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As const ant es transfor mações por que passa a sociedade cont e mpor ânea, alé m de trazere m desenvol vi ment o e pr ogresso, acarret a m pr obl e mas sóci o- a mbi entais, muit as vezes, e m pr oporções al ar mant es. Haj a vi st a a afir mação de u ma soci edade paut ada pel os i nt eresses da col eti vi dade, faz-se necessária a apli cação, no pl ano mat erial, de mecani s mos efeti vos que per mit a m o exercí ci o das prerrogati vas de t ut el a do mei o a mbi ente pel os tit ul ares, represent ant es e represent ados. Nesse di apasão, a Ação Ci vil Públi ca (ACP) se i nsere no quadr o de grande de mocratização do pr ocesso no or dena ment o j urí di co pátri o, de f or ma a ost ent ar caract erísticas peculi ares e i novadoras que pr oporci ona m eficáci a na t ut el a de direit os.9 0

O pr esent e capít ul o se i nicia co m a conceit uação doutri nária e a nat ureza j urí di ca conferi das à Lei nº 7. 347/ 859 1, que i ntroduzi u o dipl oma l egal correspondent e à Ação Ci vil Públi ca. A seu t e mpo, serão apresent ados os obj et os da de manda, a exempl o dos i nt eresses col eti vos, difusos e i ndi vi duais ho mogêneos. Ao fi nal do capít ul o, serão abor dadas as condi ções pr ocessuais de l egiti midade para a proposit ura do feit o, be m co mo os aspect os rel ati vos à compet ênci a para o processa ment o e j ulga ment o da Ação.

3. 1 CONCEI TO

No perí odo que co mpr eendeu o fi nal da década de 1970 e os pri meiros anos da década de 1980, ganhou i mport ânci a, e m â mbi t o mundi al, a busca pela t ut el a efeti va de direit os difusos e col etivos, de f or ma a ser dest acada a pr ot eção ao be m j urí di co mei o a mbi ent e. A partir de conferênci as que reunira m paí ses preocupados com a sit uação, f ora m di scuti das perspecti vas quant o aos desti nos do mei o a mbi ent e gl obal, de modo que houve gradati vo i mpul so na i nserção de nor mas pr ocessuais volt adas para a pr oteção a mbi ent al e m di versos siste mas j urí dicos. No Br asil, e m u m mo ment o i ni ci al, a i mpul são r esult ou na

9 0 MILARÉ, Édis. Direito do ambi ente. 9. ed. rev., at ual. e ampl. São Paul o: Revista dos Tri bunais, 2014. p.

1460- 1461.

9 1 BRASI L. Lei n. 7. 347, de 24 de j ul ho de 1985. Disci pli na a ação ci vil pública de responsabili dade por danos

causados ao mei o-a mbi ent e, ao consu mi dor, a bens e direit os de val or artístico, estético, hist órico, t urístico e paisagístico ( VETADO) e dá outras pr ovi dênci as. Brasília, 1985. Disponí vel e m:

possi bili dade de o Mi nist éri o Públi co aj ui zar a “ação de responsabili dade ci vil por danos causados ao mei o a mbi ent e”, nos ter mos do arti go 14, §1º da Lei nº 6. 938/81.9 2 9 3

O i nstrument o pi oneiro no or dena ment o j urí di co br asileiro que per miti u a defesa dos i nt eresses transi ndi vi duais f oi a Ação Popul ar ( AP), i ntroduzi da por mei o da Lei nº. 4. 717/ 65.9 4 No ent ant o, a legiti midade para fi gurar no pol o ati vo da de manda é apenas do ci dadão, o que afast ava a possi bili dade de pr oposit ura das ações col eti vas di ant e dos direit os abarcados pel a l ei. A tít ul o de exe mpl o, bens e direit os de uso co mu m do povo que sofresse m vi ol ação por at o de particul ar, de maneira a ensej ar a prevenção ou at é ressarci ment o, dependi a m de l egiti midade extraor di nária para a pr oposit ura da acti o, consoant e os t er mos do arti go 6º do Códi go de Processo Ci vil ( CPC) de 1973.9 5 9 6

O pri meiro i nstrument o l egal que fez uso da expressão “ação ci vil públi ca” f oi a Lei Co mpl e ment ar Federal nº 40/ 81, que trazia no arti go 3º, i nciso III, co mo f unção i nstit uci onal co mpet ent e ao Mini st éri o Públi co a promoção da respecti va dema nda, dentro dos preceit os l egais. Naquel a ocasi ão, ai nda i nexisti ndo a Lei de Ação Ci vil Públi ca e o obj et o a ser t ut el ado por est a, a doutri na a trat ou co mo u ma espéci e contrapost a à Ação Penal Públi ca, constit uí da pel o direit o conferi do ao parquet para a at uação j urisdi ci onal na esfera ci vil.9 7

A Ação Ci vil Públi ca (ACP) f oi i nstit uí da no ordena ment o j urí di co por mei o da Lei nº 7. 3479 8, dat ada de 24 de j unho de 1985, de maneira a t ornar-se u m i nstrument o eficaz, se m prej uí zo da ação popul ar, na pr ot eção do mei o a mbi ent e e m t odas as suas di versas for mas. A ACP r ege as responsabili dades por danos pr ovocados ao mei o a mbi ent e, ao consu mi dor e a bens de val or artístico, hist órico, t urístico e paisagístico. A partir da pr omul gação da Constit uição da Repúbli ca Federati va do Br asil9 9, o ca mpo de abrangênci a da LACP f oi a mpli ado, u ma vez que o arti go 129, i nciso III, da Cart a Magna, referent es às

9 2 Art. 14, §1º: Se m obst ar a aplicação das penali dades previstas neste arti go, é o pol ui dor obri gado,

i ndependent e ment e da existênci a de cul pa, a i ndeni zar ou reparar os danos causados ao mei o a mbi ent e e a terceiros, afetados por sua ati vi dade. O Ministéri o Público da Uni ão e dos Est ados terá legiti midade para propor ação de responsabili dade ci vil e cri minal, por danos causados ao mei o a mbi ent e”.

9 3 RODRI GUES, Marcel o Abelha. Direito a mbi ent al esquemati zado. 1. ed. São Paul o: Sarai va, 2013. p. 147. 9 4 BRASI L. Lei n. 4. 717, de 29 de j unho de 1965. Regul a a ação popul ar. Brasília, 1965. Disponí vel e m:

<htt p:// www. pl analt o. gov. br/cci vil _03/leis/ L4717. ht m>. Acesso e m: 20 set. 2016.

9 5 Art. 6º: Ningué m poderá pl eitear e m no me pr ópri o, direit o al hei o, sal vo quando aut orizado por lei.

9 6 ABELHA, Marcel o. Ação ci vil pública e mei o a mbi ente. 3. ed. rev., at ual. e a mpl. Ri o de Janeiro: Forense

Uni versitária, 2009. p. 14.

9 7 SOUZA, Mat auri Ci occhetti de. Ação ci vil públi ca e i nquérito ci vil. 5. ed. At ualizada de acor do com as Leis

federais n. 12. 651/ 2012 e 12. 727/ 2012 (novo Códi go Fl orestal). São Paul o: Sarai va, 2013. p. 37.

9 8 BRASI L. Lei n. 7. 347, de 24 de j ul ho de 1985. Disci pli na a ação ci vil pública de responsabili dade por danos

causados ao mei o-a mbi ent e, ao consu mi dor, a bens e direit os de val or artístico, estético, hist órico, t urístico e paisagístico ( VETADO) e dá outras pr ovi dênci as. Brasília, 1985. Disponí vel e m:

<htt p:// www. pl analt o. gov. br/cci vil _03/leis/ L7347Co mpil ada. ht m >. Acesso e m: 20 set. 2016.

9 9 BRASI L. Constit ui ção da Repúbli ca Federati va do Brasil. Disponí vel e m:

funções i nstit uci onais do Mi ni st éri o Públi co, possi bilit ou a pr oposit ura da ACP para a def esa de outros i nt eresses transi ndi vi duais.1 0 0

A pr ot eção dos i nt eresses e bens, por mei o da pr oposit ura da ACP, a mpli ou a legiti midade extraor di nária, de modo a permi tir às associ ações que at endesse m aos pressupost os l egíti mos pudesse m fi gurar no pol o ati vo. Consagr ou o Ministéri o Públi co, ao val orizar o papel de aut or na defesa e m pr ol dos direit os difusos e col eti vos, a fi m de exercer i ncumbênci a de magnit ude soci al. A r eferi da Ação i novou quant o à criação de u m f undo fi nanceiro pr oveni ent e das condenações, no i nt uito de reco mpor os prej uí zos causados. Al é m das i novações pr ocessuais durant e o curso da ação, sur gi u a possi bili dade de u ma cél ere pr oposit ura do feit o, a partir da cri ação do i nquérit o ci vil, mecanismo subsi di ári o da de manda.1 0 1

Instit uí do por mei o da Lei nº 8. 078/ 901 0 2, o Códi go de Defesa do Consumi dor ( CDC) alt erou o al cance de apli cação da ACP, de f or ma a a mpli ar seu ca mpo de i nci dênci a e m r azão de di spositi vos que possi bilitara m a defesa de outros i nt eresses difusos e col eti vos, al é m de i nt eresses i ndivi duais ho mogêneos. Ade mai s, i mpl e ment ou a possi bili dade de cu mul ação da i ndeni zação pel os danos patri moniais e extrapatri moni ais causados aos bens pr ot egi dos pel a LACP.1 0 3

Dentro de u m enf oque volt ado para a pr ot eção a mbi ent al, a ACP possui co mo obj et o medi at o da ação, o direit o ao mei o a mbi ent e ecol ogi ca ment e equili brado. Por outro vi és, o obj et o i medi at o dest a de manda est á rel aci onado co m a possi bilidade de condenação e m di nheiro e/ ou no cumpri ment o da obri gação de f azer ou de não- fazer. Na hi pót ese de a rest auração ser co mpl et a e i medi at a, de modo a retor nar o mei o a mbi ent e l esado ao seu st at us

quo, é váli do o questi oname nt o do pol ui dor-pagador quant o à i ndeni zação patri moni al.1 0 4 O pr opósit o da Ação est á volt ado para fazer at uar a f unção j urisdi cional do Est ado, no i nt uit o de pr oteger a esfera de i nt eresses vit ais à col eti vi dade. Di ant e di sso, o poder de pr ovocar o Judi ci ári o e m pr ol da defesa de i nt eresses transi ndi vi duais f oi conferi do ao Mi ni st éri o Públi co, à Def ensori a Públi ca, às pessoas j urí di cas est at ais, às enti dades da ad mi nistração públi ca, diret a ou i ndiret a, est endido às associ ações l egitima das. As pessoas físicas e ci dadãos, ausentes no r ol do arti go 5º da LACP, não possue m l egiti midade expressa

1 0 0 ANTUNES, Paul o de Bessa. Di reito a mbi ent al. 14. ed. São Paul o: Atl as, 2012. p. 976.

1 0 1 MACHADO, Paul o Aff onso Le me. Direito a mbi ent al brasileiro. 22. ed. rev., at ual. e ampl. São Paul o:

Mal heiros, 2014. p. 433.

1 0 2 BRASI L. Lei n. 8. 078, de 11 de sete mbro de 1990. Dispõe sobre a prot eção do consu mi dor e dá outras

pr ovi dênci as. Disponí vel e m: <htt p:// www. pl analt o. gov. br/cci vil _03/leis/l 8078. ht m>. Acesso e m: 20 set. 2016.

1 0 3 FI ORI LLO, Celso Ant oni o Pacheco. Curso de di reito a mbi ent al brasileiro. 16. ed. rev., ampl. e at ual. São

Paul o: Sarai va, 2015. p. 824.

para i nt egrar o pol o ati vo da de manda. No ent ant o, pode m se val er da ação popul ar co mo mei o condi zent e para pleitear a t ut el a e m pr ol do i nt eresse públi co, ou por mei o dos represent ant es legíti mos supracitados.1 0 5

A Lei nº 7. 347/ 85 substitui u a óti ca de mer o i nstru ment o pr ocessual na defesa de i nt eresses i ndi vi duais, passando a ser vi st o co mo mecani s mo efi caz de cunho partici pati vo- soci et ári o e m defesa de i nt eresses transi ndi vi duais. Dest e modo, a t ut el a pr oporci onada por est e di pl oma pr ocessual pert ence a t odos e m geral, e a ni ngué m e m particul ar, de f or ma a pr ot eger bens co muns quando de sua adequada pr oposit ura; do contrári o, a sua post ergação prej udi cará a t odos e m conj unt o.1 0 6 A partir dessa concepção, ressalta de i mportânci a a pr ó- ati vi dade col eti va e m ma téria a mbi ent al, de modo a gerar pr oveit o a t odos os i ndi ví duos que usufrue m do mei o a mbi ent e.

3. 2 NATUREZA J URÍ DI CA

Ant es de di scorrer sobre o obj et o da ACP e l egiti mados, cabe de monstrar a nat ureza j urí di ca que co mpõe a de manda. Em sede doutri nária, há discussão acerca da legiti midade ad causam para a pr oposit ura das ações col eti vas, de f orma a exi stire m a legiti midade or di nária e a extraor di nária. A pri meira hi pót ese corresponde àquel a e m que o pr ópri o tit ul ar do direit o mat erial é que m pr opõe a de manda, ao passo que na segunda, o f eit o é pr opost o por mei o de um l egiti mado, devi da ment e aut orizado pel a l ei, de f or ma a i ngressar no pol o ati vo da de manda e m pr ol dos i nt eresses transi ndi vi duais.1 0 7

A partir da i nserção da ACP no sist e ma j urí di co brasileiro, abriu-se a possi bili dade de manejar a de manda para a t ut el a de quaisquer direit os ou i nt eresses transi ndi vi duais, sej a m eles de carát er col eti vo, difuso ou i ndi vi dual ho mogêneo, be m co mo rel aci onado ao mei o a mbient e ou não. Ali ás, a LACP não se preocupou apenas co m ações de responsabili dade ci vil de cunho condenat óri o, co mo t a mbé m per miti u que f osse pl eit eado qual quer ti po de pedido, sej a decl arat óri o, constit uti vo, manda mental ou executi vo. Out rossi m, pode ser manej ada a de manda at é mes mo para a obt enção de u ma t ut el a preventi va, al hei a à condenação reparat ória.1 0 8

1 0 5 MILARÉ, Édis. Direito do ambi ente. 9. ed. rev., at ual. e ampl. São Paul o: Revista dos Tri bunais, 2014. p.

1468- 1469.

1 0 6 MILARÉ, Édis ( Coor d.). Ação ci vil públi ca após 30 anos. São Paul o: Revista dos Tri bunais, 2015. p. 233. 1 0 7 DANTAS, Marcel o Buzagl o. Ação ci vil públi ca e mei o a mbi ente: teoria geral do processo, t ut ela

j urisdi ci onal e execução/ cu mpri ment o. 2. ed. São Paul o: Sarai va, 2010. p. 70.

Al é m de cri ar u m i nstrume nt o que per mitisse a t ut el a do mei o a mbi ent e, a LACP cri ou u m conj unt o de pr ocedi ment os que f ormar a m u m ver dadeiro siste ma pr ocessual col eti vo. Desse modo, a ACP pode ser vi st a como u ma das t écni cas processuais que mai s vant agens oferece à t ut ela j urisdi ci onal do mei o ambi ent e, não obst ant e a condução ati va da ação ser de excl usi vo encar go de ent es col eti vos. A ausênci a de li mitações, naquil o que concer ne ao ti po de de manda col eti va a ser t ut elada ou quant o ao l egitima do passi vo, t or na est a l ei pr ocessual u ma nor ma j urí di ca concreta para a defesa de t odo e qual quer direit o transi ndi vi dual passí vel de a meaça ou lesão.1 0 9

Cabe salient ar que a Ação Ci vil Públi ca não possui u m rit o pr ocessual específi co, de modo a poder assumir as f or mas de ações previst as no CPC ou e m l egislação extravagant e, adapt adas aos pri ncí pi os que l he são i nerent es. O Códi go de Defesa do Consu mi dor i mpli cou de f or ma r ecí proca na LACP, co mpl et ando-se e for mando u m t odo úni co nos esparsos t ext os referent e à mat éria.1 1 0 A tít ul o de exe mpl o da i nfluênci a da l egislação extravagant e, com a vi gênci a do CDC a l ei passou a prever ações de i ndi ví duos agl uti nados para a t ut el a de i nt eresses i ndi vi duais homogêneos, difusos e col eti vos, cuj os conceit os l ato sensu pr ovê m do Códi go consu merista.1 1 1

Naquil o que t ange à legiti mação, a Ação Ci vil Públi ca r o mpeu co m a caract eri zação cl ássi ca quant o à nat ureza j urí di ca, haj a vi st a que outrora as ações col eti vas era m r el aci onadas co m o direit o subj eti vo. Pode ser co mpost a por u m direit o de atri bui ção de ór gãos públi cos e pri vados, e m busca da efetiva t ut el a dos i nt eresses de nat ureza não i ndi vi dual e m senti do estrit o. Nesse vértice, f oi possí vel al cançar a j urisdi ção por mei o de ações e procedi ment os direci onados à perspecti va transi ndi vi dual.1 1 2

A partir da pr o mul gação da Constit ui ção da Repúbli ca Federati va do Br asil, houve mai or repercussão da pr ot eção aos direit os col eti vos e difusos, de maneira a r ef orçar a aplicabili dade dos preceit os est abel eci dos pel a LACP. O efeit o expresso pel o preâ mbul o da Cart a Magna desti nou-se a assegurar o exercí ci o de direit os soci ais e i ndi viduais, corroborado pel o arti go 5º, i nciso XXXV, da Lei Mai or, ressaltando que “a l ei não excluirá da apreci ação

1 0 9 RODRI GUES, Marcel o Abelha. Direito a mbi ent al esquemati zado. 1. ed. São Paul o: Sarai va, 2013. p. 460-

461.

1 1 0 SOUZA, Mat auri Ci occhetti de. Ação ci vil pública e i nquérito ci vil. 5. ed. Atualizada de acor do com as Leis

federais n. 12. 651/ 2012 e 12. 727/ 2012 (novo Códi go Fl orestal). São Paul o: Sarai va, 2013. p. 39.

1 1 1 LEAL, Márci o Fl ávi o Mafra. Ações col eti vas. São Paul o: Revista dos Tri bunais, 2014. p. 47.

1 1 2 LEI TE, José Rubens Mor at o; AYALA, Patryck de Ar aúj o. Dano a mbi ent al: do i ndi vi dual ao col eti vo

do Poder Judi ci ári o l esão ou a meaça a direit o”. Dest a feita, garanti u a facul dade de buscar a t ut el a perant e o Juí zo i ncl usi ve para qual quer espéci e de a meaça de lesão.1 1 3

O l egisl ador adot ou o entendi ment o de possi bilitar o aj ui za ment o da ação caut el ar para evit ar a ocorrênci a de dano ao mei o a mbi ent e, por mei o de diferent es modali dades acaut el at óri as. O novo Códi go de Pr ocesso Ci vil ( CPC) opt ou por di vi dir a t ut el a pr ovi sóri a e m duas espéci es, quais sej a m: a t ut el a de ur gênci a e a t ut el a de evi dência. A pri meira pode possuir nat ureza caut el ar ou ant eci pada, consoant e aos pressupost os que garant e m a sua concessão, rel ati vos “a probabili dade do direit o e o peri go de danos ou o risco ao r esult ado útil do pr ocesso”, aos mol des do arti go 300, caput, do menci onado Códi go. A segunda espéci e é di sci pli nada pel o arti go 311 do mes mo di pl oma l egal, sendo u ma modali dade de t ut el a pr ovisória que não necessita da de monstração de ur gênci a, requisit o i nafast ável ao deferi ment o da pri meira.1 1 4

Ad miti da a possi bili dade de condenação cumul ati va no cu mpri ment o de obri gação de fazer ou não- fazer, caberá ao j uí zo det er minar que sej a execut ada a ati vi dade

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