Ambientais CONSELHO NACIONAL DO MEIOAMBIENTE (CONAMA) O Conama é o órgão consultivo e deli- berativo do Sistema Nacional do MeioAmbiente (SISNAMA), que tem entre suas finalidades o estabelecimento de normas e padrões ambientais que garantam o equilíbrio do meioambiente e a proteção dos recursos naturais. É um espaço democrático, composto por um colegiado representativo de cin- co setores: órgãos federais, estaduais e municipais, setor empresarial e socieda- de civil. Reúne-se ordinariamente a cada 3 meses no Distrito Federal, podendo realizar Reuniões Extraordinárias fora do Distrito Federal, sempre que convocada pelo seu Presidente, por iniciativa pró- pria ou a requerimento de pelo menos 2/3 dos seus membros. As reuniões são públicas e abertas a toda sociedade. O calendário das reuniões, resoluções e demais atos estão discriminados no site. O Conama mantém também o Ca- dastro Nacional de Entidades Ambien- talistas- CNEA, que foi instituído com o objetivo de manter em banco de dados o registro das Entidades Ambientalistas não governamentais atuantes no país, cuja finalidade principal seja a defesa do meioambiente.
pela Universidade Federal de Santa Catarina, Doutor em MeioAmbiente e Desenvolvimento pela Universidade Federal do Paraná. Entre 2014 e 2015 Coordenou o Núcleo de Pesquisa do Instituto Municipal de Administração Pública de Curitiba. Atualmente é pesquisador e docente do Programa de Pós-Graduação em Direito Empresarial e Cidadania do Centro Universitário Curitiba (UNICURITIBA) e do Programa de Pós-Graduação em MeioAmbiente e Desenvolvimento (PPGMADE) da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Publicou dezenas de artigos em periódicos internacionais e nacionais e livros em diversas editoras. Suas pesquisas estão concentradas no entrelaçamento entre Ciências Ambientais, aportes sociológicos e jurídicos. Temas de interesse: sustentabilidade, decolonialidade, racionalidades, pluralismo epistêmico, interdisciplinaridade, ensino/pesquisa jurídica e meioambiente. Pesquisador e Docente do Programa de Pós-Graduação em Direito Empresarial e Cidadania do Centro Universitário Curitiba. E-mail: zecaed@hotmail.com
Pesquisas como a mencionada, acerca de melhores condições de vida, relacionamento e sobrevivência do homem na Terra e, mais recentemente, de sustentabilidade, sempre estiveram, de algum modo, em correspondência com a literatura. Isso se explica, sobretudo, pelo olhar múltiplo de que a literatura se dota, mostrando-se ela capaz, a partir de sua perspectiva diferencial, de conferir a complexidade de focos necessária para se ler a diversidade e a mutabilidade do mundo. Ela se dotaria, nesse sentido, da potência oracular de antecipar imaginários e transformações negativas, como degradações, desastres, guerras, dominações, hecatombes, mudanças climáticas relevantes, que poderiam, caso ela fosse ouvida (ou lida), ser evitadas. Importa obviamente salientar a propriedade positiva que possui a literatura em prever riquezas, novas formas de alimentos, sustentabilidade, saúde, a serem potencializadas em benefício do homem, do meioambiente, da vida.
Se essa relação original entre L e MA for esquecida, ou conscientemente deixada de lado, caímos no que Adams (1991) chamou de “referente ausente”. Ela estava falando dos consumidores de carne, que omitem o referente animal vivo que teve que ser assassinado para dar lugar à carne que eles degustam na mesa. Excluindo o referente, livram-se de coisas desagradáveis, como a ideia de se matar um animal, esfolá-lo, recortá-lo, inclusive com moscas revoando em volta. Eles simplesmente compram a carne “limpa” e embrulhada de modo asséptico no supermercado. Como ecofeminista, Carol Adams associa isso ao tratamento dado à mulher pelo homem. Eu não vou tratar dessa questão aqui. A autonomia relativa da linguagem tem vantagens e desvantagens. Entre as vantagens, temos a possibilidade de se criarem poesia, ficção, enfim, a “criatividade” verbal em geral. Entre as desvantagens, temos a manipulação das palavras por pessoas inescrupulosas, como a maioria dos políticos que infestam nosso país. Para serem eleitos, prometem mundos e fundos. Quando se cobra isso deles após eleitos, dizem que não é bem assim, que as circunstâncias mudaram e assim por diante. As grandes firmas poluidoras também fazem uso desse estratagema em profusão. Nos seus anúncios, salientam o número de empregos que criaram, mas omitem o custo que sua atividade cobra do meioambiente. O fato é que é preciso não nos esquecermos nunca de que L nasceu da interação dos membros de P em MA, o que implica que L traz a marca indelével de MA. É bem verdade que levar essa ligação a ferro e fogo seria uma atitude fascista, assim como achar que o mundo é construído pela linguagem pode levar a manipulações de L de consequências imprevisíveis, o que agradaria a qualquer ditadorzinho ou tiranete de plantão, do jaez de Hitler e Stalin. O ideal é uma relação dialética entre as duas posições, ou seja, a ênfase nas inter-relações.
Com a recente regulamentação, passamos a dispor de uma ferramenta fundamental para a coibição de práticas nocivas ao meioambiente. O Decreto viabiliza a sistematização das penalidades pecuniárias, com valores definidos para cada uma das infrações. As multas a serem aplicadas variam de 50 reais a 50 milhões de reais e estão graduadas de acordo com a gravidade do dano ambiental, com os antecedentes do infrator e com sua situação econômica. A regulamentação da Lei de Crimes encerra, de uma vez por todas, os tristes tempos em que o órgão ambiental sentia-se de mãos atadas devido à ineficácia dos efeitos das multas sobre os infratores, que facilmente as incorporavam como ínfimas parcelas de seus custos, em nada alterando as margens de lucro por eles pretendidas em suas atividades danosas.
Tendo por pilar, então, todo o exposto até aqui, o capítulo final se dedicará em apresentar um panorama da discussão internacional pertinente ao meioambiente e às mudanças climáticas, no intuito de apresentá-la, conforme Beck, Ianni e outros autores reiteram, como uma demonstração notória da transnacionalidade da esfera pública defendida nesta pesquisa. Tal panorama propõe destacar a introdução da temática ambiental na agenda internacional, indicando o caminho percorrido pela arena global até a convenção COP 16, realizada em dezembro de 2010 em Copenhague, último debate oficial sobre o tema promovido até então. Também é intenção do capítulo seguinte apontar as diferenças de abordagem recorrentes a cada etapa desse caminho. Logo após, serão apresentadas algumas considerações finais, não no sentido de finalizar, mas de alinhavar algumas conclusões preliminares com base no disposto no trabalho e sua proposta.
A esta altura, é interessante notar que há quem, mesmo não defendendo expressamente a adoção do conceito mais restrito, finde por reconhecer a possibilidade de o meioambiente natural colidir com as ditas demais dimensões do bem ambiental. É o caso de Germana Belchior (2011, p. 40) que, mesmo adotando um conceito amplo para o meioambiente, o qual classifica como conceito jurídico indeterminado, afirma “que o meio natural, quase intuitiva e racionalmente, entrará em colisão com as outras dimensões do bem ambiental”. Para a autora, o meioambiente natural seria a base para a concepção dos demais aspectos do meioambiente. Bem por isso, prossegue afirmando que o meioambiente natural deve “ter um peso diferenciado nas tomadas de decisões do intérprete na delimitação do conteúdo essencial do direito fundamental ao meioambiente sadio” (BELCHIOR,2011, p 41). Em última análise, pode-se dizer que são formas distintas de linguagem para traduzir uma mesma realidade que converge no sentido da necessidade de reconhecer a prevalência dos bens naturais.
As matérias foram refletidas na possibilidade real do desenvolvimento sustentável e na busca das relações humanas com o meioambiente. Os temas são amplos, todavia podemos dividi- los em grandes grupos, quais sejam: a) A proteção dos recursos hídricos; b) mineração; c) patrimônio cultural; d) Amazônia brasileira; e) áreas protegidas; f) aspectos do licenciamento ambiental, dentre outros temas variados como: políticas públicas e meioambiente; meioambiente ecologicamente equilibrado; fauna marítima e diversidade bioespeleológica, mas que não se encontram, necessariamente, nessa ordem de capítulos.
Resumo: O presente artigo tem como objeti- vo promover uma apreciação da aplicação do ICMS, imposto estadual, como instrumento de proteção ambiental. Mediante a utilização do percentual reservado aos Municípios (25%) como mecanismo de pressão ante os entes municipais para realizar políticas ambientais. Nesse sentido, é feita uma reflexão em ques- tões prévias, como o uso dos tributos com fina- lidades cada vez mais regulatórias, bem como acerca da natureza da relação tributária, se unilateral ou bilateral. Promove-se, ainda, uma análise, partindo-se da noção do tributo como instrumento de intervenção estatal no meio social, da questão relativa à ideia de mudança social, com análise de alguns conceitos que lhe são próximos. Na sequência, aborda-se a pro- blemática fundamental da mudança de para- digma no que importa à questão ambiental, na qual se busca demonstrar que o Direito, com suas múltiplas disciplinas deve, por meio da interdisciplinaridade, ser instrumento de ação nesse sentido, com uma reflexão sobre os ob- jetivos da tributação ecológica, considerados, em breve síntese, como a eficiência econômica e a proteção do meioambiente. Como fecho, o texto procura efetuar um exame de alguns aspectos da legislação sobre o ICMS Ecológico aprovados, implantados ou em implantação, em vários Estados da Federação brasileira. Em síntese, conclui-se que o imposto estadual pode ser utilizado como mecanismo de incentivo fis- cal destinado a promover a proteção ambiental. Modelo de política tributária a ser adotada, em- bora criticado por mitigar em parte a autono- mia municipal.
Nos últimos tempos vários planos e metas têm sido elaborados para auxiliar nessa tarefa. Pouco, porém, tem dado certo. O que se faz necessário, entretanto, para iniciar esta ação é a educação cultural acerca do meioambiente, sua necessidade e ainda, a adoção de uma linha de prioridades para sua manu- tenção. Paralelamente a isso deve haver a conscientização do que realmente é necessário para essa manutenção: o entendimento e harmonia entre o “meio” e o “ambiente”.
O estudo estabelece uma estreita relação entre Fundo Especial de MeioAmbiente e a existência de Conselhos de MeioAmbiente. Também se observou uma associação entre ter legislação sobre Áreas de Interesse Especial e ter Conselho de MeioAmbiente. Entretanto, constatou-se uma baixa proporção de municípios que, simultaneamente, têm Conselho de MeioAmbiente ativo, Fundo de MeioAmbiente e legislação sobre Áreas de Interesse Especial, qualquer que seja o recorte analisado. É, portanto, ainda bastante baixa a presença dos citados instrumentos de gestão entre os municípios brasileiros, em especial a do Conselho de MeioAmbiente, comparativamente a outros tipos de Conselhos com maior incidência, como os de Saúde, Assistência Social, Educação, Crianças/Adolescentes e Emprego e Trabalho. O Conselho Municipal de MeioAmbiente ocupa a 6ª posição neste ranking. Isto pode estar ocorrendo, dentre outros motivos, pela conjugação de duas situações: são poucos os repasses de recursos para os municípios na área ambiental; a existência de Conselhos está fortemente associada a esses repasses e à sua fiscalização.
Resumo: A modificação global dos equilíbrios do planeta, provocada pela desflorestarão, destruição das espécies animas, e, sobretudo, pela ruptura do equilíbrio entre Homem e natureza, é um indicativo seguro de que estamos frente a uma crise ecológica.Crise, simultaneamente do desenvolvimento e do meioambiente, em razão da proximidade dessas duas temáticas.Ou seja, o modelo de desenvolvimento e os padrões de consumos dos países, se manifestam não apenas na miséria econômica da população, mas também na destruição do planeta.Neste sentido, o presente artigo aborda a necessidade de conciliar as estratégias de desenvolvimento e a preservação do meioambiente, porque ante de mais, os problemas ambientais são problemas também impostos pelo desenvolvimento.
No caso do cianeto, os órgãos estatais responsáveis pela defesa do meioambiente, através do controle da poluição e fiscalização das atividades industriais ou de quaisquer outras que provoquem impactos sócio-ambientais, têm um raio de ação limitado às análises de projetos em sua concepção original, aos textos complementares, ou através de RIMA (Relatório de Impacto do MeioAmbiente), ou, quiçá, ao acompanhamento periódico das atividades de rotina no local de processamento. Como se pode verificar na descrição suma- rizada das técnicas de análises dos cianetos no CETEM/CNPq, as mesmas são viáveis para a análise e determinação dos cianetos em amostras na forma líquida, fato que atualmente impossibilita um trabalho seguro de gerenciamento ambiental. Na prática, tendo-se o campo de amostragem restrita aos meios líquidos, basicamente efluentes industriais, as estruturas sólidas adjacentes às áreas de cianetação ficam de fora do universo de amostragem, embora resíduos sólidos possam ser tratados através das atividades microbiais, conforme já comentado.
Como uma introdução à parte empírica do estudo, o Capítulo 4 descreve os principais métodos de valoração econômica do meioambiente, ferramentas que os economistas têm utilizado para atribuir valores aos recursos ambientais não transacionados em mercado. Inicialmente são descritos os componentes do Valor Econômico Total – VET, que abrangem os valores de uso, de opção, de quase- opção e de existência do bem ambiental. Os métodos de valoração ambiental descritos pela extensa literatura econômica são descritos e classificados de diversas maneiras de acordo com as abordagens encontradas na literatura econômica. Porém, uma abordagem especial será para a técnica de valoração denominada Medida de Custo de Oportunidade - MCO. Após descrição conceitual do método, serão apresentados exemplos de sua aplicação no mundo. Descreve-se então, a metodologia apropriada para se calcular o MCO e, por fim, apesar do método possibilitar o cálculo de uma estimativa do valor econômico das áreas desejadas, são apresentadas algumas de suas limitações. Esta ferramenta é utilizada na simulação do estudo de caso que será efetuado em seguida.
é infinito, detalhadamente incalculável. É o que se pode traduzir por espí- rito. O mais vil humano ainda é maior que uma coisa, qualquer coisa. Dizer, no entanto, que uma camisa vale infinitamente menos do que aquele que a veste não basta. A diferença entre um homem e uma coisa por certo existe, mas não pra muitos. A camisa não vai saber qual é, claro. Entretanto, uma pessoa esquecer-se disso é ignorar justamente a competência que lhe quali- fica, que veste o ser de seu caráter humano. Esquecimento ou abandono, há aí duas formas extremas de se fazer desumanidades consigo e com os outros: reduzindo o homem à condição de coisa; ou elevando-o acima de todas as coisas, como se tudo e todos não pertencessem a uma grande história cole- tiva, e o indivíduo não tivesse nenhuma característica comum aos semelhantes da mesma cultura, nem absolutamente nada em relação ao meio-ambiente em que vive e viveu. O que há de trivial entre a pequenez e a soberba hoje se disfarça no lugar comum do marketing ecológico em defesa do meio-
A desestatização do setor elétrico foi apenas parcialmente realizada: ocor- reu em cerca 70% da capacidade de distribuição, mas em apenas 30% da geração. Isso levou a um colapso parcial do planejamento e à crise do “apagão” de 2001 , uma vez que os investidores privados preocupados com incertezas regulató- rias se mantiveram arredios a novos investimentos. A partir de 2000 , um novo modelo foi adotado pelo governo federal a fim de tentar reduzir o risco dos investidores. Isso foi feito dividindo o mercado gerador de eletricidade em dois segmentos, um composto de consumidores livre e outro de consumidores cati- vos. Os consumidores livres poderiam escolher seus supridores entre produtores independentes por meio de contratos bilaterais. Os cativos seriam atendidos pelas empresas que formariam uma câmara de transações.
De fato, o Brasil é o país que perde a maior área por ano, em termos absolutos, mas as taxas mais elevadas de desflorestamento são observadas na Bolívia, no Equador e no Pa[r]
Vamos supor que alguns alunos tenham pes- quisado as informações sobre o tema escolhido. Pode ser que decidam fazer uma oficina durante a mostra de projetos, para que as pessoas aprendam sobre isso. Se fizeram um experimento, podem apresentá-lo de forma interativa. Podem pensar em fazer um vídeo, um cartaz, um painel, que se- rão apresentados durante a mostra. Podem fazer uma palestra ou criar uma sala ambiente. Podem fazer uma peça de teatro ou criar uma coreogra- fia. Todas essas formas de apresentação são pos- síveis, mas, para decidir qual será a mais adequada, é preciso levar em conta os recursos disponíveis em cada escola para apoiar os estudantes, incluin-
2. OBJETIVO: Realizar um chamamento, para que a comunidade estudantil pantaneira, preste mais atenção nos problemas ambientais da nossa região favorecendo que ocorra uma conscientização e mudança de atitude, onde a comunidade passe de mera espectadora, a atuante, defensora de um ambiente ecologicamente bem utilizado. Que se torne conservadora no consumo e aproveitamento dos recursos naturais, multiplicadora e divulgadora de ações e da legislação ambiental.