1
1
© 2008 Universitair Ziekenhuis Gent
Chegou o fim para o Kt/V de
ureia como marcador de
adequação da diálise?
Raymond Vanholder
Hospital Universitário, Gent
Bélgica
© 2008 Universitair Ziekenhuis Gent
3
3
© 2008 Universitair Ziekenhuis Gent
4
4
© 2008 Universitair Ziekenhuis Gent
SUMÁRIOS DAS PARTES 1 + 2
O Kt/V ureia foi desenvolvido como um parâmetro objetivo
da adequação da diálise, mas logo pareceu não cobrir todos os aspectos relacionados aos resultados da diálise.
5
5
© 2008 Universitair Ziekenhuis Gent
SUMÁRIOS DAS PARTES 1 + 2
O Kt/V ureia foi desenvolvido como um parâmetro objetivo da
adequação da diálise, mas logo pareceu não cobrir todos os aspectos relacionados aos resultados da diálise.
A cinética da ureia e de muitos outros solutos nem sempre se
6
6
© 2008 Universitair Ziekenhuis Gent
SUMÁRIOS DAS PARTES 1 + 2
O Kt/V ureia foi desenvolvido como um parâmetro objetivo da
adequação da diálise, mas logo pareceu não cobrir todos os aspectos relacionados aos resultados da diálise.
A cinética da ureia e de muitos outros solutos nem sempre se
ajustam.
Em alguns estudos, há uma clara dissociação entre a remoção de
7
7
© 2008 Universitair Ziekenhuis Gent
SUMÁRIOS DAS PARTES 1 + 2
O Kt/V ureia foi desenvolvido como um parâmetro objetivo da
adequação da diálise, mas logo pareceu não cobrir todos os aspectos relacionados aos resultados da diálise.
A cinética da ureia e de muitos outros solutos nem sempre se
ajustam.
Em alguns estudos, há uma clara dissociação entre a remoção de
ureia e a de outras moléculas.
Alguns desses estudos também mostram uma dissociação entre a
8
8
© 2008 Universitair Ziekenhuis Gent
SUMÁRIOS DAS PARTES 1 + 2
O Kt/V ureia foi desenvolvido como um parâmetro objetivo da
adequação da diálise, mas logo pareceu não cobrir todos os aspectos relacionados aos resultados da diálise.
A cinética da ureia e de muitos outros solutos nem sempre se
ajustam.
Em alguns estudos, há uma clara dissociação entre a remoção de
ureia e a de outras moléculas.
Alguns desses estudos também mostram uma dissociação entre a
remoção de ureia e os resultados.
A questão é se, por causa desses argumentos, devemos descartar
9
9
© 2008 Universitair Ziekenhuis Gent
O QUE NÃO REGISTRAMOS PELO Kt/V
10
10
© 2008 Universitair Ziekenhuis Gent
O QUE NÃO REGISTRAMOS PELO Kt/V
Mudanças de concentração atribuíveis a:
Aumento no tamanho do poro/convecção do dialisador para
11
11
© 2008 Universitair Ziekenhuis Gent
O QUE NÃO REGISTRAMOS PELO Kt/V
Mudanças de concentração atribuíveis a:
Aumento no tamanho do poro/convecção do dialisador para
moléculas maiores e ligadas a proteínas.
Trocas intercompartimentais devidas a diálises mais longas ou mais
12
12
© 2008 Universitair Ziekenhuis Gent
O QUE NÃO REGISTRAMOS PELO Kt/V
Mudanças de concentração atribuíveis a:
Aumento no tamanho do poro/convecção do dialisador para
moléculas maiores e ligadas a proteínas.
Trocas intercompartimentais devidas a diálises mais longas ou mais
frequentes.
13
13
© 2008 Universitair Ziekenhuis Gent
O QUE NÃO REGISTRAMOS PELO Kt/V
Mudanças de concentração atribuíveis a:
Aumento no tamanho do poro/convecção do dialisador para
moléculas maiores e ligadas a proteínas.
Trocas intercompartimentais devidas a diálises mais longas ou mais
frequentes.
Remoção diferente devido a padrões de mudança compartimental.
14
14
© 2008 Universitair Ziekenhuis Gent
O QUE NÃO REGISTRAMOS PELO Kt/V
Mudanças de concentração atribuíveis a:
Aumento no tamanho do poro/convecção do dialisador para
moléculas maiores e ligadas a proteínas.
Trocas intercompartimentais devidas a diálises mais longas ou mais
frequentes.
Remoção diferente devido a padrões de mudança compartimental.
Fatores metabólicos.
15
15
© 2008 Universitair Ziekenhuis Gent
O QUE NÃO REGISTRAMOS PELO Kt/V
Mudanças de concentração atribuíveis a:
Aumento no tamanho do poro/convecção do dialisador para
moléculas maiores e ligadas a proteínas.
Trocas intercompartimentais devidas a diálises mais longas ou mais
frequentes.
Remoção diferente devido a padrões de mudança compartimental.
Fatores metabólicos.
Geração/absorção intestinal.
16
16
© 2008 Universitair Ziekenhuis Gent
17
17
© 2008 Universitair Ziekenhuis Gent
NÃO
18
18
© 2008 Universitair Ziekenhuis Gent
NÃO, NÃO PODEMOS!
19
19
© 2008 Universitair Ziekenhuis Gent
NÃO, NÃO PODEMOS!
20
20
© 2008 Universitair Ziekenhuis Gent
NÃO, NÃO PODEMOS!
Causas:
- Relação da remoção de ureia {a remoção
de potássio
- A própria toxicidade da ureia
- Relação da ureia com a carbamilação
- Detecção de novas toxinas urêmicas
hidrossolúveis pequenas
© 2008 Universitair Ziekenhuis Gent
RELAÇÃO DA UREIA COM A REMOÇÃO
DE POTÁSSIO
22
22
© 2008 Universitair Ziekenhuis Gent
RELAÇÃO DA UREIA COM A REMOÇÃO DE
POTÁSSIO
23
23
© 2008 Universitair Ziekenhuis Gent
RELAÇÃO DA UREIA COM A REMOÇÃO DE
POTÁSSIO
© 2008 Universitair Ziekenhuis Gent
25
25
© 2008 Universitair Ziekenhuis Gent
UREIA INDUZ RESISTÊNCIA À INSULINA
26
26
© 2008 Universitair Ziekenhuis Gent
Figura 3
A ureia causa uma diminuição na sensibilidade à insulina em adipócitor diferenciados 3T3L1. (A) Efeito da ureia na absorção de glicose estimulada por insulina em células 3T3L1
diferenciadas.
UREIA INDUZ RESISTÊNCIA À INSULINA
27
27
© 2008 Universitair Ziekenhuis Gent
A UREIA INTERFERE NA BARREIRA
PROTETORA DA PAREDE INTESTINAL
28
28
© 2008 Universitair Ziekenhuis Gent
Figura 1 Gráficos de barra retratando a TER (resistência elétrica transepitelial) em células epiteliais intestinais T84 de camada única, incubadas por 24 h em um meio normal e outros incubados em meios contendo 42 ou 72 mg/dl ureia. *** p < 0.001.
A UREIA INTERFERE NA BARREIRA
PROTETORA DA PAREDE INTESTINAL
© 2008 Universitair Ziekenhuis Gent
RELAÇÃO DA UREIA COM A
CARBAMILAÇÃO
30
30
© 2008 Universitair Ziekenhuis Gent
A UREIA ESTÁ RELACIONADA À CARBAMILAÇÃO
31
31
© 2008 Universitair Ziekenhuis Gent
A UREIA ESTÁ RELACIONADA À CARBAMILAÇÃO
32
32
© 2008 Universitair Ziekenhuis Gent
A CARBAMILAÇÃO ESTÁ RELACIONADA
COM A MORTALIDADE
33
33
© 2008 Universitair Ziekenhuis Gent
A CARBAMILAÇÃO ESTÁ RELACIONADA
COM A MORTALIDADE
PBHC = homocitrulina ligada a proteína (produto da carbamilação)
Figure 2.
Concentrações de PBHCit em pessoas saudáveis com função renal normal (n=90) e pacientes
submetidos a MHD (n=347). Mostramos os gráficos para cada grupo. A caixa representa o intervalo interquartil, a linha dentro da caixa é o nível da mediana, e os traços representam uma amplitude igual a 1,5 vezes o intervalo interquartil (a
diferença entre o 25º e o 75º percentis) ou o menor valor pelo método de Tukey. O valor de P representa a comparação da soma do rank de Wilcoxon entre grupos.
34
34
© 2008 Universitair Ziekenhuis Gent
A CARBAMILAÇÃO ESTÁ RELACIONADA
COM A MORTALIDADE
PBHC = homocitrulina ligada a proteína (produto da carbamilação) Figure 3. Análise de sobrevivência de Kaplan-Meier dos tercis de PBHCit em pacientes com ESRD recebendo MHD durante um período de 5 anos. Os tercis de PBHCit 1, 2, e 3 consistiram de 116, 116 e 115 pacientes, respectivamente. Pontos de corte dos tercis (mmolPBHCit/mol Lys): T1, <0.1546; T2, 0.1546–0.2165; T3, >0.2165.
© 2008 Universitair Ziekenhuis Gent
DETECÇÃO DE NOVAS TOXINAS
36
36
© 2008 Universitair Ziekenhuis Gent
FENILACETILGLUTAMINA, OUTRO
METABÓLITO INTESTINAL, TAMBÉM TEM
RELAÇÃO COM OS RESULTADOS
37
37
© 2008 Universitair Ziekenhuis Gent
FENILACETILGLUTAMINA, OUTRO
METABÓLITO INTESTINAL, TAMBÉM TEM
RELAÇÃO COM OS RESULTADOS
38
38
© 2008 Universitair Ziekenhuis Gent
Wang et al, Nature, 472: 57-63; 2011
TMAO (N-ÓXIDO DE TRIMETILAMINA)
AUMENTA A ATEROGÊNESE
39
39
© 2008 Universitair Ziekenhuis Gent
Análise metabólica mostrou que o TMAO estava ligado a doenças vasculares
Fontes de TMAO: Colina, Fosfatidilcolina, Betaína
Carne vermelha, ovos, laticínios
Wang et al, Nature, 472: 57-63; 2011
40
40
© 2008 Universitair Ziekenhuis Gent
TMAO AUMENTA A ATEROGÊNESE
41
41
© 2008 Universitair Ziekenhuis Gent
A CONCENTRAÇÃO DE TMAO ESTÁ
RELACIONADA À DOENÇA ARTERIAL
CORONARIANA
42
42
© 2008 Universitair Ziekenhuis Gent
A CONCENTRAÇÃO DE TMAO ESTÁ
RELACIONADA À DOENÇA ARTERIAL
CORONARIANA
43
43
© 2008 Universitair Ziekenhuis Gent
CLEARANCE DE TMAO POR DIÁLISE ESTÁ
NO INTERVALO DE OUTROS COMPOSTOS
PEQUENOS HIDROSSOLÚVEIS
44
44
© 2008 Universitair Ziekenhuis Gent
Ureia Creatinina TMAO
Normais* 55 ±14 119 ± 21 219 ±78
ESRD** 258 ±58 174 ± 52 165 ±72
*: clearance renal; **: clearance dialisador
CLEARANCE DE TMAO POR DIÁLISE ESTÁ
NO INTERVALO DE OUTROS COMPOSTOS
PEQUENOS HIDROSSOLÚVEIS
45
45
© 2008 Universitair Ziekenhuis Gent
Eloot et al, KI, 67: 1566-1575; 2005
CINÉTICA DA GUANIDINA DIFERE DA
CINÉTICA DA UREIA
46
46
© 2008 Universitair Ziekenhuis Gent
47
47
© 2008 Universitair Ziekenhuis Gent
CONCLUSÕES (GERAIS)
O Kt/V ureia é usado como um índice de adequação da diálise há
48
48
© 2008 Universitair Ziekenhuis Gent
CONCLUSÕES (GERAIS)
O Kt/V ureia é usado como um índice de adequação da diálise há
muitas décadas.
49
49
© 2008 Universitair Ziekenhuis Gent
CONCLUSÕES (GERAIS)
O Kt/V ureia é usado como um índice de adequação da diálise há
muitas décadas.
Sua relevância tem sido debatida por diversos motivos.
50
50
© 2008 Universitair Ziekenhuis Gent
CONCLUSÕES (GERAIS)
O Kt/V ureia é usado como um índice de adequação da diálise há
muitas décadas.
Sua relevância tem sido debatida por diversos motivos.
As evidências relativamente fracas da toxicidade da ureia.
As cinéticas diferentes de diversos solutos com toxicidade
51
51
© 2008 Universitair Ziekenhuis Gent
CONCLUSÕES (GERAIS)
O Kt/V ureia é usado como um índice de adequação da diálise há
muitas décadas.
Sua relevância tem sido debatida por diversos motivos.
As evidências relativamente fracas da toxicidade da ureia.
As cinéticas diferentes de diversos solutos com toxicidade
comprovada, em comparação com a ureia.
Sua falha em compreender todos os aspectos que influenciam a
52
52
© 2008 Universitair Ziekenhuis Gent
CONCLUSÕES (GERAIS)
Ainda assim, o Kt/V não pode ser descartado como marcador de
53
53
© 2008 Universitair Ziekenhuis Gent
CONCLUSÕES (GERAIS)
Ainda assim, o Kt/V não pode ser descartado como marcador de
adequação, porque:
54
54
© 2008 Universitair Ziekenhuis Gent
CONCLUSÕES (GERAIS)
Ainda assim, o Kt/V não pode ser descartado como marcador de
adequação, porque:
Tem relação com a remoção de potássio.
55
55
© 2008 Universitair Ziekenhuis Gent
CONCLUSÕES (GERAIS)
Ainda assim, o Kt/V não pode ser descartado como marcador de
adequação, porque:
Tem relação com a remoção de potássio.
A própria toxicidade da ureia.
56
56
© 2008 Universitair Ziekenhuis Gent
CONCLUSÕES (GERAIS)
Ainda assim, o Kt/V não pode ser descartado como marcador de
adequação, porque:
Tem relação com a remoção de potássio.
A própria toxicidade da ureia.
A relação da ureia com a carbamilação.
A recente detecção de pequenas toxinas hidrossolúveis que podem
57
57
© 2008 Universitair Ziekenhuis Gent
CONCLUSÕES (GERAIS)
Ainda assim, o Kt/V não pode ser descartado como marcador de
adequação, porque:
Tem relação com a remoção de potássio.
A própria toxicidade da ureia.
A relação da ureia com a carbamilação.
A recente detecção de pequenas toxinas hidrossolúveis que podem
ter cinéticas que sejam mais similares às da ureia.
Entretanto, também devemos ter em conta as fraquezas do Kt/V e
melhorar a remoção de, por exemplo, compostos ligados a
proteínas e moléculas médias, que não são bem representadas pelo Kt/V.