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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO SUPERIOR EM ENGENHARIA MECÂNICA

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CAMPO GRANDE 2018

PROJETO

PEDAGÓGICO DO

CURSO

SUPERIOR EM

ENGENHARIA

MECÂNICA

(2)

CONSELHO REGIONAL SENAI/MS – BIÊNIO – 2018/2019

Presidente

Sérgio Marcolino Longen Diretor Regional

Jesner Marcos Escandolhero

REPRESENTANTES DAS ATIVIDADES INDUSTRIAIS

Titulares Suplentes

1º Ivo Cescon Scarcelli 1º Luiz Cláudio Sabedotti Fornari 2º Lourival Vieira Costa 2º Lenise de Arruda Viegas 3º Edis Gomes da Silva 3º Nilvo Della Senta

4º João Batista Camargo Filho 4º Zigomar Burille REPRESENTANTES DO MINISTÉRIO DO TRABALHO

Titular Suplente

Vladimir Benedito Struck Edmar Pereira Maciel REPRESENTANTES DO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

Titular Suplente

Luiz Simão Staszczak Emerson Augusto Miotto Corazza REPRESENTANTES DOS TRABALHADORES DAS INDÚSTRIAS

Titular Suplente

(3)

MISSÃO:

Promover a educação profissional e tecnológica, a inovação e a transferência

de tecnologias industriais, contribuindo para elevar a competitividade da Indústria

de Mato Grosso do Sul.

VISÃO:

Consolidar -se se como referência em educação profissional e tec nológica e ser reconhecido como indutor da inovação e da

transferência de tecnologias para a Indústria, atuando com padrão

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FACULDADE DE TECNOLOGIA SENAI CAMPO GRANDE

Gerente da Unidade Marcos Antonio Costa

Coordenadora Pedagógica do Ensino Superior Rosangela Vargas Cassola

Coordenador do Curso Superior em Engenharia Mecânica Newton Salvador Grande Neto

Secretária Acadêmica

Liliane Martins de Oliveira Ferreira Bibliotecária

Marilda Rodrigues Saldivar

--- SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL – SENAI. Faculdade de Tecnologia SENAI Campo Grande. Projeto Pedagógico do Curso Superior em Engenharia Mecânica. Campo Grande/MS: FATEC SENAI, 2018. 348 p.

(5)

SUMÁRIO

1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO ... 8

1.1. Identificação da mantenedora ... 8

1.2. Dirigente principal da mantenedora ... 8

1.3. Identificação da instituição mantida ... 8

1.4. Corpo dirigente da instituição mantida ... 8

1.5. Dirigente ao qual está subordinado o Coordenador do Curso ... 9

1.6. Coordenador do Curso ... 9

2. DADOS DA INSTITUIÇÃO ... 9

3. HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO ... 10

4. BACHAREL EM ENGENHARIA MECÂNICA ... 18

5. DENONINAÇÃO: CURSO SUPERIOR DE ENGENHARIA MECÂNICA ... 19

6. JUSTIFICATIVA ... 21

7. OBJETIVOS DO CURSO ... 26

7.1 Objetivo Geral ... 26

7.2 Objetivo Específico ... 26

8. PERFIL PROFISSIONAL DE CONCLUSÃO ... 27

8.1 Campo de Atuação ... 27

8.2 Conhecimentos Referentes ao Perfil Profissional ... 28

8.3 Descrição das Unidades de Competência ... 29

9. ORGANIZAÇÃO CURRICULAR ... 32

10. MATRIZ CURRICULAR – BACHARELADO ENGENHARIA MECÂNICA ... 38

11. REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DO ITINERÁRIO FORMATIVO ... 42

12. DESCRIÇÃO DAS UNIDADES CURRICULARES ... 43

12.1 Componentes Curriculares Obrigatórios ... 43

12.2 Componentes curriculares optativos ... 267

13. ORGANIZAÇÃO DIDÁTICA ... 286

13.1 Metodologia ... 286

13.2 Práticas Pedagógicas ... 289

13.2.1 Inclusão Educacional ... 290

(6)

13.2.3 Atividades Acadêmicas e Culturais Complementares ... 296

13.3 Sistema de Avaliação do Processo de Ensino e Aprendizagem. ... 296

13.3.1 Condições para Aprovação ... 297

13.3.2 Princípios da Avaliação da Aprendizagem ... 299

13.4 Apoio ao Discente ... 300

13.5 Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) ... 301

13.5.1 Informações Acadêmicas ... 302

14. REGIME ACADÊMICO ... 302

14.1 Forma de Acesso ao Curso ... 302

14.2 Flexibilidade Curricular ... 303

14.3 Matrícula ... 306

14.4 Matrícula Especial ... 307

14.5 Regime de Funcionamento... 307

15. ESTÁGIO DE CONCLUSÃO DE CURSO ... 307

16. TRABALHO DE CONCLUSÃO DO CURSO ... 309

17. RECURSOS HUMANOS ... 309

17.1 Plano de Carreira Docente ... 310

17.2 Política de Aperfeiçoamento/Qualificação/Atualização Docente ... 311

17.3 Coordenador do Curso ... 312

17.4 Coordenação Pedagógica ... 312

17.5 Docentes que ministrarão aulas no curso ... 313

17.6 Coordenador do Curso ... 317

18. POLÍTICAS INSTITUCIONAIS ... 319

18.1 Descrição de Participação do Corpo Docente nas Atividades de Direção ... 320

18.1.1 Atuação do Núcleo Docente Estruturante (NDE) ... 320

18.1.2 Atuação do Coordenador ... 321

18.1.3 Atuação do Colegiado de Curso ... 323

18.2 Plano de Auto avaliação do Curso ... 325

18.3 Políticas de Ensino, Pesquisa e Extensão: ... 325

18.3.1 Políticas Institucionais para a Graduação Tecnológica e formas de sua operacionalização ... 325

18.3.2 Políticas Institucionais de Práticas de Investigação, Iniciação Científica, de Pesquisa e Formas de sua Operacionalização. ... 327

(7)

19. INFRAESTRUTURA ... 330

19.1 Biblioteca ... 336

19.2 Acervo ... 339

19.3 Laboratórios e Oficinas Utilizados pelo Curso ... 341

(8)

8 1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

1.1. Identificação da mantenedora

Nome: SENAI – Departamento Regional de Mato Grosso do Sul CNPJ: 03.772.576/0001-65

End.: Av. Afonso Pena, 1206 (5° Andar) – Ed. Casa da Indústria Cidade: Campo Grande UF: MS CEP: 79005-901

Fone: (67) 3389-9000 E-mail: dr@ms.senai.br

1.2. Dirigente principal da mantenedora Nome: Jesner Marcos Escandolhero

End.: Av. Afonso Pena, 1206 (5° Andar) – Ed. Casa da Indústria Cidade: Campo Grande UF: MS CEP: 79005-901

Fone: (67) 3389-9000 E-mail: jesner@ms.senai.br

1.3. Identificação da instituição mantida

Nome: Faculdade de Tecnologia SENAI Campo Grande CNPJ: 03.772.576/0002-46

End.: Av. Afonso Pena, 1114 – Bairro Amambaí Cidade: Campo Grande UF: MS CEP: 79005-001 Fone: (67) 3312-9400

E-mail: contato.fateccg@ms.senai.br

1.4. Corpo dirigente da instituição mantida Dirigente Principal da Instituição de Ensino Cargo: Gerente

Nome: Marcos Antonio Costa

End.: Av. Afonso Pena, 1114 – Bairro Amambaí Cidade: Campo Grande UF: MS CEP:79005-001 Fone: (67) 3312-9400

(9)

9 1.5. Dirigente ao qual está subordinado o Coordenador do Curso

Cargo: Coordenadora Pedagógica de Ensino Superior Nome: Rosangela Vargas Cassola

End.: Av. Afonso Pena, 1114 – Bairro Amambaí Cidade: Campo Grande UF: MS CEP:79005-001 Fone: (67) 3312-9400

e-mail: rcassola@ms.senai.br

1.6. Coordenador do Curso Cargo: Coordenador de Curso

Nome: Newton Salvador Grande Neto

End.: Av. Afonso Pena, 1114 – Bairro Amambaí Cidade: Campo Grande UF: MS CEP:79005-001 Fone: (67) 3312-9400

e-mail: newton.neto@ms.senai.br

2. DADOS DA INSTITUIÇÃO

Nome da IES: Faculdade de Tecnologia SENAI Campo Grande Código da IES: 4532

Endereço: Av. Afonso Pena nº 1.114 Bairro: Amambaí

Município: Campo Grande Estado: MS

CEP: 79005-901

Caracterização da IES: Instituição Privada sem fins lucrativos Site: www.fatec.ms.senai.br

Telefone: (67) 3312-9400

(10)

10 3. HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO

O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – SENAI - foi criado pelo Decreto-Lei n° 4048 de 22 de janeiro de 1942, do Presidente Getúlio Vargas, tendo como atribuição “organizar e manter, em todo o País, o ensino de ofício, cuja execução exija formação profissional para aprendizes empregados nos estabelecimentos industriais” e da mesma forma, “organizar cursos extraordinários para empregados da indústria”.

Atualmente, constitui-se uma entidade de direito privado, com características contábeis públicas, com sede e foro jurídico na capital da República, cabendo a sua organização e direção à Confederação Nacional das Indústrias – CNI, por meio de órgãos normativos e de administração, conforme dispõe o artigo 2° do Decreto-Lei n° 9576, de 12 de agosto de 1946 e o Artigo 3° do seu Regimento. É mantido por meio de uma contribuição compulsória pelas empresas industriais e também, por arrecadação proveniente de serviços prestados.

Tem como missão, promover a educação profissional e tecnológica, a inovação e a transferência de tecnologias industriais, contribuindo para elevar a competitividade da indústria brasileira.

O SENAI tem também como pressuposto, assistir os empregadores na elaboração e execução de programas educacionais em diversos níveis de qualificação e habilitação profissional e, na realização da aprendizagem industrial, como também cooperar no desenvolvimento de pesquisas tecnológicas de interesse para a indústria e atividades assemelhadas.

As Unidades do SENAI em Mato Grosso do Sul são organizadas e mantidas pelo Departamento Regional – DR/MS.

Em Mato Grosso do Sul, o SENAI iniciou suas atividades como Escola SENAI de Campo Grande, no então Estado de Mato Grosso. Contou, entretanto, para a sua instalação com o esforço conjunto de diversas pessoas integrantes do SENAI, Departamento Nacional e do Departamento Regional de São Paulo,

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11 principalmente de seu Diretor Regional, o Engenheiro Roberto Mange, um dos idealizadores do SENAI.

As negociações iniciais começaram após incessantes solicitações da professora Oliva Enciso, conhecedora da realidade social e do grau de industrialização do Estado, junto aos dirigentes do SENAI, sendo assim, em novembro de 1945, o Engenheiro Roberto Mange, ciente das necessidades e sabedor do potencial da região, em uma visita ao Estado de Mato Grosso, após percorrer vários locais, escolheu o terreno situado na vila Aurora, atual Bairro Amambaí, limitado pelas seguintes ruas: "Avenida Marechal Deodoro, atual Afonso Pena, Avenida Bandeirantes, Rua Pimenta Bueno, Rua Antônio João, atualmente Rua Engenheiro Roberto Mange e Avenida Schnoor, atualmente Avenida Dr. João Rosa Pires".

Em primeiro de outubro de 1946, o Conselho Estadual de Administração Municipal de Cuiabá naquela época capital do Estado - aprovou o Decreto-Lei referente à liberação da verba para a Prefeitura Municipal de Campo Grande, com a finalidade de aquisição do terreno de propriedade do Sr. Rafael Molitermo, que seria posteriormente doado ao SENAI.

Em 1947, foi realizada a primeira publicação para seleção de funcionários. Finalmente, em 18 de dezembro de 1948, quando a obra já estava quase finalizada, o Eng. Roberto Mange determina que seja publicado o edital para convocação dos acadêmicos.

A escola SENAI de Campo Grande, subordinada ao Departamento Regional de São Paulo (10º Região), iniciou as suas atividades de ensino, em primeiro de fevereiro de 1949, sendo inaugurada, em 21 de maio do mesmo ano. Foi instalada num terreno de 20.611 m² apresentando, naquela época uma área construída de 2.017,05 m². O então Centro de Formação Profissional (CFP) possuía oficinas, refeitório, campo de futebol, pátios, horta, internato com capacidade para 40 acadêmicos, gabinete dentário e ambulatório médico.

No ano da sua inauguração, a Escola começou a funcionar com os seguintes cursos: Mecânico Serralheiro, Mecânico de Automóveis, Carpinteiro, Eletricista e Ferreiro, cursos estes destinados a menores, com idade

(12)

12 compreendida entre quatorze e dezessete anos e meio, funcionando no período matutino e vespertino.

Em 17 de fevereiro de 1951, realizou-se, em sessão solene, a entrega de certificados à primeira turma de jovens artífices, oriundos dos mais diversos pontos do Estado, formados pela Escola SENAI de Campo Grande.

Em 1960, houve a criação da Delegacia Regional de Mato Grosso, com sede em Campo Grande.

Em 1961, foi criado o curso preliminar com capacidade para 18 acadêmicos com idade de 13 a 14 anos, os quais participavam de trabalhos práticos em metal e madeira, com série metódica própria e recebiam aulas teóricas de português, matemática, desenho e noções comuns. Em 1962, era de 150 o número de aprendizes regularmente matriculados nesses cursos.

Em 1965, começaram a funcionar no período noturno, os cursos de qualificação, destinados a acadêmicos maiores de 16 anos. Por meio dessa modalidade de cursos, os acadêmicos adquiriam formação em determinada ocupação, visando à preparação de trabalhadores para o atendimento às necessidades específicas de mão de obra.

Em 1977, houve criação do Departamento Regional de Mato Grosso com sua sede em Cuiabá e, em 1980 foi articulada a criação do Departamento Regional de Mato Grosso do Sul com sede em Campo Grande.

Já na década de 80, o Centro de Formação Profissional “Marechal Rondon” passa a atuar nas áreas de: Metalmecânica, Artes Gráficas, Madeira e Mobiliário, Mecânica Automotiva, Eletricidade e Eletrônica, Vestuário e Segurança no Trabalho. Nessa época, a unidade passa também a atuar na modalidade de Aperfeiçoamento Profissional com mais intensidade. Os cursos oferecidos passaram a apresentar duração e conteúdos variáveis conforme as necessidades do mercado de trabalho.

Em 2000, o já chamado CFP “Marechal Rondon”, inicia sua atuação na habilitação profissional técnica de nível médio com o curso Técnico em Eletrônica, além de qualificações na área de telecomunicações e do curso de

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13 Instalador em Redes Telefônicas, que pretendiam fornecer aos participantes uma visão geral dos conceitos e conhecimentos relativos a componentes.

No ano de 2001, ocorre a reforma e modernização de sua estrutura física, visando atender à demanda de novos acadêmicos, colaborando para a qualificação do ensino e melhorias de infraestrutura.

O CFP “Marechal Rondon”, desde o ano 2000, participa regularmente das Olimpíadas do Conhecimento SENAI, a qual acontece bienalmente, sendo organizada pelo Departamento Nacional do SENAI, com a finalidade de promover a valorização da aprendizagem.

A partir de 20/03/2004, passa a oferecer cursos de Habilitação Profissional Técnica de Nível Médio nas áreas profissionais de química, indústria e saúde, com os seguintes cursos: Técnico em Química, Técnico em Processo de Produção na Indústria Química, Técnico em Eletrônica, Técnico em Eletrotécnica, Técnico em Mecânica com habilitação Manutenção de Automóveis, Técnico em Mecânica com habilitação Manutenção de Automóveis e Motor a Diesel, Técnico em Mecânica com habilitação Máquinas e Motores, Técnico em Segurança no Trabalho, Técnico em Alimentos, Técnico em Alimentos com habilitação Aves e Derivados, Técnico em Alimentos com habilitação Bovinos, Suínos e Derivados e Técnicos em Alimentos com habilitação Pescados e Derivados. Nesse ano, tramitou no Conselho Estadual de Educação – CEE/MS, os projetos de cursos Técnicos em Gestão e Técnico em Química com habilitação Tratamento de Águas e Efluentes, visando atender à demanda do mercado. Cabe salientar, que os cursos foram elaborados por uma equipe de profissionais e especialistas de cada área de atuação do SENAI-DR/MS, sendo estes cursos estruturados por competências.

No ano de 2005, o CFP “Marechal Rondon” registrou, na Habilitação Profissional Técnica de Nível Médio, um número de matrículas três vezes maior do que no ano anterior, demonstrando, assim, o contínuo crescimento do CFP.

Cabe salientar que o CFP “Marechal Rondon”, em atendimento à demanda do estado, tem como diretriz preparar mão de obra qualificada para a indústria, desenvolvendo uma educação contínua e atuando como facilitador da

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14 aprendizagem, mediante a utilização de metodologias e fundamentos pedagógicos direcionados de forma a propiciar o crescimento e a valorização da pessoa como um todo, contribuindo assim, para que seus acadêmicos ingressem no mercado de trabalho, cresçam dentro da profissão escolhida e se realizem não só como bons profissionais, mas como cidadãos na comunidade onde atuam.

Comprometida com o desenvolvimento e a manutenção da Educação Profissional, esta Unidade também tem prestado serviços de Assessoria Técnica e Tecnológica. Por meio de parcerias com empresas de grande porte, tem capacitado, além da mão-de-obra para as indústrias, todos aqueles que buscam aperfeiçoamento profissional, em atendimento às demandas do Estado. Nessa perspectiva, o SENAI/MS, por meio do IEL, realizou uma pesquisa de prospecção de potencialidades e oportunidades com indústrias dos principais municípios do Estado, visando conhecer as necessidades relativas à Educação Profissional de Nível Tecnológico. Esta pesquisa possibilitou a cerca de 80 empresas, a indicação, de quais eram as áreas e cursos necessários à qualificação de pessoas, em nível tecnológico, como resultado, foram indicadas as áreas de: Processos de Produção, Administração Geral e Manutenção Eletrometalmecânica, respectivamente com 32%, 26% e 25% das respostas apresentadas.

Os dados encontrados possibilitaram a estruturação dos primeiros cursos superiores de tecnologia a serem oferecidos pelo SENAI de Mato Grosso do Sul. Sendo assim, foi elaborado o Projeto Pedagógico do Curso Superior de Tecnologia em Processos Gerenciais, em conformidade com o Catálogo Nacional dos Cursos Superiores de Tecnologia, publicado em julho de 2006.

A FATEC SENAI Campo Grande iniciou, oficialmente, suas atividades com educação superior, quando foi credenciada pela Portaria MEC nº 1.474, de 4 de dezembro de 2008, e foi instalada no Centro de Formação Profissional Marechal Rondon em Campo Grande, onde funciona desde 1949, oferecendo Educação Profissional e Tecnológica nos seguintes níveis e modalidades de educação:

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15 I. Formação Inicial: qualificação profissional básica e

aprendizagem industrial básica; Educação Profissional Técnica de Nível Médio: qualificação profissional técnica, aprendizagem industrial técnica e habilitação profissional técnica;

II. Educação Profissional Tecnológica de Bacharel: qualificação profissional tecnológica, bacharel tecnológica e bacharel (bacharelado);

III. Formação Continuada: Aperfeiçoamento profissional e Especialização profissional pós-técnica e pós-tecnológica (extensão, bacharel lato sensu – especialização e pós-bacharel stricto sensu – mestrado).

Em abril de 2009, a unidade NTGÁS integrou-se ao Centro de Formação profissional Marechal Rondon.

A partir de 1º de janeiro de 2010, conforme o Regimento Escolar das Unidades Operacionais do SENAI/MS, o Centro de Formação Profissional Marechal Rondon e a unidade do NTGÁS transformam-se em Faculdade de Tecnologia SENAI Campo Grande – FATEC SENAI Campo Grande.

Além da Faculdade de Tecnologia SENAI Campo Grande, o SENAI/DR-MS possui outras Unidades Operacionais, como segue:

I. Escola SENAI da Construção

II. Faculdade de Tecnologia SENAI Dourados

III. Centro de Educação e Tecnologia SENAI Naviraí - CETEC SENAI Naviraí.

IV. Agência SENAI Rio Verde de Mato Grosso “Luiz Cláudio Sabedotti Fornari”

V. Faculdade de Tecnologia SENAI Três Lagoas “José Paulo Rímoli”. VI. Agência SENAI de Nova Andradina.

VII. Agência SENAI de Sidrolândia VIII. Agência SENAI Sonora

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16 IX. Centro Integrado SESI-SENAI Maracaju;

X. Centro Integrado SESI-SENAI Aparecida do Taboado

Em 2011 teve início a construção do novo bloco da FATEC SENAI bloco “DR. Celso Charuri”, doado pelo Instituto Pró-Vida. Em novembro de 2012 o prédio foi entregue e inaugurado abrigando as dependências administrativas, biblioteca, laboratório de informática, auditório, salas de aulas e de professores. Em maio de 2012 considerando o Artigo 20 da Lei Federal nº 12.513 de 26 de outubro de 2011 que instituiu o Programa Nacional de Acesso ao Ensino e Emprego – PRONATEC, conferindo autonomia ao SENAI na criação e oferta de cursos e programas de educação profissional e tecnológica.

Em 2013 teve início a reforma dos blocos da Elétrica e do NT Gás, que após a entrega no ano de 2014, passaram a abrigar respectivamente, os laboratórios de eletroeletrônica, cantina, refeitório (sala de convivência dos funcionários) e CTV – Centro de Tecnologia do Vestuário e o STT – Serviços Técnicos e Tecnológicos.

A FATEC SENAI Campo Grande iniciou, oficialmente, suas atividades com educação superior, quando foi credenciada pela Portaria MEC n. 1.474, de 4 de dezembro de 2008. Em 2009, ofereceu o processo seletivo para a primeira turma do curso superior de Tecnologia em Processos Gerenciais, primeiro curso autorizado pelo MEC, por meio da Portaria n.522, de 11 de dezembro de 2008.

A Instituição, conta com outros dois cursos autorizados e em andamento: cursos superiores de Tecnologia em Gestão da Produção Industrial Portaria nº 245 de 31 de maio de 2013 e Logística Portaria nº 620 de 22 de novembro de 2013.

E ainda, com autorização para oferta de cursos de pós-bacharel na modalidade a distância, conforme Portaria MEC nº 434 de 29 de abril de 2015.

Em 2014, em fevereiro teve início de uma turma do Curso Superior de Tecnologia em Processos Gerenciais e em julho de 2014, a primeira turma do Curso Superior de Tecnologia em Logística.

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17 Em fevereiro de 2015, teve início de uma turma do Curso Superior de Tecnologia em Processos Gerenciais, uma turma do Curso Superior de Tecnologia em Logística e uma turma do Curso Superior de Tecnologia em Gestão da Produção Industrial.

Em fevereiro de 2016, teve início de uma turma do Curso Superior de Tecnologia em Processos Gerenciais e uma turma do Curso Superior de Tecnologia em Logística.

Em fevereiro de 2017, teve início de uma turma do Curso Superior de Tecnologia em Processos Gerenciais e uma turma do Curso Superior de Tecnologia em Automação Industrial.

Comprometida desde a sua Missão com a “educação profissional e tecnológica, com a inovação e a transferência de tecnologias industriais, contribuindo para elevar a competitividade da Indústria de Mato Grosso do Sul”, tendo como foco o desenvolvimento econômico e social tanto do estado de Mato Grosso do Sul quanto o território Nacional, a FATEC SENAI Campo Grande propõe a realização do Curso Superior de Engenharia Mecânica, respaldada por demandas da indústria sul mato-grossense, que apontam a necessidade de profissionais das mais diversas áreas.

Assim, o SENAI-DR/MS, através da Faculdade de Tecnologia SENAI Campo Grande com o objetivo de proporcionar melhoria contínua do padrão de qualidade da indústria regional, através da educação profissional, tecnológica e Pós-Graduação, oferece este Curso Superior em Engenharia Mecânica, intensivo em tecnologias, visando atender à demanda por pessoal capaz de atuar em indústrias e serviços, com egressos hábeis e com conhecimentos para atuarem em pesquisa, desenvolvimento e inovação na área, contribuindo com a evolução da matriz industrial do estado e o desenvolvimento sustentável da região.

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18 4. BACHAREL EM ENGENHARIA MECÂNICA

Formação em nível superior, aberta a candidatos que tenham concluído o ensino médio, técnico ou equivalente, e que tenham sido classificados em processo seletivo. Voltada para uma determinada área profissional, conduz à formação de um perfil profissional. Na conclusão de Curso Superior de Engenharia Mecânica é conferido diploma de Bacharel em Engenharia Mecânica.

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19 5. DENONINAÇÃO: CURSO SUPERIOR DE ENGENHARIA MECÂNICA

5.1 Título da habilitação

Bacharel em Engenharia Mecânica. 5.2 Regime de matrícula

Matrícula por: unidades curriculares

Periodicidade Letiva: semestral

Valor da mensalidade: R$ 1.100,00

Valor anuidade: R$ 13.200,00

5.3 Total de Vagas Anuais

Vagas por turma: 40 vagas

Número de turmas: 01 01 turma

Turno de funcionamento: vespertino

Total de Vagas anuais: 80 vagas

5.4 Carga Horária (CH)

CH Total do Curso: 4100 horas

CH das Unidades Curriculares Obrigatórias: 3600 horas CH das Unidades Optativas: 120 horas

CH do TCC: 80 horas

CH do Estágio Supervisionado Obrigatório: 240 horas CH de Atividades Complementares: 60 horas

Integralização da CH: Mín. 10 semestres

Máx. 15 semestres A Matriz Curricular prevê a realização de três componentes curriculares optativos (optativa I, II e III) com carga horária de 40 horas, sendo estas disciplinas de caráter suplementar ao curso de Engenharia Mecânica e escolhidas pelo aluno a partir do oitavo semestre. Caberá ao NDE do Curso

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20 dedicar atenção em avaliar o interesse da manutenção do elenco de disciplinas optativas regularmente ofertadas pelo curso, considerando a atualidade e pertinência dos temas, em consonância com o desenvolvimento científico e tecnológico, a regularidade na oferta das disciplinas e o interesse dos acadêmicos.

No nono semestre, a unidade curricular Técnicas de Projeto Integrador (40 horas) é ofertada com objetivo de iniciar o planejamento do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), sendo este realizado no último semestre.

O acadêmico que concluir com aproveitamento todos os Componentes Curriculares previstos na Matriz Curricular, for aprovado no Trabalho de Conclusão de Curso, concretizar a carga horária do Estágio de Conclusão de Curso, comprovar a realização das Atividades Complementares e comprovar sua situação perante o ENADE como dispensado ou participante do exame, fará jus à habilitação profissional e registro de Diploma de Engenheiro Mecânico.

O TCC, Estágio Supervisionado Obrigatório e as Atividades Complementares seguem regulamento próprio da instituição de ensino.

O presente PPC tem como base a Resolução CNE/CES 11, de 11 de março de 2002, que institui as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Engenharia.

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21 6. JUSTIFICATIVA

A partir da década de 90 observou-se no Brasil uma significativa mudança no setor produtivo. Essa mudança foi ocasionada por diversos fatores, entre eles destacam-se: a abertura de novos mercados, a diversificação de produtos, o surgimento de materiais alternativos e o incremento das novas tecnologias.

A Faculdade de Tecnologia SENAI Campo Grande, inserida no estado do Mato Grosso do Sul tem como finalidade atender às demandas por educacionais do Estado, no que se refere, principalmente, às necessidades do setor industrial. Estima-se que estado do Mato Grosso do Sul conta com mais de 2.600.000 pessoas, um excelente cenário para o incentivo à educação.

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua 2014

A Faculdade de Tecnologia SENAI Campo Grande situa-se na região central da Capital do Estado, onde de um modo geral, a maior parte da mão-de-obra ativa do município é absorvida pela indústria. O cenário de crescimento atual faz com que a cidade possa ter condições de oferecer mais empregos e isso demanda mão-de-obra qualificada.

De acordo com a RAIS/CAGED, o número de empregos na indústria em Mato Grosso do Sul, conforme dados de 2015, é de 133 mil postos de trabalho para um total de 639 mil trabalhadores nas diversas áreas no estado de Mato Grosso do Sul.

Capital Campo Grande

População estimada (2014) 2.619.657

População (2010) 2.449.024

Área (km²) 357.145,534

Densidade demográfica (hab/km²) 6,86

Rendimento nominal mensal domiciliar

per capita da população residente (2014)(1) 1.053 reais

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22 Em 2015 foi realizada a análise de mercado no Mato Grosso do Sul e em contrapartida a necessidade de profissionais nas empresas de pequeno, médio e grande porte. A prospecção mostrou que existem vários cursos que poderiam ser ofertados na região, entre os principais destaca-se o Curso Superior de Engenharia Mecânica.

Assim, devido à pouca oferta do Curso Superior de Engenharia Mecânica, a demanda existente na área e a infraestrutura (laboratórios de física, informática, química, metrologia, hidráulica e pneumática, usinagem, soldagem, eletrotécnica, CAD, automação industrial, eletricidade, automotivo, refrigeração e climatização) existente na FATEC SENAI Campo Grande, atualmente utilizada nos cursos técnicos, de nível médio, torna-se possível e necessária a oferta de um Curso Superior de Engenharia Mecânica.

Outro fator motivador para abertura do Curso Superior de Engenharia Mecânica é a grande procura existente na FATEC SENAI, seja por ex-alunos de cursos técnicos que desejam continuar seus estudos, ou de novos acadêmicos, que buscam uma oportunidade de estudo na área, devido a demanda das indústrias.

Dentre todas as universidades instaladas em Campo Grande, apenas três atualmente oferecem o curso presencial de Engenharia Mecânica, mais uma vez comprovando a grande capacidade deste curso diante de um Capital em crescimento.

O atual cenário na indústria brasileira e também sul-mato-grossense torna evidente a necessidade de criação de novos cursos capazes de atender à demanda por mão de obra especializada cuja formação deve estar em sintonia com a competitividade, demandas do mundo do trabalho e do contexto social.

A Faculdade de Tecnologia SENAI Campo Grande, ciente destes fatos e levando a termo sua missão institucional propõe a criação de novos cursos de engenharia capazes de contribuir significativamente para o crescimento e fortalecimento da indústria.

Em recente publicação do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), previu- se que a demanda por profissionais da área de tecnologia no país

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23 deva continuar crescendo, apresentando a estimativa de que, em 2020, o Brasil precise de 560 mil a 1,16 milhão de engenheiros, dependendo do crescimento econômico alcançado. O estudo aponta, ainda, alguns “caminhos de ajustes”: no curto prazo, tal demanda deverá gerar aumento de salários; aumento da mobilidade do profissional, levando-o a novas fronteiras de crescimento; retenção daqueles que pretendiam se aposentar; além de mais capacitação e treinamento e, talvez, até a flexibilização da emissão de visto de trabalho para estrangeiros. Já no longo prazo, destaca-se o investimento em educação com políticas de ampliação da oferta no sistema educacional e a garantia de formação básica com qualidade, a fim de que haja maior número de jovens aptos ao ensino superior e ao mercado de trabalho.

Faz-se necessário ampliar o número de egressos da área tecnológica, especificamente nos cursos tecnológicos e de engenharia, esta ação visa atender as necessidades de uma indústria em trajetória de crescimento sustentável

O índice de egressos em Engenharia e em Ciências Exatas (hard

sciences) é tradicionalmente muito elevado nos países asiáticos e menor nos

países ocidentais. Na lista dos 35 países com dados disponíveis sobre o percentual de engenheiros entre o total de egressos do ensino superior, segundo a L'Organisation de Coopération et de Développement Économiques (OCDE), o Brasil figurava com o menor percentual de engenheiros. Nesta classificação, posiciona-se muito distante dos principais países da Ásia e até mesmo dos Estados Unidos que têm conhecidos problemas para estimular jovens a estudar Engenharia e Ciências. Em termos de indicadores internacionais relacionados à ciência, tecnologia e inovação (C,T&I), esse é o pior desempenho brasileiro (IEDI, 2010).

Quando se cruzam os dados acerca da baixa escolaridade superior e do pequeno percentual de egressos em Engenharia tem-se como resultado uma pequena representatividade desses profissionais no total da população (e, por aproximação, no conjunto da população economicamente ativa). O Brasil, mais uma vez, detém a posição mais desprivilegiada em relação aos demais países

(24)

24 pesquisados pela OCDE: o número brasileiro é cerca de três ou quatro vezes menor que o da maioria dos países (IEDI, 2010).

Foi com base neste contexto e associado a um consequente aumento de demanda por profissionais qualificados, que a Faculdade de Tecnologia SENAI Campo Grande apresenta em 2017 o seu primeiro Projeto Pedagógico para o curso Superior de Engenharia Mecânica, um projeto moderno cujos principais diferenciais são: o contato com disciplinas específicas desde os primeiros períodos letivos; os Estágios Intermediários, que promovem a inserção gradativa e constante ao ambiente profissional, promovida através da alternância entre períodos de teoria e prática iniciada já no segundo ano de curso; estrutura semestral, com três períodos letivos anuais que possibilitavam a realização dos Estágios Intermediários e dinamizam o processo de ensino- aprendizagem.

A realização de um Curso Superior em Engenharia Mecânica é importante e estratégico para o desenvolvimento da economia, com consequente aumento nos índices de empregabilidade, uma vez que suprirá:

• a forte demanda dos polos industriais por mão de obra qualificada para atuar na área de mecânica em empresas dos setores de metalurgia, automotiva, alimentos, química, petroquímica, transformação de matéria-prima, elétrica, eletrônica, entre outras; • a forte demanda das empresas e centros de pesquisa,

desenvolvimento e inovação na área de Engenharia Mecânica no que diz respeito a mão de obra qualificada em pesquisa, desenvolvimento e manufatura de produtos.

Para corresponder a esta demanda, há atualmente poucas instituições que ofertam o curso em Campo Grande, contudo, o diferencial do Curso Superior em Engenharia Mecânica da FATEC SENAI aqui descrito está pautado nos seguintes aspectos:

• foco na demanda de mercado com o objetivo de atender às necessidades das indústrias de desenvolvimento de produtos, transformação de matéria prima e produção de bens;

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25 • conteúdo orientado às tecnologias industriais empregadas em

distintos segmentos;

• contato com disciplinas específicas desde os primeiros períodos letivos;

• associação da teoria à prática através da participação, desde o início do curso, em projetos interdisciplinares, projetos integradores, além de participação de profissionais com experiência em problemas industriais;

• fortalecimento do conhecimento em disciplinas básicas como física, cálculo, química, estática, dinâmica, entre outras;

• integração no relacionamento entre a academia, a indústria, o setor privado, a sociedade, os acadêmicos, os docentes e a comunidade; • formação de habilidades e atitudes pessoais: eficiência, eficácia, atitude, comprometimento, equilíbrio emocional, coordenação de equipes, respeito a diferenças de gênero, étnicas e culturais, capacidade de planejamento operacional e estratégico, ética, visão de futuro, administração do tempo, negociação e conhecimentos sobre qualidade e finanças;

• suporte laboratorial avançado

• atividades e disciplinas que despertem o espírito crítico do aluno para as questões sociais ligadas a sua profissão.

Assim, o SENAI-DR/MS, através da Faculdade de Tecnologia SENAI Campo Grande com sua missão de proporcionar melhoria contínua do padrão de qualidade da indústria regional, através da educação profissional, tecnológica e Pós-Graduação, oferece este Curso Superior em Engenharia Mecânica, intensivo em tecnologias, visando atender à demanda por pessoal capaz de atuar em indústrias e serviços, com egressos hábeis e com conhecimentos para atuarem em pesquisa, desenvolvimento e inovação na área, contribuindo com a evolução da matriz industrial do estado e o desenvolvimento sustentável da região.

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26 7. OBJETIVOS DO CURSO

7.1 Objetivo Geral

Formar profissionais em Engenharia Mecânica com capacidade de atender a uma crescente demanda do segmento industrial em atividades técnicas, tecnológicas e administrativas junto às empresas nas áreas de projetos, produção, instalação e manutenção de máquinas e equipamentos, contribuindo para o aumento da produtividade e da qualidade nos serviços, produtos e processos, ao descarte de produtos, e aptos a contribuírem de forma significativa para a excelência industrial e, por consequência, com a competitividade das indústrias e o desenvolvimento sustentável.

7.2 Objetivo Específico

Desenvolver competências para:

a) estudo, projeto, direção, fiscalização e construção de máquinas e motores;

b) estudo, projeto, direção, fiscalização e execução das instalações mecânicas termomecânicas e eletromecânicas;

c) estudo, projeto, direção, fiscalização e execução dos trabalhos de instalação mecânica referentes a energia térmica e ao aproveitamento da energia nuclear;

d) estudo, projeto, direção, fiscalização e execução de trabalhos de organização industrial mecânica referentes ao processo e ao produto;

e) assuntos de engenharia legal, concernentes aos indicados nas alíneas de “a” a “d”

f) vistorias e arbitramentos relativos à matérias das alíneas anteriores.

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27 8. PERFIL PROFISSIONAL DE CONCLUSÃO

O Engenheiro Mecânico é um profissional de formação generalista, que atua em estudos e em projetos de sistemas mecânicos e térmicos, de estruturas e elementos de máquinas, desde sua concepção, análise e seleção de materiais, até sua fabricação, controle e manutenção, de acordo com as normas técnicas previamente estabelecidas, podendo também participar na coordenação, fiscalização e execução de instalações mecânicas, termodinâmicas e eletromecânicas. Além disso, coordenada e/ou integra grupos de trabalho na solução de problemas de engenharia, englobando aspectos técnicos, econômicos, políticos, sociais, éticos, ambientais e de segurança. Coordena e supervisiona equipes de trabalho, realiza estudos de viabilidade técnico-econômica, executa e fiscaliza obras e serviços técnicos e efetua vistorias, perícias e avaliações, emitindo laudos e pareceres técnicos. Em suas atividades, considera aspectos referentes à ética, à segurança, à segurança e aos impactos ambientais.

O acúmulo destas competências e habilidades ao longo de seu percurso formativo tornará os egressos habilitados a desempenhar todas as atividades atribuídas ao Engenheiro Mecânico pela Resolução nº 218, de 29 de junho de 1973 do CONFEA.

8.1 Campo de Atuação

O Engenheiro Mecânico é habilitado para trabalhar em indústrias de base (mecânica, metalúrgica, siderúrgica, mineração, petróleo, plásticos e outros) e em indústrias de produtos ao consumidor (alimentos, eletrodomésticos, brinquedos etc); na produção de veículos; no setor de instalações (geração de energia, refrigeração e climatização etc); em indústrias que produzem máquinas e equipamentos e em empresas prestadoras de serviços; em institutos e centros de pesquisa, órgãos governamentais, escritórios de consultoria e outros

(28)

28 8.2 Conhecimentos Referentes ao Perfil Profissional

Indicação Preliminar de Conhecimentos Referentes ao Perfil Profissional Unidades de Competências Conhecimentos

UC1: Atuar no desenvolvimento de projetos de máquinas, considerando custos industriais, especificações do projeto, de acordo com normas técnicas e de qualidade, legislações ambiental, trabalhista e de saúde e segurança no trabalho. • Elaboração de projetos • Custos industriais • Normas e legislações • Estatística aplicada • Ferramentas da qualidade • Informática básica • Softwares dedicados • Administração financeira • Orçamentos industriais • Técnicas de negociação • Tipos de Leiaute • Desenho Técnico UC2: Aplicar processos instalações

mecânicas, considerando custos industriais, especificações do projeto, de acordo com normas técnicas e de qualidade, legislações ambiental, trabalhista e de saúde e segurança no trabalho.

• Manutenção • Termodinâmica

• Elementos de máquinas • Tecnologia dos materiais • Resistência dos materiais • Ensaios mecânicos e metalográficos • Processos de conformação mecânica • Processos de soldagem • Processos de usinagem • Processos de fundição • Circuitos Elétricos • Redação técnica • Logística • Métodos de produção • Programação e controle da produção • Métodos de análise e solução de problemas • Segurança • Automação • Metrologia UC3: Realizar trabalhos de organização

industrial mecânica referentes ao processo e ao produto, considerando custos industriais, especificações do

• Administração

• Organização industrial • Técnicas de liderança • Técnicas de negociação

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29 projeto, de acordo com normas técnicas

e de qualidade, legislações ambiental, trabalhista e de saúde e segurança no trabalho. • Gestão da produção • Avaliação de pessoas • Gestão de pessoas • Empreendedorismo • Estatística aplicada • Técnicas de treinamento • Normas e legislação • Segurança

• Comunicação Oral e Escrita • Técnicas de melhoria

contínua • Logística

• Gestão de projetos • Gestão da manutenção 8.3 Descrição das Unidades de Competência

UNIDADE DE COMPETÊNCIA 1

Atuar no desenvolvimento de projetos de máquinas, considerando custos industriais, especificações do projeto, de acordo com normas técnicas e de qualidade, legislações ambiental, trabalhista e de saúde e segurança no trabalho.

Elementos de

Competência Padrões de Desempenho

1.1) Identificar projetos de

engenharia mecânica 1.1.1) Analisando as características do produto 1.1.2) Identificando as especificações estabelecidas para o projeto do produto

1.1.3) Aplicando conhecimentos científicos e tecnológicos à engenharia

1.1.4) Desenvolvendo e utilizando novas ferramentas e técnicas

1.1.5) Aplicando conhecimentos matemáticos à engenharia

1.1.6) Identificando normas de qualidade

1.1.7) Estabelecendo o fluxograma da produção 1.2) Analisar a viabilidade

econômica do projeto e seu impacto no contexto social e ambiental.

1.2.1) Definindo mão de obra

1.2.2) Definindo ferramentas, máquinas e dispositivos

1.2.3) Prevendo os custos industriais

1.2.4) Considerando os custos de terceirização, quando necessários

1.2.5) Avaliando a área disponível para a execução do projeto

(30)

30 UNIDADE DE COMPETÊNCIA 1

Atuar no desenvolvimento de projetos de máquinas, considerando custos industriais, especificações do projeto, de acordo com normas técnicas e de qualidade, legislações ambiental, trabalhista e de saúde e segurança no trabalho.

Elementos de

Competência Padrões de Desempenho

1.2.7) Identificando possíveis fornecedores 1.2.8) Identificando normas de saúde e segurança no trabalho

1.2.9) Identificando legislação ambiental UNIDADE DE COMPETÊNCIA 2

Aplicar processos de instalações mecânicas, considerando custos industriais, especificações do projeto, de acordo com normas técnicas e de qualidade, legislações ambiental, trabalhista e de saúde e segurança no trabalho.

Elementos de

Competência Padrões de Desempenho

2.1) Aplicar projetos de engenharia mecânica

2.1.1) Aplicando conhecimentos instrumentais à engenharia

2.1.2) Conduzir experimentos e interpretar resultados

2.1.3) Identificando as áreas envolvidas no processo de fabricação

2.1.4) Identificando as operações envolvidas no processo de fabricação

2.1.5) Seguindo o fluxograma preestabelecido 2.1.6) Avaliando as variáveis do processo 2.1.7) Propondo melhorias na execução do projeto

2.1.8) Definindo roteiro de fabricação 2.1.9) Elaborando planos de processos

2.2) Alocar recursos para a execução de projetos.

2.2.1) Disponibilizando máquinas, ferramentas e dispositivos

2.2.2) Disponibilizando matéria-prima 2.2.3) Analisando a matéria-prima utilizada 2.2.4) Organizando equipes de trabalho para a execução das etapas dos processos

2.2.5) Requisitando serviços terceirizados caso necessário

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31 UNIDADE DE COMPETÊNCIA 2

Aplicar processos de instalações mecânicas, considerando custos industriais, especificações do projeto, de acordo com normas técnicas e de qualidade, legislações ambiental, trabalhista e de saúde e segurança no trabalho.

Elementos de

Competência Padrões de Desempenho

2.2.6) Identificando necessidade de qualificação de mão de obra

2.2.7) Provendo recursos logísticos UNIDADE DE COMPETÊNCIA 3

Realizar trabalhos de organização industrial mecânica referentes ao processo e ao produto, considerando custos industriais, especificações do projeto, de acordo com normas técnicas e de qualidade, legislações ambiental, trabalhista e de saúde e segurança no trabalho.

Elementos de

Competência Padrões de Desempenho

3.1) Avaliar e controlar o desempenho e a organização dos processos

3.1.1) Estabelecendo indicadores de qualidade 3.1.2) Estabelecendo indicadores de

produtividade

3.1.3) Estabelecendo indicadores para custos 3.1.4) Estabelecendo indicadores para prazos 3.1.5) Analisando os resultados dos indicadores 3.1.6) Elaborando relatórios de controle

3.1.7) Propondo ações para a melhoria dos resultados

3.1.8) Identificando problemas relacionados à engenharia mecânica

3.1.9) Solucionando problemas relacionados à engenharia mecânica

3.1.10) Promovendo processos de melhorias contínuas

3.1.11) Seguindo normas técnicas

3.1.12) Cumprindo a legislação trabalhista 3.1.13) Cumprindo a legislação ambiental 3.1.14) Prevendo a realização da manutenção 3.2) Coordenar equipes de

trabalho

3.2.1) Capacitando os membros da equipe 3.2.2) Promovendo a multifuncionalidade dos membros da equipe

3.2.3) Estimulando a equipe para a busca do autodesenvolvimento

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32 UNIDADE DE COMPETÊNCIA 3

Realizar trabalhos de organização industrial mecânica referentes ao processo e ao produto, considerando custos industriais, especificações do projeto, de acordo com normas técnicas e de qualidade, legislações ambiental, trabalhista e de saúde e segurança no trabalho.

Elementos de

Competência Padrões de Desempenho

3.2.4) Solucionando problemas relacionados à equipe

3.2.5) Propondo soluções para os problemas relacionados à saúde e segurança no trabalho 3.2.6) Definindo atribuições

3.2.7) Avaliando o desempenho da equipe com base nos indicadores

3.2.8) Conciliando os interesses individuais com os da empresa

3.2.9) Compartilhando informações e conhecimentos

9. ORGANIZAÇÃO CURRICULAR

O currículo do curso foi concebido com o intuito de integrar educação, trabalho, ciência e tecnologia, observando os princípios legais referentes à estrutura curricular, flexibilização, autonomia, interdisciplinaridade e contextualização.

Dessa forma, o currículo do curso foi estruturado atendendo às seguintes diretrizes:

• Sintonia com as demandas do mercado, dos cidadãos e da sociedade; • Estrito cumprimento das diretrizes e normas das entidades

regulamentadoras;

• Desenho curricular estruturado com base nas competências do perfil profissional;

• Ensino contextualizado que supere a dicotomia entre teoria e prática. O currículo proposto integra competências básicas, técnicas e de gestão, articulando e mobilizando os conhecimentos que lhe são pertinentes, com o objetivo de promover a formação integral dos futuros profissionais.

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33 O percurso de formação permite flexibilidade, possibilitando que o acadêmico curse qualquer disciplina ofertada pelos cursos de graduação da Faculdade de Tecnologia SENAI Campo Grande, desde que respeitados os pré-requisitos definidos para cada componente curricular.

A Matriz Curricular deste curso prevê 10 semestres letivos. A finalização com aproveitamento da Matriz Curricular, mais a aprovação do Trabalho de Conclusão do Curso, a concretização da carga horária do Estágio de Conclusão de Curso e a comprovação da realização das atividades complementares, permitirão a diplomação como Bacharel em Engenharia Mecânica.

Além dos critérios citados, é condição compulsória à colação de grau do aluno a comprovação da situação perante o ENADE, como dispensado ou participante do exame.

Importante ressaltar que a inserção do componente curricular “Introdução à Engenharia Mecânica” no primeiro período, visa contribuir para a integração dos saberes, ou seja, informar e conscientizar o acadêmico da importância dos diferentes componentes curriculares na sua formação acadêmica e ética.

Este componente curricular reforça a proposta da Faculdade de Tecnologia SENAI Campo Grande em formar profissionais que desde o início do curso tenham visão estruturada em relação às atribuições profissionais da carreira selecionada, setores de atuação e inovações propostas para a área do curso. Além de despertar para o desenvolvimento do espírito empreendedor desde o início do curso.

O itinerário formativo foi concebido de forma sequencial, voltado para a formação em Engenharia Mecânica. Os componentes curriculares, como partes deste itinerário, complementam-se, articulam-se e cumprem papel específico na construção das competências. Nenhum componente curricular isolado garante a construção do perfil profissional de conclusão.

A formação profissional idealizada será assegurada pela flexibilidade curricular e pelos processos de ensino e aprendizagem que, viabilizados mediante práticas pedagógicas contextualizadas e diversificadas, garantirão a

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34 construção das competências do profissional que se deseja formar.

O componente curricular denominado Técnicas de Projeto Integrador tem caráter interdisciplinar e contextualizador, culminando na realização do Trabalho de Conclusão do Curso (TCC). O TCC emprega um método baseado na interação direta entre a teoria e a realidade do contexto produtivo, esta interação ocorre mediada pelo uso da metodologia TheoPrax, cuja aprendizagem encontra-se centrada no desenvolvimento de resoluções tecnológicas desenvolvidas para problemas específicos do setor produtivo, proporcionando ao acadêmico experiência singular no uso prático dos conhecimentos adquiridos durante sua formação acadêmica.

Os processos de ensino na Faculdade de Tecnologia SENAI Campo Grande consideram o acadêmico sujeito do processo de aprendizagem e agente principal de seu desenvolvimento. A LDB 9394/96 no Art. 41 valoriza o conhecimento adquirido pelo acadêmico por quaisquer meios, quer sejam eles formais ou não formais, o que possibilita reduzir percurso no processo formativo. A flexibilidade arquitetada para este curso contempla também esse aspecto.

Um projeto de curso baseado em competências necessita contemplar ações que possibilitem o reconhecimento de saberes conquistados pelos acadêmicos no percurso e aqueles pré-existentes. Assim, o currículo do curso organiza-se de forma flexível, com possibilidades de aproveitamento de estudos e realização de disciplinas optativas, inclusive do currículo de outros cursos.

A Faculdade de Tecnologia SENAI Campo Grande expressa sua identidade em relação ao processo de construção do conhecimento e os fundamentos teóricos selecionados para a formação acadêmica dos seus discentes, buscando contemplar sua inserção plena no mundo do trabalho, considerando as especificidades de cada curso e seu papel no contexto produtivo. As inovações tecnológicas requerem do trabalhador uma capacidade cada vez maior de adaptabilidade para que possa, de modo permanente, superar conceitos, construir outros, desenvolver atitudes para a aprendizagem

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35 e a aplicação de novos conhecimentos ao sistema produtivo. Esse quadro reflete a urgência na criação de processos e agentes pedagógicos que possam dar conta desta realidade.

No movimento vivenciado contemporaneamente, no qual a relação com o conhecimento e com o mundo está em constante e veloz processo de transformação, nota-se uma ruptura com a linearidade e o surgimento de uma nova proposta de aproximação entre o homem e o mundo, agora mediada pela tecnologia.

A necessidade de mudanças evidencia-se, também, quando se analisam os novos atributos exigidos no perfil do profissional contemporâneo, tais como, iniciativa para resolução de problemas, raciocínio lógico, comunicação verbal e escrita, autogestão, capacidade para transferir aprendizagem e resolver problemas, criatividade, elaboração de projetos, responsabilidades, autocrítica, concentração, capacidade para conviver com as tensões provocadas pelo meio sócio profissional, equilíbrio, identificação, trabalhar em grupo e autoconhecimento.

Este é um desafio do cotidiano e das propostas de formação educacional, que deverão resguardar as especificidades do processo de construção do conhecimento, sobretudo em relação à formação do sujeito crítico, reflexivo e, além disso, deverá prepará-lo para o mundo do trabalho e seus desafios, nota-se que há um aumento no nível de exigências dos conhecimentos científicos e tecnológicos do profissional.

Esse novo profissional demandado pelas empresas – polivalente e funcional – não tem o conteúdo do seu trabalho definido, essencialmente, por um posto de trabalho; mas pelo rol de competências que são construídas ao longo da sua formação acadêmica.

Segundo Enguita, há todos os motivos para assegurar, com toda ênfase possível, que a Educação nunca teve tanta importância econômica como em nossos dias, tanto para as sociedades quanto para os indivíduos. Esse é o sentido das frequentes afirmações de que estamos entrando na “economia do conhecimento”.

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36 É necessário compreender o peso decisivamente maior que adquirem, hoje, a informação, o conhecimento, a qualificação e a educação nas coordenadas da nova economia e da nova sociedade. Esse é o grande desafio que se coloca àqueles que buscam uma proposta equilibrada entre formação para o trabalho e para a cidadania.

Fuentes, afirma que os novos movimentos na educação propõem um ensino eminentemente problematizador, fundamentalmente crítico, reflexivo e transformador, que não se detém no discurso, mas que exige ação.

Os novos modelos de ensino e aprendizagem reconhecem que a fragmentação da atividade intelectual e cultural em um elenco de disciplinas e subdisciplinas levou a uma dispersão do conhecimento. Atualmente percebe-se que o formato isolado de ensino por áreas não é capaz de atender às demandas da sociedade do conhecimento.

A Faculdade de Tecnologia SENAI Campo Grande busca, por meio da execução de uma prática interdisciplinar robusta, desenvolvida através dos Projetos integradores e outras atividades de ensino, desenvolver a cultura interdisciplinar promovendo a interface entre diversas disciplinas gerando projetos e pesquisas capazes de evidenciar nos processos de ensino e de aprendizagem a complexidade do conhecimento e a construção de competências profissionais expressas no perfil de egresso de cada curso ofertado. O desenvolvimento de ações pedagógicas voltadas para o desenvolvimento de projetos inovadores e contextualizados junto ao corpo docente e discente reflete o reconhecimento de mecanismos de associação entre o meio acadêmico e o mundo do trabalho. Nessa proposta o discente é mobilizado para participar de maneira efetiva e responsável de proposição e consolidação de cada etapa do trabalho.

Além da ação interdisciplinar citada, busca-se a utilização das novas tecnologias de informação e comunicação (TIC) como ferramenta de ensino-aprendizagem que, além de contribuírem para práticas educacionais dinamizadoras, atuam como instrumento de motivação para docentes e discentes. As TICs modificaram os hábitos e as relações sociais, a pesquisa, a

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37 extensão e a interação adquiridas pelo avanço das tecnologias modificam o ambiente de ensino e aprendizagem gerando alterações nas práticas pedagógicas e na relação entre o ambiente acadêmico e o contexto contemporâneo, trata-se da construção de uma nova cultura acadêmica.

A Faculdade de Tecnologia SENAI Campo Grande compreende que a relação entre o ambiente acadêmico, o contexto produtivo e demais instituições da sociedade, deve ser desenvolvida no âmbito da cooperação com vistas à produção em ciência, tecnologia e inovação. Entende-se a necessidade de substituir o discurso teórico por projetos de pesquisa, ensino e extensão em que os futuros profissionais tenham o próprio trabalho como ação de aprender fazendo. Isso pode ser realizado identificando demandas reais dos contextos produtivo e social que indiquem a necessidade de ações de intervenção capazes de proporcionar numa via de mão dupla, o tratamento das demandas e problemas identificados como objetos de estudo e pesquisa acadêmica, e ao mesmo tempo proporcionar a construção efetiva de competências profissionais diferenciadas. Considera-se que as instituições de ensino superior não têm como única função a formação profissional. É possível e desejado que neste ambiente se desenvolva a função de pesquisa e de extensão no sentido amplo de viabilizar formas de apoiar o desenvolvimento econômico e social.

Entende-se que a interação entre instituições de ensino superior e empresas pode ser visto como modelo de arranjo interinstitucional entre organizações que têm natureza fundamentalmente distinta. Esse arranjo pode ter finalidades variadas, desde interações tênues, como no oferecimento de estágios profissionalizantes, até vínculos extensos e intensos, como nos grandes programas de pesquisa cooperativa e formatos bastante diversos.

E, por fim, o conceito de educação profissional adotado pela faculdade se estende para além da construção das competências profissionais, busca desenvolver junto à comunidade acadêmica a construção de valores voltados para a política da igualdade como princípio orientador da educação profissional.

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38 afro-brasileira por reconhecimento, valorização e afirmação de direitos, inclusive no que diz respeito à educação, e incentivar situações de aprendizagem nas quais o protagonismo do discente e o trabalho de grupo sejam estratégias para a contextualização dos conteúdos curriculares no mundo do trabalho.

Nesse sentido, a política da igualdade está sintonizada com as mudanças na organização do trabalho e com as necessidades de reflexão sobre a história e cultura afro-brasileira e dos povos indígenas, reconhecendo a multiplicidade de etnias, culturas e valores que compõem o perfil do povo brasileiro. A faculdade compreende a importância da consciência política e histórica da diversidade, incentiva a solidariedade e companheirismo na realização das tarefas laborais, estimula o combate ao racismo e a discriminação. Dentre todos os direitos humanos, a educação profissional está assim convocada a contribuir na universalização talvez do mais importante: aquele cujo exercício permite às pessoas ganharem sua própria subsistência e com isso alcançarem dignidade, auto respeito e reconhecimento social como seres produtivos.

10. MATRIZ CURRICULAR – BACHARELADO ENGENHARIA MECÂNICA

Unidade Curricular Carga

Horária Semestral

Primeiro Semestre 400

Cálculo A 80

Desenho Técnico 40

Geometria Analítica 40

Introdução à Engenharia Mecânica 80

Metodologia da Pesquisa 40

Química 40

Química Prática 40

Redação e Relatórios Técnicos 40

Segundo semestre 400

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39

Ciências dos Materiais 40

Desenho Mecânico I 80

Física A 40

Física A - Prática 40

Fundamentos de Estatística 40 Meio Ambiente e Desenvolvimento 40

Álgebra Linear 40 Terceiro semestre 400 Cálculo C 80 Estática 40 Física B 40 Física B - Prática 40

Materiais de Construção Mecânica I 40

Metrologia 40

Fundamentos de Gestão da Qualidade 40 Higiene e Segurança no Trabalho 40

Inglês Técnico A 40

Quarto semestre 400

Cálculo D 80

Física C 40

Física C - Prática 40

Introdução à Ciência da Computação 40 Materiais de Construção Mecânica II 40 Relações Humanas no Trabalho 40 Resistência dos Materiais I 40

Elementos de Máquinas I 40

Processos de Fundição 40

Quinto semestre 400

Física D 40

Resistência dos Materiais II 40

Termodinâmica A 40

Cálculo Numérico 40

Desenho Mecânico II 80

Dinâmica 40

Elementos de Máquinas II 40

Fundamentos de Circuitos Elétricos 40

(40)

40

Sexto semestre 400

Processos de Conformação Mecânica 80 Máquinas Elétricas e Comandos 80

Mecanismos 80 Processos de Usinagem 40 Termodinâmica B 40 Transferência de Calor 40 Vibrações 40 Sétimo semestre 360 Confiabilidade de Sistemas 40 Eletrônica Básica 40

Fundamentos de Hidráulica e Pneumática 40

Gestão da Manutenção I 40

Mecânica dos Fluidos II 40

Processos de Soldagem 80

Programação CNC e CAM 80

Oitavo semestre 400

Automação e Controle 80

Controle Estatístico de Processo 40 Desenvolvimento de Produtos 40

Gestão de Projetos 40

Instalações Elétricas Industriais de Baixa Tensão 40

Mecânica da Fratura 40

Planejamento Programação e Controle da Produção 40

Optativa I 40

Custos Industriais 40

Nono semestre 400

Geração de Vapor 40

Gestão da Produção 40

Técnicas de Projeto Integrador 40 Introdução ao Método de Elementos Finitos 40

Máquinas de Fluxo 40 Refrigeração e Ar Condicionado 80 Optativa II 40 Administração 40 Direito e Legislação 40 Décimo semestre 240

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41 Economia 40 Empreendedorismo 40 Gestão da Inovação 40 Optativa III 40 TCC 80 CARGAS HORÁRIAS

Carga horária disciplinas obrigatórias 3600 Carga horária disciplinas optativas 120

Carga Horária do TCC 80

Estágio de Conclusão do Curso 240

Atividades Complementares 60

Obs.: as disciplinas optativas ofertadas estão na seção 12.2 Carga horária mínima do curso:

Carga horária disciplinas obrigatórias 3600 Carga horária disciplinas optativas 120

TCC 80

Estágio de Conclusão do Curso 240

Atividade Complementares 60

Total 4100

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42 11. REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DO ITINERÁRIO FORMATIVO

(43)

43 12. DESCRIÇÃO DAS UNIDADES CURRICULARES

12.1 Componentes Curriculares Obrigatórios PRIMEIRO SEMESTRE Perfil Profissional: Engenharia Mecânica

Unidade Curricular: Cálculo A Carga Horária: 80h

Unidades de Competência:

UC1: Atuar no desenvolvimento de projetos de máquinas,, considerando custos industriais, especificações do projeto, de acordo com normas técnicas e de qualidade, legislações ambiental, trabalhista e de saúde e segurança no trabalho.

UC2: Aplicar processos de instalações mecânicas, considerando custos industriais, especificações do projeto, de acordo com normas técnicas e de qualidade, legislações ambiental, trabalhista e de saúde e segurança no trabalho.

UC3: Realizar trabalhos de organização industrial mecânica referentes ao processo e ao produto, considerando custos industriais, especificações do projeto, de acordo com normas técnicas e de qualidade, legislações ambiental, trabalhista e de saúde e segurança no trabalho.

Objetivo Geral: Desenvolver os fundamentos matemáticos necessários à realização de cálculos que se aplicam à análise e interpretação de funções, limites, derivadas e integrais, visando a solução de problemas típicos da área de engenharia mecânica.

CONTEÚDOS FORMATIVOS

Capacidades Técnicas Conhecimentos

• Identificar e reconhecer o

comportamento das principais funções matemáticas,

• Conceituar limites e suas aplicações em funções matemáticas,

• Conceituar derivadas e integrais e conhecer suas interpretações físicas, geométricas e aplicações

• Conhecer e solucionar equações diferenciais

• Modelar e solucionar problemas concretos usando limites, derivadas e integrais,

• Modelar e solucionar problemas

concretos usando equações diferenciais • Identificar quando equações diferenciais são aplicáveis à solução de problemas concretos.

• Funções:

o Funções de uma variável real e valores reais;

o Funções trigonométricas; o Operações com funções. • Limites e Continuidade de Funções: o Noção intuitiva; o Definição; o Unicidade de limites; o Propriedades de limites; o Limites laterais; o Limites no infinito; o Limites infinitos;

o Limite de funções polinomial e racional; o Assíntotas; o Teorema do confronto; o Limites fundamentais; o Continuidade. • Derivadas:

(44)

44 o Interpretação geométrica; o A derivada de uma função

num ponto;

o A derivada de uma função; o As equações da reta tangente e normal; o Continuidade de funções deriváveis; o Derivadas laterais; o Regras de derivação; o Derivada da função composta;

o Derivada da função inversa; o Derivada de funções elementares; o Derivada de funções trigonométricas; o Derivada de funções exponenciais e logarítmicas; o Derivadas sucessivas; o Derivação implícita;

o Derivada de uma função na forma paramétrica;

o Aplicação das derivadas; o Taxa de variação; o Máximos e Mínimos; o Funções Crescentes e

Decrescentes;

o Critérios para determinar extremos de uma função; o Regra de L’Hôpital. • Integral: o Teorema fundamental do cálculo o Introdução; o Integral indefinida; o Integral por substituição; o Integral definida.

• Equações Diferenciais:

o Ordinárias e derivadas parciais;

o Ordem;

o Solução geral, parcial, singular e exatas;

• Equações Diferenciais de Ordinárias de 1ª ordem e 1º grau:

Referências

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