• Nenhum resultado encontrado

Biblioteca Digital do IPG: Relatório de Estágio Curricular - Caixa de Crédito Agrícola Mútuo, Terras do Sousa (Felgueiras)

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Biblioteca Digital do IPG: Relatório de Estágio Curricular - Caixa de Crédito Agrícola Mútuo, Terras do Sousa (Felgueiras)"

Copied!
51
0
0

Texto

(1)

Jp E

dajGuarda

1Ic

RELATÓRIO DE ESTÁGIO

Licenciatura em Gestão

Ricardo Serafim da Silva Duarte

(2)

R E L AT Ó R I O D E E S T Á G I O

RICARDO SERAFIM DA SILVA DUARTE

RELATÓRIO PARA A OBTENÇÃO DA LICENCIATURA EM GESTÃO

dezembro/2017

Escola Superior de Tecnologia e Gestão

Instituto Politécnico da Guarda

(3)

i

Ficha de Identificação

Aluno: Ricardo Serafim da Silva Duarte Número de Aluno: 1011762

E-mail: ricardo.duarte.f6@gmail.com Licenciatura: Gestão

Estabelecimento de Ensino: Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG), do Instituto Politécnico da Guarda (IPG)

Instituição Recetora do Estágio: Caixa de Crédito Agrícola Mútuo, Terras do Sousa, Ave, Basto e Tâmega, CRL. Lousada/Felgueiras

Morada da Instituição Recetora:

Lousada: Rua Engenheiro Amaro da Costa, S/N – Silvares, 4620-656 Lousada Felgueiras: Avenida Doutor Leonardo Coimbra, 4610-105 Felgueiras

Contactos:

Telefone: 255810080 Fax: 255810098

E-mail: tsbtfelgueiras@creditoagricola.pt Tutores na Instituição: Dra. Isabel Cardoso Abreu

Dr. Orlando J. G. Almeida

Orientador na ESTG-IPG: Professora Dra. Maria Manuela Santos Natário Duração do Estágio Curricular: 400 horas

Data de Início do Estágio Curricular: 01 de agosto de 2017 Data de Conclusão do Estágio Curricular: 23 de outubro 2017

(4)

“A educação tem raízes amargas, mas os seus frutos são doces.” (Aristóteles,335 A.C)

(5)

iii

Agradecimentos

Quero agradecer em primeiro lugar à minha família pelo enorme esforço e apoio para que tudo isto fosse possível, com especial carinho para a minha mãe, uma vez que foi quem mais me apoiou e nunca desistiu de mim.

Deixo também um obrigado a todos aqueles amigos com quem criei laços durante o período de licenciatura, por me terem ajudado sempre nos momentos mais difíceis. A todos os Professores da Escola Superior de Tecnologia e Gestão, pelo seu profissionalismo, pela aprendizagem que me proporcionaram e pela sua disponibilidade constante.

Um especial obrigado à Professora Dra. Manuela Natário pela disponibilidade e por ter aceite ser a minha orientadora de Estágio, sem esquecer toda a ajuda prestada pela Professora durante todo o meu percurso académico.

Aos funcionários do Gabinete de Estágios e Saídas Profissionais (GESP), pela sua disponibilidade e acima de tudo pela oportunidade de estágio que me proporcionaram. E a todos os outros funcionários da ESTG.

À Caixa de Crédito Agrícola Mútuo Terras do Sousa, Ave, Basto e Tâmega, CRL, pela oportunidade concedida, em destaque para os colaboradores da Agência de Lousada, nomeadamente, o Dr. Orlando Almeida, o Dr. João Salgado, o Dr. Miguel Ferreira e o Engenheiro Nuno Queirós, pela simpatia, ajuda, integração, pelo ensino proporcionado e pela confiança depositada em mim.

(6)

iv

Plano de Estágio

O estágio foi realizado na Agência do Crédito Agrícola Mútuo de Lousada, com início no dia 01 de agosto finalizado no dia 23 de novembro de 2017.

O plano de estágio foi definido com as seguintes tarefas:

- Organização: Manual procedimentos de Balcão; Sistemas de informação; Delegação de competências; Manual da organização.

- Oferta: Produtos do passivo, ativo e financiamento fora de balanço.

- Área comercial: Objetivos comerciais das agências; Rentabilidade das agências; Campanhas comerciais; Angariação de novos Clientes.

- Procedimentos: Abertura e fecho de balcão; Atendimento; Abertura de contas de clientes; Concessão de crédito; Recuperação de crédito vencido; Atualização da base de dados; Gestão de Processos; Gestão Documental; Arquivo Físico.

(7)

v

Resumo

O presente Relatório tem como objetivo descrever as atividades desenvolvidas ao longo do estágio curricular, a experiência laboral e as competências adquiridas nesse período. O estágio curricular foi realizado na Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Lousada, com duração de 400 horas. Este estágio permitiu perceber o funcionamento da atividade profissional de um modo mais aprofundado e ampliar os conhecimentos da atividade bancária, ajudando a criar uma visão mais alargada do mercado financeiro atual.

Sendo assim, o relatório foi dividido em três Capítulos:

- O Primeiro Capítulo diz respeito à apresentação da instituição recetora do estágio; - No Segundo Capítulo aborda-se o Sistema Bancário, Nacional e Europeu;

- No Terceiro Capítulo apresentam-se as atividades desenvolvidas ao longo do estágio.

Palavras-chave: Gestão, Crédito Agrícola, Crédito e Banca

Jel Classification:

G01 (Management);

(8)

vi

Índice Geral

Ficha de Identificação ... i Agradecimentos ... iii Plano de Estágio ... iv Resumo ... v

Lista de Siglas e Abreviaturas ... ix

Introdução ... 1

Capítulo 1 - Caracterização do Banco-Caixa de Crédito Agrícola ... 2

1.1 - Enquadramento Histórico ... 3

1.2 - Grupo Crédito Agrícola ... 7

1.3 - Rede de Distribuição ... 8 1.4 - Estrutura do Grupo ... 8 1.5 - Visão ... 14 1.6 - Missão ... 14 1.7 - Valores ... 15 1.8 - Objetivos ... 16

1.9 - Análise SWOT do Grupo Crédito Agrícola ... 16

1.10 - Principais Produtos e Serviços ... 17

1.11 - Estrutura Organizacional do Crédito Agrícola ... 18

1.12 - Evolução do Logótipo do Crédito Agrícola ... 19

Capítulo 2 - Sistema Financeiro Português ... 21

2.1 - Sistema Monetário Europeu ... 22

2.2 - Modelo de Supervisão do Sistema Financeiro Português ... 22

2.3 - Instituições Financeiras ... 23

2.4 - Banco de Portugal ... 25

2.5 - Sigilo Bancário ... 26

(9)

vii

3.1 - Enquadramento ... 28

3.2 - Gestão Documental e Atualização da Base de Dados ... 29

3.3 - Front-Office e Atendimento aos Clientes ... 30

3.4 - Contas Caucionadas ... 33

3.5 - Gestão de Processos de Crédito ... 33

3.5.1 - Crédito, Crédito Bancário, Análise e Limite de Crédito ... 34

3.5.2 - Risco de Crédito ... 34

3.5.2.1 - Credit Scoring ... 34

3.5.3 - Garantias ... 35

3.5.3.1 - Garantias Pessoais e Garantias Reais ... 35

3.5.4 - Incumprimento ... 36

3.5.5 - Recuperação de Crédito ... 37

3.6 - Reuniões de Angariação de Clientes ... 38

Conclusão ... 39

(10)

viii

Índice de Figuras

Figura 1- Logótipo do Centenário do Crédito Agrícola ... 6

Figura 2- Grupo Crédito Agrícola ... 7

Figura 3- Rede de Distribuição Internacional do CA ... 8

Figura 4- Edifício da Caixa Central ... 9

Figura 5- Logótipo da CA Vida ... 10

Figura 6- Logótipo da CA Seguros... 10

Figura 7- Logótipo da CA Serviços ... 11

Figura 8- Logótipo da CA Imóveis... 12

Figura 9- Logótipo da CA Informática ... 12

Figura 10- Logótipo da CA Gest ... 13

Figura 11- Logótipo da CA Consult ... 14

Figura 12- Valores do Crédito Agrícola ... 15

Figura 13- Valores do Crédito Agrícola ... 18

Figura 14- Organograma do Crédito Agrícola ... 19

Figura 15- Evolução do Logótipo do CA ... 20

Figura 16- Modelo de Supervisão Português ... 23

Figura 17- Desagregação Setorial das Instituições Financeiras ... 25

Figura 18- Edifício Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Lousada ... 28

Figura 19- Programa Edoclink ... 30

Figura 20- Programa SIBAL ... 31

Figura 21- Programa Central ... 31

Índice de Tabelas

Tabela 1: Análise SWOT do Grupo CA ... 17

(11)

ix

Lista de Siglas e Abreviaturas

APB – Associação Portuguesa de Bancos ATM – Automatic Teller Machine

BCE – Banco Central Europeu BP – Banco de Portugal CA – Crédito Agrícola

CCAM – Caixa de Crédito Agrícola Mútuo CGD – Caixa Geral de Depósitos

ESTG – Escola Superior de Tecnologia e Gestão

FENACAM – Federação Nacional das Caixas de Crédito Agrícola Mútuo FGCAM - Federação Nacional das caixas de Crédito Agrícola Mútuo IC – Instituições de Crédito

IPG – Instituto do Politécnico da Guarda

RGICSF – Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras RH – Recursos Humanos

SEBC – Sistema Europeu de Bancos Centrais

SICAM – Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo SME – Sistema Monetário Europeu

SF – Sociedades Financeiras

(12)

Página |1

Introdução

No âmbito da licenciatura de Gestão no Instituto Politécnico da Guarda (IPG), é necessário que os finalistas concluam o seu percurso académico através da concretização de uma componente prática, ou seja, da realização de um estágio curricular e consequentemente da redação do relatório. Assim sendo, há a possibilidade de o aluno aplicar o conhecimento teórico adquirido ao longo da licenciatura.

No presente caso, a instituição para estagiar recaiu sobre a Caixa de Crédito Agrícola Mútuo Terras do Sousa, Ave, Basto e Tâmega, Agência de Lousada, tendo como principal objetivo o conhecimento mais profundo e detalhado do funcionamento de uma instituição bancária, assim como as suas principais atividades e os seus procedimentos diários. Ao longo do estágio curricular, o estagiário teve a oportunidade de pôr em prática parte dos conhecimentos adquiridos ao longo do seu percurso académico, nomeadamente nas disciplinas de Gestão Financeira, Contabilidade Financeira, e Contabilidade de Gestão, Economia, Organização e Gestão, e outras que proporcionaram uma maior integração nas atividades profissionais.

O relatório aqui apresentado encontra-se estruturado em três capítulos. No primeiro capítulo apresenta-se a instituição onde foi realizado o estágio. No segundo capítulo serão apresentados temas sobre o funcionamento da Banca e como funciona o Sistema Financeiro Português. No terceiro capítulo serão apresentadas as atividades realizadas pelo estagiário na instituição, durante o período de estágio curricular, com duração de 400 horas, com início no dia 01 de agosto e fim no dia 23 de outubro de 2017.

Por último apresentar-se-ão as conclusões retiradas da elaboração do relatório, bem como do estágio curricular.

(13)

Capítulo 1

- Caracterização do

Banco-Caixa de Crédito Agrícola

(14)

Página | 3

1.1 - Enquadramento Histórico

1

A Caixa de Crédito Agrícola teve origem em 1911, e surgiu das Casas da Misericórdia que foram fundadas em 1498 pela rainha D. Leonor e pelo Frei Miguel Contreiras, bem como os Celeiros criados em 1576 por D. Sebastião.

Em 1778, a Misericórdia de Lisboa foi a primeira a conceder empréstimos aos agricultores. Este exemplo foi seguido por outras Misericórdias, o que gerou uma dinâmica que justificou a decisão do Ministro das Obras Públicas, Andrade Corvo, de publicar, em 1866 e 1867, leis orientadas para a transformação das Confrarias e Misericórdias em instituições de crédito agrícola e industrial (Bancos Agrícolas ou Misericórdias-Bancos).

Por sua vez, os Celeiros Comuns, fundados por iniciativa particular ou por intervenção dos Reis, dos municípios ou das paróquias, constituíam, desde o século XVI, estabelecimentos de crédito destinados a socorrer os agricultores em anos de escassa produção, através de um adiantamento em género (sementes) mediante o pagamento de um determinado juro, também liquidado em géneros. Refira-se que este tipo de instituição foi pioneira, na medida em que apenas nos séculos seguintes surgiram congéneres na Escócia (1649) e na Alemanha (1765). A importância dos Celeiros Comuns foi diminuindo com o aumento das taxas de juro, pelo que, em 1862, avançou-se para a sua reforma, no sentido de substituir gradualmente a forma de pagamento – de géneros para monetária – para um funcionamento pleno como instituições de crédito.

Neste contexto, como já referido acima, em 1911 nasce o verdadeiro Crédito Agrícola, poucos meses após a implantação da República, por decreto delegado pelo Ministro do Fomento, Brito Camacho, a 1 de março de 1911. Tal decisão deveu-se a um culminar do processo que se iniciara na Monarquia e para o qual contribuíram monárquicos e republicanos.

Mas seria através da Lei n.º 215, de 1914, regulamentada, em 1919, pelo Decreto n.º 5219, que, finalmente, ficaram definidas as atividades das Caixas de Crédito Agrícola Mútuo. Em abril de 1974 graças à transformação do sistema político português dá-se um movimento das Caixas existentes no sentido de estas se autonomizarem, expandirem a

1 Este ponto teve como fonte a informação disponível na intranet da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo

(15)

Página | 4

respetiva implantação e alargarem a atividade, à luz do modelo de desenvolvimento do Crédito Agrícola Mútuo em muitos países europeus.

Um dos principais pontos altos do Crédito Agrícola dá-se em 1978, ano em que se criou a Federação Nacional das Caixas de Crédito Agrícola Mútuo (FENACAM), cuja missão central era o apoio e representação, nacional e internacional, das suas Associadas. Um dos principais objetivos da FENACAM envolvia a revisão da legislação aplicável ao Crédito Agrícola Mútuo, pretendendo um Regime Jurídico Específico para o Crédito Agrícola Mútuo, onde as suas Caixas deixariam de estar sob alçada da Caixa Geral de Depósitos (CGD), prevendo-se assim a criação de um Caixa Central, orientada para regular a atividade creditícia das suas Caixas Associadas. Tal acontecimento favoreceu a significativa expansão do Crédito Agrícola (CA) durante a década de 80 do século XX. Dois anos depois, a 20 de julho de 1984 é então constituída a Caixa Central que, tal como já foi referido, visa a centralização da gestão financeira do grupo. Em 1987, visando garantir a solvabilidade do sistema, é instituído, através do decreto de Lei 182/87, o Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo (FGCAM), no qual, ainda hoje, participam todas as Caixas Associadas.

É importante falar de 1991 uma vez que é neste ano que é implementado o Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM), que é formado pela Caixa Central e pelas suas Associadas. A Caixa Central passa a exercer funções de liderança em matéria de orientação, fiscalização e representação financeira do SICAM. O princípio da corresponsabilidade entre a Caixa Central e as Associadas é um valor que favorece a consolidação de contas, numa ótica de supervisão, solvabilidade e liquidez. Um ano mais tarde inicia-se a atividade internacional.

Ainda durante os anos 90 do século XX, o Grupo CA decide valorizar a sua prestação de produtos e serviços financeiros, nascia, então, a empresa especializada na Gestão de Fundos de Investimento Mobiliário, conhecido nos dias de hoje por CA Gest, e a Rural Seguros, hoje designada por CA Seguros, uma Seguradora Não Vida. Cinco anos depois surgia a Crédito Agrícola Vida, hoje CA Vida, uma Seguradora do Ramo Vida. Mais tarde seria a vez da CA Consult, para a área de assessoria financeira. Um dos pontos mais importantes para o Grupo foi a criação, em 1993, da Rural Informática, sendo hoje a atual CA Informática.

(16)

Página | 5

Também fora nos anos 90 do século XX, mais concretamente em 1998, que se dera a implementação de uma plataforma informática única para as Caixas Associadas e a Caixa Central correspondendo assim a um maior reforço de unificação do Crédito Agrícola e da sua afirmação como “banco completo”, com canais de distribuição diversificados e uma oferta de produtos e serviços ajustada aos vários segmentos, potenciando o aumento da quota de mercado no seio de um sector cada vez mais competitivo.

A identidade histórica do Crédito Agrícola, associada a uma realidade de matriz cooperativa rural, é agora renovada e alargada a uma realidade urbana, com uma oferta competitiva de soluções de produtos e serviços. Esta comunhão entre o passado e o presente, projetando o futuro, viabilizou um posicionamento competitivo, que se traduz numa Imagem de modernidade, credibilidade e solidez.

Uma visão consubstanciada numa estratégia de médio prazo, cuja implementação se alicerçou num instrumento estruturante, o Programa de Modernização. Numa simbiose de valores tradicionais e contemporâneos, partilhada com o universo de Clientes, Associados, Dirigentes e Colaboradores, o Crédito Agrícola apostou numa nova Imagem corporativa e numa nova comunicação, reafirmando a sua mensagem-chave: Um Grupo ao lado das pessoas.

A nova Imagem do Crédito Agrícola corresponde a uma dinâmica de mudança, acompanhada por outras unidades, cuja renovação da identidade gráfica traduziu a partilha comum de uma relação ainda mais próxima do Grupo. Partindo do anterior símbolo, desenvolveu-se uma imagem corporativa mais contemporânea, tendo por base a folha de árvore estilizada, cuja forma aponta para o futuro e as cores refletem os valores do Grupo, o laranja como indutor de mudança e modernização.

O ano de 2011 foi um ano muito especial para o Crédito Agrícola, uma vez que celebrava o seu centenário com a mudança do logótipo (Figura 1). Foi um marco que significou um longo caminho, marcado pelo apoio ao desenvolvimento económico e social de muitas comunidades e regiões do país, quer no Continente quer na Região Autónoma dos Açores. As várias iniciativas que decorreram ao longo deste ano permitiram um olhar claro sobre a importância do CA como instituição cuja sua solidez e vitalidade se moldam na entrega e motivação sempre renovadas.

(17)

Página | 6

Figura 1- Logótipo do Centenário do Crédito Agrícola

Fonte:www.credito-agricola.pt

Passados dois anos o Grupo CA apresenta-se com uma nova assinatura “O Banco Nacional com Pronuncia Local” que reflete o seu posicionamento enquanto instituição financeira que o conhece, como nenhuma outra, seja qual for a região do País.

A relação de proximidade com os Clientes resulta da génese do banco, cooperativo e da sua estrutura composta por 84 Caixas autónomas e cerca de 700 Balcões que atuam de forma descentralizada, mas que seguem linhas e princípios orientadores da Caixa Central, tornando-se assim num grupo mais sólido e coeso.

Há ainda que destacar o ano de 2015, que foi um ano de distinção para o Grupo CA, uma vez que recebeu inúmeros prémios nomeadamente:

- O Prémio Cinco Estrelas 2015, promovido pela U-Scoot com base num estudo de mercado realizado pela Ipsos APEME, foi atribuído ao Crédito Agrícola na categoria “Banca, serviço de atendimento ao cliente”,

- O Grupo foi considerado, pela revista britânica The Banker, no seu estudo “Top 1000 World Banks”, o terceiro mais sólido a operar em Portugal e o primeiro de capitais exclusivamente nacionais.

- A CA Seguros, a seguradora não vida do Grupo Crédito Agrícola, foi eleita, pela quinta vez, como a Melhor Seguradora Não Vida do seu segmento. Esta distinção resulta de um estudo realizado pela revista EXAME em parceria com a Deloitte e com a Informa D&B. - O Grupo Crédito Agrícola é galardoado com seis distinções em diversas áreas: banca, seguros e fundos de investimento, entre outros.

(18)

Página | 7

Por último, ano de 2016 fica marcado pela abertura da primeira Agência do Crédito Agrícola na Região Autónoma da Madeira, mais especificamente na cidade do Funchal. Desta forma, o CA passa a ter uma rede de cobertura completa a nível Nacional.

1.2 - Grupo Crédito Agrícola

Relativamente ao Grupo Crédito Agrícola, este é um Grupo Financeiro, atualmente composto por 84 Caixas de Crédito Agrícola Mútuo subdivididas por quase 700 Agências por todo País, com o seguinte lema, “O Banco Nacional com Pronuncia Local”. Conta ainda com um uma larga carteira de empresas especializadas noutros serviços para além da Banca.

Embora exista a Caixa Central, as Caixas de Crédito Agrícola Mútuo (CCAM) são instituições dotadas de igual competências de supervisão, orientação e acompanhamento das suas Agências e da FENACAM, instituição que representa a cooperativa e prestadora dos serviços especializados do Crédito Agrícola (Figura 2).

A atividade do Grupo Crédito Agrícola tem como base de sustentação as Caixas Agrícolas, verdadeiras entidades dinamizadoras das economias locais. Graças à sua autonomia e integração nas respetivas regiões, estas conhecem em profundidade as realidades do respetivo tecido empresarial e económico tal como os desafios que se colocam para o progresso económico-social a nível local.

Figura 2- Grupo Crédito Agrícola

(19)

Página | 8

1.3 - Rede de Distribuição

O Crédito Agrícola é uma instituição que tem vindo a crescer ao longo dos tempos e de forma saudável, tudo isso devido à sua capacidade de autonomia.

Para além das 84 CCAM e das 700 Agências, o Grupo CA tem vindo a reforçar a sua presença internacional, sendo que o Crédito Agrícola aposta em todos os Portugueses, mesmo os que se encontram no estrangeiro, como por exemplo, a França, o Luxemburgo, a Suíça e a Espanha. presente na Figura 3.

Figura 3- Rede de Distribuição Internacional do CA

Fonte:www.credito-agricola.pt

1.4 - Estrutura do Grupo

A Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo, cujo edifício principal aparece na figura 4, foi fundado em 1984 com o princípio de ser o órgão Central do Grupo e tem como responsabilidade a coordenação, representação Institucional, fiscalização e orientação das CCAM, tal como a Gestão da Tesouraria e a Liquidez do Grupo graças a sua prestação de Serviços Centrais e Desenvolvimento nos mercados de Lisboa e Porto.

Relativamente à Caixa Central, esta é composta por um Conselho de Administração Executivo que é atualmente, constituído por cinco administradores nomeados.

(20)

Página | 9

Esta é responsável pela direção de 26 departamentos, indicados pelo Conselho Geral e de Supervisão onde se encontram representadas nove CCAM. Existe ainda um conselho Consultivo e uma Assembleia Geral, sendo esta dirigida por três Caixas Associadas. Cabe ao SICAM estabelecer uma ligação entre a Caixa Central e as suas associadas, de forma a transmitir-lhes as suas sinergias, favorecendo assim a sua consolidação de contas, numa ótica de supervisão, solvabilidade e liquidez.

Figura 4- Edifício da Caixa Central

Fonte: www.credito-agricola.pt

Quanto às Empresas Participadas do Crédito Agrícola existe duas Seguradoras, diferentes. Uma delas designa-se por CA Vida cujo logótipo está na Figura 5, responsável pelos seguros de Vida e a outra é conhecida por CA Seguros cujo logótipo está na Figura 6, e dedica-se aos seguros Não Vida.

Relativamente à CA Vida esta foi fundada em 1998 com o intuito de acompanhar a crescente competitividade do mercado financeiro e de oferecer aos Clientes do Grupo CA um serviço mais completo e integrado. É sobre o lema “Quem lhe quer bem” que a CA Vida tem marcado a diferença uma vez que procura fornecer novos produtos que satisfaçam e que melhor sirvam os seus Clientes, Associados e Caixas Agrícolas, ao mesmo tempo, que se dedica a serviços de primeira linha, quer na modernidade, quer na qualidade do serviço prestado. Daí vem a distinção de 1º lugar no Ranking de Lealdade

(21)

Página | 10

do Cliente e o 1º lugar no Ranking de Imagem – classificações obtidas no Índice Nacional de Satisfação do Cliente do ECSI Portugal 2016.

Desde de o ano de 1998 a Cuidar dos Futuro dos Clientes, a CA Vida reflete um crescimento e posicionamento sustentado no mercado e no Grupo Crédito Agrícola, um balanço positivo que em muito serve para olhar o futuro com ambição e confiança de que é sempre possível fazer ainda mais.

Figura 5- Logótipo da CA Vida

Fonte:www.credito-agricola.pt

Já a CA Seguros encontra-se no mercado há mais de 20 anos e é responsável pelos seguros Não Vida do Grupo CA. Esta tem como principal objetivo garantir a segurança e proteção aos seus Associados e Clientes, através da disponibilização de soluções de seguros adequadas às suas necessidades, excedendo as suas expetativas, num conceito de Banca-Seguros e num espírito de Parceira. A CA Banca-Seguros é responsável por uma alargada gama de produtos, destinada quer aos particulares quer as empresas, que seguram assim os 360 mil Associados, através de mais de 650 mil apólices. Por esta razão merece assim a distinção feita em 2016, pela Revista Exame, como a Melhor seguradora Não Vida do seu segmento de dimensão, o que acontece pela sexta vez, nos últimos nove anos.

Figura 6- Logótipo da CA Seguros

(22)

Página | 11

Este reconhecimento da CA Seguros pela imprensa económica especializada vem reforçar, uma vez mais, a imagem de solidez e confiança do Grupo Crédito Agrícola junto dos seus Associados e Clientes.

Outra Empresa Participada bastante importante para o Crédito Agrícola é o SA Serviços, cujo logótipo está na Figura 7, responsável pela máxima eficácia e eficiência na prestação de serviços partilhados pelo universo CA, uma vez que apoiam todas as áreas da Banca, através dos sistemas de informação e comunicação bem como outros serviços especializados.

Serviços especializados como os domínios do apoio à dinamização do negócio e da assessoria fiscal, operação de compensação serviços operacionais de suporte à Banca Direta como a Linha Direta, e por último os canais não presenciais como os serviços On-Line Particulares e Empresas e/ou o Balcão 24.

Figura 7- Logótipo da CA Serviços

Fonte:www.credito-agricola.pt

Por sua vez a CA Imóveis, cujo logótipo encontra-se na Figura 8, é consciente sobre a gestão, nas diferentes dimensões de ativos e a centralização do conhecimento sobre a classe dos ativos “imobiliário”, tem como objetivo a coordenação e acompanhamento das Entidades Gestoras de Fundos Imobiliários com património oriundo de entidades do Grupo CA.

Para a concretização da sua missão cabe à CA Imóveis a definição de linhas de orientação estratégica de forma a que não se gere prejuízo na sua participação no processo de decisão para o Grupo CA, é necessária uma avaliação desses mesmos ativos de forma a saber se há processos de rentabilização desses mesmos ativos, nomeadamente da sua comercialização. Para tal a CA Imóveis conta com um número razoável de Engenheiros Especializados distribuídos por várias Agências de forma a cobrir todo o Território Nacional.

(23)

Página | 12

Figura 8- Logótipo da CA Imóveis

Fonte: www.credito-agricola.pt

Agora a CA Informática, cujo logótipo está na Figura 9, visa a otimização da utilização das infraestruturas, quer físicas, quer tecnológicas, para que seja possível criar uma base de dados para todo o Grupo e para que este esteja sempre em funcionamento.

Para tal é responsável por três áreas de atividade fundamentais como a gestão de ativos de base tecnológica, a gestão e manutenção das instalações e dos centros de dados e de telecomunicações, e por fim a prestação de serviços de apoio à atividade das empresas de serviços financeiros do Grupo e do Centro de Serviços Partilhados.

Figura 9- Logótipo da CA Informática

Fonte:www.credito-agricola.pt

No que diz respeito CA Guest, cujo logótipo está na Figura 10, é uma Sociedade Gestora de ativos do Grupo Crédito Agrícola que tem como principais atividades a gestão de Organismos de Investimento Coletivo, no segmento de Fundos de Investimento Mobiliário, e a gestão discricionária e individualizada de carteiras por conta de outrem, nomeadamente, Institucionais.

Com mais de 20 anos de experiência no mercado Nacional, constitui-se como o centro de competências de Gestão de Ativos do universo CA, assegurando assim a conceção, o fabrico e a gestão de soluções de investimento dirigida a unidades de negócio do Grupo,

(24)

Página | 13

de forma alinhada e articulada com a Missão e Visão do Crédito Agrícola, assegurando assim o compromisso de “Fazemos Nosso o Seu Objetivo”.

No seu portefólio de Clientes de Gestão de Carteiras predominam Fundos de Pensões abertos e fechados, quer de benefício definido quer de contribuição definida, e Seguradoras do ramo real e do ramo vida. A maior parte dos mandatos de gestão discricionária é constituída por soluções personalizadas, que resultam da compreensão dos objetivos de investimento e dos níveis de tolerância ao risco de cada Cliente.

Figura 10- Logótipo da CA Gest

Fonte:www.credito-agricola.pt

Por último lugar tem-se a CA Consult, cujo logótipo está na Figura 11, refletida pela Assessoria Financeira e Gestão das atividades, uma vez que a complexidade dos riscos e oportunidades empresariais determina a importância de ter um parceiro de negócio capaz de compreender e contribuir para a tomada de decisão dos gestores.

A CA Consult trabalha por norma na assessoria financeira e estratégica de Grandes e Médias Empresas e Entidades Públicas. Tudo isso graças as suas competências técnicas e conhecimento setorial que, articulados com a oferta de Banca Comercial do Grupo CA e os ativos tangíveis e intangíveis das Empresas e dos Estados, constituem fatores críticos de sucesso para a gestão e desenvolvimento económico e empresarial.

Sendo que a sua missão e enquadramento institucional passa por um compromisso de rigor e excelência no aconselhamento dos sues Clientes, tendo em vista o seu sucesso e sustentabilidade financeira a longo prazo.

(25)

Página | 14

Figura 11- Logótipo da CA Consult

Fonte: www.credito-agricola.pt

1.5 - Visão

Os grandes navegadores sabem sempre onde fica o Norte. Sabem onde querem ir e o que fazer para chegar a seu destino. Com as grandes empresas acontece o mesmo: elas têm a visão. É isso que lhes permite administrar a continuidade e a mudança simultaneamente (Porras e Collins, 1998).

O Grupo Crédito Agrícola tem como Visão ser uma Instituição Financeira próxima do cliente, leal e de confiança para este mesmo, com prontidão na prestação do serviço.

1.6 - Missão

Definir a missão de uma empresa é difícil, doloroso e arriscado, mas só assim é que se consegue estabelecer políticas, desenvolver estratégias, concentrar recursos e começar a trabalhar. Só assim é que uma empresa pode ser administrada, visando um ótimo desempenho (Drucker, 2003).

O Crédito Agrícola é grupo financeiro de âmbito nacional, tem como missão ser o motor de desenvolvimento local. Conhecedor profundo do tecido empresarial das várias regiões onde atua, e das necessidades dos Clientes Particulares, para cumprir a sua missão oferece as melhores soluções para as expectativas e necessidades dos seus Clientes, apresentando uma ampla oferta de produtos e serviços para todos os segmentos, adaptados às realidades locais e ao mercado em geral.

Simultaneamente tem como missão contribuir a vários níveis, quer económico, quer, social, quer cultural ou até mesmo a nível desportivo, para que o progresso das comunidades locais seja feito num Grupo Financeiro de referência.

(26)

Página | 15

1.7 - Valores

Valores organizacionais são princípios ou crenças, organizados hierarquicamente, relativos a condutas ou metas organizacionais desejáveis, que orientam a vida da organização e estão ao serviço de interesses individuais, coletivos ou ambos (Tamayo, 1998).

O Grupo Crédito Agrícola, é um grupo financeiro com base cooperativa implantado nas comunidades locais, com solidez, confiança, proximidade e simplicidade (Figura 12), dotado de uma basta carteira de oferta de soluções, produtos e serviços capazes de satisfazer todas as necessidades financeiras e de proteção das famílias, negócios e empresas. Estes constituem fatores críticos de sucesso numa relação de parceria privilegiada com os seus clientes.

Figura 12- Valores do Crédito Agrícola

Fonte: www.credito-agricola.pt

Trata-se de um grupo que valoriza o relacionamento com o seu cliente, como no caso da proximidade, orientado para a participação no desenvolvimento socioeconómico de todo o País, suportado pela atuação de cada uma das suas Caixas a nível regional, num equilíbrio entre a captação de poupanças e a concessão de crédito às famílias e empresas, e no apoio às Instituições sem Fins Lucrativos. Valoriza ainda o rigor e competência dos seus colaboradores, tal como a sua sustentabilidade. É de destacar os novos valores que enriquecem o CA e o preparam para novos futuros, tais como a Juventude, o Dinamismo, a Pró-atividade e a Modernidade, de forma a que se consiga competir num mercado cada vez mais competitivo.

(27)

Página | 16

1.8 - Objetivos

O Grupo Crédito Agrícola tem como principais objetivos a valorização do relacionamento com os Clientes, potenciando assim o conceito de “banca de proximidade”, oferecendo produtos e serviços de qualidade sempre crescentes e sempre adaptados às necessidades dos seus Associados e Clientes, visando um elevado grau de satisfação.

Tem ainda como objetivo, assegurar a acessibilidade efetiva a serviços bancários ao maior número possível de particulares e empresas.

1.9 - Análise SWOT do Grupo Crédito Agrícola

A Análise SWOT (strenghts (pontos fortes), weakness (pontos fracos), opportunities (oportunidades) and threats (ameaças)) é uma análise que mostra o posicionamento estratégico da empresa, através da análise a nível interno e também a nível externo à própria empresa (Poças, 2013).

Neste contexto, elabora-se um quadro referente à determinação dos pontes fortes e pontos fracos que dizem respeito ao Crédito Agrícola, bem como as oportunidades e ameaças relativas ao meio que envolvente da Instituição.

(28)

Página | 17

Tabela 1: Análise SWOT do Grupo CA

Pontos Fortes Pontos Fracos

-Capacidade de cobertura do mercado;

-Alargada gama de Produtos e Serviços; -Gestão autónoma das suas Caixas Associadas.

-Recursos Humanos (RH) envelhecidos;

-Falhas constantes no sistema informático.

Oportunidades Sugestões Sugestões

-Exploração e investimento em Clientes de faixa etária mais jovem;

-Reforço na sua vocação de banco nacional; -Crescimento on-line; -Expansão no mercado internacional. -Implementar um maior número de instalações internacionais;

-Novas campanhas para atrair o público mais jovem.

-Reajustamento dos RH; -Uma maior linha de apoio para os Clientes.

-Melhoria do sistema informático, com versões mais atualizadas.

Ameaças Sugestões Sugestões

-Concorrência do mercado; -Digitalização da Banca.

-Aproveitar a imagem de referência da Instituição para fazer face aos preços baixos da concorrência.

-Apostar na formação dos RH no que toca ao mundo Digital (fazendo assim de uma ameaça, uma oportunidade).

Fonte: Elaboração Própria

1.10 - Principais Produtos e Serviços

O Grupo Crédito Agrícola possui uma alargada gama de produtos e serviços, dos quais se destacam as Contas à Ordem, as Contas a Prazo, as Contas Investimento, os Meios de Pagamento Eletrónico, Leasing, o Crédito para Empresas, Negócios Internacionais, os Serviços de Apoio a Pagamentos e Recebimentos, a Proteção, Serviços Financeiros Especializados, Assessoria Financeira e Gestão, por fim o Capital de Risco (Figura 13).

(29)

Página | 18

Figura 13- Valores do Crédito Agrícola

Fonte:www.credito-agricola.pt

1.11 - Estrutura Organizacional do Crédito Agrícola

A estrutura organizacional de uma instituição, corresponde à divisão, organização e coordenação das atividades desenvolvidas (Poças, 2013). O Grupo Crédito Agrícola possui a estrutura organizacional constante na Figura 14. Através da análise do seu organograma, verifica-se que o Grupo é constituído por uma Assembleia Geral, um Conselho Fiscal, um Conselho de Administração, um Diretor Geral e ainda pelos seguintes departamentos:

(30)

Página | 19

Serviço Administrativo e Financeiro, Serviço de Apoio Técnico e Serviço de Produção Documental e Aprovisionamento.

Figura 14- Organograma do Crédito Agrícola

Fonte: www.credito-agricola.pt

1.12 - Evolução do Logótipo do Crédito Agrícola

O logótipo de qualquer instituição é a identificação imediata dessa mesma instituição, num documento ou num suporte publicitário, quer pelo seu design quer pela sua cor. Um dos elementos de maior importância de qualquer identidade é o logótipo. Sozinho, deverá identificar a marca que representa. É o cartão de visita. O primeiro contacto. A primeira impressão. Realçando que as primeiras impressões fazem a diferença. É o caso do novo Logótipo CA, presente na Figura 15.

O mais recente símbolo do Crédito Agrícola baseia-se na folha da árvore estilizada, deixando assim de ser a Oliveira, o seu principal símbolo. A sua nova forma e posicionamento apontam para o futuro do Grupo.

(31)

Página | 20

As cores utilizadas são outro reflexo dos valores do Crédito Agrícola. Se por um lado o verde reforça os valores existentes, o laranja reflete uma atitude de mudança e modernização efetuada ao longo dos tempos.

Figura 15- Evolução do Logótipo do CA

(32)

Capítulo 2

- Sistema Financeiro

Português

(33)

Página | 22

2.1 - Sistema Monetário Europeu

Segundo o site do Banco de Portugal (www.bportugal.pt), o Sistema Monetário Europeu (SME) é composto pelo Banco Central Europeu (BCE) e pelos bancos centrais nacionais da área do euro, incluindo o Banco de Portugal (BP). Este é a autoridade responsável pela definição e pela implementação da política monetária da área do euro.

O objetivo primordial da política monetária da área do euro é a manutenção da estabilidade de preços, ou seja, a manutenção do poder de compra da moeda.

Sem prejuízo do objetivo de estabilidade de preços, o Eurosistema apoiará as políticas económicas gerais da União Europeia, tendo em vista a concretização dos objetivos da União. Estes objetivos incluem a promoção de um elevado nível de emprego e de um crescimento económico sustentável e não inflacionista.

A política monetária do Eurosistema é: - Definida pelo Conselho do BCE;

- Executada pela Comissão Executiva do BCE, de acordo com as orientações e decisões do Conselho do BCE;

- Implementada de forma descentralizada pelos bancos centrais nacionais, incluindo o Banco de Portugal, de acordo com as instruções fornecidas pela Comissão Executiva.

O Conselho do BCE é constituído pelos membros da Comissão Executiva do BCE e pelos governadores dos bancos centrais nacionais dos Estados-Membros que adotaram o euro, incluindo o Governador do Banco de Portugal.

A Comissão Executiva é composta pelo Presidente e pelo Vice-Presidente do BCE e por mais quatro membros nomeados pelo Conselho Europeu.

2.2 - Modelo de Supervisão do Sistema Financeiro Português

De acordo com a informação do site Associação Portuguesa de Bancos (APB) (www.apb.pt) a Supervisão do Sistema Financeiro Português tem o intuito de garantir a estabilidade e a solidez do sistema financeiro e a eficiência do seu funcionamento. Já a Regulação pretende prevenir o risco sistémico, ou seja, a possibilidade de ocorrência de

(34)

Página | 23

um evento não antecipado ou repentino que possa afetar todo o sistema financeiro. O facto de existir um conjunto de normas e regulamentos implica o controlo da sua observância pelas instituições financeiras a elas sujeitas e, desta forma, garantir a confiança no sistema financeiro.

O Sistema Financeiro Português assenta num modelo de Supervisão Institucional com uma clara distinção entre os três segmentos de mercado existentes - o bancário, o financeiro e o segurador.

O atual modelo de Supervisão do Sistema Financeiro Português é apresentado na Figura 16.

Figura 16- Modelo de Supervisão Português

Fonte:www.apb.pt

2.3 - Instituições Financeiras

Relativamente as Instituições Financeiras existem dois tipos, as Instituições Financeiras Monetárias (IFM) e as Instituições Financeiras Não Monetárias (IFNM).

As instituições financeiras exercem atividades específicas distintas que, para além de as caracterizar, permitem classificá-las com base no papel que desempenham.

(35)

Página | 24

O Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras (RGICSF) divide as entidades financeiras em dois grupos principais:

- Instituições de Crédito (IC); - Sociedades Financeiras (SF).

O Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras classifica as Instituições de Crédito, como empresas cuja atividade consiste em receber do público depósitos ou outros fundos reembolsáveis, a fim de os aplicarem por conta própria mediante a concessão de crédito e empresas que tenham por objetivo a emissão de meio de pagamento sob forma de moeda eletrónica. São Exemplos de IC, os Bancos, as Caixas de Crédito Agrícola Mútuo, as Caixas Económicas e as Instituições Monetárias (criadoras de Moeda).

As Sociedades Financeiras são Classificadas pelo RGICSF como empresas que não são Instituições de Crédito e cuja atividade principal consista em exercer por exemplo, operações de crédito, incluindo concessão de garantias e outros compromissos, a emissão e gestão de outros meios de pagamento, a atuação nos mercados interbancários, transações, por conta própria ou da clientela, sobre instrumentos do mercado monetário e cambial, instrumentos financeiros a prazo, opções e operações sobre divisas, taxas de juro, mercadorias e valores mobiliários, participações em emissões e colocações de valores mobiliários e prestação de serviços correlativos, a gestão e consultoria em gestão de outros patrimónios.

São exemplos de SF, as Sociedades Corretoras, as Sociedades Gestoras de Fundos de Investimento, As Sociedades Gestoras de Patrimónios, as Agências de Câmbios e as Sociedades Gestoras de Fundos de Titularização de Créditos,

(36)

Página | 25

Figura 17- Desagregação Setorial das Instituições Financeiras

Fonte:www.apb.pt

2.4 - Banco de Portugal

O Banco de Portugal é o banco central da República Portuguesa. Este foi fundado em 19 de novembro de 1846, e tem sede em Lisboa. É o banco responsável pela emissão de notas denominadas por moeda nacional. Produz o euro desde 1999, embora o Banco Central Europeu (BCE) detenha o direito exclusivo de autorizar a sua emissão (Banco de Portugal, 2017).

O Banco de Portugal integra o Sistema Europeu de Bancos Centrais (SEBC), que foi fundado em julho de 1998. De acordo com a sua Lei Orgânica, o Banco de Portugal prossegue os objetivos e participa no desempenho das atribuições cometidas ao SEBC.

(37)

Página | 26

Compete ainda ao Banco de Portugal a supervisão prudencial das Instituições de Crédito e das Sociedades Financeiras. Neste sentido cabe-lhe ainda regularizar, fiscalizar e promover o bom funcionamento dos sistemas de pagamentos, gerir as disponibilidades externas do País e agir como intermediário das relações monetárias internacionais do Estado, bem como aconselhar o Governo nos domínios económico e financeiro. O Banco de Portugal tem também a função de recolha e elaboração de estatísticas monetárias, financeiras, cambiais e da balança de pagamentos.

2.5 - Sigilo Bancário

Segundo a informação do Banco de Portugal, as entidades bancárias têm o dever de não revelar toda a informação sobre seus clientes às administrações públicas. Assim, o sigilo bancário consiste na proteção dos bancos ou instituições financeiras em relação à informação que tem dos seus clientes, pois caso contrário esta informação estaria exposta ao mau uso de pessoas terceiras. Por outras palavras, o sigilo bancário deve ser entendido como uma variante do sigilo profissional, pois significa a não propagação de informação a terceiros.

Se por qualquer circunstância um funcionário do banco divulgar informação financeira sobre algum cliente estará cometendo um delito e deverá assumir a responsabilidade por este ato negligente. Deve-se destacar que o cliente de um banco tem os seus direitos, entre os quais se encontram o direito de privacidade, imagem e honra.

Durante a reunião de elaboração do plano de estágio, o estagiário conheceu os responsáveis da Instituição recetora, onde lhe avisaram os cuidados a ter quanto à revelação de dados, para evitar transgressões das normas.

(38)

Capítulo 3

- Atividades Realizadas

Durante o Estágio

(39)

Página | 28

3.1 - Enquadramento

O presente estágio foi Realizado na Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Lousada, na Rua Engenheiro Amaro da Costa, S/N – Silvares, 4620-656 Lousada, Agência da CCAM Terras do Sousa, Ave, Basto e Tâmega, com início no dia 01 de agosto e término no dia 23 de outubro de 2017. A Figura 18 mostra o Edifício onde funciona a Agência.

Figura 18- Edifício Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Lousada

Fonte: www.credito-agricola.pt

Numa fase inicial, o trabalho desenvolvido na CCAM de Lousada, passava pela Organização e Gestão do Arquivo, e também pela Atualização de Base de Dados. Esta primeira fase era trabalhosa e não era o tipo de trabalho que pretendia realizar, contudo serviu de aprendizagem, uma vez que se revelou de extrema importância em fases posteriores, como se poderá verificar adiante.

Numa segunda fase os trabalhos foram realizados no Front-Office, ou seja, no atendimento aos Clientes e na Gestão das Contas Caucionadas, o que deu outro ânimo e dinâmica ao percurso de estágio, uma vez que sentia uma maior confiança por parte dos colaboradores da Agência e também pelo facto de ser uma atividade mais interessante. Numa fase final, as atividades foram realizadas na área de Análise e Concessão de Crédito, Recuperação de Crédito, Gestão de Processos. De referir que esta fase fora sempre supervisionada pelo responsável da Agência de Lousada. Sem esquecer que nesta fase também houve a oportunidade de efetuar trabalho de campo, como a angariação de novos Clientes, através de visitas aos mesmos.

(40)

Página | 29

3.2 - Gestão Documental e Atualização da Base de Dados

A Gestão Documental e Atualização da Base de Dados é essencial para que se obtenha um melhor conhecimento do Cliente e para que se crie um histórico deste mesmo. De acordo com o relatório do Banco de Portugal (2011), regular e atualizar a base de dados é importante, por exemplo, para que se evite o branqueamento de capitais, financie o terrorismo, ou até mesmo para conhecer as obrigações de crédito que cada cliente tem, de forma a ajudar na Gestão de Risco.

Relativamente ao branqueamento de capitais, termo mais conhecido, “lavagem de dinheiro”, corresponde ao encobrimento da origem dos bens e rendimentos obtidos ilicitamente, transformando assim a liquidez proveniente destas atividades em capitais rentabilizados legalmente.

O branqueamento de capitais passa por uma primeira fase onde os bens e rendimentos são depositados em instituições financeiras ou investidos em atividades lucrativas ou em bens de elevado valor, de seguida dá-se a fase da circulação, onde estes são objeto de repetidas operações com o propósito de camuflar a sua origem criminosa, eliminando assim quaisquer vestígios de proveniência e propriedade. Após a circulação de capitais, dá-se a última fase onde os rendimentos, já circulados, são aplicados em circuitos económicos legítimos.

Para tal, o Banco de Portugal adota medidas legislativas de forma a prevenir que isso mesmo aconteça, como por exemplo quando é depositado um valor a cima dos 15.000,00 €, é necessária assinatura de um documento com a justificação do montante.

O Banco de Portugal também adota medidas para uma melhor Gestão de Risco, uma vez que fornece um histórico de cada indivíduo para que se saiba assim o seu estado de Crédito naquele preciso momento

Por isso, nesta fase o estagiário tinha de guardar o arquivo quer em formato físico, quer em formato digital, para que fosse possível consultar todo o arquivo na plataforma do Crédito Agrícola, através do programa Edoclink. Na Figura 19 encontra-se um Print-Screen desse mesmo programa, salienta-se que foram tapados os nomes dos clientes, devido ao sigilo bancário. Através deste programa obtém-se o acesso a toda a informação pessoal do cliente e competia ao estagiário realizar a atualização desses mesmos dados.

(41)

Página | 30

Figura 19- Programa Edoclink

Fonte: Elaboração própria com base no out put do programa edulink

3.3 - Front-Office e Atendimento aos Clientes

O Front-Office ou linha da frente são as atividades da empresa que estabelecem maior contacto com os seus Clientes, no caso da Banca são conhecidas como os Caixas. Nesta fase o estagiário era responsável pela prestação de serviços ao cliente. Assim efetuava, depósitos bancários, levantamentos, seguros de vida e não vida, transferências, aberturas de clientes, atualizações de dados de clientes, esclarecimento de dúvidas entre outros. É de destacar que para o funcionamento o Front-Office é fundamental a utilização de vários programas de computador como o SIBAL (Figura 20), o CENTRAL (Figura 21) e o CA EXPRESS.

(42)

Página | 31

Figura 20- Programa SIBAL

Fonte: Elaboração própria com base no out put do programa SIBAL

Figura 21- Programa Central

(43)

Página | 32

No SIBAL efetuavam-se os registos depósitos ou levantamentos, e é ainda possível realizar a compensação, entre outras atividades. Cada atividade dispõe de um código específico que no início fora um grande obstáculo para o estagiário no desenvolvimento desta nova etapa. O SIBAL está interligado com o CENTRAL sendo que qualquer movimento feito no SIBAL pode ser confirmado no CENTRAL. Assim sendo pode-se sempre confirmar se a operação registada foi efetuada, tal como o desejado.

O CENTRAL é o programa que permite ver toda informação dos Clientes do Crédito Agrícola. Em alguns casos é necessária aprovação dos colaboradores de outras CCAM, pois só assim é possível visualizar a informação completa do cliente. O CENTRAL possuí informações sobre as contas dos Clientes, tanto à ordem como a Prazo e ainda permite ver extratos até uma determinada data.

Por último o CA EXPRSS, serve apenas para dois tipos de situação, que são: a criação de conta de Clientes e a atualização de dados de uma Conta ou referentes a um Cliente. A Compensação é um sistema instituído pelo Banco de Portugal que possibilita que o cheque de um banco possa ser cobrado através de outro banco, basta que o beneficiário do cheque o deposite na sua conta de depósitos (Banco de Portugal, 2011).

Durante esta fase o estagiário tinha ainda de cumprir as normas de segurança, uma vez que se trata de uma atividade com risco, pela quantidade de dinheiro que circula ao longo do dia. Normas como a de nunca dispor de mais do que o valor estabelecido no seu Caixa, para tal tinha um cofre de apoio onde podia colocar a quantidade acima da proposta. No final do dia o estagiário era responsável pelo Fecho do seu Caixa, onde tinha de ter em atenção se tudo estava conforme e se não ultrapassava o valor possível em Caixa. Para evitar estas situações, passava o excesso de dinheiro para a Tesouraria (Valor total da Agência). Era também responsável pela digitalização dos cheques para enviar para a Compensação.

A Agência também tem um valor máximo de reservas estipulado, só com a autorização da Caixa Central é que pode ultrapassar esse valor. Para evitar ultrapassar esse valor o CA tem acordo com a Prossegur, empresa que estabelece a ligação entre o Banco de Portugal e a Caixa de Crédito Agrícola, esta também é responsável por encaminhar dinheiro para colocar no dispositivo Automatic Teller Machine (ATM) da Agência.

(44)

Página | 33

3.4 - Contas Caucionadas

Uma Conta Caucionada consiste num acordo entre um banco e uma empresa, onde o banco permite que o cliente tenha acesso a uma determinada quantia, mesmo sem saldo na conta. Esta conta serve para que a empresa possa prevenir eventuais insuficiências de tesouraria a curto prazo, obtendo assim um financiamento mais flexível.

Para isso, as empresas pagam juros sobre os valores financiados através da conta caucionada. As contas caucionadas são assim uma das formas de financiamento bancário com caráter de curto prazo.

Nas Contas Caucionadas a entidade bancária define um limite de crédito, muitas vezes é de valor flexível. Este tipo de contas obriga ainda a criação de uma nova conta, de forma a garantir a articulação entre os movimentos na conta caucionada e na conta à ordem. As empresas têm a liberdade de transferir o valor da conta caucionada para a conta à ordem, desde que não ultrapassem o valor estipulado no contrato. Uma particularidade das Contas Caucionadas é que estas possuem uma data limite estipulada pela instituição bancária, por norma são cerca de 180 dias, podendo esta data vir a ser renovada.

Uma das formas de aumentar o plafom da Conta Caucionada, é através da entrega dos Cheques Pré-Datados, que servem de garantia para o banco.

Nesta matéria, o estagiário era responsável por reunir todos os documentos necessários para a atualização das Contas Caucionadas, sempre com a supervisão do agente da Agência. Os documentos a reunir eram, o contrato assinado e as respetivas identificações dos assinantes.

3.5 - Gestão de Processos de Crédito

A Gestão de Processos de Crédito é composta por várias etapas: como a de decisão, formalização, monitoramento e cobrança. Todas estas etapas são adaptadas ao perfil de cada cliente e dos respetivos produtos. Este processo é operacionalizado e controlado por sistemas que possibilitam o acompanhamento contínuo da qualidade da carteira de crédito tal como se poderá ver nos pontos que se seguem.

(45)

Página | 34

3.5.1 - Crédito, Crédito Bancário, Análise e Limite de Crédito

A contratação de um crédito exige uma análise cuidada das características do produto e do cliente. Escolher o tipo de crédito mais adequado é importante, pois existem diferenças significativas de condições e custos.

Durante a análise de crédito é ainda necessário ter em atenção se o cliente possui aptidão e capacidade financeira para amortizar a dívida que este pretende contrair durante o período de tempo estipulado.

O Crédito diz respeito à cedência temporária, de parte do seu património a um devedor, baseando-se na confiança de que o devedor vai honrar os seus compromissos com o credor do crédito. O credor recebe juros como compensação da cedência do crédito Bernard Colli (1997).

O Crédito Bancário mais não é do que uma modalidade de empréstimo de dinheiro, onde o banco cede capital as empresas ou particulares, assente na sua confiança e com o direito de receber desse cliente num futuro próximo uma ou mais prestações em dinheiro cujo o valor total corresponde ao da entrega inicial, acrescendo apenas o preço fixado para este serviço. Podendo assim este cliente organizar a sua vida financeira.

Em ambos os casos o objetivo da instituição é a obtenção de lucro.

3.5.2 - Risco de Crédito

O Risco de Crédito está intimamente relacionado com fatores internos e externos à empresa que podem prejudicar o pagamento do montante de crédito concedido, como se poderá ver adiante.

Para determinar o risco de crédito de um cliente com maior ou menor exatidão, deve-se proceder a avaliações do risco. Esta avaliação pode ser mais ou menos detalhada e cuidada de acordo com a atividade em questão e com o peso do crédito concedido no total da faturação da empresa.

3.5.2.1 - Credit Scoring

Na concessão de um Crédito são estudados vários critérios de forma a que seja possível a concessão desse mesmo, como tal surge então o Credit Scoring. Este consiste na análise

(46)

Página | 35

estatística à qualidade de Crédito, através de um grande número de créditos já concedidos, correlacionando assim os incumprimentos desses mesmos com as características dos seus celebrantes.

O Credit Scoring permite desta forma a construção de um modelo anterior e serve para estimar a probabilidade final de incumprimento ou cumprimento.

Sendo assim torna-se possível à instituição emissora do Crédito, neste caso, ao Crédito Agrícola, a possibilidade de estimar a probabilidade de um determinado devedor cumprir o contrato de crédito celebrado. Desta forma o CA analisa o risco a que está sujeito e decide se aprova o financiamento ou não.

Existem ainda diferenças entre as Empresas e os Particulares, para tal existem 2 tipos de Credit Scoring, um para as Empresas e o outro para os Particulares. Por isso o estagiário tinha de ter em atenção para não confundir os dados de ambas. Aqui o estagiário era responsável por analisar os dados do processo de crédito.

3.5.3 - Garantias

As Garantias são operações de crédito através das quais o Crédito Agrícola garante a execução de uma obrigação constituída pelo seu Cliente perante um terceiro, assumindo por isso o encargo da obrigação se o Cliente faltar ao seu cumprimento, transmitindo maior confiança aos parceiros comerciais nos negócios da Empresa.

3.5.3.1 - Garantias Pessoais e Garantias Reais

As garantias pessoais baseiam-se na fidelidade da instituição em fazer cumprir as obrigações no caso de o devedor não fazer. E como tal nesta Garantia os bens pessoais são tomados pela instituição no caso do incumprimento dívida do devedor.

Existem dois tipos de Garantias Pessoais específicos, são eles o Aval e a Fiança.

O Aval é uma garantia que apenas pode ser utilizada em títulos de crédito, como letras e livranças, concretamente mediante assinatura do avalista no verso do documento. No Aval o avalista compromete-se a pagar a dívida no caso de falhas do devedor. Vencido o título, o credor pode cobrar ao devedor ou avalista.

(47)

Página | 36

A Fiança, por sua vez, pode ser convencionada para qualquer dívida, sendo muito frequente, por exemplo, nos contratos de crédito à habitação e nos contratos de arrendamento. Na Fiança o Fiador assume toda a responsabilidade, perante o credor, no caso de incumprimento por parte do devedor. A Fiança implica que haja um segundo património, ou seja, o património do fiador, que juntamente com o do devedor principal vai responder em caso de incumprimento.

Quanto aos Créditos com Garantia Real, estes são Créditos onde o devedor, ou alguém em seu nome, coloca o seu património como garantia para assegurar o cumprimento da obrigação acordada.

Existem diferentes tipos de garantias reais. São exemplos de garantias reais em créditos a Consignação de Rendimentos, o Penhor e a Hipoteca.

Perante a Consignação de Rendimentos dá-se o pagamento de crédito disponibilizado e os seus respetivos juros, caucionados pela consignação de rendimentos de certos bens imóveis ou móveis sujeitos a registo, com um prazo de validade.

Na Hipoteca constitui-se a garantia real de cumprimento de obrigações conferindo ao credor o direito de ser pago pelo valor de determinadas coisas imóveis, ou equiparadas, pertencentes ao devedor ou a terceiro, com preferência sobre os outros credores que não gozem de privilégio especial ou de prioridade de registo.

Relativamente ao Penhor sabe-se é uma garantia real que, de forma geral, consiste na transição de um móvel, suscetível de alienação, realizada pelo devedor ou por terceiro ao credor em garantia de um débito. Contudo, permite o direito de preferência sobre esse mesmo móvel, quer com isto dizer, que em situação de incumprimento, o valor da venda responde pelo crédito, quando não haja créditos privilegiados.

3.5.4 - Incumprimento

É considerado incumprimento o não pagamento atempado de prestações de contratos de crédito, por norma são cerca de 90 dias, têm graves consequências para o cliente bancário e para o seu agregado familiar. Os clientes bancários em incumprimento ficam sujeitos ao pagamento de juros de mora que acrescem à sua dívida. Por outro lado, a instituição de crédito pode intentar uma ação judicial para a recuperação do seu crédito, que poderá

(48)

Página | 37

ter como consequência a penhora e subsequente venda judicial dos bens do cliente bancário.

Os clientes bancários dispõem atualmente de um conjunto de mecanismos destinados a promover a regularização extrajudicial de situações de incumprimento de contratos de crédito.

3.5.5 - Recuperação de Crédito

A recuperação de crédito representa a ação que visa a devolução ou pagamento de créditos que se encontram vencidos ou em mora.

Esta operação pode ser por via judicial ou extrajudicial onde é normalmente feita por empresas e profissionais com experiência em cobrança de créditos em dívida. A via judicial tal como o seu nome indica passa pela intervenção dos tribunais. Deve-se dar sempre prevalência à adoção de soluções extrajudiciais em vez de soluções judiciais, uma vez que esta forma evita o recurso aos tribunais. Só quando há falha na recuperação extrajudicial é que se deve recorrer à recuperação pela via judicial, sendo este considerado como último recurso.

Para tal existem várias propostas de Reestruturação Extrajudicial que se podem aplicar na prática, sempre que a capacidade financeira do Cliente assim o permita, como a Renegociação, onde o devedor tenta junto do credor, renegociar as condições anteriores, fazendo assim possíveis alterações que permitam a este o cumprimento das suas obrigações. Nesta Renegociação celebra-se um novo contrato, para que seja possível o reembolso do capital, juros, comissões e encargos, ou seja o reembolso total. O Banco detém também a Consolidação de Créditos, que só se aplica em Clientes ou Associados que detenham mais do que um crédito. Neste caso faz-se uma junção de todos os créditos e cria-se um único contrato, de forma a que o devedor pague os capitais, juros, comissões e encargos na totalidade.

Por último, a Concessão de um empréstimo adicional, que consiste na celebração de um novo contrato de crédito a fim de afiançar a continuação de cumprimento das obrigações. Durante o período de estágio o estagiário observou que a instituição tenta sempre adotar uma solução extrajudicial para recuperar o capital em divida, uma vez que esta solução é preferível por ambos os lados, tentando assim disponibilizar propostas de recuperação.

(49)

Página | 38

Como tal o estagiário era responsável por enviar cartas registadas ao Cliente ou contactar o Cliente e apelar a resolução da dívida.

3.6 - Reuniões de Angariação de Clientes

A Banca é um negócio extremamente competitivo, onde pequenas margens, em relação aos seus preços, fazem toda a diferença. Antigamente eram as pessoas/empresas que recorriam aos Bancos, atualmente com a digitalização da banca, com o aparecimento de diversas instituições de crédito, começa-se a ver cada vez mais o contrário, são os Bancos a procurarem as Empresas, uma vez, que tal como já foi referenciado, a oferta é cada vez maior. Então são marcadas reuniões com as empresas de forma a dar a conhecer a instituição ao Cliente e os seus produtos e serviços.

Durante o período de estágio o estagiário teve a oportunidade de participar numa dessas reuniões, com resultado positivo uma vez que o Cliente em causa se encontra filiado ao Crédito Agrícola. Nessa reunião foram colocadas em mesa as condições para a conceção de crédito e a respetiva instalação do Terminal de Pagamento Automático (TPA).

(50)

Página | 39

Conclusão

O presente Relatório apresenta uma caraterização do Banco Caixa de Crédito Agrícola, bem como as atividades realizadas pelo estagiário ao longo das 400 horas do seu período de estágio.

Com o estágio no balcão da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Lousada, o estagiário teve a possibilidade de conhecer a realidade profissional de uma instituição bancária, de compreender e corrigir os seus erros, bem como a possibilidade de aplicar os conhecimentos, adquiridas ao longo do percurso académico, nomeadamente na área de Economia, Contabilidade, Gestão Financeira e Direito.

No início do estágio, foi complicada a integração, pois realizava poucas tarefas e não tinha acesso a muitos procedimentos, mas com o desenrolar do estágio, o estagiário adotou uma postura pró-ativa e mostrou sempre uma vontade em adquirir o maior conhecimento possível, uma vez que o os colaboradores da instituição também procuraram ajudar o máximo possível, tirando assim o melhor proveito do período de estágio.

É de salientar que a CCAM de Lousada, possui uma excelente organização em todas as suas áreas, assim como excelentes colaboradores, que se encontravam sempre disponíveis para ajudar a ultrapassar as dificuldades do estagiário e também para a sua integração nas atividades diárias.

Quanto as áreas de incidência do estagiário, houve a oportunidade para trabalhar tanto no front-office, como no back-office. Todavia foi no front-office onde o estagiário passou a maior parte do tempo do período de estágio.

De modo geral, esta oportunidade foi uma mais valia para o estagiário, uma vez que permitiu praticar os aspetos lecionados e ainda permitiu uma ampla aquisição de conhecimentos do setor bancário. Desta forma o estagiário aperfeiçoou a sua postura em relação ao mundo do trabalho e combateu as dificuldades encontradas neste novo desafio.

(51)

Página | 40

Bibliografia

Amorim, E. (2013), Apontamentos da Unidade Curricular de Gestão Financeira. Instituto Politécnico da Guarda.

Banco de Portugal (2011), Relatório de Prevenção do Branqueamento de Capitais e Financiamento do Terrorismo.

Bernard, Y., Colli, J. (1997), Dicionário Económico e Financeiro, 1ª edição, 1º Volume, Lisboa: Círculo de Leitores;

Dicionário de Língua Portuguesa (2013), Porto Editora.

Drucker, Peter F.(2003), A Administração na Próxima Sociedade. Brasil:Nobel Editora. Instituto de Formação Bancária (2011), Gestão e Recuperação de Crédito, 1ª Edição, Lisboa: Associação Portuguesa de Bancos.

Instituto de Formação Bancária (2014), Análise de Risco de Crédito e o seu acompanhamento- Impacto em termos de imparidades, 1ª Edição, Lisboa: Associação Portuguesa de Bancos.

Poças, A. (2013), Apontamentos da Unidade Curricular de Organização e Gestão. Instituto Politécnico da Guarda

Porras, Jerry I., Collins, James C. (1998), Construindo a visão da empresa. HSM Management, São Paulo, n. 7, a. 2, p. 32-42.

Tamayo (1998), Valores Organizacionais: relação com satisfação no trabalho, cidadania organizacional e comprometimento afetivo.

Referências da Webgrafia

Intranet da Associação Portuguesa de Bancos - www.apb.pt, visitado a 25 novembro de 2017

Intranet do Banco de Portugal - www.bportugal.pt, visitado a 25 de novembro de 2017 Intranet do Crédito Agrícola - www.credito-agricola.pt, visitado a 2 de novembro de 2017

Referências

Documentos relacionados

Com essas lutas obtivemos algumas conquistas como o Plano Nacional de Implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação das Relações Étnico- Raciais e para

Segundo Souza (2006), além de colocar o governo em ação, é preciso que esta ação seja analisada quando necessário para evitar distorções em sua trajetória, e se

As poucas espécies endêmicas aqui registradas para esta profundidade se distribuem tanto pela "província brasileira" (Thesea bicolor) quanto pela região mais a

PERCEPÇÕES DOS PROFISSIONAIS DE UMA INSTITUIÇÃO DE ACOLHIMENTO SOBRE A CRIANÇA COM COMPORTAMENTO DE ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO AUTORA: CAMYLA ANTONIOLI ORIENTADORA: SÍLVIA

ROCHA (2004) em seu livro “Regência uma arte Complexa – Técnicas e Reflexões sobre direção de orquestras e corais”, dedica uma pequena porém importante seção para

Neste ponto serão analisadas a decisão de concessão da tutela antecipada, a decisão em sede de mandado de segurança, a sentença, o acórdão e da decisão em sede

romana, a prisão preventiva era aplicada apenas nos casos em que o delito previsse julgamento pú- blico e a confissão do acusado representava a única possibilidade de custódia até

No entanto, quando se considera não apenas uma única matriz de insumo-produto de uma dada economia, isoladamente, mas várias delas, simultaneamente, distribuídas de forma uniforme ao