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CAPÍTULO IV A história em Mar

4.1. A escrita do conceito de história de Mar

Sobre o conceito64 de história em Marx há uma grande bibliografia produzida em diversos países e não é nossa pretensão esgotar o debate acerca da mesma. Entretanto faremos um recorte65 de algumas obras sobre o tema que

se tornaram emblemáticas na discussão sobre o conceito de história em Marx e mesmo sobre o conceito marxista de história. Durante a pesquisa nos pautamos em autores que comparecem traduzidos para língua portuguesa e portanto de circulação entre os estudiosos do tema no Brasil.

Pudemos identificar que uma característica marcante nestas obras é uma abordagem centrada nas categorias de relações de produção, meios de produção e forças produtivas. É verdade que o conceito de história para Marx passa necessariamente por estas categorias centrais, entretanto, o debate, focaliza-se no campo interno destas emblemáticas categorias e não desenvolve mais detidamente como é que este conceito de história aparece nas obras marxianas. Não há preocupação de especificar como é que o conceito é trabalhado e como a categoria é utilizada para a análise da construção de uma escrita da história a partir destas problematizações.

64 Retomamos aqui nossa preocupação, sobre conceito, partilhamos a mesma apreensão de Henri

Lefebvre (LEFEBVRE, 1994, p. 148-149;163) de que o conceito não é algo pronto e sim constituído diante da totalidade histórica. Não se trata de juízos que possibilitam a construção do conceito e nem de conceitos que possibilitam os juízos, mas a relação no devir histórico que possibilita a construção conceitual de determinados fenômenos para além da sua aparência. O conceito aqui é entendido como dinâmico e constituído diante da relação entre o singular e o universal em progressão.

65 “Recorte” aqui, não possui nenhuma relação com a perspectiva de Luis Althusser, quando se

refere a recortes epistemológicos de Marx. A Palavra “recorte” é utilizada por nós no sentido de tangenciamento ou mesmo de escolha.

Todos estes trabalhos são da maior importância para apresentação de nossa pesquisa, porém, com efeito, não nos ocupamos de aprofundar como faz a bibliografia citada, de um estudo sobre as forças produtivas, relações de produção e meios de produção. Partimos destes pressupostos, consideramos a vitalidade destas categorias, mas nos detemos a entender como é que o conceito de história comparece em determinada obra privilegiada do autor de nossa tese. Como é que se realiza a escrita de uma crítica à economia política apresentada ao público em 1859 tendo como fundamental a história diante do presente imediato de Marx? Por se tratar de uma obra geracionalmente de maturidade de Marx, como é que aparece o conceito de história no momento da primeira exposição pública, em livro, de sua crítica à economia política? Como procede Marx na exposição deste conceito para o desenvolvimento da crítica?

Helmut Fleischer, filósofo alemão falecido recentemente em 2012, publicou em 1969 seu estudo intitulado “Concepção Marxista da História”. Em 1978 esta obra é traduzida para a língua portuguesa pela Edições 70 em Lisboa, onde se preocupa em apresentar uma síntese desta temática, primeiro se detendo em Marx e Engels e posteriormente se ocupando de forma mais geral através de eixos temáticos da concepção de história na tradição marxista66.

Nesta obra fica nítida a preocupação central do autor em retomar o debate sobre o conceito de história a partir de Marx, em contraposição a parcela da tradição marxista que por razões diversas havia se distanciado do conceito marxiano, sobretudo diante do stalinismo67 que Helmut faz questão de enfatizar

66 Acerca da denominação “tradição marxista”, nos remetemos as produções de inspiração

marxianas e que, portanto se fundamentam, ou procuram fundamentação no materialismo histórico e que em comum a Karl Marx, desenvolvem a crítica da economia política de seu tempo. Incluindo ainda nesta denominação as produções vulgarizadas do marxismo com a pretensão de simplificarem o que não se compreende (o marxismo vulgar). Entendemos que uma eficaz definição introdutória que defina “marxismo vulgar” é aquela que o visualiza entre as tentativas de interpretação da produção marxiana sob a luz da incapacidade intelectual para o discernimento interpretativo e produção acerca de Marx e Engels, que defina desintencionalmente e provoca deformações nas propostas teóricas marxianas, que ainda, interpreta intencionalmente o materialismo histórico com a propositura de confundir ainda mais a representação da economia política; e também, toda e qualquer leitura redutora da produção marxiana. Lembrando ainda, que o espetáculo do marxismo vulgar pode ser identificado entre milhares de pseudos intelectuais que idolatram o título pessoal/social de marxistas, sem mesmo sequer terem lido dia algum um parágrafo da teoria marxiana, quando até mesmo absolutamente nada produzido por Marx e Engels e pela tradição marxista consolidada a partir do século XIX e XX.

67 Pensamos que stalinismo não deve ser confundido com o marxismo. Em uma perspectiva

como elemento fundamental para o entendimento da vulgarização do conceito de história.

Em especial neste trabalho, além de trabalhar o conceito de práxis, forças motrizes da história, totalidade e necessidade, nos apresenta um capítulo dedicado a abordar o conceito marxista de história e presente histórico. Vejamos como se coloca: “O conceito geral de história só pode ser, para o marxismo, um esquema de orientação para a compreensão de situações históricas concretas e para a influência activa da história presente” (FLEISCHER, 1978, p. 167); esta passagem é emblemática de todo o trabalho que constantemente retoma a questão da vulgarização do pensamento de Marx e Engels sobre a história diante da tradição que se constituiu.

O trabalho de Fleischer não apresenta a mesma problemática que a nossa, pois se detém a pensar o presente histórico na tradição marxista do século XX e não o presente histórico ao qual o próprio Marx se localizava elaborando a sua crítica à economia política. Em “Concepção Marxista da História” o entendimento de presente se apresenta sob a perspectiva daquilo que os historiadores comumente entendem como história contemporânea do século XX, nossa investigação se ocupou de compreender o conceito de história no presente imediato de Marx quando da publicação, pela primeira vez, sistematizada, de sua crítica.

Helmut Fleischer esclarece de modo vital que o presente histórico que se refere é aquele em que a tradição marxista acaba por provocar uma série de desvios sobre a concepção marxista de história não sendo tarefa fácil apresentar este conceito diante da multiplicidade de perspectivas que congregam a tradição marxista no presente histórico do século XX. Diante desta problemática, escolhe trabalhar tematicamente a partir das obras de Marx e Engels para provocar o que com o pensamento marxiano e de diversas correntes na tradição marxista. O stalinismo é um fenômeno que está para além do próprio Stálin, se relacionando com a burocratização, autoritarismo e uma série de perseguições e assassinatos que marcaram a história do maior Estado operário degenerado no século XX. Nossa afirmação incomodará o filisteu que cultua a figura de Stálin, porém, refirmamos, o stalinismo está para além de uma personalidade, pois foi uma forma de gestar o desenvolvimento de forças produtivas realmente significativas na URSS, mas a um custo humanos que de marxiano não possui nenhuma ligação sinonimal. Sugerimos para maior aprofundamento da questão a importante obra de Pierre Broué “O Partido Bolchevique”, publicado pela primeira vez no Brasil pela Editora Sundermann em 2014.

poderíamos chamar de um certo retorno à Marx. Entretanto isso não acontece, pois o livro se ocupa centralmente com a tradição marxista e não com a concepção marxiana de história. Fato este que em nada descredencia o trabalho de Fleischer, pois seus pressupostos, anunciados inicialmente em seu próprio texto, é de que o autor os possuem como pressupostos, e a partir deles, desenrola uma série de problematizações que tornam o materialismo histórico algo até mesmo contrário da própria humanidade. Vejamos como é publicizado pelo próprio autor parte das suas preocupações com o estudo da concepção marxista de história:

Este estudo inclui-se nos esforções, que atualmente se tornaram tão intensos, de reconstruir a filosofia marxista como uma “filosofia da práxis”, humanista e emancipadora. A preocupação que aqui se pretende atingir, da história como dimensão da práxis humana constitui um contraponto sobretudo em relação a duas formulações e interpretações do conceito marxista de história, que, derivadas de diversos princípios problemáticos postos pelos fundadores do marxismo, têm vindo a dominar, até ao presente, todas as discussões neste campo. Partindo de um desses princípios – precisamente o dos primeiros escritos de 1844- chega-se a uma determinação universal antropológica do sentido da história: ela aparece como o devir para uma meta - sem dúvidas através da negatividade da ‘alienação’- do ‘homem em toda a riqueza da sua essência’, do ‘homem todo cheio de sentido e profundidade’, harmonicamente associado com o seu semelhante e com a natureza humanizada (FLEISCHER, 1978, p. 10).

E, continua:

O outro princípio, obtido por seu lado, a partir da crítica da economia política, tem como resultado um conceito de história da maior objectividade e sobriedade: o conceito de um processo histórico-natural da evolução correlativa das forças produtivas e das relações de produção, regulado pelas leis objectivas de uma lógica das relações sociais, independentes das intenções humanas. Este conceito objetivo e lógico de história, tornou-se dominante no materialismo histórico da escola soviética, e o seu caráter abstracto lógico-estrutural e processológico atinge por vezes um tal grau que é possível afirmar – como Marx em oposição a Hobbes- que o materialismo se tornou aqui ‘inimigo do ser humano’. O ‘jovem’ e ‘humanista’ Marx insurge-se perante esta hostilidade contra o homem, embora o humanismo corra o risco de se tornar ligeiramente sentimental e ambíguo sob o ponto de vista teórico transformando-se em ‘palavrório sobre alienação’ e ‘gíria’ de autenticidade (FLEISCHER, 1978, p. 10-11).

Diferente de Helmut Fleischer não nos detivemos, ao investigar o conceito de história em Marx, aos princípios problemáticos que manifestam-se na tradição marxista. Entretanto o segundo princípio apresentado acima coloca em partes, nossa pesquisa em diálogo com as preocupações do autor.

Marx, na obra, “Para a Crítica da Economia Política” apresenta o seu conceito de história, sobretudo no prefácio desta edição em 1859, todavia, não o faz de forma mecanicista como fora reproduzido no século XX. Dos dois princípios norteadores que Fleischer nos coloca, aquele que aponta para as considerações vulgarizadas acerca da história em Marx, o segundo, é justamente o que se referenda a obra privilegiada em nossa investigação acerca do conceito de história em Marx. Ainda diferente de Fleischer, recortamos de outra maneira a problemática, dando destaque a apresentar um estudo de como é que Marx apresenta o conceito de história nesta obra de 1859, tão citada pela academia soviética, e para além desta afirmação de Fleischer, citada por grande parte da tradição marxista e não marxista. Nossa tese partiu de outras problematizações, não se opondo plenamente àquela que parte da bibliografia sobre o tema de nossa pesquisa, mas considerando outra perspectiva de investigação do conceito de história em Marx.

Outro trabalho também importante e que coloca contribuições sobre o conceito de história em Marx é o ensaio de William Harry Shaw intitulado “Teoria Marxista da História”, publicado no Brasil pela editora Zahar, como parte da coleção Biblioteca de Ciências Sociais no ano de 1979. Originalmente fora publicado no ano de 1978, sob o título “Marx’s Theory of History” pela Standord University Press, Califórnia. Dos trabalhos acerca da temática de nossa pesquisa, certamente, o de Shaw é o mais polêmico, pois postula uma teoria da história em Marx como a sendo de cunho determinista-tecnológico, provocando assim o debate polêmico com parte da tradição marxista.

Sua pesquisa procura deter-se na análise de duas categorias centrais do pensamento de Marx sobre a história: forças produtivas e relações de produção, partindo sobretudo da apresentação realizada por Marx em 1859 no Prefácio da obra privilegiada de nossa tese. E essa caracterização nos chamou a atenção

uma vez que nossa investigação se propôs um estudo a partir da mesma obra publicada em 1859, considerando ainda que, como reconhece Shaw, neste trabalho Marx não intencionalmente, lega um dos pontos mais polêmicos à tradição marxista sobre o materialismo histórico e o seu conceito de história.

Embora Shaw propagande a anunciação de seu ensaio em uma perspectiva deveras humilde na introdução do livro, não é o que se observa na realidade. A pretensão de preencher uma lacuna na bibliografia sobre o tema o coloca diante de uma tarefa que certamente não cumpre, entretanto, seu trabalho contribui de forma muito importante para pensarmos não só o conceito de história em Marx, como também a polêmica entorno de um Marx determinista e evolucionista. Sobre a válida pretensão de Shaw acerca do estudo que propõe, vejamos o que o próprio professor da Universidade do Tennessee no final dos anos setenta nos apresenta:

Este ensaio é uma contribuição ao estudo da teoria da história de Karl Marx. Embora a bibliografia sobre Marx se abundante, dificilmente alguma obra trata desse tema especial do modo sistemático e coerente como ele exige. Compreensivelmente, a grande maioria das fontes secundárias, ocupadas em apresentar o homem e repassar as suas principais ideias, não enfocam o tipo de análise do empreendimento teórico de Marx necessário para que a sua concepção de história possa ser avaliada satisfatoriamente. Essas obras raramente oferecem mais do que um curto capítulo sobre o materialismo histórico, e em geral limitam-se a parafrasear o “Prefácio do Autor” a Uma Contribuição à Crítica da Economia Política (SHAW, 1979, p. 09).

É correto observar a preocupação de William Shaw em retornar à Marx para debater o conceito de história, assim como a crítica à parte da tradição que se limita a citações frágeis de uma concepção de história bastante vulgarizada.

Nossa investigação procurou ir para além do prefácio de Marx em 1859. Concordamos com Shaw a respeito da vulgarização do conceito de história em Marx e compreendemos que qualquer estudo sobre este autor não pode ser algo focalizado em apenas um momento de sua trajetória, pois Marx não apresenta, em uma única obra o seu conceito de história e cabe lembrar que tal conceito não é elaborado de modo solitário, Engels tem papel decisivo nesta elaboração. Uma

elaboração que muito dificilmente, para não dissertarmos, impossível, pode ser localiza em apenas uma publicação ou mesmo em uma ou duas categorias (mesmo que centrais) desenvolvidas por Marx.

Evidentemente existem limites para o desenvolvimento de uma investigação acerca de Karl Marx, e, é claro que o pesquisador deverá fazer escolhas para o empreendimento que se propõe. No caso de Marx é necessário ter clareza que qualquer que seja a proposição de investigação, o pesquisador terá que considerar toda a sua trajetória histórica, para além de uma categoria ou livro publicado. Fato este que não inviabiliza nenhuma investigação, mas certamente assume os riscos e limites do que se propõe estudar.

Em “Teoria Marxista da História”, encontramos, declaradamente pelo seu autor, uma ênfase na questão econômica, e é verdade que Shaw não reproduz a tese de que Marx é um autor meramente economicista, como fizera os seus críticos no decorrer de séculos. Entretanto, o ensaio foca as relações econômicas na produção e reprodução da vida e pensamos que as relações de produção e reprodução da vida social não mais que determinações múltiplas, são relações sociais no sentido amplo do termo, ou seja, que envolvem relações de totalidade, onde o movimento das relações sociais de produção só se fazem vinculados a materialidade, sociabilidade e espiritualidade dos seres.

Shaw se preocupa em enfatizar suas problematizações em relação ao materialismo histórico e a necessidade de investigação:

Poucos atentaram suficientemente para o materialismo histórico, e isso é uma boa razão para nos atermos ao tópico à mão – em vez de empreender mais um tratado ambicioso e abrangente sobre Marx. Espero suprir em parte essa lacuna na bibliografia, e estimular outros a prosseguirem. Todavia, não analisarei todo o pensamento de Marx sobre a história; pelo contrário, cuidarei de um só aspecto. Ocupo-me do modelo infra-estrutural geral de transformação histórica de Marx, com os elementos que dão unidade à história e a impelem para frente. Isto é, trato da dinâmica econômica, do jogo recíproco das forças produtivas e relações de produção, que Marx entendia estarem subjacentes à mudança e evolução histórica (SHAW, 1979, p. 11).

No devir do século XX muito se publicou sob a temática de materialismo histórico, não foram poucos os que se atentaram a esse tipo de investigação,

entretanto, concordamos que existam insuficiências, mas estas também são fundamentadas de uma especifica perspectiva histórica e apenas apontar a sua insuficiência colabora pouco para entender a própria insuficiência no devir, ao contrário, se desenvolve mais insuficiência sobre o tópico à mão, no caso de Shaw, reproduzindo o que fenomenicamente critica: “mais um tratado ambicioso”, embora neste caso, declaradamente restrito a duas categorias centrais de Marx.

Compreender o conceito de história em Marx a partir de um dado momento de sua trajetória pode ser radicalmente o avesso da sua perspectiva. Queremos dizer que ao buscar uma compreensão do pensamento de Marx a partir de um recorte na trajetória intelectual, mesmo não fazendo coro com a tradição althusseriana, não ajuda a compreender o movimento da construção do conceito, das categorias, pois esta construção acaba por ficar fora da perspectiva ontológica de produção do conhecimento, no caso de Marx, da sua Crítica da Economia Política no século XIX.

Isso não significa que tenhamos que reproduzir o mesmo método de Marx para analisar a sua construção do conceito de história, mas sim, que é necessário compreender como o autor pensa metodologicamente a construção do conhecimento. E, no caso de Marx, esta problemática se torna imprescindível, pois a construção que Marx propõe não é cercada na epistemologia ou algum tipo de gnosiologia, o método em Marx é ontológico negativo de qualquer fixação epistêmica de interpretação e produção do conhecimento que se feche em padrões modelares. Isso seria a proposição de fim da história, fim do devir, fim do movimento, assim a inexistência da dialética na história. Isso seria Immanuel Kant, não Karl Marx.

Shaw preconiza uma interpretação de Marx tecnológica-determinista, e dedica esta polemização em grande parte das páginas de seu ensaio. Estamos convencidos de que esta abordagem estabelece equívocos sobre o conceito de história em Marx, e, mesmo não sendo o objetivo central de nossa tese a polemização com parte da bibliografia disponível sobre nosso objeto de pesquisa, é importante debatermos com esta perspectiva de Shaw uma vez que nosso estudo sobre o conceito de história nos conduziu a uma outra perspectiva.

A busca de William Shaw em apresentar como é que Marx interpretava a história em uma perspectiva tecnológico determinista, nos pareceu mais uma tentativa de polemização desnecessária, pois o próprio Shaw deixa nítido em seu trabalho que a determinação em Marx não é a mesma determinação de Comte. A determinação, histórica, é sob condições da dialética e não da mecânica como inicialmente Shaw sugere em sua polêmica.

Como se observa, parte desta bibliografia se ocupa da temática central de nossa investigação, entretanto, sobre a escrita da história em Marx, estes autores concentram considerável atenção em sistematizar a vulgarização do conceito e não de trabalhar o conceito detidamente e é isso que buscamos desenvolver.