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Reatâncias shunt no período 2016 –

No documento APRESENTAÇÃO APRESENTAÇÃO (páginas 165-170)

Assim, os novos equipamentos de compensação de reativa da RNT permitirão dotar o ORT dos meios técnicos necessários e adequados à evolução prevista da rede de transporte, assegurando que os perfis de tensão nas instalações da RNT se mantenham dentro dos limites máximos admissíveis, mesmo nos períodos de menor carga.

Para o efeito, está previsto no presente Plano a instalação, até 2020, de um total de 750 Mvar em reatâncias shunt, distribuídos por cinco unidades de 150 Mvar em cinco diferentes subestações. Importa também sublinhar que as condições de operação da RNT, em particular junto à fronteira entre Portugal e Espanha, são significativamente influenciadas pelo parque eletroprodutor espanhol em operação. Neste contexto, a incerteza e o caráter mais volátil associado ao controlo de reativa na ligação entre as redes portuguesa e espanhola constituem fatores a que o ORT está atento e que, neste particular, poderão conduzir a algum eventual ajuste ao atual plano de compensação de reativa.

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PLANO DE INVESTIMENTOS

2016-2025 INVESTIMENTO NO DESENVOLVIMENTO DA RNT

PDIRT 2016-2025

4.2.12. Energias marinhas e eólica off-shore

P

ROJETOS PARA RECEÇÃO DE PRODUÇÃO A PARTIR DE FONTES DE ENERGIAS MARINHAS

A RNT, ainda que estabelecida para função transporte do setor elétrico em território continental, está articulada com outras concessões de transmissão de energia elétrica no continente,

designadamente com a concessão da Rede Nacional de Distribuição e com a concessão da Zona Piloto (ZP). A presente proposta de PDIRT tem como limites de âmbito os atinentes aos termos da correspondente concessão, não sendo de estabelecer informação específica das demais

concessões, exceto no que às devidas interfaces e articulação com estas diz respeito. Nesse sentido, não cabe no presente exercício as infraestruturas específicas das demais concessões, nomeadamente as da ZP, a qual de resto não está concessionada ao operador da RNT.

Z

ONA PILOTO

Os Decretos-Lei (DL) n.º 5/2008, de 8 janeiro, e DL n.º 238/2008, de 15 de dezembro, criaram uma Zona Piloto para o desenvolvimento das energias marinhas com especial enfoque na energia das ondas, dotada dos estudos, documentação, infraestrutura e meios necessários para que, a partir de 2013, permita receber promotores de energias marinhas.

A ZP, criada em 8 de janeiro de 2008, tem como objetivo tornar-se um pólo de excelência para as energias marinhas, atraindo promotores, contribuindo para a concretização de um ‘cluster’

científico e industrial de aproveitamento sustentado do mar, na área das energias renováveis marinhas.

As potências que se encontram previstas até 2025 (horizonte temporal deste Plano) no RMSA mais recente relativamente à energia das ondas (8 MW) serão acomodáveis nas redes de distribuição e não induzirão reforços adicionais na estrutura da RNT.

 PLANO DE INVESTIMENTOS 2016-2025 INVESTIMENTO NO DESENVOLVIMENTO DA RNT PDIRT 2016-2025 FIGURA 4-13

Zona piloto

E

ÓLICA OFF

-

SHORE

O Concedente, através do ofício ref.ª Proc.º El2.0, de janeiro de 2015, deu conhecimento ao ORT da aprovação de reserva de capacidade de injeção na RESP de 25 MW, informando igualmente da aprovação do início dos trabalhos associados aos estudos do projeto de ligação à RNT de uma infraestrutura para receção de energia eólica off-shore ao largo de Viana do Castelo, solicitando que o ORT diligencie nesse sentido, o que se encontra atualmente em desenvolvimento e não permite, nesta altura, detalhar mais do que se encontra na presente secção.

Complementarmente, através do Despacho n.º 22/SEEnergia/2015, de 07-05-2015, do Senhor Secretário de Estado da Energia, enviado ao ORT, deu o Concedente indicações para que a

concessionária da RNT continue os trabalhos e conclua a construção das infraestruturas elétricas de ligação do projeto de eólica off-shore, no calendário previsto.

A data prevista para a implementação da primeira fase do conjunto de infraestruturas de rede para ligação deste projeto à RNT é 2017, salvaguardado que os estudos em curso confirmem a sua viabilidade técnica e que os aspetos relativos ao seu enquadramento regulatório, na vertente

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PLANO DE INVESTIMENTOS

2016-2025 INVESTIMENTO NO DESENVOLVIMENTO DA RNT

PDIRT 2016-2025

técnico-económica e de licenciamento fiquem definidos num prazo que não obstaculize a realização de ações no terreno para a verificação das condições técnicas para o efeito.

O desenvolvimento da RNT inclui uma nova subestação na zona de Ponte de Lima, inicialmente apenas com o nível de tensão de 400 kV, com entrada em serviço prevista para 2018, em

articulação com o estabelecimento da nova interligação Minho-Galiza. A criação desta subestação e das linhas a ela ligadas permitem o estabelecimento de uma capacidade de receção adicional de nova produção nos 400 kV desta instalação, num montante de cerca de 200 MVA, conforme consta do Anexo N da ‘Caracterização da RNT para Efeitos de Acesso à Rede | Situação a 31 de Dezembro de 2014 (Caracterização da RNT 2014) com a estimativa da capacidade disponível para receção de nova geração da RNT. Com a instalação de autotransformação 400/150 kV na subestação de Ponte de Lima, inscrito na proposta do PDIRT para o período indicativo em 2022, será possível receber produção eólica, ou de qualquer outra fonte energética, em contexto marinho enquadrada em termos da política energética, até 200 MVA, a estabelecer ao largo de Viana do Castelo. Para esse efeito, e tendo em conta os montantes potenciais de energia, será necessário construir-se uma ligação a 150 kV com cerca de 26 km desde a localização prevista para a futura subestação de Ponte de Lima, situada na margem sul do Rio Lima, até à costa, nas proximidades da foz do Rio Lima, passando na zona da atual subestação de Vila Fria. Esta ligação terá uma transição para cabo submarino, de forma a estabelecer-se a transmissão de energia no mar, através de um cabo isolado para 150 kV e de 200 MVA com características específicas para contexto marinho, com cerca de 17 km de comprimento, a ligar a uma futura subestação de transformação 150/60 kV off-shore da RNT. Esta solução, permite assim a receção de energia proveniente de projetos de centrais de conversão no mar, mediante a ligação desses centros eletroprodutores aos 60 kV da referida subestação 150/60 kV off-shore da RNT.

Com esta solução de ligação ficam criadas as condições para a compatibilização entre o

desenvolvimento previsto da RNT e a minimização dos custos da sua expansão para criação de condições de receção de produção eólica off-shore inserida nos objetivos de política energética, uma vez que se evitam custos os quais de outra forma se incorreria com as outras ligações a estabelecer na zona entre os diversos projetos de conversão de energia e com impactos ambientais significativos, quer no mar, quer em terra. Esta solução de ligação permite ainda uma progressiva escalabilidade em função dos montantes de energia requeridos, otimizando as necessidades de investimento, uma vez que, provisoriamente, se poderá explorar o cabo submarino a 60 kV, ainda que projetado ab initio para 150 kV, e efetuar a sua ligação direta à subestação de Vila Fria da RNT, a qual tem capacidade de receção suficiente25 para acomodar produção eólica off-shore nesta zona, nomeadamente o montante de 25 MW previsto e já reservado para a primeira fase. Desta forma, inicialmente, na zona da subestação off-shore existirá apenas uma infraestrutura mais simples para a execução de junções entre os cabos dos promotores e o cabo submarino de 150 kV da RNT, explorado a 60 kV, para ligação até à subestação de Vila Fria.

Os custos de investimento na RNT requeridos e estimados são apresentados seguidamente, ainda que mereçam a necessária ressalva de terem menor acuidade que os montantes calculados para os demais projetos, uma vez que não há ainda em Portugal experiência com custos relativos a estas tecnologias de MAT, sendo necessário desenvolver estudos em maior detalhe, com vista à

orçamentação mais precisa e programação efetivas.

Em conformidade com a evolução atrás descrita, consideram-se três fases distintas:

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2016-2025 INVESTIMENTO NO DESENVOLVIMENTO DA RNT

PDIRT 2016-2025

• Fase 1 [Capacidade máxima: 80 MVA26; Custo RNT adicional: 48 M€; 2017]

Nesta fase dá-se resposta ao montante de capacidade que se encontra reservado (25 MW)27, mediante a instalação de um cabo submarino (export cable) dimensionado para 150 kV, mas inicialmente operado a 60 kV, com cerca de 17 km de comprimento, terminando em off-shore por uma infraestrutura do tipo hub para união ao cabo submarino de 60 kV dos promotores (array cable) e continuando em on-shore por uma ligação em parte subterrânea e em parte aérea, com cerca de 11 km, até à subestação da RNT de Vila Fria, na qual será necessário equipar um novo painel de 60 kV (painel cujo custo é suportado pelo Promotor). Esta fase decorre até 2017, importando num investimento estimado em cerca de 48 M€.

• Fase 2 [Capacidade máxima: 200 MVA; Custo RNT adicional: a determinar; 2020-2022] Nesta fase, a desenvolver em conformidade com a manifestação concreta de interesses, fica viabilizada uma capacidade de receção acima do montante da Fase 1, garantindo-se a receção, na subestação de Ponte de Lima, de um montante de potência até 200 MVA. Esta fase não se prevê que ocorra antes de 2020-2022. O investimento é globalmente dominado pela entrada em operação na RNT de uma subestação off-shore 150/60 kV, à qual os cable arrays dos promotores se poderão ligar a 60 kV, e onde se liga também o cabo submarino de 150 kV instalado na Fase 1, agora a operar a 150 kV. Em on-shore, a ligação a Vila Fria estabelecida na Fase 1 será desviada desta subestação e prolongada em linha aérea a 150 kV, com uma extensão aproximada de 15 km, até à subestação de Ponte de Lima, na qual será necessário equipar um novo painel de 150 kV. O investimento global previsto, para além do referente à subestação off-shore, de valor ainda por calcular nesta altura, estima-se em 6 M€ e refere-se às infraestruturas em on-shore acima descritas.

• Fase 3. [Capacidade máxima: 400 MVA; Custo RNT adicional: 45* M€; >2025] (*o custo estimado não inclui reforços adicionais na rede a 400 kV | a analisar) Nesta fase, previsivelmente depois de 2025, seria possível aproveitar maior potencial off-shore duplicando a capacidade de receção para 400 MVA com a instalação de capacidade de

transformação adicional na subestação off-shore, instalação de um segundo cabo submarino a 150 kV entre a subestação off-shore e a sua transição para cabo on-shore, instalação de segundo troço de cabo on-shore até ao encontro com o troço em circuito aéreo, instalação de um novo painel de linha a 150 kV na subestação de Ponte de Lima e ainda reforços nos 400 kV da RNT na zona, reforços estes que nesta altura se encontram ainda indefinidos.

26 Por limitação de capacidade de receção na subestação de Vila Fria, conforme ‘Caracterização da RNT 2014’, para além da potência já atribuída (25 MW), no curto prazo só é possível a ligação de mais 20 MVA.

 PLANO DE INVESTIMENTOS 2016-2025 INVESTIMENTOS NA MODERNIZAÇÃO DA RNT PDIRT 2016-2025

4.3.

INVESTIMENTOS NA MODERNIZAÇÃO

DA RNT

4.3.1. Enquadramento à gestão de ativos

4.3.1.1. Caracterização da população dos ativos

O tema da Gestão de Ativos tem sido um dos pontos mais desafiantes para as empresas

detentoras de ativos físicos, no geral, e para as utilities, em particular. A grande questão atual não é identificar os recursos mínimos necessários para alcançar um determinado nível de fiabilidade, mas sim a máxima fiabilidade que se consegue alcançar com um número limitado de recursos28. Tendo em consideração as boas práticas internacionais para asset management (nomeadamente a PAS55 e a ISO55000), a política de manutenção da REN visa otimizar o custo de ciclo de vida dos ativos. O ponto de partida para uma política de gestão de ativos consiste, por conseguinte, em caracterizar a população de equipamentos da RNT.

No final de 2014 a infraestrutura da RNT era composta por 8 534 km de circuito de linha aérea e 17 999 apoios, com três níveis de tensão diferentes (150, 220 e 400 kV).

QUADRO 4-8

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