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Universidade Federal do Rio Grande do Norte Centro de Biociências Departamento de Ecologia Graduação em Ecologia Bacharelado

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Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Centro de Biociências

Departamento de Ecologia

Graduação em Ecologia Bacharelado

Trabalho de Conclusão de Curso

Reprodução e Dieta do Lagarto Cnemidophorus ocellifer em uma área de

restinga do Nordeste Brasileiro

Discente: Cleto Jose Freire Costa Junior

Orientador: Dr. Gabriel Corrêa Costa

Natal/RN

Dezembro de 2015

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Reprodução e Dieta do Lagarto Cnemidophorus ocellifer em uma área de

restinga do Nordeste Brasileiro

Trabalho

de

conclusão

de

curso

apresentado à coordenação do curso de

graduação em ecologia como requisito

para obtenção do título de graduado em

ecologia.

Orientador: Dr. Gabriel Corrêa Costa

Natal 2015

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Dr. Gabriel Corrêa Costa (Presidente/Orientador)

Dr. Adrian Antônio Garda (Examinador 1)

Me. Raul Fernandes Dantas de Sales (Examinador 2)

Me.Felipe Medeiros (Suplente)

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“Dou respeito ás coisas desimportantes e aos seres desimportantes. Prezo a velocidade das tartarugas mais do que a dos mísseis. Tenho em mim um atraso de nascença. Eu fui aparelhado para gostar de passarinhos”

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Agradecimentos:

Primeiramente e acima de todos, os meus pais: Francisca Costa de Oliveira Freire e Cleto Jose Freire Costa , por todo apoio dado não só nesta jornada, mas em toda minha vida. O amor por vocês é algo incondicional e imensurável dedico a honra e a responsabilidade desta profissão que aqui escolhi, a vocês. Dedico a minha namorada Isabela Guimarães e minhas duas GRANDES amigas Ingrid Nogueira e Bruna Carvalho por todo apoio que foi me dado, cada uma em diferentes etapas da minha jornada, vocês foram minhas psicólogas um muito obrigado de coração. Ao meu orientador e ídolo Gabriel Costa pela oportunidade, igualmente ao professor Adrian Garda por ceder toda estrutura e materiais de seu laboratório.

Quando eu criança meus heróis eram personagens da TV quando me tornei adolescente passaram a ser astros do rock e agora na idade adulta tenho prazer de conviver com todos eles: Adriana Monteiro, Eduardo Venticinque (Dadão), Renata Panosso, José Luiz Attayde, Alexandre Fadigas, Miriam Plaza, Gabriel Costa, Adrian Garda, Adriano Caliman, Luciana Carneiro, Sergio Maia.

A minha irmã Karen que apesar de nossas diferenças sempre acreditou no meu potencial e me encorajou em épocas difíceis. A minha outra irmã, Karine por sempre estar guiando meus passos e por nos presentear com a minha sobrinha, a Júlia que sempre nos compartilha toda a sua alegria e seus sorrisos.

Aos meus pets, Luna e Fido por todo amor doado, amor este que considero o mais puro e verdadeiro.

Aos amigos que fiz no curso: Brenda Miranda, Dina Azevedo, Roney Paiva, Fernando Carvalho (Borarêis), Lia Cruz, Ana Paula Furtado, Felipe Figueiredo(Caicó), Raphael Medeiros, Adler Santana, Mery Alencar, Anizio Souza, Leilane Oliveira, Raissa Figueiredo (Parêia), Patricia Pamplona(P4).

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Ao Raul Sales por compor a minha banca e ter disponibilizado parte de seu tempo para me auxiliar quando precisei.

Anne Karenine, Willanilson Pessoa e Rafael Heleodoro pela ajuda na identificação dos insetos.

Geomar Maia por sempre oferecer um ombro amigo e sempre possuir uma palavra de conforto em dias ruins, um muito obrigado para lá de especial.

Aos companheiros de laboratório(Costa-Lab) e as nossas eternas batalhas em campo: Marc Huber, Carolina Lisboa, Orsolya Molnár, Kati Bajer e Bruno Maggi, André Bruinje.

A toda família Dantas pelo apoio, pratos de feijão e os cochilos entre os campos e as aulas já que moro longe da universidade a ajuda de vocês foi crucial! Muito obrigado: Marli Dantas, Priscila Dantas, Patrick Dantas, Patrícia Dantas e Guilherme Dantas. Seus respectivos pets: Fiona, Flora, Milla e Zuke.

Aos Amigos de Longa data: Luciano Barros, Raul Damasceno, Rodrigo Costa, Jovânio Galvão, Lina Fernandes, Nathan Lima, Ian Nascimento, Marx Hanz, Luciano Toscano, Ewerton Lima, João Pedro Tavares, Lion Cabral, Rodolfo Carvalho, Jefferson Quaresma e Igor Cavalcanti, Larissa Oliveira e Janaína Gomes.

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SUMÁRIO Resumo...9 Abstract...10 Introdução...11 Metodologia...12 Área de estudo...12 Coleta de dados...13 Reprodução...13 Dieta...14 Morfometria...15 Análises estatísticas...15 Resultados...15 Reprodução...16 Dieta... 16 Discussão...17 Reprodução...17 Dieta...19 Conclusão...20 Referencias...22 Anexos...,25

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Reprodução e dieta do Lagarto Cnemidophorus ocellifer em uma área de

restinga do Nordeste Brasileiro

RESUMO

O objetivo desse trabalho é descrever a reprodução e dieta do lagarto Cnemidophorus ocellifer em uma área de restinga do Rio Grande do Norte, e comparar esses atributos ecológicos com outros trabalhos existentes na literatura. O presente trabalho foi realizado no centro de lançamento barreira do inferno, trata-se de uma área militar com ótimo estado de conservação com características de restinga. Em um transecto de 1km de extensão, foram realizadas coletas no total de 15 meses, 2012: Junho, Agosto, Setembro, Outubro, Dezembro. 2013: Fevereiro, Março, Abril, Maio, Julho, Agosto, Setembro, Novembro, 2014: Janeiro, Fevereiro. O principal item predado pelo C.ocellifer tanto numericamente quanto volumetricamente foram os insetos da classe Isoptera.O tipo de forrageamento do lagarto e abundância das presas influenciaram neste resultado, o C. ocellifer da restinga manteve assim o padrão de seleção da espécie. Não houve diferenciação na dieta no C.ocellifer em uma comparação entre meses secos e chuvosos. A regressão linear simples entre o tamanho do lagarto e volume das presas se mostrou significativas, já a regressão linear entre o tamanho relativo da cabeça e o tamanho do corpo não foram significativas. A reprodução aconteceu de maneira contínua ao longo dos meses de coleta e o tamanho da ninhada do C.ocellifer da restinga potiguar foi de 2,11 .± 0,90, valor semelhante aos encontrados em outras populações de diferentes biomas, com mesmo padrão de reprodução contínua, mostrando-se distinta aos de reprodução cíclica. A regressão linear entre o tamanho do corpo da fêmea e o tamanho da ninhada não foi significativa.

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Dieta e Reprodução do Lagarto Cnemidophorus ocellifer em uma área de restinga

do Nordeste Brasileiro

ABSTRACT

The goal of this study is to describe the reproduction and diet of the lizard Cnemidophorus ocellifer in a sandy coastal area of Rio Grande do Norte, and compare these ecological attributes with other existing studies in the literature. This work was carried out at the Centro de Lançamento Barreira do Inferno, a military base with excellent condition of conservation and restinga vegetation. In a transect of 1km extension I realized collects totalling of 15 months in 2012: June, August, September, October, December. 2013: February, March, April, May, July, August, September, November, 2014: January, February. The main preyed item by C.ocellifer both numerically and volumetrically were insects of the class Isoptera. The foraging mode and prey abundance influenced this result. C. ocellifer from restingahas similar prey selection patterns of the species in other environments. Linear regressions between the CRC volume of prey, and the relative head size,volume of prey were significant. Reproduction happened continuously and C.ocellifer clutch size restinga in our study site was 2.11. ± 0.90, theses, values similar to those found in other populations of different biomes, with same pattern of continuous reproduction. Linear regression between female body size and litter size was not significant.

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11 INTRODUÇÃO

Fatores externos influenciam diretamente na história de vida dos lagartos, dentre eles destacam-se: temperatura, precipitação e fotoperíodo (Pianka, 1986; Censky, 1995; Wiederhecker et al., 2002). Em espécies de clima temperado, a atividade reprodutiva é determinada por fatores climáticos, em ambientes tropicais, a disponibilidade de alimentos e condições ambientais estão mais intimamente ligadas a reprodução (Mojica et al., 2003). A precipitação em regiões tropicais é um dos fatores que determinam a reprodução dos lagartos (Magnusson, 1987). Os lagartos possuem dois tipos distintos de estratégias reprodutivas: aqueles que produzem múltiplas ninhadas e os que reproduzem apenas uma vez por estação reprodutiva (Tinkle et al.,1970). O gênero Cnemidophorus em regiões tropicais possuem o padrão de reprodução continua, no entanto no Cerrado foram encontradas populações de reprodução sazonal. O seu parente próximo do gênero Aspisdocelis em ambientes temperados reproduz sazonalmente (Vitt, 1990; Mesquita & Colli 2003a).

Em muitos grupos é possível observar que fêmeas de maior tamanho podem favorecer maiores ninhadas, em lagartos esse padrão não é diferente, diversos estudos para testar esta afirmação foram realizados, sendo possível a confirmação deste padrão (Shine,1988; Vitt,1983; Mesquita & Colli, 2003a; Rezende-Pinto et al.,2009; Wiederhecker et al., 2002). Porém outros fatores que influenciam o tamanho da prole devem ser levados em consideração como, por exemplo: idade das fêmeas, quantidade de recursos disponíveis e trade-off entre crescimento e reprodução(Shine, 1988).

A dieta é crucial para a ecologia dos organismos, uma vez que o ganho energético a partir dos seus alimentos deve ser utilizado para a sua manutenção, crescimento e reprodução (Doughty & Shine 1997). Diferentes fatores podem influenciar na escolha das presas por lagartos, dentre eles: tipo de forrageamento, sexo e tamanho do corpo (Huey & Pianka,1981; Pianka,1986). Lagartos forrageadores ativos possuem maiores tendências em escolher presas sedentárias e que se encontram agregadas (Huey & Pianka, 1981). As variações no tamanho do corpo surtem conseqüências nos

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12 hábitos alimentares dos organismos, ultimamente este assunto tem sido analisado em diferentes grupos taxonômicos (Sales et al.,2012), em estudos ecológicos com lagartos não é diferente, pois é comum encontrar a relação entre as variáveis morfométricas, tamanho e volume das presas (Vitt, 1983; Teixeira-Filho et al., 2003). Em um estudo realizado em uma região de savana na Amazônia Magnusson & Silva (1993) encontraram que o tamanho dos itens alimentares é geralmente proporcional ao tamanho do lagarto. A variação do tamanho da boca é outro fator que pode limitar os indivíduos, por exemplo, indivíduos de menor tamanho capturam de presas menores que por sua vez possuem baixo valor energético (Texeira-filho et al.,2003)

O gênero Cnemidophorus apesar de sua ampla variação geográfica, a variedade em seus itens alimentares é considerada baixa, sendo os cupins o principal item em sua dieta (Mesquita & Colli, 2003a). A dieta destes organismos pode variar ao longo do tempo, sendo que estas variações podem ser atribuídas a mudanças sazonais ocasionadas pela disponibilidade de presas ou devido a mudanças nas condições climáticas (Teixeira-Filho et al.,2003)

O objetivo principal deste estudo é descrever os padrões de reprodução e dieta do lagarto Cnemidophorus ocellifer em uma região de Restinga no nordeste Brasileiro. Onde as seguintes perguntas serão respondidas: Em relação as características reprodutivas do C. ocellifer como se comportam ao longo do ano? Existe relação entre o comprimento das fêmeas e o tamanho da ninhada? Quais são os principais itens predados pelo C. ocellifer? Existe influência sazonal em sua dieta ao longo do ano? Há relação entre o comprimento do lagarto o volume das presas ingeridas? Existe relação entre o tamanho relativo da cabeça e o volume da presa?

METODOLOGIA

Área de estudo

O presente estudo foi realizado em um fragmento de Mata Atlântica no centro de lançamento barreira do inferno localizado no município de Parnamirim, estado do Rio Grande do Norte

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13 (5°55'24.92"S 35°10'4.93). Por estar situado em uma área militar, o local apresenta um bom estado de conservação.

Coleta de dados

Em um transecto de 1km de dimensão foram instalados 20 conjuntos de 4 armadilhas de queda (pitfall trap) em baldes com 60 l organizados em formato de Y, conectados por lonas plásticas de 5 m (Figura 1). Os 80 baldes foram abertos mensalmente durante 7 dias ininterruptos, no sétimo dia todos foram fechados com tampas de plástico, para que no mês seguinte fossem abertos novamente.

Sempre criando um intervalo de um mês de uma coleta para outra. No total foram 15 meses de coletas nos anos de 2012: Junho, Agosto, Setembro, Outubro, Dezembro. 2013: Fevereiro, Março, Abril, Maio, Julho, Agosto, Setembro, Novembro, 2014: Janeiro, Fevereiro. Os indivíduos que foram capturados eram transportados ao laboratório, no mesmo dia eram mortos por aplicação de xilocaína líquida e depois fixados em fomaldeído 10%. Logo após foram armazenados na coleção do Laboratório de Anfíbios e Répteis da UFRN em recipientes contendo álcool 70%. Todos indivíduos mortos seguiram as normas de vigência da resolução 301/2012 proposta CFBio, Diretrizes da Prática de Eutanásia do CONCEA.

Reprodução

Eu determinei o sexo de cada indivíduo através da dissecação e examinação direta das gônadas, foi utilizado o estereomicroscópio para auxilio e uma melhor visualização. Os machos foram considerados reprodutivos quando apresentaram testículos dilatados com epidídimos enovelados (Vitt, 1983) Quando eram ativamente reprodutivos foram medidos: tamanho e largura dos testículos de cada macho. As fêmeas foram consideradas reprodutivas pela presença de folículos vitelogênicos com oviduto ou com ovo presente. Na ocasião em que eram ativamente reprodutivas, eu medi com o paquímetro digital com precisão de 0.01 mm, a altura e a largura do ovo, por fim

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14 estimamos o tamanho da maturidade sexual dos machos a partir do menor indivíduo com o testículo aumentado e com epidídimo enovelado. Já para as fêmeas consideramos o menor indivíduo com folículo vitelogênico e/ou oviduto presente (Mesquita & Colli 2003b)

Dieta

Todos os indivíduos coletados tiveram seus estômagos examinados após a coleta. A análise da dieta foi realizada por intermédio de observações de itens alimentares (presas) contida em cada animal. Foi medido comprimento e a largura de cada presa e posteriormente calculado o volume usando a fórmula de um elipsoide:

V =

3

4

𝜋

𝐶𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜

2

𝐿𝑎𝑟𝑔𝑢𝑟𝑎

2

2

As presas que tiveram aparência intacta foram catalogadas e identificadas até o nível de ordem, algumas exceções que identificamos em nível de família, e outras foram categorizadas como artificiais ex: Larvas de insetos. Em cada categoria de presa nós calculamos os valores de ocorrência (frequência absoluta e relativa), e os valores de número (brutos e em porcentagem) e volume (bruto em porcentagem) em mm³.

Usando variáveis percentuais, volumétricas e numéricas, calculamos a largura do nicho (b) para cada indivíduo, usamos o inverso do índice de Simpson (Simpson, 1949):

𝐵 =

1

𝑃𝑖

2 𝑛

𝑖=1

Foram calculadas as porcentagens numéricas e volumétricas de cada categoria de presa por cada indivíduo a fim de obter os valores médios por estômago. A partir destas porcentagens nós calculamos o índice de importância ( I ) que foi usado para estômagos individuais e agrupados, afim de determinar a contribuição de cada categoria de presa em uma escala “relativa” a partir da seguir a seguinte formula:

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15

I =

F% + N% + V%

3

Onde F % é a frequência relativa, N % é o valor numérico percentual e V % é o valor volumétrico percentual. Foram ranqueadas todas essas categorias (frequência, número, volume e importância).

Foi utilizado o índice de Pianka para medir o quanto há de sobreposição de nicho dos itens predados entre a estação seca e chuvosa (Pianka, 1973)

Morfometria

Medimos com um paquímetro com a precisão de 0.01 as seguintes variáveis morfométricas: comprimento rostro-cloacal (CRC), comprimento da cauda (CCAU), comprimento da base da cauda - quando a cauda estava quebrada (CBCAU), largura do corpo (LCO), altura do corpo (ACO), largura da cabeça (LCA), altura da cabeça (ACA), comprimento da cabeça (CCAB), comprimento do membro anterior (CMA) e comprimento do membro posterior.

Análises estatísticas

Realizamos três regressões lineares simples, com intuito de avaliar se há relação entre o tamanho do indivíduo e o volume da presa e se existe relação entre o tamanho relativo da cabeça e o volume das presas e finalmente se há ligação entre do corpo da fêmea e o tamanho da ninhada.

Eu retirei os resíduos da regressão entre CRC x tamanho da cabeça, e os defini como tamanho relativo da cabeça. Todas as regressões foram transformadas em escala logarítmica e todos os dados e gráficos foram analisados e gerados no programa R (R Development Core Team 2012).

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16 RESULTADOS

Durante os 15 meses de coleta foram coletados 174 indivíduos do C.ocellifer sendo 118 machos dos quais 84 foram considerados reprodutivos e 48 fêmeas entre elas 26 em estado reprodutivo, 8 indivíduos jovens não foram possíveis serem sexados.

Reprodução

O menor macho em estado reprodutivo apresentou 40,77 mm enquanto a menor fêmea

reprodutiva apresentou 52,71mm de CRC (comprimento rostro - cloacal). Com base nessas medidas pode se afirmar que os machos tornam-se primeiramente reprodutivos do que as fêmeas. O tamanho da ninhada foi definido pela presença de ovos e folículos vitelogênicos, que possuíram média de: 2,11.± 0,90 (amplitude 1 – 4, N=26). O comprimento médio e a largura dos ovos foram de 7,18 ± 2,24 e 8,44 ± 3,32 (N=21). Durante o período de coleta foram encontradas fêmeas reprodutivas nos períodos de estiagem, Agosto, Setembro e Outubro de 2012, Fevereiro e novembro de 2013 e Janeiro e fevereiro de 2014. Durante os períodos chuvosos nos meses de Julho, Setembro e Maio de 2013. Os restantes dos meses não foram constatados fêmeas reprodutivas. Em contrapartida com as fêmeas reprodutivas, em todos os meses de coleta foram encontrados machos reprodutivos. Eu encontrei apenas duas fêmeas reprodutivas que possuem simultaneamente folículos vitelogênicos e ovos, no período chuvoso: Março 2012 e seco: Agosto de 2013. Na regressão linear entre o Tamanho do corpo das fêmeas e o tamanho da ninhada não se mostrou significativa demonstrando assim que não há nenhuma relação entre essas duas variáveis (P= 0,14, r²= 0,05) (Figura 3).

Dieta

No total de 174 estômagos dissecados, 47 estavam vazios (27 %), encontramos 13 categorias de presas, dentre elas a mais frequentes foram: Isoptera, Araneae e Orthoptera (Tabela 1). Levando em consideração os estômagos individuais as principais categorias de presas também foram às

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17 mesmas categorias de presas existentes na frequência: Isoptera, Aranea, Orthoptera. Volumetricamente as principais categorias de presas foram: Isoptera, Aranea e Scorpiones (Tabela 1). Se tratando de estômagos agrupados numericamente as presas mais presentes foram: Isoptera, Araneae e Orthoptera. Volumetricamente em estômagos agrupados as principais presas foram: Isoptera, Arareae e Scorpiones.(Tabela 1). E por fim o índice de importância, utilizando os estômagos individuais e agrupados mostraram que as presas mais importantes foram: Isopteras, Araneae e Orthoptera. Que são os itens que mais que mais contribuem na dieta do lagarto C. ocellifer em Parnamirim-RN (Tabela 1). A largura do nicho numérica foi de 3,64 ±0,64, e a largura de nicho volumétrica foi de 3,86 ± 0,62 (Tabela 3).

A regressão Linear entre o comprimento (CRC) e o volume das presas, foi significativa (P<0,001, r²=0,18), (Figura6).A regressão linear entre o tamanho relativo da cabeça e o volume da presa também se mostrou significativa, indicando que há relação entre as duas variáveis (P<0,001 r²=0,80). Em relação à variação da dieta do C. ocellifer na estação seca e chuvosa eu calculei através do índice de Pianka onde os valores não foram significativos (Tabela 2).

DISCUSSÃO

Reprodução

O menor macho reprodutivo foi de 40,77, tamanho semelhante ao encontrado por Zanchi e colaboradores (2013), este resultado pode ser explicado pela influência da temperatura e fotoperíodo, pois em regiões onde as temperaturas são altas e constantes podem influenciar aceleração da espermatogênese (Linch, 1966). A reprodução do C.ocellifer da restinga do Rio Grande do Norte obteve um ciclo continuo ao longo do ano com o pico discreto no inicio do período seco. Exatamente o mesmo padrão de reprodução com picos similares utilizando o mesmo espécime foi constatado no Ceará, em um estudo clássico no semi-árido brasileiro também foi encontrado a reprodução continua no C.ocellifer (Zanchi et al,.2013; Vitt, 1983). Apesar da imprevisibilidade

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18 evidente em regiões semi-áridas, em um estudo clássico Vitt (1982) observou a tática de reprodução continua em uma população de Ameiva ameiva. Em ambientes em que a sazonalidade encontra-se mais intensa, é comum observar a estratégia de reprodução cíclica de maneira mais acentuada, como evidenciado no Cerrado Brasileiro e no Chaco Argentino (Mesquita & Colli, 2003a; Cruz, 1996).O tamanho da ninhada do C.ocellifer encontrado por nós na restinga potiguar foi semelhante ao encontrado no Cerrado com uma pequena diferença em seu tamanho, no entanto, foi maior do que o encontrado na Caatinga ambos no mesmo trabalho referido por Mesquita & Colli (2003b). Derickson (1976b) em seu estudo com lagartos r e k estrategistas, assumiu que quando maior a quantidade de recursos disponíveis, os indivíduos gastam menos energia alocada por produção de filhotes, sendo assim produzem uma maior prole. O tamanho da ninhada na restinga do RN foi considerado baixo, porém este padrão de pequenas ninhadas é comum no gênero, como apresentados nas populações de

Cnemidophorus murinus, que exibiram ninhadas de apenas um ovo na maioria das fêmeas (Dearing

& Shall, 1994). Em um estudo realizado por Mesquita & Colli, (2003a) foi possível observar ninhadas de tamanho pequeno em diferentes espécies de lagartos forrageadores ativos. Existem vantagens ao se obter esta estratégia, pois quando se produz ninhadas maiores, aumentam-se os riscos de predação das fêmeas forrageadoras ativas, devido a sua dependência da velocidade para escapar dos predadores (Shine, 1980; Vitt,1990). O resultado da regressão linear entre o CRC e a ninhada não se mostrou significativo e demonstrou uma linearidade negativa entre as variáveis. Nenhum tipo de influencia foi visto em ninhadas de Cnemidophorus lineatus (Fitch, 1980). Porém, em vários estudos foram encontradas relações positivas entre o CRC e o tamanho da ninhada (Vitt, 1983; Mesquita & Colli, 2003a; Rezende-Pinto et al., 2009; Wiederhecker et al., 2002). Outras razões podem explicar esta relação entre o tamanho da ninhada, como o espaço da cavidade corporal das fêmeas (Shine & Schwarzkopf, 1992). O numero amostral de fêmeas reprodutivas foi considerado baixo, isto pode também ter forte influência no tipo de resultado obtido do C.ocellifer da restinga.

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19 Dieta

Os cupins são organismos que possuem abundância relevante na Restinga conforme visto no o estudo de Vasconcelos (2002), onde foi observada a abundância de ninhos, 19-49 ninhos/ha. Foram contabilizados 18 ninhos de cupim nas proximidades ao longo do transecto de 1km na restinga potiguar. Segundo o estudo de Huey & Pianka (1981) é uma característica típica de lagartos forrageadores ativos a escolha de cupins como a sua presa. Em um estudo realizado com três espécies de lagartos, foi constatado que a proporção de térmitas na dieta varia com a intensidade de forrageamento e adição de insetos ativos é inversamente proporcional a intensidade de forrageamento (Magnusson et al.,1985)

Foram comparadas as principais categorias de presas em três ecossistemas desérticos totalmente distintos, em todos eles foram constatados térmitas como uma das principais categorias de presas (Pianka, 1986). O C. ocellifer da restinga do RN manteve em sua preferência predatória os cupins, sustentando assim, um padrão semelhante ao C. ocellifer do Cerrado e Restinga, que foram os itens mais importantes numérica e volumetricamente (Mesquita & Colli 2003; Dias, 2005).A dieta do C. ocellifer foi majoritariamente composta por cupins conforme visto constatado nos nossos resultados, porém presas móveis como aracnídeos ortópteras contribuíram de maneira significante a sua dieta, padrão visto também por Vitt (1995) onde diferentes espécies entre elas o C. ocellifer predaram de maneira considerável aracnídeos. Conforme o estudo de Sales et al, (2012) os térmitas foram importantes na composição do C.ocellifer da Caatinga em valores numéricos, em que também prevaleceram presas móveis tais como: aranhas e ortópteras. Das presas encontradas levando em conta o índice de importância por Sales & Freire, (2015) no período de estiagem, foram semelhantes as descobertas por nós durante todo o período de coleta na restinga potiguar, entre as presas presentes estavam: Aracnídeos, Larvas, Coleópteros e ortópteros. O resultado do índice de Pianka não foi significativo, constatando uma elevada sobreposição de nicho entre estações seca e chuvosa. Não houve diferença nos itens predados entre as duas estações. Em um estudo realizado na região

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20 costeira do Rio de Janeiro, não houve diferença sazonal nos itens alimentares do C. littoraris, onde o seu principal item predado foi o Isoptera correspondendo 96.4% nos valores numéricos e 69%,7 em seu total volumétrico (Teixeira-Filho et al., 2003). Há uma compensação ao escolher presas: pequenas, sésseis e abundantes tais como cupins. Uma vez que, o gasto energético no forrageamento é menor ao predar estes insetos sociais. A especialização alimentar em cupins torna-se economicamente viável devido a estes organismos serem insetos sociais e sua distribuição ser geralmente agregada, portanto propõe ao lagarto uma fonte de alimento concentrada (Teixeira & Giovanelli,1999; Pianka, 1986). As duas regressões lineares simples entre o tamanho rosto-cloacal e o volume das presas, e a do tamanho relativo da cabeça e o volume das presas se mostraram significativas. No estudo realizado por Costa (2009), foi constatado que predadores de maior tamanho adicionam itens maiores em sua dieta, esses valores aumentam tanto no tamanho mínimo e máximo de suas presas. A partir desta informação podemos afirmar que com o aumento do CRC do

C. ocellifer são adicionados mais itens de maior volume em sua dieta. No entanto, Magnusson &

Silva (1993) afirmam que apesar deste aumento no tamanho das presas, os efeitos sobre a mudança na composição dos itens alimentares sofrem pequeno efeito.

CONCLUSÃO

Através deste estudo concluímos que a espécie C.ocellifer na restinga potiguar se assemelha nos principais aspectos de história natural tais como dieta e reprodução em comparação com outras populações de diferentes localidades e biomas. O presente estudo cumpriu com o objetivo de preencher lacunas existentes nos conhecimentos do C. ocellifer no RN. Estudos sobre a biota dos biomas não florestais brasileiros são considerados escassos, partindo deste pressuposto é notável a necessidade de mais estudos ecológicos das espécies que lá habitam, com intuito de avançar no conhecimento nesses biomas.

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Referências

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(25)

25 Anexos

Tabelas:

Tabela 1:Composição da dieta do Cnemidophorus ocellifer na Restinga do RN. F:

Frequência das categorias de presas nos estômagos; F%:Freqüência das categorias de presas nos estômagos em porcentagem; N: Número total de presas em cada categoria; N%: Número total de presas em cada categoria em porcentagem; V: Volume total de presas em cada categoria; V%: Volume total de presas em cada categoria em porcentagem; N.X: Média por estomago do número de presas em cada categoria; N.Sd: Desvio padrão por estômago do número de presas em cada categoria; V.X: media por estômago do volume de presas em cada categoria; V.sd: desvio padrão por estomago do volume de presas em cada categoria; N,X%: media por estômago do número de presas em cada categoria em porcentagem; N%.Sd: desvio padrão por estomago do número de presas em cada categoria em porcentagem; V.X%: Média por estomago do volume de presas em cada categoria em porcentagem; V.Sd% : Desvio padrão por estômago do número de presas em cada categoria em porcentagem; IIS: Índice de importância das categorias de presas baseado nas médias por estômago; IPS: Índice de importância das categorias de presas baseado nos estômago.

Tabela 2:Sobreposição de nicho do C.ocellifer na estação seca e chuvosa do RN, utilizando o Índice de Pianka. Onde: S. numérica é a sobreposição de nicho numérica e S.Volumétrica: Sobreposição do nicho volumétrico.

Tabela 3: Largura do nicho do C.ocellifer na restinga do RN.Largura numérica: Largura do nicho numérico. Largura volumétrica: Largura do nicho volumétrico. Individual: Índices baseados nos estômagos individuais e não agrupadosIndividual SD: Desvio do índice

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26 individual numérico. Individual volumétrico: Índice individual volumétrico.Individual Volume SD: Desvio do índice volumétrico.

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27 Tabela 1:Composição da dieta do Cnemidophorus ocellifer na Restinga do RN. F:

Frequência das categorias de presas nos estômagos; F%:Freqüência das categorias de presas nos estômagos em porcentagem; N: Número total de presas em cada categoria; N%: Número total de presas em cada categoria em porcentagem; V: Volume total de presas em cada categoria; V%: Volume total de presas em cada categoria em porcentagem; N.X: Média por estomago do número de presas em cada categoria; N.Sd: Desvio padrão por estômago do número de presas em cada categoria; V.X: media por estômago do volume de presas em cada categoria; V.sd: desvio padrão por estomago do volume de presas em cada categoria; N,X%: media por estômago do número de presas em cada categoria em porcentagem; N%.Sd: desvio padrão por estomago do número de presas em cada categoria em porcentagem; V.X%: Média por estomago do volume de presas em cada categoria em porcentagem; V.Sd% : Desvio padrão por estômago do número de presas em cada categoria em porcentagem; IIS: Índice de importância das categorias de presas baseado nas médias por estômago; IPS: Índice de importância das categorias de presas baseado nos estômago.

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28 Categoria

Ocorrência Estômagos Agrupados Média dos Estômagos Importância

F f% N N% V V% N.X N.Sd V.X V.Sd N.X% N.Sd% V.X% V.Sd% ISS IPS Araneae 24 18.89 32 12.45 1698.97 18.52 0.40 0.68 21.50 89.33 20.00 35.32 20.53 37.19 20.26 16.64 Blattaria 8 6.29 9 3.50 658.44 7.18 0.11 0.35 8.33 41.98 8.54 27.11 8.55 27.08 8.55 5.66 Coleoptera 8 6.30 11 4.28 194.33 2.11 0.13 0.52 2.45 12.19 4.40 16.35 4.54 17.69 4.47 4.23 Formicidae 8 6.30 16 6.22 72.47 0.79 0.20 0.79 0.91 3.55 6.35 22.71 6.68 23.59 6.52 4.44 Hemiptera 1 0.78 1 0.38 42.92 0.46 0.01 0.11 0.54 4.83 0.63 5.62 1.15 10.25 0.89 0.54 Isoptera 26 20.47 128 49.80 2144.37 23.38 1.60 3.19 27.14 191.80 23.92 36.60 16.81 32.40 20.36 31.15 Larvae 14 11.02 18 7.00 177.22 1.93 0.22 0.55 2.24 10.08 7.79 21.83 7.38 21.57 7.58 6.66 Odonata 1 0.78 1 0.39 189.00 2.06 0.01 0.11 2.39 21.26 0.09 0.80 0.12 1.12 0.11 1.07 Orthoptera 23 18.11 26 10.11 844.27 9.20 0.32 0.54 10.68 32.06 15.52 30.15 19.37 35.27 17.45 12.49 Scolopendra 3 2.36 3 1.16 918.81 10.02 0.03 0.19 11.63 93.05 3.79 19.23 3.79 19.23 3.79 4.51 Scorpiones 8 6.30 9 3.50 1623.11 17.70 0.11 0.35 20.54 85.38 5.78 20.53 7.36 23.65 6.57 9.17 Squamata 3 2.36 3 1.16 605.26 6.60 0.04 0.19 7.66 59.56 3.16 16.69 3.68 18.66 3.42 3.37

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29 Tabela 2:Sobreposição de nicho do C.ocellifer na estação seca e chuvosa do RN, utilizando o Índice de Pianka. Onde: S. numérica é a sobreposição de nicho numérica e S.Volumétrica: Sobreposição do nicho volumétrico.

Observada Média Desvio I.superior I. Inferior Aleatorização

S. Numérica 0.941 0.936 0.048 0.801 0.986 9999

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30 Tabela 3: Largura do nicho do C.ocellifer na restinga do RN.Largura numérica: Largura do nicho numérico. Largura volumétrica: Largura do nicho volumétrico. Individual: Índices baseados nos estômagos individuais e não agrupadosIndividual SD: Desvio do índice individual numérico. Individual volumétrico: Índice individual volumétrico.Individual Volume SD: Desvio do índice volumétrico.

Largura numérica 3.64 Largura Volumétrica 3.86 Individual Numérico 1.46 Individual SD 0.64 Individual Volumétrico 1.33 Individual Volume SD 0.52

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Figuras:

Figura 1: Mapa do Rio Grande do Norte, em verde claro a área de mata Atlântica, representado em verde escuro a área da Barreira do inferno e em vermelho o ponto de coleta. Na figura abaixo, o a área de estudo transecto de 1km

Figura 2: A e B Imagens ilustrativas da composição fitofisionomia da área de estudo. C: foto ponto de coleta ilustrado a armadilha pitfall. D: Exemplar C.ocellifer ( Foto: Willianilson Pesssoa).

Figura 3: Relação entre o CRC e o tamanho da ninhada.

Figura 4: Relação entre o CRC e o volume da presa..

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32 Figura 1: Mapa do Rio Grande do Norte, em verde claro a área de mata Atlântica, representado em verde escuro a área da Barreira do inferno e em vermelho o ponto de coleta. Na figura abaixo, o a área de estudo transecto de 1km.

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33 Figura 2: A e B Imagens ilustrativas da composição fitofisionomia da área de estudo. C: foto ponto de coleta ilustrado a armadilha pitfall. D: Exemplar C.ocellifer ( Foto: Willianilson Pesssoa).

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35 Figura 4: Relação entre o CRC e o volume da presa.

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36 Figura 5: Relação entre o tamanho relativo da cabeça e o volume da presa.

Referências

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