Como antes se referiu, as ambiguidades à volta da «bioprospeção marinha» levantam-se apenas em “Alto Mar” e na “Área”, uma vez que o Protocolo de Nagoia é aplicável às zonas marítimas j[r]
Há diversas avaliações ainda não conclusivas com respeito à depleção das jazidas fosfáticas. Porém, a despeito das dificuldades de estimar a quantidade de fósforo remanescente passível de ser ex- traído, é certo que este elemento é um recurso finito e extremamente importante para a manutenção da qualidade de vida da sociedade. Para o usosustentável do fósforo é necessário aprimorar as práticas de aplicação dos fertilizantes, implementar o reuso seguro de resíduos orgânicos, esterco e excrementos de animais e humanos, bem como desenvolver métodos para a recuperação de fósforo presente em águas residuárias e corpos aquáticos eutrofizados. Além disso, práticas como a minimização do desperdício de alimentos e do emprego de fósforo na produção de refrigerantes do tipo cola e de detergentes, contribuem para reduzir os impactos ambientais dos corpos aquáticos. Estas medidas são fundamentais para garantir que a depleção deste recurso não ocorra em curto ou médio prazo, permitindo a continuidade da exploração por décadas e/ou séculos.
Os esforços de proteção aos povos tradicionais têm colidido muitas vezes com a proteção da natureza – outro produto de uma dicotomia inventada. Assim como a “tradição” existe em virtude da “modernidade”, a noção de “natureza” como reino livre da influência humana evoluiu em oposição simbiótica à ideia de “cultura” removida da natureza, possivelmente sob influência do ideal de dominação das forças naturais presentes na tradição judaico-cristã (JUNG, 1992). Como no caso dos povos tradicionais, também, a proteção da natureza se tornou prioritária em resposta à sua destruição. Na lógica da dicotomia, a conservação da natureza requeria a exclusão do ser humano, ideia que prejudicou diversos povos que dependiam de áreas destinadas à proteção da natureza para moradia ou subsistência (ARAUJO, 2007; BENSUSAN, 2006; BRAGA, 2013; CUNHA; COELHO, 2003; DIEGUES, 2000b; STEVENS; DE LACY, 1997). Novas percepções sobre a variedade da interação humana com o meio ambiente e a diversidade dos seus efeitos (BALÉE, 2006; DENEVAN, 1992; ERICKSON; CANDLER, 1989), têm começado a mudar essa situação, levando em alguns casos à criação de reservas naturais de usosustentável (STEVENS; DE LACY, 1997), incluindo as Reservas Extrativistas no Brasil. Adicionalmente, o reconhecimento de sistemas de conhecimentos alternativos tem inspirado certos exemplos de colaboração entre povos tradicionais e a ciência na conservação da natureza (GRAHAM, 2000; HOLT, 2005). A suposta contradição entre a conservação da natureza e a proteção dos povos tradicionais e indígenas, então, é cada vez mais provada inexata por pesquisas sobre interações socioecológicas históricas e atuais e em iniciativas com intuito de combinar os dois.
A Lei Florestal da Costa Rica (Ley 7575, Art.3, inciso k), oferece-nós uma definição integrada dos serviços ambientais nos seguintes termos: Os que brindam as plantações florestais e a as matas ciliares e que incidem diretamente na proteção e o melhoramento do médio ambiente. São os seguintes: mitigação de emissões de gases de efeito estufa (fixação, redução, sequestro, armazenamento e absorção de carbono), proteção da água para uso urbano, rural ou hidrelétrico, proteção da biodiversidade para conservação e usosustentável, científico e farmacêutico, investigação e melhoramento genético, proteção de ecossistemas, formas de vida e beleza cênica natural para fins turísticos e científicos.
O usosustentável dos recursos e o controle da poluição são as duas principais preocupações da abordagem de prevenção da poluição. As ações referentes ao usosustentável dos recursos são nessa ordem de prioridade, a redução da poluição na fonte, a reutilização, a reciclagem e a recuperação energética. Reduzir é sempre a primeira opção, significa diminuir a quantidade dos resíduos gerados, reprojetando produtos e/ou mudando suas características. Reusar significa utilizar os resíduos da mesma maneira como foram produzidos, reaproveitando restos de matérias-primas, por exemplo. Reciclar significa tratar os resíduos para deixá-los novamente aproveitáveis. Apesar de vantajosa para o meio ambiente, por reduzir a necessidade de matérias-primas originais, a reciclagem pode gerar danos ambientais devido ao seu processo requerer energia e outros materiais que podem gerar poluentes. Recuperação energética é o reaproveitamento calorífico de resíduos que não podem ser reusados ou reciclados para a geração de energia, caso seja possível. (BARBIERI, 2011).
Quanto ao Programa de Conservação e Uso Sustentável da Biodiversidade e dos Recursos Naturais, caberia ao MMA a “’Implementação’ de Ações de Cidadania e Educação [r]
As Alterações Climáticas e o Aquecimento Global são uma das cinco áreas prioritárias da Estratégia 2020 da Comissão Europeia e constitui um grande desafio global que necessita de respostas locais (sempre articuladas nos níveis macro, meso e micro). Com este propósito foi elaborada a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável. O entendimento das Alterações Climáticas e do Aquecimento Global implica a identificação de relações mutuamente influentes entre a Natureza, a Sociedade, a Cultura, a Educação e a Ciência (Giddens 2009; Feldman et al., 2010). Alterações Climáticas e o Aquecimento Global são questão de preocupação global, sendo um desafio significativo para a sociedade hoje e tornando-se uma questão central para a sociedade (Leal Filho et al., 2018) na procura de soluções regionais e locais para o que é um problema global (Leal Filho, 2010). Os impactos das mudanças climáticas outrora considerados apenas um problema ambiental, constituem hoje também uma ameaça global para a vida humana, incluindo a economia internacional, a saúde pública, a migração, o emprego e, em última instância, as infraestruturas internacionais de paz e segurança (Relatório de Desenvolvimento Humano das Nações Unidas, 2008). Neste contexto a preservação da biodiversidade, a melhoria da qualidade de vida das populações e o usosustentável dos recursos naturais são questões que terão que ser compatibilizadas com as atividades socioeconómicas e com o desenvolvimento humano da nossa geração que, juntamente com outras dinâmicas globais, incluindo o crescimento descontrolado da população, a urbanização e a desigualdade económica, poderão criar alterações na cobertura vegetal das terras, no uso da terra, demografia à escala global, disponibilidade de recursos e na biodiversidade (Relatório das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Humano, 2008).
• 79 % Mobilizou recursos da organização (pessoas, orçamento, etc) para desenvolvimento de ações não compulsórias relacionadas à conservação e usosustentável da biodiversidade? Melhoria: quantos % do investimento da empresa vai para esta agenda?
A Flona do Tapajós é uma UC de UsoSustentável criada durante o regime ditatorial no Brasil pelo Decreto nº. 73.684/1974 (BRASIL, 1974). Em 2000, com a criação do SNUC, que definiu as categorias de UCs e os objetivos pelas quais elas são criadas, evidenciou-se que a Flona do Tapajós tem o objetivo básico de “uso múltiplo sustentável dos recursos florestais e a pesquisa científica” (BRASIL, 2000, Art. 17). A Flona está localizada no oeste do estado do Pará, abrangendo os municípios de Aveiro, Belterra, Placas e Rurópolis, às margens da rodovia que liga Santarém (PA) à Cuiabá (MT), no chamado Distrito Florestal Sustentável da BR-163, região marcada pelo avanço da exploração madeireira e abertura de novas áreas para cultivo agrícola e de pastagens (CASTRO, 2008; CRUZ; GRAFFIN, 2011; VENTURIERI et al., 2007).
As Reservas Particulares do Patrimônio Natural – RPPNs - são unidades de conservação de usosustentável criadas em propriedades privadas, de forma voluntária. As restrições a que estão sujeitas as tornam semelhantes às unidades de conservação de proteção integral. Dessa forma, são unidades de conservação singulares, surgidas da vontade da sociedade civil em proteger a natureza e podem promover a conservação de seus habitats sem grandes intervenções humanas. A Chapada dos Veadeiros, região localizada no nordeste de Goiás, tem 15 RPPNs federais, localizadas em torno do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros. A criação de RPPNs representa uma estratégia viável para a região, considerada área prioritária para projetos de conservação da biodiversidade no Brasil e que ainda possui áreas preservadas para a criação de novas unidades de conservação. As RPPNs podem e devem cumprir um papel importante em todos os modelos de gestão integrada e participativa adotados no país. Com base na metodologia da história oral, a proposta deste trabalho foi investigar, pelos relatos de vida dos proprietários e gestores das RPPNs da região, as tramitações para a criação e manutenção das RPPNs, destacando as dificuldades encontradas. A dissertação conta a história dessas reservas e as práticas adotadas por seus proprietários, enfatizando que o incentivo à criação das RPPNs por meio de projetos governamentais ou de ONGs mostra-se decisivo para o aumento dessas áreas protegidas na região. Conclui-se que muitos são aqueles que se mantém motivados, muitas vezes, por valores ambientais e por respeito à natureza apesar das dificuldades na criação e manutenção de suas reservas e da falta de incentivo e diálogo entre o governo e os proprietários.
Para além do papel estratégico das áreas protegidas, a necessidade de se conceber o território a partir de seu potencial produtivo e de garantir segurança jurídica às ocupações de boa fé anteriores ao empreendimento, as experiências apresentadas pelo Ipam reforçam a importância da consolidação do uso de terras já destinadas. A descontinuidade do plano BR-163 Sustentável, sobretudo no que diz respeito ao fomento de atividades produtivas sustentáveis e à fiscalização de áreas de proteção integral, levou à retomada do desmatamento, agora com foco na exploração madeireira. Na mesma lógica, segundo o Ipam, cerca de 30% do desmatamento global na Amazônia hoje se constata no interior de assentamentos da reforma agrária. O que se observa, além de falta de apoio técnico e financeiro que assegurasse o usosustentável dos recursos naturais, é um processo de especulação fundiária dessas terras nas mãos de outros agentes, consequência da política pública não consolidada.
Os indicadores são informações qualitativas e quantitativas, usadas nos processos decisórios em todos os níveis da sociedade. Neste sentido o propósito deste trabalho é avaliar comparativamente os meios de vida das populações tradicionais da área estudada a partir dos capitais: humano, social, natural, físico e financeiro e propor indicadores de avaliação e monitoramento para áreas protegidas da Amazônia. A base empírica para o trabalho foram nove comunidades rurais da Reserva de Desenvolvimento do Piranha, sendo três da zona de usosustentável e seis da zona de amortecimento norte e sul em Manacapuru-AM. O procedimento metodológico adotado na investigação é quantitativo. Os dados foram coletados, através da pesquisa ação, relatos, observação participante, entrevistas estruturadas, conversas informais e dados secundários. Os dados coletados foram organizados por capitais e posteriormente utilizados na comparação dos indicadores e construção do Índice de Desenvolvimento Sustentável Local-IDSL. Os resultados obtidos demonstraram um melhor desenvolvimento das comunidades da zona de usosustentável, com destaque para o capital financeiro. O IDSL construído mostrou-se representativo da realidade local, de fácil aplicação, eficiente e eficaz para medir o desempenho dos indicadores integrantes dos capitais. Neste sentido apontam-se direções para os tomadores de decisões em concordância com os princípios da sustentabilidade e recomendações da Agenda 21 global.
Quanto à integração da gestão do uso do solo e dos recursos hídricos cabe destacar as metas definidas por Campos, Gaspar e Gonçalves (2007) para o usosustentável da água subterrânea, no DF, baseadas no uso e manejo dos solos: (i) o controle da expansão urbana, principalmente sobre as áreas de recarga natural de aquíferos por condomínios irregulares; (ii) a manutenção das áreas de recarga natural de mananciais subterrâneos preservadas ou com ocupação controlada, de forma a garantir a infiltração das águas das chuvas nos solos in natura; (iii) a determinação de áreas para aplicação de sistemas de recarga artificial de aquíferos, em conformidade com a Lei Distrital nº 2.978/2002; (iv) o controle da supressão da vegetação natural com o objetivo de minimizar problemas de erosão, compactação dos solos e infiltração da água das chuvas nos solos, que interferem no processo de recarga natural dos aquíferos; (v) a disposição de resíduos sólidos em aterro sanitário e a avaliação do estado atual da qualidade da água subterrânea nas imediações de cemitérios e lixões; (vi) o incentivo ao manejo do solo em áreas agricultáveis, com uso do sistema de plantio direto, que fundamentado na ausência de preparo do solo e na cobertura permanente do terreno através de rotação de culturas, visa garantir o usosustentável, sem redução da eficiência das funções ecológicas.
A definição e o estabelecimento da matriz de transportes de um país são desafios que acarretam implicações ambientais além das sociais e econômicas. No contexto brasileiro existem previsões de incorporar a dimensão ambiental no processo de tomada de decisão no Plano Nacional de Logística e Transporte em consonância com os pressupostos do desenvolvimento sustentável. A Avaliação Ambiental Estratégica (AAE) é um instrumento utilizado internacionalmente para propiciar essa inserção e facilitar a tomada de decisão mais estratégica. Assim, o objetivo da dissertação foi discutir e estabelecer critérios conceituais de boas práticas de AAE, as possíveis contribuições da aplicação de uma AAE nos Planos de Transporte e aplicar no caso brasileiro – Plano Nacional de Logística e Transporte (PNLT). Para a consecução do objetivo proposto, o presente trabalho estabeleceu critérios e formulou uma diretriz teórica de boas práticas de AAE a partir da Diretiva Europeia 42 de 2001, que trata da implantação e procedimentos de AAE, e de experiências de países como a Escócia, País de Gales e Inglaterra. Esse quadro conceitual foi aplicado no caso brasileiro do Plano Nacional de Logística e Transporte. Os resultados obtidos mostram um fraco compromisso do Plano Brasileiro com um efetivo envolvimento da dimensão ambiental no processo de tomada de decisão, evidenciando um descompasso entre o que é preconizado e a prática. A principal conclusão é que o Plano Nacional está direcionado para o crescimento econômico sem a devida inserção da dimensão ambiental.
Existem situações de urgência que se justifica a dispensa de medicamentos que são sujeitos a receita médica a um utente. Esta cedência de urgência implica uma avaliação e um conhecimento do perfil farmacoterapêutico do utente. Durante o meu estágio foram alguns os casos em que um doente hipertenso deixava o medicamento chegar ao fim e necessitava de medicação regularmente, no entanto não possuía receita médica. Neste caso realiza-se uma venda suspensa, em que o utente paga o valor total do medicamento; quando voltar à farmácia com a respetiva receita é-lhe devolvido o valor correspondente à comparticipação. Se se tratar de um estupefaciente ou psicotrópico, segundo o artigo 17º do Decreto-Lei nº 15/93 de 22 de Janeiro, em casos de urgente necessidade, podem os farmacêuticos, sob a sua responsabilidade e para uso imediato, fornecer sem receita médica substâncias e preparações compreendidas nas tabelas I e II, desde que o total do fármaco não exceda a dose máxima para ser tomada de uma só vez [8].
como: combustível prático e barato, produção de biofertilizante, preservação do meio ambiente, uso para calefação, iluminação e ou para acionar pequenos motores estacionários de combustão interna. Ainda, segundo o autor, uma família de cinco pessoas consome em média 8,93 m 3 por dia de biogás, sendo que 1m 3 de biogás equivale a 0,61 litros de gasolina, 0,57 litros de querosene, 0,55 litros de óleo diesel, 0,45 kg de gás liquefeito, 0,79 litros de álcool combustível, 1,538 kg de lenha e 1,428 kwh de energia elétrica [11].
O modelo educacional desenvolvido para o ensino fundamental tem como ponto de partida a aplicação de um material paradidático, decorrente da própria pesquisa, balizado pelas indicações presentes nos PCN’s. Os conceitos e procedimentos envolvidos no uso racional da energia são capazes de promover o processo de integração do conhecimento como, por exemplo, o uso de combustíveis fósseis que, do ponto de vista da Geografia e da História, permite avaliar as pressões de origem financeira e geopolítica que acarretaram o atual modelo de consumo; através da Matemática, da Química e da Física é possível relacionar os tratamentos numérico e conceitual dos processos envolvidos, por intermédio de uma abordagem científica; por intermédio da Biologia e da Química podem ser avaliados os impactos ambientais associados ao uso dos combustíveis; e, principalmente, do ponto de vista da língua escrita e falada, através da integração dos saberes para a elaboração (organização) e transmissão de idéias. Além disso, existe a possibilidade de todas essas disciplinas estarem participando simultaneamente na análise de determinadas situações, sendo portanto mais uma ferramenta que contribui para o processo de ensino-aprendizagem. Tais exemplos constituem uma pequena amostra do que um tema transversal pode gerar, exigindo dos professores muita criatividade, pois os procedimentos interdisciplinares, em sua maioria, precisam ser construídos.
A separação dos diferentes tipos de uso em áreas diferentes surge nos primeiros desenhos de Hippodamus de Mileto e nos castrums romanos. Em que, já era possível perceber a separação de funções dentro do espaço urbano. Esse zoneamento pode ser encontrado nas cidades ideais planejadas pelos renascentistas. O resgate dos tratados greco-romanos pelos artistas renascentistas resultou no surgimento de novos princípios e práticas acerca da forma urbana ideal. Durante a Idade Média o Desenho Urbano passou por um processo de estagnação, uma vez que o desenhista urbano desaparece, não houve neste período o surgimento de novos modelos urbanos.
A palavra “ecologia” foi forjada em 1866 por Haeckel, zoologista e biólogo alemão, e o termo “ecossistema” foi criado em 1935 pelo ecólogo britânico Tansley. Todavia, somente na virada dos anos 60-70, o planejamento ambiental toma corpo por meio dos trabalhos de Halprin (1965) e McHarg (1969). Eles propunham um planejamento que considerasse questões sistêmicas e questões ecológicas como base para os limites e os potenciais de uso do solo e apresentaram metodologias válidas até os dias de hoje (FRANCO, 1997). Questões de ordem política e econômica não deram ao assunto a relevância que veio a ter mais tarde. A partir da década de 90, a questão ambiental passa a fazer parte das grandes preocupações mundiais e das demandas da sociedade civil organizada. O clamor por formas alternativas de gestão ambiental tem tomado corpo desde a Eco-92 e ganha espaço na medida em que falha o sistema público e se multiplicam os problemas ambientais. Entre os mais importantes paradigmas do planejamento ambiental aceitos pela comunidade acadêmica na atualidade, estão aqueles que concernem à sustentabilidade, à ecologia da paisagem e aos sistemas de espaços livres urbanos. No Brasil, particularmente, considera-se também o arcabouço legal para o tratamento das áreas de preservação permanente e a ecogênese.
Por outro lado, temos os compromissos assumidos em Aalborg (Dinamarca) firmados sobre o pacto político com o desenvolvimento sustentável que já foi assinado por mais de 650 municípios, principalmente europeus. Os compromissos consideram a participação da comunidade local na tomada de decisões, a economia urbana preservando os recursos naturais, a equidade social, o correto ordenamento do território, a mobilidade urbana, o clima mundial e a conservação da biodiversidade, entre outros aspectos relevantes. Diante das diferenças entre as realidades brasileira e europeia, foram agregados dois novos eixos temáticos: "Educação para a Sustentabilidade e Qualidade de Vida" e "Cultura para a Sustentabilidade". Nessa Conferência de Aalborg (Dinamarca) foram constituídos os doze eixos orientadores do programa. Os eixos são: 1) Governança, 2) Bens Naturais Comuns, 3) Equidade, Justiça Social e Cultura de Paz, 4) Gestão Local para a Sustentabilidade, 5) Planejamento e Desenho Urbano, 6) Cultura para a sustentabilidade, 7) Educação para a Sustentabilidade e Qualidade de Vida, 8) Economia Local, Dinâmica, Criativa e Sustentável, 9) Consumo Responsável e Opções de Estilo de Vida, 10) Melhor Mobilidade, Menos Tráfego, 11) Ação Local para a Saúde, 12) Do Local para o Global.