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CENTRO DE EDUCAÇÃO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

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Academic year: 2021

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CENTRO DE EDUCAÇÃO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

CURSO DE PSICOLOGIA

O CONCEITO DE MEDO EXISTENCIAL NA VISÃO DE VIKTOR EMIL

FRANKL

TALITA LUIZA SANDRI

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TALITA LUIZA SANDRI

O CONCEITO DE MEDO EXISTENCIAL NA VISÃO DE VIKTOR EMIL

FRANKL

Monografia apresentada como requisito parcial para obtenção do titulo de Bacharel em Psicologia da Universidade do Vale do Itajaí

Orientadora: Profª. Maria Glória Dittrich.

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Dedico este trabalho a Deus, por ter me concedido realizar mais uma etapa da minha vida.

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AGRADECIMENTOS

A professora Maria Glória, pelo carinho e dedicação que teve com este trabalho, e pelo aprendizado oportunizado.

Aos meus pais, pelo cuidado e amor.

Ao meu tio Silvio Sandri, por acreditar em mim e possibilitar esta oportunidade de estudar.

Em fim, a todos que de forma direta ou indiretamente contribuíram para que este trabalho fosse realizado, em especial a minhas amigas Letícia Dutra Clivati e Viviane

Pedri, que nos momentos de dificuldades me ajudaram e me mostraram o verdadeiro sentido da amizade.

A todos Muito obrigada!

(5)

SUMÁRIO

RESUMO... 06

1 INTRODUÇÃO... 07

2 UMA VISÃO DE SER HUMANO EM VIKTOR EMIL FRANKL... 09

3 O MEDO EXISTENCIAL NA VISÃO DE VIKTOR EMIL FRANKL... 18

3.1 O homem: um ser para a morte... 19

3.2 O homem: um ser para a liberdade... 20

3.3 O homem: um ser para a responsabilidade... 22

3.4 O homem: um ser para o sentido da vida... 23

4 CAMINHOS LOGOTERAPÊUTICOS PARA O MEDO EXISTENCIAL... 25

5 ASPECTOS METODOLÓGICOS... 28

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS... 30

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O CONCEITO DE MEDO EXISTENCIAL NA VISÃO DE VIKTOR EMIL FRANKL

Orientador: Maria Glória Dittrich Defesa: [junho] de [2006]

Resumo:

A logoterapia é uma psicoterapia que vê o homem como um ser bio-psico-sócio-espiritual, o qual está em constante busca de um “para quê viver”, ou seja, encontrar no amor, na realização ou mesmo no sofrimento, um sentido para sua vida. Assim, o presente trabalho tem por objetivo investigar, por meio da pesquisa bibliográfica, o que Frankl teoriza sobre medo existencial, além de compreender a visão de ser humano nesta abordagem e uma das formas de tratamento para o medo existencial. Com base em tais leituras pode-se observar que para Frankl o medo existencial é uma preocupação diante da falta de um sentido para viver. Baseado no pensamento de Frankl, percebe-se, também, que dentre as preocupações existenciais que levam o ser humano a ter medo estão: a morte, a liberdade, a responsabilidade e a falta de um sentido para vida. Sendo assim, se encontrou através da técnica do diálogo socrático uma forma de tratamento para o medo existencial. Esta técnica, aplicada na psicoterapia, utiliza-se do questionamento a fim de possibilitar uma reflexão para o ser humano descobrir em si mesmo um sentido para o seu viver. O resultado deste procedimento terapêutico encaminha o ser humano para vencer o seu medo existencial impulsionando-o a enfrentar os obstáculos com os quais se depara no decorrer da vida, que por sua vez, poderiam levá-lo a ter medo existencial,

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1 INTRODUÇÃO

Tendo em vista, que este tema é um fenômeno humano, e que desperta uma curiosidade por parte da pesquisadora em estudá-lo, eis que se optou escolher pelo medo existencial como objeto de pesquisa na visão de V. E. Frankl.

No entanto, vale ressaltar que o medo existencial, por ser considerado um fenômeno humano, tem causado grandes preocupações ao ser humano, tendo em vista, que ao se deparar com a condição de ser atirado no mundo e que caminha para a morte, muitas vezes podem levá-lo a conflitos existenciais.1

A descoberta deste objeto fez a pesquisadora procurar um enfoque teórico metodológico que viesse ao encontro das necessidades, por isso busca-se na logoterapia uma compreensão.

Além disso, num terceiro momento, tendo já definido o tema, busca-se construir referenciais teóricos sobre o conceito de medo existencial na visão Viktor Emil Frankl. E posteriormente, num quarto momento, busca-se segundo a logoterapia, uma forma de tratamento para o medo existencial.

Aliás, é importante ressaltar, que durante a pesquisa se utiliza os termos “homem” e ”ser humano”, como expressão de igual significado, para se referir a uma compreensão geral das pessoas em todos os aspectos, gêneros e classes no conjunto deste trabalho. Sendo que para a realização deste, utiliza-se a pesquisa bibliográfica com o aporte teórico Viktor Emil Frankl, o qual ficou conhecido como o criador da logoterapia e principalmente como um ex -prisioneiro de guerra. Diante desse fato, Frankl, pôde experimentar na sua própria existência, momentos de grande sofrimento.

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Os três anos, como prisioneiro num campo de concentração, foram marcantes para ele pensar na existência do ser humano diante da sua limitude, isto é, diante da sua limitação e fragilidade como um ser para a morte.

Além disso, foi a partir dessas observações e vivências que Frankl pôde comprovar a importância de um sentido para viver, pois como afirma: “[...] o que o

ser humano realmente precisa não é um estado livre de tensões, mas antes a busca e a luta por um objetivo que valha a pena, [..]” . 2

Frente a isso, esta monografia sintetiza-se da seguinte forma:

Logo, no primeiro capítulo, procura-se através de estudos sobre o assunto, mostrar uma visão de ser humano na visão de Frankl.

Já, no segundo capítulo, procura-se através de estudos sobre o assunto, mostrar uma compreensão do medo existencial na visão de Frankl.

E por último, procura-se através de estudos, mostrar uma das técnicas da logoterapia possíveis de tratamento para o medo existencial.

Frente a isso, se faz necessário e importante ir de encontro com a produção científica em Frankl, a fim de possibilitar uma compreensão do ser humano, como também possibilitar um entendimento sobre o medo existencial, e uma das formas para seu tratamento.

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2 UMA VISÃO DE SER HUMANO EM VIKTOR EMIL FRANKL

Este trabalho baseia-se no pensamento de Viktor Emil Frankl, criador da logoterapia a qual ficou conhecida como a Terceira Escola Vienense de Psicoterapia, sendo que a Primeira Escola foi a Psicanálise de Sigmund Freud e a Segunda a Psicologia Individual de Alfred Adler.

Considerada como uma Psicoterapia que se preocupa com o sentido da existência humana, a logoterapia visa compreender o ser humano a partir de uma concepção existencial-humanista.

Aliás, é de acordo com a concepção de homem em Frankl, que Xausa, (1986), ressalta as seguintes características:

• O homem é um ser constituído por três dimensões: o somático (físico), o psicológico e o noético (espiritual);

O homem é uma unidade e uma totalidade antropológica; O homem possui um centro existencial pessoal;

• O homem possui um consciente que transcende a dimensão psicológica e um inconsciente espiritual;

• O homem por ser uma existência espiritual, é livre e responsável diante dos condicionamentos da facticidade psicofísica;

• O homem para se relacionar com o outro e com o mundo é preciso transcender-se;

• O homem é um ser impulsionado pelos instintos nas regiões inferiores, no entanto ele é atraído pelos valores;

• O homem é um ser intuitivo que possui um “órgão do sentido” e este, por sua vez, indica, qual o caminho para o sentido da vida;

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• Todo ser humano possui uma vontade de sentido como fator primário da existência;

• Todo o ser humano tem uma missão na vida, onde a temporalidade, a finitude como também as reflexões sobre a vida e o sentido são características desta missão;

• A falta de um sentido para viver no homem é atribuída a um vazio existencial, e esta falta, pode causar uma neurose noogênica;

• O homem possui uma dimensão noética (espiritual), que, por sua vez, é considerada uma instância superior e única do ser humano. Além do que, esta dimensão tem como característica a busca por um sentido último da existência, no qual é voltada para uma espiritualidade que visa uma dimensão extra-humana, supratranscendente chamado Deus; Diante destas características, é que se buscou compreender uma visão de ser humano para Frankl, tendo em vista que, o ser humano é um ser complexo e que necessita compreendê-lo a luz de um olhar teórico para entender o medo existencial.

No entanto, diante desta complexidade que envolve compreender o ser humano, Lukas (1992), pergunta: o que faz o homem ser homem?

Considerando, que o homem é um ser de emoções, que expressa nas mais variadas formas os seus sentimentos, supõe-se que seja a emoção.

Porém, Lukas ressalta que considerar a emoção como sendo uma característica única do ser humano, é negar que o medo, a dor, o prazer, a raiva também fazem parte das características dos animais evoluídos.

Sendo assim, supõe-se que seja a cognição, tendo em vista que o ser humano é um ser que possui um alto nível cognitivo.

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Segundo a mesma autora, por mais que se constate como sendo superior a capacidade intelectual do homem, não há como negar que outros animais também apresentam alguns processos cognitivos como a percepção, a recordação, processos de adaptação e também o processo de aprendizagem.

Porém, se não é a emoção que faz o homem ser homem, nem a cognição, então o que faz o homem ser homem?

De acordo Frankl, (in: XAUSA, 1986; GOMES, 1988), o que faz o homem ser homem é a sua dimensão espiritual, pois como visto anteriormente, o ser humano possui três dimensões: a somática (física) a psicológica e a noética (espiritual). Esta última, por sua vez, é considerada a mais importante, tendo em vista que, é a partir desta dimensão espiritual, que o homem se diferencia dos outros animais. Pois como afirma Gomes3:

Tal dimensão reconhece no ser humano a condição de uma criatura que pertence a este mundo e ao mesmo tempo transborda seus limites e vai além. Apresenta-o como criatura dotada de liberdade para criar ou destruir conscientemente a si mesmo e seu mundo, encontrar um sentido para a sua vida e conceber a possibilidade da morte, além da existência de uma Providência incomparavelmente superior, [...] faz dele um ser que tem um pé neste mundo e outro além dele.

Para que o ser humano seja realmente reconhecido como uma criatura única, é necessário defini-lo como uma unidade e uma totalidade antropológica. Sendo que, a dimensão física e a dimensão psicológica são consideradas como uma unidade antropológica, tendo em vista que estas dimensões sofrem interferências do meio e da dimensão noética.

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Porém, a dimensão espiritual, é considerada uma totalidade antropológica, por que além de valorizar o homem enquanto um ser que decide e responde pela própria existência, também faz despertar no ser humano, uma profunda necessidade de encontrar um sentido para a própria vida.

Todavia, nesta busca de compreender a dimensão espiritual humana, Frankl teve que concordar com a idéia de Max Scheler quando afirma que:

[...] a dimensão do espírito do homem deveria ser central, com um “invólucro” biopsicológico. Esta dimensão noética não é só hierarquicamente superior às outras, mas também central, nuclear e “um verdadeiro motor” da “existência”!4

Aliás, é dentro desta dimensão espiritual, que se encontra um consciente e um inconsciente noético. Neste consciente noético, o homem é um ser autotranscendente, ou seja, ele é capaz de ir além das suas fragilidades e limitações, como também capaz de ir de encontro ao que existe de algo mais profundo, um sentido primeiro e último para o seu viver.

No entanto, este sentido primeiro e último só pode ser encontrado dentro de uma dimensão espiritual profunda, que Frankl chamou de inconsciente noético. O inconsciente noético é uma dimensão superior e especificamente humana que vai além da racionalidade, ou seja, são as experiências existencialmente vivenciadas que fazem dele um ser espiritual profundo. Pois, como afirma Xausa: “A

pessoa-espiritual-profunda não é suscetível de análise, mas é experimentada vivencialmente”. 5

4 RODRIGUES, 1991, p.85. 5 1986, p.127.

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Além disso, o homem nesta dimensão espiritual profunda abrange um conjunto de valores, de crenças e de uma religiosidade reprimida que Frankl ressalta como sendo uma “consciência moral6”, e que sendo assim todos devem ser guiados

por esta consciência, por ser de grande importância na busca por um sentido do porquê viver.

Vale ressaltar também, que dentro da dimensão espiritual, podem-se encontrar dois tipos de pessoa: a pessoa profunda e a pessoa espiritual profunda. Sendo que, a pessoa profunda não se encontra num plano psicofísico, mas sim numa dimensão espiritual humana a qual é consciente. Já, a pessoa espiritual

profunda, também se encontra dentro de uma dimensão espiritual, mas não no plano

consciente e sim inconsciente, isto é, porque além de estar distante de ser analisada, ela também é irreflexa, por isso, não existe um acesso direto para se chegar até ela, somente através da capacidade do homem em vivenciar existencialmente algo ou alguém, é que pode levá-lo à descoberta de um sentido para viver. Pois como afirma Frankl7:

Na verdade, o homem só se torna homem e só é completamente ele mesmo quando fica absorvido pela dedicação a uma tarefa, quando se esquece de si mesmo no serviço a uma causa ou no amor a uma outra pessoa.

No entanto, poder ir de encontro ao sentido da vida, é poder perceber-se enquanto um ser espiritual, e isto, faz do ser humano um ser livre e responsável para se posicionar diante dos condicionamentos da facticidade psicofísica, ou seja, poder

6 JUNIOR; MAHFOUD. 2001, p.5. 7 1991, p.18.

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assumir-se como um ser que decide e que responde pela própria vida, mesmo quando o meio em que vive é determinante e mesmo quando as dimensões física e psicológica sofrem interferência do mesmo. Pois, segundo Frankl: “ser livre é apenas

o aspecto negativo do fenômeno completo, no qual o aspecto positivo é ser responsável8”.

Além do que, é necessário que o ser humano vá além da consciência de si mesmo, para que através desta relação entre: liberdade e responsabilidade venham possibilitá-lo a uma abertura para o mundo.

Contudo, é através desta abertura do homem para o mundo, que possibilita caracterizá-lo como um ser transcendente. Pois, como ressalta Frankl (2005), o homem é um ser capaz de exceder a si mesmo em favor do outro, de um tu transcendente, como também, ir a busca de um sentido para sua vida. Além disso, possibilitar ao homem uma abertura para o mundo, é considerá-lo um ser incondicionado, isto é, livre enquanto um ser capaz de escolher diante da sua condição existencial o que quer ser, mesmo quando esta força o contrarie.9

Porém, isto vale para a dimensão noética e não para as dimensões biológicas, psicológicas e sociais, as quais sofrem interferências do meio.

Pois de acordo com Xausa (1986), o homem é um ser atraído pelos valores, isto é, o homem enquanto um ser espiritual busca realizar um sentido para sua vida, mesmo quando a possibilidade de encontro com o sentido seja por poucas horas de vida, como diante da morte.

Aliás, Frankl (1991), ressalta que o sentido da vida deve ser encontrado pela própria pessoa através de um “órgão do sentido”, ou seja, a consciência. Esta

8 2005, p.54. 9 GOMES, 1988.

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consciência, por sua vez significa que cada ser humano tem dentro de si uma “percepção espiritual do que é eticamente aceitável, [...]”.10

Além do mais, a consciência revela-se no homem como um desejo, e este desejo, por sua vez, se mostra como uma vontade de sentido, sendo assim, quando este ser humano não encontra um sentido para a sua vida, eis que se sente frustrado e com medo.

Pois conforme Frankl,11 à vontade de sentido é considerada como fator

primário da existência humana. E para a realização desta vontade é necessário que o ser humano vá ao encontro do sentido para a sua existência, além do que, este sentido é exclusivo e específico de cada ser humano.

Vale ressaltar, também, que cada ser humano tem uma missão na vida, além de possuir um tempo determinado, este, também, busca através da consciência uma reflexão sobre a vida. Pois, é através desta reflexão que o homem se sente questionado sobre o porquê da sua existência. Logo, este ser humano, por sua vez, vai a busca12 do sentido que lhe é conferido, sendo este, através do amor, da dor ou

da realização. No entanto, quando este ser humano não encontra uma missão para realizar, eis que desperta nele uma frustração existencial. E esta frustração existencial que o homem percebe e sente como um vácuo na sua vida não é uma doença, mas, sim, um vazio existencial, porém, se não for cuidado pode ocasionar neuroses de ordens espirituais, conhecidas como neuroses noogênicas.

Pois, como afirma Frankl:

10 LUKAS, 1992, p.87.

11 Cf. Frankl em “Em busca de sentido”, 2001.

12 Esta busca, por sua vez, favorece ao homem a possibilidade de valorizá-lo enquanto um ser que

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Ao contrário da neurose no sentido estrito da palavra, que por definição representa uma doença psicogênica, a neurose noogênica não se volta para os complexos e conflitos no sentido tradicional, mas para os conflitos da consciência moral, para a colisão de valores e por último, mas não menos importante, para a sensação de falta de sentido, que às vezes também pode encontrar expressão numa sintomatologia neurótica. 13

É com base nesta dimensão espiritual que a neurose noogênica deve ser compreendida, tendo em vista que, a dimensão espiritual, além de ser considerada como uma instância superior e única do ser humano, esta dimensão também pode ser considerada como uma dimensão humana que desperta um desejo pela busca de um sentido último para a sua existência.14

Vale ressaltar, também, que a dimensão espiritual do homem enquanto dimensão superior, também existe uma espiritualidade inconsciente, no qual, esta espiritualidade se revela através de um relacionamento inconsciente com o transcendente Deus15. Pois, conforme Gomes: “[...], cada um de nós tem um Deus

reprimido na própria intimidade, um Deus carente de expressão em várias formas, seja de amor ao próximo, afetividade, interesse pelos outros, criatividade etc”. 16,

Aliás, considerando o que foi visto anteriormente, pode-se perceber que Frankl constitui o ser humano como um ser integral, ou seja, como um ser somático (corpo), psicológico, social e espiritual. Este último, no entanto é o mais importante, sendo que, é nesta dimensão espiritual que o homem pode ser compreendido como um ser existencial e espiritual profundo, como também livre, criativo, responsável e que além disso, é capaz de distanciar de si mesmo, para poder encontrar no mundo, um sentido para o seu próprio viver.

13 Cf. Frankl em “A questão do sentido em psicoterapia”, 1990, p.19. 14 XAUSA, 1986.

15 Cf. Frankl em “A presença ignorada de Deus”, 2001. 16 1992, p.56.

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Também é importante salientar que, é através desta dimensão noética (espiritual), que o ser humano encontrará uma compreensão para o medo existencial.

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3 O MEDO EXISTENCIAL NA VISÃO DE VIKTOR EMIL FRANKL

Antes de dar início a este capítulo é importante salientar que para compreender o medo existencial, na visão de Viktor Emil Frankl, é necessário antes de qualquer conceituação, rever o entendimento de ser humano em Frankl, tendo em vista que o homem é um ser que sente e expressa, nas mais variadas formas, suas emoções.

Sendo assim, buscou-se compreender o ser humano como um ser integral, ou seja, como um ser somático (corpo), psicológico, social e espiritual. Este último, no entanto é o mais importante, sendo que, é nesta dimensão que o homem pode ser compreendido como um ser existencial e espiritual profundo, como também livre, criativo, responsável e que além disso é capaz distanciar de si mesmo, para poder encontrar no mundo, um sentido para o seu viver. Pois, de acordo com o que foi visto anteriormente, pode-se dizer que homem é uma existência que busca um sentido para o seu viver.

De fato, é a partir desse entendimento que se buscou uma compreensão do medo existencial em Frankl. Pois, não há como falar do medo existencial, sem se referir ao ser humano, pois é nele que o medo existencial se manifesta. Diante disso, para melhor entendimento buscou-se primeiramente explicar o termo existencial na sua origem e definição.

Pois como ressalta May (1980), o termo existencial, vem do latim existere que significa “surgir”, “salientar”. É neste surgir, neste salientar, que o medo existencial pode ser compreendido.

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Além do mais, Frankl,17 ressalta que o termo existencial, pode ser utilizado de três modos: primeiro como uma condição humana de ser. Segundo, como uma vida que tem um sentido. E por fim, como uma vida que busca por um sentido.

Portanto, é de acordo com este último entendimento do termo existencial que se buscou ter uma compreensão do medo existencial, considerando que o homem é um ser para a morte, a liberdade, a responsabilidade e principalmente um ser para o sentido da vida.

No entanto, procurou-se primeiramente compreender estas características do ser humano, a fim possibilitar posteriormente uma compreensão do medo existencial.

Aliás, antes de dar inicio a este conteúdo, é importante salientar que a primeira característica do ser humano é de um ser para a morte, esta condição por sua vez, desperta no ser humano preocupações existenciais, pois de acordo com Bellato e Carvalho (2005), o homem é o único da espécie que tem consciência da sua finitude. Diante desta condição e de outras que estão por vir, é que se buscou ter uma compreensão do medo existencial em Frankl.

3.1 O Homem: um ser para a morte

Diante deste fato Gomes (1988), ressalta que ter consciência da morte também pode ser algo bom para o ser humano, tendo em vista que esta condição o ajuda a desempenhar melhor seu tempo, a ser mais responsável, a adiantar-se para

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a realização dos propósitos pessoais, como também coloca limites e um sentimento de urgência, além disso, se não existisse a morte não seria necessário perguntar-se por um sentido para viver, tornando a vida assim, totalmente vazia e sem referenciais para trazer respostas aos seus problemas.

Além disso Lukas (1992), ressalta que ter consciência da morte, além de ser uma característica do espírito humano, também demonstra a capacidade do ser humano de transcender o presente momento através do pensamento, a fim de se deslocar para um outro espaço e um outro tempo, no qual o animal não é capaz.

No entanto, ter consciência da morte significa perceber-se como um ser finito e transitório, sendo que esta condição o faz despertar sensações de impotência e de insegurança diante desta condição humana, da qual não há como fugir, comenta Gomes (1992).

Diante desta real situação, ter consciência da morte pode ser um dos motivos pelo qual o ser humano procura adiá-la de qualquer maneira, buscando através de uma corrida contra tempo, um motivo para ocupar seu pensamento e aproveitar ao máximo o tempo que lhe resta de vida, considerando que ter consciência da morte significa deparar-se com a condição de ser finito e que um dia irá morrer. Esta condição, por sua vez, tanto faz despertar no homem um sentimento de urgência, quanto gera medo, sendo assim, esta preocupação existencial diante da morte é um dos motivos pelo qual o ser humano sente um medo existencial. Diante disso, pode-se dizer que o medo existencial é uma preocupação diante da morte.

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Outra característica do ser humano é de um ser para a liberdade. Esta característica, por sua vez, ajuda o ser humano a ser mais criativo, a se posicionar diante das preocupações, como também a ser autêntico mesmo diante dos problemas e das condições que o cercam, comenta Gomes (1988).

Além disso, Frankl (2005), afirma que ter consciência da liberdade, além de ser uma característica do espírito humano, também demonstra a capacidade do ser humano de autotranscender-se, ou seja, significa que cada ser humano é capaz de superar o presente momento através do pensamento, a fim de se deslocar para um outro espaço e um outro tempo.18

Frente a isso, ter consciência da liberdade significa perceber-se como uma pessoa livre para se posicionar diante da vida. Sendo esta uma condição humana a qual só poderá ser limitada pela consciência, pelos valores éticos e pela responsabilidade pessoal. Aliás, tendo em vista que o ser humano é um ser finito e transitório, este, por sua vez, busca através de uma urgência em realizar seus planos e projetos. Logo, a liberdade é o fator principal na realização destes propósitos, pois a não realização pode gerar sensações de impotência e de insegurança diante desta condição humana, da qual não há como fugir.

Este fato mostra que a consciência da liberdade pode ser um dos motivos pelo qual o ser humano procura evitá-la de qualquer maneira, buscando através de várias desculpas um motivo para não tomar atitudes, tendo em vista que ter consciência da liberdade significa se deparar com a condição de que um dia terá que escolher entre as possibilidades que a existência concreta apresenta. Sendo que, esta condição, tanto faz despertar no homem uma independência, quanto sofrimento ao se deparar com a condição de ter que escolher, sendo este um dos

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motivos pelo qual o ser humano sente um medo existencial. Diante disso, pode-se dizer que o medo existencial é uma preocupação diante da liberdade.

3.3 O homem: um ser para a responsabilidade

Outra característica atribuída ao ser humano, é de um ser para a responsabilidade. Esta característica, por sua vez, se revela no ser humano como uma preocupação existencial. Esta preocupação, segundo Gomes (1992) está relacionada à habilidade de responder do ser humano diante da vida. Além disso, Rodrigues (1991); Xausa, (1986), ressaltam que, ter consciência da responsabilidade, além de ser uma característica do espírito humano, também demonstra capacidade do ser humano de poder autotranscender-se19. Aliás, ter

consciência da responsabilidade é perceber-se como um ser capaz de assumir compromissos diante da vida, como também, arcar com as conseqüências.

No entanto, ter consciência da responsabilidade pode ser um dos motivos pelo qual o ser humano evita assumir um compromisso diante da vida de qualquer maneira, buscando através de comportamentos considerados pela sociedade como sendo “rebeldes e irresponsáveis”, motivos para não arcar com as conseqüências, como, também, um motivo para ocupar o pensamento, tendo em vista que, ter consciência da responsabilidade significa se deparar com a condição de que um dia terá que decidir. E esta condição, por sua vez, tanto faz despertar no homem um sentimento de compromisso com a vida, quanto pode levá-lo a uma preocupação

19 Isto é, a capacidade que o ser humano tem de sair de si mesmo para ir a busca de algo, ou

alguém que venha atribuir um significado para a sua vida, podendo ser através do amor, da realização ou da dor.

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existencial, sendo este um dos motivos pelo qual o ser humano sente um medo existencial. Diante disso, pode-se dizer que o medo existencial é uma preocupação diante da responsabilidade.

3.4 O homem: um ser para o sentido da vida

Outra característica atribuída ao ser humano é de um ser para o sentido da vida. Esta característica, por sua vez, se revela no ser humano como uma preocupação existencial. Esta preocupação, segundo Gomes (1992) está relacionada com a morte, a liberdade, a responsabilidade e principalmente está relacionada com a falta de um sentido para viver. Logo, é desta última preocupação, que as demais surgem.

Pois, de acordo Frankl (2005), o homem é um ser que clama por um sentido para a vida. Sendo que é através deste sentido para a vida que o ser humano busca na sua relação com o mundo o encontrar forças, vitalidade para enfrentar o dia-a-dia.

Contudo, Frankl (1991), ressalta que para o ser humano encontrar um sentido é preciso que venha distanciar-se de si próprio para ir ao encontro daquilo que dá sentida a sua vida, sendo este, único e exclusivo de cada ser humano. Porém, quando este ser humano não encontra um sentido para sua vida, esta falta pode levar o ser humano a uma insatisfação existencial permanente, podendo dar origens a reações de ordem neuróticas de caráter, conflitos psicológicos e atitudes

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depressivas que diminuem a capacidade do ser humano amar e trabalhar, ressalta Lukas (1990).

Além disso, perceber-se como um ser que falta um sentido para viver, faz despertar no homem uma sensação de vazio e de insegurança diante da vida, ressalta Gomes (1992). Com efeito, é diante da falta de um sentido para viver o principal motivo pelo qual tem levado o ser humano a buscar por meio do álcool, da televisão, da música em grandes volumes e intensidades, das drogas, e até mesmo no suicídio, um motivo para “afogar” “matar” seus sentimentos e evitar pensar na vida, tendo em vista que, refletir sobre a vida, significa deparar-se com a condição de ser atirado no mundo, que caminha para morte, e que também se sente interrogado pela vida por um sentido para viver. Esta condição, por sua vez, tanto faz despertar no homem um sentimento de busca por um sentido para a sua vida, quanto, inseguranças e medos, sendo este, um dos motivos pelo qual o ser humano sente um medo existencial. Diante disso, pode-se dizer que o medo existencial para Frankl é uma preocupação diante da falta de um sentido para viver.

Sendo assim, buscou-se através do seguinte capitulo: “Caminhos Logoterapêuticos para o Medo Existencial”, uma forma de tratamento o medo existencial.

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4 CAMINHOS LOGOTERAPÊUTICOS PARA O MEDO EXISTENCIAL

Partindo do pressuposto que o medo existencial é uma preocupação diante da falta de um sentido para viver, logo, resolveu-se buscar na logoterapia uma forma de tratamento.

Conhecida como diálogo socrático, esta técnica por sua vez, procura levantar questionamentos a fim de possibilitar uma reflexão entre terapeuta-cliente, com intuito de ajudar o cliente a encontrar um sentido para seu viver. Além disso, esta técnica permite ao cliente entrar em contato com seu inconsciente noético, seu potencial humano, como também o ajuda a dar uma direção à própria existência afirma Gomes (1992).

Todavia, o diálogo socrático é um instrumento que funciona de diversas maneiras. Apesar de não ser tão conhecida está técnica, o diálogo socrático é uma das ferramentas mais apropriadas para o tratamento do medo existencial enquanto uma preocupação diante da falta de um sentido para viver.

Pois como afirma Gomes (1992, p.67):

O diálogo socrático, como ferramenta da psicoterapia, tem quatro papéis importantes: afasta o cliente do seu problema (funciona como derreflexão); ajuda a assumir novas atitudes; alerta para o fato de ter vencido os sintomas e capacita o terapeuta e o cliente a encontrarem o sentido vital.

Além disso, esta técnica, por sua vez, possibilita o ser humano a enfrentar os obstáculo que vida oferece, além de torná-lo mais responsável e seguro diante das

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circunstâncias que o cercam. Pois, de acordo com Frankl,20 uma vez que o sentido da vida é encontrado, logo este o desperta uma motivação para viver. No entanto existem alguns caminhos logoterapêuticos que levam o ser humano a dar um sentido à sua vida, sendo estes: o amor, a dor e a realização.

Aliás, o sentido do amor é o principal caminho que leva para a verdadeira compreensão da essência humana. Pois amar não é impor juízos de valores, ou oferecer favores em troca de algo. Amar é ver no outro os potenciais que ainda não se realizaram e que poderão se realizar; amar é conduzir a atenção em busca do cuidado e da realização do outro; amar é uma relação de aceitação e respeito pelo que o outro sente e expressa diante do que se apresenta como tal diz Frankl.21

Além disso, Lukas (2002) ressalta que é através do sentido do amor que direciona o ser humano a um caminho de transcendência, isto é, elevar-se para uma dimensão noética (espiritual), cuja razão última é a auto-realização.

Um outro caminho logoterapêutico é o sentido através da dor. Este sentido por sua vez, procura confortar o ser humano diante das situações nas quais não se pode modificar. Por exemplo, uma pessoa em fase terminal de câncer. Pois, como afirma Frankl22 o sofrimento deixa-o de ser a partir do momento em queo verdadeiro

significado do sentido do sofrimento é atribuído a um sacrifício.

E por fim, outro caminho logoterapêutico é o sentido da realização, pois é neste que o ser humano busca dignificar-se através de valores: de criação, de experiência e de atitude.

Pois, como afirma Xausa (1986), os valores de criação são momentos que o ser humano experimenta como sendo capaz de dar algo ao mundo, como por

20 Cf. Frankl em “Em busca de sentido”, 2001. 21 ibid.

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exemplo, dançar, compor uma música, pintar um quadro, enfim, todas as manifestações artísticas.

No entanto, o sentido da realização pode estar nos valores que norteiam as experiências. Sendo este um dos momentos em que o ser humano descobre que além de dar ele pode receber algo, como por exemplo, o trabalho. Pois é neste receber algo, que existe o tão chamado dito popular: “o trabalho dignifica o homem”. Com efeito, foi a partir das observações e experiências vividas no campo de concentração que Frankl descobriu a importância deste sentido. Entretanto, o sentido da realização também pode estar relacionado a valores de atitude. Esses valores de atitude referem-se à aceitação diante de um fato considerado irreparável e irreversível, por exemplo, a morte.

Chegando ao final desta reflexão, entende-se que o diálogo socrático como uma forma de tratamento para o medo existencial é eficaz, considerando suas diversas utilidades, pois ajuda o ser humano a encontrar um sentido para vida, a fim de possibilitá-lo a enfrentar os obstáculos que vida oferece, como também torná-lo mais responsável e seguro diante das circunstâncias que o cercam.

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4 ASPECTOS METODOLÓGICOS

4.1 Instrumento

Para elaboração deste trabalho contou-se com a pesquisa bibliográfica, tendo em vista que esta pesquisa daria subsídios para a concretização dos objetivos propostos neste trabalho, como também possibilitaria um contato direto da pesquisadora com a produção científica em Frankl para compreender o fenômeno do medo existencial.

Pois como ressalta Martins e Pinto (2001, p.41):

Trata-se da abordagem metodológica mais adequada para a elaboração de um trabalho acadêmico. A pesquisa bibliográfica procura explicar e discutir um tema com base em referências teóricas publicadas em livros, revistas, periódicos etc. Busca conhecer e analisar contribuições científicas sobre determinado tema. É um excelente meio de formação científica quando realizada independentemente – analise teórica – ou como parte de investigação empírica.

Em outras palavras, a pesquisa bibliográfica é um instrumento que dá subsídios para a construção e fundamentação dos trabalhos científicos, pois, serve tanto como “ponte” entre a prática e a teoria, quanto, um “alicerce” para a estruturação de trabalhos teóricos científicos.

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4.2 Coleta dos Dados

Para a realização deste trabalho, utilizaram-se os seguintes procedimentos:

 Primeiramente, realizou-se um levantamento bibliográfico sobre o assunto da pesquisa;

 Num segundo momento, buscou-se um arquivamento das referências bibliográficas pesquisadas;

 Num terceiro momento, buscou-se através de leituras e estudos dos materiais de pesquisas disponíveis para ampliar conhecimentos teóricos e registrar os dados e as reflexões feitas sobre o tema;

 Já, num quarto momento elaborou-se fichamentos, apontamentos para a criação de um banco de dados para a redação do trabalho;

 No quinto momento realizou-se a escrituração da monografia.

 No sexto momento, buscou-se rever e corrigir os conteúdos da monografia;

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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Tendo como tema, “O conceito de medo existencial na visão Viktor Emil Frankl”, pode-se dizer, que este trabalho foi muito gratificante, pois contribuiu para o conhecimento na formação da pesquisadora, provocou reflexões sobre a importância de se ter um sentido para viver, além do mais, despertou interesse por parte da pesquisadora por um maior aprofundamento sobre o tema.

Sendo assim, ponderando os objetivos propostos inicialmente, pode-se dizer que o primeiro momento foi de grande importância, pois trouxe uma nova visão de ser humano. Já no segundo momento, considerando os objetivos propostos, pode-se dizer que este pode-segundo momento contribuiu para a construção de referenciais teóricos sobre o medo existencial na visão de Viktor Emil Frankl. E por último, considerando os objetivos propostos, pode-se dizer que o terceiro momento, trouxe através da técnica do diálogo socrático uma forma para o tratamento do medo existencial.

Baseando-se nas leituras feitas e do que foi relatado neste trabalho, pode-se considerar que, o ser humano para Frankl é constituído como um ser bio-psico-sócio-espiritual, sendo esta última, a dimensão do ser humano enquanto uma totalidade. Esta dimensão espiritual, por sua vez, caracteriza a pessoa espiritual e a pessoa espiritual profunda, na qual, esta última encontra-se inconsciente. No entanto, é a partir da pessoa espiritual profunda que o ser humano busca através da autotranscendência encontrar um sentido para seu viver.

Já no segundo capítulo, partindo das leituras feitas e do que foi relatado neste trabalho sobre o medo existencial, pode-se dizer que o homem é um ser para a morte, a liberdade, a responsabilidade e principalmente para o sentido da vida, pois

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é através desta última característica que pode levar o ser humano a ter e a sentir medo existencial. Por isso, pode-se dizer que o medo existencial na visão de Viktor Emil Frankl é uma preocupação existencial diante da falta de um sentido para viver.

E por último, de acordo com as leituras feitas e do que foi relatado neste trabalho, pode-se dizer que uma das formas de tratamento para o medo existencial é a técnica do diálogo socrático, pois, esta técnica além de ajudar o cliente a se afastar dos problemas, a assumir novas atitudes, esta também, alerta para o fato de ter vencido os sintomas e capacita terapeuta e o cliente a encontrarem o sentido vital.

Diante disso, pode-se dizer que esta técnica é fundamental para o tratamento do medo existencial, tendo em vista que esta técnica ajuda o ser humano a encontrar através da reflexão um sentido para a vida. Logo, quando este ser humano descobre por si mesmo o sentido do porquê viver, ele sente-se impulsionado a enfrentar os obstáculos com os quais se depara no decorrer da vida que por sua vez poderiam levá-lo a ter medo existencial.

Sendo assim, pode-se dizer, que os objetivos foram alcançados, pois foi ao encontro da proposta inicialmente.

Além disso, é importante salientar, que no decorrer deste trabalho, apresentaram-se grandes dificuldades para a sua realização, considerando os poucos materiais para o aprofundamento do tema na biblioteca da Universidade, quanto nas livrarias e sites de vendas na Internet, por motivo de edição esgotada, como também dificuldades de materiais atuais sobre o assunto, além de pouca divulgação da abordagem. Diante disso, sugere-se então, que venha ter mais estudos sobre a logoterapia enquanto disciplina optativa e que se faça mais

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aquisição de livros em logoterapia para a biblioteca da Univali. E por último, deseja-se que esta pesquisa estimule pessoas nos campos de Psicologia e da Saúde, a pesquisarem sobre o medo existencial, tendo em vista a complexidade deste objeto e quanto ainda se tem que investigar para ajudar o ser humano nas suas dores e sofrimentos diante do medo existencial.

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6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BELLATO, R; CARVALHO, E.C. O jogo Existencial e a ritualização da morte. Latino–am Enfermagem, vol.13, n.1, janeiro-fevereiro 2005. p. 99-104. Disponível em: <www.eerp.usp.br/rlae>. Acesso em: 25 de abril de 2006.

FRANKL, V. E. Em Busca de Sentido: um psicólogo no campo de concentração. Sinodal / Vozes: Petrópolis/ São Leopoldo, 2001.

_____. Psicoterapia para todos: uma psicoterapia coletiva para contrapor-se à neurose coletiva. Rio de Janeiro: Vozes, 1990a.

_____. A questão do sentido em psicoterapia. Campinas: Papirus, 1990b.

_____. A psicoterapia na prática. Campinas: Papirus, 1991.

_____. Um sentido para a vida: psicoterapia e humanismo 11. ed. Aparecida: Idéias & Letras, 2005.

_____. A presença ignorada de Deus. 6. ed. São Leopoldo/ Petrópolis: Sinodal/ Vozes, 2001.

GOMES, J.C.V. Logoterapia: a prática da psicoterapia existencial. Petrópolis: Vozes, 1988.

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JUNIOR, A. G. C; MAHFOULD, M. As dimensões espiritual e religiosa da experiência humana: distinções e inter-relações na obra de Viktor Frankl. Psicologia USP, São Paulo, v.12, n.2, 2001. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=s0103-656....>. Acesso em: 25 de abril de 2006.

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LUKAS, E. Prevenção psicológica: a prevenção de crises e a proteção do mundo interior do ponto de vista da logoterapia. Petrópolis: Vozes; São Leopoldo: Sinodal, 1992.

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MAY, R. Psicologia Existencial. 3a ed. Porto Alegre: Globo, 1980.

MARTINS, G. A; PINTO, R.L. Manual para a elaboração de trabalhos acadêmicos. São Paulo: Atlas, 2001.

RODRIGUES, R. Fundamentos da logoterapia: na clínica psiquiátrica e psicoterapêutica. v.1 Petrópolis: Vozes, 1991.

Referências

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