• Nenhum resultado encontrado

O choro como forma de comunicação de dor do recém-nascido: uma revisão Crying as way of communicating pain by newborn infants: a review

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "O choro como forma de comunicação de dor do recém-nascido: uma revisão Crying as way of communicating pain by newborn infants: a review"

Copied!
5
0
0

Texto

(1)

270 RESUMO

Objetivo: Descrever a importância do choro como forma

de comunicação da dor em recém-nascidos.

Fontes de dados: Levantamento bibliográfi co em bancos

de dados eletrônicos Medline, Ovid e Lilacs, com abrangência do período de 1960 a 2005 e uso das palavras-chave: dor, recém-nascido e choro. Foram incluídos artigos de revisão, estudos observacionais, ensaios clínicos e publicações de consenso.

Síntese dos dados: Vários estudos mostram que o

recém-nascido é capaz de sentir dor e é submetido com freqüência a situações e procedimentos dolorosos que alteram sua home-ostasia. O recém-nascido responde à dor com alteração da ex-pressão facial, movimentos corporais e choro, parâmetros estes utilizados nas escalas para avaliação da dor neonatal. O choro é a primeira linguagem por meio da qual o recém-nascido se comunica e expressa suas necessidades. Ele tem características típicas em diversas situações, que podem ser interpretadas pe-los cuidadores para direcionar os cuidados. O choro é um sinal dinâmico e graduado, com características peculiares quando a dor é intensa. Na década de 1960 foi descrito o padrão es-pectrográfi co do choro de dor no recém-nascido, contudo nas décadas seguintes poucos estudos focalizaram esse tema.

Conclusões: A avaliação do choro do recém-nascido constitui

promissor campo de pesquisa que precisa ser mais explorado. A análise das características espectrográfi cas do choro pode trazer importante colaboração na identifi cação da dor do re-cém-nascido.

Palavras-chave: Dor, choro, recém-nascido, acústica.

ABSTRACT

Objective: To describe the importance of neonatal crying

as a way of communicating pain.

Data sources: Literature search was done through

electronic databases, such as Medline, Ovid and Lilacs, considering the period between 1960 and 2005 and using the following keywords: pain, newborn infant, and crying. Review articles, observational studies, clinical papers and consensus publications were included.

Data Synthesis: Several studies show that newborns

are able to feel pain and they are submitted to painful procedures and frequent situations that modify their homeostasis. The newborn reacts to pain with facial movements, body movements and cry. Such parameters are used to evaluate the neonatal pain. Cry is the fi rst language that newborns use to communicate and express their needs. It has particular characteristics in several situations that can be understood by the caregivers and lead them to correct their care. Cry is a dynamic and gra-ded signal with typical features if pain intensity is high. In the 1960s, the spectrographic cry pattern of pain was described, however in the following decades only a few studies focused exclusively on this subject.

Conclusions: The newborn cry evaluation is a vast

rese-arch fi eld that needs to be more explored. The analysis of the spectrographic characteristics of cry can provide new ways to identify newborn pain.

Key-words: Pain; crying; infant, newborn; acoustic.

1Mestre em Pediatria da Faculdade de Medicina de Botucatu da

Universi-dade Estadual Paulista (Unesp)

2Professor assistente doutor do Departamento de Pediatria da Faculdade

de Medicina de Botucatu da Unesp Endereço para correspondência: Anete Branco

Rua Júlio dos Reis, 477, apto. 73 – Centro CEP 18530-000 – Tietê/SP

E-mail: asbranco@fasternet.com.br

Recebido em: 13/1/2006 Aprovado em: 13/6/2006

O choro como forma de

comunicação de dor do recém-nascido:

uma revisão

Crying as way of communicating pain by newborn infants: a review

Anete Branco1, Saskia Maria W. Fekete2, Ligia Maria S. S. Rugolo2

Rev Paul Pediatria 2006;24(3):270-4.

RPP 24 (3).indd 270

RPP 24 (3).indd 270 21/9/2006 17:16:3721/9/2006 17:16:37

Process Black Process Black

(2)

271

Introdução

A dor tem como substrato anatômico uma lesão tecidual, sendo a informação sensorial captada por estruturas do sistema nervoso periférico e transmitida ao sistema nervoso central (nocicepção), onde é localizada, decodifi cada e interpretada e tem como resultado a percepção da dor. Esse processamento pode ser realizado por meio dos sinais de dor rápida com as fi bras Aδ e pelos sinais de dor lenta com as fi bras C. Tais fi bras transmitem os sinais ou impulsos ao córtex, que, por sua vez, é responsável pela decodifi cação da dor. O desenvolvimento anatômico e funcional das vias de nocicepção e a percepção da dor iniciam-se precocemente na gestação e prosseguem no período pós-natal. Assim, a experiência dolorosa do recém-nascido difere da do adulto(1).

A Associação Internacional para o Estudo da Dor defi ne dor como uma experiência sensorial e emocional desa-gradável associada a uma lesão tecidual real, potencial ou descrita nos termos dessa lesão. Segundo a Associação, cada indivíduo aprende a aplicação da palavra dor por meio das experiências dolorosas vivenciadas no início da vida(2). Essa

defi nição alerta para a memória da dor e a repercussão em longo prazo da experiência dolorosa de recém-nascidos in-ternados em unidades de terapia intensiva e submetidos a inúmeras intervenções dolorosas no início da vida. Vários estudos clínicos e experimentais mostram que a exposição repetida à dor no período neonatal pode diminuir o limiar da dor e aumentar a vulnerabilidade ao estresse e à ansiedade na idade adulta(1,3).

A realidade da dor neonatal

Até a década de 1970, o recém-nascido era tido como in-sensível à dor e vários procedimentos médicos dolorosos, como cortar a pele para inserir um cateter ou até mesmo cirurgias, eram realizados sem a preocupação de usar alguma analgesia. Nas duas últimas décadas, tem sido crescente o enfoque da literatura sobre a dor no período neonatal, com o surgimento de recomendações em nível de consenso de especialistas e das Sociedades de Pediatria, que orientam para a prevenção e o tratamento da dor do recém-nascido(4,5).

Estudos observacionais têm mostrado que muitos pro-cedimentos realizados em recém-nascidos hospitalizados resultam em dor e estresse(6). Guinsburg(7) refere que cada

recém-nascido internado em unidade de terapia intensiva recebe cerca de 50 a 150 procedimentos dolorosos ao dia e que prematuros menores de 1.000 g podem ser submetidos a 500 ou mais intervenções dolorosas ao longo de sua internação,

com destaque para o fato de que muitos desses procedimentos são realizados sem analgesia e anestesia efi cientes(8).

Difi culdades na avaliação da dor do recém-nascido A primeira difi culdade é a dor ser uma experiência subjetiva, portanto não é possível provar sua presença, mas pode-se confi r-mar a existência de sinais associados a uma condição dolorosa. O choro e a expressão facial do recém-nascido com dor foram descritos por Charles Darwin no século 19, porém a valorização desses sinais e sua incorporação em escalas para avaliação objetiva da dor só aconteceram um século depois(6). Outra difi culdade

é o limitado repertório comportamental que o recém-nascido dispõe para expressar sua dor e necessidades.

O recém-nascido não é capaz de referir a dor por meio de relatos verbais próprios, porém responde à dor por meio de respostas fi siológicas e comportamentais, as quais devem ser consideradas na avaliação de dor durante um procedimento(9).

O profi ssional de saúde que trabalha em unidade de terapia intensiva neonatal deve estar sensibilizado para a possibili-dade de dor no recém-nascido e, sempre que possível, aplicar escalas de avaliação para facilitar o diagnóstico da dor.

As escalas de dor utilizadas na rotina das unidades neona-tais se baseiam em reações fi siológicas e comportamenneona-tais de intensidade e características variáveis. As reações fi siológicas são caracterizadas por: aumento da freqüência cardíaca e respirató-ria e da pressão sangüínea; varespirató-riação da pressão intracraniana; decréscimo do tônus vagal e do nível de saturação de oxigênio; sudorese; modifi cações na cor e temperatura da pele; modifi -cações do diâmetro pupilar e alterações na motilidade do trato gastrintestinal, causando náuseas, vômitos e diarréia(10,11).

Dentre as respostas comportamentais de dor no recém-nascido, a expressão facial, os movimentos corporais e o cho-ro(10,12) fornecem informações sobre oestresse e desconforto

durante um procedimento doloroso. A expressão facial é um parâmetro efetivo e confi ável na avaliação de dor do paciente pré-verbal(13) e é considerada a resposta comportamental de

maior valor na caracterização da dor neonatal, pois é especí-fi ca e pode sempre ser avaliada(7), enquanto os movimentos

corporais sofrem infl uência do grau de imobilização do re-cém-nascido e são mais infl uenciados pelo efeito de doenças e/ou drogas no sistema nervoso central.

O valor do choro na avaliação de dor em recém-nascidos tem sido bastante questionado, por ser pouco sensível e específi co. Vários recém-nascidos não choram durante um procedimento doloroso e, em UTI, muitos estão impedidos de vocalizar o choro por estarem intubados. Além disso, o recém-nascido pode chorar por vários motivos que não a dor(7,12,13).

Rev Paul Pediatria 2006;24(3):270-4.

RPP 24 (3).indd 271

RPP 24 (3).indd 271 21/9/2006 17:16:3721/9/2006 17:16:37

Process Black Process Black

(3)

272

Fisiologia do choro

Defi ne-se o choro como um fenômeno complexo, que ocorre na fase expiratória da respiração e inclui a produção do som pelas pregas vocais, com necessidade do correto funcionamento dos músculos da supralaringe, da laringe e respiratórios(14), além dos

músculos faciais, faríngeos, da boca e do tronco(15). Tais músculos

são controlados pelos nervos cranianos: glossofaríngeo (IX par), vago (X par), acessório (XI par) e hipoglosso (XII par)(16).

O choro depende da ação do sistema nervoso central e pe-riférico, este responsável pelo controle respiratório, laríngeo e ressoador. A coordenação laríngea é caracterizada pela variabi-lidade da freqüência fundamental, determinada pela tensão das pregas vocais pelos músculos intrínsecos da laringe(17).

Michelsson, Järvenpää e Rinne(18) referem que o choro pode

ser um indicador da maturidade do neonato devido às alte-rações que ocorrem em suas características com o avançar da idade. O mesmo é observado em relação ao desenvolvimento das respostas aos estímulos dolorosos, pois, à medida que as reações à dor tornam-se mais organizadas e consistentes(19), as

respostas vocais da criança também se organizam e se desenvol-vem. O choro do recém-nascido é considerado um ato refl exo que se desenvolve progressivamente, com integração entre a maturação fi siológica e as experiências ambientais, e torna-se ato voluntário na fase da linguagem pré-verbal, que se inicia a partir de um mês de idade(20). Gerber(21) refere que, embora

haja muitos sons no repertório vocal do recém-nascido, tais como tosse, espirros, resmungos, chiados e arrotos, o choro é o que tem recebido maior atenção dos pesquisadores. Análise acústica do choro do recém-nascido

As características acústicas do choro do recém-nascido têm sido estudadas em várias condições patológicas, incluindo hi-perbilirrubinemia, hipoglicemia, asfi xia, prematuridade, expo-sição intra-uterina a drogas ilícitas e também em determinadas circunstâncias como fome, desconforto ou até mesmo dor(22).

A interpretação dos diferentes tipos de choro não é fácil(23).

Conforme documentado por Wood e Gustafson(24), a latência

para o adulto atender o recém-nascido que chora depende de sua percepção do grau de desconforto manifesto no choro e da informação disponível sobre o contexto do choro.

Nos recém-nascidos prematuros, em momentos de dor, o choro se apresenta com freqüência elevada e mudanças rápi-das, é curto, com presença de bifonação, além de sobreposição dos primeiros picos espectrais(25). Em bebês saudáveis e a

ter-mo, freqüentemente a resposta ao estímulo doloroso também se apresenta com freqüência alta e em saltos, além de contor-no melódico descendente ou ascendente-descendente. Tais

características sonoras encontradas no choro estão direta-mente relacionadas à confi guração do trato vocal nessa faixa etária(26).

Pela variedade e riqueza de sons do choro é possível esta-belecer parâmetros de normalidade e avaliar a integridade do estado neurofi siológico do recém-nascido(27,28). A dor

desorganiza fi siologicamente o recém-nascido, que produz um choro característico(29). A identifi cação do choro de dor

pode ser realizada pelo ouvido atento e treinado dos pais e profi ssionais de saúde, porém vários estudos mostram a di-fi culdade de interpretar adequadamente o choro do neonato e a tendência do pai ou cuidador de se basear no contexto do choro para tomar decisões frente à situação(23,24,30).

A análise acústica auxilia na diferenciação entre o choro de dor e outros tipos de emissões. O advento da análise acústica e o reconhecimento de suas contribuições no estudo da voz e da fala tornaram possível ter parâmetros de normalidade em diferentes faixas etárias e utilizá-los no estudo de várias doenças ou situações.

Em 1968, Wasz-Höckert et al(31) realizaram uma análise

acústica espectrográfi ca sobre os diferentes tipos de choro e identifi caram o choro de dor como o de maior duração, me-lodia ascendente e descendente, com freqüência em torno de 530 Hz, estridente e com queda de freqüência de sustentação, além de ação esfi ncteriana da laringe com forte fechamento das pregas vocais e vestibulares.

A maioria dos choros de dor é tensa, como descreveram Sirviö e Michelsson em 1976(32). Tal característica pode ser

explicada pelo efeito do estresse provocado pela dor, que aumenta a tensão dos músculos estriados do aparelho vocal, ou seja, dos músculos laríngeos e das pregas vocais, elevando os formantes das freqüências e suas intensidades(33). Porter,

Porges e Marshall(34), por sua vez, referem como resposta

fi siológica ao estresse neonatal a diminuição do tônus va-gal, com conseqüente redução do efeito inibitório do vago na contração dos músculos laríngeos, produzindo, então, o aumento da freqüência fundamental do choro.

A tensão e a estridência características da vocalização frente à experiência dolorosa também estão relacionadas à profundidade respiratória e ao diâmetro aéreo(35). Tais

carac-terísticas são importantes para o julgamento do adulto, pois chamam atenção e, assim, o adulto atenderá diretamente o bebê(36). Em 1990, Grunau, Johnston e Craig(29) referiram que

o choro de dor apresenta pequena latência frente ao estímulo nociceptivo, forte intensidade e disfonia.

Runefors et al(12), em 2000, descreveram o ciclo de choro

de dor com base nos cinco primeiros choros após o estímulo

Rev Paul Pediatria 2006;24(3):270-4.

RPP 24 (3).indd 272

RPP 24 (3).indd 272 21/9/2006 17:16:3821/9/2006 17:16:38

Process Black Process Black

(4)

273 doloroso, sendo o primeiro o mais extenso, com maior

varie-dade de tipos de melodia, com quebras e deslocamentos em vários pontos. Já o quinto choro apresentou freqüência mais baixa, foi mais curto e com melodia mais plana.

A intensidade do estresse na situação de dor pode alterar o padrão do choro e, em conseqüência, infl uenciar a resposta do cuidador em relação à criança(24). Assim, o choro pode ser

considerado um sinal dinâmico e graduado, que ajuda a dis-criminar uma situação de dor muito intensa ou pouco intensa, conforme documentado por Bellieni et al(37), em 2004. Estes

autores estudaram a espectrografi a do choro de recém-nascidos a termo submetidos a procedimento doloroso sob analgesia não-farmacológica. A intensidade da dor foi avaliada por meio de uma escala e os resultados dos espectrogramas mostraram que as características acústicas do choro mudam a partir de determinado nível de intensidade da dor. Na situação de dor intensa, o choro é estridente, regular e repetido; quando a intensidade da dor é baixa, o choro é irregular.

A análise espectrográfi ca acústica do choro, por ser um mé-todo não-invasivo(38) e objetivo, é ferramenta auxiliar útil na

avaliação da dor no paciente pré-verbal, pois tem confi rmado que os choros de estresse, dor e fome são distinguíveis entre si(23,39).

Nos últimos anos, o estudo do choro tem sido alvo de pesquisas

internacionais que enfatizam a importância das características do choro no diagnóstico precoce de alterações laríngeas, neurológi-cas e de síndromes genétineurológi-cas, além de integrar instrumentos para a avaliação da dor(12,40). O estudo do choro pode também auxiliar

na opção por diferentes técnicas e procedimentos analgésicos, doses de analgésicos, uso de métodos alternativos ou aconchegos, que visam aliviar a dor de recém-nascidos(6).

Conclusão

Para melhorar o reconhecimento e o tratamento da dor em recém-nascidos, especialmente nos que não estão gravemente enfermos, mas sujeitos a procedimentos dolorosos e que po-dem expressar sua dor pelo choro, a análise do choro pode ser um instrumento bastante útil, constituindo-se em promissor campo de investigação.

Saber interpretar essa forma específi ca de comunicação trará ao cuidador informações para o correto e pronto atendi-mento ao recém-nascido. A atenção ao choro do recém-nasci-do pode ser o início de maior conscientização da necessidade de tratar a dor. Não é possível evitar todos os procedimentos dolorosos em unidades neonatais, mas é importante minimi-zar o estresse durante e após esses momentos.

1. Simons SHP, Tibboel D. Pain perception development and maturation. Semin Fetal Neonat Med 2006;epub:Apr15.

2. International Association for the Study of Pain Subcommittee on Taxonomy. Pain terms: a list with defi nitions and notes on usage. Pain 1979;6:249-52. 3. Anand KJ, Coskun V, Thrivikraman KV, Nemeroff CB, Plotsky PM.

Long-term behavioral effects of repetitive pain in neonatal rat pups. Physiol Behav 1999;66:627-37.

4. American Academy of Pediatrics, Canadian Paediatric Society. Prevention and management of pain and stress in the neonate. Pediatrics 2000;105:454-9. 5. Anand KJ, International Evidence-Based Group for Neonatal pain. Consensus

statement for the prevention and management of pain in the newborn. Arch Pediatr Adolesc Med 2001;155:173-80.

6. Choonara I. Why do babies cry? We still know too little about what will ease babies’ pain. BMJ 1999;319:1381.

7. Guinsburg R. Avaliação e tratamento da dor no recém-nascido. J Pediatr (Rio J) 1999;79:149-60.

8. Prestes AC, Guinsburg R, Balda RC, Marba ST, Rugolo LM, Pachi PR et al. The frequency of pharmacological pain relief in university neonatal intensive care units. J Pediatr (Rio J) 2005;81:405-10.

9. Craig KD, Whitfi eld MF, Grunau RV, Linton J, Hadjistavropoulos HD. Pain in the preterm neonate: behavioral and physiological indices. Pain 1993;52:287-99. 10. Stevens B, Franck L. Assessment and management of pain in neonates.

Paediatr Drugs 2001;3:539-58.

11. Stevens B. Pain management in newborns: how far have we progressed in research and practice?. Birth 1996;23:229-35.

12. Runefors P, Arnbjörnsson E, Elander G, Michelsson K. Newborn infants’ cry after heel-prick: analysis with sound spectrogram. Acta Pædiatr 2000;89:68-72. 13. Chermont AG, Guinsburg R, Balda RC, Kopelman BI. O que os pediatras

conhecem sobre avaliação e tratamento da dor no recém-nascido?. J Pediatr (Rio J) 2003;79:265-72.

14. Michelsson K, Michelsson O. Phonation in the newborn, infant cry. Int J Pediatr Otorhinolaryngol 1999;49:S297-301.

15. Branco A, Behlau M, Rehder MI. The neonate cry after cesarean section and vaginal delivery during the fi rst minutes of life. Int J Pediatr Otorhinolaryngol 2005;69:681-9.

16. Vohr BR, Lester B, Rapisardi G, O’Dea LB, Brown L, Peucker M et al. Abnormal brain-stem function (brain-stem auditory evoked response) correlates with acoustic cry features in term infants with hyperbilirubinemia. J Pediatr 1989;115:303-8. 17. Lind K, Wermke K. Development of the vocal fundamental frequency of

spontaneous cries during the fi rst three months. Int J Pediatr Otorhinolaryngol 2002;64:97-104.

18. Michelsson K, Järvenpää AL, Rinne A. Sound spectrographic analysis of pain cry in preterm infants. Early Hum Dev 1983;8:141-9.

19. Johnston CC, Stevens B, Craig KD, Grunau RVE. Developmental changes in pain expression in premature, full-term, two-and four-month-old infants. Pain 1993;52:201-8.

20. Wermke K, Mende W, Manfredi C, Bruscaglioni P. Developmental aspects of infant’s cry melody and formants. Med Eng Phys 2002;24:501-14.

21. Gerber SE. Acoustical analyses of neonates’ vocalizations. Int J Pediatr Oto-rhinolaryngol 1985;10:1-8.

22. Gilbert HR, Robb MP. Vocal fundamental frequency characteristics of infant hunger cries: birth to 12 month. Int J Pediatr Otorhinolaryngol 1996;34:237-43. 23. LaGasse LL, Neal AR, Lester BM. Assessment of infant cry: acoustic cry analysis

and parental perception. Ment Retard Dev Disabil Res Rev 2005;11:83-93. 24. Wood RM, Gustafson GE. Infant crying and adult’s anticipated caregiving

re-sponses: acoustic and contextual infl uences. Child Dev 2001;72:1287-300. 25. Goberman AM, Robb MP. Acoustic examination of preterm and full-term infant cries:

the long-time average spectrum. J Speech Lang Hear Res 1999;42:850-61. 26. Michelsson K, Eklund K, Leppänen P, Lyytinen H. Cry characteristics of 172

healthy 1- to 7-day-old infants. Folia Phoniatr Logop 2002;54:190-200.

Rev Paul Pediatria 2006;24(3):270-4.

Referências bibliográfi cas

RPP 24 (3).indd 273

RPP 24 (3).indd 273 21/9/2006 17:16:3821/9/2006 17:16:38

Process Black Process Black

(5)

274

27. Caldwell HS, Leeper Jr HA. Temporal patterns of neonatal vocalizations: a normative investigation. Percept Mot Skills 1974;38:911-6.

28. Fort A, Manfredi C. Acoustic analysis of newborn infant cry signals. Med Eng Phys 1998;20:432-42.

29. Grunau RVE, Johnston CC, Craig KD. Neonatal facial and cry responses to invasive and non-invasive procedures. Pain 1990;42:295-305.

30. Craig KD, Korol CT, Pillai RR. Challenges of judging pain in vulnerable infants. Clin Perinatol 2002;29:445-57.

31. Wasz-Höckert O, Lind J, Vuorenkoski V, Partanen T, Valanne E. The infant cry. A spectrographic and auditory analysis. Clin Dev Med 1968;29:1-42. 32. Sirviö P, Michelsson K. Sound spectrographic cry analysis of normal and

ab-normal newborn infants. A review and a recommendation for standardization of the cry characteristics. Folia Phoniatr (Basel) 1976;28:161-73.

33. Fuller BF. Acoustic discrimination of three types of infant cries. Nurs Res 1991;40:156-60.

34. Porter FL, Porges SW, Marshall RE. Newborn pain cries and vagal tone: parallel changes in response to circumcision. Child Dev 1988;59:495-505. 35. Fuller BF, Horii Y. Differences in fundamental frequency, jitter, and shimmer

among four types of infant vocalizations. J Commun Disord 1986;19:441-7. 36. Hadjistavropoulos HD, Craig KD, Grunau RV, Johnston CC. Judging pain in

newborns: facial and cry determinants. J Pediatr Psychol 1994;19:485-91. 37. Bellieni CV, Sisto R, Cordelli DM, Buonocore G. Cry features refl ect pain

intensity in term newborns: an alarm threshold. Pediatr Res 2004;55:142-6. 38. Fort A, Ismaeli A, Manfredi C, Bruscaglioni P. Parametric and

non-paramet-ric estimation of speech formants: application to infant cry. Med Eng Phys 1996;18:677-91.

39. Levine JD, Gordon NC. Pain in prelingual children and its evaluation by pain-induced vocalization. Pain 1982;14:85-93.

40. Guzzo C, Demarest J, Cannon ML. The cry spectrogram: an aid for analysis. J Med Soc N J 1983;80:100-7.

Rev Paul Pediatria 2006;24(3):270-4.

RPP 24 (3).indd 274

RPP 24 (3).indd 274 21/9/2006 17:16:3921/9/2006 17:16:39

Process Black Process Black

Referências

Documentos relacionados

Na posição original, dois princípios seriam escolhidos por todos: o pri- meiro, "Cada pessoa deve ter um direito igual ao mais abrangente sistema de liberdades básicas iguais

O papel do docente, desde o Ensino Fundamental, deveria ter sido o de criar opor- tunidades que desenvolvessem o processo cognitivo de leitura e compreensão do texto Resumo:

Por exemplo uma coisa que também nós fazemos é que há produtos que nunca se cultivaram cá nos Açores ou que não têm grande tradição e que nós como importamos muito estamos a

Relativamente ao conteúdo dos artigos, as teorias mais analisadas foram a RSE, SEW, stakeholders, agência e stewardship, e conclui-se que as práticas de sustentabilidade em EF’s

• Taxa efetiva de 10,75% (dez vírgula setenta e cinco por cento) ao ano, para produtores com renda agropecuária bruta anual igual ou superior a R$ 250 mil (duzentos e cinqüenta

Se para alguns membros da Igreja o batismo é o acontecimento, não só doutrinaria- mente, mas também vivencialmente, e a conversão é secundária, nunca houve uma

O trabalho mostra ainda que a variedade de milho pipoca BRS Ângela é a mais indicada para a obtenção de minimilho para a região do Norte de Minas, devido sua menor queda

Desta forma foram desenvolvidas várias funções em MATLAB e C++ para realizar a codificação turbo, simular um canal aditivo gaussiano, realizar a decodificação iterativa, além