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A EVOLUÇÃO DA TELEFONIA NO BRASIL

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2.1 A chegada do telefone no Brasil

Com o surgimento do ser humano nasce com ele as necessidades para sua satisfação como comer, beber, dormir, entre tantas outras. Sem dúvida uma das mais importantes é a de se comunicar. A comunicação é o que possibilita a interatividade e o entendimento entre as pessoas.

O nascimento do telefone possibilitou encurtar as distâncias e o tempo que existiam separando as pessoas. O telefone surgiu fundamentalmente como um meio de comunicação interpessoal.

Historicamente o telefone representa um degrau seguinte ao telégrafo, numa escada que se sucedem, em seguida, a telegrafia sem fio, o rádio e a televisão. Poderíamos colocar numa ordem o telégrafo elétrico permitindo a transmissão de sinais por meio de um fio e o telefone permitindo a transmissão de sons complexos como a voz humana e a música por meio de um fio.

Dois homens nos Estados Unidos estavam às voltas com a invenção do telefone: o engenheiro Elisha Gray (1835-1901) e o escocês Alexandre Graham Bell (1847- 1922), que era radicado em Boston. De acordo com a história ambos depositaram seus pedidos de patentes no dia 14 de fevereiro de 1876 no “Patent Office” norte-americano, mas o pedido de Gray chegou ao mesmo guichê algumas horas depois do apresentado por Bell (COSTELLA, 1999, pg. 134).

O interesse de Bell pelo telefone surgiu justamente porque Bell era professor de surdos-mudos e tudo que era envolto a fala e seus problemas faziam parte do seu dia-a- dia. O telefone surgiu meio por acaso, na noite de 2 de junho de 1875 quando Bell fazia experiências com um telégrafo harmônico quando seu ajudante, Thomas Watson, puxou a corda do transmissor e emitiu um som diferente, que foi ouvido por Bell do outro lado da linha.

Mas a grande data que entrou para a história da telefonia foi 10 de março de 1876 quando foi feita a transmissão elétrica da primeira mensagem completa pelo aparelho recém-inventado. Bell e Watson se encontravam em salas separadas e Bell utilizando o telefone disse: “Senhor Watson, venha cá. Preciso de você.”

Em 1876 o telefone foi para na Exposição Centenária da Filadélfia, nos Estados Unidos. O produto de Bell ficou em um canto isolado onde pouca gente passava e não fazia nenhum sucesso. Ficou por lá seis semanas sem que lhe dessem atenção.

D. Pedro II, Imperador do Brasil, visitava a feira foi avistado por Bell que já o conhecia por D. Pedro ter visitado a escola que Bell lecionava. Bell então se ofereceu para fazer uma demonstração ao monarca. Colocando D. Pedro no outro canto da sala e dirigiu o transmissor e disse a frase: “Ser ou não ser, eis a questão”. A frase foi ouvida claramente por D. Pedro no outro canto da sala que exclamou: “Meu Deus, isso fala!”. Todos ficaram aficcionados por tal invento que foi notícia nos jornais do dia seguinte. Podemos dizer que o principal agente publicitário do telefone foi nosso imperador.

A partir desse momento o sucesso e reconhecimento vieram rápido. A primeira linha de telefonia interurbana foi inaugurada em 26 de novembro de 1876, com vinte e cinco quilômetros que ligaram Boston a Salem, no estado americano de Massachusetts.

Bell criou juntamente com Watson e seu sogro Hubbard a empresa “American Bell Telephone Company” com a finalidade de explorar comercialmente a telefonia. Mesmo com a limitação em virtude os obstáculos técnicos que emperravam o aprimoramento e o progresso da telefonia Bell conseguira já em 1877 instalar cerca de 3.000 aparelhos.

A telefonia não parava de crescer e em 1915 foi inaugurada a primeira linha transcontinental de Nova York a São Francisco. Essa ligação entre os dois pontos foi uma grande prova de maturidade para a telefonia e principalmente mostrou que nada poderia impedi-la de cobrir toda a terra. Em 1927 foi montado o primeiro serviço telefônico transatlântico com uma conversa entre Nova York e Londres. Para se ter uma idéia do crescimento da telefonia em menos de cinqüenta anos, desde a invenção do telefone, em 1935, as empresas telefônicas empregavam nos Estados Unidos cerca de 300.000 pessoas.

O Brasil, no papel de nosso imperador, teve grande importância no crescimento do telefone e do sistema de telefonia. Por esse motivo o telefone não demorou a chegar

no país, sendo de forma praticamente imediata a sua invenção. Sua chegada se deu em 1877 quando foram instalados no Rio de Janeiro os primeiros aparelhos, sendo um na residência imperial e na casa comercial “Ao Rei dos Mágicos” que tinha uma ligação do seu estabelecimento com o corpo de bombeiros e em seguida a polícia e depois ao “Jornal do Comércio”. Já podia se notar o uso que as pessoas vislumbravam para o telefone, ajudando na comunicação interpessoal como também nos avisos de mais urgência que deveriam ser emitidos.

Tínhamos na época várias firmas interessadas em estender linhas e redes, pois acreditava-se que o tráfego criado compensaria os investimentos.

Dois anos mais tarde, em 15 de novembro de 1879 foi feita a primeira concessão para estabelecimento de uma rede telefônica no Brasil. Quem ganhou a concessão foi Charles Paul Mackie. No mesmo ano a repartição de telégrafos organizou no Rio de Janeiro um sistema de linhas telefônicas ligadas a Estação Central dos Bombeiros para aviso de incêndios.

A partir daí tivemos um grande crescimento com a formação das companhias telefônicas. As principais companhias telefônicas da época foram a “Companhia Telefônica do Brasil”, a “Empreza Telephonica Campineira”, a “Companhia Telephonica do Estado de São Paulo”, a “Companhia RedeTelephonica Bragantina”, a “Brasilianische Elektricitats Gesellschaft”, a “The Interurban Telephone Company of Brazil” e a “Companhia de Telefones Interestadoaes”. Em 1889, as estatísticas apontavam um total aproximado de 160 mil telefones em todo o país, um crescimento significativo em um curto espaço de tempo.

Todas essas empresas acabaram sendo absorvidas por um grupo canadense, a “Brazilian Traction, Light and Power Company Ltd.”, que criou em 1916 uma empresa controladora única, a “Rio de Janeiro e São Paulo Telephone Company”, que mudou de nome em 1923, passando denominar-se “Brazilian Telephone Company”, que depois foi traduzido para “Companhia Telefônica Brasileira” que controlava 75% dos aparelhos existentes do país. Em 1925 a CTB operava cerca de 100.000 telefones.

Durante essa época tivemos grande avanços nos aparelhos telefônicos como a criação do telefone a magneto em 1889, no qual os telefones eram ligados à central por um fio, na caixa do aparelho havia uma manivela que o assinante movia para chamar a telefonista central que fazia a ligação. Em 1906 surge o telefone a bateria central que

vinha substituir os telefones a magnetos que tinham acabado em virtude de um incêndio nas instalações da Brasilianische. O telefone tinha um sistema de bateria, sem manivela, bastava tirar do gancho para falar com a telefonista.

A Segunda Guerra Mundial trouxe dificuldades para todo o mundo e no Brasil não foi diferente. O país mergulhou numa série de dificuldades, o que provocou a estagnação do setor de telefonia. Mas mesmo assim a CTB conseguia instalar mais telefones pelo país.

Em 1956 o presidente Juscelino Kubitchek assinava o Decreto 40.439 que nacionalizava a CTB.

O serviço de Telecomunicações tornava-se cada vez mais amplo e por conseqüência mais complexo. Buscava-se então uma centralização para o serviço afim de melhorá-lo e também modernizá-lo, e quem tomou a frente neste ponto foi o Governo Federal. A aprovação do Código Brasileiro de Telecomunicações (Lei 4.117) em 27 de agosto de 1962, a instalação do CONTEL – Conselho Nacional de Telecomunicações e mais adiante a criação do Ministério das Comunicações, em 25 de fevereiro de 1967, foram os pontos que marcaram fim do marasmo e da letargia e deram inicio a centralização do setor pelo Governo Federal.

Para demonstrar sua presença no setor a União criou em 1965 a empresa estatal “EMBRATEL – Empresa Brasileira de Telecomunicações S. A” que tinha como objetivo claro instalar e explorar os grandes troncos nacionais de microondas, que integravam o Sistema Nacional de Telecomunicações e suas conexões com o exterior. No mesmo ano o primeiro sistema de microondas da América Latina foi inaugurado entre Rio – São Paulo e Campinas.

As diversidades dos equipamentos das concessionárias geravam problemas para uma boa integração do serviço e por isso tudo apontava como dissemos acima para uma solução unitária, e que esta solução deveria ser implantada pelo Estado, para que não houvesse uma dependência da iniciativa privada, o que poderia até não acontecer.

Em 1966, a Embratel assumiu o controle acionário da Companhia Telefônica Brasileira. Nesse ano o governo brasileiro negociou não só a compra da CTB, mas também o de suas empresas associadas. Essas empresas eram responsáveis por 62% dos telefones no país e abrangiam 45% da população brasileira. Para direcionar e gerir este conjunto de empresas foi criada em 11 de junho de 1972 a “Telebrás –

Telecomunicações Brasileiras S. A”, que passava a funcionar como uma empresa

“holding”, das 28 empresas estatais de telecomunicações criadas uma para cada estado.

Novo dono, novas regras, nova administração. Com isso o serviço de telefonia melhorou muito no país tornando-se mais eficiente e confiável e com tecnologia semelhante aos países de primeiro mundo. Já em 1983 eram mais de 10 milhões de telefones em uso no Brasil. E com toda essa tecnologia os serviços passaram a crescer, além das ligações automáticas, sem necessidade da telefonista, com as cidades brasileiras através do DDD (Discagem Direta à Distância) e internacionais com o DDI (Discagem Direta Internacional), os serviços passaram a incluir telex, transmissão de fac-símile, telecard e vários outros serviços.

O Brasil mantinha ligações transatlânticas com cabos submarinos para telefonia que começaram a existir em maio de 1970.

Mas a tecnologia não parava de crescer, o próximo passo do setor foi a digitalização da rede telefônica que existia, com a introdução de equipamentos que transformavam os sinais de voz em pulsos elétricos digitais. O sistema digital permite aumentar o número de transmissões e com melhor qualidade. Em 1985 surge a fibra óptica que transmitia um raio laser que veio substituir os cabos convencionais. Para se ter uma idéia um só cabo reunindo 36 fibras ópticas pode realizar 600.000 ligações simultâneas, com melhor qualidade e um custo mais barato.

Em 1999 já eram mais de 26 milhões de telefones fixos instalados no país. Nessa mesma década surge a telefonia móvel, o telefone celular, que começou a funcionar em 1990. O Rio de Janeiro foi a primeira cidade do Brasil a contar com o Sistema Móvel Celular. No início o serviço era muito caro e o celular só começou a se expandir depois de 1992, mas iremos abordar com mais propriedade no tópico que apresenta a história do celular no Brasil.

O sistema de telefonia crescia a passos cada vez mais largos e o ponto que devemos abordar agora é o de sua privatização. As idéias neoliberais, que acreditavam na eficácia auto-reguladora de mercado, começaram a surgir na década de 80 por todo o mundo. A idéia é que o Estado teria um melhor serviço e menos gastos passando alguns de seus setores para a iniciativa privada, exercendo um controle sobre ela. A esse processo deram o nome de privatização, e que passou a ocorrer no mundo inteiro tendo

como país pioneiro a Inglaterra, a qual foi seguida por grandes países importantes do cenário e mercado mundial.

No Brasil essa onda teve início nos anos 90, mais precisamente em 1995 com a emenda constitucional que quebrou o monopólio das estatais. Essa emenda abriu caminho para que a Lei número 9.472, Lei Geral das Telecomunicações, autorizasse o governo a privatizar todas as empresas do sistema Telebrás. Surge a ANATEL, Agência Nacional de Telecomunicações, órgão que foi criado para fiscalizar o setor.

Em 1997 a Telebrás foi dividida em 12 empresas (9 de telefonia fixa e 3 de telefonia celular), as quais foram privatizadas no ano seguinte. As empresas foram vendidas para oito grandes empresas, sendo quatro de maior porte: Telemar, Embratel, Telefonica e Tele Centro Sul.

Para garantir a concorrência do mercado foram criadas as chamadas empresas “espelho” que receberam em 1999 as mesmas concessões das pioneiras. Isso fez com que o serviço tivesse cada vez mais qualidade e os números aumentassem mais, em 2001 já são cerca de 40 milhões de linhas fixas e 25 milhões de celulares.

O invento de Bell fechou o ano de 2000, o século vinte, com um bilhão e seiscentos milhões de telefones fixos em operação no mundo, dos quais 650 milhões são celulares.

Hoje a telefonia é muito importante para toda a humanidade, não apenas para as relações interpessoais, mas também para as relações comerciais, culturais, de informação, entre tantas outras, sem falar que a telefonia é a base da internet, veículo de comunicação em grande expansão no mundo inteiro e que possibilita a integração de todas as pessoas ao redor do mundo.

2.2 Do telefone fixo ao telefone celular

A história da telefonia celular se confunde com a história do telefone que apresentamos no item anterior. O celular nada mais é do que uma evolução, um degrau a mais no sistema de telefonia, que vive em constante busca por mais tecnologia e versatilidade para gerar melhor qualidade e mais serviços para seus usuários.

Na telefonia celular várias estações de rádio base (torres com transmissores e receptores) são estrategicamente distribuídas na área que se pretende cobrir. Elas formam células semelhantes a uma colméia (por isso, o nome celular) de modo a diminuir as áreas de sombra provocadas pelos obstáculos. A potência dos transmissores em cada célula pode ser menor, mas, afinal de contas, os telefones móveis não precisam ter potência elevada, nem estão instalados em veículos. Suas dimensões foram reduzidas até aparecerem os telefones miniaturas. Como o número de canais disponíveis é bem menor as células podem ser continuamente adicionadas ao sistema, até o limite físico da central de comunicação e controle. Com isso temos como resultado o aumento da área de cobertura celular. A tecnologia digital foi outro grande avanço, permitindo a transmissão de dados e imagens pelo celular, além da voz.

A história do celular está dividida pelas gerações de sistemas móveis, mas o conceito do celular foi desenvolvido em 1947 pelos laboratórios Bell, da AT&T. Em 1970 a própria AT&T propôs a construção do primeira sistema telefônico celular de alta capacidade que ficou conhecido pela sigla AMPS, ou seja, Advanced Mobile Phone

Service, (Serviço Avançado de Telefone Móvel). Nos EUA o primeiro sistema celular

entrava em operação comercial em Chicago em 13 de outubro de 1983. No Japão, na cidade de Tóquio, um sistema semelhante ao AMPS foi colocado em operação em 1979. Na Europa a primeira geração de sistemas celulares era composta de diversos sistemas semelhantes entre si.

Essa primeira geração de sistemas celulares caracterizava-se basicamente por ser analógica.

A história do telefone celular no Brasil começa em 1990. Na época, segundo dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), o país contava com 667

aparelhos, número que passou para 6.700 unidades no ano seguinte, ultrapassaram os 30 mil em 1992 e chegou a 47.865.593 telefones celulares em fevereiro de 2004.

A trajetória de crescimento teve como fator determinante a privatização da telefonia móvel no Brasil, que até 1997 era um serviço estatal. A abertura do mercado para o capital privado obrigou as antigas estatais e as novas empresas que se instalavam a um grande investimento no setor. Com isto, houve um aumento significativo na escala de produção de aparelhos e no oferecimento de novos serviços atrelados a menores preços, numa ampla disputa pelo interesse dos consumidores.

Ao longo dos anos, modelos mais sofisticados foram surgindo, fazendo com que os celulares mais básicos começassem a ficar mais baratos, o que possibilitou a criação de um novo mercado voltado para as classes de renda mais baixa.

Pré-pagos são maioria - Outra mudança ocorrida após a privatização foi o lançamento no país dos celulares pré-pagos, que hoje representam mais de 77% do mercado. "A entrada deste tipo de serviço viabilizou a formação de novos nichos de mercado, fortalecendo a onda de crescimento", avaliou Marcelo Almeida, diretor de varejo da empresa Oi, destacando que não houve retração no mercado de pós-pagos, "acontece que o crescimento do setor de pré-pagos é vertiginoso enquanto a venda de celulares com conta a pagar é mais suave, o que aumenta esta distância em números proporcionais".

País tem mais celulares do que fixos - A expansão do celular no Brasil tem superado as expectativas mais otimistas, tanto que as previsões de que o número de celulares no país atingiria a mesma quantidade de telefones fixos em 2005 foi facilmente ultrapassada. De acordo com a Anatel, enquanto a telefonia móvel já passou de 47 milhões de unidades, o número de telefones fixos está no patamar de 39,2 milhões de linhas. Em 1997, antes da privatização, esta relação era de 18,8 milhões de telefones fixos para 4,5 milhões de celulares no Brasil.Um indício do fácil crescimento em relação às linhas tradicionais é o fato de que o celular é individual, fazendo com que as pessoas de uma mesma família possam partilhar do mesmo telefone fixo, mas dificilmente consigam dividir o uso de um telefone móvel, o que leva a aquisição de vários aparelhos para uma mesma unidade residencial.

"O ritmo da vida moderna faz com que as pessoas precisem de um mecanismo que garanta a convergência das funções do dia-a-dia em um único elemento, nada mais

natural que este dispositivo seja o celular, que está sempre com a pessoa, conectando-a ao mundo a qualquer hora", ressaltou Paulo Roberto Assis de Souza, gerente de marketing da TIM Bahia, Sergipe e Minas Gerais.

Mobilidade atinge 1,8 milhão de baianos

A Bahia, segundo a Anatel, em fevereiro deste ano, contava com 1.822.790 celulares, distribuídos em quatro operadoras: a Vivo (Telebahia Celular), primeira a atuar no estado e que hoje detém cerca de 45% do mercado nacional; a TIM Maxitel, que passou a explorar a banda B após a privatização e representa 18% do setor no país; a Oi, empresa do grupo Telemar, que foi lançada há aproximadamente dois anos, atuando na banda D e atingindo hoje pouco mais de 8% do mercado brasileiro; e, mais recentemente, a Claro, segunda maior empresa do segmento no Brasil, com cerca de 20% do setor, mas que só se instalou na Bahia em dezembro de 2003.

"O mercado na Bahia ainda possui espaço para uma maior competitividade, o que trará benefícios para os clientes em geral com a entrada de uma nova marca no cenário", afirmou o gerente de Desenvolvimento de Produtos e Marketing da Claro, Marco Quatorze, destacando que a entrada da Claro no estado faz parte da estratégia de crescimento da empresa. "Pretendemos atingir 30% do mercado brasileiro até 2005", anunciou.

Evolução anual do número de celulares no Brasil*

Ano Banda A Banda B Banda D Banda E Total

2003 26.448.765 13.501.057 5.673.057 749.741 46.373.266 2002 22.181.473 11.006.739 1.609.102 83.653 34.880.964 2001 19.277.861 9.467.908 - - 28.745.769 2000 15.652.880 7.535.291 - - 23.188.171 1999 10.756.771 4.275.927 - - 15.032.698 1998 6.099.553 1.268.665 - - 7.368.218 1997 4.534.491 15.684 - - 4.550.175 1996 2.744.549 - - - 2.744.549 1995 1.416.500 - - - 1.416.500 1994 755.224 - - - 755.224 1993 191.402 - - - 191.402 1992 31.726 - - - 31.726 1991 6.700 - - - 6.700 1990 667 - - - 667

Tabela 2 - Evolução de Celulares no Brasil – Fonte: Anatel – Agência Nacional de Telecomunicações * Em fevereiro de 2004, a Anatel registrou a existência de 47.865.593 aparelhos.

2.3 As tecnologias do telefone celular

Há tempos o Brasil vive a febre da telefonia celular, dado as facilidades oferecidas pela tecnologia móvel de comunicação.Mas antes de entender as tecnologias existentes atualmente no mercado brasileiro, vale lembrar que nem sempre foi assim.

Em 1999 a telefonia celular passava de sistemas analógicos para sistema digital. Qual diferença entre as duas tecnologias?

A primeira serviu de plataforma de testes e viabilidade econômica para um novo dispositivo de comunicação pessoal, esta tecnologia estava baseada no padrão conhecido com o sistema AMPS (Advanced Mobile Phone System ou na tradução, Sistema de telefonia móvel avançado). Este sistema ganhou outras versões: Japão MCS

(Mobile Communication System); nos paises nórdicos NMT (Nordiska Mobile Telefongruppen); no Reino Unido TACS (Total Access Communication System). No Brasil a telefonia móvel foi introduzida em 1972, com um sistema precário e de baixa capacidade diferente do sistema AMPS. A primeira empresa a instalar e utilizar o sistema AMPS foi a Telerj em 1990, no Rio de Janeiro. Esta plataforma sérvia de base para teste e implantação da telefonia celular no Brasil e representou a primeira geração de telefonia celular em mercado teste.

O sistema analógico não apresentava fidelidade som e captação de sinais, onde qualquer anteparo na captação dos sinais telefônicos apresentava “quedas” na ligação.

No final de 1999 começou a troca da tecnologia, o que ocasionava a troca gradativa de aparelhos. O sistema digital de telefonia apresentava maior alcance de sinais, fidelidade no áudio, e era possível incorporar outras funções como identificador de chamadas.

Atualmente o mercado brasileiro trabalha com 3 tecnologias para celulares, são elas:

CDMA

O que significa CDMA?

A sigla deriva do inglês Code Division Multiple Access, que traduzido significa "Acesso Múltiplo por Divisão de Código".

O que faz o sistema digital CDMA?

A característica marcante deste sistema é a transformação da áudio (voz) em dados (como arquivos ou informações digitalizadas) utilizando um sinal de rádio codificado. Nesta operação o que trafega no “ar” são dados e não voz, sendo assim o

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