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DECRETO Nº. 083, DE 20 DE ABRIL DE 2020

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DECRETO Nº. 083, DE 20 DE ABRIL DE 2020

“Regulamenta o Código de Polícia Administrativa no que se refere às infrações por descumprimento de determinações de vigilância sanitária e epidemiológica e dá outras providências.”

O PREFEITO DO MUNICÍPIO DE MATINA, Estado da Bahia, no uso de suas atribuições previstas no art. 66 da Lei Orgânica Municipal, e nas disposições da Lei Municipal nº 18 de 07 de dezembro de 2001 – Código de Polícia Administrativa do Município de Matina, e;

Considerando a classificação pela Organização Mundial de Saúde (OMS), no dia 11 de março de 2020, como pandemia do Novo Coronavírus (COVID-19);

Considerando que a situação demanda o emprego urgente de medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública, a fim de evitar a disseminação da doença;

Considerando que cabe a todo cidadão colaborar com as autoridades sanitárias na prevenção e controle para o enfrentamento ao Coronavírus (COVID 19);

Considerando de emergência, reconhecida e decretada por este Chefe do Executivo por meio do Decreto Municipal nº 78/2020;

Considerando o Decreto Legislativo da Assembleia Legislativa do Estado da Bahia nº 2181 de 08 de abril de 2020, que reconhece a situação de calamidade pública do Município de Matina, em razão da pandemia do novo coronavírus – COVID-19;

Considerando as deliberações do Comitê de Prevenção e Enfrentamento ao Novo Corona Vírus (COVID-19) – Decreto Municipal nº 68/2020, que tem rotineiramente se reunido, ainda que de forma remota;

Considerando a decisão emanada pelo Ministro Marco Aurélio de Mello do Supremo Tribunal Federal – STF no último dia 24/03/2020, que referendou a autonomia dos Municípios, assegurando que os chefes do Executivo podem baixar medidas de validade temporária sobre isolamento, quarentena e restrição de locomoção por portos, aeroportos e rodovias (MEDIDA CAUTELAR NA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 6.341 DISTRITO FEDERAL - ADI 6341 MC / DF).

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DECRETA:

Art. 1º - Este Decreto visa regulamentar a aplicação da Lei Municipal nº 18 de 07 de dezembro de 2001 – Código de Polícia Administrativa do Município de Matina no âmbito de atuação das vigilâncias Sanitária e Epidemiológica municipais.

Art. 2º - Consideram-se determinações legais para os fins deste Decreto

qualquer lei, decreto e/ou portaria do Poder Executivo Municipal, ou normativa da Vigilância Sanitária ou Vigilância Epidemiológica Municipal, que versem, no âmbito do Poder de Polícia Municipal, acerca da proteção da higiene, saúde, limpeza, individual e coletiva, prevenção e combate a pandemias, epidemias, surtos, dentre outras ações definidas em legislação específica.

Capítulo I

DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES

Art. 3º - Será considerado infrator o cidadão ou a pessoa jurídica que, por si ou

seus prepostos, cometer, mandar, constranger, auxiliar, ou se beneficiar de prática, comissiva ou omissiva, de infração às normas contidas na legislação em vigor, nos limites do art. 2º.

Parágrafo Único - Será considerado infrator, todo aquele que infringir a

legislação referente ao exercício do poder de polícia ou incitar, constranger e auxiliar alguém na prática de infração.

Art. 4º - O responsável pela infração será notificado, e em caso de reincidência, será multado em dobro, nos termos do art. 175, da Lei Municipal n.º 18/2001, sem prejuízo da suspensão do alvará de funcionamento, de modo preventivamente, pelo prazo que a Autoridade Sanitária e/ou Epidemiológica determinar, nos termos do art. 172, inciso II da referida Lei Municipal nº 18/2001.

§1º – A depender da gravidade da infração, poderá ser dispensada a notificação, devendo ser lavrado o auto de infração com as penalidades preventivas que o agente estatal da Vigilância Sanitária e/ou Epidemiológica julgar necessária, em conjunto com a multa.

§2º - O agente da Vigilância Sanitária e/ou Epidemiológica poderá estabelecer

restrições de funcionamento do estabelecimento e/ou atividade do infrator, com suspensão parcial do alvará de funcionamento pelo prazo que julgar necessário, ou conforme determinar a legislação, cumulativamente à pena de multa e, eventualmente, outras penalidades.

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Art. 5º - As multas serão aplicadas cumulativamente quando o infrator cometer

simultaneamente duas ou mais infrações, sem prejuízo das demais penalidades previstas na Lei.

Art. 6º- Qualquer pessoa poderá denunciar a existência de ato ou fato, que

constitua infração às normas do poder de polícia delimitadas neste Decreto.

§1º – Apurada a procedência, será lavrada a notificação, que terá caráter de

advertência, nos termos da Lei Municipal nº 18/2001.

§2º - Em caso de reincidência, será lavrado auto de infração ou expedido ato

administrativo, dando-se início ao processo fiscal.

Art. 7º - A responsabilidade da infração será: I. Pessoal do infrator;

II. Da empresa, quando a infração for praticada por seu mandatário, preposto ou

empregado;

III. Dos pais, tutores, curadores, quanto aos filhos menores, tutelados e

curatelados, respectivamente.

Art. 8º - As sanções às infrações deste Decreto são:

I. Advertência;

II. Suspensão do alvará; III. Cassação do alvará; IV. Multa;

V. Apreensão de bens; VI. Demolição; VII. Interdição;

§1º - A imposição de penalidades, não se sujeita, necessariamente, à ordem em

que está relacionada neste Decreto e na Lei Municipal nº 18/2001.

§2º - Aplicação de uma das penalidades prevista neste Decreto não impede a

imposição de outra prevista na Lei Municipal nº 18/2001, se cabível.

§3º - O infrator terá 10 (dez) dias, a partir do primeiro dia útil da data da notificação, para apresentar sua defesa.

Art. 9º – A aplicação das penalidades, com exceção da penalidade de multa aqui

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I. Infração leve, multa de R$ 100,00 (cem reais);

II. Infração média, multa de R$ 200,00 (duzentos reais); III. Infração grave, multa de R$ 300,00 (trezentos reais); IV. Infração gravíssima, multa de R$ 1.000,00 (hum mil reais). Art. 11 - Entende-se por:

I - infração leve: aquela que não decorra de má-fé ou do uso de qualquer

subterfúgio para lograr a fiscalização, e que não coloca em risco imediato a saúde e higiene da população;

II - Média: aquelas que não decorra da má-fé e tenha o infrator usado algum

subterfúgio para lograr a fiscalização, mas que não coloca em risco imediato a saúde e higiene da população;

III - Grave: Aquelas que de alguma forma comprometam a saúde e higiene da

população, mas que tenha sido praticada em boa-fé pelo infrator;

IV - Gravíssima: Aquelas que comprometam a saúde e higiene da população,

tendo sido praticada em ato de má-fé do infrator.

§1º - Agravam a aplicação da multa, no percentual de 100%, a reincidência, a

tentativa de obter ou a obtenção de vantagem pecuniária e a tentativa de obstar a fiscalização;

§2º - Constatando a altíssima gravidade, a Autoridade Sanitária e/ou

Epidemiológica poderá aumentar o valor da multa.

Art. 12 - As multas dispostas neste Decreto terão seus valores atualizados

anualmente, quando no início de cada ano fiscal, de acordo com o índice IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), ou índice que venha a substituí-lo.

Capítulo II FISCALIZAÇÃO

Art. 13 - Compete aos agentes da Vigilância Sanitária e/ou Epidemiológica da

Secretaria Municipal de Saúde, através de seus servidores, ou quem por eles forem designados, fiscalizar, aplicar multas e fazer a respectiva cobrança nos termos da Lei Municipal nº 18/2001 e do presente Decreto.

Art. 14 – O agente estatal notificará o infrator, para que, em prazo fixado pela

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Parágrafo Único - não caberá notificação, quando o infrator, ensejar risco a

segurança e a saúde pública, ou for o infrator reincidente, quando será imediatamente autuado.

Art. 15 - Em caso de recusa ou incapacidade de recebimento da notificação, o

fiscal mencionará o fato, assumindo a responsabilidade pela declaração.

Parágrafo Único - Esgotado o prazo fixado na notificação, sem que o infrator

haja sanado a irregularidade, lavrar-se-á o auto de infração.

Art. 16 - Proceder-se-á a vistoria, quando houver ato ou fato que ponha em risco

a segurança, a saúde e o bem estar da população.

§1° - Na vistoria, será realizada em dia e hora previamente marcados, na

presença do preposto da fiscalização e do responsável pelo ato ou fato que a motivou;

§2° - Não comparecendo o responsável, a vistoria será realizada à sua revelia; §3° - quando, após a vistoria, ficar apurada a prática de infração, que resulte

risco para a população, o infrator, além de se submeter a penalidade cabível, defesa em prazo estabelecido em Lei, adotará as providencias, para eliminar a situação de risco.

Art. 17 - A cientificação do auto poderá ser feita pessoalmente ou via postal

com aviso de recebimento (AR), de acordo com o interesse da autuante.

§1º - Na hipótese de o infrator estar em lugar incerto e não sabido ou de insucesso da cientificação via AR, esta far-se-á por meio de publicação no Diário Oficial do Município e será considerada efetivada após 15 (quinze) dias da publicação.

§2º - O infrator que tiver conhecimento, de modo inequívoco, por qualquer outra forma, do auto de infração não poderá alegar falta de notificação em sede de defesa, estando tal formalidade dispensada neste caso.

Art. 18 - O auto de infração será expedido, ainda que o infrator se recuse a

assiná-lo, cabendo ao servidor designado para fiscalização certificar a ocorrência, valendo tal certificação como intimação do infrator para todos os fins

Art.19. O pagamento das multas será realizado até 60 (sessenta) dias a contar da

data da infração.

Art. 20 - Os procedimentos administrativos instaurados a partir da lavratura das

notificações e autos de infrações regulamentados neste Decreto deverão respeitar o procedimento pertinente previsto no Código de Polícia Administrativa do Município de Riacho de Santana;

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Capítulo III

DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 21 - Sem prejuízo das penalidades previstas, o Poder Público poderá

proceder à apreensão de quaisquer materiais, ferramentas, recipientes, equipamentos, máquinas ou veículos utilizados no descarte irregular de resíduos sólidos, mediante relatório circunstanciado dos bens apreendidos.

§1º - As despesas decorrentes do transporte e guarda dos bens apreendidos, bem

como as de remoção e disposição final dos resíduos descartados inadequadamente são de responsabilidade do infrator, sem prejuízo das demais sanções cabíveis.

§2º - Os bens apreendidos e não reclamados ou retirados no prazo de 60

(sessenta dias) após sua apreensão, serão levados a leilão pelo Poder Público, observada, no que couber, a legislação relativa a licitação, o Código de Polícia Administrativa do Município de Matina e o Código Tributário e de Rendas do Município.

Art. 22 - O Poder Público Municipal, sem prejuízo das demais penalidades,

poderá proceder à suspensão e cassação do alvará do estabelecimento comercial, por ato motivado da autoridade competente, mediante solicitação do fiscal, respeitando o disposto no Código de Polícia Administrativa do Município de Matina/BA.

Art. 23 - Este Decreto entra em vigor nesta data, revogadas as disposições em

contrário.

GABINETE DO PREFEITO MUNICIPAL DE MATINA, Estado da Bahia,

em 20 de abril de 2020.

Juscélio Alves Fonseca

Referências

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