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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM ÀS MULHERES VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA SEXUAL NA ATENÇÃO BÁSICA

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Academic year: 2021

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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM ÀS MULHERES

VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA SEXUAL NA ATENÇÃO BÁSICA

NURSING ASSISTANCE FOR WOMAN VICTIMS OF SEXUAL VIOLENCE IN

PRIMARY CARE

Rodrigo Cesar Abreu de Aquino1, Maria Nazaré Souza dos Passos2

1 Mestre em Saúde da Comunicação Humana, Centro Universitário Estácio, Recife e Guararapes/PE/Brasil. 2 Enfermeira, Hospital Barão de Lucena, Recife/PE/Brasil.

Resumo

A violência sexual tem sido significativamente crescente ao longo da história, sendo considerada um problema de saúde pública, onde mulheres são a grande maioria. Este tipo de agravo apresenta-se subnotificados nos registros dos dados coletados, visto que este tipo de violência causa graves complicações para a sua saúde física, psíquica, mental e social. Objetivou-se investigar o atendimento dos enfermeiros frente às mulheres vítimas de violência sexual. Esta pesquisa é do tipo exploratória, descritiva, transversal com abordagem quantitativa, onde participaram 18 enfermeiras das Unidades de Saúde da Família do município de Carpina/PE. Observou-se que a abordagem realizada com as mulheres foi de forma indireta e que a utilização das normas técnicas e protocolos, obtiveram um desconhecimento, além da falta de qualificação profissional afetando diretamente a assistência. Portanto, a grande necessidade está ligada a educação continuada especificamente na saúde da mulher e/ou obstetrícia, bem como o conhecimento dos protocolos no serviço da Atenção Básica.

Palavras-chave: Enfermagem; Saúde coletiva; Violência sexual.

Abstract

The sexual violence has been significantly increasing throughout history, being considered a public health problem, where women are the vast majority. This type of injury is underreported in the records of the data collected, where this type of violence causes serious complications for their physical, mental, mental and social health. The objective was to investigate the care of nurses against women victims of sexual violence. Exploratory, descriptive, cross-sectional study with quantitative approach, involving 18 nurses from the Family Health Units of the municipality of Carpina / PE. It was observed that the approach taken with the women was indirect and that the use of the technical norms and protocols, obtained a lack of knowledge, besides the lack of professional qualification directly affecting the assistance. Therefore, the great need is related to continuing education specifically in the health of women and / or obstetrics, as well as the knowledge of protocols in the Primary Care service.

Keywords: Nurses; Collective health; Sexual violence.

______________________________________________________________________________________________________ REVISTA ELETRÔNICA ESTÁCIO SAÚDE

ISSN1983-1617 (online)

http://revistaadmmade.estacio.br/index.php/saudesantacatarina

Endereço para correspondência: Maria Nazaré Souza Dos Passos Endereço: Rua Francisco Paulo Maciel,126.Bairro Novo CEP:55819-090

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Introdução

Como a violência sexual tomou proporções globais acabou sendo foco de diferentes debates e estudos nacionais e internacionais, onde o maior problema foram os registros mostrando o crescente aumento deste tipo de violência em que Brasil já é um subscritor e fechou acordos internacionais condenando estes atos de violência(1).

Compreende-se violência sexual, como toda ação na qual uma pessoa, numa relação de poder, por meio de força física, coerção, sedução ou intimidação psicológica, obriga a outra pessoa a praticar ou submeter-se à relação sexual(2).

No Brasil, o que se refere à violência contra a mulher está presente também a violência doméstica ou familiar movendo o aparato judicial expresso no artigo 5º da Lei Maria da Penha (Lei 11340/06) sendo esta, qualquer ação ou omissão baseada no gênero que cause à mulher morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico, dano moral ou patrimonial e visto diante destes agravos a lei estipulou tipos de violência contra mulher sendo elas: doméstica e familiar, física, psicológica, sexual, patrimonial, moral, conjugal e institucional(3). Nesta mesma visão, a crescente implementação de políticas públicas no Brasil visa o combate à violência contra a mulher, incluindo a publicação da Lei nº 12.845 de 01 de agosto de 2013, que dispõe sobre o atendimento obrigatório e integral de pessoas em situação de violência sexual(4).

Como forma de notificação dos casos de violência foram publicados na 9ª edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública apontando um recuo de 7,5% na taxa média nacional de estupros no ano de 2014, que foi de 23,5 a cada grupo de 100 mil habitantes que em números absolutos, isso significa que as polícias brasileiras notificaram 47.646 casos, ante 51.090 em 2013 em que a princípio poderia ser uma notícia a celebrar deve ser olhado com cautela, pois é muito difícil afirmar que há uma redução desse fenômeno no Brasil(5).

Essas mulheres vítimas de violência sexual tendem a buscar o serviço de saúde mesmo que seja apenas por razão de tratamento das lesões sendo esse contato em que o profissional tem com a paciente de uma importância fundamental para a identificação do agravo, devido à repercussão que o mesmo acomete a mulher, tanto na saúde física, saúde mental, desde o risco de contaminação por

Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST ‘s) e Vírus da imunodeficiência Humana (HIV), gravidez indesejada até desenvolvimento de quadros depressivos, síndrome do pânico, ansiedade e distúrbios psicossomáticos(6).

Considerando que as Unidades de Saúde da Família fazem parte de um modelo de assistência básica de saúde onde se torna fundamental avaliar o potencial dos enfermeiros no enfrentamento da violência sexual em suas comunidades territoriais(7). Diante do exposto, o objetivo deste estudo é investigar o atendimento dos enfermeiros frente às mulheres vítimas de violência sexual.

A experiência traumática da violência sexual extrapola os limites sociais e adentra a área pública, uma vez que as mulheres vítimas dessa agressão apresentam maior vulnerabilidade imunológica, estresse pós-traumático e tentativa de suicídio. Agravos desse tipo de violência podem se manifestar a curto ou a longo prazo, sendo necessária uma assistência imediata, prevenindo, assim, consequências futuras(8). Frente ao exposto, verifica-se a grande importância de pesquisas que avaliem a assistência do enfermeiro, em que diante do acometimento da violência sexual vivenciado por essas mulheres, o enfermeiro saiba identificar o agravo de maneira efetiva.

.Metodologia

Trata-se de uma pesquisa do tipo exploratória, descritiva, transversal com abordagem quantitativa, realizada no município de Carpina, PE, Brasil que conta com 18 Unidades de Saúde da Família. A coleta de dados ocorreu no período de outubro a dezembro de 2016, nas 18 unidades.

Como critério de inclusão, foram incluídos todos os enfermeiros com mais de seis meses de assistência prestada na Atenção Básica, em que os 18 (100%) profissionais participaram da pesquisa.

O instrumento para coleta de dados foi um questionário semi-estruturado, baseado em um estudo realizado com enfermeiros de Unidades Básicas de Saúde(9) contendo 20 questões objetivas com múltiplas escolhas.

O questionário foi dividido em 4 tabelas, referentes aos perfil sociodemográfico dos profissionais, distribuição dos atendimentos realizados, da utilização de protocolos e dos encaminhamentos feitos em relação à violência sexual contra mulheres, capacidade das Unidades Básicas de Saúde (UBS) de atender as mulheres

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44 vítimas de violência sexual e avaliação quanto ao preparo das UBS quanto ao atendimento a vítimas de violência sexual feminina e distribuição das dificuldades e sugestões encontradas pelos enfermeiros em relação ao atendimento às mulheres vítimas de violência Sexual.

Os dados obtidos por meio dos questionários foram transferidos para uma planilha apresentados através de tabelas, elaborados no Microsoft Office Excel versão 2010, onde foram analisados a razão e proporção das informações coletadas.

A pesquisa foi submetida à Plataforma Brasil e aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa – CEP da Faculdade da Estácio do Recife, respeitando-se os conceitos éticos preconizados pela Resolução Nº 466/12 do Ministério da Saúde – MS, que fundamenta os aspectos com pesquisa em seres humanos e a Resolução COFEN Nº 311/2007, que reformula o Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem. Todos os profissionais concordaram em participar da pesquisa e assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.

Resultados

A pesquisa foi realizada com 18 enfermeiros das UBS onde, de acordo com o perfil sociodemográfico dos profissionais, verificou-se que todos são mulheres, sendo 78% com faixa etária entre 22-31 anos. Quanto ao tempo de experiência na Atenção Básica, metade possui mais de 2 anos em atividade em ESF, onde 89% apresentam outros vínculos, e que a especialização em Saúde Pública foi a que mais se destacou em 44% dos profissionais, conforme apresentado na Tabela 1.

Conforme a distribuição dos atendimentos realizados, da utilização de protocolos e dos encaminhamentos feitos em relação à violência sexual contra as mulheres, mostra-se que a abordagem realizada de forma indireta foi realizada por 67% dos profissionais, 83% afirmaram que não atenderam a nenhum caso suspeito, seguido dos 67% que não realizaram o encaminhamento. No que se refere a utilização do protocolo, 72% disseram não utilizar conforme descrito na Tabela 2.

Em relação à Capacidade das Unidades Básicas de Saúde em atender as mulheres vítimas de violência sexual e a avaliação quanto ao preparo das Unidades Básicas de Saúde, 72% dos profissionais afirmaram que a unidade possui uma boa estrutura para o atendimento, 67% possuem

conhecimento sobre a ficha de notificação compulsória, porém 72% não utilizam o protocolo, conforme exposto na Tabela 3.

No que se refere a distribuição das dificuldades e sugestões encontradas pelos enfermeiros em relação ao atendimento a mulheres vítimas de violência sexual, 56% dos profissionais afirmam que se sentem preparadas para o acolhimento, e que 29% informaram apresentar alguma dificuldade para abordá-las em relação ao tema, conforme exposto na Tabela 4.

Tabela 1 – Perfil sociodemográfico dos profissionais

Variáveis N % Faixa etária 22-26 7 38,9 27-31 7 38,9 >32 4 22,2 Sexo Feminino 18 100 Masculino - -

Possui outros vínculos?

Sim 16 88,9

Não 2 11,1

Tempo de atividade em USF

Até 1 ano 6 33,3 1-2 anos 3 16,7 2 ou mais anos 9 50 Escolaridade Apenas graduação 4 22,2 Especialização: 14 77,8 Saúde da Mulher 3 16,7 Saúde Pública 8 44,4 Outras 7 38,9 Fonte: Carpina(9) Discussão

Nesta pesquisa viu-se que apenas a idade não é um fator preponderante na obtenção de conhecimento, mas o aperfeiçoamento que reflete na atuação profissional através da capacitação dentro de uma educação permanente que é um elemento essencial(10).

Em estudo com enfermeiras norte-americanas(11),

mostrou que as especialistas em

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investigavam e percebiam melhor os casos de violência contra a mulher do que especialistas em saúde da família e do adulto. Por isso, a literatura mostra que existe associação entre atitudes positivas em relação à violência contra a mulher e a especialidade do profissional. Outros autores mostram a mesma associação no Canadá(12)

Tabela 2: Distribuição dos atendimentos realizados e da utilização de protocolos e dos encaminhamentos feitos em relação à violência sexual contra mulheres

Variáveis N %

Questiona seus pacientes em relação à violênca doméstica/sexual?

Sim, de forma direta 5 27,8 Sim, de forma indireta 12 66,7

Não 1 5,5

Fez algum encaminhamento a vítimas de violência?

Sim 3 16,7

Não 15 83,3

Atendeu casos suspeitos e/ou confirmados de violência sexual?

Sim 6 33,3

Não 12 66,7

Utilizou algum protocol?

Sim 5 27,8

Não 13 72,2

Fonte: Carpina(9)

Essa aparente dificuldade dos enfermeiros em abordar a violência de forma direta e universal ,encontra respaldo em estudo realizado na cidade de São Paulo, cujas autoras identificaram que a natureza da violência - objeto médico-social - não encontra identificação na racionalidade biomédica de intervenção, hegemônica nas profissões de saúde, em que os eventos não reconhecidos nas abordagens das lesões ou disfunções orgânicas permanecem excluídos da formulação diagnóstica e terapêutica(13).

Isto nos mostra em que profissionais suspeitam de ou acabam identificando a ocorrência da violência, mas optam pela dúvida ou até mesmo pelo medo, por isso negligenciam os direitos do outro. Revelar, denunciar, percorrem caminhos sinuosos e por isto a violência afeta o serviço de saúde, onde alguns temem pelo fato de trabalharem em regiões em que são acometidas pelo tráfico de drogas e violência estrutural de forma elevada(14).

Tabela 3: Capacidade das Unidades Básicas de Saúde de atender as mulheres vítimas de violência sexual e avaliação quanto ao seu prepare para esse atendimento

Variáveis N %

Unidade está apta para atender casos de violência sexual?

Sim 13 72,3

Não 5 27,7

Unidade possui algum protocolo para atendimento de violência sexual?

Sim 5 27,7

Não 13 72,3

Unidade possui ficha de notificação compulsória para casos de violência contra a mulher?

Sim 12 66,6

Não 6 33,4

Unidade utiliza a ficha de notificação compulsória?

Sim 9 50,0

Não 9 50,0

Acesso à norma técnica: “Prevenção e tratamento dos agravos resultantes da violência contra mulheres e adolescentes”? Sim 9 50,0 Não 9 50,0 Acesso á publicação: “Aspectos jurídicos de atendimento às vítimas de violência sexual” – perguntas e respostas para profissionais da saúde

Sim 5 27,8

Não 13 72,2

Nos últimos meses recebeu treinamento/capacitação sobre violência sexual contra a mulher?

Sim 2 11,1

Não 16 88,9

No município existe algum núcleo ou centro de referência de prevenção à violência? Sim 17 94,4 Não 1 5,6 Fonte: Carpina(9)

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46 Tabela 4: Distribuição das dificuldades e sugestões encontradas pelos enfermeiros em relação ao atendimento às mulheres vítimas de violência sexual

Variáveis N %

Sente-se preparado emocionalmente para atender a casos de violência sexual?

Sim 10 55,6

Não 4 22,2

Não sei 4 22,2

Principais dificuldades diante de casos de violência sexual?

Aspectos legais 7 22,8

Abordagem à vítima 9 29,0

Diagnóstico da violência 6 19,7 Encaminhamento para outros

serviços 6 19,7

Indicação do tratamento 3 9,8

O que falta para que os enfermeiros estejam aptos ao atendimento de casos de violência sexual?

Treinamento em serviço 17 45,9 Formação na graduação 4 10,8 Material didático/informativo 9 24,4 Incentivo dos gestores público 7 19,8 Fonte: Carpina(9)

No entanto, para que haja uma abordagem à mulher violentada numa unidade de saúde na atenção básica especificamente, em que se sintam mais protegidas ao procurarem o serviço, é de importância única nas estratégias de enfrentamento, as quais auxiliarão na transformação do quadro, em que espera-se a redução da vulnerabilidade e a promoção da saúde e o direito da cidadania(15).

É preciso considerar que a mulher que sofreu violência sexual chega ao serviço de saúde debaixo de forte impacto e com frequência, desejando esconder-se e falar o menos possível se torna necessário que os profissionais de saúde saibam como acolher a mulher que foi agredida, dar espaço às suas queixas e obter com precisão todas as informações necessárias, para evitar a necessidade da mulher ficar repetindo narrativas, por certo, tão dolorosas(16).

Outro aspecto que se evidenciou neste estudo, foi a referência dos entrevistados à dificuldade de obter as informações necessárias para a notificação de

mulheres que sofreram violência sexual, onde isso é um fato já verificado em outros estudos não apenas com relação à violência sexual, mas também a outros tipos de violência sofrida pelas mulheres(18).

Em relação a existência de legislações específicas sobre o tema, há dificuldade na padronização das normas quanto aos Estados e Portarias diversas, que abordam o mesmo conteúdo tornando difícil o conhecimento do profissional sobre os programas complexos que estão inseridos, onde os principais instrumentos legais no atendimento da violência contra a mulher pelos profissionais de saúde é um tema pouco abordado por enfermeiros, embora seja um procedimento obrigatório e muito importante para a saúde pública(2).

Portanto a maior dificuldade dos profissionais no processo de capacitações está relacionado com a ausência de planejamento por parte da gestão que não remanejam o horário de atendimentos destes profissionais. Dessa forma, acabam ficando divididos entre as suas atividades e as capacitações e com isso para não prejudicar os atendimentos preferem não participar(19).

Conclusão

Por meio da aplicação do instrumento específico, observou-se a opinião das profissionais diante da violência sexual podendo quantificar as dificuldades encontradas no serviço da AB.

Entende-se que nos resultados, as profissionais tem dificuldades na abordagem direta de suas clientes e que isto reflete de forma expressiva quanto a não utilização da ficha de notificação compulsória e aos encaminhamentos que fazem parte da assistência à saúde numa visão multidisciplinar e intersetorial.Com vistas à qualificação profissional é indiscutível mencionar as dificuldades enfrentadas quando se relaciona o conhecimento dos conceitos éticos e legais e a utilização dos protocolos e normas que são fundamentais na assistência.

Considera-se que as dificuldades de qualificação, ligadas a educação continuada destes profissionais é perceptível, principalmente no que se refere a saúde da mulher, visto que a assistência de enfermagem é para todos, porém o êxito no atendimento depende diretamente do conhecimento específico, pois a maioria dos clientes que passam pela consulta de enfermagem são mulheres.

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Observa-se que o treinamento em serviço também mencionado pelas profissionais é visto como uma carência no serviço. Isto nos recorda sobre a responsabilidade municipal, que tem como dever promover e qualificar os profissionais naquilo que é proposto pelo Ministério da Saúde.

Conclui-se que os profissionais enfermeiros da Atenção Básica, necessitam de uma educação continuada com foco na especialização em saúde da mulher/obstetrícia, visto que a falta de capacitação nesta área interfere diretamente na assistência, e que também busquem informações em fontes como o Ministério da Saúde, OMS entre outros, estabelecendo assim uma formação com bases específicas e sólidas. Contudo entende-se que o profissional deve ter conhecimento sobre a intersetorialidade que o município dispõe, pois mulheres vítimas de violência sexual devem receber dos profissionais a melhor assistência em saúde para não terem que sofrer o processo de revitimização por diversas vezes.

Referências

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atendimento obrigatório e integral de pessoas em situação de violência sexual. Brasília: SPR,2013. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato20112014/2013/lei/l1 2845.htm.Acesso em:15 de maio de 2018 5.

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