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AUXÍLIO A EVENTO TÉCNICO-CIENTÍFICO PROJETO: PA 2695/19 RELATÓRIO

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AUXÍLIO A EVENTO TÉCNICO-CIENTÍFICO PROJETO: PA 2695/19

RELATÓRIO

Nome do Evento: WORKSHOP PAULISTA EM SISTEMAS AGROFLORESTAIS: as experiências no âmbito da APTA.

Coordenadores do Projeto:

Wander Luis Barbosa Borges: IAC – Instituto Agronômico, Centro de Seringueira e Sistemas Agroflorestais. Rodovia Péricles Belini, km 121 + 6 km terra. Votuporanga (SP). CEP: 15505-970 - Caixa Postal 61. Telefones: (17) 3422-2423, 3422-2296- 3421-8148. Endereço eletrônico: wanderborges@iac.sp.gov.br

Antonio Carlos Pries Devide: Apta Regional, Polo Regional do Vale do Paraíba. Av. Professor Manoel César Ribeiro, 1920. Pindamonhangaba (SP). CEP 12400-970 Caixa Postal 07. Telefones: (12) 3642-1812, 3642-1164. Endereço eletrônico: antoniodevide@apta.sp.gov.br Luís Carlos Bernacci: IAC – Instituto Agronômico, Centro de Recursos Genéticos Vegetais. Av. Theodureto A. Camargo, 1500. Fazenda Santa Elisa, Botânica/Herbário. Campinas (SP). CEP: 13075-630. Telefones: (19) 3202-1810, 3202-1812. Endereço eletrônico: bernacci@iac.sp.gov.br Local do Evento: Apta Regional, Polo Regional do Vale do Paraíba - Setor de Fitotecnia: Av. Professor Manoel César Ribeiro, 1920. Pindamonhangaba (SP).

Valor financiado pela Fundação Agrisus: R$ 5.050,00 Vigência: 23/03/2019 - 23/04/2019

_____________________________________________________________________________ RESUMO:

O objetivo do “WORKSHOP PAULISTA EM SISTEMAS AGROFLORESTAIS: as experiências no âmbito da APTA” foi reunir e apresentar diferentes modelos de experiências bem sucedidas com cultivos agroflorestais no estado de São Paulo, promovendo a troca de informações, bem como o fortalecimento e coesão das iniciativas relacionadas a este tipo de cultivo. Adicionalmente, pretendeu-se fomentar a replicação de projetos de pesquisa e cultivos desta natureza, buscando ampliar a escala de produção, bem como reconhecer as demandas e as novas alternativas para este tipo de cultivo. O evento teve como foco também celebrar o Dia Mundial da Água, comemorado em 22 de Março.

Com público 50% maior do que o previsto inicialmente, o evento foi realizado nos dias 27 e 28 de março de 2019, no Setor de Fitotecnia do Polo Regional Vale do Paraíba, da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios - APTA/SAA, contando com a participação de 121 pessoas de 25 municípios, que abrangem sete mesorregiões do estado de São Paulo. Com duração de 16 horas, a programação do evento contemplou oito palestras nos seguintes temas: SAF na Recuperação de Áreas Degradadas, Programa Regenerativo de Agroflorestas produtivo e sustentável, Palmeira macaúba em SAF, Carbono em SAF, Manejo Adaptativo de SAF (operações agrícolas na Serra do Mar), Exploração sustentável de espécies nativas – resolução SMA 189/2018 e O componente arbóreo na pecuária sustentável. Foram realizadas três visitas técnicas a nove módulos de SAF com idade entre 1 e 10 anos, situados em duas áreas de produção externa, em Cachoeira Paulista e Aparecida, e outros seis módulos na APTA, em

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Workshop Paulista em Sistemas Agroflorestais: As experiências no âmbito da APTA 2/14 Pindamonhangaba. Os temas abordados nas visitas técnicas foram: análise de desempenho dos SAF, manejo de SAF Sintrópico, conservação do solo e ergonometria do trabalho em curva de nível e morro abaixo; SAF Biodiverso na restauração de matas ciliares; SAF na restauração de nascente e recomposição da reserva legal; irrigação de SAF com reuso da água de piscicultura (gotejamento, microaspersão e aspersão sub-copa); fruticultura em SAF (banana, mamão, palmito pupunha, frutas nativas, cacau) e café; e agroindústria familiar (produção de frutas-passa e aceto de frutas). Nos experimentos visitados no âmbito do Projeto Vitrine Agroecológica, na APTA, foram abordados os seguintes temas: comparação da restauração de mata ciliar com SAF biodiverso implantado a partir de sementes e mudas arbóreas; avaliação de cultivares de banana, macaúba (Acrocomia aculeata), árvores e frutas nativas em SAF com adubação verde de gliricídia (Gliricidia sepium); SAF Sintrópico com plantas alimentícias não convencionais (PANC); produção de espécies de PANC rizomatosas em sub-bosque de SAF regenerativo; manejo de leguminosas e gramíneas em sistema de aleias em SAF Simples; pesquisa participativa, integração ensino-pesquisa-extensão no desenvolvimento dos SAF e métodos rápidos e práticos de avaliação de indicadores de sustentabilidade. As rodas de diálogo abrangeram as seguintes áreas do conhecimento: SAF e conservação do solo, SAF e bacias hidrográficas, espécies florestais e aspectos sucessionais e impacto socioeconômico.

RELATÓRIO DO EVENTO

1. INTRODUÇÃO

Nos últimos 60 anos a agricultura brasileira passou por grandes transformações e o modelo amplamente difundido atualmente se baseia em monoculturas e no uso intensivo de agroquímicos. As mudanças na estrutura agrária ocorridas proporcionaram significativos aumentos da produtividade, porém, as práticas convencionais vêm causando graves impactos aos recursos naturais.

Em termos de impactos na redução da biodiversidade, a pecuária extensiva é considerada a atividade mais danosa ao meio ambiente, pois, abrange 3,5 vezes a soma de todas as terras utilizadas com outras formas de produção no país. Para mudar isto é necessário promover o redesenho no modelo de produção; quiçá, através da inclusão do componente arbóreo e da integração com a agricultura ao longo do tempo, possibilitando elevar a produtividade por unidade de área e reduzir a necessidade do desmatamento de novas áreas.

Esses impactos também permeiam outras áreas do conhecimento, abrangendo não só os aspectos agronômicos da produção, mas, também, o contexto sociocultural, político e econômico. Para minorar esses impactos é necessária a participação multidisciplinar de diversos atores, englobando profissionais, órgãos e instituições públicas e privadas, assim como uma mudança de atitude dos consumidores e agricultores conscientes da necessidade de promover uma agricultura de base agroecológica.

Sendo assim, entre os maiores problemas do Brasil, para as áreas que sofreram predações irremediáveis pelos ciclos econômicos, no entorno de cidades, em solos pobres de áreas ou faixas degradadas (beira-rio, cabeceiras de drenagem, grotões, vertentes de forte declividade), inclui-se a necessidade do reflorestamento combinando florestas homogêneas e reflorestamento ecológico que pode estar associado à produção agrícola em sistemas agroflorestais.

Apesar do reflorestamento puro com árvores nativas na propriedade rural para exploração de madeira nobre restaurar o ambiente e agregar valor à terra, este modelo pode não ser tão atrativo a um grande número de produtores rurais, pois, o retorno econômico leva muitos anos. A

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Workshop Paulista em Sistemas Agroflorestais: As experiências no âmbito da APTA 3/14 diversificação com fruticultura, por exemplo, pode tornar o empreendimento mais vantajoso do ponto de vista econômico e ambiental.

A consorciação de cultivos agrícolas em florestas comerciais não é uma novidade e pode trazer bons frutos para o agronegócio brasileiro. Em todo o planeta mais de dois bilhões de hectares de áreas degradadas e desflorestadas são oportunidades para se trabalhar a restauração com florestas plantadas e sistemas agroflorestais - SAF.

Dentre os serviços ambientais que os SAF promovem, se destacam o controle da erosão, que aumenta a fertilidade dos solos e a disponibilidade da água nas bacias hidrográficas; reforça a segurança alimentar e a nutrição com a produção de variedades de alimentos, forragens e produtos florestais, que geram renda e aliviam a pobreza no meio rural.

O objetivo do Workshop Paulista de Sistemas Agroflorestais foi reunir pesquisadores, técnicos, agricultores e a sociedade civil, para juntos debaterem novos caminhos para o desenvolvimento do agronegócio paulista em bases sustentáveis.

2. DIVULGAÇÃO DO EVENTO

Foi criado um cartaz/folder (Registro APTA nº1734/2019), com a programação (Figura 1) e se utilizaram vários canais para a divulgação, tal como contatos pessoais e o Facebook, tendo sido criada uma página naquele aplicativo:

(https://www.facebook.com/permalink.php?id=327980974731654&story_fbid=332274417635643) e um evento através do mesmo aplicativo:

(https://www.facebook.com/events/workshop-agro-florestas-paulistas/workshop-paulista-em-sistemas-agroflorestais-as-experi%C3%AAncias-no-%C3%A2mbito-da-apta/319264285611399/)

A partir dessas iniciativas, a realização do evento acabou sendo divulgada em vários outros canais:

NIDFLOR, Núcleo de Informação e Documentação Florestal:

http://institucional.ufrrj.br/nidflor/workshop-paulista-em-sistemas-agroflorestais-as-experiencias-no-ambito-da-apta/

Revista Plantio Direto:

https://www.plantiodireto.com.br/eventos; GT de Agroecologia – Litoral Norte SP - https://pt-

br.facebook.com/pages/category/Education/GT-de-Agroecologia-Litoral-Norte-SP-271742149905237/posts/

Divulgando Agroflorestas no Vale do Ribeira-SP:

https://www.facebook.com/agroflorestalunespregistro/posts/

Rede Agroflorestal do Vale do Paraíba:

https://www.facebook.com/groups/Rede-Agroflorestal-do-Vale-do-Para%C3%ADba-513617058681981/

CSA Litoral Norte:

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Figura 1. Cartaz/folder com a programação, para divulgação do evento Workshop Paulista em Sistemas Agroflorestais: As Experiências no âmbito da APTA, financiado pela Fundação Agrisus.

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3. ATIVIDADES REALIZADAS

Devido ao grande interesse despertado após o envio da solicitação de recursos à Fundação Agrisus e o início da divulgação do evento, a organização constatou algumas demandas que não estavam sendo atendidas pela programação inicial, que recebeu, então, acréscimos (Figura 1).

Foi incluída uma palestra (O componente arbóreo na pecuária sustentável - Wander Luis Barbosa Borges) e três outras atividades (almoços com Pancs – plantas alimentícias não convencionais – Denize Napier; Avaliação de desempenho de SAFs – Profa. Klécia G. Massi – UNESP; SAF na Recuperação de Áreas Degradadas – Antonio Devide).

Em decorrência de tais inclusões, o evento foi ampliado e recursos adicionais foram buscados em outras fontes, uma vez que não foi possível obter junto à Fundação Agrisus os valores inicialmente solicitados.

PROGRAMAÇÃO

27 de março de 2019 9h – Apresentação do evento

9h10 – Exibição do vídeo institucional da Agrisus

9h20 – Sistemas agroflorestais na Recuperação de Áreas Degradadas – Pesquisador Científico Dr. Antonio Carlos Pries Devide – Polo Regional Vale do Paraíba - APTA/SAA

9h50 – PRA Produtivo e Sustentável - Edwin Montenegro - Arroba Sustentabilidade

10h15 – Palmeiras em sistemas agroflorestais com ênfase em macaúba (Acrocomia aculeata) – Pesquisador Científico Dr. Carlos Augusto Colombo – Recursos Genéticos IAC

11h – Carbono em Sistemas Agroflorestais: experiências do Polo Centro Norte – Pesquisadora Científica Dra. Maria Teresa Vilela Nogueira Abdo – Polo Centro Norte – APTA/SAA

11h30 – Manejo Adaptativo de Sistemas Agroflorestais (operações agrícolas em região da Serra do Mar) - Pesquisador Científico Dr. Afonso Peche Filho - Engenharia e Automação /IAC 12h – Almoço - Alimentação Saudável - Chef de cozinha Denize Napier Pereira

Como parte das atividades do Workshop Paulista de Sistemas Agroflorestais a alimentação vegetariana servida aos participantes foi preparada com produtos colhidos dos SAF e contou com a supervisão de especialista em gastronomia saudável vinculada ao projeto de pesquisa científica Soberania Alimentar e Nutricional, coordenado pela pesquisadora da APTA Drª Cristina Maria de Castro. 14h – Exploração Sustentável de Espécies Nativas – Resolução SMA 189/2018 – Engº Florestal Guaraci Belo de Oliveira - Coordenadoria de Desenvolvimento Rural Sustentável – CDRS/SAA

14h50 – O componente arbóreo na pecuária sustentável – Pesquisador Científico Dr. Wander Luis Barbosa Borges - Centro de Seringueira e Sistemas Agroflorestais/IAC

15h25 – Grupos de diálogos: aspectos positivos e recomendações

Moderadores: Afonso Peche Filho, Maria Teresa Abdo e Antonio Carlos Pries Devide

PRINCIPAIS CONCLUSÕES Conservação de solo

Pontos positivos: a alta biodiversidade nos SAFs sustentáveis promove o aporte de matéria orgânica e a formação de agregados no solo, a vegetação intercepta a precipitação pluvial e

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Workshop Paulista em Sistemas Agroflorestais: As experiências no âmbito da APTA 6/14 ocorre orvalho noturno (chuva oculta), influenciando positivamente os ambientes de produção dentro dos conceitos hidrológicos, contribuindo para a restauração ecológica com retorno econômico ao produtor.

Recomendações: aumentar o nível de conhecimento sobre as características das espécies arbóreas para realizar o bom manejo, tais como a poda de condução, formação e desbaste, para atingir os objetivos propostos com o SAF; lembrar que a floresta é a referência para o planejamento da implantação do sistema; inserir as diretrizes da agricultura conservacionista (fatores hidrológicos e ecológicos); em questões polêmicas, como o plantio morro abaixo, deve haver cautela no plantio, pois, deve visar à máxima sustentabilidade da área sem colocar em risco a conservação dos solos frente aos eventos de extremos climáticos.

Qualidade da água e bacia hidrográfica

Pontos positivos: os SAFs são sistemas de ocupação do território.

Recomendações: a implantação dos SAFs deve reforçar a proteção e a ligação de fragmentos de vegetação nativa remanescente e integrar áreas de produção agroecológica em transição; deve promover o planejamento territorial e o manejo compartilhado dos SAFs em áreas situadas nas microbacias hidrográficas.

Comercialização de produtos da agrofloresta

Pontos positivos: os produtos dos SAFs da agricultura familiar podem ser comercializados via PNAA – Programa Nacional de Aquisição de Alimentos e PNAE – Programa Nacional de Alimentação Escolar; há relatos de grupos de consumidores organizados com agricultores em sistema de CSA (Comunidade que Sustenta a Agricultura) para a comercialização direta dos produtos sem o papel do atravessador.

Recomendações: há necessidade de programas específicos de apoio à comercialização dos produtos agroflorestais; sugere a aquisição pelo governo estadual de ponto de venda coletivo no CEAGESP; sugere o incentivo a formação de CSA e reforço aos programas de aquisição de alimentos com ênfase as politicas públicas para aquisição de produtos de origem agroflorestal, tais como frutas nativas, PANCs dentre outros.

Extensão rural

Pontos positivos: os métodos de pesquisa participativa do Projeto Vitrine Agroecológica na APTA - Polo Vale do Paraíba une o ensino-pesquisa-extensão e proporcionou a criação da Rede Agroflorestal do Vale do Paraíba; os mutirões agroflorestais no Vale do Paraíba estão disseminando os SAFs em mutirões que acontecem por toda a bacia do Rio Paraíba do Sul; os mutirões proporcionam a troca de informações técnicas, de sementes e mudas e o manejo compartilhado dos SAFs.

Recomendações: fortalecer o trabalho de extensão rural, que é escasso no estado em função da fragilidade do serviço prestado pela SAA-SP e ausência de capacitação de técnicos para atuar com SAF; esse serviço tornou-se ainda mais precário com a extinção do Ministério do Desenvolvimento Agrário – MDA em maio/2016, que por sua vez levou à extinção de contratos de assistência técnica e extensão rural sobre SAF prestados pelo Instituto BioSistêmico nas diferentes regiões do estado de São Paulo. Deve-se promover a integração entre ensino-pesquisa-extensão com a participação dos produtores rurais, por meio de ação conjunta e sincronizada de órgãos públicos (APTA, CDRS e ITESP) com instituições de representação dos produtores rurais e ensino.

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Workshop Paulista em Sistemas Agroflorestais: As experiências no âmbito da APTA 7/14 Politicas públicas

Pontos positivos: o Projeto de Desenvolvimento Rural Sustentável - PDRS é um programa da SMA (CBRN) e SAA (CDRS) que está aumentando a competitividade da agricultura familiar no estado de São Paulo, através do qual foram implantados mais de 600 hectares de SAF com o objetivo de melhor compreender os serviços prestados pelos SAFs e propor ações dentro da legislação estadual. O Grupo de Trabalho ‘Painel Agroflorestal’ da SMA é composto por pesquisadores e técnicos de diversas instituições e está apoiando o desenvolvimento de estratégias e ações relacionadas ao monitoramento dos SAFs implantados, considerando aspectos ecológicos, econômicos e sociais. Esse grupo é ativo e pode fomentar o diálogo entre os diferentes setores, fortalecendo e planejamento de ações.

Recomendações: aperfeiçoar políticas públicas que ainda não foram efetivas, tais como: ‘Integra São Paulo’; fortalecer a Politica Estadual de Agroecologia e Agricultura Orgânica - PEAPO por meio do ordenamento de ações; fortalecer o PDRS como política pública e financiamento estadual para alavancar as ações em conjunto com a SAA; implantar politica pública que integre pesquisa e extensão; implantar politica pública que estimule e favoreça os produtores rurais para adotar os SAFs como sistemas de produção em suas propriedades; inclusão dos SAFs com a atualização do Levantamento das Unidades de Produção Agropecuária - LUPA.

28 de março de 2019

8h - Participação: Profª. Drª Klécia Gilli Massi (UNESP) abordando o trabalho de pesquisa: Avaliação de Desempenho da Aplicação de Sistemas Agroflorestais como Alternativa para Recuperação de Áreas Degradadas na Região do Vale do Paraíba, que abrange as duas unidades em que foram realizadas as visitas técnicas.

9h - Visitas técnicas

Sítio dos Ipês (Figura 2), Cachoeira Paulista/SP - produtor orgânico e Biólogo Thales Ferreira

Figura 2. Sítio dos Ipês, Cachoeira Paulista – SP.

Foram visitadas quatro experiências com SAF em Agricultura Sintrópica no Sítio dos Ipês, com ênfase em policultivo de hortaliças em canteiros associados com linhas biodiversas com bananeiras, frutas nativas e árvores, que são manejadas para aproveitamento da madeira -

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Workshop Paulista em Sistemas Agroflorestais: As experiências no âmbito da APTA 8/14 sistemas estes implantados em nível e morro abaixo; SAF Biodiverso para restauração de nascente; projeto de restauração florestal implantado com muvuca de sementes com diversos tratamentos (arado com tração animal e semeadura em linha, semeadura localizada com motocoveadora e adubação verde de feijão de porco, semeadura localizada em área preparada com herbicida).

Sítio Terra de Santa Cruz (Figura 3) - Aparecida/SP – produtores orgânicos Engºs Agrºs Anna Salles Aguiar e Marcos Marsicano

Figura 3. Sítio Terra de Santa Cruz, Aparecida – SP.

Foram visitados cinco módulos agroflorestais irrigados com reuso de água tratada por plantas aquáticas (wetland) proveniente de tanques de piscicultura; SAF Biodiverso com ênfase na produção de bananas, mamão formosa, café e pupunha; SAF Simples com ginseng; SAF Biodiverso com ênfase na produção de bananeira e madeira nativa araribá (Centrolobium tometosum); fábrica de frutas secas e acetos de frutas.

12h - Almoço

14h - APTA - Polo Regional Vale do Paraíba (Figura 4), Pindamonhangaba – SP: Pesquisador engº Agrº Dr. Antonio Carlos Pries Devide - Setor de Fitotecnia do Polo Vale do Paraíba

Figura 4. Área do Projeto Vitrine Agroecológica com ênfase em de pesquisas sobre sistemas agroflorestais.

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Workshop Paulista em Sistemas Agroflorestais: As experiências no âmbito da APTA 9/14 Foi visitada a área de pesquisa do Projeto Vitrine Agroecológica no Setor de Fitotecnia do Polo, com os seguintes módulos de SAF: SAF na restauração da mata ciliar com ênfase na comparação entre o plantio de arbóreas a partir de mudas e sementes, avaliação da cultivar de banana BRS Conquista, introdução de PANCs produtoras de rizomas e túberas em sub-bosque (araruta, ararutão, mangarito, ariá, açafrão, zedoária, taioba, taro, inhame-de-porco); SAF em sistema de plantio direto sobre grama batatais com avaliação de clones elite e tradicionais de bananeiras associadas com palmeiras juçara e macaúba, araribá para madeira de lei, frutas e árvores nativas diversas, com adubação verde de crotalária, guandu e gliricídia, e produção de quiabo e mamona Nordestina na fase inicial de plantio; SAF Sintrópico com linhas de gliricídia alternada com clones elite de bananas, ora-pro-nóbis e frutas nativas, e faixas de cultivo experimental de diversidade de PANC; SAF biodiverso regenerativo de mata ciliar em terraço aluvial com bananeira prata IAC 2001, frutas e árvores nativas e sub-bosque com PANC; aleias de leguminosas (flemíngia, tefrósia, guandu) e gramíneas (cana e capim-guatemala) com o manejo de faixas de cultivo mínimo e plantio direto de mandioca-de-mesa, quiabo, cúrcuma, cana-de-açúcar e adubação verde de crotalária.

4. RESUMO DAS PALESTRAS

Não foi solicitado aos palestrantes enviar, previamente, o resumo das palestras. Entretanto, todos os palestrantes autorizaram a divulgação dos slides das apresentações na página do evento no Facebook:

https://www.facebook.com/permalink.php?id=327980974731654&story_fbid=33227441763564 3

Está sendo produzido um livro, na série Documentos IAC, com o conteúdo das apresentações, que será publicado na página do Instituto Agronômico (http://www.iac.sp.gov.br/). Espera-se o lançamento para 5 de junho de 2019, no Dia Internacional do Meio Ambiente.

5. AVALIAÇÃO DA PARTICIPAÇÃO

Previsto, inicialmente, para um público de 80 participantes, o evento Workshop Paulista de Sistemas Agroflorestais apresentou carga horária de 16 horas e contou com a participação de 121 pessoas (Tabela 1), contemplando os pesquisadores dos Institutos de Pesquisa do Estado de São Paulo, de órgãos públicos e privados que atuam na região do Vale do Paraíba no desenvolvimento dos sistemas agroflorestais, quer sejam pesquisadores; quer sejam professores universitários de instituições como INPE, UNESP e FATEC e agricultores. Também, se destaca a participações de profissionais da antiga Coordenadoria de Biodiversidade e Recursos Naturais – CBRN (ex-SMA), atualmente integrada à Coordenadoria de Desenvolvimento Rural Sustentável - CDRS (SAA), que inclui a antiga CATI, que desenvolvem os projetos de SAFs vinculados ao PDRS – Programa de Desenvolvimento Rural Sustentável, e de técnicos da Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA - SAA). Destaca-se o número expressivo de agricultores (33 – 27%).

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Workshop Paulista em Sistemas Agroflorestais: As experiências no âmbito da APTA 10/14 Tabela 1. Perfil dos participantes do Workshop Paulista de Sistemas Agroflorestais

Público Origem Número

Acadêmicos de nível superior Unitau, UNESP, USP e FATEC 9

Assistentes de pesquisa IAC/SAA – SP 1

Extensionistas rurais CDRS e CDA (SAA– SP) 8

Funcionários de apoio Polo APTA Vale do Paraíba 16

Pesquisadores SAA – SP 13

Pesquisadores INPE- Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais 2

Pesquisadores ITA – Instituto Tecnológico de Aeronáutica 1

Produtores rurais Produtores rurais 33

Professores Universitários UNESP, USP e FATEC 3

Profissionais liberais Reflorestadora e Viveiricultores 5

Técnicos e tecnólogos Empresas privadas 13

Técnicos e tecnólogos Prefeituras de Pinda, Caraguatatuba e Jacareí 8

Técnicos e tecnólogos CDRS e CDA (SAA– SP) 8

Técnicos e tecnólogos INCRA – Inst. Nac. Colon. e Reforma Agrária 1

Total 121

Figura 5. Distribuição dos participantes (pontos) nas regiões do estado de São Paulo.

Os inscritos no Workshop Paulista de Sistemas Agroflorestais vieram de 8 Mesorregiões (Figura 5) do Estado de São Paulo (Vale do Paraíba; de São Paulo; de Campinas; de Sorocaba; de São José do Rio Preto; de Ribeirão Preto; do Litoral Norte e do Centro Oeste) e 25 municípios (Tabela 2).

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Workshop Paulista em Sistemas Agroflorestais: As experiências no âmbito da APTA 11/14 Tabela 2. Origem, por município, dos participantes do Workshop Paulista de Sistemas Agroflorestais

Municípios Participantes Municípios Participantes Municípios Participantes

Pindamonhangaba 39 Cachoeira Paulista 2 Piracaia 2

São José dos Campos 10 Caraguatatuba 2 Piracicaba 2

Taubaté 10 Jaú 2 Ribeirão Preto 2

São Paulo 9 Jundiaí 2 Santa Branca 2

Jacareí 7 Lorena 2 Serra Negra 2

Tremembé 5 Mococa 2 Votuporanga 2

Caçapava 4 Mogi das Cruzes 2 Itu 1

Aparecida 3 Paraibuna 2

Campinas 3 Pindorama 2

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O Workshop Paulista em Sistemas Agroflorestais: As Experiências no âmbito da APTA, financiado pela Fundação Agrisus, foi coroado de pleno e, mesmo, surpreendente êxito. Tal sucesso, muito provavelmente, se deveu ao interesse que o tema tem despertado na sociedade, no presente momento.

Agricultores, estudantes, técnicos e outros profissionais participaram do evento demonstrando muitíssima vontade de aprender e compartilhar experiências dentro da temática do evento. Nos últimos momentos do Workshop, já em sua finalização, o pesquisador Dr. Antonio Carlos Pries Devide, questionou o público presente “se queriam ir embora” e todos demonstraram “um desejo de quero mais”.

O afluxo do público e o interesse foram surpreendentes porque, devido aos trâmites atuais da SAA (Secretaria de Agricultura), para divulgação oficial dos eventos é necessária a anuência por parte do Gabinete do Secretário. Tal informação nos chegou tardiamente, atrasando os nossos procedimentos para divulgação e a efetiva autorização para divulgação do evento. Ainda, não tínhamos certeza da possibilidade de divulgarmos o evento através de outros canais, que não o oficial.

Assim, a divulgação do evento iniciou-se apenas na semana anterior a ele (18/fev), enquanto o evento ocorreria nos dias 27 e 28/fev.

Mas, mesmo com este curtíssimo tempo de divulgação, as vagas oferecidas (80, incluindo a comissão organizadora e/ou palestrantes) foram prontamente esgotadas, criando-se uma lista de espera. Ocorreram poucas desistências e ausências, sendo que ocupantes da lista de espera compareceram e participaram do evento, enriquecendo-o ainda mais.

7. COMPENSAÇÕES OFERECIDAS À FUNDAÇÃO AGRISUS

Um banner da Fundação Agrisus foi colocado junto ao palco utilizado para as apresentações, ficando, portanto, em local de destaque (Figura 6), durante todo o evento. No primeiro dia do evento, foi feita uma breve apresentação da Fundação Agrisus e exibido o vídeo institucional da Fundação (Figura 7).

O patrocínio da Fundação Agrisus foi mencionado no cartaz/folder do evento, que está, ainda, disponível na página do evento no Facebook. No anexo 1 consta o nome e tipo de participação do público presente no evento.

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Workshop Paulista em Sistemas Agroflorestais: As experiências no âmbito da APTA 12/14 8. FOTOS DO EVENTO

Figura 6. Apresentação de palestra do Dr. Afonso Peche (Centro de Mecanização/IAC), no Workshop Paulista em Sistemas Agroflorestais: As Experiências no âmbito da APTA, financiado pela Fundação Agrisus, vendo-se, ao fundo cartaz referente à Fundação.

Figura 7. Cenas do filme institucional da Fundação Agrisus, apresentado durante o Workshop Paulista em Sistemas Agroflorestais: As Experiências no âmbito da APTA, financiado pela Fundação.

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Workshop Paulista em Sistemas Agroflorestais: As experiências no âmbito da APTA 13/14 Figura 8. Aspectos da participação nas atividades do Workshop Paulista em Sistemas Agroflorestais: As Experiências no âmbito da APTA, financiado pela Fundação.

Estandes de exposição

O Workshop Paulista de Sistemas Agroflorestais promoveu a exposição de produtos apícolas com ênfase em abelhas nativas de produtor rural de Pindamonhangaba; de produtos de pesquisas desenvolvidos com a palmeira macaúba vinculados a projetos do IAC e da APTA; e plantas diversas de pesquisas (plantas alimentícias não convencionais - PANC, plantas medicinais, condimentares e aromáticas, sementes de adubação verde e mudas de espécies florestais e nativas com ênfase em estacas de gliricídia) provenientes do Setor de Fitotecnia do Polo Regional Vale do Paraíba - APTA.

9. DATA E NOME DOS COORDENADORES

Votuporanga, 27 de Maio de 2019 Wander Luis Barbosa Borges

IAC – Instituto Agronômico, Centro Avançado de Pesquisa de Seringueira e Sistemas Agroflorestais

Antonio Carlos Pries Devide

Apta Regional, Polo Regional do Vale do Paraíba

Luís Carlos Bernacci

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Referências

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