Estafilococcias e Estreptococcias
Estafilococcias
– Espécies Principais
• Coagulase Positivos S. aureus
• Coagulase Negativo – S. epidermidis > 50% – S. saccharolytius – S. capitis – S. haemoliticus – S. warneri – S. hominis – S. schleiferi
Estafilococcias
– S. aureus
• Parte da flora normal da pele• Comunitárias:
– Infecções de pele e partes moles – Pneumonias – Endocardites – Osteomielites – Miosites – Infecções Intestinais • Hospitalares
– Pneumonia (22,4% dos pacientes) – Infecção de sítio cirúrgico
Estafilococcias
– S. aureus – Quadros Clínicos
• Toxinas
– Intoxicação alimentar
– Síndrome da pele escaldada – Síndrome do choque tóxico
• Efeito Direto – Abcesso – Celulite
• Disseminação – Bacteremia
Estafilococcias
– S. aureus – Ação Direta
• Foliculite
– Infecção dos folículos pilosos
Estafilococcias
– S. aureus – Ação Direta
• Impetigo
– Altamente contagiosa
Estafilococcias
– S. aureus – Ação Direta
• Furúnculos
– Infecção folicular – na glândula sebácea – Tratamento local
Estafilococcias
– S. aureus – Ação Direta
• Carbunculo
– Infecção mais profunda
– Coalescência de diversos folículos pilosos – Base da região cervical
– Tecido necrótico, febre e leucocitose – Risco elevado de bacteremia
Estafilococcias
– S. aureus – Ação Direta
• Celulite
– Hiperemia, dor, calor local e febre
Estafilococcias
– S. aureus – Ação Direta
• Osteomielite – Aguda x Crônica – Aguda • < 6 semanas • Hematogênica • Hemocultura + em 50% • Tratamento 4 a 6 semanas – Crônica • > 6 semanas • DM e Insuficiência Vascular • Fístula • Tratamento – 6 mesesEstafilococcias
– S. aureus – Ação Direta
• Endocardite
– Infecção de pele e partes moles, trauma e uso de drogras IV
– Valvula nativa S. aureus
– Valvula protética S. epidermidis
– Diagnóstico
• Hemocultura + em até 90% antes do antibiótico • Colher 2 a 3 pares de hemocultura em 1 hora
Estafilococcias
– S. aureus – Ação Direta
• Infecção Hospitalar – Pneumonia
– Infecção de Cateteres e Sondas
– Associada CVC
Estafilococcias
– S. aureus – Enterotoxinas
• Intoxicação Alimentar
– Proteínas termoestáveis
– 8 enterotoxinas (A a E; G a I) – Algumas cepas de S. aureus
– 1 a 8 horas pós exposição – Auto-limitada: 6 a 12 horas
Estafilococcias
– S. aureus – Enterotoxinas
• Síndrome da Pele Escaldada – Dermatite esfoliativa bolhosa – Toxina esfoliativa A e B
– Crianças jovens e adultos com problema de pele – neonatos! – Evolução rápida – 2 dias
Estafilococcias
– S. aureus – Tratamento
• Antibióticos utilizados preferencialmente:
– Beta-lactamicos: penicilina, oxacilina, cefalosporinas, carbapeneno
– Lincosaminas: clindamicina – Quinolonas: ciprofloxacina
– Glicopeptideos: vancomicina, teicoplamina – Tetraciclinas: tigeciclina
Estafilococcias
– Coagulase Negativos
• S. epidermidis
– Maior importância em infecção hospitalar – Infecção de próteses e cateteres
– Maior aderência a materiais sintéticos glicocálice
Estreptococias
• Múltiplos grupos
– Beta-hemolíticos do grupo A mais importantes
– Respiratório Faringite e pneumonia
– Pele e tecido subcutâneo parecido com S. aureus + erisipela! – Invasivas miosite, fasciite necrotizante, sepse periparto
Estreptococias
– Faringites e Amigdalites
• Complicação supurativa crianças e adultos jovens • Febre, hipertrofia de amigdalas
• Linfadenite dolorosa
• Complicações supurativas – Abcesso retroferíngeo
– Sinusite, otite e mastoidites
• Complicações não supurativas – Febre reumática aguda
Estreptococias
– Escarlatina
• Toxinea eritrogênica associada à faringite
• Exantema escarlatiniforme – manchas avermelhadas – Desaparece com apressão digital
– Começa pelo torax e se dissemina para tronco e membros – Presença em áreas de dobras – Sinal de Pastia
• Lesões elevadas / verrucoides na lingua – lingua em framboesa
• Descamação digital
• Diferencial outras bactérias e vírus (EBV, Adenovirus, HSV)
Estreptococias
– Síndrome do Choque Tóxico
• Pós infecção de pele e trato respiratório
• Trauma com manifestações inflamatórias, febre ou hipotermia • Insuficiência renal, coagulopatia, hepatite e SARA
• Necrose de partes moles: fasciite necrotizante, miosite, gangrena
Estreptococias
– Síndrome do Choque Tóxico
• Diferencial:
– SCT por estáfilo mais em crianças • Porta de entrada evidente ou não
• Identificação de agentes lesão e hemocultura • Tratamento empírico
– Empírico
• Penicilina ou Cefalosporina de 3ª Geração – Estrepto • Oxacilina – Estáfilo
Estreptococias
– Grupo B
• S. agalactiae
– Infecções neonatais precoces ou tardias
• Precoce < 12 horas de vida – Evolução mais grave • Tardia > 7 dias de vida
– Mãe é em geral portadora no caso de infecção neonatal precoce • Teste pré-parto ATB pré-parto
– Bacteremias e infecção genital feminina
– Pneumonia, endocardite, meningite, partes moles, artrite e osteomielite (adultos)
Estreptococias
– Pneumococo
• S. pneumoniae
– Principal causador de pneumonia na comunidade em todas as faixas etárias.
– Doença Pneumocócica (além da pneumonia) • Não Invasiva sinusite, otite média
• Invasiva meningite, bacteremia
– Principal causa de meningite em adultos em períodos não epidêmicos.
– Menos frequente
Estreptococias
– Pneumococo
• S. pneumoniae
– Até 30% de resistência à penicilina – Antibiograma é fundamental!!!
Estreptococias
– Viridans
• S. viridans
– Microbiota da cavidade oral!
– Endocardite
• Cerca de 30% das endocardites na era pós antibiótico
• Pacientes com doenças de válvulas – prolapso, d. reumática, d. cardíaca congênita