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GAUSSEN KÖPPEN

Tipo bioclimático Índice xerotérmico

Meses

secos Tipo Chuvas anuais

“Caatinga” Hipoxerofila PL 1 NC 11 3bTh/3aTh/3cTh 3bTh - 150-100 - 5.6 As’/B As’ 600-900mm 600-850mm Floresta sub perenifólia LV d2 AQd2 AQd3 3cTh 3cTh 3cTh 100-40 100-40 100-40 3-4 3-4 3-4 As’ As’ As’ 1000-1500mm 1000-1500mm 1000-1500mm Floresta subcaducifolia LVd3 3bTh 100-150 5-6 As’ 800-1000mm

“Cerrado” AQd1 3cTh/3bTh 100-40 3-4 As’ 800-1550mm

Floresta de Várzea Ae1 Ae2 Ae3 HOe HGe2 3cTh 3cTh 3cTh 3cTh 3cTh/3bTh 40-100 40-100 100-40 100-150 100-40 3-4 3-4 3-4 5-6 3-4 As’ As’ As’ As’ As’ 1000-1500mm 1000-1500mm 1000-1500mm 1000mm 900-1200mm Floresta Subcaducifolia AMd 3cTh 40-200 3-8 As’ 430-1550mm Mangue SM 3 Th 40-100 3-4 As’ 1500mm

tipicamente caducifólia e com características xerófilas (espinhosas).

Ela apresenta uma grande variedade de cactáceas e bromélias, sendo muito resistente aos efeitos das secas porque passaram por muitas adaptações morfológicas e fisiológicas, tais como a diminuição da superfície das folhas, a transformação das folhas em espinhos, cutículas, bem como o aparecimento de órgãos internos que funcionam como reservatórios. Mesmo assim, e como. Já foi dito anteriormente, existe um tipo de caatinga arbustiva e outra arbórea.

Para Ferri (1944), a caatinga tem uma apresentação diferenciada, podendo se distinguir os tipos: Agreste, Carrasco, Sertão, Cariri e Seridó; na maioria das vezes caducifólias.

O “cerrado” é um tipo de vegetação também conhecida como “tabuleiro”, “capoeira”, “capoeirão” e “cobertos”, podendo corresponder, de acordo com as características paisagísticas regionais a “savana”.

Ele se compõe de formações abertas, com árvores, arbustos, estratos arbustivos e gramíneas.

De acordo com Ab’Saber (1971), as regiões dos cerrados forma invadidas pelas florestas no passado, e fundamenta sua hipótese na existência de espécies vegetais e animais comuns a este tipo de ecossistema, na região nordeste do Brasil.

As florestas subperenifólias, típicas das zonas costeiras unidas orientais do nordeste brasileiro, são densas e mais baixas que as encontradas nos tabuleiros, quer dizer, dos cerrados.

Para os técnicos que participaram, da pesquisa publicada no relatório SUDENE/ DNPEA (1971), elas estão muito alteradas no Rio Grande do Norte, e quase desapareceram. Esta formação foi quase que completamente substituída por outra secundária chamada “capoeira”.

Para Ferri os restos da floresta subcaducifólia estão semi-caducos, e sua folhagem cai nos períodos secos. Sua característica principal é uma grande densidade e aspecto caótico. Os campos de várzea são formações compostas por gramíneas e ciperáceas das várzeas unidas ou das margens dos rios, e os arbustos, ou formações de praias ou dunas são rasteiros, mais ou menos densos, é são encontrados sobre dunas e praias, normalmente são formações abertas e espaçadas.

As dunas moveis não apresentam o mesmo tipo de vegetação das dunas fixas com vegetação rasteira, herbácea além das espécies Anacardium – “Cajueiro”, Anacardiese e Ficos – “Gameleira”, dominantes nas suas vertentes. Ferri, ressalta a ausência de vegetação na

região das praias atingidas pelo mar, para poder suportar elevados teores de sal, a vegetação deve se adaptar fisiologicamente, principalmente quando se trata de dunas exteriores.

Os manguezais, são encontrados nos estuários do espaço estudado e são, principalmente, dos tipos:

 Rhizophora Mangle – “Mangue vermelho”  Laguncularia Racemosa – “Mangue Manso”  Avicenia SP – “Mangue Candé”  Conocarpus Erectus – “Mangue Ratinho”

Os estuários não são bem oxigenados e a salinidade elevada inibe o desenvolvimento diversificado de vegetais.

O projeto RADAM/BRASIL (1981), propôs a seguinte distribuição para a vegetação do nordeste Brasileiro, considerando os aspectos topográficos regionais:

A vegetação de Savana ou de Cerrado, que se situa nos interflúvios dos tabuleiros, principalmente nas proximidades da cidade de Touros, sede do município do mesmo nome.

As florestas ombrófilas, relativamente densas, podem ser encontradas na maioria dos Tabuleiros costeiros.

As florestas sazonais semi-deciduais, que se situam na região dos tabuleiros mais continentais, aumenta sua população xerófita na medida que avança para o interior.

As associações pioneiras representadas pelas espécies arbóreas – mangues – herbáceas e “restingas” arbóreas, arbustivas e herbáceas são encontradas nas dunas e nas praias.

As zonas de tensão ecológica, caracterizadas por ser uma zona de contato entre diferentes tipos de vegetação, manifestam evidentes variações climáticas e litológicas em diferentes taxonomias, bem como nos tipos de solos de relevo, bem como e logicamente, na fauna. São pequenos sistemas com grande biodiversidade não bem conhecidos até os dias de hoje.

Consequentemente, esta diversificação de gradientes ecológicos estimula uma intensa competição, em função da limitação espacial vital.

Os contatos entre as espécies sob forma de “encraves” e/ou “ecotonos” se manifestam no espaço estudado da maneira seguinte:

O contato savana-estepe, acontece entre os terrenos mais antigos da “depressão sertaneja” e nos tabuleiros. A vegetação dominante nesses “encraves” é a “estepe”, e, consequentemente, as irregularidades das chuvas acontece os solos arenosos – quartzosolo –

argilosos, e dos tipos “savanas”, ou nos solos do tipo latosolo vermelho-amarelo. Os vegetais são de pequena altura, e os mais conhecidos são a “mangabeira” (Hancornia speciosa), e o “Jucá” (Casalpina ferrea), a “Catanduva” (Piptadenia Obliqua) e “Mufumbo” (Combretum

leprosum).

O contato Savana – floresta estacional, é um tipo de “encrave” característico da região Sul da cidade de Natal, capital do estado do Rio Grande do Norte, onde se situam os solos lixiviados compostos por areias quartzosas distróficas. A vegetação é densa, mas de pequeno porte, sendo a “sucupira” (Bowdichia virgiloides) e o “pau ferro” (Dialium guianense), as mais representativas.

O contato estepe-restinga é o mais comum na região estudada, podendo ser a parte mais extrema do nordeste brasileiro e, consequentemente, da América do sul.

Os solos deste contato são compostos por areias quartzosas distróficas cobertas por areias, também quartzosas trazidas das praias pelos ventos.

Este tipo de “Ecótono” apresenta uma vegetação típica como a “Bateputa” (Hancornia

speciosa), o “Araça” (Psidium SP) o “Guajirú” (Chissobalanos ícaco), bem como a “Cacteia

Facheiro” (Pilosocerceus haplacantus).

Ao sul de Natal, a caatinga (Estepe), avança até o litoral, em decorrência das irregularidades das chuvas. Este ecotono instalou-se sobre paleodunas formando a estepe/retinga. No sentido inverso, a estepe assume um caráter dominante, quando entra em contato com um solo do tipo podzol vermelho-amarelo, desenvolvendo pequenas zonas de tensão ecológica nos espaços descontínuos.

O contato estepe-restinga, que se desenvolve em dunas consolidadas da região costeira/litorânea, com arvores de porte médio entre três ou quatro metros de altura, se distribuem sobre um estratos herbáceo descontinuo.

RELAÇÕES DINÂMICAS ATUAIS ENTRE O CLIMA, O CONTINENTE E O