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CAPÍTULO 4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

4.3 A escola e os sujeitos de pesquisa

4.3.1 A escola escolhida e a apresentação da proposta de pesquisa

A escola que escolhemos para desenvolver nossa investigação situa-se na cidade de São Bernardo do Campo, Região Metropolitana da Cidade de São Paulo. Optamos por essa escola pela facilidade de acesso que temos a ela. A unidade escolar funciona de 2ª a 6ª feira no período da manhã das 7h às 12h20 com classes do 9º ano do Ensino Fundamental e 1º, 2º e 3º anos do Ensino Médio. No período da tarde, frequentam a escola alunos que estão cursando 6º, 7º e 8º anos do Ensino Fundamental e 1º ano do Ensino Médio no horário das 13h às 18h20.

Fazem parte da equipe gestora da escola uma diretora, uma vice-diretora e dois coordenadores pedagógicos, sendo um para o Ensino Fundamental e outro para o Ensino Médio. A escola tem 43 professores de diferentes disciplinas.

À primeira vista pareceu-nos uma escola bem organizada. Na entrada, uma inspetora de alunos abre a porta, pergunta sobre o motivo do comparecimento à escola e pede para aguardar em um espaço com cadeiras e revistas enquanto chama o responsável.

A escola mantém uma página na internet muito bem organizada, na qual é possível obter informações importantes, como o histórico de criação da escola, o corpo docente, normas da escola, boletim de notas, os projetos educacionais em andamento, além de um espaço de orientação sobre as tarefas de casa.

Feita a apresentação da escola passamos a relatar a proposta da pesquisa e todo o processo transcorrido até a coleta de dados.

Telefonamos para a escola, expusemos nosso interesse e solicitamos uma reunião com a diretora para expor a nossa proposta de pesquisa na unidade escolar. A solicitação foi aceita e combinamos o dia.

Fomos até à escola no dia combinado. A diretora nos recebeu em sua sala e explicamo-lhe os objetivos de nossa pesquisa e como seria todo o processo de coleta de dados. Comentamos também que a pesquisa deveria ser submetida ao Comitê de Ética e que, para isso, precisaríamos de uma autorização emitida e assinada por ela. Ela ouviu atentamente a proposta e aceitou nosso pedido de realização da investigação. Após terminarmos a reunião, deixamos um modelo de autorização para realização da pesquisa, para que ela pudesse reproduzir em um papel timbrado da escola e assinasse e também uma cópia do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), que é um documento direcionado aos responsáveis pelos alunos para que autorizassem a participação deles na pesquisa.

No dia seguinte, voltamos para pegar a autorização e dar encaminhamento ao processo de submissão do projeto de pesquisa ao Comitê de Ética da PUC-SP.

4.3.2 Os sujeitos de pesquisa e o processo de coleta de dados

Voltamos a ligar na escola para combinarmos o dia quando conversaríamos com os alunos a respeito de nossa proposta de pesquisa. Falamos com a diretora e acertamos os dias e horários. Só não ficou acertado em qual classe seria.

No dia combinado, voltamos à escola e procuramos a diretora para que nos indicasse uma turma para realizarmos a pesquisa. Não tínhamos nenhuma preferência a respeito da escolha dos alunos, bastasse que fosse uma turma de 9º ano. A diretora nos levou até a inspetora e pediu que ela nos mostrasse onde ficava a sala de aula do 9º ano D, sem dizer o motivo de tal escolha.

Antes do contato com os alunos, procuramos a professora de Matemática da turma, apresentamo-nos, expusemos os objetivos da pesquisa e explicamos como seria o processo de coleta de dados. Solicitamos sua colaboração no sentido de nos ceder quatro aulas, para que os alunos resolvessem o instrumento de coleta de dados. Ela nos cedeu duas aulas, pois alegou que estava fazendo recuperação com os alunos e que tinha pouco tempo para realizar esse processo. Pelo horário de aula da turma que aplicaríamos o instrumento de coleta de dados, notamos que as outras aulas poderiam ser as de língua portuguesa. Procuramos a professora, que, após a nossa explicação, cedeu gentilmente as suas aulas.

Resolvida a situação sobre os dias em que coletaríamos os dados, fomos até a sala de aula dos alunos que seriam os sujeitos de nossa investigação, nos apresentamos e explicamos os objetivos de nosso estudo, comentamos sobre o Saresp e sobre instrumento de coleta de dados que eles resolveriam. Explicamos também que o estudo que estávamos propondo não tinha relação com a avaliação escolar que, normalmente, é realizada pelos professores. Em outras palavras dissemos que não valeria nota, mas, que a participação deles era de suma importância para os objetivos que tínhamos. Cabe dizer que a turma era composta por 33 alunos e, nesse dia, 30 alunos estavam presentes.

Combinamos que a resolução das questões do instrumento de coleta de dados seria feita em dois momentos composto por 100 minutos cada um. Expusemos que o instrumento de coleta de dados era composto de 13 questões de Álgebra do Saresp e que era necessário que resolvessem as questões individualmente e sem nenhum tipo de consulta. Também explicamos que todas as resoluções deveriam ser feitas à caneta e que deveriam deixar registrado todo o tipo de cálculo e estratégias de resolução. Ficou combinado que primeiro responderiam uma parte com seis questões e, posteriormente, aplicaríamos as outras sete.

Todos os alunos foram acolhedores e aceitaram participar da pesquisa e, ao final da conversa, determinamos os dias que eles responderiam as questões. Deixamos o TCLE com

cada um, para que entregassem aos responsáveis e trouxessem assinados, caso fossem autorizados a participar.

Voltamos à escola no dia seguinte para recolher o TCLE e nenhum aluno tinha se lembrado de pedir aos responsáveis que assinassem. Conversamos novamente com eles explicando sobre a importância de trazerem o documento assinado o quanto antes. No dia seguinte retornamos à escola e recolhemos 13 TCLE de um total de 30 distribuídos inicialmente. Os demais disseram que não se lembraram de mostrar as autorizações aos pais. Aproveitamos esse momento e reforçamos sobre o dia em que eles resolveriam as questões do instrumento de coleta de dados.

No dia estipulado, comparecemos à escola, para que os alunos resolvessem a primeira parte do instrumento de coleta de dados que era composta por seis questões. Ao entrarmos na sala, dois alunos nos entregaram o TCLE assinado pelos responsáveis. Assim, o número de sujeitos ficou em 15 alunos.

Nesse dia, 29 alunos estavam presentes na sala. A professora de Matemática da turma solicitou que os 14 alunos que não iriam participar fossem até à biblioteca dar continuidade ao que eles estavam estudando em aula. Reiteramos, nesse momento, que todo o processo de resolução deveria ser feito à caneta. Dissemos também que as questões deveriam ser resolvidas individualmente e sem consulta a qualquer tipo de material. Tudo transcorreu tranquilamente, e todos os alunos compreenderam a proposta e não tiveram nenhum comportamento que pudesse desvalorizar os dados coletados.

Retornamos, posteriormente, e aplicamos as sete questões restantes em duas aulas. As aulas cedidas dessa vez foram da professora de português da turma. De um lado da sala ficaram os alunos que estavam resolvendo as questões do instrumento e do outro lado os demais alunos que se ocuparam com a tarefa de língua portuguesa. A professora permaneceu na sala de aula.

Mantivemos as mesmas orientações do primeiro encontro com relação à maneira como os alunos deveriam resolver as questões. Mais uma vez, os alunos participaram de maneira tranquila e tudo saiu de acordo com o que havíamos proposto. Mesmo os alunos que estavam fazendo as tarefas da outra professora cooperaram fazendo silêncio e respeitando os combinados.

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