G, c)
e seus módulos fortes maximais próprios desta ados.de
X
eY
. Além disso, omo todos os omponentes deM(G, v)
são módulos deG
,M(G, v)
é uma partiçãode ongruên ia.Alémdesta propriedade, Ehrenfeu ht eoutros, notaram que esta partiçãoé útil para onstrução da de omposiçãomodular:
Lema 3.2([EGMS94℄). Todos osmódulos nãounitáriosde
G/M(G, v)
ontêm{v}
e são fortes.Demonstração. Sehouvesseummódulonãounitário
X
deG/M(G, v)
quenão ontivesse{v}
, então, pelo Lema 2.9,S
M ∈X
M
seria um módulo deG
que não ontémv
e, om isso, ontradiria a maximalidade dos módulos ontidos emM(G, v)
. Agora, suponha que existam dois módulos não triviaisX
eY
deG/M(G, v)
, que se sobreponham. Pelo Lema2.4,X ∆Y
seriamódulonãotrivialdeG/M(G, v)
e, omo{v} ∈ X ∩Y
,entãoX ∆Y
não onteria{v}
e ontradiriaa maximalidade dos módulos ontidos emM(G, v)
. Lema 3.3 ([EGMS94℄). Um sub onjuntoX
deM(G, v)
que ontém{v}
é um módulo forte deG/M(G, v)
se, e somente se,S
M ∈X
M
for um módulo forte deG
(que ontém v). Todos demais módulos fortes deG
aqueles quenão ontemv
são sub onjuntos de alguma parte deM(G, v)
.Demonstração. Seja
M
um módulo forte deG
que ontémv
. Assim, osdemais módulos deG
ou estão ontidos emM
, ou o ontêm, ou são disjuntos deM
. Como os módulos deG
que ontémM
não perten em aM(G, v)
,M(G, v)
é formado por módulos deG
disjuntos deM
epormódulosdeG
ontidos emM
e,então, existe umX ⊂ M(G, v)
tal queS
V ∈X
V = M
e,peloLema 2.9,X
é módulo deG/M(G, v)
e,portanto,forte.Seja, agora,
X
um módulo (forte) deG/M(G, v)
e suponha queS
V ∈X
V = M
nãov /
∈ Y
, es olha um vérti eu ∈ Y ∩ M
e sejaU ∈ M(G, v)
tal queu ∈ U
, então, omoU ⊂ M
, ouU ⊂ Y
, ouU
eY
sobrepõem-se e, pelo Lema 2.4,Y ∪ U
é módulo deG
enão ontém
v
, e, portanto,U
não é maximal. Sev ∈ Y
, es olhau ∈ M \ Y
e sele ioneU
da mesma forma. PeloLema 2.4,M∆Y
émódulo deG
, e então, ouU ⊂ (M∆Y )
, ouU
sobrepõe-se a(M∆Y )
eU ∪ (M∆Y )
é um módulodeG
quenão ontêmv
, mostrando queU
não é maximal.Todo módulo
M
deG
que não ontémv
é um sub onjunto de alguma parte deM(G, v)
. Caso não fosse, onsidere uma parteX ∈ M(G, v)
tal queM ∩ X 6= ∅
.Então
X
nãoé maximalporque ouM ⊃ X
, ou,peloLema2.4,M ∪ X
éum módulo. Apli andoa Proposição 2.16 sobre os lemas 3.2e 3.3, veri a-se que os an estrais dev
naárvore de de omposição modular deG
são exatamenteos nós internos da árvore de de omposição modular deG/M(G, v)
. Além disso, os demais nós da árvore de de om-posição modular deG
sãov
e os módulos fortes deG
que não ontêmv
, os quais, pelos lemas 3.3 e 2.8 são os nós das árvores de de omposição modular dos grafosG[X]
paratodo
X
emM(G, v)
distintode{v}
.E, om isto, tem-se uma estratégia geral para omputar a de omposição modular de um grafo, esboçada no Algoritmo 1, abaixo, juntamente om um exemplo de seu uso na Figura 3.2. A ondição internavalida que
X
é um módulo forte deG
, removendo-o aso não seja.Algoritmo 1 Estratégia para de omposição modularporEhrenfeu ht e outros.
Entrada:
T
eT
X
, árvores de de omposição modular deG/M(G, v)
e de todoG[X] :
X ∈ M(G, v)
.Saída:
T
é aárvore de de omposição modular deG
. Para todafolhaX
deT
façaSeja
T
X
a árvore de de omposição modular deG[X]
. SejaR
X
araiz deT
X
.Seja
R
o paideX
emT
.Se
R
eR
X
ambosestão rotulados omo serial ouparalelo então RemovaX
deR
e adi ioneos lhos deR
X
om lhos deR
. SenãoRemova
X
deR
e adi ioneR
X
omolho deR
. Fim SeFim Para Retorne
T
.Emseu trabalho,Ehrenfeu hteoutros[EGMS94℄apresentamum algoritmore ursivo, ujo tempo total de exe ução é
O(n
2
)
, semelhante aodado no Algoritmo2. O tempode exe ução é devido, prin ipalmente, a té ni a usada para omputar da árvore dede om-(a) O quo iente
G/M(G, c)
dografodaFigura3.1. (b)Ade omposição modu-larde(a). ( )Asde omposiçõesmodulares dosfatoresdeM(G, c)
. (d) A de omposição modular deG
, obtidapeloAlgoritmo1.(e)Árvoreobtida asooAlgoritmo1 não ombinassepaiselhosPeS.
Figura 3.2: Um exemplo de de omposição modular segundo a té ni a de Ehrenfeu ht e outros.
posição modular de
G/M(G, v)
, que, por este motivo, não será des rita. Ao invés, será exposto, na próxima seção, uma maneira de usar a té ni a apresentada que resulta em um algoritmolinear.Algoritmo 2 De omposição modular por Ehrenfeu ht eoutros. Entrada:
G
é um grafo simples.Saída:
T
é árvore de de omposição modulardeG
. SeG
ontém apenas um vérti e entãoFaça
T
=G
. SenãoEs olhaum vérti e
v
, qualquer, deG
. Compute apartiçãoP = M(G, v)
.Compute aárvore de de omposição modular
T
Q
deG/P
. Para todafolhaX
deT
Q
façaCompute re ursivamentea de omposição modular de
G[X]
emT
X
. Fim ParaUseo Algoritmo1 om
T
Q
e todos osT
X
: X ∈ M(G, v)
para obtera árvoreT
. Fim Se3.2 Re ursão sobre adja entes e não adja entes
Usando estratégia semelhante, Dahlhaus e outros [DGM01℄ apresentaram um algoritmo linear para de omposição modular. Seu diferen ial é a forma usada para omputar
G/M(G, v)
, sua de omposição modular e as árvores de de omposição modular de seusmembros, que são detalhadas abaixo.
OAlgoritmo3esboçaospassosbási osparaobterasárvoresdede omposiçãomodular
de
G/M(G, v)
e dos grafos fatores da partiçãoM(G, v)
. Um exemplo da apli ação deuma iteração é dado na Figura 3.3, na qual as de omposições em (b) e (d) são obtidas re ursivamente.
O primeiro passo para detalhar o algoritmo é a des rição do ál ulo das restrições das árvores de de omposiçãomodularnopasso2,tarefa desempenhadapeloAlgoritmo4. Este algoritmo al ula apenas a retrição da árvore de de omposição modular de
G
em relação aosvizinhos dev
. Oalgoritmopara obterarestriçãoemrelaçãoaos não vizinhos é essen ialmente omesmo, apenas substituindoN
G
(v)
porN
G
(v)
.Aapli açãodoAlgoritmo4sobreasárvores(b)e(d)daFigura3.3produzexatamente as árvores de de omposição modular dos fatores de
G
em relação aM(G, c)
, vistos na Figura3.2 . Noteque, embora osvérti esd
ee
tenhamsido separados noprimeiropasso doalgoritmo,quandoapli adosobreaárvoredaFigura3.3d,elessãounidosnovamentenoAlgoritmo 3 De omposição modular por Dahlhause outros. Entrada:
G
é um grafo.Saída: Para algum vérti e
v
deG
,M
éM(G, v)
,T
é árvore de de omposição modularde
G/M(G, v)
eT
X
éaárvore dede omposição modulardeG[X]
para todoX ∈ M
.1: En ontre as árvores de de omposição modular
T
N
eT
N
, deG[N
G
(v)]
edeG[N
G
(v)]
,re ursivamente.
2: Cal ule asrestriçõesdaárvore de de omposiçãomodularde
G
em relaçãoaN
G
(v)
e aN
G
(v)
usandoT
N
eT
N
.{Tais restrições forne em
T
X
para todoX ∈ M(G, v)
}3: Compute
M
, agrupandoos vérti es de ada árvore obtidano passo anterior. 4: ComputeT
, aárvore de de omposiçãomodulardeG/M(G, v)
.Algoritmo 4 Cál ulodas restriçõesdade omposição modular.
Entrada:
G
é um grafo eT
N
éa árvore de de omposição modulardeG[N
G
(v)]
. Saída:T
∗
N
éa restriçãoda árvore de de omposição modulardeG
aN
G
(v)
.Removade
T
N
todos osnós quenão são módulos deG
. Os lhosdos nós removidosse tornamnovasárvores. Chameessa orestadeT
∗
N
.Agrupenovamentedois oumaislhos de ummesmonóserial ouparalelo,removidode
T
N
, desde que seus vérti espossuamos mesmosvizinhos emV (G) \ N
G
(v)
.(a)Ografo
G[N
G
(c)]
. (b)A de omposição modularde(a).( ) Ografo
G[N
G
(c)]
.(d) A de omposição modularde( ).
segundopasso,pois
d
ee
têmomesmo onjuntodevizinhosemV (G)\N
G
(c)
,queé{a, f }
. Em seguida, mostra-se que este passo realmenteobtém as de omposições modularesdos grafos induzidos pelas partes deM(G, v)
.Lema 3.4. As de omposições modulares de
G[X]
paraX ∈ M(G, v)
são dadas pelas restrições das de omposições modulares deG
aG[N
G
(v)]
e aG[N
G
(v)]
.Demonstração. Seja
X ∈ M(G, v)
,X 6= {v}
. ComoX
é um módulo deG
disjunto de{v}
, está totalmente ontido emN
G
(v)
ou emN
G
(v)
hame deN
o onjunto dentre estes que ontémX
. PeloLema 2.5,X
é módulo deG[N]
epeloLema 2.17, oué um nó da árvore de de omposição modular,T
, desse grafo oué a união de alguns lhos de um nó serialouparalelodeT
. ComoX
émódulo deG
,opro esso de restriçãodeT
aG[X]
, que produzT
′
, não remove de
T
nenhum dos submódulos deX
. SeX
era um nó deT
, ontinua sendo emT
′
; se era a união de dois ou mais lhos de um nó serial ou paralelo de
T
, tais lhos foram mantidos emT
′
e, aso seu pai tenha sido ex luído, um novo foi adi ionado ontendo todos oslhos que formam
X
. Para nalizar,X
não possui um pai emT
′
, pois neste aso talpai seria um módulo de
G
(já que não foi removido durante a restrição) quenão ontémv
e, portanto,X
não seria maximal.Oúltimopasso é a onstrução daárvore de de omposiçãomodular de
G/M(G, v)
no passo 4 doAlgoritmo 3. Este passo se resume a en ontrar todos osmódulos fortes deG
que ontêmv
e determinar sua relaçãode in lusão.Primeiramente,o onjuntode vérti es
V (G) \ {v}
éparti ionadoem lasses de equiv-alên ia determinadaspelarelaçãodenida de formaque dois vérti esx
ey
serela ionam se satiszerem uma das seguintes ondições:•
Sex
ey
perten em àN
G
(v)
:
x
ey
perten em a mesma omponente onexa deG[N
G
(v)]
; ou
x
ey
perten ema omponentes onexasdistintasdeG[N
G
(v)]
,ambas ontidas emum módulodeG
totalmente ontido emN
G
(v)
.•
Sex
ey
perten em àN
G
(v)
:
x
ey
perten em a mesma omponente onexa deG[N
G
(v)]
; ou
x
ey
perten ema omponentes onexasdistintasdeG[N
G
(v)]
,ambas ontidas emum módulodeG
totalmente ontido emN
G
(v)
.A transitividade da relação vem do fato de que a união de dois módulos que se so-brepõemem
G
tambémémódulodeG
. As lassesdenidasporestarelaçãosão hamadas de blo os bási os. Denota-se porB
eB
os onjuntos daqueles blo os bási os ontidos em(a)Blo osbási osde
G[N
G
(c)]
. (b)Blo osbási osdeG[N
G
(c)]
.( )Ografo
F
. (d)OgrafoF
′
.
Figura3.4: Exemplo de onstruçãoda de omposição de
G/M(G, c)
peloAlgoritmo 5.N
G
(v)
e emN
G
(v)
, respe tivamente. Os blo os bási os são módulos deG[N
G
(v)]
ou deG[N
G
(v)]
. Noteque,naFigura3.4b,osvérti esd
ee
foramunidosnomesmoblo obási o poisformam um módulo emG
.Constrói-se, agora, um grafo orientado bipartido
F
,de bipartição{B, B}
. As arestas do grafo são denidas de forma que(X, Y ) ∈ E(F )
se e somente seX ∈ B
,Y ∈ B
e existemx ∈ X
ey ∈ Y
tais que{x, y} ∈ E(G)
, ouX ∈ B
,Y ∈ B
e existemx ∈ X
ey ∈ Y
taisque{x, y} /
∈ E(G)
.Oobjetivodografo
F
émostrarasrelaçõesdein lusãoforçadaspormódulos ontendov
,ouseja,se(X, Y ) ∈ E(F )
,então qualquermódulodeG
que ontenha{v} ∪ X
, onteráY
. Assim sendo, uma omponente fortemente onexa neste grafo signi a que qualquer módulo deG
que ontenhav
e um dos blo os bási os da omponente obrigatoriamente ontém todaela.Toma-se, então, o grafo
F
′
obtido de
F
substituindo suas omponentes fortemente onexas por novos vérti es que ontém a união dos blo os bási os de ada omponente. O grafoF
′
é a í li o e admite uma ordenação topológi a úni a (veja Seção A.3). Um suxo de uma ordem
O
sobre um onjuntoS
é um onjuntoU ⊆ S
tal que, sea ∈ U
, entãob ∈ U
para todob ∈ S
tal queb ≥ a
emO
. Os suxos da ordenação topológi a dada pelo grafoF
′
da Figura 3.4d são
∅, {B}, {C, B}
e{AD, C, B}
(AD
representa um úni o elemento). A união de{v}
om os vérti es ontidos nos elementos dos suxos da ordenação topológi a,forne e os módulos fortes deG
que ontêmv
. Para ografoF
′
da mesma gura, taismódulos são
{c}
,{c, b}
,{c, b, d, e}
e{c, b, d, e, a, f, g, h, i, j}
.O Algoritmo 5 resume os passos des ritos. Um exemplo do pro edimento é dado na Figura 3.4.
Algoritmo 5 Cál ulode
G/M(G, v)
por Dahlhaus eoutrosEntrada:
G
é um grafo simples,v
é um de seus vérti es eM
éM(G, v)
. Saída:T
é árvore de de omposição modulardeG/M(G, v)
.En ontre osblo os bási osde
G
em relaçãoav
.Compute o grafoorientado de impli ação
F
a partir dos blo os bási os. Compute o grafofortemente onexoF
′
de
F
. Obtenha a ordenação topológi aO
deF
′
.
Seja
T
tal queV (T ) = {v}
eE(T ) = ∅
.Para todo vérti e
x
deF
′
, visitado naordem inversa de
O
faça Adi ione uma nova raizu
aárvore aT
.Ligue anova raiz a antiga.
Adi ione omo lho de
u
um vérti e para ada elementodeM \ {v}
ontido emx
. Rotuleo vérti eu
segundo ografo quo ienteda partiçãoque onó representa. Fim ParaPrimeiramente, serão mostradas a relação entre os módulos de
G
que ontémv
e as estruturas dos grafosF
eF
′
.
Lema 3.5. Um onjunto
X
formado porv
e a uniãode blo os bási os é ummódulodeG
se, e somente se, não existe uma aresta(A, B)
no grafoF
tal queA ⊆ X
eB 6⊆ X
. Demonstração. Suponha queX
não é um módulo deG
, então existe um vérti er /
∈ X
que distingüe dois vérti es ontidos emX
. Ser ∈ N
G
(v)
,entãor
deve ser não adja ente a algum vérti es ∈ X
(note ques 6= v
). Ses ∈ N
G
(v)
,r
es
estariam no mesmo blo o bási o(justamenteporquer
es
sãonãovizinhos), ontradição. Assim,s ∈ N
G
(v)
eexiste uma aresta(A, B)
no grafoF
do blo o bási oA
que ontémr
ao blo o bási oB
que ontéms
. Com ra io ínio análogo (tro ando-se adja ên ia por não adja ên ia) trata-sedo aso emque
r ∈ N
G
(v)
. Portanto,pela ontrapositiva,se nãoexiste arestanografoF
de um blo o bási o ontido em
X
a outro, não ontido emX
, entãoX
émódulodeG
. Para ompletaraprova,suponhaqueexisteumaarestanografoF
de umblo obási oA
ontido emX
a outro,B
, não ontido emX
. Suponha queA ∈ B
e, portanto,B ∈ B
. A arestano grafoF
impli a que existe uma aresta{a, b}
emG
, talquea ∈ A
eb ∈ B
e, assim,b
distingüea
dev
, fazendo om queX
não seja módulo. O aso emqueA ∈ B
é simétri o, invertendo o papel das adja ên ias e não-adja ên ias.NotequeoLema3.5nãoimpli aquetodomódulode
G
que ontémv
podeserformado pelauniãodev
om vérti esde blo os bási os,oque, de fato,é falso. Em ontrapartida, aarmaçãovaleparamódulosfortesdeG
que ontémv
, omodemonstradonoLema3.6. Lema 3.6. Um onjuntoX
deV (G)
que ontémv
é ummódulo fortedeG
se,e somentese,