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Programação Completa Seminário de ReIações Internacionais

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Academic year: 2021

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Descolonizando as

Relações Internacionais:

O Pós-colonialismo e seus Fragmentos

Programação Completa

Seminário de ReIações Internacionais 2017.2

Para mais informações, acesse:

www.iri.puc-rio.br

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Descolonizando as

Relações Internacionais:

O Pós-colonialismo e seus Fragmentos

Mesa de Abertura

(9h às 9h30min)

09 de Outubro

Convidados:

Padre Josafá Carlos de Siqueira (Reitor)

Luiz Roberto Cunha (Decano CCS)

Marta Fernández (Diretora do IRI)

(3)

Descolonizando as

Relações Internacionais:

O Pós-colonialismo e seus Fragmentos

Painel 1 – Entre a culpa e a inocência:

cumplicidades na modernidade pós-colonial (9h30min às 11h)

09 de Outubro

Sujeitos que amam suas correntes; desejo de ser punida/o; repulsa por liberdade; indistinção entre sofrimento e prazer; melancolia; desejo de não-saber; apego a narrativas progressistas; vida psíquica do poder. Relações como estas apontam como aparatos de poder constitutivos da modernidade colonial operam não apenas no âmbito das materialidades, da linguagem, dos símbolos e dos imaginários, como também dos desejos, dos afetos e da psicologia, constituindo posições subjetivas ao redor da injúria, da violência, das proibições, das fantasias, da esperança e do ressentimento. Nos interstícios dos aparatos de poder constitutivos da modernidade colonial, sujeitos são constituídos como seres desejantes profundamente investidos em sua própria sujeição e subjetivação. Como Homi Bhabha e Ashis Nandy indicaram, de formas diferentes, com seus respectivos conceitos de ambivalência e continuidade, essas dinâmicas complicam delimitações claras entre ser culpado e ser inocente e, portanto, entre colonizadores e colonizados, desejo e repulsa por liberdade, continuidade e ruptura, dominação e libertação. Se estamos investidos em aparatos coloniais enquanto sujeitos desejantes, libertação pode aparecer também como repressão de desejos, levando ao retorno da sujeição em outras formas; neste cenário, termos como conscientização e libertação tornam-se, no mínimo, dúbios. Lidar com estes retornos exige, então, um engajamento com nossas cumplicidades (pós-)coloniais. O objetivo desta mesa é criar espaços conceituais, políticos e estéticos entre a culpa e a inocência - ou talvez nem culpa nem inocência - a partir dos quais engajar ambivalências e continuidades da relação entre a modernidade colonial e seus sujeitos (pós-coloniais). O conceito de “cumplicidade” busca invocar estes espaços e convidar discussões a partir dele.

Mediadores:

James Klausen (IRI/PUC-Rio)

Paulo Chamon (IRI/PUC-Rio)

Convidados:

Ranjana Khanna (Duke University)

Natália Félix (IRI/PUC-Rio)

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Descolonizando as

Relações Internacionais:

O Pós-colonialismo e seus Fragmentos

Painel 2 – Racismo, razão humanitária e

intervencionismo pós-colonial (11h15min às 13h)

09 de Outubro

A Teoria de Relações Internacionais teve no pensamento pós-colonial um de seus mais férteis campos de expansão de agendas e abordagens críticas durante as últimas três décadas. Contribuições mais recentes colocam o racismo no centro de análises sobre a formação do mundo moderno e da relação íntima entre princípios e práticas liberais e a hierarquização racial que o tornou possível. Da mesma forma, colocam em evidencia as conexões entre diferentes lugares e regiões do mundo colonial estabelecidas pelo tráfico escravo, pelas práticas de ocupação territorial, violência contra populações indígenas, circuitos produtivos, migrações, etc. normalmente ignoradas nos estudos internacionais. Nesta mesa, consideramos o potencial do pensamento pós-colonial e decolonial mais recente para uma crítica de práticas internacionais voltadas para o ‘melhoramento’ da humanidade como um todo, em particular daquelas parcelas que vivem em condições de ‘fragilidade’ e que requerem, segundo a razão humanitária, ajuda internacional para governarem-se e construírem estados estáveis. A crítica pós-colonial coloca em evidencia o Eurocentrismo que informa tais operações, assim como as resistências locais e as denúncias contra abusos e violações de direitos causados por tropas e funcionários interventores. Alguns intérpretes afirmam a emergência de uma nova leva de “intervenções humanitárias”, comandadas por países que já foram colônias, como o caso do Brasil, que desde 2004 chefia e possui a maioria das tropas da Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti (MINUSTAH). Este novo tipo de missão, liderado por estados “pós-coloniais”, apresentar-se-ia como diferente da leva anterior, alegando ser capaz de evitar a postura Eurocêntrica e, assim, abrir novas possibilidades de interação com a sociedade local, fator que aumentaria as chances de êxito da operação. A mesa a explorar criticamente tais intepretações, direcionando os olhares críticos do pensamento pós-colonial sobre o papel de estados nacionais nascidos escravocratas, como o Brasil, e hoje considerados pós-coloniais, no regime humanitário ainda em voga, contribuindo assim para os debates sobre a centralidade da raça e racismo em curso nos campos críticos da Teoria de Relações Internacionais. O objetivo é também problematizar a formação e reprodução das hierarquias raciais no que Paulo Gilroy chamou de Atlântico negro e sua relação com a formação e reprodução de estados pós-coloniais no ocidente remoto.

Mediador:

João Pontes Nogueira (IRI/PUC-Rio)

Convidados:

Sam Opondo (Vassar College)

Áureo Toledo (UFU)

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Descolonizando as

Relações Internacionais:

O Pós-colonialismo e seus Fragmentos

Painel 3 – Fronteiras, insurgência e

pensamento pós-colonial (9h às 10h45min)

10 de Outubro

O painel discutirá a relação entre pós-colonialismo como abordagem teórica e experiência política a partir da chave da insurgência e da fronteira. Pode-se argumentar que o processo de fronteirização, enquanto demarcação territorial e forma de organização do mundo e do conhecimento, marcou fortemente a experiência colonial. A crítica e resistência a esse processo foi central para as fissuras epistemológicas e políticas avançadas pela agenda pós-colonial. Isso se evidencia em propostas conceituais - como a ideia de ‘border thinking’ de Walter Mignolo e de ‘borderlands da feminista Gloria Anzáldua - e no campo do espaço ‘vivido’ pelas diferentes formas de insurgência emergentes em espaços e por sujeitos e subjetividades fronteiriços. Os trabalhos têm como objetivo investigar a interseção entre as reflexões pós/de/coloniais e as diferentes formas de resistência política que se abrem no campo global a partir da conexão das lutas entre grupos e populações afetadas pela persistência do imaginário modernizante e homogeneizador do colonialismo. Toma como exemplos a experiência de trabalhadores migrantes e sem-terra, populações refugiadas e povos indígenas para avançar uma agenda que permita olhar para a fragmentação e incompletude dos territórios nacionais e das lutas pós-coloniais como espaços de abertura para uma nova forma de política global.

Mediador:

Carolina Moulin (IRI/PUC-Rio)

Convidados:

Anna Agathangelou (York University)

Ana Carolina Delgado (UNILA)

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Descolonizando as

Relações Internacionais:

O Pós-colonialismo e seus Fragmentos

Painel 4 – Direitos Humanos internacionais e

os pensamentos pós-coloniais e decoloniais:

histórias, teorias, políticas (11h às 13h)

10 de Outubro

Esta mesa tem como objetivo repensar os direitos humanos internacionais a partir dos pensamentos pós-coloniais e decoloniais. Tendo em vista as diferentes contribuições de autores pós-coloniais e decoloniais, a mesa pretende colocar em questão e repensar pressupostos históricos, político-culturais e teórico-conceituais acerca das origens, práticas e políticas dos direitos humanos na ordem mundial contemporânea. Propõe-se, por exemplo, revisitar a relação político-histórica entre diferentes experiências de colonialismo e a constituição do regime global de direitos humanos sob os auspícios da ONU, questionando, dentre outros traços constitutivos, o eurocentrismo que marca a construção normativa-institucional deste regime e seus pressupostos acerca do “humano” e da “humanidade”. Seja enfocando diferentes histórias, aspectos teóricos e/ou questões políticas, a mesa visa oferecer uma releitura 6 das (possíveis) marcas, amarras e continuidades (pós-)coloniais dos direitos humanos nas relações internacionais contemporâneas. Dessa forma, pretende-se contribuir para estudos que questionem e repensem as experiências (pós-)coloniais das violências e injustiças modernas.

Mediador:

Roberto Yamato (IRI/PUC-Rio)

Convidados:

José Manuel Barreto (Universidade de Los Andes)

Bethânia Assy (UERJ/Direito PUC-Rio)

Florian Hoffmann (Direito PUC-Rio)

George Galindo (UnB)

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Descolonizando as

Relações Internacionais:

O Pós-colonialismo e seus Fragmentos

Painel 5 – Racismo e Pós-Colonialismo:

reverberações epistemológicas

(9h às 10h45min)

11 de Outubro

Esse painel visa discutir o racismo epistemológico que opera privilegiando

os homens brancos ocidentais nas ruas e nas universidades e que se apresenta

como a única forma legítima para produção de conhecimento. O painel é

orientado pela crítica aos modelos epistemológicos ocidentais supostamente

baseados na objetividade, na universalidade e na ideia de um observador neutro

deslocado da história. Contra essa narrativa moderna, o painel visa contribuir

para que os conhecimentos não-ocidentais, historicamente inferiorizados,

produzidos por corpos subalternizados, ganhem visibilidade e dignidade.

Mediador:

Victor Coutinho (UFBA)

Marta Fernández (IRI/PUC-Rio)

Convidados:

Charles Mills (CUNY)

Thula Pires (Direito PUC-Rio)

Andrea Gill (IRI/PUC-Rio)

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Descolonizando as

Relações Internacionais:

O Pós-colonialismo e seus Fragmentos

Painel 6 – Intimidade na sujeição e

na resistência: corpos, desejos e

pensamento pós-colonial (11h às 13h)

11 de Outubro

Sob a égide da “cumplicidade”, buscou-se explorar espaços entre—ou indiferentes a—culpa e inocência. Visando aprofundar esse movimento, esta mesa lança mão da categoria de “intimidade” para capturar a complexidade de relações entre aparatos de poder constitutivos da modernidade colonial e seus sujeitos. Diversas dimensões de intimidade emergem nas articulações concretas destas relações. Primeiro, aparatos de poder criam uma relação íntima com os sujeitos conforme operam, em termos tornados famosos por Foucault (apesar de sua recusa em enfrentar colonialismo e decolonialidade em sua época), abraçando o corpo, tocando-o, acariciando-o com olhares, intensificando e eletrizando suas regiões e dramatizando seus momentos. Segundo, a intimidade dos próprios sujeitos—sua interioridade, subjetividade, gênero, sexualidade—é constituída em relação com estes aparatos de poder; a própria constituição do foro íntimo, cercado por segredo, privacidade e tabu, é indissociável dos aparatos de sexualidade que permearam o empreendimento colonial. Terceiro, todavia, é também esta relação íntima com o poder que consolida formas de resistência que não apenas trabalham nos interstícios do poder, como também contemplam suas ambiguidades e complexidades. Insistindo na centralidade e multiplicidade da intimidade na relação entre sujeitos e poder na constituição e operação da modernidade colonial, esta mesa pretende lançar luz sobre dinâmicas de sujeição e resistência em diversas articulações desta última.

Mediadores:

James Klausen (IRI PUC-Rio)

Paulo Chamon (IRI PUC-Rio)

Convidados:

Adriana Piscitelli (UNICAMP)

João Urt (UFGD)

Marcia Nina Bernardes (Direito PUC-Rio)

Pedro Paulo Pereira (UNIFESP)

Referências

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