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COMUNICADO DE IMPRENSA ª sessão do Conselho. Competitividade (Mercado Interno, Indústria e Investigação) Bruxelas, 21 e 22 de Maio de 2007

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(1)

I M P R E N S A

R u e d e l a L o i 1 7 5 B – 1 0 4 8 B R U X E L A S T e l . : + 3 2 ( 0 ) 2 2 8 1 6 7 1 5 / 6 2 1 9 / 6 3 1 9 F a x : + 3 2 ( 0 ) 2 2 8 1 8 0 2 6 CONSELHO DA UNIÃO EUROPEIA

PT

9671/07 (Presse 108) (OR. en)

COMUNICADO DE IMPRENSA

2801.ª sessão do Conselho

Competitividade (Mercado Interno, Indústria e Investigação)

Bruxelas, 21 e 22 de Maio de 2007 Presidentes Michael GLOS

Ministro Federal da Economia e da Tecnologia Brigitte ZYPRIES

Ministra Federal da Justiça Annette SCHAVAN

Ministra Federal da Educação e Investigação Peter HINZE

Secretário de Estado Parlamentar, Ministério Federal da Economia e da Tecnologia·

(2)

Principais resultados do Conselho

O Conselho chegou a acordo político sobre uma directiva relativa a contratos de crédito aos consumidores.

O Conselho aprovou conclusões sobre a política industrial.

O Conselho aprovou uma resolução relativa à Política Espacial Europeia, subscrita pelo Conselho (Espaço) na sua quarta sessão.

Aprovou também conclusões sobre as infra-estruturas de investigação no Espaço Europeu da Investigação.

(3)

1

 Nos casos em que tenham sido formalmente aprovadas pelo Conselho declarações, conclusões ou resoluções, o facto é indicado no título do ponto em questão e o texto está colocado entre aspas.  Os documentos cuja referência se menciona no texto estão acessíveis no sítio Internet do Conselho

http://www.consilium.europa.eu.

 Os actos aprovados que são objecto de declarações para a acta que podem ser facultadas ao público vão assinalados por um asterisco; estas declarações estão disponíveis no sítio Internet do Conselho acima mencionado ou podem ser obtidas junto do Serviço de Imprensa.

ÍNDICE

1

PARTICIPANTES ... 5

PONTOS DEBATIDOS LEGISLAR MELHOR ... 7

LIVRE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS ... 8

Reconhecimento mútuo... 8

Revisão da "Nova Abordagem" ... 9

POLÍTICA INDUSTRIAL – Conclusões do Conselho... 10

ESTRATÉGIA COMUNITÁRIA EM MATÉRIA DE POLÍTICA DOS CONSUMIDORES ... 23

CONTRATOS DE CRÉDITO AOS CONSUMIDORES ... 24

POLÍTICA ESPACIAL EUROPEIA... 27

INSTITUTO EUROPEU DE TECNOLOGIA ... 37

INICIATIVAS TECNOLÓGICAS CONJUNTAS ... 38

ESPAÇO EUROPEU DA INVESTIGAÇÃO ... 39

INFRA-ESTRUTURAS NO EEI... 39

DIVERSOS ... 42

OUTROS PONTOS APROVADOS MERCADO INTERNO – Perspectivas Financeiras do Instituto de Harmonização do Mercado Interno – Conclusões do Conselho... 44

ESTATÍSTICAS – Ficheiros de empresas utilizados para fins estatísticos* ... 46

(4)

POLÍTICA EXTERNA E DE SEGURANÇA COMUM

– Relatório anual sobre a Política Externa e de Segurança Comum ... 47

RELAÇÕES EXTERNAS

– Acordo de Associação com o Chile... 48

POLÍTICA COMERCIAL

– Comité Misto UE-México – Noção de "produtos originários"... 48

AGRICULTURA

– Classificação da madeira em bruto ... 48

PESCAS

– Regime de compensação para a regiões ultraperiféricas da UE ... 49

AMBIENTE

– Life + * ... 50

TRANSPARÊNCIA

(5)

PARTICIPANTES

Os Governos dos Estados-Membros e a Comissão Europeia estiveram representados do seguinte modo:

Bélgica:

Marc VERWILGHEN Ministro da Economia, da Energia, do Comércio Externo e

da Política Científica

Fientje MOERMAN Ministra Vice-Presidente do Governo Flamengo e Ministra

Flamenga da Economia, das Empresas, da Ciência, da Inovação e do Comércio Externo

Bulgária:

Nina RADEVA Ministra-Adjunta da Economia e da Energia

Daniel VALTCHEV Vice-Primeiro-Ministro e Ministro da Educação e da

Ciência República Checa:

Martin TLAPA Vice-Ministro da Indústria e do Comércio

Marek MORA Vice-Ministro da Educação, da Juventude e dos

Desportos, responsável pelo Departamento da Integração Europeia e das Relações Internacionais

Dinamarca:

Bendt BENDTSEN Ministro da Economia, Comércio e Indústria

Helge SANDER Ministro da Ciência, da Tecnologia e do Desenvolvimento

Alemanha:

Michael GLOS Ministro Federal da Economia e da Tecnologia

Brigitte ZYPRIES Ministra Federal da Justiça

Annette SCHAVAN Ministra Federal da Educação e Investigação

Peter FRANKENBERG Ministro da Ciência, da Investigação e das Artes, Land

Bade-Vurtemberga

Peter HINZE Secretário de Estado Parlamentar, Ministério Federal da

Economia e da Tecnologia Estónia:

Juhan PARTS Ministro da Economia e das Comunicações

Irlanda:

Kenneth THOMPSON Representante Permanente Adjunto

Grécia:

Ioannis TSOUKALAS Secretário-Geral

Spyros PAPADOPOULOS Secretário-Geral

Espanha:

Mercedes CABRERA CALVO-SOTELO Ministra da Educação e da Ciência

Alberto NAVARRO GONZÁLES Secretário de Estado para a União Europeia

França:

Jean-Pierre JOUYET Secretário de Estado, Ministério dos Negócios

Estrangeiros e dos Assuntos Europeus

Valérie PECRESSE Ministra do Ensino Superior e da Investigação

Itália:

Emma BONINO Ministra sem Pasta, responsável pelas Políticas Europeias

e pelo Comércio Internacional

Fabio MUSSI Ministro das Universidades e da Investigação

Chipre:

Antonis MICHAELIDES Ministro do Comércio, da Indústria e do Turismo

Letónia:

Jurijs STRODS Ministro da Economia

Baiba RIVŽA Ministra da Educação e da Ciência

Lituânia:

Vytas NAVICKAS Ministro da Economia

(6)

Luxemburgo:

Jeannot KRECKÉ Ministro da Economia e do Comércio Externo, Ministro

dos Desportos

François BILTGEN Ministro do Trabalho e do Emprego, Ministro da Cultura,

do Ensino Superior e da Investigação, Ministro dos Cultos Hungria:

Géza EGYED Secretário de Estado Adjunto, Ministério da Economia e

dos Transportes

László HERCZOG Secretário de Estado Adjunto, Ministério dos Assuntos

Sociais e do Trabalho Malta:

Censu GALEA Ministro da Competitividade e das Comunicações

Países Baixos:

Maria Josephina Arnoldina van der HOEVEN Ministra da Economia

Áustria:

Martin BARTENSTEIN Ministro Federal da Economia e do Trabalho

Johannes HAHN Ministro Federal da Ciência e da Investigação

Erwin BUCHINGER Ministro Federal dos Assuntos Sociais e da Defesa do

Consumidor

Christa KRANZL Secretária de Estado, Ministério Federal dos Transportes,

da Inovação e da Tecnologia Polónia:

Piotr Grzegorz WOŹNIAK Ministro da Economia

Stefan JURGA Secretário de Estado, Ministério da Ciência e do Ensino

Superior

Marcin KOROLEC Vice-Ministro da Economia, Subsecretário de Estado,

Ministério da Economia Portugal:

Manuel PINHO Ministro da Economia e Inovação

José MARIANO GAGO Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior

Roménia:

Eugen TAPU NAZARE Secretário de Estado, Ministério da Economia e do

Comércio

Anton ANTON Secretário de Estado da Investigação, Presidente da

Autoridade Nacional de Investigação Científica, Ministério da Educação e da Investigação Eslovénia:

Andrej VIZJAK Ministro da Economia

Jure ZUPAN Ministro do Ensino Superior, da Ciência e da Tecnologia

Eslováquia:

Jozef HABÁNIK Secretário de Estado, Ministério da Educação

Ivan RYBÁRIK Secretário de Estado, Ministério da Economia

Finlândia:

Mauri PEKKARINEN Ministro do Comércio e da Indústria

Suécia:

Maud OLOFSSON Vice-Primeira-Ministra e Ministra da Indústria e do

Desenvolvimento Regional

Jöran HÄGGLUND Secretário de Estado, Ministério da Indústria, do Emprego

e das Comunicações

Hans JEPPSON Secretário de Estado junto do Ministro do Comércio

Reino Unido:

Malcolm WICKS Ministro-Adjunto da Energia

Comissão:

Günter VERHEUGEN Vice-Presidente

Janez POTOČNIK Membro

(7)

PONTOS DEBATIDOS

LEGISLAR MELHOR

O Conselho tomou nota de um relatório intercalar da Presidência sobre o Programa "Legislar Melhor" (9164/07).

O Programa "Legislar Melhor" visa melhorar a qualidade e a forma do quadro regulamentar, a fim de reforçar a competitividade da UE, e abrange actualmente a simplificação de actos legislativos, a redução dos encargos administrativos e a preparação e análise das avaliações de impacto sobre a maior parte das propostas legislativas.

Desde o último relatório intercalar, de Dezembro de 2006, e graças ao impulso dado pela Presidência Alemã, em colaboração com a Comissão, registaram-se progressos significativos. Incluem-se entre eles a aprovação e lançamento, no Conselho Europeu da Primavera de 2007, do Plano de Acção para a Redução dos Encargos Administrativos1, que inclui o compromisso de reduzir em 25%, até 2012, os encargos administrativos resultantes da aplicação da legislação da UE.

1

Ver Conclusões do Conselho Europeu da Primavera de 2007 (documento 7224/07, pontos 21 a 26) e a Comunicação da Comissão (5924/07).

(8)

LIVRE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS

Reconhecimento mútuo

Num debate público, o Conselho registou um relatório da Presidência sobre um projecto de regulamento1 que estabelece procedimentos para a aplicação de certas regras técnicas nacionais a produtos legalmente comercializados noutro Estado-Membro ("Reconhecimento Mútuo"). A proposta visa suprimir os entraves que se opõem à livre circulação de mercadorias, resolvendo alguns dos problemas encontrados na implementação do "princípio do reconhecimento mútuo" nos sectores não harmonizados das mercadorias. O princípio do reconhecimento mútuo implica que os Estados-Membros de destino não podem proibir a venda no seu território de produtos legalmente comercializados noutro Estado-Membro e que não se encontram sujeitos à harmonização

comunitária.

Este projecto de regulamento estabelece nomeadamente o procedimento a adoptar pelas autoridades nacionais, sempre que tencionem impor uma regra técnica nacional (por exemplo, nos casos em que, por qualquer motivo, o reconhecimento mútuo não é aplicado), transfere o ónus da prova do operador económico para a administração, e estipula o estabelecimento de "Pontos de Contacto sobre Produtos" nos Estados-Membros, cuja tarefa principal consiste em prestar informações sobre as regras técnicas aplicáveis, ou remeter as pessoas interessadas para as autoridades ou organismos competentes.

O relatório preparado pela Presidência Alemã faz o balanço da evolução realizada até à data e identifica as principais questões pendentes que será necessário abordar nos próximos meses. A Presidência regista o amplo consenso conseguido em torno de diversas disposições importantes. Ao mesmo tempo, continuam em aberto algumas questões, que vão necessitar de continuar a ser

atentamente analisadas e ponderadas.

1

Com a aprovação da proposta, terá de ser revogada a Decisão 3052/95/CE do Conselho que estabelece um procedimento de informação mútua relativo a medidas nacionais que

derrogam o princípio da livre circulação de mercadorias na Comunidade (JO L 321, de 30.12.1995, p. 1).

(9)

Revisão da "Nova Abordagem"

Num debate público, o Conselho tomou nota de um relatório intercalar da Presidência sobre:

• um projecto de regulamento que estabelece os requisitos de acreditação, fiscalização do mercado e controlo dos produtos que entram no mercado comunitário;

• um projecto de decisão que estabelece um quadro comum para a comercialização de produtos. O objectivo das propostas é rever, actualizar e reforçar a "Nova Abordagem", que foi estabelecida na década de 80. A "Nova Abordagem" introduz um sistema que deu à Comissão a possibilidade de confiar a elaboração de especificações técnicas a organismos europeus reconhecidos na área da normalização. Esse processo permite à Comissão controlar as normas europeias resultantes desse processo, tanto antes como depois de serem aprovadas. Contudo, foram detectadas algumas falhas, e a Comissão propôs que se procedesse a uma revisão do sistema.

O projecto de regulamento estabelece nomeadamente um enquadramento geral para a acreditação a nível nacional e europeu, e visa garantir a coerência do controlo do mercado em toda a UE. A proposta de decisão relativa a um quadro comum para a comercialização de produtos visa

(10)

POLÍTICA INDUSTRIAL – Conclusões do Conselho

O Conselho procedeu a um debate de orientação e aprovou as seguintes conclusões: "O CONSELHO DA UNIÃO EUROPEIA,

1. TENDO EM CONTA a comunicação da Comissão de 5 de Outubro de 2005 relativa a uma abordagem integrada em matéria de política industrial1; TENDO EM CONTA as suas conclusões sobre a política industrial2 e sobre a política de inovação3; TENDO EM CONTA as conclusões do Conselho Europeu de 8/9 de Março de 2007;

2. DESTACA a grande importância de uma base industrial forte e dinâmica para um elevado grau de prosperidade e um alto nível de emprego na Europa; assim sendo, CONFIRMA o importante papel da política industrial para a consecução dos objectivos da Agenda de Lisboa; SALIENTA, neste contexto, a actual retoma económica que está a ser

consideravelmente impulsionada pelo crescimento na produção industrial e serviços conexos, investimento empresarial e exportações de mercadorias;

3. TOMA NOTA com satisfação de que as iniciativas de política industrial tomadas a nível comunitário, incluídas na última Comunicação sobre Política Industrial, registaram

progressos satisfatórios e permitiram adquirir uma experiência importante para os trabalhos futuros. CONSIDERA que os desafios colocados pela globalização exigem esforços

adicionais de reforço da competitividade por forma a que a indústria europeia possa continuar a fazer uso das oportunidades oferecidas por mercados internacionais em crescimento, cresça de maneira sustentável e aumente o respectivo nível de emprego sem deixar de ter em conta os objectivos e preocupações sociais e ambientais relacionados com as alterações climáticas; APELA aos Estados-Membros para que prevejam medidas de acompanhamento necessárias para as iniciativas comunitárias no âmbito dos programas nacionais de reformas;

4. SALIENTA o facto de circunstâncias diferentes nos diversos sectores da indústria e nas diferentes estruturas industriais dos Estados-Membros requererem medidas de política diferenciadas; APOIA a abordagem integrada para a política industrial da Comissão, com articulações estreitas entre as iniciativas horizontais e sectoriais;

1

Comunicação da Comissão: Aplicar o Programa Comunitário de Lisboa: Um

enquadramento político para reforçar a indústria transformadora da UE – rumo a uma abordagem mais integrada da política industrial, doc. 13143/05 COM(2005) 474 final.

2

Doc. 8799/06.

3

(11)

5. APELA à Comissão para que implemente em tempo útil as conclusões do Conselho Europeu de 8/9 de Março e, ao fazê-lo, tenha em conta os seguintes factores que são importantes para a competitividade da indústria:

• As políticas ambiental, energética e industrial requerem uma abordagem integrada com vista a atingir objectivos ambiciosos, nomeadamente no que diz respeito às

preocupações relativas às alterações climáticas, e deverão ser complementares. Durante os próximos anos, terão de ser progressivamente desenvolvidas iniciativas adequadas susceptíveis de contribuir para garantir a coerência, identificar situações de ganho mútuo e encontrar soluções destinadas a garantir a competitividade internacional das empresas europeias e a promover a penetração nos mercados europeus e mundiais de tecnologias e produtos sustentáveis, respeitadores do ambiente e seguros. Apela-se à Comissão para que apresente propostas adequadas, que tenham em conta os trabalhos efectuados pelo Grupo de Alto Nível para a Competitividade, Energia e Ambiente1; • O programa "Legislar melhor" tem de ser prosseguido com determinação em estreita

conjugação com as iniciativas sectoriais. Como contribuição para os trabalhos sobre simplificação legislativa, as análises do quadro regulamentar deverão, com base nas experiências colhidas com os trabalhos do Grupo de Alto Nível CARS 21 sobre o sector automóvel, ser também alargadas a outros sectores. Ao desenvolver o sistema das avaliações de impacto, deverão ser igualmente tidos em conta os "testes no terreno" a nível internacional;

• Deverá ser dado novo impulso ao mercado interno das mercadorias, garantindo paralelamente um elevado nível de segurança e protecção ambiental, sanitária e dos consumidores, através de uma aplicação mais eficaz do princípio do reconhecimento mútuo e do aperfeiçoamento dos mecanismos e regras no domínio harmonizado; • Para além do reforço do sistema de comércio multilateral com base no objectivo

prioritário da OMC e da UE de concluir a Ronda de Doha com um resultado ambicioso e equilibrado em todas as áreas de negociação, deverão ser prosseguidos rapidamente acordos bilaterais e regionais de comércio livre para garantir condições equitativas às empresas europeias; deverá ser melhorado o acesso efectivo das empresas europeias ao mercado, especialmente aos mercados em crescimento e aos mercados emergentes;

1

(12)

• No domínio da investigação, desenvolvimento e inovação, tem de ser assegurada a complementaridade e a sinergia dos vários programas europeus de apoio. A estratégia da inovação deverá ser prosseguida para garantir a competitividade da Europa,

nomeadamente em mercados de grande dinamismo. O investimento em tecnologias mais promissoras, incluindo igualmente as tecnologias de poupança de energia, tecnologias renováveis e outras tecnologias ambientais, constituirá um contributo essencial.

6. CONSIDERA que são necessárias medidas adicionais e portanto:

• CONVIDA a Comissão – dada a importância da inovação e da protecção eficaz dos direitos de propriedade intelectual – a apresentar uma abordagem integrada para uma melhor utilização e protecção dos direitos de propriedade intelectual, bem como para o combate à contrafacção e à piratagem de produtos no âmbito das políticas relativas ao comércio, à inovação, à normalização e às patentes, bem como no âmbito da parceria económica transatlântica;

• SOLICITA à Comissão que desenvolva uma abordagem política coerente no que diz respeito ao aprovisionamento de matérias-primas para a indústria, incluindo todos os domínios políticos pertinentes (negócios estrangeiros, comércio, ambiente, política da investigação e da inovação) e que identifique medidas adequadas para um acesso e exploração dos recursos naturais, matérias-primas secundárias e resíduos recicláveis que sejam rentáveis, fiáveis e respeitadores do ambiente, especialmente no que diz respeito aos mercados dos países terceiros;

• Dadas as alterações estruturais e a necessidade crescente de mão-de-obra qualificada em vários sectores, APELA à Comissão e aos Estados-Membros para que, dentro das respectivas áreas de competência, procurem criar uma quantidade suficiente de mão-de--obra qualificada e, ao fazê-lo, tenham em conta tanto o aperfeiçoamento das

qualificações intra e trans-sectoriais como a necessária adaptabilidade; neste contexto, a aprendizagem ao longo da vida é essencial; CONGRATULA-SE, pois, com a intenção da Comissão de adoptar uma Comunicação relativa a uma estratégia a longo prazo em matéria de cibercompetências e TENCIONA analisá-la até ao final de 2007;

(13)

• CONVIDA a Comissão e os Organismos Europeus de Normalização a procederem à revisão do sistema de normalização europeu, a fim de reforçar a sua abertura, eficácia e capacidade de resposta às necessidades industriais emergentes;

7. CONGRATULA-SE com os resultados positivos das iniciativas sectoriais no domínio da indústria automóvel, da biotecnologia, da construção naval1 e das TIC, recentemente apresentados pela Comissão; CONVIDA a Comissão, com base numa análise sistemática da competitividade dos sectores industriais e dos serviços relacionados com a indústria, a concretizar as anunciadas iniciativas sectoriais e horizontais e a propor, sempre que adequado, novas iniciativas de política industrial;

8. CONGRATULA-SE com a intenção da Comissão de informar exaustivamente numa nova comunicação relativa à política industrial sobre os resultados das iniciativas horizontais e sectoriais e de introduzir novas iniciativas que tenham em conta as condições de

enquadramento que mudaram desde 2005;

1

Comunicação da Comissão: Um quadro regulador concorrencial para o sector automóvel no século XXI; Posição da Comissão face ao relatório final do Grupo de Alto Nível CARS 21; uma contribuição para a Estratégia do Crescimento e do Emprego da União Europeia – doc. 5746/07; Comunicação da Comissão relativa à revisão intercalar da Estratégia no Domínio das Ciências da Vida e da Biotecnologia – doc. 8343/07 + ADD1; Documento de trabalho da Comissão – "Leadership 2015"– Relatório intercalar – doc. 9130/07 + ADD 1; Documento de trabalho da Comissão – Seguimento das Recomendações do Grupo de

Missão sobre a competitividade do sector das TIC e sobre a adopção das TIC – doc. 8691/07 + ADD 1.

(14)

Relativamente à indústria automóvel:

TENDO EM CONTA a comunicação da Comissão intitulada "Um quadro regulador concorrencial para o sector automóvel no século XXI (CARS 21)" de 13 de Fevereiro de 20071; TENDO EM CONTA as suas conclusões sobre uma política energética para a Europa de 15 de Fevereiro de 20072 e sobre o contributo do sector dos transportes para a Estratégia de Lisboa

de 19 de Fevereiro de 20073; TENDO EM CONTA as Conclusões do Conselho Europeu

de 8/9 de Março de 2007, e do Plano de Acção do Conselho Europeu (2007-2009) para uma Política Energética para a Europa que consta do anexo a essas conclusões, que define nomeadamente

compromissos em matéria de alterações climáticas e de energia e apela a um sistema de transportes eficiente do ponto de vista energético e sustentável do ponto de vista ambiental e institui um

objectivo vinculativo mínimo de 10% a alcançar por todos os Estados-Membros no que diz respeito à quota de biocombustíveis no consumo global de gasolina e gasóleo no sector dos transportes até 2020, a introduzir numa base rentável;

9. DESTACA a enorme importância da indústria automóvel da UE para o crescimento, emprego e prosperidade na Europa, que não pode ser considerada um dado adquirido mas exige que se prossigam os esforços para reforçar a sua competitividade a nível

internacional;

10. SALIENTA o facto de a cadeia de valor da indústria automóvel assegurar, na UE, aproximadamente 12 milhões de postos de trabalho, incluindo os construtores, os fornecedores, o mercado de serviços e de reparações, que consiste frequentemente em pequenas e médias empresas, e também proporciona postos de trabalho a outros sectores, como por exemplo, a investigação e o desenvolvimento, a inovação, os serviços e o comércio;

11. TOMA NOTA de que os desafios lançados pelo desempenho ambiental e de segurança dos veículos estão em constante aumento e de que a concorrência internacional no sector automóvel está a tornar-se cada vez mais forte; o correspondente aumento da pressão sobre os custos para os construtores e fornecedores de peças sobressalentes pode levar a uma mudança estrutural e a um enfraquecimento da UE enquanto local de produção;

12. REALÇA a necessidade de definir as condições de enquadramento para a indústria automóvel da UE de forma a que esta possa enfrentar com êxito a concorrência crescente no mercado mundial e de evitar sobrecarregá-la excessivamente com medidas de regulação e garantir que proporcione às empresas da UE oportunidades para assumirem a liderança em novas tecnologias inovadoras;

1

Doc. 5746/07 COMPET 23 ECO 13 ENV 55 ENT 11 TRANS 22 ENER 41 RECH 24 – COM(2007) 22 final.

2

Doc. 6271/07 (Presse 24).

3

(15)

13. CONSIDERA as recomendações constantes do relatório final do Grupo de Alto Nível CARS 21 como um bom ponto de partida para alcançar este objectivo; CONGRATULA--SE com a Comunicação da Comissão sobre o relatório do Grupo CARS 21 e convida-a a aplicar rapidamente e de forma coerente as propostas e iniciativas nele contidas com vista a melhorar o quadro regulador para a indústria automóvel da UE, uma vez avaliado o

respectivo impacto, por forma a ter alcançado o maior número de progressos possível na sua implementação aquando da revisão intercalar em 2009;

14. INSTA a Comissão a dar prioridade a essas propostas e iniciativas que se espera que tenham o maior impacto na melhoria do quadro regulador europeu para a indústria automóvel e, nomeadamente, na garantia da sua competitividade a nível internacional igualmente no que diz respeito a iniciativas nos domínios da protecção ambiental e da segurança rodoviária;

15. SALIENTA o significado de um quadro regulador estável, a longo prazo e coerente para o correcto desenvolvimento da indústria automóvel da UE e INSTA a Comissão a incorporar nas políticas comunitárias os princípios de "Legislar Melhor" desenvolvidos pelo Grupo de Alto Nível CARS 21:

• adopção de uma abordagem integrada, que envolva todas as partes interessadas, para desenvolver e implementar medidas destinadas a fazer face aos desafios ambientais e de segurança;

• as medidas legislativas relativas à política no sector automóvel têm de ser formuladas numa base a longo prazo e tecnologicamente neutra;

• todas as partes interessadas deverão ser consultadas numa primeira fase e

pormenorizadamente sobre todas as iniciativas e projectos de legislação que afectem o sector automóvel e os resultados deverão ser reflectidos adequadamente no processo de tomada de decisão;

• deverão ser apresentadas numa primeira fase avaliações de impacto exaustivas de todas as novas propostas. As condições de enquadramento para a indústria automóvel da UE devem, como parte de um teste de competitividade rigoroso, ser comparadas com as condições de enquadramento nos principais países concorrentes;

• os novos veículos devem continuar a ser acessíveis aos diferentes grupos de

consumidores se se pretende alcançar melhorias em matéria de ambiente e de segurança através de um processo contínuo de renovação da frota;

• o programa de simplificação do quadro regulador tem de continuar a ser aplicado rapidamente, centrando-se nas necessidades do sector automóvel;

(16)

16. APOIA as propostas da Comissão de reduzir os encargos administrativos dos construtores automóveis substituindo as Directivas da UE por Regulamentos da UNECE e introduzindo o instrumento dos auto-testes e dos testes virtuais, sob rigorosa vigilância das autoridades responsáveis pela homologação dos veículos;

17. DESTACA a proposta de nova directiva-quadro para a homologação de veículos a motor como sendo uma medida adequada para melhorar a eficiência do mercado interno; SALIENTA a análise em curso da proposta de directiva relativa à protecção jurídica de desenhos ou modelos, que contém disposições relativas às peças sobressalentes;

18. SUBLINHA a contribuição que os instrumentos financeiros comunitários (por exemplo BEI, Fundos Estruturais) podem dar para acompanhar uma mudança estrutural no sector automóvel e SOLICITA que sejam utilizados de forma direccionada e de acordo com as regras correspondentes;

19. APELA à Comissão para que, no contexto de acordos bilaterais de comércio livre, dê prioridade aos países com um elevado potencial de mercado, garanta a reciprocidade, avalie os impactos desses acordos, garanta a supressão dos entraves não pautais, combata as práticas anti-concorrenciais nos países terceiros que sejam prejudiciais para a indústria automóvel da UE e garanta uma protecção eficaz dos direitos de propriedade intelectual; 20. APELA à Comissão para que, no âmbito do 7.º Programa-Quadro, intensifique os seus

esforços para promover tecnologias e sistemas de propulsão inovadores e altamente eficientes, combustíveis alternativos, veículos inteligentes e seguros, e defina em tempo útil a orientação para as melhores tecnologias e para as futuras tecnologias limpas, com poucas ou nenhumas emissões de carbono;

21. APOIA as medidas propostas pela Comissão para melhorar a segurança nas estradas comunitárias com base numa abordagem integrada; INSTA a Comissão, os

Estados--Membros e as demais partes interessadas a implementarem estas medidas para alcançarem os objectivos comunitários numa base rentável;

22. APELA à Comissão para que apresente uma proposta relativa aos valores-limite Euro VI para os veículos pesados este ano, o mais tardar, com vista a dar à indústria automóvel uma margem de tempo suficiente para a sua implementação;

23. APOIA uma abordagem integrada tal como proposta pela Comissão, de redução das emissões de CO2 dos veículos a motor; SALIENTA que todos os intervenientes devem dar

a sua contribuição para a redução das emissões nocivas para o ambiente e SUBLINHA a oportunidade de um quadro regulador rentável, que assegure uma mobilidade abordável e contribua para preservar a competitividade da indústria automóvel a nível mundial;

(17)

24. APELA à Comissão para que configure o quadro previsto tendo em vista atingir o

objectivo para as emissões médias de CO2 da frota de veículos novos vendidos na UE com

base numa avaliação de impacto exaustiva e da forma mais neutra possível do ponto de vista da concorrência, e que seja socialmente equitativo e sustentável. Deverá ser formulado de forma a garantir que todos os construtores possam prosseguir os seus esforços para tornar os seus produtos mais respeitadores do ambiente numa base rentável; 25. CONVIDA os Estados-Membros e, se for caso disso, a Comissão a analisarem,

concomitantemente com o desenvolvimento de uma estratégia em matéria de CO2 para o

sector automóvel, em que medida, para além das possibilidades da indústria automóvel de redução de CO2 e do potencial no que diz respeito aos biocombustíveis, podem igualmente

ser reforçadas as contribuições de outros intervenientes tanto do lado da oferta como da procura ou através de outras medidas (por exemplo, impostos sobre os veículos e outras medidas fiscais baseados nas emissões de CO2, infra-estrutura e gestão do tráfego,

comportamento ao volante, renovação da frota automóvel, incentivo dos transportes públicos);

26. APELA à Comissão para que, em articulação com os Estados-Membros e as partes interessadas, implemente as medidas identificadas na comunicação CARS 21 a fim de conferir previsibilidade e segurança em termos de planeamento à indústria automóvel, o que é necessário em virtude dos longos prazos com que joga; CONVIDA a Comissão a actualizar o seu roteiro a longo prazo para ter em conta os resultados da revisão intercalar em 2009;

Relativamente às Ciências da Vida e à Biotecnologia:

RECORDANDO que a Estratégia Europeia no Domínio das Ciências da Vida e da Biotecnologia1 tem por objectivo facilitar o desenvolvimento das aplicações de biotecnologia e representa um importante passo em direcção a uma Bio-economia Europeia Baseada no Conhecimento que seja competitiva e sustentável, de acordo com os objectivos da Estratégia de Lisboa renovada;

RECONHECENDO que as ciências da vida e a biotecnologia constituem uma tecnologia de potencial chave com impacto significativo em muitos sectores económicos, tal como demonstrado no estudo Bio4EU2, que poderá reforçar a competitividade global da Europa e acelerar a mudança, bem como contribuir para modernizar a indústria europeia;

1

JO C 55, de de 2.3.2002, p. 3.

2

(18)

RECONHECENDO que as ciências da vida e a biotecnologia são cruciais para a descoberta e desenvolvimento de diagnósticos, medicamentos, vacinas e terapias avançadas que são consideravelmente benéficas para a qualidade de vida dos cidadãos da Europa, para a

competitividade do sector de saúde europeu e para a solução das questões mundiais de saúde; RECONHECENDO o potencial que as ciências da vida e da biotecnologia têm na inovação eco--eficiente, em especial nos sectores da alimentação e nutrição, alimentação animal, química, papel e pasta de papel, têxteis e energia;

OBSERVANDO que a indústria da biotecnologia europeia é composta principalmente por PME e necessita de condições de enquadramento favoráveis, bem como de recursos humanos de grandes capacidades, para melhorar o seu crescimento e capacidade de inovação;

OBSERVANDO que o crescimento da biotecnologia depende da sua aceitação a nível da sociedade e do mercado;

27. CONGRATULA-SE com a Comunicação da Comissão intitulada "revisão intercalar da Estratégia no Domínio das Ciências da Vida e da Biotecnologia"1 e concorda com as linhas gerais da sua análise; neste contexto, RECORDA a importância de uma abordagem

integrada que dê conta das questões económicas, sociais e ambientais em jogo; SALIENTA o papel do sector público, em especial para impelir a inovação; 28. APOIA a proposta da Comissão de estabelecer uma recolha harmonizada e

economicamente eficaz dos dados e estatísticas pertinentes para monitorizar o impacto económico, social e ambiental das ciências da vida e da biotecnologia, a fim de permitir um debate informado na sociedade e uma melhor cooperação de todas as partes

interessadas;

29. APOIA a proposta da Comissão de desenvolver acções de promoção de aplicações biológicas, incluindo a bioenergia, nomeadamente através do fomento da criação de unidades produtivas piloto integradas, a fim de demonstrar o potencial de tais aplicações e facilitar o seu crescimento no mercado; CONVIDA a Comissão a propor novos passos para a criação de mercados pioneiros e outras medidas para reforçar a procura comercial de bio--produtos eco-eficientes, a fim de explorar o impacto ambiental positivo dos biobio--produtos; 30. CONGRATULA-SE com o facto de o Sétimo Programa-Quadro de Investigação e

Desenvolvimento desempenhar um importante papel na criação de uma Bio-economia Europeia Baseada no Conhecimento, promovendo assim a competitividade e a

sustentabilidade das ciências da vida e biotecnologia europeias; SAÚDA a intenção da Comissão de apresentar propostas sobre a criação de Iniciativas Tecnológicas Conjuntas que incluam inter alia domínios de aplicação da biotecnologia;

1

(19)

31. APOIA as propostas da Comissão de fomentar a competitividade, em especial das PME, mediante a facilitação da transferência de conhecimentos entre o sector científico e a indústria; de considerar incentivos específicos para as Jovens Empresas Inovadoras; de melhorar o acesso ao financiamento; de promover a utilização de fundos públicos para suscitar maior co-financiamento privado à investigação e inovação; e de apoiar a integração de pólos biotecnológicos e redes regionais;

32. SUBLINHA que a moderna biotecnologia tem um significativo potencial económico e ambiental para a agricultura e silvicultura europeia, incluindo as aplicações não

alimentares e não forrageiras; tais como a transformação industrial e o manejo de criação molecular, na condição de serem utilizados de forma segura para o ambiente e a saúde humana, com base nos resultados de estudos científicos sérios, de forma economicamente viável e respeitando o direito dos consumidores de fazerem escolhas com conhecimento de causa, bem como de todas as outras formas de produção agrícola;

33. APOIA a abordagem da Comissão no sentido de melhorar a implementação da legislação e melhorar a coordenação das políticas sectoriais, especialmente no que respeita a questões transversais; INCENTIVA a Comissão e os Estados-Membros a reforçar as redes

existentes para acompanhar e assegurar uma implementação coerente da Estratégia e procurar resolver os obstáculos regulamentares à competitividade;

34. INCENTIVA os Estados-Membros a empenharem-se vivamente num contributo activo para a implementação do Plano de Acção Recentrado no Domínio das Ciências da Vida e da Biotecnologia e na realização, em tempo útil, das acções em que desempenhem um papel central;

35. CONVIDA a Comissão a apresentar relatório sobre os progressos alcançados na implementação do Plano de Acção Recentrado no Domínio das Ciências da Vida e da Biotecnologia;

Relativamente ao sector das tecnologias da informação e da comunicação:

36. TOMA CONHECIMENTO do relatório e das recomendações do Grupo de Missão TIC de 27 de Novembro de 2006 e do documento de trabalho dos Serviços da Comissão1 sobre o seguimento das recomendações desse relatório no quadro da política industrial;

37. RECONHECE a importância do sector TIC para o crescimento, a competitividade e o desenvolvimento bem sucedido de uma inclusiva sociedade da informação na Europa e REGISTA com interesse os mais recentes desenvolvimentos em matéria de redes de nova geração, interoperabilidade, maior confiança dos consumidores no ambiente digital, políticas de apoio ao comércio electrónico específicas por sector e esforços dos Estados--Membros nos domínios da inovação, investimento e inovação;

1

(20)

38. INCENTIVA os Estados-Membros e a Comissão a continuarem as suas actividades no sentido de fomentar o espírito empresarial e capacidades conexas, desenvolver uma estratégia de proficiência informática a longo prazo para melhorar a competitividade, a empregabilidade e a aprendizagem ao longo da vida e apoiar a utilização de práticas de comércio electrónico pelas PME, incluindo a partilha de experiências e o intercâmbio das melhores práticas, através da Rede Europeia de Apoio ao Comércio Electrónico (eBSN); REGISTA neste contexto a importância do programa de apoio à política TIC no âmbito do Programa-Quadro para a Competitividade e a Inovação (PIC);

39. MANTÉM a sua opinião de que merece especial atenção a consolidação do mercado interno das TIC e dos serviços de grande intensidade cognitiva, pelo que SE

CONGRATULA com a revisão encetada pela Comissão para o quadro regulamentar das comunicações electrónicas e a revisão prevista para breve da prestação de serviço universal no âmbito da iniciativa "i2010";

40. CONVIDA a Comissão a fazer avançar, em conjunto com os Organismos Europeus de Normalização e todas as outras partes interessadas, a revisão do sistema europeu de

normalização das TIC, a fim de reforçar a sua abertura, eficácia e capacidade de resposta às necessidades industriais e sociais emergentes;

41. RECONHECE que as TIC são um factor chave da inovação e, em plena coerência com as conclusões de 2006 sobre "Prioridades estratégicas para a acção de inovação a nível da UE"1, APELA a que seja desenvolvida a tempo uma nova estratégia para a propriedade intelectual e industrial e dado seguimento às estratégias que estão a ser desenvolvidas em matéria de contratos públicos, Iniciativas Tecnológicas Conjuntas e mercados pioneiros, tendo em vista remover estrangulamentos e realizar o potencial de competitividade do sector TIC;

Relativamente ao sector da construção naval:

42. OBSERVA que a construção naval europeia se tornou num sector industrial moderno e competitivo, que também funciona como impulsionador para muitos fornecedores e prestadores de serviços, em termos de crescimento e emprego em muitos locais da Comunidade;

SALIENTA, no entanto, que o crescimento mundial das capacidades produtivas, em especial na Ásia, e o previsível aumento da intensidade da concorrência nos mercados mundiais de construção naval exigem novos esforços – compatíveis com as regras de concorrência – para reforçar a competitividade e fazer face às mudanças estruturais;

1

(21)

43. SUBLINHA que a comunicação da Comissão sobre a iniciativa LeaderSHIP 20151 constitui um exemplo para outras iniciativas sectoriais devido à sua abordagem nova e integral e fornece um adequado quadro político para a acção;

CONGRATULA-SE com o relatório de situação apresentado pela Comissão2 sobre a implementação das recomendações LeaderSHIP 2015 e as novas medidas nele previstas; 44. APELA à Comissão, tendo em vista as distorções na concorrência, para que explore todas

as possibilidades de criar condições de concorrência equitativas, tais como acordos bilaterais de comércio livre, acordos no quadro da OECD ou outras organizações internacionais, bem como iniciativas para a protecção dos direitos de propriedade intelectual;

45. RECONHECE a importância que um regime de garantia de reembolso pode ter para a competitividade da indústria europeia de construção naval.

CONVIDA por conseguinte a examinar, em cooperação com o BEI, a possibilidade de apresentar uma proposta de criação de um sistema europeu de garantias de boa execução para o financiamento naval que funcionem a par dos sistemas nacionais de garantia; 46. REGISTA a intenção da Comissão de apresentar um pacote de mercado interno para os

produtos de defesa no Outono de 2007, que também poderá ter importantes efeitos nas condições de enquadramento para a construção naval;

47. APELA à Comissão, tendo em vista a importância da investigação, desenvolvimento e inovação para a competitividade da construção naval europeia, para que intensifique a continuação das presentes actividades, tanto no âmbito do 7.º Programa-Quadro de Investigação (em especial a plataforma tecnológica marítima (Waterborne TP)) como no que respeita aos instrumentos específicos do sector, e assegure a boa coordenação dos programas de ajuda;

SOLICITA aos Estados-Membros que implementem activamente nos seus programas nacionais os instrumentos de promoção da investigação, desenvolvimento e inovação no domínio da construção naval, quando tal for apropriado; CONVIDA a indústria de

construção naval a fazer uso destes instrumentos de forma sistemática, reforçando assim a sua capacidade de inovação;

1

Doc. 15288/03 – Comunicação da Comissão "LeaderSHIP 2015" COM(2003) 717 final, de 21.11.2003.

2

(22)

48. Tendo em vista assegurar o acesso a uma mão-de-obra qualificada, TOMA NOTA dos trabalhos em curso no Comité do Diálogo Social sobre os futuros requisitos de formação e recrutamento e APELA à Comissão para que tenha em conta esses trabalhos em qualquer nova iniciativa no domínio das competências marítimas;

49. CONVIDA a indústria de construção naval a melhorar continuamente o carácter

respeitador do ambiente da economia marítima, mediante produtos inovadores, e a explorar assim as suas oportunidades no mercado, adoptando um papel pioneiro a nível mundial; SAÚDA os esforços com vista a promover navios bem construídos e respeitadores do ambiente, tendo especialmente em conta os acordos internacionais sobre normas mínimas; SALIENTA a necessidade de ter em devida conta os requisitos da indústria transformadora na formulação de disposições técnicas (incluindo a OMI)."

(23)

ESTRATÉGIA COMUNITÁRIA EM MATÉRIA DE POLÍTICA DOS CONSUMIDORES O Conselho registou as informações prestadas pela Presidência acerca da Estratégia Comunitária em Matéria de Política dos Consumidores (2007-2013), e procedeu a uma breve troca de impressões com Meglena Kuneva, Comissária encarregada da Protecção dos Consumidores.

Em 16 de Março de 2007, a Comissão adoptou uma Comunicação intitulada "Estratégia comunitária em matéria de Política dos Consumidores para 2007-2013 – Responsabilizar o

consumidor, melhorar o seu bem-estar e protegê-lo de forma eficaz" (7503/07). Em resposta a essa comunicação, as instâncias internas do Conselho prepararam, sob a liderança da Presidência Alemã, um projecto de resolução do Conselho, que será apresentado, para aprovação, ao Conselho

(24)

CONTRATOS DE CRÉDITO AOS CONSUMIDORES

Em deliberação pública, o Conselho chegou por maioria qualificada1 a um acordo político sobre a proposta alterada da Comissão de directiva relativa a contratos de crédito aos consumidores (13193/05). O Conselho aprovará a sua posição comum numa das suas próximas sessões, após ultimação do texto, e enviá-la-á ao Parlamento Europeu para segunda leitura, no âmbito do processo de co-decisão.

A directiva revista tem por objectivo harmonizar certos aspectos das leis, regulamentos e procedimentos administrativos dos Estados-Membros relativamente a contratos de crédito aos consumidores.

A Directiva em vigor relativa aos contratos de crédito ao consumo (87/102/CEE) assenta numa harmonização mínima. Desde a sua aprovação, os Estados-Membros adoptaram medidas que excedem em graus diversos as disposições da directiva, de acordo com as necessidades a nível nacional. Estas diferenças entre legislações nacionais são consideradas obstáculos ao mercado interno. Por conseguinte, em Setembro de 2002, a Comissão apresentou uma directiva tendo em vista realizar uma harmonização plena. À luz do parecer do Parlamento Europeu em primeira leitura, de Abril de 2004, a Comissão apresentou uma proposta alterada em Outubro de 2004, que não continha o texto na íntegra, e outro texto em Outubro de 2005.

O Conselho chegou a acordo sobre um pacote de compromisso apresentado pela Presidência que salvaguarda a mais-valia deste acto legislativo para o mercado interno e a protecção do consumidor. As negociações no Conselho têm-se centrado em cinco áreas principais: 1) informação de base a incluir na publicidade, 2) informações pré-contratuais e contratuais a incluir nos contratos de crédito, 3) direito de retractação, 4) reembolso antecipado do crédito e direito de compensação do credor e 5) cálculo da taxa anual efectiva global (TAEG).

Os elementos principais do acordo são os seguintes:

1

As Delegações Neerlandesa e Grega votaram contra e as Delegações Belga e Luxemburguesa abstiveram-se.

(25)

• Informações pré-contratuais e contratuais

Um dos principais objectivos do projecto de directiva é permitir que, com base em informações pré--contratuais e contratuais, os consumidores devam poder tomar decisões informadas relativamente à celebração de contratos de crédito. A solução de compromisso assenta numa melhor estruturação das informações pré-contratuais e contratuais. No que respeita às informações pré-contratuais, estas devem ser fornecidas segundo uma forma normalizada em todos os Estados-Membros da UE. Esta forma normalizada deverá permitir ao consumidor comparar mais facilmente diferentes ofertas. • Direito de retractação

Como princípio geral, o consumidor terá um período de catorze dias de calendário para efectuar a retractação do contrato de crédito sem ter de apresentar qualquer justificação para o efeito. O texto especifica ainda as condições de exercício desse direito. O Conselho introduziu uma nova

disposição a fim de clarificar a relação deste direito com outras directivas. • Reembolso antecipado

A Directiva 87/102/CEE1 prevê um direito de reembolso antecipado , mas não o direito de

compensação do credor nessa eventualidade. A Comissão introduziu na sua proposta este direito de compensação do credor em caso de reembolso antecipado.

O texto de compromisso do Conselho garante aos credores um direito de compensação limitado em caso de reembolso antecipado do crédito (0,5% ou 1% do montante do crédito reembolsado

antecipadamente). Esta compensação só deverá aplicar-se aos créditos de taxa de juro fixa e nos casos em que a taxa de juro de referência no momento do reembolso antecipado seja inferior à que vigorava no momento da celebração do contrato de crédito. A taxa de juro de referência é agora definida no texto de compromisso como a taxa de juro aplicada pelo Banco Central Europeu ou os bancos centrais dos Estados-Membros à respectiva operação principal de refinanciamento mais recente. Além disso, os Estados-Membros terão o direito de prever que o credor só possa reclamar uma compensação por reembolso antecipado na condição de o montante do reembolso exceder, num prazo de 12 meses, um limiar definido pelos Estados-Membros. Ao fixar este limiar, que não deve ser superior a EUR 10.000, os Estados-Membros terão em conta, por exemplo, o montante médio dos créditos ao consumo no respectivo mercado.

1

(26)

• Indicação da taxa anual efectiva global

Nos termos do artigo 9.º (informações contratuais) os credores são agora obrigados a indicar a taxa anual efectiva global. Os artigos 4.º (informações a incluir na publicidade) e 6.º (informações pré--contratuais) exigem que sejam indicadas tanto a taxa devedora acrescida de encargos como a taxa anual efectiva global (com base no pressuposto de que a duração do descoberto é, respectivamente, de 7 dias e de 3 meses).

• Informações a prestar à Comissão sobre medidas nacionais

Foi inserido um novo artigo para reforçar a transparência e a prestação de informações aos consumidores e aos fornecedores de crédito. O artigo prevê a obrigação de os Estados-Membros informarem a Comissão acerca das medidas nacionais tomadas em caso de recurso às opções regulamentares previstas no projecto de directiva. Prevê-se que a Comissão torne pública essa informação.

(27)

POLÍTICA ESPACIAL EUROPEIA

Foi realizada a quarta sessão do Conselho (Espaço)1 entre o Conselho da UE e o Conselho da Agência Espacial Europeia (AEE).

Essa reunião foi presidida conjuntamente por Peter Hintze, Secretário de Estado do Ministério Federal de Economia e Tecnologia da Alemanha e Presidente em exercício do Conselho da UE, e por Maria Van Der Hoeven, Ministra da Economia dos Países Baixos e actual Presidente do Conselho da AEE. Assistiram igualmente a essa reunião Günther Verheugen, Vice-Presidente da Comissão Europeia, e Jean-Jacques Dordain, Director-Geral da AEE2.

Após uma troca de impressões, o Conselho (Espaço) subscreveu e adoptou a seguinte resolução3: "O CONSELHO

TENDO EM CONTA o Acordo-Quadro entre a Comunidade Europeia e a Agência Espacial Europeia (AEE), que entrou em vigor em 28 de Maio de 2004, e a crescente cooperação entre ambas as partes,

RECORDANDO as orientações das sessões do Conselho (Espaço) realizadas em 25 de Novembro de 2004, 7 de Junho de 2005 e 28 de Novembro de 2005,

RECORDANDO as decisões da reunião do Conselho da AEE a nível ministerial realizada em 2005 e a aprovação do Sétimo Programa-Quadro da Comunidade Europeia, em 2006, que implicam um compromisso a longo prazo no sentido de apoiar o desenvolvimento da componente espacial da Monitorização Global do Ambiente e da Segurança (GMES) e o acesso aos dados da GMES, TENDO EM CONTA o âmbito do Tratado do Espaço Exterior, da Organização das Nações Unidas,

1

Um acordo entre a UE e a AEE, em vigor desde 2004, estabelece uma base comum para o desenvolvimento de uma Política Espacial Europeia. O acordo estipula a realização periódica de reuniões conjuntas e concomitantes da UE e da AEE a nível ministerial no âmbito de um Conselho (Espaço), a fim de coordenar e facilitar a realização de actividades de cooperação.

2

Em 26 de Abril, a Comissão e o Director-Geral da AEE apresentaram um documento conjunto sobre a Política Espacial Europeia (9052/07).

3

A resolução foi subscrita pelo Conselho (Espaço) e formalmente aprovada por ambas as organizações em conformidade com os respectivos regulamentos internos.

(28)

I Visão para a Europa e Estratégia Geral

SUBLINHANDO que o sector espacial constitui um capital estratégico que contribui para a independência, segurança e prosperidade da Europa e para o seu papel no mundo e

RECONHECENDO os contributos reais e potenciais que as actividades espaciais podem dar à Estratégia de Lisboa para o crescimento e o emprego, ao proporcionarem tecnologias e serviços para a emergente sociedade europeia do conhecimento e ao contribuírem para a coesão europeia; SALIENTANDO o contributo ímpar que os sistemas espaciais podem dar ao esforço global de investigação e a aplicações que respondam às políticas e aos objectivos europeus;

RECONHECENDO que a exploração do espaço ajuda a encontrar resposta para questões de grande alcance sobre a origem e a evolução da vida no universo, bem como sobre as leis fundamentais da física;

SUBLINHANDO que o espaço constitui um elemento significativo da estratégia europeia para o desenvolvimento sustentável e é relevante para a Política Externa e de Segurança Comum, apoiando os seus objectivos ao proporcionar informações essenciais sobre questões cruciais a nível mundial, como sejam as alterações climáticas1 e a ajuda humanitária;

RECONHECENDO que, por estas razões, a Europa não se pode permitir deixar escapar as vantagens que o espaço oferece aos seus cidadãos e às suas políticas e que a política espacial europeia permitirá que a Europa continue a desenvolver e utilizar da melhor forma as infra--estruturas e aplicações espaciais de craveira mundial para continuar a ser um actor de primeiro plano, resolver problemas mundiais e melhorar a qualidade de vida;

SALIENTANDO que todas as actividades espaciais europeias contribuem para os objectivos estabelecidos no "Tratado do Espaço Exterior" das Nações Unidas e respeitam plenamente os princípios nele consignados, designadamente:

• a exploração e utilização do espaço exterior para benefício e no interesse de todos os países, bem como o reconhecimento desse espaço como campo de acção de toda a humanidade,

• a utilização do espaço exterior para fins exclusivamente pacíficos,

• a promoção da cooperação internacional na exploração e utilização do espaço exterior, e que a Europa apoia os esforços que o Comité das Nações Unidas para a Utilização Pacífica do Espaço Exterior (COPUOS) tem vindo a envidar no tocante à atenuação e prevenção de detritos espaciais;

1

Com referência ao recente relatório do Painel Intergovernamental sobre as Alterações Climáticas da Organização das Nações Unidas e ao contributo significativo que os sistemas de informação baseados na tecnologia espacial podem dar, neste contexto, para o futuro do nosso planeta.

(29)

RECONHECENDO o fascínio que as actividades espaciais exercem, atraindo os jovens para a ciência e a engenharia;

SUBLINHANDO o rápido crescimento dos mercados no que respeita à navegação e às aplicações de telecomunicações por satélite;

SALIENTANDO que a Europa é um dos actores que lideram a navegação espacial no mundo e continua empenhada em manter a sua posição quer através de uma cooperação reforçada intra--europeia, quer internacional,

1. ACOLHE FAVORAVELMENTE E APOIA o documento sobre a Política Espacial Europeia, apresentado sob a forma de proposta do Director-Geral da AEE e de

comunicação da Comissão Europeia, como uma próxima etapa na criação de um esforço espacial europeu coordenado e eficaz ao serviço dos cidadãos europeus;

2. TOMA NOTA dos "elementos preliminares" do programa espacial europeu associados à política espacial europeia como instrumento estratégico de planeamento, que incluem todas as principais actividades espaciais na Europa, apoiando assim a optimização dos recursos públicos e aptidões aquando da decisão e execução da política espacial;

3. CONVIDA os Estados-Membros a continuarem a apoiar os objectivos europeus e os programas a nível europeu, nomeadamente com os seus programas e actividades nacionais, se for caso disso, assegurando desse modo a eficácia e a complementaridade em relação ao esforço europeu;

4. CONVIDA a Comissão Europeia, o Director-Geral da AEE e os Estados-Membros, no âmbito do acordo-quadro, a acompanharem e avaliarem a execução da Política Espacial Europeia;

II Próximas etapas – Programas e execução

A. APLICAÇÕES

5. SAÚDA os esforços conjugados da AEE e da União Europeia no sentido da

implementação de grandes iniciativas orientadas para o utilizador, tais como a GMES e o GALILEO, bem como os esforços iniciais para um maior desenvolvimento e exploração de aplicações integradas relacionadas com o espaço, designadamente os serviços de

(30)

SAÚDA as actividades da Comissão Europeia destinadas a unificar a procura institucional orientada para o utilizador na Europa, decorrentes das políticas da União Europeia;

APELA à introdução de avaliações periódicas e independentes sobre a qualidade e a rentabilidade das grandes iniciativas espaciais orientadas para o utilizador, em que

participem os utilizadores e os Estados-Membros, com o objectivo de validar a qualidade, a relevância e o rentável desempenho dos sistemas globais e respectivos serviços na fase operacional, a fim de reforçar a abordagem orientada para o utilizador;

6. RECONHECE o valor estratégico da sustentabilidade para a GMES, REAFIRMA o objectivo de esta instância dispor de uma capacidade operacional e autónoma até ao fim de 2008 e SALIENTA que a Comissão Europeia deve, atempadamente e após consulta aos Estados-Membros e à AEE, apresentar propostas de medidas para a GMES relativas a: i) financiamento, incluindo a facilitação do financiamento pelos utilizadores ii) infra-estruturas operacionais e

iii) gestão eficaz – para ficar completamente operacional e assegurar serviços sustentáveis que respondam às necessidades identificadas do utilizador; SAÚDA as iniciativas das Presidências Austríaca e Alemã da UE conducentes aos

Serviços Europeus de Observação da Terra GMES (a saber, o Diálogo de Graz e o Roteiro de Munique);

SAÚDA a abordagem no sentido da criação de uma acção preparatória da Comissão Europeia para a fase operacional da GMES;

REAFIRMA que a GMES utilizará ao máximo as capacidades existentes aos níveis europeu e nacional, que se complementarão;

7. APOIA os esforços conjuntos das instituições europeias, da AEE e da indústria europeia para a criação, nos próximos anos, de um sistema civil global de navegação por satélite comercialmente sustentável, sob controlo civil europeu;

(31)

B. SEGURANÇA E DEFESA

8. RECONHECE que as tecnologias espaciais são muitas vezes comuns às aplicações civis e de defesa e que a Europa, numa abordagem orientada para o utilizador, pode melhorar a coordenação entre os programas espaciais de defesa e civis, prosseguindo em particular as sinergias no domínio da segurança, embora respeitando as exigências específicas de ambos os sectores, as competências de decisão independentes e os regimes de financiamento; AFIRMA a necessidade de instauração de um diálogo estruturado com os organismos competentes dos Estados-Membros, no âmbito dos Segundo e Terceiro Pilares da UE e da Agência Europeia de Defesa, para optimizar sinergias entre todos os aspectos da Política Espacial Europeia no quadro da atribuição de competências existente;

RECONHECE que as utilizações feitas do GALILEO ou da GMES por quaisquer utentes militares devem ser compatíveis com o princípio segundo o qual o Programa Galileio e a GMES são sistemas civis sob controlo civil e que qualquer alteração desses princípios exige a sua análise no âmbito do Título V do TUE e, nomeadamente, dos artigos 17.º e 23.º, bem como no âmbito da Convenção AEE.

C. ACESSO AO ESPAÇO

9. SALIENTA a importância vital de que se reveste para a Europa a manutenção de um acesso independente, seguro e rentável ao espaço em condições acessíveis, como

sublinhado no Acordo-Quadro CE-AEE e na resolução sobre a evolução do sector europeu de lançadores adoptada na reunião do Conselho da AEE a nível ministerial em 2005, tendo presente que uma massa crítica das actividades dos lançadores constitui um pré-requisito para a viabilidade deste sector;

RECONHECE que é necessário que a Europa tire partido de modo coerente das instalações de lançamento sob o seu controlo;

CONVIDA o Director-Geral da AEE a assegurar o desenvolvimento e a coordenação permanentes das capacidades tecnológicas europeias para prosseguir a competitividade a longo prazo do sector europeu de lançadores com o objectivo de manter e aumentar a presença no mercado comercial;

(32)

D. ESTAÇÃO ESPACIAL INTERNACIONAL E EXPLORAÇÃO

10. SALIENTA a importância política e científica da Estação Espacial Internacional e da exploração, e REAFIRMA o compromisso europeu constante, forte e unânime assumido pela AEE e pelos seus Estados-Membros de contribuir para a Estação Espacial

Internacional;

APELA aos parceiros internacionais da Estação Espacial Internacional para que prossigam o seu apoio por forma a assegurar que os objectivos da parceria da referida Estação sejam mantidos na íntegra, e SALIENTA que a continuidade dessa parceria é fundamental para futuros esforços de exploração;

INCENTIVA a utilização da Estação Espacial Internacional para a investigação e o desenvolvimento no programa-quadro de investigação da Comunidade Europeia; SALIENTA a importância de uma participação proactiva da AEE na preparação dos

futuros programas de exploração internacionais, com o objectivo de assegurar à Europa um importante papel orientado e coordenado nesse esforço;

E. CIÊNCIA E TECNOLOGIA

11. REALÇA o objectivo da manutenção de programas científicos de craveira mundial e de um papel claro de liderança europeia em domínios seleccionados que contribuam para a construção do Espaço Europeu de Investigação;

RECONHECE que a actual conjugação das capacidades e dos esforços europeus, em especial no âmbito da AEE, permite que a Europa seja bem sucedida nos projectos mais ambiciosos e atinja um nível de excelência em matéria de descoberta e inovação no contexto mundial;

APELA à Comissão Europeia, à AEE e aos Estados-Membros para que incentivem os programas educativos na Europa;

SALIENTA a importância de que a inovação e o desenvolvimento tecnológico também se revestem para a competitividade da indústria e para o êxito comercial dos seus produtos e serviços;

(33)

SALIENTA a necessidade de uma abordagem orientada para o desenvolvimento de

componentes estratégicos, que se centre em componentes críticos seleccionados, em que se evite a dependência da indústria europeia dos fornecedores internacionais, para se

conseguir um equilíbrio óptimo entre a independência tecnológica, a cooperação estratégica com os parceiros internacionais e a confiança nas forças do mercado;

F. GOVERNAÇÃO

12. REGISTA COM SATISFAÇÃO o facto de, durante mais de trinta anos, a AEE ter

proporcionado uma estrutura eficiente para a cooperação europeia sobre projectos espaciais conjuntos, que todavia poderiam precisar de uma maior flexibilidade e uma certa evolução, e REGISTA que a independência e a fiabilidade da AEE, graças ao apoio crescente dos seus Estados-Membros, contribui para o papel cada vez maior que a Europa tem vindo a desempenhar através do desenvolvimento coroado de êxito do sector espacial europeu e para a forte posição da indústria espacial europeia nos mercados mundiais;

REAFIRMA os papéis e as responsabilidades da União Europeia, da AEE e dos Estados--Membros, identificados nas orientações da segunda sessão do Conselho (Espaço). Com base nesses papéis e para beneficiar da experiência e da estrutura institucional da AEE, APELA à Comissão Europeia para que recorra às competências técnicas e de gestão da AEE para gerir os programas de infra-estruturas espaciais no domínio da I&D financiados pela Comunidade Europeia, com a AEE a coordenar as agências e entidades competentes na Europa;

Este papel da AEE também deverá incluir:

– o apoio à Comissão Europeia, enquanto perita técnica, na elaboração de iniciativas da Comunidade Europeia que incluam actividades relacionadas com o espaço e programas de trabalho pertinentes, bem como na selecção e no controlo de contratantes de trabalhos relevantes;

– a gestão pela AEE das actividades da Comunidade Europeia relacionadas com o espaço de acordo com as normas comunitárias;

CONVIDA os Estados-Membros – sob a égide da AEE – no caso de actividades relevantes da Comunidade Europeia, em estreita cooperação com a Comissão Europeia, a:

(34)

– oferecerem os melhores conhecimentos especializados para os programas espaciais europeus (como o componente espacial da GMES, programas de exploração e futuros programas de lançadores),

– aumentarem as sinergias entre as contribuições nacionais, da AEE e da CE para esses programas, conduzindo progressivamente a uma abordagem programática integrada, no respeito pela soberania nacional;

APOIA a prorrogação do acordo-quadro para além de Maio de 2008 como base para a cooperação entre a Comunidade Europeia e a AEE, no pressuposto de que esse acordo e a respectiva aplicação serão avaliados periodicamente e, se necessário, melhorados, e RECORDANDO o convite formulado nas orientações da segunda sessão do Conselho (Espaço) no sentido de proceder a uma comparação extensiva dos cenários viáveis e eficazes em termos de custos para a optimização da organização das acções espaciais na Europa, CONVIDA os Estados-Membros, a Comissão Europeia e o Director-Geral da AEE a tentarem melhorar essa cooperação, a fim de converter as orientações da segunda sessão do Conselho (Espaço) em disposições mais operacionais e práticas, nomeadamente no tocante às questões enumeradas no Anexo 1;

13. RECONHECE o contributo inestimável dado pela EUMETSAT ao programa espacial europeu e CONVIDA esta organização a continuar a participar como observadora nas futuras sessões do Conselho (Espaço);

G. POLÍTICA INDUSTRIAL

14. RECONHECE que a AEE tem uma política industrial flexível e eficaz baseada na relação custo-eficácia, na competitividade, na distribuição justa das actividades e na apresentação de propostas competitivas, o que assegura capacidades industriais adequadas, uma

competitividade mundial e um elevado grau de competitividade interna europeia para uma cooperação eficaz europeia em projectos espaciais conjuntos, proporcionando assim as bases para o bom êxito do desenvolvimento espacial na Europa;

SALIENTA neste contexto, em especial, a dimensão política e económica do princípio da "contrapartida justa" da AEE e a importância de se avaliar e melhorar, se necessário, a aplicação desse princípio, na perspectiva dos futuros desafios com que a indústria se terá de confrontar para continuar a ser competitiva num clima de mudança a nível mundial, embora mantendo e eventualmente aumentando a motivação dos Estados-Membros para investirem no espaço;

(35)

15. SALIENTA o papel crucial que as PME e a indústria abastecedora desempenham na inovação e na exploração de novas oportunidades de mercado;

16. CONVIDA a Comissão Europeia a desenvolver instrumentos adequados e regimes de financiamento para as acções comunitárias no domínio espacial, procurando dar resposta nomeadamente às questões enumeradas no Anexo 2, tendo em conta as especificidades do sector espacial, a necessidade de reforçar a competitividade global deste sector e da sua indústria, bem como a necessidade de uma estrutura industrial equilibrada;

H. RELAÇÕES INTERNACIONAIS

17. CONVIDA a Comissão Europeia, o Director-Geral da AEE e os Estados-Membros a desenvolverem e prosseguirem uma estratégia conjunta, e a criarem um mecanismo de coordenação em matéria de relações internacionais. Essa estratégia, que deve ser coerente com as actividades dos Estados-Membros, visa reforçar o papel a desempenhar pela Europa no domínio espacial a nível mundial e beneficiar da cooperação internacional, nomeadamente no tocante às questões enumeradas Anexo 3;

I. EXECUÇÃO

18. CONVIDA a Comissão Europeia e o Director-Geral da AEE a proporem um plano de execução da Política Espacial Europeia, a fim de criar um processo de monitorização regular e de estabelecimento de prioridades, tendo igualmente em conta as enumeradas nos Anexos.

Anexo 1

1. Questões fundamentais para converter as orientações da segunda sessão do Conselho (Espaço) em disposições mais operacionais e práticas:

• Desenvolver os instrumentos financeiros adequados para uma execução eficaz dos projectos espaciais;

• Identificar os utilizadores finais dos serviços da GMES e respectivas necessidades; desenvolver uma oferta integrada e personalizada, nomeadamente aos níveis regional e local;

• Definir as condições em que os satélites pertencentes aos Estados-Membros, bem como os respectivos dados e serviços, serão colocados à disposição da GMES; o

processamento dos contributos dos programas nacionais para as iniciativas da UE, no caso vertente para a GMES;

(36)

Anexo 2

2. Questões fundamentais a analisar na aplicação de instrumentos e regimes de financiamento de acções comunitárias:

• Desenvolver uma política de dados coerente – incluindo o acesso aos dados e fixação do preço – conducente ao rápido desenvolvimento do sector dos serviços espaciais;

• Promover novos regimes de financiamento como parcerias público-privadas no mercado das aplicações e dos serviços espaciais, designadamente através do apoio público à I&D;

• Proporcionar medidas adequadas de apoio à inovação tecnológica, que envolvam iniciativas de mercado pioneiras, contratos públicos e apoio aos fornecedores, bem como às pequenas e médias empresas e indústrias;

Anexo 3

3. Questões fundamentais a analisar na elaboração de uma estratégia para as relações internacionais:

• Melhorar o acesso dos produtos e serviços espaciais europeus a mercados terceiros; • Reduzir o custo de aquisição dos sistemas espaciais através da utilização focalizada da

cooperação internacional;

• Permitir que a Europa participe em programas ambiciosos cujo custo não possa ser suportado por uma única potência espacial;

• Atrair parceiros internacionais para os programas de concepção europeia, como é o caso do Galileo, e reforçar o contributo da Europa em iniciativas mundiais, como acontece em relação à GMES;

• Aproveitar ao máximo o potencial dos sistemas espaciais para o desenvolvimento sustentável, nomeadamente em prol dos países em desenvolvimento, designadamente em África."

Referências

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