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Provisões Previdência Complementar Aberta

No documento Uma Visão Retrospectiva (páginas 30-32)

sentaram, respectiva-mente, 58,0% e 42,0% do total das empresas do mercado. Entretanto, as seguradoras captaram 94% do valor das contribuições arrecadadas, de um total de R$ 7,81 bilhões.

Essa evolução, de apenas 9,3%, deveu-se ao acelerado crescimento da concomitante comercialização do seguro Vida, com cober- tura por sobrevivência (VGBL).

No número destaca-se, no entanto, a partici- pação cada vez maior dos Planos Geradores de Benefícios Livres (PGBLs). Criados em 1997, já participavam, ao final de 2003, com 52,6% do volume arrecadado.

Receita por Tipo de Plano Previdenciário

em 2003

R$ 7.812 milhões

Produção de Previdência Complementar Aberta

1995 1.009,93 1996 1.447,09 1997 2.212,64 1998 3.228,68 1999 3.897,59 2000 5.387,33 2001 7.525,02 2002 7.147,17 2003 7.812,01 Contribuições arrecadadas R$ milhões

Provisões Acumuladas em 2003

R$ 34.665,3 milhões

Planos Previdenciários 47,4% PGBL 52,6% Planos Previdênciários 65,3% PGBL 34,7%

O valor da receita bruta de contribuições em 2003 montou a R$ 7,81 bilhões contra R$ 7,15 bilhões registrados em 2002. Não obstante, manteve-se, em 2003, a trajetória de consoli- dação do segmento que vem sendo registra- da desde o advento do Plano Real.

A riqueza acumulada pela sociedade nas em- presas atuantes (provisões, reservas técnicas e fundos) atingiu montante superior a R$ 34,6 bilhões e – conforme gráficos a seguir – expe-

Provisões - Previdência Complementar

Aberta

1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 1.937,7 3.189,8 4.616,4 6.769,0 9.917,4 13.665,4 20.782,8 26.754,3 34.665,5

rimentou crescimento significativo (1.689%) desde 1995, restando substancialmente depo- sitada em sociedades seguradoras e já com parte significativa em planos do tipo PGBL.

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2.4. Segmento de capitalização

O mercado de capitalização no Brasil é opera- do por Sociedades de Capitalização constitu- ídas sob a forma de sociedades anônimas, com ações nominativas. A autorização para funcio- namento é concedida pelo Ministro de Estado da Fazenda, após análise pela Superintendên- cia de Seguros Privados – SUSEP. Este foi um dos segmentos do mercado segurador que vivenciou transformações mais profundas na década de 90.

A Capitalização, cuja história no Brasil teve iní- cio em 1929, passou a ter visibilidade insti- tucional desde o nascimento da Fenaseg, em 25 de junho de 1951, ao figurar na denomina- ção da entidade: FNESPC – Federação Nacio- nal Empresas de Seguros Privados e de Capi- talização. Mas, não obstante a antigüidade desse nascimento, ao longo de quarenta anos de história, já dentro da Fenaseg, a Capitaliza- ção praticamente passava incólume e invisí- vel, ao largo das angústias, dos avanços e re- cuos da atividade seguradora.

Nas décadas de 40 e 50, a Capitalização apresentava crescimento médio anual próxi- mo de 10%, participando do bolo do PIB com aproximadamente 0,30%, e suas operadoras chegavam a ser mais ricas que as segurado- ras. Nos primeiros anos da década de 60, atropelada pela inflação e obscurecida pe- las nuvens de incertezas que pairavam so- bre o País, o setor apresenta quebra em sua produção, que chega a 20,9% negativos em 1965. Mas, a partir da reforma do mercado de capitais (Lei nº 4595/65) e da instituição da correção monetária, sua produção parte de uma participação de 0,11% no PIB em

1965, para chegar a 0,21% em 1980 e entrar em rota ascensional desde então: em 2000, com uma produção de R$ 4,34 bilhões, a Ca- pitalização já representava 0,38% do PIB. A partir de 1994, com o advento do Plano Real, a Capitalização – em ambiente de es- tabilidade – dobra sua produção em apenas um ano: arrecada R$ 1,941 bilhão contra R$ 843 milhões do ano anterior. Também do- bra o volume de suas reservas técnicas: R$ 1,487 bilhão.

No dia 17 de fevereiro de 2000, foi divulgado o texto da Resolução CNSP nº 23, que, em cinco artigos, alterava dispositivos da Resolução CNSP nº 15/91, objetivando atualizar, sobretu- do, o rito de publicidade e acesso pelo públi- co ao lugar dos sorteios, a forma de pagamen- to de prêmios, o registro dos bens garantido- res das provisões e a notificação do contem- plado em sorteio. A 12 de maio é editada a Circular SUSEP nº 130, que, analiticamente, em 26 artigos, normatiza sobre as formas de comercialização dos títulos, características das séries de emissão, taxas de juros, indivisi- bilidade do título em relação à emissora, parti- cipação dos titulares de títulos nos lucros das sociedades de capitalização, forma de sorteio e constituição de reservas, carregamentos, res- gate, pagamento de resgates e sorteios e ti- pos de publicidade.

O mercado de capitalização, mais de setenta anos depois de sua chegada ao Brasil, ganha linhas nítidas que se ajustavam não apenas ao desenho clássico do produto, mas o coloca- vam sob norma inteiramente ajustada aos direitos consagrados em código de defesa do consumidor. R$ milhões Segmento Receita Provisões 1996 5.736,392 3.342,086 1997 4.420,772 3.700,600 1998 3.553,996 4.087,049 1999 4.090,174 4.579,035 2000 4.391,491 5.534,615 2001 4.789,563 6.315,391 2002 5.217,204 7.202,962

Capitalização

1995 2.385,962 1.789,399 Técnicas 2003 6.022,577 8.223,082

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Potencialidades do Crescimento

Em 2002, registrou-se tendência de alonga- mento dos prazos dos títulos de capitalização em mãos do investidor. Vale dizer, deu-se mai- or estabilidade à poupança, no momento em que os títulos de pagamento mensal contribu- íram com receita de R$ 3,73 bilhões, equiva- lente a 71,5% do total produzido pelo merca- do. Os títulos de pagamento único (26,3% do total do mercado em 2003) tiveram produção de R$ 1,58 bilhão.

Depois de ter vivido retração no volume global de negócios entre 1996 e 1998 (receita de R$ 3,55 bilhões em 1998 contra o recorde de R$ 5,74 bilhões em 1996), a capitalização brasi- leira confirmou a tendência de forte recupera- ção de sua participação relativa no agregado do mercado. Registrou receita bruta de R$ 6,02 bilhões nas 15 empresas que operaram no mer- cado brasileiro em 2003, o que representa acréscimo de 15,44% sobre a produção de 2002 (R$ 5,22 bilhões).

Importante observar que, entre 1995 – quando a receita bruta da capitalização brasileira re- gistrou o valor de R$ 2,39 bilhões – e 2003 (re- ceita de R$ 6,02 bilhões), o crescimento acu- mulado do mercado como alternativa de pou- pança aliada à forma lúdica do sorteio foi de 152%. No mesmo período, as provisões técni- cas (R$ 1,79 bilhão em 1995 e R$ 8,22 bilhões) tiveram um crescimento acumulado de 360%, revelando que a melhor qualidade da receita veio acompanhada do alongamento do prazo de poupança.

Reflexo da estabilidade monetária, que se manteve em 2003, o valor da poupança acu- mulada pela capitalização brasileira foi de R$ 8,22 bilhões, 14% maior que o que havia sido registrado em 2002: R$ 7,20 bilhões. Esse aumento foi maior que o incremento de receita da capitalização no exercício:

Receita Líquida com Títulos de

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