B
rasil
Presbiteriano
da Igreja Presbiteriana do Brasil Ano 62 nº 794 – Janeiro de 2021A tradicional celebração natalina da Catedral Presbiteriana do Rio de Janeiro aconteceu no dia 24 de dezembro com transmissão ao vivo, no canal oficial da igreja no YouTube. Membros e participantes da celebração acenderam as velas de casa. Confira na página 9 os bastidores do Culto das Luzes.
Lições para 2021
Atuação da APMT em 2020
UPA apresenta retrospectiva 2020
Página 7
Impactados pela pandemia causada pela COVID-19, precisamos avaliar o que nos espera pós-pandemia. Descubra na página 5 como a obra missionária da IPB se manteve firme em 2020 e expectativas para conti-nuar colhendo frutos e bênçãos no ano que se inicia. Para começar 2021, a União Presbiteriana de
Ado-lescente relembra os momentos marcantes do último ano com um #TB (Throwback) especial. Saiba mais na página 10 sobre os eventos, lives e projetos especiais dos adolescentes presbiterianos.
Vida devocional
em família
Após cada salmo e cada capítulo da Escritura, a Bíblia de Estudo
Herança Reformada apresenta auxílios para a prática devocional
individual ou familiar
Culto das luzes
Mensagem
de Ano Novo
do Presidente
do Supremo
Concílio da
IPB
Leia na página 3Planos cancelados, expec-tativas frustradas, ruptura da ordem natural, cerce-amento de liberdades, medo, sofrimento e dor... 2020 foi o ano! Confira na
página 17 algumas lições
que foram aprendidas e que devem ser vividas nes-se novo ciclo.
Uma publicação do Conselho de Educação Cristã e
Publicações
Ano 62, nº 794 Janeiro de 2021
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Fevereiro 2020 a fevereiro 2022
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Editor
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Editores Assistentes
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Produtora
Mariana dos Anjos Esteves
Edição e textos
Gabriela Cesário E-mail: bp@ipb.org.br
Revisão
Mariana dos Anjos Esteves
Diagramação Aristides Neto Impressão Órgão Oficial da www.ipb.org.br EDITORIAL
Adão, Eva e o novo normal
eologismos ou expres-sões novas estão sempre chegando. Chico Buarque cantou “Pedro pedreiro penseiro” em 1966 e os mais conservadores reclamaram. Lendo em 1963 um jornal de 1932, vi que ainda não existia a pala-vra “líder”. Era “leader”, em inglês mesmo, ainda sem a transliteração. Gírias ou não, alguns neologis-mos vêm e ficam. Outros, não. “Imexível” do minis-tro Magri poucos usam, “imperdível” de Paulo Francis, também.
A lista seria muito longa, incluindo, entre nós pres-biterianos, “autoritativo” (tradução inadequada) e referências à “IPB local” (IPB é a federação de IPs locais). Ou a nova consagra-da forma de tratamento dos
pastores. Eram reverendos, agora são pastores mesmo, na melhor tradição pente-costal ou batista. Para nós é coisa nova.
Uma das novas expres-sões usadas em âmbito nacional é o “novo normal”. Significa que, ao final da quarentena, tudo voltará ao normal, só que não, porque será outro normal, novo em folha.
Chamar um novo normal desse modo é novidade. Aliás, a única nessa história, porque enfrentar um novo normal não é coisa nova. Tempos depois de haver sido criado, o que será que Adão passou a viver após seu encontro com Eva? Foi um novo normal, muito agradável, ao contrário do novo normal pós-Queda e expulsão do jardim que se
seguiram. Agora o novo normal para cada ser huma-no era ser depravado. Um desastre para todo o cosmos.
Essa história não parou e o progresso da humanidade resultou de sua capacida-de capacida-de adaptações aos novos normais que iam surgindo. Para o povo de Deus não foi diferente. Não posso deixar de pensar em Simonton e seu novo normal a partir de 12 de agosto de 1859. O jovem missionário ficou pouco tempo aqui, mas sua estadia foi abençoadíssima. Foram bons ajustes ao novo normal.
No fulcro (essa é antiga!) do nosso novo normal pós-Queda encontra-se nossa relação com Deus rom-pida, seguida de todos os outros rompimentos. Mas o Senhor anunciou desde logo
seu plano de redenção. O retorno ao velho normal e a retomada a partir dele até a consumação.
Jean-Paul Sartre pensa-va que “o inferno são os outros”, ideia muito normal depois da Queda. A reden-ção divina, porém, envolve restauração de nossos rela-cionamentos, com Deus pri-meiro, e então com os outros e com a Criação. Por isso, a igreja não vai se distrair. Vamos suspender assim que possível esse mundo de lives e coisas virtuais, não só por-que ninguém suporta mais isso, mas principalmente porque vida é relacionamen-to e não somos virtuais.
Neste 2021, estaremos de olho no velho normal. Não aquele de antes da pande-mia, mas o outro, de antes da Queda.
VIDA DEVOcIOnAL Em fAmíLIA
1. Deus se revela gracio-samente. Isso é graça para
Recursos devocionais da
Bíblia de Estudo Herança Reformada
Pensamentos para a devoção pessoal/em família
Leia o salmo 19
Após cada salmo e cada capítulo da Escri-tura, a Bíblia de Estudo
Herança Reformada
apresenta auxílios para a prática devocional individual ou familiar. Você poderá encontrá-la em
www.editoraculturacrista.com.br nós, pois o conhecimento
que temos dele é comple-tamente dependente daqui-lo que ele decide revelar. Deus constantemente reve-la a toda a humanidade seu ser e seus atributos básicos por meio da reve-lação natural daquilo que ele criou. Ninguém tem desculpa para não adorar a Deus. No entanto, a natu-reza não transmite mensa-gem salvadora, ela apenas condena o homem por se recusar a glorificar a Deus, mas não aponta a
solu-ção. A revelação especial de Deus em sua Palavra é o meio de graça que revela a maravilhosa solução para a condenação. A Escritura é mais preciosa que o ouro e mais doce que o mel. Em nenhum outro lugar apren-demos sobre o Senhor como Redentor de peca-dores — Deus, em Cristo, reconciliando consigo o mundo (2Co 5.19). Louve a Deus por sua criação e pela Bíblia, que são meios de revelação. Você está dedicando tempo
diaria-mente para ler o que Deus inspirou a ser escrito?
2. Significativamente, Davi conversa intimamen-te com Deus em respos-ta à comunicação divina. Sempre há uma ligação entre a Palavra de Deus e a oração. Essa é uma ligação que devemos usar diariamente. Enquanto a criação deve nos encher de reverência a Deus, somen-te a Bíblia pode nos ensi-nar como nos aproximar de Deus como pessoas perdo-adas e transformperdo-adas, em
adoração aceitável. Como podemos usar cada bene-fício da Escritura (v. 7-11) como meio para orientar nossas orações?
Mensagem de Ano Novo do Presidente do Supremo Concílio da IPB
irijo-me à querida Igreja Presbiteriana do Brasil, rendendo graças a Deus, que tem me pre-servado a saúde e a vida. Agradeço as orações dos amados irmãos a meu favor e de minha família nestas últimas semanas. Deus tem feito e sempre fará maravi-lhas (Js 3.5).
2020 foi um ano de gran-des gran-desafios, mas, susten-tados pela graça de Deus, nossa Igreja pode cumprir os seus objetivos, na ado-ração ao Senhor, na pro-clamação do evangelho, na expansão missionária, na formação teológica, no atendimento à obra social,
educacional e de saúde, por meio de seus órgãos (Jun-tas, Comissões, Conselhos, Autarquias, Agências) e de cada um dos seus mem-bros. Num período em que muitas Igrejas locais se viram impedidas de reali-zar trabalhos presenciais, Deus supriu a cada uma delas com os meios digitais e foi possível constatar um surpreendente crescimento, refletido até no incremen-to dos dízimos ao Supre-mo Concílio. Glórias sejam dadas ao Senhor.
2021 se abre, trazendo sobre nós grandes responsa-bilidades no levar adiante a missão de que o Senhor nos
incumbiu. Muito há para fazer, e a Igreja Presbiteria-na do Brasil não se furtará a cumprir a vocação que recebeu, na vida e no traba-lho de cada uma das unida-des federadas, bem como de
seus Presbitérios e Sínodos; também a Comissão Execu-tiva do Supremo Concílio estará reunida no próximo dia 15 de março com esse mesmo propósito.
Ao encerrar esta
singe-la mensagem de gratidão e entusiasmo, ressalto as seguintes passagens bíbli-cas: “Até aqui nos ajudou o Senhor” (1Sm 7.12), e “aquele que é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos, conforme o seu poder que opera em nós, a ele seja a glória, na Igreja e em Cristo Jesus, por todas as gerações, para todo o sempre. Amém” (Ef 3.20-21).
D
mEnsAgEm OfIcIAL
“2021 se abre, trazendo sobre nós grandes responsabilidades no levar adiante a missão de que o Senhor nos incumbiu."
gOTAs DE EsPERAnÇA
aulo estava preso em Roma pela segunda vez, quando escreveu sua última carta. O presídio onde estava era a masmor-ra Mamertina, um lugar úmido, insalubre e som-brio. O veterano apósto-lo enfrentava a acusação de ser um malfeitor (2Tm 2.9). Por essa razão, os crentes da Ásia o aban-donaram (2Tm 1.15), Timóteo ficou com ver-gonha de suas cadeias (2Tm 1.8). Quando mar-caram sua primeira defesa, ninguém foi a seu favor (2Tm 4.16). O resultado é que Paulo foi condenado à pena de morte (2Tm 4.6). Por ser cidadão romano não foi crucificado como Pedro (Jo 21.18-19; 2Pe 1.14-15), mas foi degola-do.
Nessa carta emocionante, Paulo faz um diagnóstico dos últimos dias, e diz que seriam tempos difíceis, ou seja, furiosos. Numa longa lista de pecados, vícios e mazelas, da sociedade, o apóstolo menciona três tipos de amor que estavam fora do foco, resultando no adoecimento das rela-ções do homem com Deus, com o próprio e consigo mesmo. Vejamos:
Em primeiro lugar, os
homens serão amantes de si mesmos (2Tm 3.2).
A palavra grega
philau-toi, traduzida por
“egoís-tas” significa literalmente “amantes de si mesmos”. Em vez de amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo, o homem ama a si mesmo, esquece-se de Deus e des-preza o próximo. Em vez de adorar a Deus e ser-vir ao próximo, o homem
vira as costas para Deus e explora o próximo. Porque seu amor está fora de foco, o homem age como se fosse o centro do univer-so. Sua vontade precisa prevalecer. Seus interesses precisam vir em primei-ro lugar. Olha o próximo como alguém a ser explo-rado. Não hesita em fazer do outro um alvo de sua ganância. Busca, de todas
as formas, se locupletar. Sua filosofia é: “o que é meu é meu; e o que é seu, precisa ser meu também”. O homem egoísta pensa em si e não no outro. Seu amor é egocentralizado e não outrocentralizado. Esse egoísmo exacerbado é a origem de todas as
mazelas da família e da sociedade.
Em segundo lugar, os
homens serão amantes do dinheiro (2Tm 3.2). A
palavra grega philarguroi, traduzida por “avaren-tos” significa literalmen-te “amanliteralmen-tes da prata”. O amor ao dinheiro é a raiz de todos os males. Quem ama o dinheiro, dele nunca se satisfaz. Quem ama o
dinheiro cai em tentação e cilada e atormenta sua alma com muitos flage-los. Quem ama o dinhei-ro é capaz de cometer os mais bárbaros crimes para se locupletar. A violência das ruas, os sequestros e assaltos, a corrupção nas empresas, o desvio de
verbas públicas, nos cor-redores do poder político estão diretamente ligados ao amor ao dinheiro. Nessa sociedade, cujos valores estão invertidos, ama-se o dinheiro e explora-se as pessoas. É digno de nota que o dinheiro é um bom servo, mas um péssimo patrão. O dinheiro é para ser usado e não para nos usar. O dinheiro a
servi-ço do bem é uma bênção, mas quando é adquirido ilicitamente, é usado para a prática do mal. Que Deus nos livre da avareza, desse amor perigoso, o amor à prata.
Em terceiro lugar, os
homens serão amantes dos prazeres (2Tm 3.4). A
palavra grega philedonoi, traduzida por “amigo dos prazeres” significa literal-mente que os homens são mais amigos dos praze-res do que de Deus. Os homens amam mais o pra-zer carnal do que a Deus. São hedonistas. Vivem para satisfazer seus desejos mundanos. São escravos de seus apetites. Querem beber todas as taças dos prazeres desta vida. Vivem embriagados com suas pai-xões. Sorvem cada gota dos deleites efêmeros que o mundo lhes oferece. Não se importam com as coisas de Deus. Não buscam a Deus. Não amam a Deus. Seu amor está distorcido e invertido.
Dentre as outras razões elencadas pelo apóstolo Paulo, essas três retromen-cionadas são um diagnós-tico preciso da decadência do homem que ama mais a si do que o próximo, mais o dinheiro do que as pessoas e mais o prazer do que a Deus.
Hernandes Dias Lopes
O Rev. Hernandes Dias Lopes é o Diretor Executivo de Luz para o Caminho e colunista regular do Brasil Presbiteriano.
P
mpactados pela pan-demia causada pela COVID-19, precisamos avaliar o que nos espera pós-pandemia. Teremos de viver um novo paradig-ma de exercício da mis-são transformadora com o anúncio das boas novas de salvação.
A Igreja de Cristo é inven-cível na sua jornada, e, com toda certeza, vitoriosa na comunicação de sua men-sagem: “as portas do infer-no não prevalecerão contra ela”.
Pela graça de Deus, a APMT foi movida a desco-brir caminhos eficazes para o desempenho de suas ati-vidades missionárias, como órgão responsável pela exe-cução da tarefa transcultural da Igreja Presbiteriana do Brasil entre os Povos não Alcançados. Na descoberta desses caminhos, algumas atividades foram e conti-nuam sendo desenvolvidas
online, como:
1) Reuniões de nossa Dire-toria e de nossa Assembleia; 2)Entrevistas com Aspi-rantes a Missionários da APMT;
3)Reuniões e recepção de novos missionários;
4) Renovação de contra-to com missionários que já estavam no campo trans-cultural, impedidos de vir
ao Brasil para relatório, avaliação e renovação de contrato;
Nesse mesmo espírito: 5) Autorizamos a realiza-ção online de alguns módu-los de nosso CFM (São Paulo e Recife);
6) Vimos os missionários da Base Europa estabelece-rem reuniões semanais de oração, através de platafor-mas online. Igualmente os missionários da Base Amé-rica Latina e Base Indígena, resultado em maior comu-nhão entre eles;
7) A liderança da Base Europa montou e realizou uma abençoada Confe-rência Missionária online, com a presença dos Revs. Hernandes Lopes, Ronaldo Lidório e Augustus Nico-demus, evento que teve o acesso de milhares de pessoas;
8) A realização de uma
live solidária, em parceria
com a CNM/IPB que teve inúmeros de acessos e uma grande oferta para a obra da APMT;
9) A realização de diver-sas lives com nossos mis-sionários no campo trans-cultural, para conhecer suas atividades e levar a IPB a abençoá-los através do conhecimento deles;
10) A realização em agos-to, mês de missões da IPB, de uma Conferência Mis-sionária online nos sábados a tarde;
11) Em comemoração ao mês da Reforma, foi rea-lizada também uma Con-ferência online sobre a importância da Reforma Protestante na missão, bus-cando resgatar em nossas igrejas os ideais missioná-rios dos reformadores;
12) A criação de novas mídias digitais como o
Podcast Missionando da
APMT, que tem comparti-lhado novos conteúdos do universo da missão trans-cultural para difundir ainda mais a importância e urgên-cia da missão. O podcast está nas principais plata-formas de áudio: Google
Podcasts, Apple Podcast, Spotify, Deezer. Com novos
programas toda terça-feira, quinta-feira e sábado;
13) O Centro de Forma-ção Missiológica da APMT (CFM) formou sua 14ª turma do curso em SP. Os 26 formandos de diferentes regiões do Brasil termina-ram o treinamento trans-cultural e agora estão mais próximos de partir para o campo. Agradecemos as igrejas e parceiros que ora-ram e investiora-ram no
pre-paro ministerial dos voca-cionados. Cada formando é uma resposta de oração das igrejas, para que mais servos sejam enviados aos povos e culturas que ainda não conhecem a Cristo;
14) A APMT criou a Campanha da Oferta Emer-gencial, em favor das famí-lias missionárias que têm sofrido com as variações cambiais e desvalorização do Real e têm vivido com 50% do que seria o orça-mento oficial nos campos. Somos gratos a Deus e a sua Igreja, que desde abril têm ofertado para essa campanha, amenizando o impacto na vida dos nossos missionários.
Foi um ano atípico e difí-cil, mas temos muitos fru-tos e bênçãos a agradecer. Somos gratos pelos parcei-ros e igrejas que uniram suas forças à APMT. Espe-ramos que em 2021 essa parceria se estenda ainda mais. A Missão não parou com a crise, porque quem a mantém é o nosso Deus, soberano e imutável. Jun-tos, daremos continuidade à tarefa que ele nos deixou, a obra ainda inacabada da Missão.
Como a obra missionária da IPB se manteve firme em 2020, mesmo sob impacto da COVID-19
mIssõEs TRAnscuLTuRAIs
Trabalho missionário da APMT em tempos de pandemia
O Rev. Aguinaldo Melo do Nas-cimento é Secretário de Atas da
Diretoria da APMT
Aguinaldo Melo do Nascimento
I
01 a 08/01 – Durante a primeira semana do ano, muitas
igrejas presbiterianas realizam a Semana Universal de Ora-ção, com reuniões especiais de intercessão pelo novo ano.
01/01 – Desde 1967 é celebrado no dia 1 de janeiro o Dia
Mundial da Paz, inicialmente chamado de Dia da Paz.
1502 — Chegam à Baía de Guanabara os navegadores
por-tugueses que a confundem com a foz de um rio, chamando-a de Rio de Janeiro.
1532 — São Vicente, a primeira vila brasileira, é fundada no
dia 22 de janeiro
1554 — No dia 25 de janeiro ocorre a fundação da cidade
de São Paulo
1822 — Em 9 de janeiro, quando o então príncipe regente
D. Pedro de Alcântara foi contra as ordens das Cortes Portu-guesas que exigiam sua volta a Lisboa, ficando no Brasil foi declarado do “Dia do Fico”.
1890 — Oficialização do Hino Nacional composto por
Fran-cisco Manuel da Silva
1972 — Acontece a primeira transmissão experimental em
cores da televisão brasileira. A responsável por tal feito foi a TV Difusora de Porto Alegre.
1984 — A Diretas Já!, a maior campanha cívica já realizada
no Brasil que pedia eleições diretas para presidência da Re-pública, aconteceu na Praça da Sé em São Paulo, SP.
1985 — Transferência do Arquivo Nacional para a sua atual
sede, ocupando um dos edifícios da antiga Casa da Moeda, um dos mais belos prédios construídos no século 19 na Praça da República.
1985 — Ocorre a eleição presidencial brasileira, a última de
forma indireta que, por meio de um colégio eleitoral, elegeu o Presidente Tancredo Neves.
1988 — É instituído a partir de um projeto de lei apresentado
pelo gaúcho Demétrio Ribeiro, Ministro da Agricultura naquela época, o Dia da Liberdade de Cultos. Comemorado anual-mente em 7 de janeiro no Brasil, a data celebra a liberdade que todos os brasileiros têm de exercer as suas crenças de modo livre e sem qualquer tipo de perseguição religiosa.
2009 — 28 de janeiro é o Dia Nacional de Combate ao
Tra-balho Escravo – a data instituída em 2009 relembra a chacina cometida em Unaí, MG, da equipe de auditores que estava indo investigar uma denúncia de trabalho escravo numa fa-zenda local.
2015 — Uma série de atentados terroristas deixa mortos
e feridos em Paris, incluindo uma parte da equipe do jornal Charlie Hebdo.
Aconteceu em Janeiro
nO BRAsIL E nO munDOm um abrigo feito com vegetação local e mate-rial plástico no campo de Proteção de Civis (PoC) em Bentiu, no norte do Sudão do Sul, uma viúva cozinha para seus filhos. Nyamal,* 43 anos, está preparando o prato tradicional wualwual, uma espécie de mingau. Usando um vestido amarelo vibrante, ela se senta em um banquinho perto da entra-da. Dessa forma, pode olhar para as crianças brincando do lado de fora e controlar a panela sobre a brasa no chão.
O conflito armado eclo-diu no país em dezembro de 2013. Como Nyamal, milhares de pessoas foram forçadas a fugir de seus vila-rejos, buscando proteção nas bases das Nações Unidas no Sudão do Sul (UNMISS) em diferentes partes do país. Bentiu é o maior campo, hoje hospedando cerca de 97.300 pessoas.
A casa de Nyamal é maior do que muitos outros abri-gos que as equipes de MSF (Médicos sem Fronteiras) visitam quando vão à comu-nidade para prevenir e tra-tar doenças comuns na área, como diarreia e malária. Tem três camas para acomo-dar toda a família em dois quartos. No meio, há um corredor onde ela cozinha e armazena utensílios domés-ticos, bem como recipientes de água. Não há banheiro, chuveiro e eletricidade.
Apesar da relativa segu-rança que a presença da ONU traz, em 2018 um grupo de homens armados invadiu a casa ameaçando a família e levando todos os seus per-tences. “Desde então, nunca
mais dormi bem. Eu sempre imagino que outros possam vir”, revela.
Condições abaixo do padrão e doenças evitáveis
Em Bentiu há um hospital com 116 leitos, departamento de internação e pronto-socor-ro para crianças e adultos, além de uma sala de cirur-gias. O local também oferece cuidados maternos, inclusive para partos complicados, bem como serviços para sobrevi-ventes de violência sexual, cuidados de saúde mental, tratamento para HIV/Aids, tuberculose e desnutrição.
Em 2019, mais de 49 mil pessoas (do campo e de fora dele) receberam atendimen-to na unidade. De janeiro a outubro de 2020, foram tratadas mais de 80 mil pes-soas, a maioria com malária e doenças respiratórias.
Uma pesquisa no campo para avaliar as condições de vida, mostrou que menos de 60% das famílias tinham seu próprio jarro de água para higiene pessoal. Os riscos para a saúde apresentados por essas condições de vida precárias incluem doenças diarreicas, hepatite e cólera, febre tifoide, tracoma e infec-ções de pele. Muitas podem ser evitadas com melhorias de água e saneamento.
Um futuro incerto O acordo de paz assinado em 2018 renovou os debates sobre o retorno de pessoas deslocadas aos seus vilare-jos. Em julho de 2020, a UNMISS anunciou que pre-tendia iniciar um processo de entrega dos cinco campos
no país. Isso significa que os campos permanecerão, mas com responsabilidades de gerenciamento e segurança transferidas da ONU para o governo nacional. O anúncio gerou reações negativas das pessoas nos campos de Bor e Juba, onde a transferên-cia já começou, com muitos dizendo que não foram infor-mados da retirada das tropas da ONU e agora vivem com medo.
Em Bentiu, equipes de MSF têm ouvido preocupa-ções semelhantes levantadas por pacientes e outros inte-grantes da comunidade, prin-cipalmente sobre condições de segurança e proteção, uma vez que a ONU não esta-rá mais lá. Nyakoang,* uma mulher de 30 anos, foi algu-mas vezes à maternidade de MSF. Ela mora em um quarto com 16m² compartilhado por três famílias e oito pessoas no total. “Não é o tipo de vida que desejo para meus filhos e para mim. Eu quero poder ir para um lugar onde eu possa estudar enquanto meus filhos estão seguros e que eles pos-sam ir para a escola. Edu-cação é o que pode mudar nossa vida.”
Nyakuoth,* uma mulher de 50 anos de Rubkona, acrescenta: “A ONU reuniu pessoas aqui e disse-nos que vai sair do campo. Disse-mos a eles que, se eles saís-sem, haveria danos. Eles não explicaram como eles vão fazer isso nem quando vai acontecer. Não sei se sere-mos protegidos”.
Adaptado de release de MSF
*Os nomes dos personagens foram alterados por medidas de segurança.
A vida no maior campo de deslocados do Sudão do Sul
perdão não é obtido por boas obras nos-sas, no entanto, é um forte estímulo a que procuremos viver em consonância com a vontade de Deus. O peca-dor perdoado é motivado a se harmonizar com o pro-pósito divino revelado nas Escrituras.
Deus nos redimiu para si mesmo a fim de viver-mos em harmonia com a sua vontade, encontrando assim a felicidade decorren-te da obediência (Is 44.22; 55.7). O perdão de Deus não nos torna imunes ao pecado, antes, nos conduz a uma batalha confiante contra tudo aquilo que o desagrada.
A Palavra de Deus demonstra que a salvação não é um fim em si mesmo, antes é o início da vida cris-tã. Pela salvação nos torna-mos filhos de Deus e pro-gredimos em santificação até a consumação de todo propósito divino em nós.
A salvação não é a linha de chegada da vida cristã; antes, é o ponto de partida. Não nascemos espiritual-mente “acabados”, antes, fomos gerados espiritual-mente para o nosso cresci-mento completo. O perdão indica a nossa restauração, para que possamos agora, neste estado de convales-cença, nos alimentar da Palavra em oração, nos for-talecendo espiritualmente.
O Deus que nos regenera é o mesmo que nos preserva saudáveis.
O nosso crescimento externo deve ser acompa-nhado pelo aprofundamento de nossas raízes. Por isso, o nosso crescimento pro-fissional, social, econômi-co, cultural, etc., deve vir acompanhado necessaria-mente de um alimento mais sólido.
O cristianismo é um cami-nho de vida, fundamentado na prática do evangelho. A santificação é, portanto, um desafio a perseguirmos esse caminho, empenhando-nos por fazer a vontade de Deus. Por isso, a santificação nos fala de caminharmos sem-pre em direção ao alvo proposto por Deus, com os nossos corações humildes, desejosos de agradá-lo e de fazer a sua vontade.
A vida cristã não é a de alguém em férias, mas se ajusta melhor à figura do peregrino, sempre buscan-do o melhor caminho para chegar ao seu destino. O cristão está comprometi-do com o propósito de seu Senhor (Ef 1.4). Todo o seu coração deve estar voltado para isso.
Somos “estrangeiros residentes” neste mundo. Portanto, é natural que haja uma tensão em nós. Somos imperfeitos, limita-dos, temos nossos anseios que, por vezes, tendem a ser maximizados em meio a aspectos da nossa cultura
tão convidativos e confortá-veis. É necessário discerni-mento para não cairmos no mundanismo, o que inviabi-lizaria nossa influência em nosso meio. Não podemos permitir que a nossa mente e comportamento sejam regidos pela forma munda-na de pensar e agir. Ingres-saríamos, assim, num ateís-mo prático ou funcional.
No entanto, não há desti-nação mais nobre e sublime do que a nossa. Somos cha-mados à glória de Cristo. Isso nos basta. Não como prêmio de consolação, mas, porque não há vocação maior. O Senhor de todas as coisas, de toda a realida-de visível e invisível, nos destina à glória de seu Filho amado.
Portanto, a santificação não é algo periférico ou acidental na vida do crente, antes, é um propósito para que nos concentremos com todas as nossas forças espi-rituais a fim de cumprir o plano do Senhor para nós. Em síntese: a santificação é um imperativo expresso por Deus em sua Palavra para todos os seus filhos. A vida cristã é um desafio à santi-dade conforme o propósito divino. De fato, não pode existir vida cristã estagna-da, acomodada.
Por isso, repito: na vida dos eleitos de Deus não há lugar para a acomodação no pecado. Deus nos chama à santidade. Sendo assim, a santificação faz parte
essen-cial da vida da Igreja. Os crentes, mesmo tendo sido regenerados, terão de combater o pecado enquan-to viverem. Esse combate será árduo. A Bíblia não poupa figuras para des-crever essa luta com cores vivas. Todavia, a Escritu-ra nos gaEscritu-rante, com ênfase maior, a vitória que temos em Cristo. Daí a nossa cer-teza de que devemos lutar contra o pecado, sabedores de que Deus é por nós. Esse é o bom combate da fé. Bom por causa de sua necessidade e objetivo. Conforme exorta Paulo a Timóteo: “Combate o bom
combate da fé” (1Tm 6.12).
Esse combate muitas vezes se manifestará de forma angustiante devido à sua intensidade e gravidade. Por isso, a ideia embutida de dedicação extrema (Lc 13.24; Cl 1.29; 4.12; 1Tm 4.10), empenho (Jo 18.36) ou fadiga (Cl 1.29) é ilus-trada com o esforço de um atleta que compete (1Co 9.25). Paulo orienta os gála-tas evidenciando as duas forças operantes em nós, os regenerados (Gl 5.17).
A santidade perfeita no céu encontra os seus pri-mórdios na vida dos eleitos aqui na terra. Isso indica a nossa responsabilidade presente. O apóstolo João nos instrui e consola, nos estimulando à esperança gloriosa que teremos no Senhor (1Jo 3.2-3).
Cristo morreu por nós
para nos apresentar como igreja sem mácula (Ef 5.27). O desejo da Igreja deve ser de se encontrar com Cristo de forma ínte-gra e irrepreensível. Por isso ela é chamada a viver hoje na presença de Deus, estando sempre preparada para o seu encontro final e jubiloso com o Senhor. Esse era o alvo da intercessão de Paulo: “O mesmo Deus da
paz vos santifique em tudo; e o vosso espírito, alma e corpo sejam conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo” (1Ts 5.23).
Cristo, que se santificou pela Igreja e se entregou por ela, exerce o seu poder para apresentá-la com alegria a si mesmo, uma Igreja irre-preensível, diante do escru-tínio da sua glória (Jd 24; Ef 5.25-27).
O nosso padrão de san-tidade não é um simples “melhoramento” diante dos critérios humanos, mas sermos conforme Cristo: fomos eleitos para Cristo, a fim de sermos “conformes à imagem” dele. Portanto, devemos ser seus imitado-res, seguindo as suas pega-das (Vejam-se: Rm 8.28-30/ Jo 13.15; 2Co 3.18; Ef 4.32; 5.1-2; Fp 2.5-8; 2Ts 2.13; 1Pe 1.13-16; 2.21).
Perdão gracioso e santificação imperativa
Hermisten Costa
O
O Rev. Hermisten Maia Pereira da Costa é pastor-auxiliar da 1ª IP São Bernardo do Campo, São Paulo, SP, ensina teologia no JMC, é membro do CECEP, do Conselho Editorial da Cultura Cristã e do Brasil Presbiteriano.
HInOs DO nATAL
Coral Intersinodal de São
Paulo realiza cantata
online
mosaicos do cI durante a pandemia de 2020
maestrina Hozea stroppa em ação Vista aérea das gravações do especial de natal
Confira abaixo depoimentos de alguns participantes.
ob a direção de Hosea Stroppa, do Conselho de Música da IPB, o Coral Intersinodal da São Paulo disponibilizou um vídeo no YouTube dia 13 de dezembro de 2020 com cinco hinos tradicionais de Natal.
Seguindo todas as normas de segurança para prevenção contra o coronavírus, cora-listas dos Sínodos de São Paulo se reuni-ram dia 12 de novembro na IP Penha, SP, para a gravação do especial.
Denilce Barbosa
IP Penha
O ano de 2020 trouxe lutas, inseguranças, lágrimas e sorrisos também. Pude presenciar e afirmar o quanto Deus é maravilhoso e, com certeza, o Coral Intersinodal transfor-mou momentos de aflição em reflexão e fé. Particularmente, 2020 foi especial na minha vida! O Coral Intersinodal fez parte disso através das gravações de mosaicos e da gravação dos hinos de Natal. Tenho alcançado muitos amigos através do nosso louvor e isso só pode ser feito se não desa-nimarmos apesar das circunstâncias.
Elza de Abreu Torres
IP de Cidade A.E. Carvalho
O Coral Intersinodal tem abençoado os corais locais. O último movimento de 2020 para gravação de hinos tradicionais natali-nos presencialmente, me deixou muito feliz ao ver nossos irmãos com sede de louvar juntos nesses dias de isolamento. A emoção de sentir essa união mesmo não podendo nos abraçar, o sorriso nos olhos e o aceno caloroso, nos levou a agradecer e a louvar ao Senhor com mais intensidade. Soli Deo
Gloria!
Hosea Stroppa
IP Penha
A pandemia não conseguiu impedir nossas atividades. Graças a Deus! Vários mosaicos estão disponíveis nas principais plataformas
digitais, abençoando o povo de Deus espa-lhados por toda parte. No início de dezem-bro de 2020, resolvemos preparar uma audi-ção especial de Natal. Cantamos alguns dos principais clássicos dos tradicionais natali-nos. É um coro escola, muitos regentes estão se aprimorando, cantores estão surgindo e também muitos instrumentistas estão sendo despertados. O ministério Coral não pode parar, principalmente em nossas Igrejas. A Deus toda a glória!
Lílian Cristina Campoli Cabrelli
IP da Moóca
O projeto dos hinos de Natal foi muito importante, pois nesse período de pandemia, em que o contato físico se torna distante, a proximidade que a música traz enche nosso coração de alegria e esperança de que dias melhores virão.
Solange Sá de Almeida
IP Vila Maria
Participo do Coral Intersinodal há cerca de três anos. Cantar neste momento em que o mundo está cheio de medo e longe de Jesus, nos deu a alegria de proclamar o verdadeiro Natal e o conforto de estarmos juntos como Igreja de Cristo. Graças a Deus por isso!
Para conferir na íntegra o vídeo com os hinos tradicionais de Natal acesse https://
youtu.be/MRqVCMaTDww. Gabriela Cesario
S
Gabriela Cesario é jornalista do Brasil Presbiteriano
ipb3
IPB3, a rádio dos Stênius, Borges, Camargos, Cabrais, Kerrs, Zazos, Kuhlmanns, Bomilcares, Alexandres, Melinas, Posellas, Kiltts, Mesquitas, Veigas, Crombis, Pimentas, Diamansos, Vianas, Valentes, Venâncios, Zemuners, VPCs e todos que fazem música cristã evangélica brasileira de qualidade.
IPB3. Opção pelo Brasil. Confira, ipb.org.br/radio.
LuzEs DO nATAL
Culto das Luzes da Catedral Presbiteriana
do Rio é realizado
online
culto contou com os tradicionais cânti-cos de natal, leitura bíblica, adoração e contrição. Em sua exposição bíblica, que teve o tema “A fulgurante estrela do amanhã”, o pas-tor titular da Catedral, Rev. Renato Porpino, enfatizou que o motivo da alegria dos internautas participan-tes é o Senhor Jesus e que os fiéis não estão sozinhos:
“O culto foi uma benção. A despeito de ser um tempo diferente, mas nos propu-semos a fazê-lo, uma vez que ele [o culto] faz parte da cultura da nossa igreja e sendo essa uma data tão importante, nós precisáva-mos adorar ao Senhor no dia de hoje pela encarna-ção do nosso Salvador”,
enfatiza.
No momento do acendi-mento das velas, que faz alusão a Jesus ser a luz do mundo, os membros e
par-ticipantes do culto acende-ram as velas em suas resi-dências. Juliana Barcellos, membro da Catedral, con-tou que foi um momento de comunhão com sua família.
“Participar do Culto das Luzes foi relembrar em nos-sos corações o verdadeiro motivo do Natal”.
No templo vazio da Catedral, ficaram somente o pastor com sua família, o organista e a equipe técnica de transmissão e sonoplas-tia. O Presb. João Bastos, coordenador da
transmis-são, afirmou que ficou emocionado com o alcance do evento. “A nossa
res-ponsabilidade e missão são emocionantes porque, acima de tudo, estamos na obra do Senhor e temos plena consciência de que esse trabalho alcançou
muitas vidas. Para mim, participar desse momento é um privilégio, pois pessoas de vários estados e outros países, como a Austrália, assistiram”, completa. Matheus Santos
O
O jornalista Matheus Santos é repórter da Rádio IPB.
Acender das velas na catedral
fiéis acendem velas de casa
Presbítero João Bastos - Técnico de Transmissão
Membros e participantes da celebração acenderam as velas de casa. A celebração natalina foi realizada
no dia 24 de dezembro e transmitida ao vivo, no canal do YouTube da igreja.
fORÇAs DE InTEgRAÇãO ano de 2020 começou cheio de expectativas para a União Presbiteriana de Adolescentes, principal-mente porque ele seria voltado à realização dos Encontros Regionais de UPA em cada uma das cinco regiões do nosso país. Ainda em janeiro, os ReUPAs Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste reuniram os adolescentes presbite-rianos enquanto os demais Encontros Regionais esta-vam marcados para o mês de julho.
Em março, todos os pla-nos e metas estabelecidos foram interrompidos pela pandemia e as regras de iso-lamento social. Nesse con-texto, a UPA foi pioneira na migração dos trabalhos presenciais para o meio
online. Foi iniciado um
pro-jeto de Lives diárias através da plataforma do Instagram,
em que a Confederação Nacional realizava uma devocional e contava com entrevistas, louvor e muitos momentos especiais.
Depois de dois meses, migraram para o YouTube,
dessa vez com Lives sema-nais, todas às quartas-feiras, às 20h. Nesse novo formato de transmissões, passaram a trazer preletores convida-dos para abordar os mais diversos temas relaciona-dos à vida adolescente. No total, foram 30 semanas de encontros virtuais, com
diversas temáticas abor-dadas e milhares de vidas alcançadas.
Além disso, no último domingo de julho aconteceu uma programação especial em comemoração ao Dia do
Adolescente Presbiteriano e aos 53 anos de organização de UPA no Brasil através de uma transmissão ao vivo no canal oficial do YouTube.
Em novembro, foi reali-zado o primeiro DNA (Dia Nacional do Adolescente) de alcance nacional. A pro-gramação,
tradicionalmen-te realizada pelas UPAs do Brasil nos estados em gran-des ajuntamentos, aconte-ceu em 2020 de maneira virtual reunindo todos os estados brasileiros. A organização esteve reuni-da presencialmente na IP Filadélfia em Sorocaba, SP, para fazer toda transmissão, que aconteceu durante todo o dia incluindo oficinas, interação dinâmica com os adolescentes, bate-papo com os presidentes sino-dais, sorteios de brindes e culto ao Senhor.
A Confederação Nacional de Adolescentes se empe-nhou para atender a gran-de gran-demanda gran-de programa-ções online realizadas pelas UPAs locais, Federações e Confederações Sinodais, ao mesmo tempo em que colocou em prática muitos novos projetos e modelos de ajuntamento dos adolescen-tes. Louvamos ao Senhor!
Que em 2021 continuem a realizar esse trabalho que
redunda em Glória ao nome do Senhor e alcança — atra-vés da tecnologia e no face a face — adolescentes dos quatro cantos do Brasil.
#FicaDica: Continue acompanhando as edições do Brasil Presbiteriano e as redes sociais oficiais da UPA para mais informa-ções.
Equipe de liderança da CNA
ReuPA nordeste – 9 a 12 de janeiro
Live Instagram – 15 de maio
Live da cnA em julho com o Rev Heber campos Jr
DnA (Dia nacional do
Adolescente) – 21 de novembro
DAP (Dia do Adolescente Presbiteriano) – 26 de julho
O
#TB: UPA apresenta retrospectiva 2020
Para começar 2021, a União Presbiteriana de Adolescente relembra os momentos
marcantes do último ano com um #TB (Throwback) especial
Histórias comoventes relacionadas a nossos hinos
HInOLOgIA E HIsTÓRIADor e louvor
antado na IPB commelodia de Lowell Mason (1856) o tradicional hino do século 19, Nearer,
my God! to Thee (Mais
perto, meu Deus de ti,
Novo Cântico, nº 116, trad.
João Gomes da Rocha, 1888), teve sua letra origi-nal possivelmente baseada na história do sonho de Jacó (Gn 28.11-19).
Uma tragédia em alto
mar ligou sua melodia ao tristemente célebre nau-frágio do navio Titanic, ocorrido na noite de 14 para 15 de abril de 1912. A embarcação partiu de Sou-thampton, Inglaterra, para Nova York, em 10 de abril de 1912. Alega-se que o proprietário do majestoso navio, no início da viagem, teria dito que nem Deus poderia afundar aque-le transatlântico. Em alto mar, porém, a embarcação
chocou-se com um iceberg e submergiu em aproxi-madamente duas horas e quarenta minutos, fazen-do quase 1600 vítimas das mais de 2200 pessoas a bordo. Uma sobrevivente do Titanic recordou que a banda tocava o hino de Lowell Mason pouco antes do fim da tragédia.
Sarah Flower Adams (1805-1848), poetisa e atriz britânica, estava tendo reconhecimento
pro-Caleb Soares
C
O Rev. Caleb Soares é doutorando em Ministério, professor e historiador.
A UMP e o Balanced Scorecard (BSC)
Matheus Souza
V
Matheus Souza é Presidente da CNM na Gestão 2018-2022 ocê sabia que a
Confe-deração Nacional de Mocidade usa o BSC? Isso mesmo, os jovens presbite-rianos, zelosos com o tra-balho da UMP construíram um planejamento estraté-gico utilizando o
Balan-ced Scorecard (BSC) como
metodologia. Traduzido como "Indicadores Balan-ceados de Desempenho", o BSC é uma metodologia de medição e gestão de desempenho. Tudo começou em 2017, na reunião da Comissão Executiva ocorrida no Rio de Janeiro. Preocupados com a continuidade do tra-balho da Mocidade Presbi-teriana, a então Diretoria da CNM propôs a uma comis-são o início dos trabalhos para a construção de um Planejamento Estratégico. Em 2018, durante o Con-gresso Nacional, jovens das diversas regiões do país apontaram temas e questões que precisavam ser atendi-das pelo planejamento. Era
notório o cuidado dos nos-sos jovens com o reino, com a nossa identidade, com as nossas ações e com o segui-mento da história da UMP.
Diante da chuva de ideias e muitos apontamentos, a diretoria recém-eleita apre-sentou em setembro de 2018, na reunião da Comis-são Executiva em Salvador,
BA, o primeiro planejamen-to estratégico da Confedera-ção Nacional de Mocidade, utilizando a metodologia BSC, com espaço tempo-ral de seis anos, alinhan-do objetivos estratégicos com indicadores de desem-penho, metas e planos de ação, divididos em quatro perspectivas: Afirmação Institucional; Público-Alvo; Aprendizado e Desenvolvi-mento Organizacional e, por fim, Processos Internos, que abordam temas como Cos-movisão Cristã, Identidade da Mocidade Presbiteriana, Missões, Novos Sócios, Liderança, Sustentabilidade e Organização.
Em dois anos e meio de atuação, já podemos elencar
o alcance de alguns obje-tivos e o surgimento de alguns projetos devido às demandas vindas a partir da elaboração do Planeja-mento Estratégico. É grati-ficante notar e acompanhar os esforços da diretoria e secretariado da CNM em caminhar dentro dos objeti-vos e metas propostas, com intuito de servir melhor ao Senhor e a sua Igreja por meio de ações coordenadas e planejadas, visando sem-pre a glória dele.
Para conhecer mais sobre o BSC da CNM, visite o site
ump.org.br e acompanhe os
resultados obtidos.
“[...] qual de vós, pretendendo construir uma
torre, não se assenta primeiro para calcular
a despesa e verificar se tem os meios para a
concluir?”
(Lc 14.28)fissional no teatro e que-ria seguir carreira. Com a saúde debilitada, não pôde dar sequência à profissão e, por isso, começou a escre-ver poemas e hinos. Numa tarde, durante uma visita à sua família, seu pastor disse estar procurando um hino que acompanhasse o seu próximo sermão, que seria em Gênesis 28.11-19. Sarah se prontificou a aju-dá-lo e assim, logo nascia o poema que tem inspira-do muitos crentes ao longo dos anos.
A primeira melodia foi composta por Eliza Flo-wer, irmã de Sarah, mas a composição Bethany, de
Lowell Mason (1856) tor-nou-se conhecida ao longo dos anos e alimentou a fé e a esperança dos crentes em um momento trágico na história da humanidade.
Homens como esse devemos honrar
(Fp 2.29)O Rev. Ludgero foi meu pastor na adolescência e na mocidade. Oficiou minha profissão de fé (1965) e meu casamento (1970). Lembro-me dele como um dedicado discipulador. Era eu muito novo e ele já me informava sobre a realidade da IPB e do ministério, para o qual eu nem ainda havia despertado; treinou-me para dirigir o culto e para pregar. Sendo eu já candidato, orientou-me na condução dos trabalhos de uma congregação. Após minha ordenação, continuou a ser meu mentor por sua estatura moral e exemplo de fé.
Rev. Cláudio Marra – Editor da Cultura Cristã
rgulhoso capixaba de Alegre, onde cresceu e iniciou seus estudos, o Rev. Ludgero Machado Moraes (1920-2006) graduou-se em Teologia pelo Seminário Presbiteriano do Sul, em Campinas. Isso em 1946, mesmo ano em que se casou com sua querida Josenira que, ao longo dos anos, se mostrou esposa dedicada, excelente auxiliadora e mãe extremosa.
Ordenado no mesmo ano e no dia de seu aniversá-rio (17.12.1946), Ludgero iniciou um longo ministé-rio em que se revelou pas-tor amoroso e competente administrador. Começou em Muqui, ES (1947), vindo depois a plantação da igreja em Ponte Nova, MG, como obreiro da JMN. Ainda com a Junta, plan-tou mais cinco igrejas na região. Em 1956, transfe-riu-se para Adamantina e no ano seguinte para São Caetano do Sul, onde ocor-reriam seus mais marcantes pastorados. IP Filadélfia, IP SCS, IP Vila Paula (essas duas últimas foram planta-das sob sua liderança) e IP Vila Gerte, além da congre-gação que veio a tornar-se a IP de Rudge Ramos, em São Bernardo do Campo. Por designação do Presbitério Paulistano (PLIS) e a pedido
Centenário de nascimento do Rev. Ludgero Machado Moraes
O
Dona Josenira, filhos e netos do Rev. Ludgero, acompanhados por inúmeros irmãos e amigos queridos, uniram-se em uma live dia 17 de dezembro passado, na passagem dos 100 anos de nascimento de um dos mais notáveis pastores da história da IPB.
Revs. Atael fernando costa, José Borges dos santos Jr, Ludgero moraes e marcelino Pires de carvalho, sc de 1962 no Rio de Janeiro. O Rev. Borges encerrava seu mandato e o Rev. Amantino Adorno Vassão foi eleito o novo presidente do sc Rev. Ludgero machado moraes – 1920-2006
do Conselho da IP Calvário, foi pastor efetivo dessa no tempo em que seu pastor, o Rev. Boanerges Ribeiro, residiu nos EUA fazendo seus estudos (setembro 1961 a 18 de março de 1964). Seu último campo antes da jubi-lação foi a IP de Diadema, também no ABC paulista.
A jubilação veio nos tempos difíceis da compul-soriedade. Ludgero não a
desejava. Acreditava ele no que ouvi do Rev. Coine, de Botucatu: “A Carteira de Ministro a gente entre-ga no Presbitério. O caja-do só o devolvemos para o Supremo Pastor”. Com essa forte convicção, Ludgero, esposa e sogra mudaram-se para Meaipe, ES, onde ele então plantou sua última igreja.
O Rev. Ludgero era um homem simples, humilde e despretensioso. Divertido contador de casos, era muito bem humorado. Crente piedoso, sempre levou a sério o ministério e também não se descui-dou de seu preparo acadê-mico. Complementação Pedagógica, Pós-graduação em Sociologia e outros cur-sos o apoiaram em seu tra-balho no ministério e no magistério. Entre inúmeras
e significativas participa-ções em Concílios, Sínodos, Juntas e Comissões da IPB, Ludgero foi o primei-ro Diretor do Seminário Presbiteriano Rev. José Manoel da Conceição em São Paulo. Seu envolvi-mento na cidade de São Caetano do Sul, bem como o respeito e admiração granjeados lhe proporciona-ram em 12.10.1974 o
títu-lo honorífico de Cidadão Sulsancaetanense.
O Rev. Ludgero Machado Moraes e sua esposa Josenira Bonilha Moraes tiveram seis filhos: Lucila, o Rev. Ludgero Bonilha, Paulo Rubem, Hamilton, Priscila e Marila, que lhes deram vários netos.
Seus filhos espirituais, porém, só serão conhecidos na eternidade.
Homenagem ao meu amigo, Rev. Eliézer Monteiro Reis (1962-2020)
Eleny Vassão“O
Eleny Vassão é Capelã Hospitalar da IPB, Fundadora
e Diretora da Geral da ACS
ntem levei os resultados dos meus exames de rotina para o médico, mas tomei um grande susto. Ele me disse que estou com câncer no fígado, e num estado tão adiantado que não há mais nada a fazer. Aconselhou-me a entrar em trataAconselhou-mento paliativo e esperar a morte chegar. Isso me desmon-tou!”
Era o encerramento de um Congresso Internacio-nal de Cuidados Paliativos no Mineirão, em BH. Eu era uma das preletoras, e meu amigo Eliézer tinha ido me buscar para almoçar com sua família. Esse compar-tilhar aconteceu no carro, enquanto ele dirigia, e nem consigo imaginar quão difí-cil foi para ele. Para mim foi um baque!
Durante o almoço, eu o incentivei a procurar outro médico, que lhe oferecesse todo o cuidado da medicina, mas também fosse seu par-ceiro no tratamento, incen-tivando-o, tratando-o com dignidade, falando a verda-de sem lhe tirar a esperan-ça, e a quem ele pudesse mostrar a diferença que o Senhor faz na vida de quem o ama. Foi precioso estar à mesa com sua esposa Cláu-dia e seus filhos Sophia e Judah, e depois responder suas perguntas quanto ao tratamento do câncer, os passos a seguir, a impor-tância em estarem unidos
e a confiança completa no Senhor, que agiria através e além de toda medicina.
Nossa amizade se forta-lecera aos poucos, em meio às muitas hospedagens na minha casa quando ele vinha a São Paulo. Eliézer se tornou também amigo de meu marido, Gavin, tro-cando horas de boa prosa, cheias de carinho e muitas risadas, somada à aplicação de conteúdos bíblicos de modo informal às questões diárias. Depois, tivemos o privilégio de prepará-lo para ser um Capelão, através de vários Cursos de Capelania Hospitalar da Associação de Capelania na Saúde (ACS). Nós nos deliciamos em tê-lo no treinamento prático leito a leito, nos cultos para os enfermos e nas devocio-nais para os profissiodevocio-nais da saúde, pois ele irradiava o amor do Senhor, falando de maneira simples e empática, apresentando-lhes o confor-to e a sabedoria de Jesus, através de sua Palavra.
Todos os nossos Capelães e treinadores queriam tê-lo em suas equipes, pois ele tocava diversos instrumen-tos musicais, tornando nos-sos cultos nas enfermarias, nos setores de psiquiatria e nos corredores dos hospitais momentos de alegria e refri-gério. Mais tarde, Eliézer tornou-se também professor de nossos Cursos de Cape-lania no Seminário de BH e nos Congressos sobre Espi-ritualidade e Saúde Mental no Mackenzie, abençoando a todos como pastor, profes-sor, psicólogo, conselheiro bíblico e capelão.
Eliézer Monteiro Reis converteu-se aos 16 anos e passou a frequentar a IP de Nepomuceno (MG), sua cidade natal. Em 1983, foi enviado para o STP Rev. Denoel Nicodemos Eller. Ordenado em 1986, for-mou-se em Psicologia e fez pós-graduação em Psico-pedagogia e em Teologia, além de diversas especiali-zações. Ao longo de vinte
e cinco anos, lecionou em diferentes instituições.
Depois de mais de dois anos de tratamento qui-mioterápico, Eliézer partiu dia 12 de dezembro aos 58 anos, deixando imensa saudade em todos nós. No Culto de Ação de Graças por sua vida, realizado no dia 13 de dezembro na IP de Nepomuceno, muitos pastores e ex-alunos seus, do Seminário, falaram sobre o impacto de sua vida em seus ministérios, não só na sala de aula, mas também no contato pessoal. Eliézer os ouvia com atenção e os aconselhava biblicamente em suas necessidades emo-cionais e espirituais, dando-lhes força para continuar.
O que consola os nossos
corações é a certeza de que nos veremos novamente, e teremos toda a eternidade para continuar nossas mui-tas conversas e gostosas risadas, morando juntos na Casa do nosso Amado Pai. Oramos pelo consolo do Senhor à querida Cláudia, Sophia e Judah, assim como a todos os demais familiares e muitos amigos.
“Combati o bom com-bate, completei a carrei-ra, guardei a fé. Já agora me está guardada a coroa da justiça, que o Senhor, reto juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amam a sua vinda” (2Tm
4.7-8).
Rev. Eliézer e sua esposa cláudia
ste consagrado servo de Deus faleceu em Brasília no dia 5 de dezem-bro de 2020, aos 63 anos. Oswaldo era natural de São Paulo, onde nasceu em 07.02.1957. Conheceu a futura esposa, Nanci Ruiz Fernandes, em meados de 1978, quando chegou à agência do Banco do Brasil no bairro do Belenzinho, onde ela trabalhava. Levou -a para a igreja (1ª IPI de São Paulo) e, em 31 de julho de 1982, ambos fize-ram sua pública profissão de fé. Casaram-se em feve-reiro de 1983.
Oswaldo bacharelou-se em Física pela Universidade de São Paulo. Trabalhou por mais de 30 anos no Banco do Brasil, até sua aposenta-doria, liderando projetos de grande importância nacio-nal. O casal teve dois filhos: Paula, nascida em 1986, e Luiz Eduardo, em 1988. Residiram em São José do Rio Preto (1986-1991) e Ribeirão Preto (1991-1997), frequentando sua igreja de origem e, a partir de 1996, a IPB. Em 1997, mudaram-se para o Distrito Federal, tornando-se membros da IP de Brasília.
Em 2006, Oswaldo foi eleito presbítero dessa igre-ja, onde serviu por diversos anos com palestras, prega-ções e como professor da Escola Dominical. Além de atuar como presbítero,
também foi diretor do Cen-tro Presbiteriano de Idade e Experiência, onde implan-tou e regularizou diversas atividades. Foi um prega-dor do evangelho de Cris-to durante Cris-toda a sua vida. Amava ao Senhor e se ale-grava em compartilhar as boas novas.
Em 2013 concluiu o curso de graduação em teologia. Em maio do ano seguinte, a família passou a frequentar a IP Semear e, em novem-bro de 2017, filiaram-se à IP Redenção (filha da ante-rior), onde Oswaldo serviu como tesoureiro, professor da ED e colaborador dos grupos familiares. Sua últi-ma aula na ED se deu em 25.10.2020. Com a aposentadoria, aprofundou-se no estudo da Palavra. Ingressou no Centro Presbiteriano de Pós-Graduação Andrew Jumper, realizando outro sonho muito almejado. A
cada estudo compartilhava diariamente com a esposa suas impressões e desco-bertas. Recentemente estava preparando sua monografia de conclusão do Mestra-do em EstuMestra-dos Histórico-Teológicos (MDiv), tendo como orientador o Dr. Alde-ri Souza de Matos.
Foi um pai amoroso, cui-dadoso, muito presente e ensinou os filhos nos cami-nhos do Senhor, estando sempre preocupado com a educação e formação espi-ritual deles. Essa preocupa-ção era tamanha que, junto com alguns colegas e ami-gos, fundou a Cooperati-va de Ensino e Cultura de Ribeirão Preto, da qual foi diretor.
Em 04.01.2020 seu cora-ção se encheu de alegria com a chegada da primei-ra netinha, Isabela, que ele tanto desejou. Participou de todos os preparativos para o seu nascimento e aguardou ansioso a sua chegada. Foi, nesse curto período, um avô apaixonado, aproveitando cada momento de convi-vência. Mesmo em um ano atípico como 2020, usufruiu de muitos momentos felizes ao lado da família, em espe-cial da netinha, com quem tinha grande sintonia.
Diz a esposa que ele sem-pre foi para ela um amigo, companheiro e orientador desde que se conheceram. Durante os anos, passaram por momentos difíceis, mas unidos a Cristo,
con-seguiram superar cada um deles, saindo fortalecidos. Ela testifica: “Como esposo não poderia ter sido melhor, sempre cuidando de mim com carinho e atento às minhas necessidades. Lem-bro-me que em 2003, quan-do fui acometida de um cân-cer, o Oswaldo esteve ao meu lado fisicamente e, em especial, espiritualmente, jejuando e orando, até que chegássemos ao final dos resultados de todos os exa-mes. Foram cinco longos anos de acompanhamento. O Senhor ouviu nossas ora-ções e fui curada”.
O presbítero Oswaldo Cazaleiro Filho contraiu COVID-19 e desenvol-veu sua forma mais grave. Seu organismo combateu a doença, porém não resistiu às sequelas, sendo recolhi-do pelo Senhor no dia 5 de dezembro. Além da esposa Nanci, dos filhos Luiz e Paula, do genro Rogério e da netinha Isabela, deixou o pai Oswaldo e a irmã Solange. Nanci conclui: “A saudade é indescritível, mas a esperança do reencontro me sustenta”.
Presbítero Oswaldo da Silva Cazaleiro Filho
fALEcImEnTOs
Alderi Souza de Matos
E
O Rev. Alderi Souza de Matos é o historiador da IPB
Em janeiro de 2020, o coração de Oswaldo se encheu de alegria com a chegada da primeira netinha, Isabela. Foi, nesse curto período, um avô apaixonado, aproveitando cada momento de convivência.
"Foi um pai amo-roso, cuidadoso, muito presente e ensinou os filhos nos caminhos do Senhor, estando sempre preocupa-do com a educação e formação espiri-tual deles."
oi da vontade do nosso Deus levar para casa, no dia 24 de novembro de 2020, aos 82 anos, sua serva mui fiel e amada, Hélia Prado Duarte. Viúva do Rev. Pedro Duar-te (1923-2016), de quem foi auxiliadora incansável, era apaixonada por servir ao Senhor com tantos dons e talentos concedidos por Deus. Dedicou-se entre os anos de 1958 e 1993, ao lado de seu esposo, às igre-jas de Blumenau, Rio do Sul, Joinville, São Francis-co, Joaçaba, Xanxerê e os campos de Chapecó, Lages, Lebon Regis, Itajaí e
Itape-ma, em Santa Catarina. O casal teve quatro filhos: Jefferson (in memoriam), Domício, Heliana e Júnia, bem como seis netos: Fili-pe (in memoriam), Lucas, Gabriel, Guilherme, Aman-da e Sofia. Sua bela voz entoava hinos de louvor e declamava poesias que tocavam profundamente seus ouvintes. Seu olhar amoroso, o sorriso franco e suas palavras tinham o poder de fazer o outro sen-tir-se importante e amado por Deus.
Era mulher intercessora, mãe de oração, estudio-sa da Palavra de Deus e zelosa para com as coisas do Senhor. Foi sócia ativa
da Sociedade Auxiliadora Feminina. Tinha pressa em falar de Jesus e do seu gran-de amor; dizia que o seu tempo estava acabando e que não podia perder opor-tunidades. Cheia de seiva e verdor espirituais deixa
para a igreja de Cristo um belo exemplo e um legado precioso de amor e serviço à causa do Mestre. Uma vida consagrada aos pés do Senhor.
Merece destaque o cântico “Bela aos olhos de Deus”, cuja letra e melodia são de sua autoria. Foi composto em 2017, após a leitura do livro com o mesmo título, da autora Elizabeth Geor-ge. Esse cântico se trans-formou no hino do Projeto de Evangelização “Café das Belas”, realizado pela SAF de Rio do Sul (SC). “Somos
belas aos olhos de Deus e queremos servir com amor, / demonstrando em nosso viver gratidão por tão
gran-de favor. / Somos frágeis reconhecemos, mas és forte pra nos ajudar. / Em casa, na igreja e aos outros, que-remos Teu nome honrar. / Aceita oh Pai o que temos e usa no serviço teu. / Unidas te serviremos, nós belas aos olhos teus. / Unidas te servi-remos, nós belas aos olhos de Deus”.
Nossa “bela” Hélia Prado Duarte deixa saudades por onde passou, e agora, para-fraseando um dos seus poe-mas preferidos “contempla pelo direito a tela que a mão de Deus teceu”. Louvado seja o nome do Senhor! aniel dos Santos, a
“Doce Voz”, nas-ceu em Santo André, SP, a 30.11.1959. Filho de Rubens dos Santos, sau-doso evangelista presbite-riano, e Sideney Santos, participou com os grupos musicais Verdade e Vida, Jovens da Verdade (JV) e Rubenitas de muitos projetos evangelísticos. Bacharelou-se em Teologia pelo SPS, Campinas, em 1983. Serviu como mis-sionário no Paraguai em 1984. Ao retornar ao Bra-sil, foi ordenado na IP de Santo André (Presbitério de Santo André), na qual
se casaria no 05.01.1985 com seu amor de infância, Eliana Sá Feitosa. De volta ao Paraguai pela JME, tra-balharam cinco anos ali. Voltaram ao Brasil para o nascimento da filha Dayane. De 1990 a 1993, pastoreou a IP de Utin-ga, período em que nasceu seu filho Eliel. Nos anos seguintes pastoreou as IPs de S. Miguel Paulista e Pedro J. Nunes. Em 1998 auxiliou a 6ª IP de SBC, ano em que nasceu sua filha Danielli. De 1999 a 2004 pastoreou as IPs Vila Monte Alegre e do Jardim Joamar em São Paulo. De
2005 a 2013 pastoreou a IP do Jardim Elba. Logo após, pastoreou as congregações de Rio Grande da Serra e Filadélfia em Guararema. Sua simplicidade e amor em proclamar Jesus foram evidentes na sua jornada cristã. Ele exalava o bom perfume de Cristo.
O Rev. Daniel dos Santos faleceu a 24.10.2020 de complicações resultantes de infecção pela Covid-19. Deixa sua esposa Eliana, três filhos, os netos Luiz, Lívia e Eliana; genro e nora.
Texto de Eliana sua esposa, Eliel e Dayane, seus filhos
Homenagem a Hélia Prado Duarte
Rev. Daniel dos Santos
fALEcImEnTOs
Heliana Duarte Prim
F
D
Heliana Duarte Prim é filha de Hélia Prado Duarte
cOnTExTO E mEnsAgEm
a cultura brasilei-ra, a arte de receber está ligada à tendência de imprimir afetuosidade em tudo o que se faz, mas também pode carregar de forma velada um desejo de ser aprovado. Por isso é de bom tom que se elogie a refeição servida, agrade-cendo e exaltando o talen-to de quem a preparou.
Na cultura judaica, porém, a hospitalidade ultrapassa as intenções sentimentais. Ocupa valor tão alto que o judeu é ins-truído a praticá-la como meio de receber recom-pensas nesta vida e no por-vir. Na prática religiosa judaica, a grandeza dessa mitzvá ou virtude está no mesmo nível do estudo da Torá, podendo até sobre-pujá-lo. A hospitalidade é virtude tão fundamental na vida judaica que chega a ser um pré-requisito para o estudo e compreensão da Torá, compreensão que é adquirida pela pessoa que foi educada para agir em favor do próximo. Entre as virtudes que a religião judaica ressalta na vida de Abraão, a hospitalida-de ocupa lugar especial e o faz “aprovado” por Deus. O Talmude ensina que hospedar convidados é mais importante do que
estar na presença divina. Assim sendo, seguindo o exemplo do pai Abraão, o bom judeu acolhe seus hóspedes providencian-do-lhes comida, bebida, banho e local para des-cansar de maneira agra-dável, além de dispor-se a acompanhá-lo de volta para casa.
Entrando em Betânia, Jesus tornou-se hóspe-de hóspe-de Marta. Essa dona de casa judia o receberia então nos moldes da sua cultura de hospitalidade: faria o que era justo e bom, na mais sã consciên-cia religiosa. Sendo gran-de a fama gran-de Jesus como mestre, ela se empenharia para demonstrar que em sua casa os preceitos reli-giosos eram observados com zelo. Ela queria ser exemplar no cumprimento do dever de acolher seu hóspede e dele esperava aprovação.
Mas como não há fiel que dê conta de cumprir todos os preceitos da religião, Marta se vê constrangida diante do ilustre hóspede por causa do comporta-mento de Maria, sua irmã. Para Marta, foi algo vexa-tório: pareceu que Maria não zelava pelos valores que aprendera.
Não creio que Marta estivesse tão agitada com o acúmulo de serviço como
estava constrangida com a displicência religiosa da irmã. E revela desconfor-to com o fadesconfor-to de Jesus não chamar a atenção de Maria. O zelo de Marta a leva à tolice de sugerir até mesmo o que Jesus deve-ria fazer: “Ordena-lhe que venha ajudar-me!”.
Jesus via o peso que ela mesma colocara sobre seus ombros, no esforço
de ser uma boa anfitriã e desse modo zelosa no cumprimento de seu dever religioso. Isso a deixava inutilmente sobrecarrega-da. Foi como se ele lhe dissesse: “Menos, Marta! Mais do que me recepcio-nar, quero que você me receba”.
Maria, por outro lado, escolheu a boa parte: pre-feriu ficar com Jesus,
aten-tar para a pessoa extraor-dinária que estava ali em sua casa, receber dele o que sua religião jamais lhe daria: a vida eterna.
O foco de Marta foi a recepção de Jesus como seu hóspede. Nesse afã, deu importância dema-siada aos preparativos domésticos. Maria, por sua vez, aproveitou a ocasião para receber Jesus, diri-gindo seu foco para o que ele tinha a lhe transmitir.
Assim como Marta, tendemos a nos apegar a coisas passageiras, que podem ser tiradas de nós, ou interrompidas (por ex. a convivência social, as atividades na igreja). São coisas que por vezes temos e por vezes não. Se as perdemos, nosso pri-meiro impulso é criar-lhes substitutos. A privação momentânea de atividades que nos fazem sentir bem como crentes evidencia os verdadeiros desígnios do nosso coração.
Nesse tempo de priva-ções trazido pela pande-mia, que Deus nos ajude a honrar Jesus. Uma só coisa nos basta: recebê-lo e nos alegrarmos em sua presen-ça. Ele é a boa parte, e essa não nos será tirada.
Sandra Salum Marra
A boa parte, imperdível
N
A Profa. Sandra Salum Marra é membro da IP Vila Mariana, SP.