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Blitz interdita três estabelecimentos por desrespeito a protocolos contra a Covid-19

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Edição: 16 Páginas

CECÍLIO

Repercussão favorável à crô-nica do jornalista e escritor Cecílio Elias Netto, publicada ontem em A Tribuna (Coluna In-Extremis), página A2, sobre o “falso presiden-te da República” que o Brasil presiden-tem. Aos 80 anos completos e 65 anos de jornalismo em Piracicaba, Cecí-lio faz “mea culpa”. E o positivo sai para o ex-presidente Lula (PT).

VÁRZEA

O jornalista e radialista Di-nival Tibério está comemoran-do 32 anos comemoran-do programa Bola na Várzea, pela Rádio Educado-ra AM, que vai ao ar todos os sábados, das 12 às 13h30. Con-ta com a participação de João Salles, Mateus Pedroso e Rena-to Canadinho, e faz sucesso en-tre os amantes do futebol var-zeano de Piracicaba e região.

DECORO — I

A Câmara de Vereadores de Piracicaba comunica que, no dia 11 de janeiro, recebeu três repre-sentações para análise e mani-festação acerca de suposta que-bra de Decoro Parlamentar, por fatos atribuídos ao vereador Fa-brício Polezi. As representações são de autoria do Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Pi-racicaba e Região, Partido De-mocrático Trabalhista e do cida-dão Francys Almeida da Silva.

DECORO — II

Feitas análises quanto à le-galidade das representações pelo Departamento de Assuntos Jurí-dicos, a Câmara tem a informar que: com relação aos pressupos-tos formais, o corpo jurídico en-tende que, embora os requeren-tes possuam legitimidade ativa para a formulação de tais pedi-dos, ainda que haja severas críti-cas aos atos praticados, ainda que apurados verídicos, não induzem e nem autorizam a instauração de processo disciplinar por que-bra da ética e do decoro parla-mentar, pois, a partir da leitura das denúncias, não ficou eviden-ciado o nexo causal entre os fatos e a atividade parlamentar em si, conforme exigência da Resolução 09/2006 (Código de Ética e Deco-ro Parlamentar da Câmara de Vereadores de Piracicaba). As conclusões, no entanto, não sig-nificam a impossibilidade de jul-gamento em outras instâncias.

Blitz interdita três estabelecimentos por

desrespeito a protocolos contra a Covid-19

A ação cumpre determinação

do prefeito Luciano Almeida,

de aplicar tolerância zero

àqueles que burlam as regras;

é a fase laranja em Piracicaba

A postura de endurecimen-to determinada pelo Governo Municipal para os setores que desrespeitam protocolos contra a Covid-19 já começou a surtir resultados. Blitz realizada na noite de quinta (14), entre 19h30 às 23h30, visitou 20 es-tabelecimentos comerciais, en-tre bares e restaurantes,

resul-Blitz realizada na quinta (14), entre 19h30 às 23h30, visitou 20 estabelecimentos

A 8 A 8A 8 A 8 A 8 CCS/Prefeitura

tando na interdição de três de-les, por estarem desrespeitan-do protocolos sanitários e em horário não permitido pela fase amarela do Plano São Paulo. Outros três foram notificados, pois não cumpriam alguns pro-tocolos sanitários, como mesa acima de seis pessoas e falta de álcool em gel nas mesas. A5

A vazão do rio Piracicaba e a previsão de fortes chuvas para os próximos dias foram o tema da reunião realizada ontem (15), pela Comissão de Defesa Civil no Cen-tro Cívico. Toda a equipe se mobi-lizou para elaborar uma estraté-gia preventiva, diante da possibi-lidade eminente de extravasa-mento dos rios Piracicaba e Co-rumbataí. A reunião foi presidi-da pelo Secretário de Governo Carlos Beltrame, que contou tam-bém com outros secretários. A5 Na 161ª coletiva de

impren-sa sobre a pandemia de Covid-19, ontem (15), no Palácio dos Bandeirantes, o Governo do Es-tado procedeu à 18ª reclassifica-ção do Plano SP. Programada anteriormente para 5 de feverei-ro, a iniciativa foi antecipada como medida preventiva e neces-sária para proteger vidas. A si-tuação vem se agravando, a pan-demia acentuou sua segunda onda em São Paulo e no Brasil, e o Governo do Estado toma me-didas de precaução. Por esta ra-zão o Plano SP efetuou a reclas-sificação da fase amarela para a laranja em sete regiões. São elas: Araçatuba, Bauru, Franca, Pira-cicaba, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto e Taubaté. A re-gião de Marília regride da fase laranja para a fase vermelha. A4

Governo

do Estado

antecipa a

reclassificação

do Plano SP

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Laranjal

Paulista: Dr.

Alcides realiza

a primeira

reunião do

secretariado

O prefeito Dr. Alcides de Mou-ra Campos Junior liderou na quar-ta (13) a primeira reunião do se-cretariado do ano, que teve a pre-sença de todos os titulares das pastas e do vice-prefeito Carlinhos Rugolo. O secretário de Esporte, Lazer e Juventude, Rodrigo Cos-ta, que está cumprindo agenda externa para encaminhamento do projeto Gol do Brasil, junto à Con-federação Brasileira de Futebol, participou via conferência. A9

Reunião do secretariado, a primeira de 2021, foi quarta (13)

Divulgação

Banco do Brasil: SindBan

protesta contra demissões

Demissão de 5.000 funci-onários, fechamento de mais de 300 agências em todo o País, descomissionamento da função de caixa, transferên-cia de funcionários sem con-sulta prévia. Essas e outras medidas fazem parte do paco-te de maldades anunciado pelo BB (Banco do Brasil), na

última segunda (11). Contra essas medidas, o SindBan (Sindicato dos Bancários de Piracicaba e Região) realizou um ato na frente da agência Centro do BB para explicar à po-pulação o que está acontecendo. Durante a atividade também foi distribuída uma carta aberta

detalhando as medidas. A4 Protestos foram em frente à agência Centro do BB, em Piracicaba

(2)

A2

A Tribuna Piracicabana

Sábado, 16, a segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

Os deserdados

Antonio Lara

N

ão tem desculpa. Há sema-nas, quase meses, o gover-no vê a segunda onda se avolumar no horizonte. Mais uma vez, países europeus e Estados Unidos foram exemplo do que ia acontecer aqui. Mas o chefe do Executivo foi à praia, seu governo saiu de férias e o Congresso cru-zou os braços. Na virada do ano, o estado de calamidade acabou, as-sim como o auxilio emergencial e as condições especiais para os pa-gamentos das empresas. O país volta ao regime de arrocho fiscal que, mesmo em tempos normais, não costuma dar conta de cum-prir. Imagine-se na pandemia.

As contas vão estourar, o teto vai ser descumprido, os investido-res serão afugentados, etc. Mas a tragédia não é essa. È o contin-gente de milhões de brasileiros que, não terá mais ajuda do Esta-do para sobreviver. As parcelas do auxilio emergencial beneficia-ram 67 milhões de pessoas, impe-dindo que ao menos 23 milhões moradores de grandes metrópo-les, caíssem na pobreza. E agora? Até agora, parece que nin-guém está muito preocupado com isso. O governo corre atrás do pre-juízo provocado por sua inépcia nas ações relativas à vacinação. Esse movimento, indicando que o processo pode começar ainda este mês, animou a mídia, os merca-dos e os políticos. De fato, não há recuperação consistente para a economia sem a vacinação em

Quem está com

Quem está com

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fome quer

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almoçar hoje

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almoçar hoje

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massa da população, apesar do ceticismo geral em relação à ca-pacidade da administração bol-sonaro de concluir esse processo. Mas o Brasil não alcançara a chamada imunidade de reba-nho tão cedo, ainda que sob os cálculos mais otimistas, que fa-lam, no mínimo, em algo até o final deste ano. Até lá, quando o país poderá criar condições para retomada da atividade econômica e do emprego, o que será dos deser-dados do auxilio emergencial?

Governistas com um mínimo de bom senso acreditam que, mais dia, o auxilio – ou um beneficio semelhante – terá que ser retoma-do. Mas o problema é que dificil-mente alguma coisa acontecerá por aqui até o fim de fevereiro, depois da eleição, posse e primei-ras articulações dos novos coman-dantes do Congresso. Sem contar a disputa interna do governo em relação aos gastos públicos e o tempo que, mesmo depois de apro-vado, o dinheiro levaria para che-gar às mãos dos beneficiados.

Muita coisa ruim pode acon-tecer até. Quem está com fome quer almoçar hoje. É difícil que os deserdados do auxilio emer-gencial, jogados na indigência, vão ficar quietos por muito tempo.

———

Antonio Lara, articulista; alprocooHarum@hotmail.com

Data da fundação: 01 de agosto de 1.974

(diário matutino - circulação de terça-feira a domingo)

Fundador e diretor: Evaldo Vicente COMERCIALIZAÇÃO Gerente: Sidnei Borges

SB – Jornais Regionais – EIRELI - 27.859.199/0001-64 Rua Madre Cecilia, 1770 - Piracicaba/SP - CEP 13.400-490

- Tel (19) 2105-8555

IMPRESSÃO: Jornais TRP Ltda, rua Luiz Gama, 144 – CEP 13.424-570

Jardim Caxambu - Piracicaba-SP, tel 3411-3309

No século XII, religiosos construtores de pontes

E

xistiram na Idade Média religiosos especialmente dedicados à construção de pontes. Eram conhecidos como Irmãos Pontífices, ou seja, faze-dores de pontes. Essa curiosa or-dem religiosa teve origem em Avinhão, na França, e sua pri-meira realização foi a famosíssi-ma Pont d´Avignon, celebrizada por uma cançoneta popular que até hoje é cantada pelas crianças francesas. Dessa ponte apenas uma parte resistiu ao tempo. Os turistas a percorrem até mais ou menos a metade da sua exten-são inicial. O resto, foi destruí-do há 350 anos, num períodestruí-do de chuvas em que o rio Ródano, com o volume de água muito acrescido, arrasou com seu ím-peto boa parte da construção.

A Ponte de Avinhão, que é considerada a maior obra de en-genharia do gênero produzida durante toda a Idade Média, e sobre um rio particularmente caudaloso e de águas revoltas, tem sua origem bem documen-tada em narrativas quase coevas, que remetem à figura emblemá-tica de Bénézet (diminutivo de Bento, no dialeto local), menino pastor que teria dado início à construção em meio a episódios maravilhosos registrados pelos hagiógrafos. De acordo com os relatos medievais, auxiliado pelo bispo e pela burguesia da cidade, Bénézet, com 11 anos de idade, foi quem iniciou a construção da ponte de avultadas dimensões, que atingiria 920m de extensão, sobre cerca de 20 arcos, tendo uma largura de 4m - o que era mais do que suficiente para a épo-ca. As dificuldades para a reali-zação dessa obra, cuja necessi-dade se fazia sentir desde os tem-pos do Império Romano, sempre tinham obstado a sua concreti-zação. Até mesmo Carlos

Mag-no, quando esteve em Avinhão, or-denara estudos sobre a constru-ção de uma ponte, mas recuara diante do vulto ingente da tarefa. O pastorzinho empreendeu a obra em 1177. De início, segundo as crônicas, surpreendeu o bispo e os cidadãos do burgo dizendo ter ordens do Céu para construir a ponte. Não lhe deram crédito. Mas uma sequência de milagres, cân-dida e piedosamente registrados nos relatos da época, convenceram os avinhonenses de que Bénézet era realmente um enviado de Deus, pelo que decidiram apoiá-lo. Teve início então a obra, que se esten-deu por 11 anos. Embora seja sur-preendente a rapidez da constru-ção, está ela bem documentada e solidamente assentada nos regis-tros históricos da cidade, de modo a não haver dúvidas a respeito.

Estava a obra pelo meio em 1184, quando, aos 19 anos, faleceu Bénézet, sendo sepultado numa capela erigida na própria ponte. A voz popular imediatamente o acla-mou como santo, sem esperar a canonização oficial. Quando Bé-nézet morreu, as dificuldades ini-ciais da construção, que tinham sido de grande monta, já estavam superadas, de modo que a obra teve andamento e foi concluída em 1188. Os construtores, ao final do trabalho, se articularam em for-ma de ufor-ma associação religiosa, a Ordem dos Irmãos Pontífices, que a partir daquele primeiro trabalho prosseguiu suas atividades em outras partes da França e da Eu-ropa, estendendo sua atuação até o século XV, quando se extinguiu. O corpo de Bénézet permane-ceu na capela, situada no meio da ponte. Em 1669, parte da ponte ruiu, em decorrência de uma forte cheia do rio, mas a parte em que estava a capela permaneceu de pé. Receando que também a capela fosse arrastada pela fúria das

águas, as autoridades eclesiásticas locais decidiram transferir os res-tos mortais de Bénézet para a igre-ja dos monges celestinos, de Avi-nhão, ali ficando num sepulcro que foi depredado e profanado duran-te as perturbações da Revolução Francesa. Na mesma ocasião, os arquivos eclesiásticos da cidade foram devastados, sendo destruí-da a maior parte destruí-da documenta-ção primária referente ao período medieval de Avinhão. Curiosamen-te, a capela situada sobre o tercei-ro arco da ponte resistiu às águas e ao tempo, ainda hoje estando de pé e constituindo ponto de atra-ção turística na cidade de Avi-nhão. A ponte a meias derruída e com a capela ainda ereta é tema frequente para pintores e dese-nhistas; muitas centenas de foto-grafias, produzidas por fotógrafos em ângulos muito diversos, foram transformadas em cartões postais. A iconografia é vastíssima, pois. Qualquer leitor que procure, por um mecanismo de buscas do gênero Google, por “Pont d´Avignon” encontrará dezenas de fotogra-fias da ponte e da capela que ainda se conserva sólida.

Apresentei há alguns anos, num Congresso de História Medi-eval realizado na Universidade de Brasília, uma comunicação sobre essa curiosa ponte e sobre a or-dem religiosa a que ela deu ori-gem. Causou sensação, pois ne-nhum dos presentes podia ima-ginar uma ordem religiosa des-tinada a construir pontes...

Mais tarde, o aprofundamen-to das pesquisas me levou à

con-clusão de que, paralelamente à obra de Saint-Bénézet d´Avignon e até antes dela, em diversos ou-tros pontos da França e da Eu-ropa houve associações religio-sas especificamente destinadas à construção de pontes. Talvez não tenha sido Bénézet o iniciador da Ordem dos Irmãos Pontífices, mas apenas se terá inserido no âmbito de uma Ordem anterior e de maior envergadura. Apare-ceram também dados que per-mitiram levantar a hipótese de não ter havido uma única Or-dem de Irmãos Pontífices, mas ter havido várias instituições in-dependentes e de formação au-tônoma, sendo algumas delas Ordens religiosas propriamente ditas, e outras se revestindo de modalidades diversas de consti-tuição canônica, à maneira de confrarias ou pias uniões de lei-gos sem votos e sem compromis-sos formais de dedicação integral e definitiva de suas vidas. Por fim, pude constatar que a obra de cons-trução de pontes frequentemente se associava a outra de interesse análogo: o estabelecimento de “hospícios” - ou albergues para abrigar os viajantes e peregri-nos, sem custo, por caridade.

Tudo isso é muito surpreen-dente, sem dúvida, para a men-talidade contemporânea. A Ida-de Média, quando estudada seri-amente e sem preconceitos, é uma verdadeira caixa de surpresas.

Continuaremos o assun-to na próxima semana.

———

Armando Alexandre dos Santos, licenciado em História e em Filosofia, doutor na área de Filo-sofia e Letras, mem-bro do Instituto Histó-rico e Geográfico Bra-sileiro e da Academia Portuguesa da História

Nenhum dos

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presentes podia

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ordem religiosa

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construir pontes...

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Bullying – O Que o Motiva? (III)

social e por isso favorece o fe-nômeno. A pessoa que o pra-tica deve buscar ajuda, para evitar que sua agressividade se perpetue na vida adulta.

A existência de plateia é de-terminante para o bullying. Ela estimula o praticante apenas por testemunhar, o que supos-tamente legitimaria o lugar de poder. Por temer o bullying muitas vezes o espectador não toma partido e adota uma pos-tura passiva diante dos fatos. Mas há o espectador que parti-cipa com torcida, risos, palavras de incentivo ao opressor, enca-rando a prática como parte do ambiente escolar. Para a pes-quisadora Cléo Fante, “o espec-tador se fecha aos relaciona-mentos, se exclui porque acha que pode sofrer no futuro”.

A depressão não é apenas uma questão de neurotrans-missores. Esta é uma das di-ferenças entre os tratamentos médico e psicanalítico.

O diagnóstico recebido pa-rece-me o mais perigoso de sua queixa. Ele se cola em você de tal forma que assume ser a pró-pria doença. "Eu sou a depres-são", poder-se-ia arriscar. En-frentará mais dificuldades na cura. Medicamentos lhe retiram a responsabilidade por seu sin-toma, passando a ideia de cura sem implicação de seu desejo.

Sou da opinião que a médi-ca a provocou em sua honra, pois depressão está intimamen-te ligada a ela (a honra). Alie-nado de si o depressivo percebe um mundo irreal. Posiciona-se como vítima e um profissional dificilmente será seu cúmplice. Se não estivesse medicada tal-vez vivesse outra situação.

O

desejo do praticante se sentir popular, poderoso, temido é o motivador do bullying, o que explica as repe-tidas humilhações que faz à sua vítima. Isso evidencia o componente sádico de seus ins-tintos e o gozo ao subjugar o outro. Por outro lado denota uma dificuldade em lidar com frustrações de forma civilizada. Para o Dr. Lauro Montei-ro Filho, fundador da Associ-ação Brasileira Multiprofissi-onal de Proteção à Infância e Adolescência (Abrapa), “o au-tor não é assim apenas na es-cola. Normalmente ele tem uma relação familiar na qual tudo se resolve pela violência verbal ou física e ele reproduz isso no ambiente escolar”.

Tal ambiente é também

Há sete anos recebi o diagnóstico de depres-são e há um ano tomo medicamentos. Ao rela-tar meus sintomas à psi-quiatra fui chamada de mimada e outras coisas. Disse que não havia re-médios no mundo para me curar e que só um psi-cólogo resolveria meus problemas. Senti humi-lhação e preconceito.

Ester, 29

Atrás de um profissional há um ser humano e talvez ela seja uma exceção. O mais im-portante é o que sentiu.

Na cura da depressão o tratamento deve ser multidis-ciplinar. O depressivo vê o mundo de forma distorcida, es-perando dos ‘responsáveis’ mais do que podem dar e esforçam-se menos do que deveria.

I

NTERATIVO

“Um dia, quando olhares para trás, verás que os dias mais belos foram aqueles em que lutaste”.

(Sigmund Freud)

CITAÇÃO!

COMENTÁRIOS

Leitor: Opine, critique, sugira temas nesse espaço. Use até 200 toques. Sigilo absoluto. BLOG: http://pedrogobett.blogspot.com/

FACEBOOK: fb.com/psicopontocom E-MAIL: pedrogobett@yahoo.com.br CORRESPONDÊNCIA: Praça José Bonifácio, 799

13.400-340 - Piracicaba/SP - (19) 99497-9430

P

ela madrugada ao lamos a densa e palpável nuvem colorida da força da Existência presente é que che-gam volitando calmamente com energia no tempo e no espaço os nossos amigos espirituais da Co-lônia Manto da Luz. Com a ama-da, querida e estimada Alma gê-mea iniciamos diálogo no tem-po-espaço, pelo passado-presen-te-futuro. Anunciam que a hu-manidade segue pela frequên-cia infinita das estações da Alma que sempre estão disponí-veis pela intensão, luminosida-de e escolhas. A percepção é o impulso vital para a

sobrevivên-cia. É preciso abrir os olhos e dei-xar a cegueira da crença limitan-te para trás. Grandes limitan-telas se abrem pelos desejos e experiênci-as, revelando julgamentos e opi-niões. Cada Um a suas Obras. E seguimos todos em caravana.

Já nas dependências da Colô-nia Manto da Luz, surgem sequen-cias de Telas e mostram que as li-ções refletem de que temos o livre arbítrio para escolher e sintonizar. Conforme são os nossos pensa-mentos são as nossas companhias espirituais. Não há vitimas. Há es-colhas. Poucos podem enxergar aquilo que ainda está oculto. Abram os olhos, pois, o desejo da

Poucos podem enxergar

aquilo que ainda está oculto

mente com a consciência da Alma muda qualquer frequência. Essa sabedoria não é deste Mundo. Esta nova Era nos traz Luz e devolve a visão do real e das Verdades. Per-mita que esta nova escuta interna possa escutar os sussurros das Almas neste seu novo despertar. Quando a Criatura está pronta o milagre acontece. Não há coinci-dências. Tudo é Sincronicidade, que é viver em comunicação dire-ta com o mais Alto e com a própria Alma. Dentro de nós há toda Sa-bedoria que permeia e clareia nos-sa Existência. Ela revela todos os registros onde nada se perde ou separa. Já possuímos o suficiente e o absoluto está conectado pelo seu poder de decisão. A Reencar-nação nunca erra de endereço. Por isso que, a cada despertar come-ça com a decisão de despertar. Cada escolha te coloca em um es-tado de Vibração que representa diferentes aspectos do seu corpo energético e sempre oferece alter-nativas para sua Cura

Existenci-al no pensar-sentir-agir. Você não está sozinho nessa jorna-da de Vijorna-da. Somos todos Um. Tudo já reside dentro de você. Amados e queridos leitores. É o momento de dizer sim para a Vida. Diga sim para o Universo, abundância, amor e realização em todos os níveis. E toda vez que a Existência lhe põe a prova, sua força, fé e coragem reascen-de. Somos construtores de nos-so próprio Destino. Levaremos apenas o que transmitimos em nossa mente e em nosso coração. É possível desejar-imaginar-con-cretizar. Não seja analfabeto de si mesmo. Criatura poderosa é aquela que conhece a si mesmo. Não permita nunca que pessoas se sintam confortáveis te desres-peitando. A ordem do progresso é a mudança. Quem não muda a si mesmo, não muda coisa algu-ma. Acredite em suas intuições. Seu Mestre, sua Alma. Nossa gratidão eterna. Bom dia e boas energias. Eu acredito em você.

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A3

Sábado, 16, a segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

Limiar de uma nova década

Edson Rontani Júnior

A

lguns irão se deter na inútil discussão: a década ça no ano zero ou ano um? Vamos seguir por princípio que a década de 20, do atual século, co-meçou em primeiro de janeiro pas-sado e se estende até o dia 31 de dezembro de 2030. Mas, este não é o propósito deste artigo. Seu objetivo é lembrar que estamos entrando numa década de defi-nições, principalmente diante da pandemia do coronavírus que nos desacomodou e está definin-do o que é o “novo normal”.

Neste novo cenário, não podemos esquecer que Piraci-caba terá muito a se movimen-tar ao longo desta década.

Um destes pontos é a come-moração dos 200 anos da inde-pendência do Brasil diante do rei-no de Portugal, em 2022. Lembra-do em 7 de setembro ainda é moti-vo de dúvidas quando jornalistas vão às ruas realizar enquetes po-pulares e torna-se evidente a con-fusão entre Dom Pedro Primeiro e Deodoro da Fonseca e o real mo-tivo de comemoração da data.

Foi em lembrança pelo cen-tenário da independência que Lí-dia de Rezende construiu o Mar-co em “oblação” a Dom Pedro, em terras do Engenho Central que depois cedeu espaço para a avenida Armando Césare Dedini. Em 1922, o centenário da In-dependência parou a cidade. O Brasil ainda respirava um ar ine-briante da República, instaurada 33 anos e já se deparava com pau-listas e mineiros na presidência, no que a história nos ensina como sen-do a “política sen-do café com leite”. O poder público criou diversas sole-nidades para lembrar a data, algu-mas das quais podem ser vistas na rede através de um filme rodado na época e restaurado pelo Institu-to Histórico e Geográfico de Piraci-caba. Produção esta feita pela In-dependencia Film para a Exposi-ção Nacional do governo federal.

Foi no fervor das comemora-ções que a Companhia Paulista de Estradas de Ferro revolucionou uma nova área que surgia em Pi-racicaba, conhecida até então pela Chácara Nazareth e pela Igreja dos Frades Capucinhos. Também em 2022 comemora-se o centenário da instalação da Estação de Trem da Paulista, que, inclusive denomi-nou o novo bairro que surgiu além

Não podemos

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Não podemos

Não podemos

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esquecer que

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Piracicaba terá

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Piracicaba terá

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muito a se

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movimentar ao

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longo desta década

longo desta década

longo desta década

longo desta década

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da avenida doutor Paulo de Mo-raes. A via férrea não existe mais. O espaço foi palco do Varejão da Paulista, de circos que por ali se instalaram e também virou o Sam-bódromo da cidade no final da década de 1990. Hoje é um parque de lazer e ocupa um centro cultu-ral exemplar. O terminal ferroviá-rio era promessa do início do sécu-lo, prevendo que estivesse pronto em 1902. Funcionava como o término da Estrada de Ferro da Paulista. Talvez por isso, por anos, Piracicaba foi considerada “fim de linha”, mo-tivado por que os trens e seus va-gões encerravam sua viagem em área ao lado de onde por anos en-controu-se a Metalúrgica Alvarco.

No próximo ano, comemora-se o cinquentenário da Academia Piracicabana de Letras, criada em 8 de março de 1972. O ideal de João Chiarini permanece ativo, buscando novos leitores e escri-tores num período de domínio da escrita e propagação digitais.

Também nos aproximamos do cinquentenário do Salão de Humor de Piracicaba, criado em 1974 e que, em 1976 tornou-se internaci-onal, trazendo para nossa terri-nha, pela primeira vez, um artista internacional: Sergio Aragonés, hoje com 83 anos, espanhol de nascimento, mas criado no Méxi-co, de onde despachou nos anos 1960 e 1970 suas impagáveis pia-das para as franquias da revista Mad publicada em todo o planeta. A ideia que surgiu em O Diário para tirar a mordaça criada pela livre expressão da imprensa, expôs Pi-racicaba ao longo dos últimos 50 anos de uma forma exemplar.

Poderiam ser enunciadas aqui todas as datas festivas futu-ras desta década. Não existe este propósito. O objetivo é chamar a atenção à sociedade em geral para algumas datas consideradas como deveras importantes para nossa querida “Noiva da Colina”. E que não caiam no esquecimento...

———

Edson Rontani Júni-or, jornalista

BB: Não às demissões e ao fechamento de agências

O presidente

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Bolsonaro e o

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ministro Paulo

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Guedes nunca

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esconderam o

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incômodo dos

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ultraliberais

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Professora Bebel

O

Banco do Brasil anunciou, segunda (11), PDV (Pro-grama de Demissão Vo-luntária) para 5 mil funcionários da instituição. Desde a semana passada já havia a expectativa pelo anúncio desse programa, porém ele é maior do que se ima-ginava inicialmente. De acordo com o Sindicato dos Bancários de SP, o plano prevê mudanças em 870 pontos de atendimento por meio do fechamento de agências, postos de atendimento e escritó-rios e a conversão de 243 agênci-as em postos. Também estão pre-vistas a transformação de oito postos de atendimento em agên-cias, de 145 unidades de negócios

em Lojas BB, além da relocalização e 85 unidades de negócios e a cria-ção de 28 unidades de negócios.

O PDV prevê duas modalida-des de modalida-desligamento: o 11 Progra-ma de Adequação de Quadros (PAQ), para o que a direção do ban-co ban-considera excessos nas unidades; e o Programa de Desligamento Ex-traordinário (PDE), para todos os funcionários do BB que atenderem aos pré-requisitos. A Comissão de Empresa dos Funcionários do Ban-co do Brasil (CEBB) está organizan-do um plano de lutas e mobilizações contra essa medida do banco. O presidente Bolsonaro e o ministro Paulo Guedes nunca esconderam o incômodo dos ultraliberais com a existência de um banco público, competitivo e indutor do

crescimen-to econômico no Brasil, liberando crédito para pequenos e médios empresários e para a agricultura. Por isso, já vinham restrin-gindo as funções do banco e, em reunião ministerial cuja gravação foi amplamente divulgada, Gue-des deixou clara a intenção de vender o BB. O PDV agora anun-ciado e o fechamento de agências parece se enquadrar

perfeitamen-te no plano de abrir ainda mais espaço para bancos privados no mercado financeiro do Brasil, bem como de “enxugar” o próprio BB com vista ao sempre presente ob-jetivo de privatizá-lo. É mais uma obra de paulatina destruição do patrimônio do povo brasileiro co-locada em prática por um governo que nada constrói e tudo destrói. Frente ao exposto, a Apeo-esp repudia veementemente esse ataque e nos solidarizamos com os funcionários do Banco do Brasil, colocando-nos ao seu lado em defesa do emprego e do desenvolvimento nacional.

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Professora Bebel, presi-denta da Apeoesp, depu-tada estadual pelo PT

A grande mudança na relação fisco e contribuinte em 2020

Ainda não é

Ainda não é

Ainda não é

Ainda não é

Ainda não é

possível saber as

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consequências

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da pandemia e

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sequer avistar

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quando ela estará

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sob controle

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Silvania Tognetti

N

ão fosse a terrível pande-mia do SARS-COVID19, o ano de 2020 seria lembra-do pelos operalembra-dores lembra-do Direito Tributário como o ano da mu-dança no relacionamento fisco e contribuinte, que foi marcado ao longo de anos pela adversidade resultante de uma desconfiança de ambas as partes e encontrou, finalmente, o caminho do diálo-go com a transação tributária.

No lado das autoridades fis-cais, os contribuintes eram primei-ramente vistos como efetivos so-negadores e, depois de ganharem alguma confiança, apenas como “potenciais sonegadores”. Cada movimento de um contribuinte poderia ser uma manobra que fa-ria com que ele deixasse de pagar aos cofres públicos valores devi-dos. Não havia reflexão sobre a correção e legalidade do que era efetivamente devido e, muito me-nos, a consideração aos fatores econômicos que podem fazer com que o contribuinte mais zeloso não consiga pagar suas obrigações tributárias. É fato que uma par-cela considerável dos contribu-intes com seus subterfúgios e defesas vazias contribuíram para a formação desta imagem tão ne-gativa, prejudicando a esmaga-dora maioria dos contribuintes que tentam fazer tudo certinho. Do lado dos contribuintes, grande parte da cobrança fiscal era primeiro inconstitucional ou ilegal antes de ter alguma chance de ser apenas uma exigência tributária para a manutenção do Estado. Muitos agentes públicos, em razão de tristes episódios de corrupção, eram encarados como potenciais criminosos, colocando-se tudo o que diziam em dúvida. Alguns advogados, consultores e conta-dores com pouca consciência de

suas responsabilidades profissio-nais ajudavam seus clientes a es-conder fatos geradores (como se isto fosse planejamento) e torna-vam os agentes públicos em espi-ões que precisavam ser despista-dos pelos contribuintes. Para as crises financeiras, o remédio era parar de pagar os tributos e, no fechamento da empresa, deixar o problema fiscal de lado, para pres-crever, fazendo com que os procu-radores públicos se tornassem meros “caçadores das empresas perdidas”. Não se via no agente público um profissional que iria verificar se algo ocorreu de erra-do com o valor arrecadaerra-do, iden-tificar o erro, permitir que o con-tribuinte possa continuar sua ati-vidade pagando corretamente o que deve e, com isto, garantir o dinheiro necessário para a manu-tenção das instituições públicas.

É preciso reconhecer que o contribuinte é o grande herói da arrecadação, porque ele é quem faz existir o que será arrecadado. O setor público não produz riquezas que possam ser tributadas, apenas o setor privado faz isto. De outro lado, os agentes arrecadadores do Estado são os heróis da sociedade, pois, sem eles, não existiria a maior parte dos recursos públicos que per-mitem a atuação do Estado na so-ciedade. O cumprimento de obri-gações fiscais quase nunca se daria de forma espontânea. Enfim, esta relação fisco-contribuinte é simbi-ótica, um não vive sem o outro.

E é por essa razão, de rela-ção simbiótica, que 2020 mar-cou o início de uma nova histó-ria: a possibilidade prevista em lei do diálogo entre contribuin-te e fazenda pública na busca de soluções para permitir a arreca-dação de tributos em atraso sem impedir a continuidade das em-presas. É o ano em que se inici-am as transações tributárias.

Presente no Código Tribu-tário Nacional desde a década de 60, a transação tributária es-perou mais de quatro décadas para ser regulamentada em lei e apresentar-se como útil e eficaz para a sociedade. Uma pena! Po-deríamos estar bem mais avan-çados nas formas de arrecadação eficiente de receita tributária.

A Lei 13.988, de 14 de abril de 2020, trouxe, finalmente, a possibilidade de celebração de transações entre Procuradoria da Fazenda Nacional e os contribu-intes. O objetivo é permitir que o contribuinte possa reunir toda a sua dívida com a fazenda pública federal e apresentar um plano para liquidação com algum des-conto, mas principalmente um racional de pagamento da dívida coerente com os seus limites fi-nanceiros. Embora também pre-veja a transação por adesão, nos-so foco aqui são as transações individuais aquelas que trazem uma nova forma de soluções de conflito para o passivo tributário. Isso, porque, na transação por adesão, a fazenda pública apresen-ta um conjunto de condições para pagamento com o qual o contribu-inte pode aderir permitindo uma solução para o seu passivo tribu-tário. É iniciativa da Fazenda Pú-blica que deixa pouco espaço para a individualização do caso de cada contribuinte. Mas, para os contri-buintes com passivo tributário aci-ma de 15 milhões de reais é possí-vel a transação individual,

perfei-to exemplar da aproximação en-tre fisco e contribuinte, onde o contribuinte apresenta seu pla-no para quitar a dívida, como de-vedores fazem ao tentar renego-ciar seus débitos privados com seus credores. Em nome da trans-parência as transações são pú-blicas e podem ser consultadas no site da Fazenda Nacional. Vale ver que estamos avançando.

Ainda há muito para evoluir em matéria de transação tribu-tária. A meu ver, um dos princi-pais pontos é o estabelecimento de um prazo máximo de 84 me-ses para o encerramento das obrigações transacionadas. Dian-te da realidade do endividamen-to dos contribuintes e quando comparado com o que vemos no caso de dívidas privadas, é um prazo ainda pequeno, o que tor-na as prestações muito altas. Na alteração recente da Lei de Re-cuperação Fiscal, há previsão de prazo maior para entidades em recuperação judicial, 120 meses, o que já melhora um pouco, mas o ponto fundamental é que o pra-zo deveria ser o resultado de uma análise do valor da dívida e da capacidade financeira, o que pode exigir prazos mais longos.

O ano de 2021 (e talvez os próximos também) serão muito difíceis para a economia. Ainda não é possível saber as consequ-ências da pandemia e sequer avistar quando ela estará sob controle. Muitas empresas não so-breviverão e outras mais precisa-rão de muita ajuda para supera-rem o momento. Será uma boa oportunidade para testar o diálo-go e ampliar ainda mais o leque de contribuintes que possam aces-sar as transações individuais.

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Silvania Tognetti, advo-gada, tributarista e sócia do Tognetti Advocacia

É de se esperar

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É de se esperar

É de se esperar

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que os governos

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não criem

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embaraços para

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as empresas

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que pretendem

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vacinar seus

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colaboradores

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e familiares

e familiares

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Dirceu Gonçalves

N

esse momento, em que o Ministério da Saúde prevê começar na próxima terça (ou quarta-feira) a vacinação con-tra a Covid-19, surge a notícia de que o governo proibirá ou pelo me-nos não incentivará a compra de vacina por empresas que preten-dam imunizar seus funcionários e familiares. Tal posicionamento, po-rém, carece de melhor reflexão. Em nada prejudicaria (até poderia ser benéfica) a ajuda do empresariado na tarefa imunizadora que o go-verno chama integralmente para si. O importante é que a vacina che-gue ao destinatário com a maior brevidade, pois disso depende a baixa da transmissão e até a extin-ção do vírus e de suas conseqüên-cias. Evidente que, mesmo no am-biente empresarial, a vacinação deve ser iniciada pelos grupos prio-ritários (idosos, portadores de co-morbidades e profissionais expostos a riscos, como os da área da Saúde) e não podendo ser a droga vendida pela empresa aos seus colaborado-res. Lógico que, da mesma forma que a vacina pública, a empresarial só deve ser autorizada com o em-prego de fórmulas aprovadas e li-cenciadas pela Anvisa (Agência Na-cional de Vigilância Sanitária).

Se as empresas puderem imu-nizar seu pessoal, diminuirá a de-manda à vacinação pública e esta poderá proteger um maior núme-ro de indivíduos em menor tem-po. Essa celeridade repercutiria po-sitivamente porque, conforme o co-nhecimento já disponível, todo o vacinado, mesmo que volte a ser infectado pelo coronavírus, será em menor gravidade. Exemplifica-se que, em vez de ter de ficar inter-nado, poder ser entubado e até ir à morte, o reinfectado pós-vacina teria apenas os sintomas já enfren-tados nas fortes gripes e resfria-dos que já o acometeram ao longo da vida e poderá se isolar em do-micilio, ingerindo medicamentos básicos para amenizar os sintomas até que o ciclo virótico termine. É por isso que muitos especialistas dizem que, independente do per-centual de imunização, devemos tomar a primeira vacina que che-gar perto do nosso braço pois, com qualquer uma das que estiverem aprovadas pelo órgão de controle, estaremos mais protegidos do que aqueles que não se vacinaram.

As empresas e a vacinação

dos seus empregados

É de se esperar que os gover-nos – federal, estaduais e munici-pais – não criem embaraços para as empresas que pretendem vaci-nar seus colaboradores e familia-res. Em vez de obstaculizar, União e Estados deveriam diligenciar junto aos prefeitos para, com sua liderança e proximidade que têm aos empresários de suas cidades, incentivem-nos a vacinar sua equi-pe de trabalho. Isso poderá ser o passaporte para chegar mais rápi-do à normalidade e à cessação rápi-dos prejuízos trazidos pela pandemia. Uma iniciativa assim jamais po-derá ser vista como concorrência e nem um meio de “furar a fila”, desde que no seu ambiente cada empresa obedeça a escala de vaci-nados prioritários constante do Plano Nacional de Imunização. Essa ação deveria ser encarada como de caráter social e profiláti-co e, por isso, os custos sejam ban-cados pela empregadora, vedada a possibilidade de repassá-los aos vacinados pois, com isso, poderia transforma-se em operação mer-cantil e até oportunidade e lucro através da pandemia. A vacina fornecida a preço de custo – sem lucro comercial e de atravessado-res – pode ser um excelente inves-timento para qualquer empresa que quer manter seus negócios.

Pensamos que oportunizar a vacinação pelas corporações traz mais benefícios do que possíveis di-ficuldades. Principalmente porque em nada interfere no programa público de imunização. Só pode aju-dar na medida em que assume a responsabilidade pela proteção de significativa parcela da população...

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Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves, dirigente da Aspomil (Associação de As-sistência Social dos Polici-ais Militares de São Paulo); aspomilpm@terra.com.br

João Ribeiro Junior

Q

uando abrimos um livro sobre a escravidão no Bra-sil, dependendo do livro a enredação é longa, cheia de arti-manha de bastidores políticos. Houve interesses múltiplos entre os nossos homens públicos e os de fora, desejarem a manutenção da escravatura africana, e não sua ex-tinção. A ideologia, os princípios norteadores da Abolição e o senti-mento cristão de que ele revestia deixam muita coisa a desejar no cadinho da realidade histórica. nos meandros de uma fase vergo-nhosa da nossa nacionalidade. Em alguns livros, podemos nos perder nele, sem maior ou menor provei-to para ninguém. A pesquisa his-tórica é o estudo dos mecanismos que vinculam a dinâmica das es-truturas - as modificações espontâneas dos fatos sociais maciços -à sucessão dos acontecimentos: nesta última intervém os indiví-duos e o ocaso, mas com uma efi-cácia que depende sempre, num prazo mais ou menos longo, da adequação entre tais impactos descontínuos e a tendência dos fatos sociais maciços. Portanto nesta matéria vou apenas ater-me ao básico que conhecemos, mas, que não constam nos livros ofici-ais de História A dificuldade na pesquisa sobre a escravidão no Brasil é devida a Ruy Barbosa, que, como ministro da Fazenda do primeiro regime Republicano ins-talado no Brasil, mandou quei-mar todos os documentos sobre a escravidão, guardados nas re-partições públicas. O que

real-mente sabemos são esses fatos his-tóricos: contados pelos viajantes que nos visitaram nesta época.

Os negreiros iam buscar os escravos na Costa de África e lá negociavam com os chefes de tri-bos negras que os trocavam por mercadoria europeia. Às vezes ha-via resistência dos cativos que eram então caçados, a base de por-retadas e bofetões (e isso por ne-gros que vendiam seus próprios irmãos negros) Os negros vinham, como animais de corte, amontoa-dos em porões de navios, muitos acorrentados (naturalmente os mais rebeldes), numa promiscui-dade de sexo revoltante, como po-demos ver, nas gravuras de João Maurício Rugendas. Outro pintor, Jean Baptiste Debret conta em suas, gravuras que “a falta de ar, a tristeza, a insuficiência de uma alimentação sadia, provocavam fe-bres, disenteria; um contagio ma-ligno dizimava diariamente esses infelizes vítimas acorrentadas no fundo do porão do navio, arque-jantes de sede e respirando um ar pervertido pelas dejecções infectas, que emporcalham mortos e vivos; e o navio negreiro, que embarcava escravos na Costa da África, após uma travessia de dois meses, de-sembarcavam apenas 300 a 400 indivíduos para serem vendidos na Rua do Valongo, no Rio de Janei-ro, inteiramente nus. Posterior-mente eram examinados dos pés à cabeça pelos compradores, que lhes abriam as bocas e lhes puxa-vam pelos dentes, depois, lhes apal-pavam os corpos e beliscavam em busca de possíveis defeitos físicos ocultos. Entre as adolescentes o

exame era mais demorado, pois iria servir com objeto de prazer. E no final, a compra de um negro e a de um cavalo não havia diferença. Finalmente, comprados, davam-lhes a primeira alimenta-ção, que se tornou o menu para outras, no local em que iriam tra-balhar: feijão preto, pirão de fari-nha de mandioca, angu de fubá, toucinho, jerimum, abóbora cozi-da. Nos dias de abstinência religi-osa (afinal os escravocratas eram cristãos.) a comida vinham em abobora escavada ou de cuia de árvore de cuité, segundo os explo-radores Spyx e Martius. Sem dú-vida havia exceções, como conta J.J. von Tschudi: “em certas fa-zendas, os escravos levantavam-se de madrugada fechada e labu-tavam até às 10 da noite; muitas vezes debaixo do relho de um feitor de escravos recebem mais bacalhau nas costas do que na barriga”.

Costumava-se alugar escra-vos como bens semoventes. O

preço do aluguel variava muito: 80 reais por dia de serviço bra-çal na roça. Os ferreiros, serra-lheiros, carpinteiros, pedreiros e de outras profissões, ganhava um pouco mais, mas eram trata-dos como se fossem escravos para roça. De modo geral, os es-cravos (por incrível que pareça) tinham vida livre para procria-ção. Fazendeiros achavam que o amor livre entre a escravaria pro-duzia não só crias (termo usado na época, no lugar de filhos) mais robustas, mas também os dispen-sava de muitas formalidades le-gais e religiosas. Muitas vezes, o simples assentimento dos senho-res equivalia a um casamento formalizado e sacramentado.

O roubo de escravos por qua-drilhas de bandoleiros, orienta-dos e custeaorienta-dos por fazendeiros, não só roubavam escravos, para leva-los para os engenhos para vende-los, ou para uso d os pró-prios fazendeiros, mas também desviavam, com falsas promessas de uma vida melhor. Daí escra-vos fugitiescra-vos ou roubados serem encontrados pelas ruas ou pelas estradas. Nas cidades, como em São Paulo, Rio de Janeiro ou Mi-nas. Há muito ainda sobre a es-cravidão, que deveria constar nos livros oficiais atuais da Histó-ria do Brasil, escrita ideologica-mente, para interesses políticos.

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João Ribeiro Junior, ad-vogado (USP) docente de Direito Constitucio-nal e de História, doutor em Educação e mestre em Filosofia (Unicamp)

Uma fase vergonhosa da nossa nacionalidade

Ruy Barbosa,

Ruy Barbosa,

Ruy Barbosa,

Ruy Barbosa,

Ruy Barbosa,

como Ministro

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da F

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da Fazenda do

azenda do

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primeiro regime

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republicano

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instalado no

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Brasil, mandou

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queimar todos os

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documentos sobre

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a escravidão,

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guardados nas

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repartições

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Governo antecipa a reclassificação do Plano SP

Aceleração da pandemia levou à antecipação; Desenvolvimento Regional anuncia seis regiões na fase amarela, abrangendo 67% da população do Estado

A Tribuna Piracicabana

Sábado, 16, a segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

A4

José Renato Nalini

U

m dos efeitos perversos da era digital é a volúpia com que tantos exploram a pró-pria imagem, na vã tentativa de eternizar o que é finito. Nada contra a beleza. A estética tem conotações íntimas com a ética. Já chamei a ética de “estética da alma”. Porém, nestes tempos de fanatismo e excesso, cumpre lembrar a sabedoria helênica: a virtude está na moderação.

Os gregos também nos en-sinaram o caminho da conten-ção: nada em excesso. Nos mostraram que o essencial é investir no “conhece-te a ti mes-mo” e que somos frágeis e efê-meros: “Só sei que nada sei!”.

Verdades que a humanidade vai esquecendo, negligenciando o cultivo da humildade, a mais mo-desta e fraca dentre as virtudes.

A mensagem cristã, que atin-giu dois terços do planeta, não é outra. Cristo foi uma pessoa hu-milde, nascida em lar huhu-milde, le-vando uma vida humilde. Seus ensinamentos perduram e seus seguidores também nos legaram lições atemporais. Detenho-me no livro do Apocalipse de João, 3-17 e leio: “Pois dizes: estou rico e abas-tado, e não preciso de coisa algu-ma, e nem sabes que tu és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu”. Não foi isso o que a pande-mia evidenciou nestes meses an-gustiantes em que perdemos du-zentos mil brasileiros e milhões de seres humanos em todo o cada vez menor planeta Terra?

A peste preferiu os idosos, aqueles com alguma comorbida-de, como se estivesse a dizer: li-vraremos o mundo do “peso mor-to”, na filosofia vigente. Afinal, vale o que é jovem, produtivo, eficien-te, belo e poderoso. Aquela faixa que já não tem muito a oferecer, na vertente materialista, pode desocupar espaço, cada vez mais exíguo, depois que a demogra-fia foi inflando as cidades e exaurindo os recursos naturais. Ocorre que, não satisfeita com dizimar a faixa dos frá-geis, a praga voltou – ou ape-nas continuou? – agora a con-taminar jovens, atletas, saudá-veis, crianças, pessoas que se consideravam invulneráveis.

Será que ninguém lê a men-sagem explícita da pandemia?

Escancarou-se a debilidade do ser humano, a pretensiosa criatura que se considera a úni-ca racional, aquela que procu-ra, com sua dogmática, ser mais inflexível e rígida do que Deus. Aquela que tem a cora-gem de se comparar em imacora-gem e semelhança a Ele. Não adian-tou esse recado para uma utó-pica e milagrosa conversão des-se coletivo irado, a des-semear córdia e ódio, a explorar as dis-senções e a procurar derrubar o próximo a qualquer custo? Hou-ve arrefecimento da vaidade, do exibicionismo, do narcisismo?

Há quem acredite numa nova etapa humana quando a Covid19 vier a ser debelada. O que ainda parece distante. Mas há também aqueles que disso duvidam.

Quan-do se vê a mediocridade das dis-cussões, o espaço dedicado a su-perficialidades, a continuidade do uso criminoso dos escassos re-cursos do povo, a perseverança na prática do mal, é difícil man-ter forte a crença na superiori-dade de propósitos dos homens. Os sinais apocalípticos são perceptíveis. Já vinham surgindo inimizades, rupturas, ressenti-mentos, traições, maledicências, uma onda maldosa a impregnar o convívio. Nada parece ter obstado a continuidade das malevolências ínsitas à miséria humana. Leia-se no livro do Apocalipse de João, 22,11: “Continue o injusto fazen-do injustiça, continue o imunfazen-do ainda sendo imundo; o justo con-tinue na prática da justiça e o santo continue a santificar-se”.

As Escrituras dão vários exemplos de que fora suficien-te a existência e perseverança de um justo, para aplacar a ira divina. Será que diante da es-trondosa inflação de injustos, a proporção ainda será suficiente para salvar a humanidade?

Como seria importante que esta fase de terror acarretasse mudança de hábitos. Que todos

pensassem menos em si e mais no desvalido. Tivessem noção de que poder, dinheiro, fama, ima-gem e qualquer outro valor pos-to no ápice de nossa hierarquia axiológica de nada valem, dian-te de um inimigo ainda onipo-tente e imponderável. Onde vão parar vaidade e orgulho, diante da impotência face à praga?

A humanidade precisa ser educada para a humildade pura, não aquela hipócrita, análoga à falsa modéstia. Atente-se para o que Chesterton, o polêmico pensador, assinalou a respeito da educação: “Educar é dar algo – talvez veneno. Educação é tra-dição, e tradição (como o nome indica) pode ser traição”.

Não haverá doses de veneno na educação que só enfoca a com-petição, a conquista do dinheiro e de posições e relega a virtude para a arqueologia de tempos idos?

O mundo precisa de uma educação ética, solidária e virtu-osa. Aquilo que Chesterton cha-mou de “educação perpétua”: “Eis a educação perpétua: ter su-ficiente certeza de que algo é ver-dadeiro, a ponto de chegar à ou-sadia de contá-lo a uma criança”. Qual a verdade que estamos contando às nossas crianças?

———

José Renato Nalini, reitor da Uniregistral, docente da Pós-graduação da Uni-nove, presidente da Aca-demia Paulista de Le-tras (APL); foi presiden-te do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo

Mais humildade, por favor!

A humanidade

A humanidade

A humanidade

A humanidade

A humanidade

precisa ser

precisa ser

precisa ser

precisa ser

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educada para a

educada para a

educada para a

educada para a

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humildade pura,

humildade pura,

humildade pura,

humildade pura,

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não aquela

não aquela

não aquela

não aquela

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hipócrita, análoga

hipócrita, análoga

hipócrita, análoga

hipócrita, análoga

hipócrita, análoga

à falsa modéstia

à falsa modéstia

à falsa modéstia

à falsa modéstia

à falsa modéstia

Na 161ª coletiva de imprensa

sobre a pandemia de Covid-19, ontem (15), no Palácio dos Ban-deirantes, o Governo do Estado procedeu à 18ª reclassificação do Plano SP. Programada anterior-mente para 5 de fevereiro, a inici-ativa foi antecipada como medida preventiva e necessária para pro-teger vidas. A situação vem se agra-vando, a pandemia acentuou sua segunda onda em São Paulo e no Brasil, e o Governo do Estado toma medidas de precaução.

Por esta razão o Plano SP efetuou a reclassificação da fase amarela para a laranja em sete regiões. São elas: Araçatuba, Bau-ru, Franca, Piracicaba, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto e Tau-baté. A região de Marília regride da fase laranja para a fase verme-lha. As demais regiões permane-cem na fase amarela, abrangendo 67% da população do estado.

Com a regressão para a fase vermelha, 62 municípios do DRS (Departamento Regional de Saú-de) de Marília só podem

permi-tir o funcionamento de ativida-des essenciais, como farmácias, mercados, padarias, lojas de conveniência, bancas de jornal, postos de combustíveis, lavande-rias e hotelaria. Comércios e ser-viços não essenciais só podem atender em esquema de retirada na porta, drive-thru e entregas por telefone ou aplicativos.

“O momento é de responsa-bilidade e de trabalho, com arti-culação com os prefeitos do Es-tado. As regiões citadas regredi-ram de fase em especial por con-ta da con-taxa elevada de ocupação de leitos em seus municípios. Exatamente por conta disso, dis-ponibilizamos desde o início do ano 250 novos leitos, para hospi-tais estaduais, filantrópicos e municipais. É uma ação articula-da e imediata, para que ninguém em SP fique sem atendimento O trabalho articulado entre estado e municípios salva vidas”, afir-mou o secretário Marco Vinholi. Academias, salões de beleza, restaurantes, cinemas, teatros e

parques estaduais podem funcio-nar na fase laranja. Todas as ati-vidades liberadas podem funcio-nar por até oito horas diárias e com capacidade de público de 40%. Porém, todos os estabelecimentos devem encerrar o atendimento presencial às 20h. O consumo lo-cal em bares está proibido. Agora, na etapa amarela, estão as regiões da Grande São Paulo, Araraquara, Baixada Santista, Barretos, Cam-pinas e São João da Boa Vista.

Na segunda semana epidemi-ológica de 2021, o mundo enfren-ta uma nova onda da Covid, e SP e o Brasil não foram poupados dela. Segundo o secretário de Saúde, os números de dessa sex-ta-feira (15) são semelhantes aos do pico da pandemia em meados de 2020. Todos os índices de saú-de tiveram incremento significa-tivo. São Paulo registrou, ante a semana anterior, incremento de 5% no número de casos, 2% em óbitos e 10% em novas internações.

LEITOS DE UTI - A taxa de

ocupação de leitos de UTI

alcan-çou 67%. O Estado computa um total de 1,6 milhão de casos de Co-vid. O Centro de Contingência re-comendou ainda que os 645 muni-cípios do estado apertem as m re-gras para reuniões de trabalho em locais fechados, como limite máxi-mo de 25. Todos os protocolos sa-nitários e de segurança para cada atividade estão disponíveis no site do Plano SP e devem ser seguidos rigorosamente para conter a pan-demia. Prefeituras que se recusa-rem a seguir as normas estabele-cidas pelo Governo do Estado fi-cam sujeitas a sanções judiciais.

ALERTA PARA 43 MU-NICÍPIOS - O Governo do

Es-tado também colocou em alerta 43 cidades que, independente-mente da classificação de suas regiões, estão com ocupação hospitalar de pacientes graves com coronavírus acima de 80%. A recomendação é que as Prefei-turas determinem a restrição to-tal de atividades não essenciais para aliviar a pressão sobre hos-pitais públicos e particulares.

Os municípios em situação de alerta são: Américo Brasili-ense, Amparo, Apiaí, Areias, Artur Nogueira, Avaré, Bauru, Birigui, Caçapava, Carapicuíba, Cruzeiro, Embu das Artes, Fer-nandópolis, Ferraz de Vascon-celos, Franca, Franco da Rocha, Ilha Solteira, Itapecerica da Ser-ra, Itapetininga, Itaquaquecetu-ba, ItatiItaquaquecetu-ba, Jacareí, Mairiporã, Marília, Matão, Mogi das Cru-zes, Novo Horizonte, Ourinhos, Paulínia, Pederneiras, Porto Feliz, Presidente Prudente, Pro-missão, Santa Cruz do Rio Par-do, São Manuel, Serrana, Socor-ro, Sorocaba, Tatuí, Taubaté, Tupã, Valinhos e Votuporanga.

VACINAS DO BUTAN-TAN - No evento, o governador

João Doria também anunciou que o Executivo paulista iniciará, no dia 18, a entrega das doses da va-cina do Butantan ao Ministério da Saúde, para a imunização dos bra-sileiros. 4,5 milhões de doses pron-tas para aplicação serão encami-nhadas para um Centro de

Distri-buição e Logística do Ministério da Saúde, no Aeroporto de Guaru-lhos. “As doses entregues ao Mi-nistério da Saúde serão destina-das para os estados brasileiros e o Distrito Federal. Vamos aguardar que, neste domingo (17), a Anvi-sa autorize o uso emergencial da vacina do Butantan, assim como esperamos que o faça também para a vacina de Oxford/Astra-Zenica”, afirmou o Governador.

O Butantan já dispõe de 10,8 milhões de doses da vacina. No fi-nal de março, a carga total de imu-nizantes disponibilizados pelo ins-tituto está estimada em 46 milhões de doses. A vacina é desenvolvida pelo Butantan há pouco mais de seis meses, em parceria internaci-onal com a farmacêutica Sinovac, de Pequim. O produto é baseado na inativação do vírus Sars-CoV-2 para induzir o sistema imunoló-gico humano a reagir contra o agente causador da Covid-19. A tecnologia é similar à de outras vacinas amplamente produzidas pelo instituto de São Paulo.

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SindBan protesta contra demissões

Demissão de 5.000 funcioná-rios, fechamento de mais de 300 agências em todo o país, descomis-sionamento da função de caixa, transferência de funcionários sem consulta prévia. Essas e outras medidas fazem parte do pacote de maldades anunciado pelo Banco do Brasil na última segunda (11)

Contra essas medidas, o Sin-dicato dos Bancários de Piracica-ba e Região realizou um ato na fren-te da agência Centro do BB para explicar à população o que está acontecendo. Durante a atividade também foi distribuída uma carta aberta detalhando as medidas.

Para o presidente do Sindban, José Antonio Fernandes Paiva, “as medidas, além de afetarem as

fa-mílias dos funcionários vão atin-gir milhares de clientes do banco que não terão mais agências pró-ximas para serem atendidas. O Banco do Brasil tem mais de 200 anos. É responsável por boa parte do financiamento agrícola e de outros setores da economia. As medidas do governo federal que-rem enfraquecer o banco para jus-tificar sua privatização. Quem per-de com isso é o país”, concluiu.

TUITAÇO — Depois do

ato, bancários de todo o país re-alizaram um protesto virtual “tuitaço” com a frase #MeuBB-VAleMais para mais uma vez chamar a atenção da sociedade sobre a gravidade da

reestrutu-ração para a economia do Brasil. Protestos foram em frente à agência Centro do BB, em Piracicaba

Divulgação

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Anhanguera: cupons de desconto aos candidatos

O Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) é uma das princi-pais portas de entrada dos brasi-leiros no acesso ao ensino superi-or. A próxima edição, que conta com mais de 5,8 milhões de inscri-tos, será a primeira após o surgi-mento da Covid-19. Pensando na segurança e na saúde dos candi-datos, a Anhanguera Piracicaba vai disponibilizar vouchers com

descontos para viagens de Uber para o transporte dos estudantes com segurança e comodidade.

A Anhanguera oferecerá no primeiro dia de provas presenci-ais, no domingo (17), cupons digi-tais no valor de R$ 5 para trajetos ao local de prova, evitando estres-se adicional com o planejamento do transporte em uma data já marca-da pelo nervosismo para os

estu-dantes de Piracicaba. Para garan-tir o voucher, os candidatos deve-rão se cadastrar no site – https:// parceria-uber.anhanguera.com/. O código de desconto será enviado via SMS ou e-mail. *O desconto poderá ser utilizado entre às 9h e 21h, no dia 17, além de ser exclusi-vo para os candidatos que irão prestar o Enem. A ação conta com quantidade limitada de cupons.

ENEM EM SÃO PAULO

- Segundo o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesqui-sas Educacionais Anísio Tei-xeira), somente no estado de São Paulo, mais de 900 mil es-tudantes devem realizar a pro-va nos próximos dias, sendo cer-ca de 880 mil nos locer-cais de pro-va e outros 30 mil na versão di-gital, novidade para este ano.

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Vereador Tikinho faz visita

e apresenta 11 indicações

Vereador Tikinho visitou o bairro Mário Dedini

Durante visita realizada no bairro Mário Dedini, o vereador Thiago Ribeiro esteve com o Pre-sidente da Associação de mora-dores Thiago Martins, Tikinho, e levantou diversas demandas para o bairro. Foram 11 indica-ções de melhorias apresentadas para o Poder executivo. Dentre elas, indicação de academia ao ar livre na rua dos Topázios, as-sim como manutenção da qua-dra poliesportiva neste mesmo endereço. Também foi indicado

ao executivo a reforma dos ves-tiários do Campo Varzeano lo-calizado na rua Antônio Franco de Lima e manutenção dos Cen-tros de Lazer das ruas Francis-ca Tejero Barbosa e da rua Olga Pagotto Santiago, estes que de-mandam de podas de mato e manutenção da parte elétrica e de iluminação. O parlamentar aproveitou para fiscalizar a ma-lha asfáltica do bairro e reali-zou indicação para melhorias na Avenida Luiz Ralph Benatti.

Assessoria Parlamentar

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Secretário da Educação

se reúne com 91 dirigentes

O secretário estadual da Educação Rossieli Soares se reu-niu, nessa sexta-feira (15), com os 91 Dirigentes Regionais de Ensino para discutir os desafios da Educação em 2021. O encon-tro, que começou na última quar-ta-feira (13) e terminou ontem, discutiu e orientou sobre temas como o planejamento pedagógi-co e os protopedagógi-colos para a volta às aulas presenciais, o ensino híbri-do, uso da tecnologia nas esco-las, o Novo Ensino Médio e os serviços de atendimento dispo-nibilizados para a comunidade.

O secretário Rossieli Soares ressalta a importância do deba-te desses assuntos para que os alunos sejam bem acolhidos du-rante o retorno e em todos os dias do ano. "O currículo é fun-damental para o desenvolvi-mento das crianças, mas elas também fazem parte de uma so-ciedade, por isso é preciso alinha-mento entre todos os pilares para estar ao lado deles e das famílias de forma integrada", disse.

RETORNO - O calendário

para a volta às aulas na rede esta-dual começa no dia 1º de fevereiro

e o retorno ocorrerá de forma re-gionalizada, de acordo com os Departamento Regionais da Saú-de, obedecendo aos critérios de se-gurança estabelecidos pelo Centro de Contingência do Coronavírus.

Nas duas primeiras sema-nas, as escolas receberão 35% de sua capacidade de alunos por dia. Após esse período, se uma área estiver nas fases vermelha ou la-ranja do Plano São Paulo, as es-colas da educação básica, que atendem alunos da educação in-fantil até o ensino médio, pode-rão receber diariamente até 35% dos alunos matriculados. Na fase amarela, elas ficam autorizadas a atender até 70% dos estudan-tes; e na fase verde, até 100%. Os protocolos sanitários devem ser cumpridos em todas as fases.

Já as instituições de ensino superior poderão funcionar na fase amarela com até 35% das matrículas, e na fase verde, com até 70%. Nas etapas vermelha e laranja, elas não estão autoriza-das a funcionar. Cursos superio-res específicos da área médica têm o retorno presencial autorizado em todas as fases do Plano.

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