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CAPÍTULO IV CARACTERIZAÇÃO SOCIAL, POLÍTICA E PEDAGÓGICA DA

4.4 Ações Formativas para o Professor Universitário

Para o docente desenvolver sua profissionalização e enfrentar as exigências requeridas pela profissão, a UNISUL oferece dois serviços de apoio para contribuir: a) Programa de Assistência Pedagógica, b) Programa de Formação Continuada dos Colaboradores (PROFOCO). Compreende- se que analisar as competências pedagógicas dos docentes frente às transformações curriculares da Universidade do Sul de Santa Catarina/ Brasil e as necessidades de formação continuada que emergem desse contexto, é um estudo imprescindível para qualificar também tais programas. Para isso, segue a descrição da historicização, a contextualização e uma breve análise do desenvolvimento desses programas:

a) Assistência Pedagógica

Desde 2004, a UNISUL tem o Programa de Assistência Pedagógica. Neste Programa, existem profissionais contratados exclusivamente para o exercício da função; no processo seletivo exige-se um mínimo de 5 (cinco) anos de experiência em docência no ensino superior, formação em educação e titulação mínima de mestre. Esses profissionais atuam junto a agrupamentos de cursos de graduação, definidos por área de conhecimento, que auxiliam coordenadores e professores na implantação dos projetos pedagógicos dos cursos.

Os estudos de Ehrespenberger (2006) contribuiram para situar a institucionalização do Programa de Assistência Pedagógica na UNISUL. A pesquisadora registra que, em 2003, a elaboração do PPI na UNISUL foi um passo que antecedeu e criou condições institucionais para a compreensão da importância da contratação dos profissionais de assistência pedagógica. O Regulamento da Graduação foi outro documento produzido pela Pró-Reitoria de Ensino, mediante o desenvolvimento de metodologias institucionais articuladoras de instâncias de participação. Esse documento foi apresentado aos assistentes pedagógicos como um dos principais instrumentos de seu trabalho na formação pela qual passaram no ano de 2005, quando ampliou-se o quadro de profissionais.

O documento intitulado Assistentes Pedagógicos nos cursos da UNISUL: função, perfil e

formas de atuação (UNISUL, 2004a) justifica que a Pró-Reitoria Acadêmica propôs a contratação

desses profissionais partindo do entendimento de que nem todos os gestores têm competência técnica para a gestão pedagógica dos cursos de graduação na implementação do projeto pedagógico, e mesmo que capacitados, é muito importante um apoio extracurso, que oriente caminhos, auxilie a enfrentar dificuldades e promova um debate pedagógico (UNISUL, 2004a). A função específica do assistente pedagógico, segundo o documento, seria a de “assessorar os processos de ensino aprendizagem, visando à efetiva implementação do projeto pedagógico do curso” (UNISUL, 2004a, p.6), numa perspectiva de atuação de aproximação e imersão no cotidiano do curso e, ao mesmo tempo, um distanciamento e um estranhamento, para a análise de suas próprias ações e da realidade do curso.

Os estudos de Cunha e Isaia (2006) ajudam a compreender o que fazem esses profissionais, mostram que o assessoramento pedagógico tem sido compreendido como uma ação política e institucional, pois, está ligado aos períodos históricos e projetos pedagógicos específicos, oscilando entre a função regulatória e a emancipatória. “Na primeira perspectiva sua função é garantir o alcance de objetivos numa racionalidade de eficácia e eficiência; na segunda propõe-se a dar sustentação aos movimentos de construção da autonomia dos sujeitos envolvidos com processos pedagógicos” (p.374).

Entre as atribuições do Assistente Pedagógico na UNISUL, de acordo com o documento apresentado, estão as seguintes atividades:

assessorar pedagogicamente o processo de implementação dos projetos pedagógicos dos cursos; diagnosticar constantemente as práticas pedagógicas desenvolvidas no processo de implementação dos projetos pedagógicos dos cursos; planejar, com base nos diagnósticos realizados, ações a serem desenvolvidas nos cursos e na UnA; desenvolver o plano de ações, elaborando relatórios sistemáticos à Coordenação da UnA, às coordenações de curso e à Diretoria de Graduação; refletir com o colegiado dos cursos sobre o seu necessário engajamento para que o projeto pedagógico do curso seja materializado no cotidiano da sala de aula; possibilitar espaços de discussão, aprofundamento, estudo, avaliação e intercâmbio entre alunos, professores, coordenadores, a respeito de questões centrais no processo de ensino e aprendizagem; atender às demandas advindas da UnA e de cada curso em particular referentes ao fazer pedagógico; criar situações que auxiliem a modificar a cultura pedagógica instituída no cotidiano do curso, quando isso for necessário para a implementação adequada do projeto pedagógico; identificar e propor, em conjunto com o Programa de Profissionalização Pedagógica Continuada, ações de formação docente; acompanhar o processo de seleção, alocação e avaliação do quadro de docentes da UnA; propor ações visando à melhoria da qualidade do ensino (UNISUL, 2004a, p. 8).

Referente a essas atribuições, tem-se os estudos de Silva (2011), intitulado Assistência

pedagógica aos docentes: uma contribuição para a inovação na universidade?, no qual constata

à construção e implementação dos projetos pedagógicos; apoio à elaboração e avaliação dos planos de ensino; gestão do planejamento, execução e avaliação das ações de formação continuada dos professores; mediação nas relações entre professores e estudantes no processo de ensino e aprendizagem.

Ao analisar os relatórios anuais do trabalho dos Assistentes Pedagógicos (2005-2015), verifiquei que outras ações também se destacam como: contribuição na construção da política e das atividades de monitoria; participação em banca de processo seletivo para contratar novos professores; membro de grupo de pesquisa; participação em grupos de trabalho sobre as políticas de avaliação institucional; participação em bancas para revisão de notas dos instrumentos avaliativos; participação nas ações referente as avalições externas junto aos coordenadores, professores e estudantes (ENADE, Renovação, Re/credenciamento de Cursos), atendimento as demandas de educação inclusiva.

Além das atribuições, busquei compreender também as dificuldades enfrentadas no trabalho do Assistente Pedagógico da UNISUL, as quais se apresentam como: a falta de interesse dos professores para desenvolver ações pedagógicas inovadoras no contexto dos cursos; expectativa dos Coordenadores/ Professores em ter soluções rápidas e objetivas para os problemas pedagógicos mais complexos; busca do Assistente Pedagógico pelo Coordenador de Curso somente para resolver problemas, não aderindo a ações preventivas; baixa participação dos professores nas atividades de formação continuada. Além disso, é vedado aos assistentes pedagógicos realizar atividades de docência nos cursos da IES, o que gera um distanciamento da prática docente; também, são poucos os profissionais na função de Assistente Pedagógico para atender as elevadas demandas oriundas de diferentes segmentos da IES (Silva, 2011).

A autora desta pesquisa, também é Assistente Pedagógica na UNISUL e destaca outras dificuldades vivenciadas além das já apresentadas. Apesar de disseminada a figura desse profissional na IES, os docentes mostram-se retraídos na busca de orientações pedagógicas, os motivos aparente são: o professor sem tempo (professor horista) e com maior interesse nas questões de pesquisa do que nas questões de ensino; distanciamento geográfico dos espaços de trabalho entre o professor e o assistente pedagógico; compreensão simplificada do professor sobre os conhecimentos e a atuação profissional do Assistente, fator que contribui é o Assistente Pedagógico não atuar na docência na IES.

Apesar das dificuldades enfrentadas, após 16 anos de existência, o Programa de Assistência Pedagógica se consolidou na UNISUL e revela que “os assistentes pedagógicos provocam mudanças nas ações pedagógicas realizadas nos cursos ao longo do tempo, seja no âmbito da

administração e da política curricular ou no âmbito da prática pedagógica, no currículo em ação e no currículo realizado” (Silva, 2011, p. 152).

Para corroborar com essa análise, tem-se o trabalho de Wagner (2011) publicado no anais do FORGES, intitulado Assistência Pedagógica: uma contribuição na gestão pedagógica no ensino superior. Esse trabalho discute sobre o papel do Assistente Pedagógico. Conclui que essa função vem se configurando cautelosamente na conquista de espaços de reconhecimento de sua relevância no cotidiano das atividades desenvolvidas nos cursos de ensino superior. E. entende que o trabalho do Assistente tem o compromisso com a voz do coletivo para guiar suas ações, para isso é necessário que seja um bom ouvinte, um pesquisador com sensibilidade e flexibilização para atender as necessidades do contexto.

No entanto, apesar do significado que exerce na IES, com a crise econômica que vem passando o país, a profissão do Assistente Pedagógico sofre uma certa precarização pela diminuição do quadro de funcionários e acúmulo de trabalho, diminuindo as perspectivas futuras de carreira profissional dentro da IES. O contexto desses fatores clama para a IES ficar atenta à qualidade desse serviço, para repensar a atuação desses profissionais junto com eles, a fim de encontrarem soluções às dificuldades ora apresentadas e avançarem na compreensão desses profissionais como intelectuais na área do ensino, vislumbrando uma carreira profissional dentro da IES e uma formação continuada que atenda às necessidades desses profissionais.

b) Programa de Formação Continuada

Desde a década de 90, a UNISUL oferece formação continuada a seus professores, com o objetivo de qualificar o processo de ensino e aprendizagem.

O artigo intitulado “O Programa de Profissionalização Pedagógica Continuada dos Professores da UNISUL como Instrumento de Gestão Pedagógica”, produzido por Paz, et al. (2006), elucida aspectos históricos da criação oficial do Programa chamado Capacitação Docente: Formação Pedagógica da UNISUL, que teve seu início em 1998, com o objetivo de oferecer formação continuada aos docentes de todos os cursos de graduação para o aperfeiçoamento do fazer pedagógico no ensino superior. Assim, em fevereiro de 1998, foi realizada a I Formação Pedagógica, com a participação de 444 professores, distribuídos entre as seguintes oficinas: Técnicas de Ensino, Relação Professor e Aluno, Projeto Pedagógico do Curso à Avaliação da Aprendizagem e Planejamento Estratégico.

O Programa seguiu essa sistemática em seis edições, até 2001 para os professores veteranos. Em 2002, o programa alargou sua atuação para os professores ingressantes na UNISUL, que trazia informações sobre a universidade e atividades com temas referentes à organização da prática docente, à elaboração do plano de ensino e das aulas, metodologia e avaliação da aprendizagem, prática que permanece até os dias atuais. Em 2002, o referido Programa passou a integrar as ações da Assessoria de Desenvolvimento Humano e Profissional, no entanto, permaneceu apenas por dois anos.

Em 2004, o Programa se vincula à Pró-Reitoria Acadêmica e passa por uma reelaboração, sob a consultoria da Professora Lea das Graças Camargo Anastasiou, que realizou um diagnóstico fundamentado em quatro fontes básicas: a) relatório elaborado pela equipe da Avaliação Institucional sobre as questões didático-pedagógicas, apontadas pelos alunos de todos os cursos da UNISUL, do ano de 2003; b) relatório fornecido pela Ouvidoria dos diferentes campi, no ano 2003; c) questionário aplicado aos Gerentes de Ensino e Pesquisa dos campi, no ano de 2003; d) questionário aplicado aos professores, por amostragem, via e-mail , no ano de 2003. A análise dos dados e respostas coletadas demonstraram situações-problema relacionadas à: concepções didático- pedagógicas sobre ensino, aprendizagem, conhecimento e avaliação; procedimentos didáticos referentes às atividades de ensino-aprendizagem, à avaliação da aprendizagem e à relação professor e aluno.

Nessa reelaboração do documento, o Programa foi intitulado como Profissionalização

Pedagógica Continuada dos Professores da UNISUL (2006) e trouxe como objetivo geral:

promover ações pedagógicas, por meio de programa permanente e/ou eventuais, que possibilitem aos docentes da UNISUL a profissionalização pedagógica continuada, como meio efetivo de assegurar os compromissos da universidade com a comunidade regional, nacional e mundial, por meio dos seus serviços de ensino, pesquisa e extensão e, assim, efetivar sua missão, visão e valores (p. 21).

O conceito de Formação Continuada e Desenvolvimento Profissional apresentado no documento diz respeito à “(...) participação de seus profissionais em eventos que lhes oportunizem a agregação de conhecimentos relacionados às áreas em que atuam, sejam de atualização ou de aperfeiçoamento pessoal ou técnico profissional” (UNISUL, 2006a, p. 5)”.

Nesse mesmo período, a UNISUL inova sua forma de gestão acadêmica e institui as Unidades de Articulação Acadêmica (UnA). Nessa estrutura, como já mencionado, criou a função do Assistente Pedagógico para assessorar o processo ensino-aprendizagem e criar estratégias de implementação do Projeto Pedagógico dos Cursos de Graduação. Segundo o documento institucional sobre a função, perfil e formas de atuação dos assistentes pedagógicos nos cursos da UNISUL (UNISUL, 2004a, p. 8),

(...) o Assistente Pedagógico é um profissional que precisa desenvolver um olhar questionador e investigativo das práticas pedagógicas, que ao se tornarem cotidianas tendem a se naturalizar. Sua função tem um caráter prospectivo e está centrada em todos os aspectos e sujeitos envolvidos no processo ensino-aprendizagem. Precisa envolver o planejamento das metodologias de aula, dos conteúdos, dos objetivos, da avaliação.

Para Carrasco et al. (2014) a figura do assessor pedagógico pode trazer uma formação que dê um novo sentido à docência universitária. Deve ser o ator responsável por fazer a formação se encher e ampliar de significado, sem se colocar como protagonista da proposta, pois os protagonistas devem ser todos.

A partir de 2005, o Programa de Formação Continuada começou a atuar em sintonia com os assistentes pedagógicos, no sentido da identificação e oferta de formação, conforme as necessidades específicas de cada área e curso. Além de propor as atividades de formação pedagógica continuada dos docentes, a Assistência Pedagógica também acompanha a execução da programação nos campi e o avalia, junto com a coordenação do Programa.

Sobre o processo de avaliação, destaco que a partir desse ano de 2005 iniciou-se a prática de aplicar um instrumento de avaliação aos participantes que frequentavam as ações de formação pedagógica do Programa. Um questionário breve, com três campos abertos: pontos positivos, pontos a melhorar e sugestões de temas para futuras formações. Os dados são computados e analisados pelos Assistentes Pedagógicos, que utilizam isso para aperfeiçoar as ações do Programa e depois emitem um relatório que é encaminhado para a Pró-Reitoria de Ensino, Pesquisa e Extensão.

No ano de 2005, as ações que se destacaram foram: a elaboração de um projeto de Pós- Graduação Lato Senso, intitulado Docência para a Educação Superior, que funcionou de 2005 a 2009 (foram três turmas formadas). Isso foi ofertado aos professores contratados pela UNISUL que possuiam o seguinte perfil: menos de 3 (três) anos de experiência na docência do ensino superior sem ser licenciado. Outra ação que merece destaque foi a formação Institucional de 30 horas ofertada para todos os Cursos de Graduação sobre Avaliação da Aprendizagem do Aluno, ofertada em três módulos: I – Avaliação da aprendizagem: do Projeto Pedagógico Institucional à avaliação da aprendizagem; II – Plano de ensino e avaliação da Aprendizagem; III – Procedimentos e Instrumentos de Avaliação, teve a participação de 200 professores. A oferta do curso foi até 2006 e atendeu os diferentes campi.

Em 2005, também houve a pesquisa desenvolvida em cada UnA pelo grupo da Assistência Pedagógica, que apontou o Diagnóstico Pedagógico dos Cursos de Graduação. A pesquisa foi realizada por meio da aplicação de questionários aos docentes e discentes. Os resultados permitiram conhecer as práticas pedagógicas desenvolvidas e vivenciadas no cotidiano dos cursos. Elaborou-

se o primeiro plano de ação pedagógico apresentando as necessidades de aprimoramento por parte dos docentes, no que diz respeito ao planejamento educacional, às metodologias e às avaliações utilizadas em aula. Partiu-se dessas necessidades e organizou-se, para 2005 e 2006, as primeiras formações ofertada aos docentes por UnA em cada campus.

Em estudo anterior Wagner (2009), constatou que foi uma iniciativa positiva, conforme o artigo intitulado “Formação Continuada para Docência Universitária: a experiência do Campus Norte da UNISUL/SC”, publicado na revista Cadernos Acadêmicos, pertencente ao diretório de periódicos da CAPES, o qual analisou,por meio da fala dos docentes/participantes da formação continuada da UNISUL, no período de 2006, os conhecimentos adquiridos para inovar o seu fazer pedagógico. O trabalho apresentou o impacto de mudança que a formação provocou na prática docente, valorizou as experiências dos docentes e deu visibilidade às positivas estratégias de aprendizagem apreendidas pelos professores na formação ofertada.

Até o momento identifiquei que de 1998 até 2004 a oferta da formação continuada foi institucional, um período que se pode chamar de “tudo para todos”. Em 2005 e 2006, com a imersão da Assistência Pedagógica, a formação é editada por UnA, ou seja, por área de conhecimento. A partir de 2007 até os dias atuais, a formação continuada para os docentes tomou uma nova configuração e a oferta passa a ser por Campus para todas as UnAs.

Em 2007, criou-se o documento Política de Formação Continuada da UNISUL, as demandas para a formação dos professores começam a partir não só do plano de ação da Assistência Pedagógica, como também das demandas oriundas da Pró-Reitoria Acadêmica; dos relatórios produzidos pela Ouvidoria; dos instrumentos de avaliação aplicados aos discentes e das políticas reguladoras do SINAES. Tal documento avança na organização das ações propostas pelo programa de formação e aponta eixos para estruturar a oferta:

a) Eixo Político e Filosófico – reflexões sobre a educação superior sobre as concepções de universidade, sujeito, tipos de conhecimento, ensino e aprendizagem, pesquisa e extensão e profissionalidade docente. b) Eixo Didático: estuda e reflete sobre as metodologias, estratégias e recursos necessários para o bom desenvolvimento da aula na universidade. Estuda e orienta a gestão pedagógica, destacando o planejamento, a organização didática e o desenvolvimento do processo da aula na universidade. c) Eixo Saúde Docente: stress, voz, depressão, relacionamentos, fadiga etc. d) Eixo Institucional – que orienta a execução das políticas e diretrizes institucionais (normativas, regulamentos e programas) voltadas à pesquisa, ao ensino e à extensão (UNISUL, 2007, p. 17).

O documento também prevê a diversidade na modalidade e na forma da oferta presencial e/ou a distância, em forma de evento (oficinas, palestras, workshops, simpósio, seminários e mesas redondas); curso de curta duração, disciplinas isoladas no Stricto Senso; curso de especialização (lato sensu em Docência para a Educação Superior); salas virtuais de aprendizagem.

Em 2007, a programação da formação atendeu aos eixos preconizados na política do programa, e ofertou as seguintes temáicas: a) A Universidade que queremos: construindo a autonomia do aluno; b) Saúde Mental e trabalho docente; c) Estratégias de Ensino: Mapa Conceitual; Contrato Didático: compromisso professor e aluno; Painel; Desenvolvimento de competências no processo ensino-aprendizagem; d) Ações Institucionais: Pesquisa e Extensão na UNISUL; Disciplinas Institucionais: leitura e produção textual, sociologia, filosofia, ciência e pesquisa.

Nesse mesmo ano, a partir da definição dos eixos, buscou-se intensificar o envolvimento dos docentes na dinâmica da construção e operacionalização da formação continuada. A Assistência Pedagógica sensibilizou o olhar para diagnosticar os docentes que se destacavam no processo de ensino e aprendizagem, convidando-os a serem formadores para socializarem seus conhecimentos aos demais professores. As atividades passaram a ser estruturadas tendo uma parte teórica pedagógica sobre o assunto, acompanhada de relatos de experiência dos professores, em outro momento quando tema era específico da área dos professores, eles próprios faziam a parte teórica junto com o relato.

A proposta de formação de 2008 partiu da Assistência Pedagógica, no entanto, após a política implantada, amplia-se a consulta de outras fontes e setores, para desenhar a oferta. As questões pedagógicas emergenciais do contexto estiveram em torno da aula universitária, dos programas institucionais e saúde do professor. No âmbito da aula universitária, desenvolveram-se as seguintes atividades: ensino com pesquisa/ lúdico na aula universitária/ portfólio como proposta de avaliação/ estratégia de trabalho de grupo/ estilos de aprendizagem discente/ uso do Excel para pesquisa/ elaboração de slides. No âmbito dos programas Institucionais,a oferta foi: orientações para o curriculum lattes/ programa de acessibilidade/ programas de pesquisa/ disciplinas institucionais/ projetos de extensão/ programa de monitoria/ projetos de cursos sequenciais/ plano de ensino on-line. No âmbito da Saúde Docente, houveatividades sobre: o uso da voz como ferramenta de trabalho/ qualidade de vida e trabalho/ consciência corporal e trabalho docente/ qualidade de vida e alimentação.

Em 2009, a UNISUL realizou a reformulação dos Projetos Pedagógicos dos Cursos, que impactou na diretamente na ações, atividades e temas da organização da formação continuada. Segundo Silva (2015) “(...) a gestão de mudança dos currículos proposta pelos gestores que atuam