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Área 6 Grande Lisboa e Península de Setúbal

No documento APRESENTAÇÃO APRESENTAÇÃO (páginas 146-154)

Comparticipações de Promotores

4.2.6. Área 6 Grande Lisboa e Península de Setúbal

A

BERTURA DA SUBESTAÇÃO DE

A

LMARGEM DO

B

ISPO

Em horizonte temporal mais dilatado, antevê-se a possibilidade de abertura de um novo ponto injetor na zona ocidental de Grande Lisboa, previsivelmente na zona de Almargem do Bispo, para apoio a consumos localizados nos concelhos de Sintra e Cascais. A abertura desta subestação tira partido de novo eixo a 400 kV a constituir entre as subestações de Rio Maior e de Fanhões (“Ligação a 400 kV Rio Maior - Zona norte da Grande Lisboa”, também descrito nesta Área), ficando inserida neste eixo.

Não obstante a sua inscrição no período indicativo deste Plano, i.e. no segundo quinquénio, este projeto, antevisto para o longo prazo, encontra-se ainda em fase de estudos e maturação, podendo



PLANO DE INVESTIMENTOS

2016-2025 INVESTIMENTO NO DESENVOLVIMENTO DA RNT

PDIRT 2016-2025

vir a ser alvo de ajustes de natureza diversa, nomeadamente no que se refere à sua localização e muito em particular à data de concretização.

A

BERTURA DA SUBESTAÇÃO DE

A

LCOCHETE

A abertura da nova subestação da REN de Alcochete, prevista para 2016 neste PDIRT, tem a sua data de abertura antecipada face à anterior Proposta de PDIRT 2014-2023, antes 2017, após solicitação nesse sentido manifestada pelo operador da RND junto do operador da RNT e expresso no plano de desenvolvimento e investimento da rede de distribuição recentemente apresentado em consulta pública.

O crescimento urbano verificado na margem esquerda do rio Tejo, na zona do Montijo/Alcochete, motivou o estudo entre os operadores da RNT e da RND da possibilidade de abertura de um novo ponto injetor MAT/AT na zona. Com a abertura da subestação de Alcochete será possível

ultrapassar constrangimentos verificados ao nível da RND em caso de falha de uma de várias linhas locais da RND (redução de ENF de 46,7 MWh/ano), permitindo, simultaneamente, uma redução significativa de perdas na RND (redução de 5 367 MWh/ano). Os benefícios deste projeto ficarão ainda mais reforçados com a eventual entrada em exploração da subestação Plataforma Logística da RND. O novo ponto injetor da RNT de Alcochete será alimentado a 400 kV, por abertura da atual linha Palmela - Fanhões.

R

EFORÇO DE LIGAÇÃO À SUBESTAÇÃO DA

T

RAFARIA

A subestação 150/60 kV da RNT da Trafaria encontra-se, atualmente, alimentada por um duplo circuito proveniente da subestação de Fernão Ferro, suportado em apoios de linha dupla em todo o seu percurso. Significa isto que, em caso de avaria grave envolvendo um ou mais dos apoios desta linha, é elevado o risco de quebra de continuidade de serviço no injetor Trafaria. De modo a ultrapassar definitivamente esta severa limitação, encontra-se previsto, para 2016, o

estabelecimento de uma nova ligação a 150 kV entre Fernão Ferro e Trafaria, a qual, devido a restrições relacionadas com a ocupação do território na zona, se encontra com atraso face ao inicialmente previsto.

L

IGAÇÃO A

400

K

V

R

IO

M

AIOR

-Z

ONA NORTE DA

G

RANDE

L

ISBOA

Este projeto, já referido na Área 4, prevê a construção de uma ligação a 400 kV entre as

subestações de Rio Maior e de Fanhões, de modo a reforçar a capacidade de transporte norte-sul na zona litoral, que será sucessivamente mais solicitada, com o progressivo aumento do valor da potência de produção instalada na metade norte do território, em simultâneo com uma redução na metade sul (redução de potência em grandes centrais térmicas). No seu trajeto esta ligação passará, já na região da Grande Lisboa, pela zona de Almargem do Bispo, potenciando a abertura, mais tarde, de uma nova subestação na zona para apoio a consumos localizados nos concelhos de Sintra e de Mafra.



PLANO DE INVESTIMENTOS

2016-2025 INVESTIMENTO NO DESENVOLVIMENTO DA RNT

PDIRT 2016-2025

Face à retração verificada nos anos mais recentes na evolução dos consumos, este reforço está agora neste PDIRT previsto para mais tarde, relativamente a anteriores edições, encontrando-se colocado no período indicativo, i.e., no segundo quinquénio.

R

EFORMULAÇÃO DA REDE DE

220

K

V

NA ZONA DE

L

ISBOA

As propostas constantes do PDIRT nesta matéria têm como principal objetivo dar seguimento a critérios de otimização e ordenamento do território, no sentido de maior sustentabilidade,

assegurando assim, de forma geral e equilibrada, um interesse alargado nas vertentes económica, social e ambiental.

Estas propostas enquadram-se num princípio geral que considera a possibilidade do recurso a soluções suportadas na utilização de circuitos enterrados, em zonas urbanas consolidadas de grande consumo e de elevada densidade populacional.

O prosseguimento deste objetivo permite ainda melhorar a continuidade e a qualidade de serviço em zonas de elevado consumo, com impacto significativo na qualidade de vida dos consumidores e dos cidadãos em geral. De facto, algumas características desta tipologia reforçam a segurança quando temos em conta, por exemplo, a sua menor exposição a perturbações de origem atmosférica a par da maturidade tecnológica já atingida em particular até ao nível de tensão de 220 kV. Na zona mais interior da área urbana da Grande Lisboa, prevê-se a possibilidade de reforçar a rede através do estabelecimento de novas ligações a 220 kV, em circuito subterrâneo, entre a zona ocidental de Loures e a subestação de Carriche, integrando a modificação de alguns troços de circuitos aéreos de 220 kV existentes para uma tipologia em circuito subterrâneo. Contudo, a viabilidade destas ações encontra-se ainda dependente da finalização de estudos em curso, os quais, no entanto, permitem antever desde já a possibilidade de realização técnica destes projetos num período entre 2023 e 2025.

 PLANO DE INVESTIMENTOS 2016-2025 INVESTIMENTO NO DESENVOLVIMENTO DA RNT PDIRT 2016-2025

4.2.7. Área 7 - Alentejo

S

EGUNDA LIGAÇÃO A

400

K

V

F

ALAGUEIRA

-P

EGO

Faz parte deste projeto a construção de uma segunda ligação a 400 kV entre a subestação da Falagueira e o posto de corte do Pego, com o duplo objetivo de, por um lado facilitar o escoamento



PLANO DE INVESTIMENTOS

2016-2025 INVESTIMENTO NO DESENVOLVIMENTO DA RNT

PDIRT 2016-2025

dos fluxos que confluem na subestação da Falagueira provenientes do eixo da Beira interior, resultantes de produção a partir de fontes de energia renovável localizada nas zonas mais interiores do norte e centro, e por outro reforçar o eixo de interligação do Tejo. No troço

compreendido entre as zonas da Falagueira e do Pego, esta linha poderá tirar partido do corredor da atual linha a 150 kV Zêzere - Falagueira, reconvertendo-a para 400 kV em parte do seu traçado, desde que esta solução se mostre socioambientalmente mais favorável.

A data de concretização deste projeto foi alvo de novo adiamento neste PDIRT, encontrando-se calendarizada para o segundo quinquénio e ainda dependente de reanálises a desenvolver.

N

OVA LINHA

E

STREMOZ

–D

IVOR A

400

K

V

A linha Estremoz-Divor faz parte do objetivo estratégico de desenvolvimento da RNT, em resposta a diversos objetivos estratégicos. Com o seu prolongamento, mais tarde, até à zona de Pegões, a nova linha Estremoz - Divor permitirá, por um lado estabelecer pela região interior uma ligação entre as metades norte e sul do país, criando as condições para uma adequada resposta da RNT perante situações de grandes desequilíbrios norte-sul do parque gerador, com particular destaque para variações bruscas de valor significativo (e.g. disparos de grupos geradores), e por outro dotar a subestação de Estremoz da pretendida segurança n-1, a qual não é tecnicamente viável através do recurso a fechos de malha pela rede AT da RND, conforme os estudos conjuntos realizados entre o ORT e o ORD referidos supra. Possibilita ainda a implementação de uma solução robusta e duradoura para alimentação à zona de Évora, com a abertura, mais tarde, da subestação de Divor, esta adiada face à edição anterior do Plano.

Sendo um investimento impactante, o eixo Estremoz - Divor - Pegões está planeado ser

desenvolvido em duas fases, a primeira das quais apenas entre Estremoz e Divor e na qual esta nova infraestrutura fica, temporariamente, integrada na rede de distribuição, possibilitando dar condições de segurança n-1 de alimentação a consumos da região, exceto as que dependem de contingências singulares na rede MAT, uma vez que a subestação de Estremoz está apenas alimentada por uma única linha da RNT.

Em articulação com o projeto “Passagem a 400 kV do eixo Falagueira – Estremoz – (Divor) - Pegões”, para além da referida melhoria na segurança n-1 da rede e da resiliência face ao parque eletroprodutor, este projeto possibilita ainda aumentar, num montante entre 300 a 400 MW, a capacidade de receção de nova geração nesta zona do Alto Alentejo, onde o potencial solar apresenta uma expressão apreciável.

A linha Estremoz – Divor encontra-se neste Plano prevista para 2016.

P

ASSAGEM A

400

K

V

DO EIXO

F

ALAGUEIRA

–E

STREMOZ

–(D

IVOR

)-P

EGÕES

Dando sequência ao projeto da nova linha a 400 kV Estremoz-Divor, atrás referido, está previsto neste projeto o prolongamento desta linha até à zona de Pegões, onde será criado um novo posto de corte da RNT onde se interligarão o novo eixo a 400 kV Falagueira-Estremoz-Pegões com o já existente no litoral, também a 400 kV, entre as subestações de Sines e Palmela e a zona da

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2016-2025 INVESTIMENTO NO DESENVOLVIMENTO DA RNT

PDIRT 2016-2025

Grande Lisboa. Este projeto contempla ainda a passagem à exploração a 400 kV das linhas Falagueira-Estremoz e Estremoz-Divor, o mesmo acontecendo com a atual subestação de Estremoz, concebida desde o seu início para essa possibilidade, concretizando-se nessa altura a atribuição de adequação n-1 às cargas alimentadas pela subestação de Estremoz.

Com a concretização deste projeto, que irá facilitar as transferências de energia entre as metades norte e sul de Portugal, ficam agora estabelecidas condições para uma resposta segura e eficaz da RNT perante situações de ausência ou de muita reduzida produção na zona sul do País, ou ainda de eventual disparo súbito de um volume significativo de geração nesta zona, ocorrência esta de menor probabilidade (embora não inédita), mas cujas consequências podem colocar em risco a segurança da RNT, devido às sobrecargas que poderiam ocorrer nas linhas da zona da Grande Lisboa perante contingências na RNT (nomeadamente nas duas únicas linhas a 400 kV que, por norte, alimentam esta zona: linhas Rio Maior – Alto de Mira e Batalha – Ribatejo), obrigando a deslastre de consumos.

Com este fecho fica também assegurada a bi-alimentação em MAT à atual subestação de Estremoz, cf. referido, cuja influência se estende também a consumos localizados junto à fronteira com Espanha na zona de Elvas, indo ao encontro dos Padrões de Segurança para Planeamento da RNT. Efetivamente, no presente, a subestação de Estremoz encontra-se alimentada a 150 kV, a partir de um único circuito proveniente da subestação da Falagueira com um comprimento significativo (89 km), o que, do ponto de vista da fiabilidade e da segurança de abastecimento, obriga a uma solução estratégica para o desenvolvimento da rede nesta zona, com vista à segurança de abastecimento dos consumos dependentes da subestação de Estremoz.

Paralelamente, fica também potenciada a possibilidade de criação de uma alimentação mais robusta e duradoura às cargas servidas atualmente pela subestação de Évora, com a abertura da subestação de Divor, esta, no entanto, para mais tarde.

Este fecho possibilita ainda aumentar, num montante entre 300 a 400 MW, a capacidade de receção de nova geração nesta zona do Alto Alentejo, onde o potencial solar apresenta uma

expressão apreciável. De facto, o potencial de renovável solar das zonas interiores do Alentejo e do Algarve tem justificado as muitas manifestações de interesse junto dos operadores da RNT e RND por parte de promotores, num montante de potência da ordem de 2 000 MW (ver Quadro 5-7). Este projeto encontra-se calendarizado para 2018 na presente Proposta de PDIRT 2016-2025.

A

BERTURA DA SUBESTAÇÃO DE

D

IVOR

A abertura do injetor Divor encontra-se na presente proposta de PDIRT calendarizado para o inicio do segundo quinquénio, em data mais tarde que em anteriores edições do PDIRT

A atual subestação de Évora é uma instalação limitada, na qual o estado de conservação das suas três unidades de transformação, duas das quais já de idade bastante considerável (47, 39 e 30 anos), exige um acompanhamento e uma atenção especial. Por outro lado, estudos realizados com vista ao reforço da capacidade de alimentação MAT a este injetor, identificaram a inviabilidade de conseguir fazer chegar a este ponto da RNT uma terceira linha de alimentação em MAT, o que, a

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2016-2025 INVESTIMENTO NO DESENVOLVIMENTO DA RNT

PDIRT 2016-2025

prazo, condiciona fortemente o crescimento desta instalação. A nova subestação 400/60 kV de Divor, integrada no eixo Falagueira-Estremoz-Divor-Pegões, possibilitará obviar as dificuldades identificadas relativamente à manutenção e crescimento da subestação de Évora, com uma transferência progressiva de consumos de Évora para Divor. A par dos objetivos acima referidos, com a abertura de Divor são também criadas condições para um aumento da capacidade de receção de nova geração na região, nomeadamente baseados no aproveitamento da energia solar.

C

RIAÇÃO DO PONTO INJETOR EM

P

EGÕES

Este novo ponto injetor da RNT tem neste PDIRT a sua data de abertura referida para o segundo quinquénio, representando um adiamento face a edições anteriores do PDIRT. Não obstante, decorrem ainda estudos entre os operadores da RNT e RND com vista a uma reanálise de alguns dos pressupostos relacionados com este novo injetor, no sentido de uma revisão da data mais adequada para a sua abertura.

Tirando partido da construção do posto de corte a 400 kV de Pegões da RNT, e de forma a melhor abastecer consumos da RND localizados no eixo Pegões – Vendas Novas - Montemor-o-Novo, está previsto a possibilidade de instalação de transformação 400/60 kV em Pegões, numa segunda fase da sua evolução. A abertura do injetor de Pegões traduzir-se-á também numa redução do valor anual de perdas na rede da RND (redução de 2 459 MWh/ano).

C

RIAÇÃO DO PONTO INJETOR EM

O

URIQUE

No atual posto de corte de Ourique está prevista a introdução de transformação MAT/AT para apoio à RND na região. Este reforço permitirá melhorar o abastecimento dos consumos no eixo central do Baixo Alentejo, entre Ferreira do Alentejo e Loulé, com mais de 100 km, atualmente abastecido por uma linha da RND estabelecida em 1957. Verificou-se nesta região um aumento significativo dos consumos, perdendo a reserva de fiabilidade n-1 pela RND (ENF de 99 MWh/ano),

constrangimentos que a introdução de transformação MAT/AT em Ourique permitirá solucionar, possibilitando, simultaneamente, uma redução de perdas na RND (estimada em 2 599 MWh/ano). Este reforço em Ourique está previsto para o 2016, na presente edição do PDIRT.

 PLANO DE INVESTIMENTOS 2016-2025 INVESTIMENTO NO DESENVOLVIMENTO DA RNT PDIRT 2016-2025

4.2.8. Área 8 - Algarve

S

EGUNDO AUTOTRANSFORMADOR

400/150

K

V

DE

T

AVIRA

A colocação em serviço do segundo autotransformador 400/150 kV de Tavira tem como objetivo assegurar nesta zona da RNT as condições de segurança e garantia de alimentação aos consumos do Sotavento Algarvio perante a eventualidade de falha da única unidade 400/150 kV em serviço nesta subestação, ocorrência que obrigaria ao transporte de valores significativos de potência, em particular nos regimes de Verão, do Barlavento para o Sotavento Algarvio. Em simultâneo, o segundo autotransformador 400/150 kV de Tavira contribui também para um aumento da

capacidade de receção de nova geração na região (acréscimo de 70 MW), em particular nas zonas associadas às subestações de Tavira e de Estoi, com destaque para o potencial solar.

O segundo autotransformador 400/150 kV de Tavira tem a sua data de entrada em serviço prevista para 2016.

L

IGAÇÃO A

400

K

VF

ERREIRA DO

A

LENTEJO

O

URIQUE

-T

AVIRA

A zona do Algarve e Baixo Alentejo constitui um pólo de atração de projetos de centros

eletroprodutores fotovoltaicos. De facto, o potencial de renovável solar das zonas interiores do Alentejo e Algarve tem justificado as muitas manifestações de interesse junto dos operadores da RNT e RND por parte de promotores, num montante de potência da ordem de 2 000 MW (ver Quadro 5-7).



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2016-2025 INVESTIMENTO NO DESENVOLVIMENTO DA RNT

PDIRT 2016-2025

Nesse sentido, a solução técnica para o reforço da capacidade de receção de maiores montantes de energia encontra-se identificada, passando pela criação de um novo eixo a 400 kV entre as

subestações de Ferreira do Alentejo e de Tavira, cuja concretização será oportunamente equacionada, acompanhando as diversas iniciativas de realização dos mencionados projetos de centros eletroprodutores solar-fotovoltaico e a evolução das metas de integração de renováveis. Com um maior equilíbrio dos fluxos de potência na RNT na região do Baixo Alentejo e Algarve promovido por este reforço, ficam criadas condições para que do montante global de potência que se encontra atualmente reservada na subestação de Sines24, parte dela (cerca de 800 MW) possa ser transferida para a zona mais interior do Baixo Alentejo e Algarve.

De forma indicativa, a ligação a 400 kV Ferreira do Alentejo – Ourique – Tavira está, na presenta edição de PDIRT 2016-2025, calendarizada para os últimos dois anos do período decenal em consideração.

No documento APRESENTAÇÃO APRESENTAÇÃO (páginas 146-154)