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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO

DE ENGENHARIA MECÂNICA

Lorena

2018

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UNISAL

PROJETO PEDAGÓGICO DO

CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA

Projeto Pedagógico do Curso de Engenharia Mecânica do Centro Universitário Salesiano de São Paulo UNISAL, campus Lorena, atualizado em Fevereiro de 2018.

Lorena

2018

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Produção

Profa. Dra. Regina Elaine Santos Cabette

Coordenadora do Curso

Prof. Me. Benedito Manoel de Almeida - integral Prof. Dr. Lucio Garcia Veraldo Junior - integral Prof. Dra. Regina Elaine Santos Cabette - integral Prof. Dra. Renata Lúcia Cavalca Perrenoud - parcial Prof. Me. Thiago Averaldo Bimestre - parcial

Núcleo Docente Estruturante

Equipe Apoio

Prof. Dra. Grasiele Augusta Ferreira Nascimento Diretora de Operações

Jean Cleber Gonçalves Assessoria de Direção

Francis Nancy Martins Secretária Acadêmica

Hildesson Aramis Rodrigues Pereira Assistente de Coordenação

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Sumário 1. A INSTITUIÇÃO ... 9 1.1. Identificação ... 9 1.2. Histórico da Instituição ... 10 1.3. Identidade corporativa ... 15 1.3.1. Missão ... 17 1.3.2. Visão ... 17

1.3.3. Valores e Princípios de Qualidade ... 18

1.3.4. Concepções Filosóficas e Políticas de Ensino, Pesquisa e Extensão ... 19

1.4. Avaliação Institucional ... 22

1.4.1. Contextualização ... 24

1.4.2. Atuação dos Grupos de Qualidade e ações decorrentes dos processos de avaliação ... 25

1.5. NAP - Núcleo de Assessoria Pedagógica ... 25

1.6. Pastoral Universitária ... 32

2. O CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA ... 36

2.1. Inserção regional do curso ... 36

2.1.1. UNISAL Unidade Lorena no contexto da Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte ... 36

2.1.2. Contexto em que se insere o Curso de Engenharia Mecânica41 2.2. Organização didático-pedagógica ... 42

2.3. Prazo de Integralização do curso ... 43

2.4. Objetivos do curso ... 43

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2.4.2. Objetivos Específicos ... 44

2.5. Perfil do egresso ... 46

2.6. Coordenação do curso... 49

2.7. Articulação da gestão do curso com a gestão institucional... 50

2.8. Colegiado do curso ... 50

2.8.1. Colegiado ... 50

2.8.2. Composição e funcionamento do colegiado de curso ... 51

2.9. Núcleo Docente Estruturante ... 52

2.10. Atuação do corpo de tutores ... 52

2.10.1. Relação docentes e tutores presenciais e a distância por estudante 54 2.11. PPP – Projeto Pedagógico do Curso ... 56

2.11.1. Articulação do PPC com o Projeto Institucional – PPI e PDI56 2.11.2. Coerência do Currículo com os Objetivos do Curso ... 57

2.11.3. Coerência do Currículo com o perfil desejado do Egresso . 57 2.11.4. Coerência do Currículo com as Diretrizes Curriculares Nacionais – DCN ... 58

2.11.5. Adequação da Metodologia de Ensino à Concepção do Curso 61 2.11.6. Coerência dos Procedimentos de Avaliação, dos processos de ensino e aprendizagem com a concepção do Curso ... 62

2.11.7. Inter-relação das unidades de Estudo... 63

2.11.8. Matriz curricular ... 63

2.11.9. Ementários e bibliografias ... 67

2.12. Estágio curricular supervisionado ... 109

2.12.1. Dos objetivos do estágio ... 109

2.12.2. Estágio obrigatório e não obrigatório ... 111

2.12.3. Carga horária ... 111

2.12.4. Da Supervisão ... 112

2.13. Trabalho de Conclusão de Curso ... 112

2.14. Atividades acadêmico-científico-culturais ... 112

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2.14.2. Projetos Interdisciplinares ... 114

2.14.3. Grupos de Extensão ... 116

2.15. Práticas Pedagógicas Inovadoras ... 118

2.16. Práticas Pedagógicas Inclusivas ... 119

2.16.1. Disciplina optativa/obrigatória de Libras... 119

2.17. Práticas de Extensão ... 120

2.18. Práticas de Pesquisa ... 125

2.19. Ambiente Virtual de Aprendizagem ... 127

2.19.1. Atividades de Tutoria ... 127

2.20. Cultura empreendedora ... 129

2.21. Educação Ambiental ... 134

2.22. Educação das Relações Étnicos-raciais ... 135

2.23. Direitos Humanos ... 136

2.24. Condições de Acessibilidade para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida ... 137

2.25. Tecnologias de informação e comunicação no processo de ensino 138 2.26. Material didático institucional ... 141

2.27. Mecanismos de interação entre docentes, tutores e estudantes. 142 2.28. Procedimentos de avaliação dos processos de ensino-aprendizagem 143 3. CORPO DOCENTE E PESSOAL TÉCNICO-ADMINISTRATIVO145 3.1. Política de Contratação... 145

3.2. Planos de carreira docente e de pessoal técnico-administrativo146 3.3. Plano de educação, treinamento e desenvolvimento de docentes e pessoal técnico-administrativo ... 147

4. INFRAESTRUTURA ... 149

4.1. Laboratórios ... 149

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4.1.2. Laboratório de Física (Núcleo Básico) ... 149

4.1.3. Laboratório de Circuitos Elétricos (Núcleo Básico) ... 150

4.1.4. Laboratório de CAD ... 150

4.1.5. Laboratório de Informática ... 150

4.1.6.Laboratório de mecânica e projetos ... 160

4.2. Biblioteca ... 166

4.3. Salas de aula ... 169

4.4. Sistema de controle de produção e distribuição de material didático 169 4.5. Gabinetes para Docentes ... 173

4.6. Auditórios e ambientes de convivência ... 174

4.7. Acessibilidade ... 175

5.1. Atendimento psicopedagógico ... 180

5.2. Relações Institucionais ... 182

5.3. Política de Bolsas ... 182

5.4. Política de Intercâmbio ... 184

6.1. Avaliação do rendimento acadêmico ... 185

6.2. Avaliação Institucional ... 187

ANEXO A. Relação de docentes do curso com suas respectivas formações e títulos, experiência profissional não acadêmica e a acadêmica estratificada por ensino superior e fundamental/médio, e as respectivas produções científicas nos últimos três anos. ... 190

ANEXO B. Currículo da coordenadora do curso ... 192

ANEXO C. Relação dos profissionais da equipe técnica-administrativa com suas respectivas formações e títulos, experiência profissional não acadêmica e acadêmica. ... 218

ANEXO D. Relação de docentes e equipe técnica-administrativa em programas de qualificação ... 219

ANEXO E. Regulamento de Atividades Complementares dos Cursos de Graduação o Centro Universitário Salesiano de São Paulo220 ANEXO F. Regulamento de Atividades Complementares do Curso.223

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ANEXO G. Estágio Supervisionado obrigatório (9º E 10º SEMESTRES)228

ANEXO H. Regulamento para o exercício de monitoria, nos cursos de graduação do Centro Universitário Salesiano de São Paulo. ... 231

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1. A INSTITUIÇÃO

1.1. Identificação

O Centro Universitário Salesiano de São Paulo (UNISAL) é uma Instituição mantida pelo Liceu Coração de Jesus, localizado no Largo Coração de Jesus, 154, Bairro Campos Elísios, São Paulo, SP, CEP 01215-020. Está registrado sob o n.º 400, no Registro Geral da 1.ª Circunscrição e em 19 de novembro de 1942, teve seu Estatuto Social devidamente registrado sob o n.º 663, no Livro A-1, do Registro Civil de Pessoas Jurídicas, do Cartório do 4.º Registro de Títulos e Documentos (Cartório Medeiros) da Comarca da Capital do Estado de São Paulo. O CNPJ é 60.463. 072/0005-20.

O UNISAL foi criado pelo Decreto presidencial de 24 de novembro de 1997. A sede fica na cidade de Americana, localizada na Av. de Cillo, 3500, Parque Universitário, CEP 13467-660. A Instituição possui Unidades de Ensino em Americana, Campinas, Lorena e São Paulo. O Reitor é o Professor Me. Pe. Eduardo Augusto Capucho Gonçalves.

O Centro Universitário Salesiano de São Paulo foi recredenciado pela Portaria nº 705, de 8 de agosto de 2013, publicado no Diário Oficial da União em 9 de agosto de 2013 (Figura 1).

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1.2. Histórico da Instituição

O Centro Universitário Salesiano de São Paulo resulta do reconhecimento da qualidade de ensino oferecido pelas Faculdades Salesianas, por intermédio de Decreto Presidencial de 24/11/1997, relevando, assim, os serviços prestados ao Brasil pela congregação salesiana que aqui está presente desde 1883, quando iniciou suas atividades na cidade de Niterói (RJ), com a fundação do seu primeiro colégio.

Desde então, vem consolidando sua estrutura administrativa e patrimonial, por meio de vigorosos investimentos na área de educação, o que ocasionou uma significativa expansão de suas escolas nos diversos graus de ensino. Esse crescimento teve ainda maior ênfase nas escolas de Ensino Fundamental e Médio, em função do próprio carisma salesiano – a educação de jovens – lema maior do fundador da congregação, São João Bosco, e inspirador de todas as suas ações.

No âmbito do Ensino Superior, o Liceu Coração de Jesus, em 1939, abriu em São Paulo os primeiros cursos universitários salesianos devidamente reconhecidos pelo governo. A Faculdade de Administração e Finanças, mantida pelos salesianos, funcionou no Liceu até 1964, quanto foi transferida para a Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.

Além disso, os responsáveis pela formação dos salesianos perceberam que era necessário obter o reconhecimento oficial para os estudos de Filosofia realizados pelos estudantes, especialmente os seminaristas. Assim nasce a Faculdade Salesiana de Filosofia, Ciências e Letras, em Lorena, São Paulo, que foi autorizada pelo decreto do Presidente da República, de 11 de fevereiro de 1952, e está localizada na Rua Dom Bosco, 284, Centro, CEP 12600-100, Lorena, na região do Vale do Paraíba, Estado de São Paulo. Era a segunda Instituição de Educação Superior particular a se instalar no interior do Estado de São Paulo, e a primeira, particular, no Vale do Paraíba Paulista.

Em 1972 os salesianos do Colégio D. Bosco, em Americana, São Paulo, fundaram o Instituto de Ciências Sociais, primeira instituição de Ensino Superior da cidade.

Para atender à crescente demanda de especialistas na região de Campinas, São Paulo, polo de excelência em Tecnologia, cria-se, em 1987, a Faculdade Salesiana de Tecnologia

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(FASTEC), com os Cursos Superiores de Formação de Tecnólogos em Eletrônica Industrial e Instrumentação e Controle, a partir da base tecnológica já oferecida pela Escola Salesiana São José.

Assim, quando as Faculdades Salesianas de Lorena, Campinas e Americana se integraram, em 1993, tendo como sede a cidade de Americana (Parecer CFE nº 131/93, homologado pela Portaria nº 209 de 19/2/93) inicia-se o processo, junto ao MEC, para a sua transformação em universidade, tendo o Liceu Coração de Jesus, de São Paulo, como Entidade Mantenedora.

O resultado, como dito acima, foi o Decreto Presidencial de 24 de novembro de 1997 que erigiu as Faculdades Salesianas em Centro Universitário Salesiano de São Paulo - UNISAL -com as Unidades que já existiam nas Faculdades Salesianas (Americana, Campinas -São José, Lorena). Com o decreto foi aberto o novo campus de Campinas (Liceu Nossa Senhora Auxiliadora) e uma nova unidade, a de São Paulo, com o campus do Liceu Coração de Jesus e de Sta. Terezinha. Em 2005 foi autorizado o funcionamento do Curso de Teologia, no campus Pio XI, no Alto da Lapa.

Ressalte-se também que o UNISAL integra, desde o início, o conjunto das Instituições Salesianas de Educação Superior (IUS), que congrega setenta e seis (76) Instituições de Educação Superior da América, Ásia e Europa e se rege pelos documentos: Identidade das Instituições Salesianas de Educação Superior, e Políticas para a presença salesiana na educação superior, aprovados pelo Reitor-Mor da Congregação Salesiana, aos 12 de fevereiro de 2003. As IUS estão integradas em Planos Comuns que definem a Identidade Corporativa, as Políticas que definem a presença Salesiana na educação superior e que articulam uma série de programas de cooperação que permitem as IUS trabalhar em rede.

Em Lorena, os primeiros cursos foram os de Filosofia, Geografia, História e Pedagogia. O início das aulas deu-se em 12 de março de 1952. Em 1969 foram criados os cursos de Psicologia e de Ciências (Matemática) e em 1985 o curso de Direito.

Em 1999 foram criados os cursos de Administração e de Turismo e, no ano 2000, o curso de Ciência da Computação. Em 2011 foi aberto o Curso de Engenharia de Produção. Em 2012, foram abertos os cursos de Engenharia Civil, Engenharia da Computação,

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Engenharia Elétrica, Engenharia Eletrônica, Gestão de Recursos Humanos e Logística. Em 2013, foi criado o curso de Engenharia Mecânica e em 2014 o Curso de Ciências Contábeis.

A Diretoria da Unidade de Lorena é composta pela Diretora Operacional, Prof.ª. Drª. Grasiele Augusta Ferreira Nascimento e pelo Gerente Financeiro, Pe. Ms. Mauro Bombo. A Unidade possui atualmente, 18 cursos de graduação: Administração, Ciências Contábeis, Ciência da Computação, Direito, Educação Física, Engenharia de Produção, Engenharia Civil, Engenharia da Computação, Engenharia Elétrica, Engenharia Eletrônica, Engenharia Mecânica, Gestão de Recursos Humanos, Filosofia (Licenciatura e Bacharelado), História, Matemática, Pedagogia e Psicologia.

A demanda pelos cursos de graduação cresceu nos últimos anos.

Ano 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 nº de alunos

ingressantes 746 723 724 836 1202 1252 1406 1340 1016 915 Nº total de

alunos 2459 2306 2240 2483 2995 3365 3946 4297 4269 4022 A formação continuada é realizada através de cursos de extensão, Lato Sensu e Stricto Sensu.

Os cursos de Lato Sensu abrangem as seguintes áreas: Administração, Direito, Educação, Engenharia, Meio Ambiente, Psicologia e Tecnologia. Em 2014 a instituição contava com 1.106 alunos, em 2015 com 621 alunos, em 2016 com 634 alunos e em 2017 505 alunos.

O Programa de Mestrado em Direito, autorizado pelo Parecer CNE/CES 46/2013, tem como objetivo preparar e formar professores e pesquisadores aptos a desenvolver e a implementar técnicas jurídicas de aprendizagem da ciência jurídica; e produzir sólido conhecimento científico, através do desenvolvimento da pesquisa para a concretização dos Direitos Sociais, Econômicos e Culturais e dos Direitos de Titularidade Difusa e Coletiva.

O Mestrado em Direito do UNISAL desenvolve estudos e pesquisas sobre a Concretização dos Direitos Sociais, Difusos e Coletivos a partir de duas linhas de pesquisa: Direitos sociais, econômicos e culturais; Direitos de titularidade difusa e coletiva.

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A Unidade de Lorena tem atualmente, no 1º semestre 2018: 135 docentes. A Figura 2 e 3 apresenta o quadro de docentes quanto à titulação e o regime de trabalho.

Figura 2 e 3 – Quadro de Docentes

Integral

23,7%

Parcial

28,89%

Horista

47,41%

Regime de Trabalho

2018.1

Doutor

28,89 %

Mestre

53,33%

Especialista 17,78%

Titulação

2018.1

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O corpo técnico administrativo, conta em 2018/1 cento e setenta e sete (177) colaboradores. São pessoas com experiência em suas funçõescomprometidas com a Missão, Identidade e Valores da Instituição e da Congregação Salesiana.

O UNISAL, em sua Unidade de Lorena, possui uma série de vínculos com o município e com a região do Vale do Paraíba. É vocação da Instituição a responsabilidade social. A Unidade mantém uma série de atividades sociais com o objetivo de contribuir com a qualidade de vida e com a inserção social.

Através do Centro de Extensão Universitária e Ação Comunitária Pe. Carlos Leôncio da Silva, da Empresa Júnior, do Núcleo de Práticas Jurídicas - NPJ, do Núcleo de Psicologia Aplicada - SPA, do CESAPER - Centro Salesiano de Pesquisas Regionais, da Oficina Pedagógica e de parcerias firmadas com entidades, como Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), Confederação das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP), Centro de Integração Empresa Escola (CIEE) e Prefeituras do Vale do Paraíba, o UNISAL – unidade de Lorena, vincula-se à região contribuindo de forma positiva para o seu desenvolvimento.

Para a Iniciação Científica o UNISAL conta com o BIC-SAL, BIT-SAL e BID-SAL, programas de bolsas destinados aos melhores projetos de iniciação científica. Os alunos que são contemplados ganham uma bolsa de um ano para desenvolverem seus projetos. Contamos ainda com o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica PIBIC/CNPQ, com o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico PIBITI/CNPQ e o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência PIBIDI/CAPES/CNPQ. Todos os anos, a Instituição organiza um encontro de iniciação científica, aberto a toda comunidade acadêmica. A Unidade de Lorena organiza anualmente um mostra de estágio e produção científica e busca captar bolsas da FAPESP e CNPq.

O UNISAL mantém o Centro e Núcleos de Pesquisa, que gerencia os diversos grupos de Pesquisa. Em Lorena temos os grupos de pesquisa:

- Psicopatologia da aprendizagem: subjetividade e linguagem - SUBVIR - Grupo de pesquisa de bioética e biodireito

- Violências na escola - Gestão Ambiental

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- Direito das Minorias - Direito Ambiental

- Centro de Estudos do Meio Ambiente - CEMEA

- Desempenho Acadêmico e Metodologias Aplicadas – DAMA - Inovação Acadêmica, Sustentável e Social

- Desenvolvimento Projetos, Produtos e Materiais

O UNISAL instituiu em 2004 a Comissão Própria de Avaliação (CPA) conforme as Diretrizes do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES). Na Unidade de Lorena há um membro da CPA. As Avaliações são planejadas anualmente e os resultados são discutidos, apresentados para a comunidade acadêmica e servem de referência para o planejamento do Colegiado e Diretoria da Unidade de Lorena.

1.3. Identidade corporativa

O UNISAL definiu sua identidade corporativa a partir do documento Identidade das Instituições Salesianas de Educação Superior (IUS). Tal documento define as IUS como:

- instituições de ensino superior: comunidade acadêmica - formada por docentes, estudantes e pessoal administrativo – que “promove de modo rigoroso, crítico e propositivo o desenvolvimento da pessoa humana e do patrimônio cultural da sociedade, mediante a pesquisa, a docência, a formação superior”.1

- de inspiração cristã: sua visão do mundo e da pessoa humana tem raízes no Evangelho de Jesus e é demonstrada pela comunidade acadêmica.

- caráter católico: a instituição assume que sua origem e permanência se dão no coração da Igreja, por meio de expressões de comunhão e partilhamento com a comunidade. - índole salesiana: opção prioritária pelos jovens, especialmente os desprestigiados socialmente; “uma relação integral entre cultura, ciência, técnica, educação e evangelização, profissionalismo e integridade de vida (...); uma experiência comunitária baseada na

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‘presença’, com espírito de família, dos docentes e o pessoal de gestão entre e para os estudantes; um estilo acadêmico e educativo de relacionamento baseado num amor manifestado aos alunos e por eles percebido”.2 Enfim, um apreço pela pessoa fundado na

confiança, no cuidado, no amor demonstrado.

A educação superior é uma vocação dos salesianos pela própria finalidade educativa de toda obra da Congregação Salesiana, pois se considera que em nossos tempos, tendo em vista a crise de identidade, fins e valores pela qual educadores e educação passam, há necessidade de:

- uma presença qualificada nos campos em que se promove a mudança social, especialmente juvenil;

- uma contribuição Salesiana à formação qualificada dos jovens para o acesso ao mercado de trabalho e para um responsável empenho social, de modo que tal empenho ultrapasse as exigências e as necessidades do mercado, produzindo mudanças e novos desenvolvimentos na mesma sociedade;

- um acompanhamento educativo evangelizador dos jovens durante uma etapa em que tomam decisões importantes para sua vida. Trata-se, no fundo, de um serviço de orientação vocacional tanto para opções fundamentais em sua vida quanto para sua profissão; - uma constante reflexão científica sobre o sistema educativo salesiano, enquanto teoria e práxis, uma confrontação com o mundo da cultura e da ciência e também uma tentativa de contribuição Salesiana específica na área da educação.

No Estatuto do UNISAL, art.7º, definimos como objetivos:

I - reconhecer e respeitar a pessoa no que diz respeito à sua dignidade e cultivar a sensibilização nas ações voltadas às causas humanitárias, ecológicas e religiosas; II - formar e aperfeiçoar profissionais capacitados para as diferentes áreas do saber, habilitando-os para a inserção e a participação no desenvolvimento da sociedade; III - assegurar o ensino de qualidade, as atividades de extensão e a atividades investigativas, visando o desenvolvimento educacional;

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IV - estimular a criação da cultura, e, o desenvolvimento do saber cientifico e do pensamento reflexivo;

V - promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicações e de outras formas de comunicação;

VI - prestar serviço qualificado à comunidade, estabelecendo uma relação de reciprocidade, estimulando o conhecimento dos problemas do mundo presente, em particular os nacionais e regionais, para a construção de uma sociedade mais justa e pacífica;

VII - estimular a formação continuada e criar condições para sua concretização;

VIII - prover de mecanismos que garantam o padrão de qualidade de sua atuação, respeitando as diretrizes e critérios do sistema educacional;

IX - buscar intercâmbio e interação com instituições que promovam a educação, a ciência, a cultura e arte, especialmente com as IUS (Instituições Salesianas de Educação Superior).

Portanto, as necessidades e os objetivos apontados justificam a presença da

Congregação Salesiana e do UNISAL na educação superior. Os salesianos não abdicam de educar e qualificar jovens, de formar o cidadão, de formar para a vida, para o trabalho, para a convivência social.

1.3.1. Missão

“O UNISAL, fundado em princípios éticos, cristãos e salesianos, tem por missão contribuir para a formação integral de cidadãos, através da produção e difusão do conhecimento e da cultura, em um contexto de pluralidade”.

1.3.2. Visão

“Consolidar-se como Instituição de educação superior nacional e internacionalmente reconhecida como centro de excelência na produção e transmissão de conhecimentos e na qualidade de serviços prestados à comunidade.”

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1.3.3. Valores e Princípios de Qualidade

A prática educativa do UNISAL apoia-se nos seguintes valores: Amorevolezza, Diálogo, Ética, Profissionalismo e Solidariedade.

- Amorevolezza: é o canal de acesso ao diálogo educativo, caracterizado por demonstrações recíprocas de afeto entre educador e educando que possibilitam as trocas simbólicas dos valores e dos significados de vida. A amorevolezza, a razão e a religião compõem um harmonioso movimento pedagógico, expressão de uma espiritualidade relacional que exige equilíbrio afetivo, fidelidade na doação, diálogo educativo, paciência histórica e clima de amizade e serviço;

- Diálogo: é o elemento constitutivo e fundante da pessoa humana, necessitada das

trocas simbólicas com o outro para sua realização pessoal e social. Apresenta-se como pressuposto o debate e à participação da comunidade, respaldando a gestão dos diversos processos institucionais;

- Ética: é o compromisso com os valores que humanizam a pessoa e a levam a agir de

forma livre e responsável, consciente e solidária;

- Profissionalismo: é condição para que a intervenção seja competente e a

presença qualificada, tanto técnica quanto profissionalmente, habilitando a pessoa a buscar constantemente soluções teórico-práticas para os desafios e necessidades sociais, e a se inserir no mercado de trabalho, contribuindo para a construção de uma sociedade cidadã;

- Solidariedade: é a atitude de reconhecimento, respeito e cuidado da pessoa humana

e dos demais seres vivos, que se manifesta pelo cultivo da sensibilidade e da partilha nas ações voltadas às causas humanitárias, ecológicas e religiosas, na defesa da dignidade humana e na promoção dos direitos humanos.

Tais valores implicam compromissos com:

- A qualidade: busca de perfeição que se pode adquirir e oferecer;

- A igualdade: todos os indivíduos são iguais perante a sociedade, com os mesmos direitos e deveres;

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- A participação crítica e responsável: empenho dos indivíduos na constituição da ordem social;

- O humanismo: visão otimista da pessoa humana, que rompe com o individualismo, e implica atitudes de respeito e promoção da sua singularidade e dignidade;

- A transcendência: realidade inerente à “integralidade da pessoa”, criada à imagem e semelhança de Deus e aberta à verdade e à solidariedade com seus semelhantes.

No UNISAL, os valores que fundamentam a prática educativa institucional são os alicerces para consolidar a Missão e atingir o que se projeta como Visão. Assim, a concretização dos valores requer estudantes protagonistas e corresponsáveis, profissionais e professores competentes em sua área de atuação, responsáveis em relação aos seus compromissos, com sensibilidade para o mundo juvenil, capacidade de acolhida e de ser presença junto aos estudantes e identificados com o projeto institucional.

A instituição entende que a qualidade de todos os serviços corporativos dependerá da aplicação do “estilo salesiano de educar”, da formação integral, do bom clima organizacional, do investimento na capacitação das pessoas, do vínculo com a comunidade e da seriedade na prestação dos serviços educacionais e administrativos.

1.3.4. Concepções Filosóficas e Políticas de Ensino, Pesquisa e Extensão

A concepção filosófica da educação salesiana orienta a construção e a materialização dos projetos pedagógicos de curso, em que se busca educar para as múltiplas competências e habilidades através de um currículo rico de experiências concretas e atividades complementares. Orienta-se para o protagonismo do educando em todas as suas fases, possibilitando seu desenvolvimento e autonomia, como realização pessoal e serviço à comunidade, em consonância com a missão salesiana de transformação social e dos valores da cidadania solidária e participativa.

Essa concepção toma forma no Sistema Preventivo, coluna dorsal e espírito que anima todas as obras educativas salesianas, inculturado nos mais diversos quadrantes do globo. O Sistema Preventivo é uma espiritualidade e uma metodologia pedagógica, que se caracteriza:

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• pela vontade de viver entre os jovens e educandos, participando de sua vida, com atenção às suas verdadeiras exigências e valores;

• pela acolhida incondicional que se torna força promocional e capacidade incansável de diálogo;

• pelo critério preventivo que acredita na força do bem presente em todo o jovem e procura desenvolvê-la mediante experiências positivas;

• pela centralidade da razão, que é bom senso nas exigências e normas, flexibilidade e persuasão nas propostas; da religião, entendida como abertura à transcendência e à experiência de Deus, inerente a cada pessoa; da cordialidade, que se exprime como amor educativo que faz crescer e cria relações significativas;

• pelo ambiente positivo entranhado de relações pessoais, vivificado pela presença amorosa e solidária, que é animadora e ativadora dos educadores e do protagonismo dos próprios jovens.

As Políticas devem orientar as iniciativas que garantam a indissociabilidade entre o Ensino, a Pesquisa e a Extensão, como é afirmado pela Constituição de 1988 a respeito das Universidades, tripé sobre o qual se assenta a IES em suas prerrogativas, metas e responsabilidades, apoiado pelas demandas da sociedade.

A indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão se realiza com a construção de um ambiente acadêmico e científico pluralista, capaz de formar cidadãos éticos e profissionais competentes, com uma postura crítico- reflexiva, investigativa e autônoma, propiciando o desenvolvimento de suas competências política, social, religiosa e ética, garantindo seu compromisso com um processo de humanização e construção socialmente responsável e empreendedora de sua realidade. A indissociabilidade é a essência que orienta a transformação permanente da Instituição, sendo conditio sine qua non para a realização de sua missão. É realizada a partir da relação dinâmica entre a teoria e a prática, numa visão integral do ser humano e numa relação integral entre cultura, ciência, técnica, educação e religiosidade; também promove o desenvolvimento rigoroso, crítico, propositivo e sustentável da pessoa humana. O UNISAL vincula o ensino que desenvolve às atividades investigativas e de extensão. Para isso, estimula seus alunos à atividade criadora e investigativa,

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desenvolvida individualmente e/ou em equipe, dentro de uma determinada disciplina ou área, tornando-a veículo facilitador do despertar de vocações e aperfeiçoamento de habilidades.

A política de ensino do UNISAL preserva e assegura as características comuns e indispensáveis em toda instituição salesiana: atenção ao sistema preventivo salesiano; qualidade técnica e competência pedagógica; promoção da cidadania e dos valores cristãos; preocupação com a incidência no contexto; sintonia com a cultura e com o mundo em que está inserido; consciência de ser parceiro da ação educativa dos jovens; desenvolvimento de pesquisas e ações pedagógicas no campo da realidade infanto-juvenil, facilitador das relações interpessoais e coletivas; cultivador do ambiente cristão e do espírito familiar; formador de pessoas capazes de conviver em uma sociedade pluralista receptora e crítica.

A Política de Ensino tem foco especial no perfil e na qualificação do corpo docente. Em relação ao perfil, o UNISAL privilegia um docente capaz de atuar no ensino, no exercício investigativo, na extensão e nas ações voltadas à comunidade e que crie um ambiente centrado na pessoa humana, no diálogo e na colaboração.

Por tratar-se de uma instituição comprometida com a promoção contínua da qualidade, privilegia a formação por competências e habilidades que estruturam a concepção curricular de modo a favorecer a flexibilidade e a interdisciplinaridade, aposta no modelo didático-pedagógico que prioriza o aluno como sujeito ativo da construção do conhecimento, incentiva as parcerias com organizações públicas e privadas, investe em projetos alinhados com a identidade e com a missão institucional, fortalece a pastoral universitária e fomenta a inovação, a produção do conhecimento e a participação de toda a comunidade universitária.

A Política de Pesquisa do UNISAL, alinhada com a missão institucional, busca permanentemente contribuir para a formação integral de cidadãos, “por meio da produção e difusão do conhecimento”, isto é, de um compromisso com a prática investigativa institucionalizada, que se realiza através dos estudos dos cursos de graduação, do apoio institucional à Iniciação Científica, dos grupos de pesquisa cadastrados no diretório do CNPq e dos grupos de pesquisa vinculados aos Programas de Mestrado.Definem-se como princípios da pesquisa no UNISAL a relevância social, a eficácia dos resultados, a exequibilidade, a ética, a transdisciplinaridade, a transparência e o compromisso com a identidade institucional.

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Os objetivos das políticas de pesquisa são: produzir conhecimento socialmente relevante; propor soluções às necessidades sociais; ter incidência científica e reconhecimento acadêmico; estabelecer intercâmbios e parcerias com instituições universitárias, salesianas ou não, desde que respeitada a identidade institucional e os valores cristãos e salesianos.

A Política de Extensão visa consolidar a missão do UNISAL, de contribuir para a formação integral de cidadãos, por meio da produção e difusão do conhecimento.

Articulada com o Ensino e a Pesquisa, em estreito relacionamento com a comunidade, propõe institucionalizar ações de impacto e transformação social, numa perspectiva humanista, ética e de sustentabilidade sociocultural.

Compreende-se como ação aberta à comunidade externa, aprendizado de gestão coletiva acerca da prática social e agente de transformação entre a universidade e a sociedade. Para o UNISAL, essas proposições fundamentam, edificam e projetam todas as suas ações extensionistas, das mais diversas naturezas e finalidades.

Permanentemente vinculada ao Ensino e à Pesquisa, a Extensão, por um lado, proporciona a formação continuada do aluno para a obtenção de competências, conhecimentos e técnicas; da mesma forma, potencializa o seu protagonismo e formação cidadã. Por outro lado, serve a comunidade externa, com propostas de interesse e alcance de todos. A sociedade, em contrapartida, oferece a sua vivência, práticas, anseios, aspirações e saberes, em prol de uma legítima interpretação, aprendizagem e desenvolvimento das questões investigadas.

Essa troca de conhecimentos configura-se como a finalidade da Extensão: propor e obter conhecimentos da sociedade. Nesse horizonte, a Extensão, em igual valor à Pesquisa e ao Ensino, embasadas pelo princípio da indissociabilidade, diferencia-se por ultrapassar o âmbito específico do ambiente acadêmico: toda atividade que não atende especificamente a uma matriz curricular de curso de graduação ou pós-graduação ou ementário de uma disciplina, assim como programas estritos de pesquisa, uma vez aberta à comunidade externa, denomina-se Extensão.

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A Avaliação Institucional é considerada atividade de suma importância para o desenvolvimento e aperfeiçoamento contínuos do UNISAL, posto que uma Gestão de Qualidade é constitutiva da Identidade da instituição. A Avaliação Institucional consta, ainda, dos principais documentos norteadores do UNISAL, como o “Plano de Desenvolvimento Institucional-PDI”, a “Identidade” e as “Políticas” das Instituições Universitárias Salesianas, em âmbito mundial. Por isso, o UNISAL assume a Avaliação Institucional como um elemento indispensável, à medida que ela permite o acompanhamento de todas as atividades e inspira ações de melhoria. Desde a constituição do UNISAL existe uma Comissão Própria de Avaliação, com representação dos diversos setores da comunidade educativa, que é responsável pela condução do processo de autoavaliação.

O projeto de autoavaliação praticado pelo UNISAL parte do pressuposto de que a avaliação deve ser um instrumento de controle sobre o nível desejado de excelência da Instituição em todas as dimensões, tanto no que se refere às condições de ensino-aprendizagem oferecidas pelos docentes ao alunado, quanto à plena realização dos profissionais da educação comprometidos com a proposta didático-pedagógica, configurando-se como um processo dialético de ação-reflexão-ação que reúne informações de todos os sujeitos respondentes e dados para alimentar e estimular a análise reflexiva das práticas em busca de melhorias.

Dessa forma, o ‘modelo’ de qualidade e seus ‘indicadores’ devem ter legitimidade técnica e política e serem produzidos coletivamente dentro da instituição, a partir da prática. O método de avaliação precisa dar conta de buscar os problemas, as divergências, as dúvidas, os pontos fortes e os pontos de melhoria, transcendendo o diagnóstico, ou seja, precisa possibilitar a discussão, a análise conjunta e a tomada de decisão.

Enfim, a grande meta consiste em criar uma cultura de Avaliação Institucional, sem conotação de premiar ou constranger, mas visando incentivar a autocrítica, a meta-avaliação em que o diagnóstico, a leitura e interpretação dos dados e as sugestões dos sujeitos respondentes permitam uma releitura isenta de qualquer corporativismo, susceptibilidades, de modo a proporcionar um contínuo rever e repensar o UNISAL, no todo ou em parte, para reequacionamento dos ajustes e desafios necessários em cotejo com as disponibilidades conjunturais e estruturais

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1.4.1. Contextualização

Desde a constituição do UNISAL, em 1997, existe uma Comissão Própria de Avaliação, com representação dos diversos setores da comunidade educativa, que é responsável pela condução do processo de autoavaliação.

Em 2004 iniciou-se um novo Projeto de Autoavaliação, baseado no Sinaes, que contemplava diversos instrumentos, aplicados com periodicidade variada, desde semestrais até trienais. Previa a avaliação tanto de aspectos acadêmicos, em suas dimensões de ensino, pesquisa e extensão, como administrativos.

A partir de 2014 a CPA reestruturou o Projeto de 2004, tomando como base a Nota Técnica Inep/Daes/Conaes no. 65 bem como o novo instrumento de Avaliação Institucional do Inep, institucionalizado em 2014 e organizado em cinco eixos que contemplam as dimensões do SINAES. Um dos objetivos dessa nova proposta foi aliar a amplitude de avaliações propostas em 2004, com uma operacionalização mais eficaz, voltada para a rápida obtenção e utilização dos resultados.

Desde o início da autoavaliação do UNISAL, existe a efetiva participação de toda a comunidade acadêmica nos processos. Atualmente, dentre as mais diversas avaliações, podem ser destacadas: alunos avaliam docentes, disciplinas e aspectos gerais da instituição, como infraestrutura e serviços; docentes avaliam a coordenação e os mesmos aspectos gerais avaliados pelos alunos; funcionários avaliam suas condições de trabalho; gestores avaliam políticas e diretorias.

Todas as outras consolidações são amplamente divulgadas: o aluno recebe o resultado de sua turma, de seu curso, de sua Unidade e do UNISAL, visualizando os gráficos afixados em sala de aula. O coordenador recebe os resultados de seu curso, da Unidade e do UNISAL e assim por diante. Os diretores, pró-reitores e o reitor recebem um CD com a consolidação de todos os dados. A divulgação das outras avaliações segue a mesma lógica, ou seja, os

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resultados são divulgados às partes interessadas, guardando-se sigilo ligado à questões éticas.

1.4.2. Atuação dos Grupos de Qualidade e ações decorrentes dos processos de avaliação

Os Grupos de Qualidade dos cursos, institucionalizados, são compostos pelo coordenador de curso, representantes de sala e representantes docentes e são fundamentais no processo de autoavaliação. Dada a importância deste grupo torna-se necessário constar no calendário do curso a periodicidade das reuniões, podendo ocorrer de forma presencial ou com os recursos tecnológicos de interação que permitam a participação simultânea de seus membros.

O objetivo deste grupo é garantir que os resultados da avaliação institucional e de outras demandas do curso sejam analisados e transformados em planos de ação para serem discutidos e implementados pelo colegiado, de forma a se efetivar uma cultura de planejamento avaliativo de melhoria do curso.

Com este processo conjunto, participativo e contínuo de trabalho, procura-se garantir que os resultados das avaliações sejam interpretados e utilizados da melhor maneira possível pelos próprios avaliados, que são os principais protagonistas de seu desenvolvimento.

Todas as reuniões devem ser registradas, devidamente assinadas pelos presentes e encaminhadas a CPA.

1.5. NAP - Núcleo de Assessoria Pedagógica

O Núcleo de Assessoria Pedagógica, criado em 2006, nasceu da preocupação da direção do Centro Universitário Salesiano de São Paulo com a formação e a prática pedagógica dos docentes frente às demandas do mundo contemporâneo e aos desafios do Ensino Superior. O projeto foi construído coletivamente por representantes das diversas áreas do conhecimento de todas as unidades do UNISAL, com o intuito de oferecer uma visão

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integrada. São atribuições do NAP: pesquisar as principais necessidades pedagógicas do corpo docente; propor reflexão contínua sobre a prática pedagógica da comunidade educativa do UNISAL; desenvolver um programa de formação continuada do UNISAL buscando a qualidade dos processos educativos; estimular a produção científica e didático-pedagógica do corpo docente; motivar ações pedagógicas interdisciplinares; contribuir na organização de atividades de formação de educadores e eventos promovidos pelo UNISAL; produzir conhecimentos que contribuam na melhoria das ações educativas; contribuir com a construção do perfil do docente que atua no UNISAL, segundo princípios salesianos de educação; criar estratégias para busca constante de novos saberes da área da Educação que possam contribuir para a melhoria da prática pedagógica; criar condições para o desenvolvimento de competências pedagógicas do docente para atuação no ensino a distância.

PROJETOS E SERVIÇOS NAP

Formação Pedagógica

Programação pedagógica das semanas de planejamento no início de cada semestre com: minicursos de formação pedagógica a partir das necessidades indicadas pelo processo de avaliação institucional; oficinas sobre avaliação do processo ensino aprendizagem; estratégias de ensino; como avaliar trabalhos em grupo; como preparar provas operatórias; instrumentos de avaliação; interdisciplinaridade e transdisciplinaridade.

Sala de Leitura

Sala de Leitura é um projeto do UNISAL (Lorena) que visa promover a leitura de textos literários e científicos. A ideia surgiu de uma inquietação da comunidade educativa sobre como mobilizar/incentivar os universitários para leituras cada vez mais densas e reflexivas. O objetivo é provocar nos alunos universitários o resgate do prazer da leitura. Por isso, a sala de leitura será um ambiente eclético, trilhando um caminho do mais popular ao mais erudito.

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Assessoria Pedagógica

Tal assessoria se realizará pelas seguintes ações:

- Assessoria às coordenações na construção e avaliação dos Projetos Pedagógicos dos cursos;

- Apoio às coordenações de curso na leitura crítica dos planos de curso;

- Atendimento personalizado aos professores para discussão dos planos de curso e sua aplicabilidade no contexto da sala de aula;

- Participação nas reuniões de colegiado;

- Assessoria aos professores na confecção de planos de ensino, plano das aulas estruturadas e avaliações;

- Participação nas Semanas de Planejamento;

- Elaboração de Minicursos de Formação Pedagógica sobre Estratégias de Ensino Aprendizagem, Avaliação do Processo de Aprendizagem.

Acompanhamento do Processo de Avaliação Institucional

 Entrevistas com professores para reflexão sobre sua prática docente;  Acompanhamento da prática pedagógica dos professores;

 Assessoria ao professor.

Projeto Professor Observador

Tem a finalidade de discutir criticamente as práticas didáticas usuais no ensino superior; partilhar práticas e projetos de sucesso no processo ensino-aprendizagem e mobilizar professores, pesquisadores e gestores do ensino universitário a repensar as práticas pedagógicas, a partir da observação orientada, por meio de Roteiro de Observação elaborado pelo NAP, da ação de professores em sala de aula.

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Educação a Distância - Curso de Extensão - Docência Universitária

O NAP – Núcleo de Assessoria Pedagógica do UNISAL, Lorena -criou a partir de 2003, um curso de extensão online de 100 horas, sobre Docência no Ensino Superior que atualmente está em sua 7ª edição, para formação pedagógica dos professores universitários. São seus objetivos: discutir questões pedagógicas hoje essenciais para a profissionalização do professor do ensino superior; conhecer e compreender melhor as exigências de um ensino universitário de qualidade e a dar respostas mais eficientes que produzam eficácia; propiciar a construção de um referencial teórico na área pedagógica que favoreça uma atuação prática consistente, competente, reflexiva e autônoma; possibilitar o conhecimento e o desenvolvimento de habilidades técnicas de ensino com vistas à melhoria do desempenho docente; trabalhar o planejamento e utilização dos procedimentos de ensino e aprendizagem em suas várias modalidades.

O curso se destina ao público interno do UNISAL – Lorena - e está aberto a

professores do Ensino Superior, Coordenadores de Cursos de Graduação e Pós-graduação, Gestores Acadêmicos, Graduados com interesse no Magistério Superior.

O curso está organizado em 5 módulos:

Módulo 1:Professor Universitário, Educador num mundo em mudança.

Módulo 2 : O fazer pedagógico no espaço compartilhado da sala de aula do ensino superior.

Módulo 3: Saberes docentes: a dimensão específica da competência profissional do professor universitário.

Módulo 4: Avaliação do ensino superior. O desafio do professor: avaliação do ensino ou da aprendizagem.

Módulo 5: Metodologias Ativas e Inovadoras: autonomia e corresponsabilidade do aluno na construção de sua aprendizagem.

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Curso de Formação Docente

Proposta que objetiva atrair e desenvolver profissionais interessados na carreira docente, por meio de um plano estruturado de formação e acompanhamento, visando ao atendimento dos objetivos estratégicos do UNISAL. No ano de 2016 o NAP ofereceu o curso de formação continuada ―Avaliação da Aprendizagem no Ensino Superior‖ no formato EAD. (https://www.youtube.com/watch?time_continue=9&v=_LrUEhlI8Fk).

Laboratório de Inovação Acadêmica - (LIA)

Atendendo as demandas do mundo contemporâneo e as dificuldades encontradas no processo ensino-aprendizagem na graduação, em 2013, foi criado, no campus de Lorena, o Laboratório de Metodologias Inovadoras (LMI), como mais uma estratégia para manter e melhorar a qualidade de ensino, característica prioritária do Centro Universitário Salesiano de São Paulo (cf. Laboratório de Metodologias Inovadoras em www.labmi.com.br)

A partir de estudos, visitas e cursos na Harvard University e MIT, Boston, Massachussets, a consolidação e implementação do LMI aconteceu no UNISAL/Lorena com os seguintes objetivos:

– Descobrir e pesquisar metodologias ativas de aprendizagem;

– Conhecer, com densidade, o embasamento teórico e os procedimentos de aplicação 
de metodologias ativas de aprendizagem;

– Analisar as fases que compõem cada um dos procedimentos de aplicação de 
metodologias ativas de aprendizagem;

• Adaptar aos contextos específicos do ensino superior e educação básica da educação brasileira os atos identificáveis em cada uma das fases dos procedimentos;

• Aplicar, nos diferentes contextos do ensino superior e educação básica, metodologias ativas de aprendizagem já adaptadas para a educação brasileira;

• Avaliar as experiências de aplicação de metodologias ativas de aprendizagem nos contextos do ensino superior e na educação básica;

• Formar – permanentemente - micronúcleos docentes para conhecimento, aplicação e compartilhamento dos resultados da prática das metodologias ativas de aprendizagem;

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• Produzir e aplicar instrumentos para medir quantitativa e qualitativamente o desenvolvimento da aprendizagem dos alunos em disciplinas que utilizam metodologias ativas de aprendizagem;

• Publicar em periódicos científicos nacionais e internacionais os resultados de pesquisas realizadas no LMI em relação às metodologias ativas e seus impactos na aprendizagem;

• Realizar eventos sobre o tema “Metodologias Ativas”- de alcance regional, nacional e internacional - para divulgação de pesquisas e produção de conhecimento.

De forma geral, o trabalho desenvolvido com as metodologias ativas é colaborativo, destaca o uso de um contexto ativo para o aprendizado, promove o desenvolvimento da habilidade de trabalhar com outro(s) aluno(s) formando um par, aprendizagem entre pares ou em grupo, e também estimula o estudo individual, de acordo com os interesses e o ritmo de cada estudante. O aprendizado passa a ser protagonizado pelo aluno e os professores atuam como mediadores de todo o processo.

O professor não "ensina" da maneira tradicional; permite e estimula a discussão dos alunos, conduzindo-a quando necessário e indicando os recursos didáticos úteis para cada situação.

As metodologias ativas estão alicerçadas em um princípio teórico significativo: a autonomia, algo explícito na invocação de Paulo Freire. Aprendizagem ativa redefine a prática de aula muitas vezes vista pelo prisma estático do aprendizado, onde o conhecimento é transmitido para as mentes vazias e passivas dos estudantes. Aprendizagem ativa significa aprendizado dinâmico onde, através de atividades baseadas em projetos, colaborativas e centradas em soluções de problemas, os estudantes desempenham um papel vital na criação de novos conhecimentos que podem ser aplicados a outras áreas acadêmicas e profissionais.

Um dos proponentes deste modelo, como já dito, foi Paulo Freire (2009) que desencorajava o modelo “bancário” de educação, no qual os docentes depositavam conhecimento nas mentes dos estudantes, da mesma forma que depositamos dinheiro numa conta corrente, para que os estudantes possam gastá-lo na hora das provas.

A tecnologia pode desempenhar um importante papel no ensino, garantindo que a aprendizagem seja o resultado do diálogo e da produção de novos conhecimentos através

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das novas mídias, tornando o conteúdo mais relevante. Em resumo, a aprendizagem ativa funda-se na participação ativa do sujeito, sua atividade auto estruturante, o que supõe a participação pessoal do aluno na aquisição de conhecimentos, de maneira que eles não sejam uma repetição ou cópia dos formulados pelo professor ou pelo livro-texto, mas uma reelaboração pessoal.

Iniciativa CDIO

Concebida a partir de 1997 no MIT (Massachusetts Institute of Technology) nos cursos de Engenharia Aeronáutica/Aeroespacial e criada em 2004 junto a outras 10 universidades com o objetivo principal de desenvolver os cursos de Engenharia e Tecnologia baseados em projetos.

A Iniciativa CDIO ™ é um quadro educacional inovador para a produção da próxima geração de engenheiros. A estrutura fornece aos alunos uma base de dados de engenharia que enfatizam a educação, estabelecidos no contexto dos sistemas e produtos do mundo real Concebendo - Projetando - Implementando - Operando (CDIO). Em todo o mundo, os colaboradores adotaram o CDIO como o quadro de seu planejamento curricular e avaliação baseada em resultados.

O UNISAL, na sua unidade de Lorena, a criação dos cursos de Engenharia (iniciada em 2011 pela Produção) teve o propósito de identificar os diferencias necessários para a formação integral dos estudantes tendo como egresso, alunos capacitados no “saber” e no “saber fazer”. A instituição tem participado da Conferencia Internacional desde 2013 com o intuito de entender mais como é o funcionamento dos pilares do programa proposto pela INICIATIVA CDIO.

Em maio de 2016, na conferência latino-americana realizada no Chile, o então coordenador do curso de Engenharia de Produção, apresentou aos líderes regionais o que era desenvolvido nos cursos relacionado a formação prática dos alunos. A partir de então, o UNISAL passou a ser a primeira instituição brasileira a ingressar na INICIATIVA. Atualmente, têm o papel de disseminar o proposito entre as universidades brasileiras.

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O Seminário de Didática para o Ensino Superior (SEDIES)

É um evento acadêmico e científico, idealizado e organizado pelo NAP e que teve sua primeira edição ano de 2010 e, desde então, acontece anualmente, de forma itinerante, sendo sediado em outras instituições de ensino superior, mas sempre sob a supervisão do NAP.

Objetivos:

a) Disseminar o conhecimento teórico e prático sobre Didática e práticas pedagógicas inovadoras no ensino superior;

b) Discutir criticamente as práticas didáticas usuais no ensino superior;

c) Partilhar práticas e projetos de sucesso no processo ensino-aprendizagem;

d) Mobilizar professores, pesquisadores e gestores do ensino universitário a repensar as práticas pedagógicas;

e) Ampliar a integração dos diferentes cursos e instituições.

Público Alvo: professores universitários, integrantes do corpo docente das universidades participantes, interessados na pesquisa a respeito de didática para a docência no ensino superior.

1.6. Pastoral Universitária

O Centro Universitário Salesiano de São Paulo, UNISAL, Unidade de Lorena, instituição universitária “NASCIDA DO CORAÇÃO DA IGREJA, como centro incomparável de criatividade e irradiação do saber para o bem da humanidade”3, a fim de consagrar-se

inteiramente à causa da verdade e garantir uma presença cristã no mundo universitário, tem na Pastoral Universitária Salesiana um feixe de atividades que oferecem ao ambiente educativo a ocasião de integrar a vida com a fé.

A Pastoral Universitária Salesiana preocupa-se, especialmente, “em encarnar a fé em suas atividades cotidianas”4. Por isso, o ambiente educativo (clima de relações que torna

3ExCordieEclesiae, número 1. 4ExCordieEclesiae, número 39.

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possível a ação formativa e pastoral5) é seu elemento chave e, deste modo, suas ações

implicam, especialmente, em:

- revelar um ambiente familiar, caracterizado pela acolhida e disponibilidade;

- orientar e estimular uma formação humana que evidencie o respeito e a disponibilidade para o encontro pessoal entre todos os membros da comunidade acadêmica;

- exercitar uma preocupação e atenção visível à juventude, aos estudantes;

- priorizar o reflexo da prática dos valores que se transmite - como solidariedade, justiça, liberdade, respeito, igualdade – em todos os setores da universidade.

A Pastoral Universitária Salesiana é, portanto, entendida como uma ação unitária – acadêmica e de formação integral – dirigida e endereçada a toda a comunidade universitária e que supõe:

a) um modelo de formação e pastoral bem definido e formulado por escrito que: - seja coerente ao mesmo tempo com a liberdade dos estudantes e com a

identidade da instituição na qual se formam;

- emane, de maneira natural, da implementação e desenvolvimento do tecido curricular e da ação formativa de todo o trabalho universitário;

- se realize durante o período de estudos, mesmo que se deva projetar-se também à busca-facilitação do futuro trabalho e, na medida do possível, prolongar-se em um acompanhamento pessoal durante os primeiros anos do egresso;

b) a orientação humana, vocacional, profissional e ocupacional dos estudantes e dos egressos;

c) o oferecimento:

- do anúncio de Jesus Cristo e seu Evangelho, acompanhando aos que dão livremente sua adesão pessoal mediante itinerários de educação na fé, celebrações litúrgicas e sacramentais, e a inserção e experiência em comunidades,

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- de um serviço de acolhida e acompanhamento a cada membro da comunidade acadêmica sem sua condição e situação pessoal de crente ou não crente; d) a possibilidade de experiências de compromisso social e cristão – sob fórmulas

institucionalizadas ou mais abertas a tais como serviço ou voluntariado, inclusive profissional, dos estudantes em curso, dos egressos, do professorado e do pessoal não docente – com a consequente formação-preparação específica para tal. (Declaração do IUS FORMATION-MINISTRY GROUP, 2010, [12].)

Em resumo, as atividades da Pastoral Universitária Salesiana do UNISAL, unidade de Lorena, têm por base os seguintes princípios6:

1. Dar boas-vindas e acolhimento a todos os estudantes em uma comunidade, em um campus, que celebra o amor de Deus para todos.

2. Criar oportunidades para que os estudantes experiência, reflitam e ajam, a partir de um compromisso com a justiça, a misericórdia e a compaixão, à luz da doutrina social da Igreja Católica, a fim de desenvolver o respeito e a responsabilidade de todos, especialmente em relação aos mais necessitados.

3. Desafiar os estudantes a altos padrões de comportamento e responsabilidade, por meio da formação do caráter e virtudes.

4. Auxiliar os estudantes a discernir e responder as suas vocações, compreendendo o potencial de suas contribuições profissionais, a fim de possam escolher o foco de suas carreiras.

Esses princípios, as ações e bases, anteriormente comentados, sintetizam o esforço que a Pastoral Universitária Salesiana faz, cotidianamente, a fim de que se caminhe na direção da unidade e totalidade da proposta educativo-pastoral, superando uma prática que considera a pastoral como um setor da universidade, destinado aos aspectos religiosos da ação educativa. O que se propõe é, no entanto, diverso: pensar a ação pastoral como unidade orgânica, ou seja, como um processo único que, articulado aos demais elementos do ambiente

6Princípios inspirados no texto PRINCIPLES OF GOOD PRACTICE FOR STUDENT AFFAIRS AT CATHOLIC COLLEGES AND

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universitário de uma instituição católica, de índole salesiana, que se qualificam reciprocamente, contribua para o desenvolvimento integral do jovem, na totalidade de seu ser. A partir de tais pressupostos, a Pastoral Universitária Salesiana, na estreita relação entre as dimensões educativa e evangelizadora propõe:

“uma educação que desenvolve o sentido religioso da vida e abre e favorece o processo de evangelização, e uma evangelização que propõe à educação um modelo de humanidade plenamente realizada e respeita a dinâmica educativa em seu desenvolvimento.” (Atos 407, página 06)

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2. O CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA

O curso de Engenharia Mecânica do UNISAL, em sua Unidade de Lorena, iniciou seu funcionamento em fevereiro de 2013, após autorização pela Portaria nº 280 de 19/12/2012, publicada no DOU em 28/12/2012 na modalidade de Ensino Presencial, confere aos egressos a titulação de Bacharel em Engenharia Mecânica. Possui o prazo de integralização do curso de no mínimo 10 semestres e no máximo 18 semestres, com carga horária de 4380 horas em regime letivo semestral, com turno de funcionamento diurno e noturno somando um número de 150 vagas autorizadas.

Data do Início do funcionamento do Curso: 02/2013 Dados de Autorização:

Portaria n° 280 de 19/12/2012, publicada no DOU em 28/12/2012 Modalidade: Ensino Presencial

Diploma Conferido: Bacharelado em Engenharia Mecânica

Prazo de Integralização do Curso: Mínimo de 10 semestres / Máximo de 18 semestres. Carga Horária do Curso: 4.380 horas

Regime Letivo: Semestral

Turno de Funcionamento: Diurno / Noturno Vagas Autorizadas: 150

2.1. Inserção regional do curso

2.1.1. UNISAL Unidade Lorena no contexto da Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte

O município de Lorena e os seus polos avançados em Pindamonhangaba e São José dos Campos estão situados na Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte – RMVP, uma das quatro regiões metropolitanas do estado de São Paulo. A região é formada por 39 municípios agrupados em cinco sub-regiões, tem uma população de cerca de 2,3

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milhões de habitantes e ocupa uma área de aproximadamente 16,2 milhões de km2,

perfazendo uma densidade demográfica de 140 hab/km2. A Figura 4, localiza o município na

Região Metropolitana7.

Trata-se de um grande centro urbano estadual e dispõe de um amplo polo empresarial, em particular na área industrial que tem como seus principais segmentos os de Óleo & Gás, Aeroespacial, Metalúrgico, Autopeças e Automobilística (OEM), Eletrônicos, Químicos, Farmacêuticos, Papel e Celulose e Alimentícios8. A região é um relevante polo exportador

sendo o município de São José dos Campos, pertencente à Macro Região, o segundo no ranking das cidades paulistas. A Macro Região destaca-se ainda pelo Turismo, especialmente o Litoral Norte do estado e a Serra da Mantiqueira, e ainda dispõe de destacada posição no cenário nacional de pesquisa e desenvolvimento pela presença de institutos de pesquisas e instituições públicas e privadas de educação superior.

A região contempla grandes construtoras que suportam, atendem a este mercado e crescimento regional o qual demanda seu foco na ampliação do segmento industrial descrito e infraestrutura da região (vias, rodovias, habitação, saneamento etc.) devido ao crescimento populacional, industrial, turismo religioso e social.

7 Fontes: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE e Fundação SEADE – Sistema Estadual de Análise de Dados, 2013

8 Fonte: Centro das Indústrias do Estado de São Paulo CIESP, Regional Taubaté, Guia Regional da Industrial, 2012

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Lorena tem demandas expressivas no tocante a moradia popular, infraestrutura e desenvolvimento urbano. Programas do governo fizeram com que houvesse um crescimento em larga escala de financiamentos para a construção de moradias populares na região exigindo mão de obra e formação qualificada, com isso vem a necessidade de criar infraestrutura para atender o desenvolvimento de novos bairros, como novas ruas, pavimentação, rede de distribuição de água e coleta de esgoto.

Com uma característica especial, a cidade de Lorena demanda certos cuidados em algumas áreas, já que possui um lençol freático muito elevado que implica em soluções adequadas de fundações e sistemas de drenagem. A cidade com ruas calçadas com paralelepípedos não dispõe de uma rede minimamente suficiente de captação de águas pluviais. A baixa cota em relação ao rio Paraíba do Sul e seus afluentes determina a necessidades de técnicas mais elaboradas de tratamento deste escoamento. Não raro, o projeto de dutos pluviais termina com escoadouros afogados, isto é, abaixo da cota dos rios. Questões ligadas à gestão municipal, privou a cidade nas últimas décadas de um planejamento diretor. Com isso, confusão acerca do uso e ocupação de solo é tema pertinente e relevante a municipalidade.

Com a crise hídrica enfrentada no momento, o que nos dá condições de verificarmos a fragilidade deste sistema, deve-se procurar soluções alternativas para este sistema.

Lorena pertence a Sub-região 3 da Região Metropolitana, que inclui ainda os seguintes munícipios e respectivas distâncias até Lorena: Aparecida (23 km), Cachoeira Paulista (20 km), Canas (9 km), Cunha (66 km), Guaratinguetá (19 km), Piquete (17 km), Potim (28 km) e Roseira (33 km). A população estimada de Lorena é de cerca de 100.000 habitantes, porém, segundo o senso IBGE (2015), conta-se 87.178 residentes. Sua área é de 414 km² e a densidade demográfica é de 199,29 hab./km².

A

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Tabela 1 - Dados Socioeconômicos do Município e Região9

Sob o olhar da localização geográfica e da logística, Lorena situa-se às margens da Rodovia Presidente Dutra, a mais importante e movimentada autoestrada do Brasil e entre as suas duas maiores cidades, São Paulo e Rio de Janeiro, estando a, respectivamente, 207 e 247 km distante de cada uma. Está ainda a 30 km da divisa com o Estado de Minas Gerais, ou 73 km de Itajubá e 500 km de Belo Horizonte.

O município tem uma clara vocação para o ensino universitário. Além da Unidade Lorena, campus São Joaquim, do UNISAL, a cidade conta com duas outras Instituições de educação superior, a EEL/USP Escola de Engenharia de Lorena da Universidade de São Paulo e a FATEA - Faculdades Integradas Tereza D’Ávila. E ainda, considerando-se um raio de 20 km, tem a UNESP - Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, campus Guaratinguetá e o INPE - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, Unidade Regional de Cachoeira Paulista, onde além de núcleos de pesquisa e desenvolvimento, ainda oferece programas de Mestrado e Doutorado.

Sob o aspecto de trabalho e emprego, Lorena contava em 2011 com 15.545 vínculos empregatícios e um rendimento médio de R$ 1.405,5610. A Tabela 2 apresenta outras

informações sobre o tema. Nota-se a predominância no setor de serviços como gerador de vínculos formais de emprego, aliás, o que é observado como tendência mundial.

9 Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBGE e Fundação SEADE Sistema Estadual de Análise de Dados, 2013

10 Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBGE e Fundação SEADE Sistema Estadual de Análise de Dados, 2013 Número de habitantes (2015) PIB (2012) Educação (2013) Total (em milhões de reais R$) Per Capita (em reais R$) Concluintes do Ensino Médio Matrículas no Ensino Superior Presencial RMVP 2.383.470 65.644,36 28.420,28 24.580 73.038 Sub-região 3 337.127 5.694,47 17.144,89 3.435 9.887 Lorena 84.653 1.473,43 17.677,00 848 5.967

(40)

Relativamente à Região Metropolitana, Lorena participa com 2,7% do total de vínculos empregatícios e cerca de 12% se comparado a sua sub-região.

Tabela 2 - Dados sobre Trabalho e Emprego10

Empregos Formais (2014) Número de Consumidores Energia Industrial (2014) Agricultura, Pecuária, Produção Florestal, Pesca e Aquicultura Indústria Construção Comércio Atacadista e Varejista e do Comércio Empregos Formais dos Serviços RMVP 8.700 131.739 35.603 126.405 298.675 1.022.458 Sub-região 3 2.040 13.405 4.685 17.173 36.942 134.917 Lorena 343 4.576 808 4.233 7.780 33.311

Sob a ótica comercial e industrial, a inauguração de um shopping center no município em 2015 trouxe a necessidade de se criar novos empregos em infraestrutura, com mão de obra qualificada e adequada. O município conta ainda com um parque tecnológico significativo e em crescimento, pois possui espaço físico para tal. Indústrias como Yakult, Orica Brasil, Saint Gobain, Geronimi exigem que o município tenha uma infraestrutura adequada: vias, rodovias, hotéis etc.. para atender esta necessidade e tendência de crescimento do segmento industrial ocasionado pela saturação do eixo Rio-SP no que se refere ao trecho de Pindamonhangaba até a capital paulista e no trecho fluminense, depois do boom industrial na região de Resende e Volta Redonda.

O Turismo é outro setor digno de nota. A região tem fortes apelos para o turismo rural e religioso. A vizinha cidade de Aparecida, e seu Santuário Nacional, recebem cerca de 12 milhões de peregrinos ao ano. No sentido Rio de Janeiro, a não mais distante Cachoeira Paulista, recebe cerca de 3,5 milhões de visitantes buscando a comunicada católica Canção Nova. Limítrofe está Guaratinguetá, a cidade a acolher o primeiro santo brasileiro, Frei Galvão, atraindo milhares de devotos.

Referências

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