• Nenhum resultado encontrado

Ações a realizar em relação ao Seguro de DPVAT

No documento Uma Visão Retrospectiva (páginas 84-87)

27.801.543 veículos segurados. Do total arre- cadado, 45% (R$ 648,8 milhões) foram desti- nados ao Fundo Nacional de Saúde, do Minis- tério da Saúde, e 5% (R$ 72,1 milhões) da arre- cadação foi destinada ao Departamento Na- cional de Trânsito – DENATRAN, do Ministério das Cidades. Esses recursos foram repassa- dos diretamente pela rede bancária e, de acor- do com a legislação, destinaram-se ao FNS para fins de custeio do atendimento médico- hospitalar às vítimas de acidentes de trânsito e ao DENATRAN para a realização de progra- mas voltados à prevenção de acidentes. Em 2003, o Mercado Segurador destinou R$ 334,6 milhões para pagamento de 107.751 sinistros, sendo 34.735 de morte, 16.929 de invalidez permanente e 56.087 de reembolso de gastos com atendimento médico-hospitalar.

O atendimento às vítimas e beneficiários do Seguro de DPVAT é feito por extensa rede dis- tribuída em todo o território nacional. Ao inte- ressado, basta escolher uma das seguradoras conveniadas e apresentar a documentação necessária. Complementando essa estrutura de atendimento, a FENASEG disponibiliza a central de atendimento.

Ações a realizar em relação ao Seguro de

DPVAT

Tornar cada vez mais clara, ao público em geral e às instituições governamentais, a im- portância do Seguro Obrigatório de DPVAT como única modalidade de seguro que dá cobertura à totalidade da população (170 mi- lhões de brasileiros), em qualquer ponto do território nacional.

Adicionalmente, enfatizar cada vez mais a importância do valor que esse seguro agre-

85

ga aos programas nacionais de assistência e proteção universal à saúde e segurança da população brasileira por conta dos percentuais da receita de prêmios arreca- dados, que são repassados ao Estado e ca- nalizados para Fundo Nacional de Saúde e ao Departamento Nacional de Trânsito – DENATRAN.

Propugnar pelo cumprimento das definições estabelecidas na Resolução CNSP 99, de 29 de dezembro de 2003, pela qual é feita a inclusão – entre os tipos de veículos automotores abrangidos pelo Convênio DPVAT – de duas novas categorias, 3 e 4, relativas a veículos de transporte coletivo (ônibus, microônibus e vans), mantido o mo- delo atual de sua operação pela Fenaseg, através de novo convênio cujos termos serão definidos em esforço conjunto do mercado com a SUSEP.

Promover, administrativamente, a definição de diretrizes, missão, objetivos, modelo de gestão e controle das novas categorias in- cluídas no Seguro de DPVAT, interagindo com a SUSEP no sentido de formatar, adequar e implantar a nova norma legal, junto à rede bancária e aos 27 DETRANs estaduais.

Promover a implantação e aprimoramento do Centro de Inteligência e Análise de Sinis- tros, como forma de identificar a ocorrência de fraudes no Seguro de DPVAT antes de seu pagamento, e permitir a realização de análi- ses de tendências e padrões de comporta- mento através de indicadores de fraude, po- líticas, procedimentos e processos, utiliza- ção de tecnologia de informação e serviços especializados.

Promover a melhoria do atendimento – mai- or agilidade sem perda de qualidade – aos usuários do Seguro de DPVAT em todo o País, através da racionalização de processos e trei-

namento de funcionários e utilização otimizada de técnicas de gestão financeira dos recursos administrados pelo Convênio.

3.9. Seguro de Pessoas e

Previdência Complementar

Aberta

No momento em que o Brasil discute – e reformula – seu modelo de previdência oficial, agravado por sucessivos déficits financeiros e pressionado por forte demanda de aposenta- dorias e pensões, inclusive por parte dos que se encontram à margem do sistema de seguridade social, abre-se espaço para o cres- cimento de planos de caráter previdenciário, seja no segmento de seguros de pessoas, seja no de previdência complementar aberta, em regime de capitalização, em especial para pro- dutos como o VGBL e PGBL, e seus correlatos, com algum tipo de garantia de atualização e/ou remuneração, abrindo caminho, inclusi- ve, para o desenvolvimento de novas modali- dades onde irão conjugar-se em um único con- trato coberturas por sobrevivência e de risco, por invalidez e/ou morte.

Mas, para que a iniciativa privada possa con- tribuir, mais efetivamente, para a inclusão de milhões de trabalhadores a programas previdenciários complementares, é indispen- sável o provimento de um conjunto de medi- das, cuja implantação será objeto de esforço de atuação da Fenaseg, a saber:

Estabelecimento de mecanismos que garan- tam a estabilidade do marco regulatório, de forma clara e duradoura, permitindo aos ci- dadãos investir com maior tranqüilidade, a longo prazo, para o seu futuro, sem correr os riscos decorrentes de mudanças aleatórias geradoras de incertezas e insegurança.

Reordenação e consolidação das regras fis- cais aplicáveis aos produtos de caráter

86

O Mercado Segurador e suas Operações

Diagnóstico e Proposta de Ações

previdenciário, com maior proteção contra riscos de mudanças, adequando-as à pre- mente necessidade de modernização do sistema de formação e retenção de poupan- ças de longo prazo, com permissão, neste caso, de alternativas para a concessão de empréstimos tendo como garantia os pró- prios recursos da poupança de caráter previdenciário.

Desenvolvimento de regras tributárias de- finidas por tipificação de produtos, abran- gendo o tratamento dos prêmios/contribui- ções, dos rendimentos e ganhos dos inves- timentos, dos eventuais resgates e do pa- gamento de benefícios e indenizações, ten- do-se como referência produtos voltados para o financiamento da educação, para proteção à saúde, para aquisição de casa própria, para cobertura desemprego e para outros fins de caráter socioeconômico relevante.

Estímulo ao surgimento de modalidades de planos populares, que utilizem canais de dis- tribuição e de cobrança de baixo custo e lar- go alcance, contendo coberturas básicas de relevante interesse social, tais como: mor- te, invalidez, auxílio funeral, desemprego, ga- rantia de cesta básica etc.

Flexibilização das regras, para permitir, tan- to quanto tecnicamente possível, a livre mi- gração (portabilidade) entre planos aber- tos, planos fechados, FAPIs e FGTS em sintonia com a mobilidade que vigora nas relações de emprego, aproveitando todos os avanços ocorridos nos últimos perío- dos, com destaque para Lei Complemen- tar no 109/01. Neste sentido, trabalhar pelo

aperfeiçoamento das regras de porta- bilidade, do direito proporcional diferido, do direito a resgate, do direito ao auto-pa- trocínio e outros institutos previstos na le- gislação.

Aperfeiçoamento das regras para aplicação de recursos de provisões, reservas técnicas e fundos em ativos garantidores em conso- nância com os objetivos comuns de forma- ção e manutenção de poupanças e de in- vestimentos no curto, médio e longo prazo.

Desenvolvimento e regulamentação de me- canismos que visem mitigar riscos, resguar- dando a solvência das operadoras do Siste- ma Nacional de Seguros Privados, individu- almente e no conjunto de suas operações.

Alteração e consolidação das normas que regulamentam a estruturação das coberturas de riscos de seguros de pessoas, inclusive com sua adaptação ao novo Código Civil.

Fixação de alíquota zero de IOF para todo seguro que ofereça cobertura de riscos, de pessoas, como forma de reduzir custos para o consumidor e permitir a maior dissemina- ção da proteção à família e às pessoas.

Com o mesmo objetivo, dar continuidade as gestões que visam desonerar da CPMF, quan- do cabível, as operações relacionadas a es- ses segmentos.

Regulamentação de planos de caráter previdenciário, com cobertura por sobrevi- vência, na modalidade de contribuição vari- ável, com remuneração baseada na rentabi- lidade de carteira de investimentos, com ple- na opção para o investidor escolher os fun- dos onde deseja ter aplicados os recursos de sua poupança (planos multifundos).

Estruturação de planos de caráter previdenciário com cobertura por sobrevivên- cia, com cláusula de repactuação periódica dos parâmetros técnicos durante o período de diferimento, de modo a reduzir os riscos para as partes envolvidas, inclusive os de caráter sistêmico.

87

No documento Uma Visão Retrospectiva (páginas 84-87)