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COMUNICAÇÃO AUMENTATIVA: TECNOLOGIAS DE APOIO EM CONTEXTO DE SALA DE AULA

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Academic year: 2021

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Associação de Escolas do Concelho da Amadora

CENTRO DE FORMAÇÃO

Relatório Crítico

Formadores:

Filomena Rodrigues

Rui Fernandes

COMUNICAÇÃO AUMENTATIVA:

TECNOLOGIAS DE APOIO EM

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ÍNDICE

1. Introdução__________________________________ 2

2. Abordagem teórica___________________________ 3

2.1 Comunicação Aumentativa e Alternativa(CAA) 3

2.1.1 Sistemas de CAA____________________ 3

2.1.2 Softwares de Comunicação___________ 6

3. Reflexão Crítica____________________________ 9

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1. INTRODUÇÃO

O presente trabalho enquadra-se na avaliação final da formação em Comunicação Aumentativa: Tecnologias de Apoio em Contexto de Sala de Aula. Foi ministrada pelo Centro de Formação da Associação de Escolas do Concelho da Amadora – CFAECA, e decorreu de novembro de 2011 a janeiro de 2012.

O trabalho está organizado em duas grandes partes, em que na primeira se apresentam conteúdos mais teóricos relacionados com alguns dos temas estudados ao longo da formação, e na segunda se apresenta uma reflexão pessoal sobre o impacto e contribuição desta formação na minha vida profissional.

Ainda dentro da apresentação dos conteúdos teóricos abordados, faz-se uma breve introdução dos vários sistemas de comunicação como o PIC, o SPC e o Bliss e abordam-se também alguns softwares de comunicação como o GRID, o Comunicar com símbolos, o Overlaymaker, o IntelliPic, o IntelliMathics e o Speaking Dinamically Pro (SDP). O Boardmaker é também referido por ser um software que permite criar grelhas de comunicação, utilizando os símbolos SPC.

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2. ABORDAGEM TEÓRICA

“Comunicar é um processo ativo de troca de informação que envolve a codificação e a descodificação de uma mensagem, entre dois ou mais intervenientes.” Inês Sim-Sim (1998)

2.1 Comunicação Aumentativa e Alternativa (CAA)

2.1.1 Sistemas de CAA

O Sistema Alternativo e Aumentativo de Comunicação é o conjunto de técnicas, ajudas, estratégias e capacidades que a pessoa com dificuldades em comunicar utiliza para o fazer. Designa-se Comunicação Alternativa e Aumentativa a todo o tipo de comunicação que aumente ou suplemente a fala.

Os sistemas de comunicação com ajuda podem agrupar-se em:

- Sistemas de comunicação por imagens: utilizam imagens como fotografias e desenhos que podem ter cor ou ser a preto e branco.

- Sistemas de comunicação que utilizam símbolos gráficos dos quais podemos destacar os seguintes:

Pic (pictogramas) – as imagens são figuras estilizadas,

desenhadas a branco sobre fundo preto. O significado do símbolo é escrito na parte superior. Os símbolos agrupam-se pelos temas pessoas, partes do corpo, vestuário e utensílios pessoais, casa, casa de banho, cozinha, comida e guloseimas.

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SPC – a maioria dos símbolos são iconográficos,

transparentes, desenhados com um traço negro a cheio sobre fundo branco. O significado do símbolo está também escrito no cimo do mesmo. Estes símbolos foram desenhados com o objectivo de serem facilmente apreendidos, serem apropriados para todos os níveis etários, serem facilmente diferenciados uns dos outros, simbolizarem as palavras e atos mais comuns, serem facilmente agrupados em 6 categorias gramaticais e serem facilmente reproduzidos em fotocopiadoras. As seis categorias referidas são: pessoas (a amarelo), verbos (a verde), adjetivos (a azul), substantivos (a laranja), diversos (a branco) e sociais (a cor de rosa).

O SPC é um sistema flexível que pode evoluir, ajustando-se ao grau de necessidade e capacidade do utilizador. Desta forma, é um sistema que pode ser utilizado por um leque muito variado de pessoas, que vão desde as que apresentam afasias e apraxias, até às que têm autismos, deficiência mental, paralisia cerebral, vítimas de AVCs e até pessoas que estejam em situações de pós-operatório.

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Bliss – Este sistema é constituído por um determinado

número de formas básicas que quando combinadas entre si originam cerca de 2500 símbolos. No entanto, para conseguir utilizar este sistema de comunicação é necessário ter uma boa capacidade de discriminação visual, capacidades cognitivas básicas (ao nível das operações concretas) e boa compreensão auditiva.

- Sistemas combinados (gráficos e manuais), podemos indicar o

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2.1.2 Softwares de Comunicação

GRID

Este software utiliza o computador e os programas que nele existem, possibilitando ao utilizador expressar-se e dessa forma comunicar autonomamente. Permite-lhe navegar na internet e ainda possibilita ao utilizador o controlo do seu ambiente físico, como ligar/desligar e visualizar a televisão, controlar outros equipamentos como áudio e vídeo, abrir e fechar janelas e portas, entre outras. É de referir que este controlo do ambiente se faz apenas em locais onde o utilizador esteja frequentemente e onde as estruturas do ambiente físico envolvente tenham sofrido alterações técnicas que permitam o seu controlo.

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Comunicar com Símbolos

Este programa tem um aspeto semelhante ao word. Quando o estamos a utilizar, escrevemos no computador e os símbolos vão aparecendo em simultâneo com a escrita. Utiliza símbolos SPC e Widgit. Há símbolos que têm na parte superior qualificadores, que podem simbolizar o plural, o passado, …

Quando se instala o programa no computador, as imagens ficam gravadas no disco, o que permite que estas sejam utilizadas, mesmo depois do tempo de utilização do programa expirar (no caso de versões experimentais).

Overlaymaker

Possibilita a criação de grelhas de comunicação para o teclado IntelliKeys. Permite também a programação de grelhas para controlo de outros programas, como por exemplo o IntelliPics, o IntelliTalk, browser de internet, Media Player e Jogos.

IntelliPics

Permite criar muitas atividades interativas, utilizando imagem, som e texto.

IntelliMathics

Permite trabalhar conceitos matemáticos, como contar, geometria, fracções, probabilidades, classificação,… Pode ser utilizado para as diferentes áreas de ensino e para todas as faixas etárias.

Speaking Dinamically Pro (SDP)

Permite criar tabelas dinâmicas, uitilizando a biblioteca de símbolos do SPC.

Como “biblioteca” de símbolos gráficos do sistema SPC (Símbolos Pictográficos para a comunicação), existe um software chamado Boardmaker que permite fazer / elaborar tabelas e quadros

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diferentes. Pode ajustar-se também o tamanho da letra, assim como o tamanho do símbolo, consoante se queira dar ênfase a cada um deles. Há ainda a possibilidade de produzir e guardar símbolos novos e personalizados.

Por fim, na formação, ainda falámos sobre o IPad, uma das mais recentes tecnologias que pela sua versatilidade, se pode também utilizar como um switch e trabalhar-se a interação de forma muito ativa, pois apresenta aplicações realmente interactivas e como tal muito atractivas, tanto para crianças como para adultos.

Tem a vantagem de ser mais leve que um portátil e a sua autonomia ser significativamente maior.

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3. Reflexão Crítica

“Comunicar tem que ser divertido. Se o não for para nós não o será provavelmente para a criança.” Cunnings

A fala é a forma de expressão mais utilizada quando se pretende comunicar, no entanto, nem todas as pessoas o conseguem fazer. Estas pessoas podem, ainda assim, apresentar capacidades e necessidades comunicativas semelhantes, pelo que nós, enquanto professores deveremos proporcionar-lhes, o mais precocemente possível, um sistema aumentativo e alternativo de comunicação.

Foi de extrema importância toda a abordagem teórica que foi feita ao tema da CAA, pois permitiu visualizar de forma mais correta não só as potencialidades dos diferentes materiais que hoje em dia dispomos, mas também me possibilitou ter conhecimento da forma como os podemos utilizar corretamente. Numa fase inicial de avaliação de um aluno, devemos equacionar qual o sistema de símbolos que mais se adapta à criança, que vocabulário utilizar, que método de selecção será possível utilizar tendo em conta as capacidades e limitações (físicas e motoras) do futuro utilizador.

No meu caso concreto, que neste momento trabalho com criança (já trabalhei durante 15 com jovens/adultos), foi bom aclarar as ideias quanto ao vocabulário que se deve utilizar inicialmente, tendo em conta a alta frequência (palavras usadas mais frequentemente), a função imediata, a interação com o meio, a motivação (do utilizador) e a utilização do mesmo símbolo para a mesma palavra e no mesmo local da tabela.

Aprendi também que as tabelas se podem organizar de várias formas, como por exemplo por cores, sintáticas, categoriais (por temas) e frequência de uso.

Uma das sessões que mais me marcou em termos de trabalho prático, foi aquela em que tivemos de criar atividades, tendo em conta as características do utilizador e o material que dispúnhamos. Foi muito interessante ter explorado os brinquedos

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Outra aula que também se destacou pela quantidade enorme de informação transmitida, foi a da apresentação dos livros editados pela Cercica, pois as histórias interactivas em Braile, faladas, com imagens animadas, com símbolos SPC, com língua gestual, … permitem-nos trabalhar de forma mais produtiva. Com crianças que apresentam défices cognitivos, muitas vezes é muito difícil captar a sua atenção quando estamos a contar histórias. Com estas tecnologias, torna-se muito mais fácil captar a atenção da criança, havendo uma maior probabilidade de sucesso na aquisição dos conteúdos que queremos trabalhar. Estes livros, ao contrário da maioria do material que falámos nesta formação, são materiais acessíveis não só em termos económicos, como na sua aquisição direta, para além de que o professor pode utilizar este material sempre que queira e onde queira, sem restrições de número de utilizações e local onde utiliza.

Para concluir, devo dizer que, ao longo da minha vida profissional, trabalhei com vários utilizadores de sistemas de CAA, sendo todos eles pessoas sem comunicação oral. Talvez por isso, eu tinha uma ideia pré-concebida de que estes sistemas de comunicação deveriam ser utilizados apenas por quem não poderia usar de todo a expressão oral. Isto porque, defendia eu, se a pessoa tem a possibilidade de falar, não deve apoiar-se numa outra forma de comunicação, sob prejuízo de ainda “atrasar ou eliminar” essa mesma capacidade de falar. Neste momento, e tendo em conta tudo o que foi transmitido na formação e a forma como foram explorados determinados programas e materiais, já defendo a ideia de que estes sistemas de comunicação se podem e devem utilizar, não como substitutos, mas como estimuladores da fala.

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4. Bibliografia

Ponte, M. & Azevedo, L. (2003). Comunicação Aumentativa e

Tecnologias de Apoio: Manual de Cursos.

Rodrigues, M. Filomena (2011) – Comunicação Alternativa e

Aumentativa, Resumos_ppt – CFAECA.

Rodrigues, F. & Fernandes, R. (2012). Documentos de apoio à

Formação CAA, (Manuais).

http://www.assistiva.com.br/BM_SDP_L01.pdf http://www.anditec.pt/acessibilidade-digital/comunicacao-aum/simbolos-pictograficos-para-a-comunicacao.html http://www.google.com/search?q=s%C3%ADmbolos+bliss&hl=pt-PT&prmd=imvns&tbm=isch&tbo=u&source=univ&sa=X&ei=SbguT4n7FMrK0QXZld 2sCA&sqi=2&ved=0CCoQsAQ&biw=1366&bih=620

Referências

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