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E às professoras, o que tem sido possibilitado aprender sobre as linguagens

3. A CRIANÇA, O DESENHO, A LINGUAGEM E O OUTRO

5.3 E às professoras, o que tem sido possibilitado aprender sobre as linguagens

Diante de tudo o que nos foi possível construir nesse texto, percebemos como fundamental a mediação dos outros na constituição e aprendizagens dos sujeitos. O olhar das professoras sobre os desenhos infantis é fator significativo na criação de oportunidades e condições para desenhar na Educação Infantil, de maneira que se torna urgente a necessidade de repensar a formação desses profissionais, considerando-se, que ainda há pouco conhecimento sobre a aprendizagem do desenho enquanto linguagem.

Os modos pelos quais as professoras atuam, não são naturais, mas aprendidos em contextos de mediação sistemática, ou seja, durante sua formação acadêmica e contínua, são nesses espaços que se espera que elas aprendam a trabalhar com o desenho e, assim oportunizar e mediar as experiências com essa linguagem.

Ao considerar os contextos de formação das professoras das turmas observadas e relacioná-los às suas práticas, questionamos que condições a instituição educativa em que atuam tem dado para que continuem em processo de formação, e por meio de que atividades. Segundo elas:

Aqui é muito bom. A gente participa de vários cursos de formação pela Secretaria [de Educação]. [...] No CMEI, eles tentam aprofundar algo que a gente já saiba, ou algo que a gente diz, assim ‘ai, eu tenho dúvida de alguma coisa’. Elas vão lá em cima, estudam, mostram pra gente. [...] Geralmente o planejamento é com a coordenação, mas qualquer dúvida que você tiver, elas estão sempre abertas. (Entrevista realizada com a professora C., em 18 dez. 2017).

Tem os cursos que a prefeitura sempre disponibiliza pra gente. Aqui, a gente sempre tem os planejamentos. Aqui, elas nos oportunizam, nos dão oportunidade de fazer cursos no SEMURE que é muito voltado pra essa área; agora, o PNAIC, e fizemos outro também voltado pra essa área, Educação Infantil. (Entrevista realizada com a

151 As professoras ressaltam que há na instituição práticas recorrentes de formação a partir da orientação dos planejamentos pela coordenação pedagógica, havendo uma abertura para o diálogo, bem como a participação em cursos de formação disponibilizados pela Secretaria de Educação. Em entrevista com a gestora pedagógica sobre como se dá a formação continuada na escola, ela afirma que no início e no meio do ano, a equipe pedagógica se reúne, faz um levantamento e enquete acerca dos assuntos que as professoras têm mais dificuldade, e depois disso, acontece o estudo para auxiliá-las. O último que havia acontecido na época da entrevista foi sobre o desenho, pois as professoras estavam com dificuldade de identificar suas fases, então, segundo ela, foram entregues às professoras o material para estudo e a coordenadora se reuniu com elas. Quando questionada se há áreas ou conteúdos de maior necessidade de estudo pelas professoras, a gestora pedagógica responde:

A gente está corrigindo os relatórios do último trimestre, a gente percebeu, como mudou algumas professoras, que no começo do ano a gente já vai ter que iniciar falando sobre os níveis de escrita, porque algumas professoras não têm tanta consistência naquilo que estão escrevendo, estão precisando melhorar. Então, assim, é diversificado, depende do momento. Os níveis de escrita, quando muda o professor, é sempre algo que a gente tem que retomar, é algo que a graduação não trabalha tão bem [...] A questão de trabalhar os espaços físicos da escola é uma coisa que a gente tem que falar sempre. [...] Outro assunto que a gente fala muito é sobre o brincar e a ludicidade, são temas que a gente tá sempre estudando. (Entrevista realizada com a gestora pedagógica da instituição, em 19 dez. 2017).

Embora a gestora nos fale sobre a realização do estudo sobre o desenho, quando questionada sobre qual a área ou conteúdo de maior necessidade de estudo na escola, ela aponta, a linguagem escrita, a exploração dos espaços da escola, o brincar e a ludicidade, não mencionando mais a necessidade de estudar o desenho. Nesse sentido, ressaltamos a importância de ampliar o campo de debates e estudos para as escolas, em especial as públicas, de modo que as discussões e formações adentrem nelas, promovendo momentos de formação contínua e renovação das práticas vividas na escola no referente ao trabalho com o desenho infantil, que é muito mais do que apenas identificar suas fases.

152 Entendemos, assim como Augusto (2014), que os planejamentos marcam os momentos de desenho na escola, e tem se notado que os professores não têm se atentado para o fato de que o planejamento e a intencionalidade de seu trabalho podem ou não melhorar as condições de produção de desenhos pelas crianças. Mas para isso,

Os adultos devem conhecer o que está em jogo nas singularidades dos percursos criativos das crianças, tanto do ponto de vista das possibilidades (faixa etária e da experiência social) quanto do pensamento em processo. [...] O próximo passo é a abordagem de como é possível criar um contexto em que os professores construam significações no exercício do olhar para o desenho infantil. (AUGUSTO, 2014, p. 45-46)

Nessa perspectiva, questionamos às professoras como se dão seus planejamentos e como organizam as atividades:

A gente faz o planejamento semanal. Na realidade é diário, de segunda a quinta a gente planeja, porque na sexta-feira é o banco de horas. [...] Geralmente nas segundas-feiras a gente senta com a coordenação, aí a gente planeja em cima do nosso RCNEI e a gente faz o planejamento trimestral [...] os conteúdos trimestrais a gente entrega pra coordenação, eles visualizam, aí dizem ‘tá bom’, ‘isso aqui precisa melhorar alguma coisa’, se precisar modificar, eles modificam. Sentam com a gente todas as segundas-feiras e a gente vai discutir esse planejamento, vai ver o que é legal fazer durante a semana. [...] Nos outros dias, geralmente, a gente se junta às turmas [...] a gente se reúne junto a professora do nível IV vespertino também, a gente troca algumas ideias, e aí coloca de acordo com a necessidade da turma, as vezes, minha necessidade é diferente da turma dela, a gente modifica isso, caso contrário, a gente tenta até fazer a mesma coisa, a mesma atividade, a gente troca situações, troca ideias, troca tudo, entendeu? (Entrevista realizada com a

professora C., em 18 dez. 2017).

O planejamento é diário. Nós temos uma hora para fazer o planejamento aqui na escola. Algumas vezes a gente tem as reuniões pedagógicas que é dentro desse planejamento [...] Eu não vou mentir, eu gosto muito de fazer em casa, porque em casa eu me sinto mais confortável, em casa eu tô mais descansada e eu consigo organizar melhor minhas ideias. Então, eu já trago a maioria das atividades. Eu não gosto de atividades de xerox, eu gosto de atividades construídas com eles. [...] Fora isso, a gente também tem que usar as atividades xerocadas, também fazem parte desse processo. (Entrevista realizada com a professora K., em 18 dez.

153 O discurso das professoras se volta para a dinâmica de planejamento da instituição, e quando comentam a organização das atividades, percebemos que a professora C. nota a importância de considerar as necessidades e especificidades de sua turma, bem como as interações e trocas de experiências com a outra professora. Já a professora K., compreende a organização das atividades em sua materialidade, como a atividade xerocada, e diz, preferir construir com eles, o que nos faz questionar diante das situações de interação das crianças com o desenho: o que considera como construção mútua?

Como discutimos ao longo deste trabalho, as ações das professoras são essenciais nos momentos de interação das crianças com o desenho. É por meio de interações mediadas pelo Outro e pelo signo – linguagem, que elas são capazes de aprender, experimentar, criar e significar seus desenhos. A mediação das professoras quando possibilita interações significativas com o desenho, levam as crianças a ampliarem seu repertório cultural e processo criativo. Ao planejar as atividades e suas ações, oferecendo os materiais, exemplos sem imposições, fornecendo pistas, sugerindo, desafiando, ou ao permitir que as crianças desenhem por si mesmas, e auxiliando-as em suas necessidades, as professoras estão valorizando o processo criativo das crianças e suas potencialidades.

Desse modo, entendemos o papel fundamental das professoras na construção de conhecimentos e interações das crianças com diversas linguagens. E, enquanto sujeitos ativos, que mobilizam ações/oportunidades, articulam, transformam, e constroem saberes nos jogos das relações/interações que estabelecem, precisam também ampliar seus conhecimentos e olhares em relação ao mundo, ao fazer artístico e às Artes, a partir de experiências de formação e vivência com a linguagens artísticas. É preciso ampliar o campo de debates e estudos acerca do desenho infantil para as instituições formadoras e escolas, em especial, as públicas, a fim de que as formações adentrem nesses contextos, promovendo momentos de formação contínua e renovação das práticas vivenciadas referentes ao trabalho com o desenho.

154 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Iniciamos esse estudo a partir de inquietações que redirecionaram nosso olhar para os desenhos das crianças, antes pouco percebidos. Observar crianças desenhando – ainda que em situações restritas – nos contextos que vivenciamos em nossa pesquisa, impulsionou-nos a buscar respostas ao que tem sido proporcionado a elas como possibilidades de experimentarem o desenho, e como as professoras encaminham esse aprendizado e oportunizam essa interação. Para tanto, o objetivo de nossas análises aqui apresentadas não foi de meramente apontar “erros” e “falhas” nas ações pedagógicas, mas compreender que se faz necessário um olhar crítico e criterioso às práticas, para que estas possam ser reconfiguradas na perspectiva de propiciarem às crianças o direito a oportunidades significativas de aprendizagem e desenvolvimento, função primordial da Educação Infantil.

Tendo como aporte fundamental a abordagem histórico-cultural em relação à origem e emergência dos processos humanos como essencialmente socioculturais, consideramos, ao olharmos as práticas docentes, o contexto mais amplo onde se inserem, as condições em que são desenvolvidas, o que envolve suas histórias de vida pessoal e profissional, a formação inicial e continuada, as condições de trabalho e as oportunidades que lhes foram e são possibilitadas de refletirem sobre suas próprias práticas.

Nosso estudo propiciou, mediante a sistematização de teorizações e concepções acerca do desenho infantil e do papel mediador do Outro na aprendizagem dos sujeitos, constatar que os modos pelos quais as crianças experimentam e interagem com o desenho são fundamentalmente constituídos pelas condições que lhes são oportunizadas, dado que, por sua condição de crianças, embora sejam competentes e capazes de produzir, de inventar e criar, precisam de mediações dos adultos para muitas de suas ações e interações, visto que em nossa sociedade os objetos da cultura não se encontram à mão, acessíveis às crianças sem intervenções dos outros com quem têm oportunidade de vivenciar. Suas experiências constituem-se, também, pelas formas em que se dá sua participação nos contextos, pelo lugar que lhes é propiciado, pelo valor que têm nas relações sociais.

A análise dos dados construídos evidenciou que cada professora, embora compartilhasse a mesma vivência de planejamento na escola, possuía um olhar

155 particular para com os desenhos das crianças e, a partir dele fazia escolhas sobre o que julgava ser mais adequado e necessário à sua realidade, deixando as crianças mais livres para desenhar ou direcionando-as individualmente. Percebemos, ainda, que, embora algumas propostas de desenho sugerissem possibilidades de as crianças criarem, dizerem coisas sobre ele, e assim, o experimentarem como linguagem, os modos pelos quais as professoras intervinham e encaminhavam essas atividades limitavam o potencial criativo das crianças, na medida em que controlavam suas escolhas, ações e materiais.

Nesse sentido, o monitoramento do desenho da criança dava à professora a garantia de produções mais próximas de suas expectativas. Isso nos permite perceber que o que estava em jogo nessas atividades não era o processo de produção dos desenhos, as interações e experimentações, mas o produto final, que, por sua vez, precisava ter uma boa estética visual para garantir sua exposição.

Durante as situações de interação das crianças com o desenho, notamos que este era pouco valorizado pelas professoras, o que se justifica pela pouca atenção atribuída ao processo de produção dos desenhos e a ausência de comentários sobre eles. Percebemos ainda, que dentre as atividades de desenho oferecidas às crianças, em apenas duas – desenho da Feira Literária e desenho da fruta favorita, o foco das intervenções estava para os seus desenhos, as demais centravam-se na escrita das crianças.

Houve poucas oportunidades de as crianças experimentarem criar a partir de seus desenhos. Entretanto, quando estas aconteciam, as orientações, instruções, comentários e pistas oferecidas pelas professoras ajudavam as crianças a enriquecerem seus registros, a criarem e ressignificarem seus desenhos, dando a elas a liberdade para criar/modificar ao seu modo, relembrar situações vividas e significarem suas produções. Nessa perspectiva, as crianças puderam se reconhecer como autoras de seus desenhos, diferentemente de quando são instruídas a reproduzir desenhos tão iguais.

A linguagem tem o caráter de comunicar, dizer, excitar e afetar os outros, de maneira que foi possível perceber em nossos dados que crianças e professoras interagiam tanto pela mediação da linguagem oral, quanto pela mediação de outras linguagens, os gestos, movimentos, expressões. Tais interações podem favorecer a construção do conhecimento, bem como provocar nos sujeitos das relações seu

156 crescimento enquanto pessoa, logo, a qualidade das mediações oportunizadas pelas professoras criam essas oportunidades.

Quanto mais as crianças são convidadas a desenhar, mais (re)elaboram, (re)produzem e (re)criam, e quanto menos desenham, menos aprendem a desenhar. Dessa forma, as intervenções das professoras precisam se fazer no sentido de possibilitar que as crianças aprendam, ampliem suas capacidades de criação e expressão, e não as restrinjam.

Compreendemos que os modos pelos quais as professoras propõem e mediam a produção de desenhos pelas crianças – seus gestos, expressões, ações e fala, podem conferir ou não uma experiência criativa e significativa das crianças com essa linguagem, visto que as interações e intervenções são responsáveis por aquilo que elas serão capazes de aprender sobre o desenho e como desenhar. Por isso, é necessário que as professoras tenham consciência daquilo que suas ações podem possibilitar, e tal consciência exige delas repensar e avaliar constantemente suas práticas, bem como agir com intencionalidade, responsabilidade, sensibilidade e sabedoria, planejando e encaminhando as aprendizagens a partir de interações significativas que ampliem as possibilidades criativas e imaginativas das crianças com o desenho.

Sabemos que, se reconhecemos que as professoras são mediadoras de experiências e responsáveis pela ampliação do universo cultural e estético das crianças, é preciso considerar seus contextos de vida. O que lhes foi possibilitado aprender sobre o trabalho com o desenho? Que (in)formações tiveram a respeito dessa temática? Quais as suas experiências de criação, como se deu esse processo durante sua formação?

Desta forma, assim como as crianças precisam interagir com múltiplas linguagens, em específico, as artísticas, as professoras também precisam ter experiências formativas com essas linguagens, a fim de contribuir para o enriquecimento de suas práticas, ampliação de seus conhecimentos e capacidade criativa. Dito isto, faz-se necessário investir em formações e estudos sobre o desenho da criança, temática ainda pouco explorada nas instituições formativas, sobretudo quando assumimos a importância do desenho no desenvolvimento das crianças, e nos deparamos com práticas que instrumentalizam o seu ensino. Reconhecemos que tais oportunidades auxiliarão as professoras a terem mais

157 clareza de suas ações e concepções que possibilitarão promover experiências de aprendizagem mais significativas com o desenho.

Concluímos que as discussões e reflexões que alcançamos construir ao longo do nosso estudo visam contribuir para (re)pensar as práticas pedagógicas que estão sendo desenvolvidas nessas instituições com vistas a refletir acerca dos modos como as professoras têm oportunizado e mediado as interações das crianças pequenas com o desenho, bem como a urgência de investimento na formação inicial e contínua das professoras. O percurso aqui relatado, finda com a abertura de questões para futuras pesquisas nesse campo de estudo, com vistas a aprofundar e alargar nossa compreensão em relação a temática.

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