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LEI Nº 777 DE 22 DE JUNHO DE O PREFEITO MUNICIPAL DE MURITIBA, ESTADO DA BAHIA.

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LEI Nº 777 DE 22 DE JUNHO DE 2007.

“Institui o Plano Diretor

Participativo do Município de Muritiba, na forma que indica e dá outras providências.”

O PREFEITO MUNICIPAL DE MURITIBA, ESTADO DA BAHIA. FAÇO SABER QUE A CÂMARA MUNICIPAL APROVA E EU SANCIONO A SEGUINTE LEI:

TÍTULO I CAPÍTULO I

Dos Princípios e Diretrizes Gerais da Política Urbana Art. 1º O Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano do Município

de Muritiba é o instrumento básico da política municipal de desenvolvimento e expansão urbana, constituindo-se no referencial de orientação para os agentes públicos e privados na produção e na gestão territorial do Município.

§ 1º Para os fins desta lei, entende-se como Política Urbana o conjunto de ações que devem ser promovidas pelo Poder Público, no sentido de garantir que todos os cidadãos tenham acesso à terra urbanizada, à moradia, ao saneamento ambiental, à infra-estrutura urbana, ao transporte, aos serviços públicos, ao trabalho e ao lazer.

§ 2º São partes integrantes deste Plano Diretor: I - mapas do município (Anexo);

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Seção I

Dos Princípios da Política Urbana

Art. 2º Constituem princípios básicos da Política Urbana do

Município:

I – desenvolvimento sustentável;

II – universalização do acesso aos bens e equipamentos públicos; III - inclusão socioeconômica de todos os cidadãos;

IV - preservação do meio ambiente natural e construído, e; V – democratização da gestão territorial do Município.

Parágrafo único. O Município buscará a integração de suas políticas e ações estratégicas, visando garantir o pleno cumprimento das funções sociais da cidade e da propriedade urbana.

Art. 3º A função social da cidade é o direito que todos os cidadãos

possuem de usufruírem dos espaços, bens e equipamentos públicos existentes no município.

Art. 4º Para que a cidade possa cumprir com suas funções

sociais, a Política Urbana deve ser planejada e executada com vistas a garantir:

I - espaços coletivos de suporte à vida na cidade, definindo áreas para atender as necessidades da população de equipamentos urbanos e comunitários, mobilidade, transporte e serviços públicos, bem como áreas de proteção, preservação e recuperação do meio ambiente natural e construído, do patrimônio cultural, histórico, artístico, paisagístico e arqueológico;

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II - acessibilidade e a mobilidade sustentável de todos os cidadãos por meio do desenho dos espaços públicos e do sistema viário básico;

III - a universalização do acesso à água potável, aos serviços de esgotamento sanitário, a coleta e disposição de resíduos sólidos e ao manejo sustentável das águas pluviais, de forma integrada às políticas ambientais, de recursos hídricos e de saúde;

IV – terra urbanizada para todos os segmentos sociais, especialmente visando à proteção do direito à moradia da população de baixa renda e das populações tradicionais;

V – áreas para todas as atividades econômicas, especialmente para os pequenos empreendimentos comerciais, industriais, de serviço e agricultura familiar.

Art. 5º A propriedade urbana cumpre sua função social quando

atende às exigências fundamentais de ordenação da cidade expressas neste Plano Diretor Participativo, devendo ainda:

I - permitir seu aproveitamento e uso em intensidade compatível com a capacidade dos equipamentos e serviços públicos para atividades inerentes ao cumprimento das funções sociais da cidade;

II - permitir seu aproveitamento e uso de acordo com as estratégias e diretrizes municipais relativas à preservação do meio ambiente e do patrimônio cultural;

III - permitir seu aproveitamento e uso de forma compatível com a segurança e a saúde dos usuários e vizinhos.

CAPÍTULO II

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Art. 6º A execução da política urbana será orientada pelas

diretrizes gerais estabelecidas no art. 2º da Lei nº 10.257/01 (Estatuto da Cidade) com vistas a garantir especialmente:

I – o pleno cumprimento das funções sociais da cidade e da propriedade urbana;

II – cooperação entre os governos, a iniciativa privada e os demais setores da sociedade no planejamento e execução da Política Urbana;

III – ordenação e controle do uso do solo, de forma a evitar: a) a utilização inadequada dos imóveis urbanos;

b) a proximidade de usos incompatíveis ou inconvenientes;

c) o parcelamento do solo, a edificação ou o uso excessivo ou inadequado em relação à infra-estrutura urbana;

d) a instalação de empreendimentos ou atividades que possam funcionar como pólos geradores de tráfego, sem a previsão da infra-estrutura correspondente;

e) a retenção especulativa de imóvel urbano, que resulte na sua subutilização ou não utilização;

f) a deterioração das áreas urbanizadas; g) a poluição e a degradação ambiental;

IV – integração e complementaridade entre as atividades urbanas e rurais;

V – justa distribuição dos benefícios e ônus decorrentes do processo de urbanização;

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VI – proteção, preservação e recuperação do meio ambiente natural e construído, do patrimônio cultural, histórico, artístico, paisagístico e arqueológico;

VII – regularização fundiária e urbanização de áreas ocupadas por população de baixa renda mediante o estabelecimento de normas especiais de urbanização, uso e ocupação do solo e edificação, consideradas a situação socioeconômica da população e as normas ambientais;

CAPÍTULO III

Das Diretrizes Setoriais para Infra-estrutura

Art. 7º Com base na leitura da situação de infra-estrutura do

Município de Muritiba fica estabelecida a política de infra-estrutura no que concerne ao saneamento sanitário, englobando a distribuição de água, a coleta e o tratamento de esgoto, às obras de drenagem, à coleta, transporte e destinação final de resíduos sólidos e à energia.

Seção I

Do Sistema Viário e da Mobilidade

Art.8º O sistema viário e de transporte público municipal do

Município de Muritiba deverá buscar a garantia de ampliação da mobilidade, de acesso e de bem-estar dos cidadãos que utilizam esses sistemas para fins de transporte no território do Município e para outros.

§ 1º O sistema viário municipal é formado pelo conjunto de vias públicas, compreendendo ruas, avenidas, vielas, estradas, caminhos, passagens, calçadas, passeios e outros logradouros. § 2º O sistema de transporte público municipal compreende o transporte coletivo de pessoas, constituído por ônibus, táxi, veículos de transporte escolar e outros de competência municipal.

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Art. 9º Ficam estabelecidas as seguintes diretrizes para a

formulação da Política de Transportes e de Mobilidade Urbana: I – implantação, estruturação e promoção das melhorias urbanísticas nas vias sob jurisdição do Município;

II - melhoria no sistema viário e do atendimento à demanda de transporte coletivo, em especial no deslocamento da zona urbana para a zona rural;

III - elaboração e implantação de projeto de sinalização de trânsito;

IV – adequação dos espaços e prédios públicos a acessibilidade de pessoas com necessidades especiais e/ou com mobilidade reduzida;

V – garantia de mobilidade da população da área urbana e rural;

VI - Elaborar projetos, consideradas as análises técnica e de

viabilidade, visando a:

execução dos serviços e obras de drenagem e pavimentação com paralelepípedos nas vias e logradouros públicos na sede e nas praças centrais dos Povoados Rurais não dotados de pavimentação e sistema de drenagem;

VII - Estabelecer, em legislação própria, normas relativas à regulamentação do transporte de carga no território municipal, com a finalidade de disciplinar e controlar a circulação de veículos de carga e a conseqüente carga e descarga de mercadorias no sistema viário urbano, em especial na área central.

VIII - Promover a adequação de calçadas e passeios públicos a

exigências legais, visando à segurança da circulação de pedestres

e, em especial, de pessoas com necessidades especiais ou com mobilidade reduzida.

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IX - Garantir o transporte gratuito para pessoas portadoras de necessidades especiais, quando em fase de tratamento permanente.

X - Promover a melhoria do sistema de sinalização vertical e horizontal na rede viária, inclusive para indicação de pontos de ônibus escolares e de marcos culturais e históricos, entre outros. XI - Promover gestões no Governo Estadual para:

a) que sejam executados os serviços de manutenção e preservação das Vias Municipais e Vias Municipais Secundárias; Parágrafo Único. Para efetivação das diretrizes elencadas neste artigo, adotar-se-ão, prioritariamente, as seguintes ações:

I – implantação de abrigos em pontos de ônibus, táxis e vans no Município, em especial no Ponto Certo, bem como, dar manutenção nos abrigos já existentes;

II – implantação de ciclovias e ciclo faixas na Avenida Paulo Souto;

III – construção de quebra – molas no Bairro Nova Brasília

IV – planejar e construir uma Avenida de Vale ligando a Baixinha à Rua das Amendoeiras na localidade de Rio Sujo, passando pela área adjacente ao Bairro Irmã Dulce;

V - elaboração e implantação do projeto de terminal rodoviário próximo à BR 101, na entrada da cidade, obedecendo aos critérios estabelecidos no estudo de impacto de vizinhança;

VI – Melhorar a Estrada Municipal do Vilaboim e Avenida Paulo Souto, para proporcionar um melhor acesso à zona rural do Gravatá, encurtando distancias e dando maior segurança à população.

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VII - Elaborar projetos, consideradas as análises técnica e de viabilidade, visando a: execução dos serviços e obras de drenagem e pavimentação com paralelepípedos nas vias e logradouros públicos na sede e nas praças centrais dos Povoados Rurais não dotados de pavimentação e sistema de drenagem;

Seção II

Da Distribuição de Água e da Coleta e Tratamento de Esgoto Art. 10. São diretrizes da Política Municipal de Infra-estrutura

relativas à distribuição de água e à coleta e tratamento de esgotos:

I - Promover, em articulação com a Empresa Baiana de Saneamento – EMBASA, a ampliação e a melhoria do sistema de abastecimento de água, observadas as diretrizes de uso e ocupação do solo e de expansão urbana estabelecidas neste Plano Diretor Estratégico e em legislação específica.

II - Promover gestões no Governo Estadual e na Embasa:

a) para que seja dada continuidade às obras do Sistema Integrado de Abastecimento de Água, que resultará em maior flexibilidade ao Sistema Adutor e assegurará atendimento contínuo ao Município;

b) para que aquela Companhia intensifique as ações voltadas ao controle de perdas no Sistema de Abastecimento de Água, visando à redução dos atuais índices de desperdício;

c) para que seja implementado, em conjunto com a Embasa, o Programa de Uso Racional da Água, levando-se em conta a tendência de incremento populacional e de desenvolvimento econômico do Município, especificamente na Zona Rural;

d) para que seja implementado, em conjunto com a Embasa, o Programa de Reuso Planejado da Água, como forma de reduzir as

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retiradas do sistema hídrico e otimizar o uso de água potável destinado ao consumo doméstico;

e) para que sejam promovidas a ampliação e a melhoria do Sistema de Esgotamento Sanitário, que deverão ser executadas em conformidade com as diretrizes de uso e ocupação do solo e de expansão urbana, estabelecidas neste Plano Diretor Estratégico e em legislação específica;

f) para que aquela Companhia venha priorizar a implantação de sistemas de esgotos sanitários que atendam as áreas mais carentes e insalubres do Município;

Seção III

Das Obras de Drenagem

Art. 11. São diretrizes da Política Municipal de Infra-Estrutura relativas à execução de serviços e obras de drenagem:

I - Elaborar programa de investimento de ampliação e melhoria da rede de galerias de águas pluviais.

II - Executar os serviços permanentes de limpeza, desassoreamento e desobstrução dos cursos d’água e da rede de microdrenagem (galerias de águas pluviais, bocas de lobo).

III - Promover gestões junto ao Governo do Estado para que haja continuidade aos serviços de desassoreamento e limpeza dos Rios que cortam o Município

IV - Definir as taxas de impermeabilização do solo nas áreas de urbanização não consolidada e nas de expansão futura, propostas no macrozoneamento deste Plano Diretor.

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V - Implementar medidas que preservem ou aumentem a capacidade de retenção e armazenamento das águas pluviais, tais como: reservatórios e cisternas nos lotes, pisos e pavimentos permeáveis.

VI - Desenvolver campanhas educativas para conscientizar a população sobre a importância da manutenção do sistema de drenagem no Município.

Seção IV

Da Coleta, Transporte e Destinação Final de Resíduos Sólidos Art. 12. São diretrizes da Política Municipal de Infra-Estrutura

relativas à coleta, transporte e destinação final de resíduos sólidos:

I - Adequar as condições operacionais do aterro sanitário do Município, principalmente às relativas ao recobrimento do lixo, controle de odores e tratamento do líquido percolado.

II - Desenvolver e implementar o Programa de Coleta Seletiva e de Reciclagem do Lixo, caracterizando os resíduos e sua capacidade de absorção pelo mercado.

III - Promover articulações e parcerias com a administração estadual e setor privado, como forma de potencializar a implantação do Programa de Reciclagem do Lixo.

IV - Desenvolver e implementar o Programa de Reuso de Resíduos Inertes, provenientes da construção civil, e equacionar soluções para o lançamento, tratamento e disposição final desses resíduos.

V - Ampliar os serviços de varrição de ruas e de limpeza de áreas públicas nos bairros periféricos.

Seção V Da Energia

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Art. 13. São diretrizes da Política Municipal de Infra-Estrutura

relativas à energia:

I - Estabelecer um programa de melhoria da iluminação pública, no que se refere à tecnologia utilizada e às rotinas de manutenção, através de gestões junto às concessionárias.

II - Estender os serviços de iluminação pública a todas as áreas do Município.

Art. 14 Para efetivar as diretrizes para infra – estrutura

estabelecidas nas Seções e artigos anteriores priorizar-se-ão as seguintes ações:

I – implantação de sistema separador absoluto de esgotos;

II – implementação de projeto urbano de esgotamento sanitário para a sede do Município e para o Distrito de São José do Itaporã; III – montar usina de aproveitamento e reciclagem de lixo;

IV – melhorar as estradas de acesso á Zona Rural;

V – implementação de sistema de água potável nos Povoados Rurais, bem como, prestar assessoria técnica para que toda população rural tenha acesso à água potável.

VI – implantação de unidades sanitárias na Zona Rural;

VII – reforma do cemitério da sede e ampliação do cemitério do Distrito de São José de Itaporã;

VIII – regularização das calçadas públicas do centro da cidade, onde funcionam as Clínicas Médicas, Posto de Saúde, Bancos e etc;

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IX – analisar a viabilidade e possibilidade, bem como, estudo técnico visando à instalação do Aterro Sanitário em outro local sem prejuízo à comunidade;

X – arborização da cidade;

XI construção de quadras poli – esportivas nos bairros de Santana, Paraguai e H;

XII – extensão da rede elétrica na Zona Rural

XIII – construção de Centro de Abastecimento padronizado em local a ser estudado mediante análise técnica.

XIV – firmar Convênio com o Estado da Bahia, visado à construção de sede própria para a Polícia Militar, verificando a possibilidade de instalação na Avenida Paulo Souto, ou na Rua Baldoíno Dias Gonçalves, ou ainda em local devidamente analisado;

CAPÍTULO IV

Das Diretrizes para o Meio Ambiente e Do Saneamento Ambiental

Art. 15. Para que a cidade e a propriedade cumpram sua função

social é dever de todos preservar, usar adequadamente e recuperar o meio ambiente, em especial a vegetação, os mananciais superficiais e subterrâneos, cursos e reservatórios de água, o relevo e o solo, a paisagem, o ambiente urbano construído, limitando a poluição do ar, visual e sonora, evitando a destinação inadequada do lixo e de outros resíduos sólidos, de poluentes líquidos e gasosos.

Art. 16. As ações de proteção, manutenção e recuperação do

meio ambiente serão pautadas nas seguintes diretrizes:

I - Adequar a estrutura administrativa do Município e alocar os recursos necessários para a implementação da Política Municipal

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de Gestão e Saneamento Ambiental, que integra, de modo articulado e cooperativo, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Saneamento; (citar outros órgãos estaduais e federais), outros órgãos e entidades da administração municipal e organizações da sociedade civil afins.

II - Promover a capacitação técnica e operacional de todos os funcionários alocados em órgãos e entidades da Administração Pública, cujas atividades estejam relacionadas com a preservação, conservação, defesa, melhoria, recuperação e controle do meio ambiente.

III - Elaborar, em até 5 (cinco) anos, contados da data de publicação desta Lei, o Plano de Ação de Gestão e Saneamento Ambiental, que deverá abordar, entre outras matérias, o diagnóstico sócio-ambiental, a definição de objetivos, diretrizes, metas, cronogramas, recursos financeiros e programa de investimentos;

IV - estabelecer o Zoneamento Ambiental do Município de Muritiba, um dos instrumentos do planejamento municipal, que deverá promover, entre outras ações, a delimitação das áreas de interesse ambiental, consideradas estratégicas para o controle do uso e ocupação do solo, a saber:

a) Áreas de Preservação Permanente, como os mananciais, em especial a Fonte dos Padres e a Fonte da jaqueirinha, bem como, a Mata Ciliar do Rio Capivari;

b) áreas impróprias para o assentamento urbano; c) áreas agrícolas;

d) jazidas minerais de areia, com o objetivo de instruir os processos de exploração econômica destas áreas;

e) áreas degradadas por processos erosivos e por disposição inadequada de resíduos e despejo de efluentes, que resultam em passivos ambientais ao Município e sua população.

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V - Implantar o Programa Municipal de Educação Ambiental, com a finalidade de disseminar o acervo de conhecimentos e dos hábitos, costumes, posturas e práticas adequadas à proteção, preservação, conservação e recuperação do meio ambiente.

VI - Implantar o Programa Municipal de Coleta Seletiva de Lixo, incorporando esforços de qualificação e treinamento de mão-de-obra local para esses fins.

VII - Implantar o Programa de Recuperação e Preservação das Áreas de Preservação Permanentes – APPs, assim definidas pelo Código Florestal.

VIII - Instituir o Sistema de Áreas Verdes do Município, integrando arborização urbana, praças, parques, Áreas de Preservação Permanente – APPs e Unidades de Conservação e outras que vierem a ser criadas, de acordo com a Lei Federal nº 9.985, de 18 de julho de 2000, que institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação – SNUC.

IX - Reconhecer que o Sistema de Áreas Verdes e a biodiversidade constituem patrimônio ambiental e bens de interesse público.

Parágrafo Único. Para efetivação das diretrizes elencadas neste artigo, adotar-se-ão, prioritariamente, as seguintes ações:

I – preservação da mata ciliar do Rio Capivari, na sua margem esquerda;

II – aproveitar e preservar o manancial da Fonte dos Padres e da Fonte da Jaqueirinha, incluindo – se a criação de Projeto Arquitetônico e Paisagismo por serem mananciais de grande relevância na história do município, devendo ser valorizadas e dotadas de medidas de preservação ambiental, o que proporcionará opção de lazer à população, com restaurante, praça e parque infantil;

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III – adotar medidas educativas para amenizar a poluição e a degradação ambiental;

Art. 17. O saneamento ambiental visa garantir à população níveis

crescentes de salubridade ambiental, mediante a promoção de programas e ações voltados ao provimento universal e equânime dos serviços públicos essenciais.

Parágrafo único. Entende-se por saneamento ambiental o conjunto de ações que compreende o abastecimento de água; a coleta, o tratamento e a disposição dos esgotos e dos resíduos sólidos e gasosos e os demais serviços de limpeza urbana; o manejo das águas pluviais urbanas; e o controle de vetores de doenças.

Art. 18. São diretrizes setoriais para o esgotamento sanitário, que

compreende a coleta, interceptação e o transporte, o tratamento e a disposição final de esgotos sanitários, incluindo os efluentes industriais e hospitalares compatíveis, bem como a disposição final de lodos e de outros resíduos do processo de tratamento: I – garantir à população sistema de coleta, tratamento e disposição adequados dos esgotos sanitários, como forma de promover a saúde e a qualidade ambiental;

II – priorização dos investimentos para a implantação de sistema de esgotamento sanitárias áreas desprovidas de redes, especialmente naquelas servidas por fossas rudimentares quando as características hidrogeológicas favorecerem a contaminação das águas subterrâneas;

III – ampliação dos sistemas de coleta, transporte, tratamento e disposição final de esgotos sanitários e industriais compatíveis, de forma a atender às necessidades presentes e à demanda crescente,m considerando a eficiência, a saúde ambiental, a sustentabilidade ambiental das bacias hidrográficas e as formas de uso e ocupação do solo indicadas nesta Lei.

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IV – implantação do sistema de esgoto nos bairros que não dispõem deste serviço, bem como, ampliar a rede de esgoto aos bairros já atendidos;

Art.19. São diretrizes setoriais para o manejo dos resíduos

sólidos, que compreendem a coleta, o transbordo e transporte, a triagem, o reaproveitamento, o reuso, a reciclagem, a compostagem, a incineração, o tratamento e a disposição final de resíduos sólidos urbanos; a varrição, a limpeza, a capina e a poda de árvores em vias e logradouros públicos e outros eventuais serviços pertinentes à limpeza urbana:

I – a garantia do manejo dos resíduos sólidos de forma sanitária e ambientalmente adequada, a fim de proteger a saúde pública, a qualidade das águas subterrâneas e superficiais e a prevenção da poluição do solo e do ar.

II – elaboração e implantação do Plano Diretor de Resíduos Sólidos do Município de Muritiba, instrumento responsável pelo planejamento integrado do gerenciamento dos resíduos sólidos urbanos;

III – recuperação das áreas degradadas ou contaminadas em razão do manejo inadequado dos resíduos sólidos;

IV – incentivo ao reuso e reciclagem de resíduos.

Art. 20. Para efetivar as diretrizes estabelecidas no artigo anterior,

priorizar-se-ão as seguintes ações:

I – implantação de um sistema separador absoluto de esgotos; II – implementação de um projeto urbano de esgotamento sanitário para a sede do Município e para o distrito de São José do Itaporã;

III – montar uma usina de aproveitamento e reciclagem de lixo; IV – implantação de unidades sanitárias na Zona Rural;

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V – analisar a viabilidade e possibilidade, bem como, estudo técnico visando a instalação do Aterro Sanitário em outro local sem prejuízo à comunidade;

Art. 21. São diretrizes setoriais para o manejo das águas pluviais

urbanas, que compreende a captação ou a retenção para infiltração ou aproveitamento, a coleta, o transporte, a reservação ou contenção para amortecimento de vazões de cheias, o tratamento e o lançamento das águas pluviais:

I – garantir a população urbana o atendimentos adequado por infra – estrutura e por ações de manejo das águas pluviais, com vistas a promover a saúde, a segurança da vida e do patrimônio e a reduzir os prejuízos ambientais e econômicos decorrentes de retenção de água e de processos erosivos;

II – elaboração e implantação do Plano Diretor de Drenagem Urbana do Município de Muritiba, instrumento que visa o manejo integrado e planejado das águas pluviais urbanas;

III – incentivo ao aproveitamento das águas pluviais, condicionado ao atendimento dos requisitos de saúde pública e de proteção ambiental pertinentes;

IV – garantia ao equilíbrio entre absorção, retenção e escoamento de águas pluviais a partir das características do solo e da capacidade de suporte das bacias hidrográficas, observando a obrigatoriedade de previsão de áreas para execução estruturas de infiltração, detenção ou retenção das águas pluviais nos parcelamentos.

CAPÍTULO V Da Habitação

Art. 22. A política de habitação do Município deve orientar as

ações do Poder Público e da iniciativa privada no sentido de facilitar o acesso da população a melhores condições

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habitacionais, que se concretizam tanto na unidade habitacional, quanto no fornecimento da infra-estrutura física e social adequada.

Art. 23. Com base na leitura da situação habitacional do Município

de Muritiba, ficam estabelecidas as seguintes diretrizes para a promoção da Política Habitacional:

I - Incorporar nos programas e projetos decorrentes do Plano Municipal de Habitação, relacionados com assentamentos que apresentam quaisquer espécies de riscos associados a ações e práticas de gestão de proximidade, compreendendo, entre outras, a autodefesa, a educação ambiental.

II - Estabelecer programas de provisão habitacional para famílias moradoras de áreas ambientalmente inadequadas e não passíveis de regularização fundiária.

Seção I

Da Política Municipal de Habitação

Art. 24. Fica o Poder Executivo autorizado a instituir a Política

Municipal de Habitação, que será caracterizada por um conjunto de objetivos e diretrizes, por meio do qual o Município, em articulação com o Estado e a União, estabelecerá critérios para assegurar o direito à moradia para a população em geral, como direito social, e o incremento da oferta de habitações de interesse social.

Art. 25. A Política Municipal de Habitação será elaborada e

executada em consonância com as disposições da Lei Federal nº 10.257, 2001 – Estatuto da Cidade, observados os princípios, diretrizes, normas e prioridades estabelecidos no Sistema Nacional de Habitação de Interesse Social e demais legislações em vigor.

Art. 26. A Política Municipal de Habitação, que se regerá pelas

disposições desta Lei e pelas demais normas a ela pertinentes, tem por objetivos gerais:

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I - o aumento da oferta de habitações de interesse social e do mercado popular, criando mecanismos que possibilitem os investimentos privados na construção de moradias, por meio da celebração de convênios ou contratos com outras esferas de governo e parcerias com a iniciativa privada;

II - o debate com diferentes setores da sociedade, notadamente com segmentos produtores de habitação de interesse social e com a população de baixa renda;

III - a promoção, mediante a realização de estudos, da identificação de assentamentos que se encontram em situação de risco, e a apresentação de medidas concretas visando o seu controle e a gestão dessas situações, com vistas a preservar a vida e a saúde de seus moradores.

IV - a promoção de devidas avaliações, quando da apresentação de medidas para gerir os assentamentos que se encontram em áreas de risco, com vistas a estabelecer ações para a remoção do risco e dos moradores, quando for o caso, e para a realização de obras de drenagem, de esgoto, além de previsão orçamentária, de compatibilização com ações de regularização urbanística e fundiária e de articulação orçamentária dos diferentes níveis de governo;

V - a promoção da regularização fundiária, mediante a adoção de ações de caráter jurídico, urbanístico e ambiental, nos assentamentos irregulares ou clandestinos, de maneira a assegurar o pleno acesso dos cidadãos à infra-estrutura urbana, aos equipamentos públicos e à rede de comércio e de serviços; VI - a garantia de proteção do meio ambiente, mediante a coibição da ocupação das Áreas de Preservação Permanente – APPs, das áreas de risco e dos espaços destinados aos bens de uso comum do povo;

VII - a adoção de medidas concretas, visando coibir a ocupação irregular e clandestina de áreas públicas e privadas no território municipal, mediante o constante exercício da fiscalização pela

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Prefeitura, em parceria com os cidadãos, a Secretaria de Segurança Pública do Estado e o Ministério Público Estadual; VIII - a adoção de medidas concretas visando proteger, preservar, conservar e recuperar o meio ambiente e garantir a sustentabilidade do desenvolvimento, mediante o disciplinamento do uso da água, do afastamento do esgoto, da disposição e reciclagem dos resíduos sólidos e da implantação e conservação de áreas permeáveis e verdes.

IX - a elaboração do Plano Municipal de Habitação.

Seção II

Do Plano Municipal de Habitação

Art. 27. O Poder Executivo Municipal deverá elaborar, no prazo

estipulado pela Lei 11.124/2005, o Plano Municipal de Habitação, para promover a regularização fundiária de assentamentos clandestinos e irregulares localizados em território municipal.

Parágrafo único. O Plano Municipal de Habitação deverá ser pautado nos objetivos e diretrizes fixados pela Política Municipal de Habitação e terá como princípios o direito à moradia digna e o vetor de inclusão social, com o padrão mínimo de habitabilidade e compatibilidade com as políticas habitacionais de outras esferas de governo.

Art. 28. O Plano Municipal de Habitação deverá ser elaborado em

observância às seguintes diretrizes:

I - Caberá ao Executivo Municipal coordenar a elaboração do Plano e prover os necessários recursos para a sua consecução. II - O Poder Executivo, mediante regulamento próprio, promoverá a instituição do Conselho Municipal de Habitação, com o objetivo de elaborar o Plano Municipal de Habitação.

III - O Conselho Municipal de Habitação será composto, entre outros membros, mediante convite, por representantes:

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a) do Poder Executivo Municipal; b) da Câmara Municipal;

c) de possuidores de lotes e edificações, localizados nas áreas-objeto de regularização fundiária, por si ou por meio de organizações que representem os segmentos-alvo de moradores; d) de segmentos da sociedade civil organizada ligados à área de habitação.

IV - Caberá ao Conselho Municipal de Habitação acompanhar e fiscalizar a implantação do Plano Municipal de Habitação.

Parágrafo único. Para efetivar as diretrizes estabelecidas acima, priorizar-se-ão as seguintes ações:

I - Criar conjuntos habitacionais na Zona Rural do Município;

II – analisar e buscar na medida do possível e através dos meios legais, a regularização da posse das casas da Vila Residencial. III – criar Zonas Especiais de Interesse Social – ZEIS para ocupação habitacional.

Art. 29. O Plano Municipal de Habitação deverá contemplar, entre

outros, os seguintes aspectos:

I - indicadores de objetivos e metas dos programas habitacionais; II - forma de condução de cada programa e a responsabilidade pelo seu gerenciamento e execução de tarefas;

III - prazo de execução de cada programa;

IV - discriminação dos orçamentos global e anual de cada programa, com a indicação de fontes de recursos;

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V - instrumentos urbanísticos e jurídicos que serão utilizados em cada programa;

VI - forma de revisão dos programas habitacionais,quando for o caso;

Art. 30. Cada um dos programas habitacionais deverá indicar:

I - as modalidades adequadas a cada caso, como por exemplo, terra urbanizada, novas construções, melhorias habitacionais, urbanização;

II - a legislação incidente em cada um dos assentamentos, objeto dos programas habitacionais;

III - a caracterização de oferta de moradias e as condições de acesso;

IV - o perfil socioeconômico da população beneficiada em cada programa;

V - o estabelecimento de critérios de acessibilidade e respectivas prioridades;

VI - a proporcionalidade de cotas para segmentos diferenciados da população já beneficiada, tais como: idosos, portadores de necessidades especiais, famílias chefiadas por mulheres ou outros;

VII - as práticas e mecanismos de controle de pós-ocupação que serão introduzidos, juntamente com os grupos atendidos pelo programa habitacional correspondente;

VIII - as ações necessárias às articulações com outras esferas de governo;

IX - os padrões urbanísticos e arquitetônicos em conformidade com as especificidades da população beneficiada, com a finalidade de contemplar a localização das moradias, espaços para equipamentos comunitários, lazer e circulação, de maneira a

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assegurar os melhores níveis de higiene e salubridade, de saúde e integração social;

X - as diferentes formas de execução que poderão ser utilizadas, como a autogestão e empreitada, entre outras.

Seção III

Do Fundo Municipal de Habitação

Art. 31. Fica o Poder Executivo autorizado a instituir, mediante lei,

o Fundo Municipal de Habitação como instrumento para a implementação da Política Municipal de Habitação e do correspondente Plano Municipal de Habitação.

§ 1º O Fundo terá a finalidade de dar suporte financeiro ao planejamento e às ações conjuntas dele decorrentes, no que se refere à garantia do direito à moradia para a população em geral como direito social e o incremento da oferta de habitações de interesse social.

§ 2º A aplicação dos recursos do Fundo será supervisionada pelo Conselho da Cidade, de caráter normativo e deliberativo, composto por representantes da administração municipal, de segmentos da sociedade civil organizada ligados à área de habitação e do Poder Legislativo Municipal.

Art. 32. São objetivos do Fundo Municipal de Habitação:

I - financiar e investir em planos, programas e projetos habitacionais de interesse do Município de Muritiba;

II - contribuir com recursos financeiros para:

a) a promoção da regularização fundiária de assentamentos, implantados de forma clandestina ou irregular no território do Município;

b) a promoção, mediante financiamento e investimento, do aumento da oferta de habitações de interesse social;

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c) o financiamento para a realização de obras de drenagem, de saneamento básico, de contenção de encostas, de tratamento de áreas degradadas, compatibilizando tais ações com a execução da regularização urbanística e fundiária.

Parágrafo único. Os recursos do Fundo deverão ser aplicados de acordo com as deliberações adotadas pelo Conselho Gestor.

Art. 33. Constituirão recursos do Fundo Municipal de Habitação:

I - recursos do Município de Muritiba destinados por disposição legal;

II - transferências da União e do Estado da Bahia;

III - empréstimos internos e externos e recursos provenientes da ajuda e cooperação internacional e de acordos inter-governamentais;

IV - produto das operações de crédito e rendas provenientes da aplicação de seus recursos;

V - receitas resultantes de aplicação de multas legalmente vinculadas ao Fundo;

VI - doações de pessoas físicas ou jurídicas, públicas ou privadas, nacionais, estrangeiras ou multinacionais;

VII - outros recursos eventuais.

CAPÍTULO VI

Dos Equipamentos Comunitários

Art. 34. A distribuição dos equipamentos comunitários deve

respeitar as necessidades regionais e as prioridades definidas a partir da demanda, privilegiando as áreas de urbanização precária, em especial, as Áreas de Interesse Social.

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Art. 35. Consideram-se comunitários os equipamentos públicos de

educação, cultura, saúde, lazer e similares. I – Instalação de Biblioteca Pública Municipal;

II – implantação de Parques infantis nas praças da cidade;

III – criação de Casa da Cultura contendo o Histórico cultural do Município de Muritiba, podendo ser na Escola Castro Alves ou Centro Educacional Castro Alves, locais de possível instalação, e caso seja inviável, que a implantação ocorra em local devidamente analisado;

IV – criar um centro de lazer para crianças e adolescentes no Bairro Padre Piazza;

V – construção de parques infantis nas Praças do Bonfim e praça da Bandeira;

VI – construção de praça com parque infantil no Espaço do Bairro Vila Rica.

TÍTULO II CAPÍTULO I

Das Diretrizes Setoriais para o Desenvolvimento Sócio-Cultural

Seção I

Das Diretrizes para a Educação, Esporte Cultura, Lazer e Recreação

Art. 36. A política educacional do Município de Muritiba, norteada

pelos princípios da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, consiste na priorização de investimentos destinados à

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formação integral da criança e à profissionalização do adolescente, visando garantir o desenvolvimento social e da cidadania, bem como as condições de participação da comunidade no mercado de trabalho regional e local.

Art. 37. Para implementar a política educacional do Município, o

Executivo Municipal deverá observar as seguintes diretrizes:

I - implementar o Plano Decenal Municipal de Educação, nos moldes da legislação federal pertinente;

II - promover ações com vistas a erradicar o analfabetismo da população, envolvendo jovens e adultos;

III - criar e ampliar cursos profissionalizantes de nível médio, para jovens e adultos, promovendo convênio com instituições públicas ou parcerias com atividade privada;

IV - aperfeiçoar e ampliar o programa denominado Educação de Jovens e Adultos, priorizando as regiões onde a demanda diagnosticada se faz necessária;

V – criar ou ampliar o atendimento educacional aos portadores de necessidades especiais;

Art. 38. A Política da Cultura, do Esporte, Lazer e Recreação será

pautada nas seguintes diretrizes:

I - Identificar, mediante cadastramento específico, as atividades e manifestações de caráter cultural, operadas diretamente pela população;

II - Desenvolver ação integrada entre poder público e agentes locais, visando suporte às manifestações e atividades cadastradas, a partir da inserção da atividade ou manifestação no calendário oficial do município;

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III - Programar e implantar progressivamente pólos de concentração de atividades culturais, buscando oferecer um repertorio básico;

IV - Elaborar estudos para implantação de um Centro Cultural, que contemple espaços para teatro, palestras, projeções, biblioteca multimídia, mostras e outras atividades culturais, que venham a representar fomento à cultura local e regional;

V - Elaborar estudos para implementação de oficinas e cursos que promovam atividades como música, pintura, dança, desenho e outras de interesse infanto-juvenil e adulto;

VI - Elaborar estudos para a implementação de Feiras permanentes de artes e artesanatos nas praças públicas, buscando viabilizar a formação de cooperativas;

VII - Promover ação contínua de restauro, divulgação e valorização da memória cultural de Muritiba, mediante:

a) tomada de depoimentos em vídeo e outros meios, de moradores antigos e tradicionais do município;

b) reprodução e catalogação de documentos, fotos e outros registros relativos ao desenvolvimento de Muritiba, a partir da prospecção de arquivos particulares;

c) verificação, recuperação e catalogação de materiais disponíveis na Prefeitura, sobre a história e iconografia da cidade, para disponibilização aos munícipes;

d) registro fotográfico ou por outros meios de paisagens, fachadas e outras imagens de interesse histórico-cultural;

e) levantamento geral e organização de material sobre Muritiba já existente;

VIII - Promover estudos de viabilidade para implantação de um espaço de lazer acessível aos cidadãos da sub-região para a

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prática de atividades diversificadas, tais como: passeios, caminhadas, musicais, seminários, realização de fóruns temáticos e outras atividades para fomentar a cultura local e regional.

IX - Promover estudos para a criação de pistas para a prática de skate em praças do Município.

X - Promover estudos de viabilidade para a reestruturação de praças, tendo em vista a implantação de quadras de futebol, quadras poli - esportivas e playground infantil, dotando essas instalações de iluminação noturna.

XI - Promover estudos de viabilidade para a implantação de ciclovias, considerando o aproveitamento da estrutura contínua das Áreas de Preservação Permanente – APPs e de proteção da rede hídrica.

XII - Promover estudos de viabilidade para a implantação de ruas de lazer.

XIII - Promover estudos de viabilidade para implantar nos bairros, Centros Desportivos Municipais e de Iniciação Esportiva.

XIV - Promover estudos de viabilidade para implantar nos bairros, campos de futebol dotados de sanitários, vestiários e cantinas. XV - Estimular a qualificação das equipes de base, tendo por referência as equipes competitivas a serem formadas.

XVI - Incentivar a participação de equipes de esportes em torneios e campeonatos regionais e estaduais.

Art. 39. Para efetivação das diretrizes setoriais para a Das

Diretrizes para a Educação, Esporte, Cultura, Lazer e Recreação, adotar-se-ão, prioritariamente, as seguintes ações:

I – Instalação de Biblioteca Pública Municipal, na Escola Castro Alves, ou em local a ser analisado;

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II – implantação de Parques infantis nas praças da cidade;

III – criação de Casa da Cultura contendo o Histórico cultural do Município de Muritiba, sendo a Escola Castro Alves ou Centro Educacional Castro Alves, locais de possível instalação, e caso seja inviável, que a implantação ocorra em local devidamente analisado;

IV – criar um centro de lazer para crianças e adolescentes no Bairro Padre Piazza, por existir nesta localidade um grande número de crianças e de adolescentes em situação de risco e vulnerabilidade social;

V – criar mecanismos para alavancar o potencial cultural da Festa de São Pedro;

VI – implantar Escola de Inteligência para crianças carentes do Município, onde seriam trabalhados os seguintes pontos para o desenvolvimento das funções mais importantes da inteligência multifocal;

VII – incentivar a cultura local; VIII – reutilização da AMEC; IX – resgatar as domingueiras;

X – ampliação da Festa do Bonfim ( A tradicional Festa do Senhor

do Bomfim é famosa em todo o Reconcavo Baiano, que acontece todos os anos na cidade e tem duração de dez dias e termina com a Procissão do Senhor do Bomfim na última segunda-feira de festa.);

XI – construção de praça com parque infantil no Espaço do Bairro Vila Rica.

XII - Construir uma pequena Vila Olímpica para atender às necessidades dos jovens para a prática de esportes, proporcionando uma vida mais saudável longe das drogas e,

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também, para o desenvolvimento do turismo esportivo e a realização de campeonatos para a integração da comunidade jovem.

TÍTULO III CAPÍTULO I

Das Diretrizes para a Saúde:

Art. 40. A saúde é um direito social e fundamental de todo

cidadão, garantido pela Constituição Federal, sendo dever do Município, concorrentemente com o Estado e a União, zelar pela promoção, proteção e recuperação da saúde e bem-estar físico, mental e social da coletividade.

Art. 41. São diretrizes gerais da política de saúde:

I - Adotar o Programa de Saúde da Família – PSF como estratégia estruturadora de atenção básica à saúde da população.

II - Implantar novas Unidades de Saúde da Família, consoante estabelece as diretrizes do Programa de Saúde da Família – PSF, prioritariamente nas regiões que apresentam vulnerabilidade social.

III - Ampliar os serviços de atendimento emergencial.

IV - Promover a reestruturação do atendimento pré-hospitalar. V - Ampliar as ações de vigilância em saúde, incorporando aos programas já implantados (Vigilância Sanitária, Epidemiológica e Zoonoses), a Vigilância Ambiental e Saúde do Trabalhador.

VI - Consolidar a participação social nas deliberações e execução das políticas públicas de saúde.

VII - Promover a melhoria do padrão de qualidade e eficiência do atendimento da saúde pública através da reestruturação do

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quadro de recursos humanos, promovendo capacitação e reciclagem permanente.

VIII - Adotar procedimentos padronizados para o diagnóstico e tratamento de doenças respiratórias e infecciosas.

IX - Implantar integralmente o Programa de Saúde da Mulher e o Programa de Saúde da Criança intensificando as ações de vigilância do óbito infantil e materno através da reestruturação dos comitês; capacitação permanente de todos profissionais envolvidos na atenção obstétrica e neonatal; expandir a oferta de exames laboratoriais no pré-natal; facilitar o acesso da gestante parturiente nas unidades do SUS; melhorar qualidade técnica das consultas de pré-natal e do atendimento hospitalar às gestantes. X - Implantar o Programa de Atenção à Saúde do Idoso com a finalidade de assegurar assistência integral através da implantação de protocolo estabelecendo as múltiplas dimensões do processo de melhor idade e demais ações de prevenção e controle de doenças crônicas e serviços de reabilitação.

XI - Ampliar e aperfeiçoar os serviços prestados à população pelo Hospital Municipal de Muritiba, garantindo pronto atendimento e observação em pediatria e clinica geral com estrutura adequada. XII - Facilitar acesso ao SUS das gestantes residentes no Município, proporcionando melhor atenção no momento do nascimento.

XIII – ampliar o Programa de Assistência Farmacêutica Básica no município.

XIV - Aperfeiçoar ações de vigilância, prevenção, diagnóstico e tratamento das doenças redutíveis, visando melhor qualidade de vida.

Parágrafo único. Para efetivação das diretrizes elencadas neste artigo, adotar-se-ão, prioritariamente, as seguintes ações:

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I – melhoria do atendimento no Hospital Municipal e no Posto de Saúde do Distrito de São José do Itaporã com vistas a ampliação dos serviços disponibilizados e maior acesso por parte da

população rural ao mesmo;

II – melhoria no combate às pragas no Município através dos Agentes de Combate às Endemias e Vigilância Sanitária;

TÍTULO IV CAPÍTULO I

Das Diretrizes para a Assistência Social

Art. 42. A assistência e o bem-estar social são direitos

assegurados às crianças, aos adolescentes, aos idosos, às famílias carentes, aos portadores de necessidades especiais, às vítimas de discriminações étnica, econômica, religiosa, sexual e de gênero, conforme disposto na Constituição Federal, no Estatuto da Criança e do Adolescente, Estatuto do Idoso, na Lei Orgânica do Município no Plano Nacional de Assistência Social – PNAS, no Sistema Único de Assistência Social – SUAS e nesta Lei.

Parágrafo único. As ações de proteção social básica e especial, visando prevenir os riscos sociais e proteger os cidadãos e famílias para que enfrentem com maior autonomia as contingências da vida, habilitação e reabilitação e de geração de renda deverão ser prestadas pelo Poder Público Municipal, com o apoio de instituições públicas estaduais e federais, do setor privado, de organizações não-governamentais e da sociedade civil.

Art. 43. As ações de que trata esta Seção deverão ser priorizadas

com os seguintes atendimentos:

I – aperfeiçoar os Centros de Referência de Assistência Social - CRAS, para atendimento de programas e projetos de proteção social básica e Centros de Referencia Especializados de

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Assistência Social - CREAS, para atendimento de proteção social especial;

II - adotar o CRAS, como unidade territorial de referência, para a implementação de políticas de assistência e promoção social; III - identificar, em cada bairro, as áreas que polarizam a população residente no entorno, seja pela presença de paradas de transportes coletivos, estabelecimentos comerciais e de serviços, seja, ainda, em função de outros motivos de aglutinação da comunidade local, com o objetivo de promover, em tais locais, o fortalecimento dos vínculos sociais;

IV - constituir núcleos de serviços básicos nos bairros, notadamente nas áreas que polarizam a população residente no entorno, com a finalidade de facilitar o acesso de moradores aos serviços sociais básicos, tais como: unidades de saúde, de polícia, de promoção social, de lazer, recreação e esportes;

V - criar um Sistema de Informações Estatísticas, visando à identificação e avaliação das carências predominantes das populações menos favorecidas, para que esse processo se torne referência para iniciativas e empreendimentos de promoção social, compondo um sistema de Vigilância Sócio-assistencial;

VI - implementar as normas estabelecidas pelo Sistema Único de Assistência Social – SUAS, priorizando a prevenção e redução de situações de risco social e pessoal, proteção de pessoas e famílias vulneráveis e vitimizadas e monitoramento das exclusões e riscos sociais da população, criando condições para o resgate da identidade, do restabelecimento de vínculos familiares e sociais;

VII - promover a implementação de programas definidos pela Secretaria de Assistência Social, notadamente aqueles que visam à valorização dos indivíduos, à integração das pessoas no mercado de trabalho e à inclusão na vida cultural e social;

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VIII - promover, nos bairros em que apresentam as maiores taxas de Índice de Vulnerabilidade Social, a qualificação de recursos humanos, a inserção de pessoas no mercado de trabalho e a geração de renda, mediante a implementação de programas especializados de assistência social, cujas diretrizes foram estabelecidas pelos Governos Federal e Estadual.

IX - Dinamizar os conselhos municipais como o Conselho Municipal de Assistência Social – COMAS, Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente – CMDCA, Conselho Municipal Idoso – CMI, Conselho Municipal do Deficiente – CMD, Conselho Municipal dos Direitos da Mulher – CMDM, Comissão Municipal de Erradicação do Trabalho Infantil e Comissão Municipal da Bolsa Família, com a finalidade de assegurar a esses segmentos da população a participação na formulação de políticas, planos e programas municipais de atenção e preservação dos direitos dos cidadãos;

X - Incentivar a ampliação da Rede Sócio-assistencial no Município.

Parágrafo Único. Para efetivação das diretrizes elencadas neste artigo, adotar-se-ão, prioritariamente, as seguintes ações:

I – implementação de uma política de atendimento à criança e ao adolescente, através de um conjunto articulado de ações

governamentais e não – governamentais; II – criação de Conselhos Comunitários;

III – demolição de algumas casas de taipa que encontram – se em péssimo estado no Bairro Sem Terra e construção de casas de bloco para os respectivos moradores.

IV – implantar Escola de Inteligência visando dar oportunidade à crianças carentes do Município ;

(35)

CAPÍTULO I

Das Diretrizes Setoriais para o Desenvolvimento Econômico Art. 44. Com base na leitura da situação econômica do Município

de Muritiba, ficam estabelecidas as seguintes diretrizes para a promoção do desenvolvimento econômico e geração de empregos:

I - Estimular a produção agrícola de maior valor agregado, tendo em vista a necessidade de ser preservado o setor primário da economia e ampliar a participação desse segmento na base econômica do Município.

II - Diligenciar para que se estenda a imóveis que venham a ser utilizados para a exploração agrícola, pecuária, extrativa vegetal ou agro-industrial a isenção de Imposto Territorial Rural – ITR; III - Promover a realização de exposições de produtos agropecuários do Município, com o objetivo de incentivar as

explorações agrícolas, pecuárias, extrativa vegetal e

agroindustrial, e constituir um marco de referência da produção local.

IV - Implantar incubadoras de empresas, como instrumento de incentivo à criação de empreendimentos no Município.

V - incentivar a constituição de micro, pequenas e médias empresas, concomitantemente a ações que visem a permanência e o desenvolvimento das já existentes;

VI - Promover estudos, visando identificar a infra-estrutura necessária para o adequado desempenho das atividades de logística de transportes de carga e as possibilidades de sua implantação, mediante a realização de parcerias público-privadas. VII - Incentivar a implantação de entreposto municipal para a comercialização da produção agrícola, notadamente a de gêneros

(36)

perecíveis, com o objetivo de prestigiar e incentivar o setor produtivo local.

VIII - Estimular junto à Secretária competente a implantação de curso profissionalizante destinado à formação e aperfeiçoamento de mão de obra voltada às atividades agropecuárias e afins.

IX - Promover articulações junto ao Governo Estadual, no sentido de que sejam descentralizadas e implantadas, no Município, núcleos de ensino profissional e superior públicos.

X - Promover articulações com os Governos Federal e Estadual e municípios integrantes da sub-região no sentido de que sejam implantadas em Muritiba ou em municípios do entorno unidades descentralizadas de institutos de pesquisa e desenvolvimento, tais como: Instituto de Pesquisas Tecnológicas - IPT, Instituto Biológico e Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – Inpe.

XI - Criar telecentros comunitários, ou seja, espaços que abrigam computadores com acesso livre à população, mediante a realização de parcerias com Organizações Não-Governamentais – ONGs, especializadas em promover a reutilização de equipamentos de informática e de periféricos usados e o desenvolvimento de software livre, que poderão ser utilizados em programas de incubação de empresas.

XII - Criar programas de orientação a trabalhadores de baixa renda, associados em cooperativas, com base nos princípios de economia solidária.

XIII - Criar banco de dados contendo registros e informações sobre empresas e produtos do Município.

XIV - promover diagnóstico buscando-se identificar afinidades de negócios no município, a constituir-se Arranjos Produtivos Locais (APL’s);

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XV - promover estudo de viabilidade para fomento de micro crédito e o crédito cooperativo, em articulação com os bancos comerciais, agências públicas de financiamento, cooperativas populares e outras organizações da sociedade civil do município;

XVI - desenvolver estudos com o objetivo de definir as potencialidades do município para o implemento de planos e projetos específicos;

XVII - elaborar projetos urbanísticos dos pólos industriais, visando a atração de empresas e a melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores.

XVIII - promover gestões nos Governos Federal e Estadual e articulação entre as secretarias municipais, com a finalidade de promover a qualificação de recursos humanos para a criação de oportunidades de trabalho e a geração de renda.

Parágrafo único. Para efetivação das diretrizes elencadas neste artigo, adotar-se-ão, prioritariamente, as seguintes ações:

I – criação de cursos profissionalizantes;

II – criação do Fundo de Desenvolvimento Sustentável do Município de Muritiba;

III - planejar e construir uma Avenida de Vale ligando a Baixinha à Rua das Amendoeiras na localidade de Rio Sujo, passando pela área adjacente ao Bairro Irmã Dulce;

IV – construção de uma pequena Barragem no Riacho Vilaboim nas proximidades da “Cabeça do Boi” na estrada do Povoado do Gravatá.

V – montar uma usina de aproveitamento e reciclagem de lixo;

TÍTULO VI CAPÍTULO I

(38)

Seção I

Das Diretrizes para Urbanização e Uso do Solo Art. 45. São diretrizes da Urbanização e do Uso do Solo:

I – evitar a segregação de usos, promovendo sua diversificação como forma de garantir o acesso de todas as camadas da população aos bens e equipamentos públicos;

II – estimular o crescimento nas áreas já urbanizadas, dotadas de serviços, infra – estrutura e equipamentos, de forma a otimizar o aproveitamento da capacidade instalada e reduzir os seus custos; III – promover a distribuição de usos e a intensificação do aproveitamento do solo de forma equilibrada em relação à infra – estrutura, aos transportes e ao meio – ambiente, de modo a evitar a sua ociosidade ou sobrecarga e otimizar os investimentos coletivos;

IV – propor e admitir novas formas de urbanização, adequadas às necessidades emergentes decorrentes de novas tecnologias e modos de vida;

V – otimizar o aproveitamento dos investimentos urbanos realizados e gerar novos recursos, buscando reduzir progressivamente o déficit social representado pela carência de infra - estrutura urbana, de serviços sociais e de moradias para a população de mais baixa renda;

VI – determinar o parcelamento, a edificação ou a utilização compulsórios do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizados, devendo fixar as condições e os prazos para implementação da referida obrigação, segundo a Lei Federal nº 10257 de julho de 2001 (Estatuto das Cidades).

CAPÍTULO II Do Macrozoneamento

Seção I

(39)

Art. 46. A macrozona urbana, delimitada conforme o Mapa de

Perímetro Urbano (Anexo) divide-se em zona urbana consolidada e zona urbana de expansão.

Subseção I

Zona Urbana Consolidada

Art. 47. A Zona Urbana Consolidada é composta pelas áreas

urbanizadas ou em processo de urbanização, servidas de infra-estrutura e equipamentos comunitários, com média e baixa densidade populacional identificadas no Mapa de Densidade Populacional (Anexo)

Art. 48. A Zona Urbana Consolidada, delimitada pelo Perímetro

Urbano Consolidado definido no Mapa de Perímetro Urbano

(Anexo), deverá desenvolver as potencialidades dos núcleos

urbanos, incrementando a dinâmica interna e melhorando sua integração com áreas vizinhas, de acordo com as seguintes diretrizes:

I - promover o uso diversificado, de forma a otimizar o transporte público e a oferta de empregos;

II - fomentar o desenvolvimento urbano por meio da melhoria da infra-estrutura urbana e equipamentos públicos existentes;

Subseção II

Da Zona Urbana de Expansão

Art. 49. A Zona Urbana de Expansão é composta por áreas

propensas à ocupação urbana e que possuem relação direta com áreas já implantadas, sendo também integrada por assentamentos informais que necessitam de qualificação, conforme delimitação contida no Mapa de Perímetro Urbano (Anexo).

Art. 50. A Zona Urbana de Expansão deve ser planejada e

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da cidade e da propriedade urbana, de acordo com as seguintes diretrizes:

I - estruturar e articular a malha urbana de forma a integrar e conectar as localidades existentes;

II - aplicar o conjunto de instrumentos de política urbana adequado para qualificação, ocupação e regularização do solo;

III - qualificar as áreas ocupadas para reversão dos danos ambientais e recuperação das áreas degradadas.

IV - constituir áreas para atender às novas demandas habitacionais;

V - priorizar a ocupação dos vazios urbanos nas Áreas de Interesse Social.

VI - Definir normas que permitam a regulamentação fundiária e a titularização das habitações em situação irregular, visando à garantia da propriedade do imóvel.

Seção II

Da Macrozona Rural

Art. 51. O desenvolvimento de atividades na Macrozona Rural

deverá contribuir para a dinâmica dos espaços rurais multifuncionais voltadas para o desenvolvimento de atividades primárias, não excluindo as atividades dos setores secundário e terciário.

Art. 52. É permitida a implantação de equipamentos públicos,

comunitários e atividades de apoio à comunidade residente na Macrozona Rural.

Art. 53. Na Macrozona Rural é proibido o parcelamento do solo

(41)

Seção III

Da Macrozona de Proteção Ambiental

Art. 54. A Macrozona Prioritária de Preservação é composta por

serras, serrotes, mananciais e vegetação nativa, restringindo-se nestas áreas qualquer tipo de intervenção ou uso à consulta aos órgãos responsáveis pela proteção ambiental do Município.

CAPÍTULO III

Dos Parâmetros para Uso, Ocupação e Parcelamento do Solo Art. 55. Os parâmetros para o uso e ocupação do solo do

Município serão especificados em Lei, observados os princípios e diretrizes estabelecidas neste Plano Diretor.

Art. 56. Na Lei de Uso e Ocupação do Solo de que trata o artigo

anterior deverão constar, no mínimo: I - usos e atividades permitidos;

II - índices urbanísticos de parcelamento e ocupação do solo; III - coeficientes de aproveitamento dos lotes;

IV - critérios gerais de conformidade entre o uso residencial e os usos não-residenciais compatíveis entre si;

V - percentuais de áreas destinadas a sistemas de circulação, a implantação de equipamento urbano e comunitário, bem como a espaços livres de uso público.

Seção I

Do Parcelamento do Solo Urbano

Art. 57. As normas para o parcelamento do solo urbano do

Município serão fixadas em Lei específica, observados os princípios e diretrizes estabelecidas neste Plano Diretor.

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I - as normas gerais para o parcelamento do solo urbano e para a aprovação de condomínios urbanísticos;

II - os procedimentos para aprovação, licenciamento e registro dos parcelamentos e condomínios urbanísticos no solo urbano;

III - as diretrizes urbanísticas e ambientais a serem respeitadas pelo parcelamento ou implantação de condomínio urbanístico no solo urbano;

IV - as modalidades de parcelamento do solo urbano a serem adotadas, com definição dos critérios e padrões diferenciados para o atendimento das respectivas peculiaridades;

V - responsabilidades dos empreendedores e do Poder Público; VI - penalidades correspondentes às infrações decorrentes da inobservância dos preceitos por ela estabelecidos.

TÍTULO VII

Dos Instrumentos da Política Urbana CAPÍTULO I

Do Parcelamento, Edificação ou Utilização Compulsórios Art. 59. O Poder Executivo, nos termos fixados em Lei Específica,

poderá exigir do proprietário do solo urbano não-edificado, subutilizado ou não-utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena de aplicar os mecanismos previstos na Lei Federal nº 10.257, de 10 de julho de 2001, referentes ao:

I - parcelamento, edificação ou utilização compulsórios;

II - Imposto Predial e Territorial Urbano progressivo no tempo; III - desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública.

(43)

Art. 60. O parcelamento, edificação ou utilização compulsória

poderá ser aplicado em toda a Zona Urbana Consolidada do Município, em imóveis edificados, subutilizados ou não-utilizados:

§ 1º É considerado imóvel urbano não-edificado o lote, a projeção ou gleba onde a relação entre a área edificada e a área do terreno seja equivalente à zero.

§ 2º São considerados solo urbano subutilizado, o lote, a projeção ou gleba edificados, nas seguintes condições:

I - que contenha edificação cuja área seja inferior a 20% (vinte por cento) do potencial construtivo previsto na Lei de Uso e Ocupação do Solo, independentemente do uso a que se destina;

II - imóveis com edificações irregulares, paralisadas ou em ruínas situados em qualquer área urbana.

III - áreas ou glebas com uso diferente do definido pela Lei de Uso e Ocupação do Solo;

§ 3º É considerado imóvel urbano não-utilizado o lote, a projeção ou gleba sem qualquer tipo de uso ou em situação de abandono.

Art. 61. O proprietário de imóvel objeto da aplicação de

parcelamento, edificação ou utilização compulsório será notificado a dar melhor aproveitamento aos seus imóveis em prazo determinado sob pena de:

I - IPTU progressivo no tempo;

II - desapropriação com pagamento em títulos da dívida pública, conforme disposições do artigo 5° a 8° da Lei Federal n° 10.257, de 10 de julho de 2001(Estatuto da Cidade).

§ 1º Fica facultado aos proprietários dos imóveis de que trata este artigo propor ao Poder Executivo o estabelecimento de Consórcio

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