Esta investigação foi desenvolvida com profissionais de Secretariado Executivo que atuam na AdministraçãoPública Brasileira, tendo como alvo os profissionais da Universidade Federal do Ceará. O objetivo principal desta pesquisa foi verificar como ocorre a participação desses profissionais no planejamento de uma Instituição Pública Brasileira. Com isso, através de pesquisa bibliográfica e documental, exploratória e descritiva, verificou-se a importância da participação de todos os atores inseridos na instituição na elaboração e execução do planejamento. Porém, constatou-se com a aplicação de um questionário que os (as) secretários (as) que atuam na UFC não participam efetivamente do planejamento da instituição, mas os mesmos elaboram planos para executar suas atividades diárias. Verificou-se, também, a necessidade da instituição trabalhar no intuito de inserir estes profissionais, bem como os profissionais de outras áreas no planejamento da instituição.
Os três municípios afirmaram ter o registro dos objetivos e metas. Este é outro ponto que merece destaque dentro do processo de elaboração do planejamento da instituição. Segundo Wadsworth e Staiert (1993), os objetivos indicam as áreas em que a instituição deseja progredir. Já as metas representam a mensuração destes objetivos. Apresentam-se como alvos a serem atingidos pela organização e devem ser enumerados por ordem de prioridade. Os autores ressaltam ainda que devam ser traçados objetivos tanto no curto prazo quanto no longo prazo. No caso das organizações públicas, a rotatividade da administraçãopública ocasiona uma descontinuidade da gestão, o que compromete o alcance dos objetivos determinados para um prazo superior ao mandato vigente, daí a necessidade de internalizar e insti- tucionalizar o plano de gestão para que a missão e a visão da prefeitura sejam alcançadas, pois os objetivos institucionais ultrapassaram a linha temporal dos gestores municipais, que é de quatro anos.
Este artigo tem como objetivo analisar o papel do Estado na formulação do planeja- mento no Brasil a partir dos anos 30, período que deu origem às primeiras iniciativas de planejamento, até os anos 80, momento em que se inicia a decadência do planejamento governamental no país. Optou-se por uma retrospectiva histórica que levantasse os prin- cipais aspectos inerentes ao planejamento como instrumento do desenvolvimento econô- mico deste período, verificando as principais mudanças ocorridas na sociedade. O artigo não pretende dar conta de todas as dimensões e complexidades do tema nem esgotar o assunto, que é polêmico e envolve muitas articulações teóricas com outras áreas, como administraçãopública, economia e ciência política. Desse modo, o artigo aponta na direção de que este balanço de análises das experiências de planejamento no Brasil demonstrou grandes avanços econômico-financeiros e alguns fracassos de coordenação e articulação com outras esferas, como a executiva e a financeira. Assim, desde os anos 80, em detrimen- to da crise do Estado, o planejamento entra em declínio nas agendas governamentais, impossibilitado, por questões de ordem financeira, de realizar suas funções de racionaliza- ção e eficiência econômica. Dessa forma, o Estado, nesse contexto, sempre representou, de forma geral, as diversas articulações de interesses capitaneados pelo planejamento como instrumento de intervenção e controle social no Brasil.
Passados mais de 10 anos do advento da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), surge a necessidade de verificar quais as mudanças que esta trouxe para a AdministraçãoPública. Inici- almente, realizou-se pesquisa bibliográfica sobre o surgimento da LRF e seus pilares, quais se- jam: Planejamento, Transparência, Controle e Responsabilidade. Após, realizou-se análise das mudanças sociais a partir do advento da LRF, concluindo-se que, apesar do avanço e do aumen- to da preocupação com os gastos públicos, muito ainda há de ser realizado. Não será o advento de uma lei que resolverá problemas existentes no país desde a sua formação. São necessárias mudanças na cultura do brasileiro, bem como a criação de instrumentos para fortalecer a demo- cracia e a participação popular na política. Ressalta-se a importância da internet neste sentido.
A administraçãopública brasileira enfrenta um grave momento em sua história, apresentando vários escândalos relacionados à corrupção. Contudo, isso não é algo exclusivo dos dias atuais. A história da administraçãopública brasileira é dividida em três fases: Patrimonialismo, Burocracia e Gerencial. A corrupção veio desde o período patrimonialista em que não se fazia distinção entre bem público e privado por parte do monarca. A burocracia surge com o objetivo de por fim a essa prática, mas acaba não se sustentando devido suas disfunções e dá lugar ao gerencialismo. Uma das práticas que o modelo gerencial preza é o planejamento estratégico, que faz com que uma empresa planeje seus objetivos e o rumo a se seguir para alcança-los, de forma eficiente. Dentro da administraçãopública, o planejamento estratégico tem o objetivo de manter o funcionamento, crescimento e desenvolvimento da máquina pública garantindo mais serviços a um baixo custo e com qualidade. Baseado nisso, o objetivo do estudo é verificar como ocorre o planejamento estratégico na AdministraçãoPública brasileira, fazendo a análise da concessão administrativa da Arena Castelão. Concessão é uma das estratégias utilizadas pela AdministraçãoPública para a descentralização das atividades. Ela é dividida em concessão de serviço público, de obra pública e de uso de bem público. Dentro da concessão de serviço público estão as parcerias público-privadas, divididas em concessão patrocinada e administrativa. A reforma da Arena Castelão é um exemplo de concessão administrativa no Estado do Ceará. Contudo ao se analisar os conceitos de cada concessão e o objeto do edital de licitação da reforma da arena Castelão, verifica-se que a mesma não se enquadra no modelo de concessão administrativa. Outro fator verificado é o fato desse modelo não ser o mais apropriado em virtude do alto investimento necessário por parte do governo para realizar a obra. Além disso, analisando as propostas financeiras das licitantes participantes, verifica-se que a licitante vencedora não apresentou, de fato, a proposta mais econômica o que mostra o quanto foi superficial o item atribuído pelo edital para a análise do preço. As concessões são, baseadas em seus conceitos, ótimas estratégias de gestão da administraçãopública, contudo precisam ser usadas adequadamente.
A preocupação de José Afonso da Silva, quando trata do princípio da moralidade, é o judiciarismo, isto é, que o Judiciário possa se imbuir da “função de submetida ao império da lei, inclusive quanto à conveniência e oportunidade do ato administrativo. 2. Comprovado tecnicamente ser imprescindível, para o meio ambiente, a realização de obras de recuperação do solo, tem o Ministério Público legitimidade para exigi-la. 3. O Poder Judiciário não mais se limita a examinar os aspectos extrínsecos da administração, pois pode analisar, ainda, as razões de conveniência e oportunidade, uma vez que essas razões devem observar critérios de moralidade e razoabilidade. 4. Outorga de tutela específica para que a Administração destine do orçamento verba própria para cumpri-la. 5. Recurso especial provido.” (REsp. n. 429.570 – GO, Relª Minª Eliana Calmon, DJ 22/03/2004). No mesmo sentido do STJ: REsp. n. 493.811 – SP, Relª Minª Eliana Calmon, DJ 15/03/2004). Determinando a realização de obras: TJMG: Proc. n. 1.0000.00.352421-2/000(1), Rel. Des. Brandão Teixeira, DJ 01/07/2004; e TJSP: AI n. 83.523-0/4 – C. Esp. – Rel. Des. Alvaro Lazzarini, j. 27/12/2001. Posteriormente, o STJ mudou radicalmente o seu entendimento e passou a negar que a interferência pudesse chegar a tanto, sob o manto da discricionariedade da AdministraçãoPública: “Requer o Ministério Público do Estado do Paraná, autor da ação civil pública, seja determinado ao Município de Cambará/PR que destine um imóvel para a instalação de um abrigo para menores carentes, com recursos materiais e humanos essenciais, e elabore programas de proteção às crianças e aos adolescentes em regime de abrigo. [...] Dessa forma
Palavras-Chave: Administração Pública - Planejamento Urbano - Política Urbana - São Paulo - Operação Urbana - Avenida Faria Lima... Em memória de William Gerson Rolim de Camargo, meu pai[r]
dade o fenomeno nieuru'rin trnrio- nal. Nossos arquivos, bibliotecas e museus sobrevivem gracas 2 dedi- cação de seus poucos colaborado- res. Mais que atenção, care[r]
A Escola Nacional de AdministraçãoPública 24 (ENAP) apresenta o curso de capacitação nesta área, na modalidade de ensino a distância com tutoria, denominado “PDTI – Elaboração do Plano Diretor de Tecnologia da Informação”, porém o mesmo apresenta vagas limitadas. Desta forma, sugerimos que, na impossibilidade da capacitação de todos os membros das CTIs do IFSP (o que seria ideal), alguns membros fossem capacitados e, em seguida, multiplicassem o treinamento recebido entre seus colegas de Comitê e também seus colegas de setor, em cada campus. Isto diminuiria a cisão entre planejamento e ação, reduziria o aspecto incremental e operacional da gestão da TI na organização e contribuiria para formar valores organizacionais diferenciados, na área de TI, mais próximos da cultura do planejamento estratégico e do alinhamento com as metas institucionais, para além da gestão de questões operacionais e de rotina. Também resultaria na possibilidade de um PDTI mais abrangente e coerente com a instituição a partir das análises que são necessárias para o desenvolvimento deste documento.
Como lembra Bresser-Pereira (2001), o Estado brasileiro passou por três modelos de administração. O primeiro ficou conhecido como patrimonialismo, que compreendeu o período de 1821 até 1930; o segundo modelo, de administração burocrática, identificado como modelo vigente durante o governo do Presidente Getúlio Vargas a partir de 1930; e, finalmente, em 1995, por meio do Ministério da Administração Federal e Reforma do Estado (MARE), com a tentativa de implementação do modelo de administração gerencial. Avaliando esses modelos de administração, pode-se afirmar que a ideia de planejamento no primeiro modelo que findou na década de 1930 não se colocava, cabendo a sua incursão nas gestões apenas a partir do modelo burocrático, muito mais presente na esfera federal do que nas outras esferas de governo e, assim sendo, não se constituindo em uma prática sistemática de ação gerencial definidora de rumos a escolher em toda a administraçãopública.
A função executiva é conhecida como a função administrativa do Estado e é a que se apresenta mais próxima da população, pois, esta é a responsável por gerir adequadamente os recursos colocados a disposição do Estado a fim de satisfazer as necessidades comuns. Esta função, conforme Cochrane, Moreira e Pinho (2003, p. 4), “é desempenhada por todos os Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios e abrange todos os órgãos que, na gestão de interesses de Estado ou da coletividade, não estejam atuando legislativa ou jurisdicionalmente”. E ainda, é o poder executivo que, segundo Kohama (2009, p. 13), ordena a administraçãopública, distribuindo e escalonando as funções de seus órgãos e agentes e que estabelece uma relação de subordinação.
Dissertação (Mestrado em Administração Pública) – Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas da Fundação Getúlio Vargas, Rio de Janeiro, 2003. FERNANDES, F[r]
eficiente como um ponto fundamental para o desenvolvimento de uma determinada região. Logo, o objetivo deste trabalho é analisar os resultados do indicador de Quociente Locacional - QL na estrutura produtiva do estado do Tocantins entre os anos de 2007 e 2017. Empreendendo na análise do indicador QL da estrutura produtiva do estado utilizou-se uma abordagem quantitativa seguida por uma análise descritiva dos dados coletados, calculando assim o Quociente Locacional - QL das atividades econômicas do estado, sendo que a área de estudo desta pesquisa compreende os 139 municípios do estado do Tocantins. De acordo com os resultados da pesquisa, o estado do Tocantins apresentou um total de 203,0 mil empregos formais no ano de 2007 e 279,4 mil empregos em 2017. Destes, aproximadamente 75,0% dos empregos formais do estado concentraram-se em 10 dos 139 municípios. Conclui-se, mesmo com a mudança gradativa da participação dos setores no mercado, a economia tocantinense ainda é baseada nos setores da administraçãopública e da agropecuária. Em alguns municípios a dependência econômica destes setores chega a representar mais de 95,0% dos empregos. Palavras-chave: Emprego. Atividades Produtivas. Quociente Locacional. Tocantins.
Uma das idéias centrais do Movimento de Administração Científica é a de que o homem é um ser eminentemente racional e que ao tomar uma decisão conhece todos os cursos de ação disponíveis, bem como as conseqüências da opção por qualquer um deles. Pode, assim, escolher sempre a melhor alternativa e maximizar os resultados de sua decisão. Segundo essa escola, fá-lo em termos de lucro, sendo, portanto, os valores do homem, definidos, previamente, como econômicos. (p. 6)
Dissertação apresentada ao Programa de Pós( Graduação em Administração Pública da Fundação Getúlio Vargas para obtenção do título de Mestre em Administração Pública.. !"#$ Prof.[r]
Mozzicafreddo, Juan (2000), “Cidadania e reforma do estado e da administração pública em Portugal”, comunicação apresentada no colóquio A Reforma da Administração Pública na Europa e no[r]
uma administraçãopública arcaica, burocrática ao extremo. Uma adminis- tração pública altamente centralizada, hierárquica e rígida, em que toda a prioridade será dada à administração direta ao invés da indireta. A Consti- tuição de 1988 ignorou completamente as novas orientações da adminis- tração pública. Os constituintes e, mais amplamente, a sociedade brasileira revelaram nesse momento uma incrível falta de capacidade de ver o novo. Perceberam apenas que a administração burocrática clássica, que come- çara a ser implantada no país nos anos 30, não havia sido plenamente instaurada. Viram que o Estado havia adotado estratégias descentrali- zadoras — as autarquias e as fundações públicas — que não se enqua- dravam no modelo burocrático-profissional clássico. Notaram que essa descentralização havia aberto um certo espaço para o clientelismo, prin- cipalmente no nível dos estados e municípios — clientelismo esse que se acentuara após a redemocratização. Não perceberam que as formas mais descentralizadas e flexíveis de administração, que o Decreto-Lei 200 havia consagrado, eram uma resposta à necessidade de o Estado administrar com eficiência as empresas e os serviços sociais. E decidiram, primeiro, completar a revolução burocrática, para depois pensar nos princípios da moderna administraçãopública.
RESUMO Este trabalho aborda as interfaces existentes entre a Lei de Improbidade Administrativa Lei nº 8.429/92 - LIA e a Lei de Responsabilidade Fiscal Lei Complementar 101/00 LRF visando o resgate da ética na AdministraçãoPública, diante do elevado índice de improbidade constatado nos últimos anos. O trabalho baseia-se no método indutivo, realizado através de pesquisa bibliográfica, compreendendo consulta às leis, revistas jurídicas e diversas doutrinas que abordam o tema. Indaga-se de que maneira é possível controlar e prevenir as práticas ímprobas, além de buscar identificar o entrosamento da Lei de Improbidade Administrativa com a Lei de Responsabilidade Fiscal, e demonstrar se a inobservância da LRF resulta em atos de improbidade administrativa. Diante dessa temática conclui-se que para viabilizar o resgate da ética na AdministraçãoPública torna-se fundamental que as sanções previstas no Ordenamento Jurídico Brasileiro, com o intuito de coibir e responsabilizar os agentes ímprobos, sejam aplicadas de forma célere; que seja realizado um melhor preparo e treinamento dos agentes públicos, sobretudo assessorias jurídicas, administrativas e contábeis para que possam executar corretamente os atos da AdministraçãoPública, bem como a implantação e atuação eficiente e impessoal de sistemas de controle interno e externo da AdministraçãoPública.
Os cinco textos seguintes põem em pauta a questão do trabalho, tema muitas vezes negligenciado nos estudos organizacionais: A hipótese “trabalhador feliz, produtivo”: o que pensam os servidores públicos federais; As tecnologias de informação e comunicação e sua influência na vivência espaço-temporal de trabalhadores bancários; Contradições na avaliação de desempenho dos servidores técnico-administrativos em educação na universidade pública; Assédio moral nos ambientes corporativos .
Olha, eu acho que a maior riqueza de uma empresa – eu já considero a Prefeitura uma empresa pública – são os recursos humanos. Só que onde interfere a política, o que acontece: de quatro em quatro anos é substituído pessoas que tem, como se diz, um certo ... Vamos dizer assim, eu tenho uma equipe que entrou comigo há um ano e meio. Daqui dois anos, vai sair todo mundo. Esta continuidade não existe. (...). Ao mesmo tempo que eu acho também que este continuísmo assim de 20, 30 anos no mesmo, também não dá certo, sabe? E o que acontece: Prefeitura com dificuldades financeiras (...) reduz-se o quadro de pessoal (...) Então o que se está fazendo? Enxugando a máquina, mas não se está preocupando com o resultado dos trabalhos. (...) Até assim, existem mil e um cursos para se fazer, aí nunca tem dinheiro, nunca tem transporte, nunca tem uma diária. (S ECRETÁRIO M UNICIPAL DE S AÚDE – M UNICÍPIO