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3.3 Standards de linguagem e descumprimento de ordem judicial

3.3.2 Descumprimento de ordem judicial

3.3.2.2 A experiência portuguesa: a sanção pecuniária compulsória

A sanção pecuniária compulsória está prevista no art. 829-A do

Código Civil português

264

, com redação dada pelo Decreto-lei 262/83, e foi inspirada

no modelo francês das astreintes.

O dispositivo “visa, em suma, uma dupla finalidade de moralidade e

de eficácia, pois com ela se reforça a soberania dos tribunais, o respeito pelas suas

decisões e o prestígio da justiça, enquanto por outro lado se favorece a execução

específica das obrigações de prestação de facto ou de abstenção infungíveis

265

”.

264

ARTIGO 829º-A (Sanção pecuniária compulsória)

1. Nas obrigações de prestação de facto infungível, positivo ou negativo, salvo nas que exigem especiais qualidades científicas ou artísticas do obrigado, o tribunal deve, a requerimento do credor, condenar o devedor ao pagamento de uma quantia pecuniária por cada dia de atraso no cumprimento ou por cada infracção, conforme for mais conveniente às circunstâncias do caso.

2. A sanção pecuniária compulsória prevista no número anterior será fixada segundo critérios de razoabilidade, sem prejuízo da indemnização a que houver lugar.

3. O montante da sanção pecuniária compulsória destina-se, em parte iguais, ao credor e ao Estado. 4. Quando for estipulado ou judicialmente determinado qualquer pagamento em dinheiro corrente, são automaticamente devidos juros à taxa de 5% ao ano, desde a data em que a sentença de 200 condenação transitar em julgado, os quais acrescerão aos juros de mora, se estes forem também devidos, ou à indemnização a que houver lugar.

265

Assegura, “simultaneamente, o cumprimento das obrigações e o prestígio da

justiça

266

”.

Sua função não é indenizatória, mas coercitiva

267268

, de modo que

pode ser cumulada com pedido indenizatório. Conforme ensina Calvão da Silva, a

sanção pecuniária compulsória objetiva, quanto ao devedor, “triunfar da resistência

daquele, da sua oposição, indiferença ou desleixo para com o cumprimento.”

269

.

A obrigação imposta ao devedor deve ser infungível

270 271

,

entendendo-se como tal aquela prestação que somente pode ser realizada pelo

próprio devedor

272

. Restringe-se, pois, às obrigações estipuladas “em consideração

266

Tribunal da Relação do Porto. Acórdão 0433267, Fernando Baptista.

267 “A finalidade da sanção pecuniária compulsória não é a de indemnizar o credor pelos danos

sofridos com a mora, mas o de incitar o devedor ao cumprimento do decidido, sob a intimação do pagamento duma determinada quantia por cada período de atraso no cumprimento da prestação ou por cada infracção.” Tribunal da Relação de Guimarães. Processo 407/05.7TBBCL-D.G1. Relator: Amílcar Andrade.

268 “A sanção pecuniária compulsória visa impelir o devedor a cumprir a obrigação de prestação de

facto infungível que lhe foi imposta e, simultaneamente, a respeitar o decidido por um tribunal; ela não se destina a indemnizar o titular do direito que se quer acautelar.”. Tribunal da Relação de Guimarães. Processo 113/11.3TBMLG.G1, Antônio Beça Pereira.

269

SILVA, João Calvão da. Cumprimento e sanção pecuniária compulsória. Coimbra: Coimbra Editora, 1987, p. 397.

270 “A fixação de uma sanção pecuniária compulsória não tem cabimento legal quando estamos

perante obrigações que consubstanciam prestações de facto de natureza fungível”. Tribunal da Relação de Guimarães. Processo 1038/09.8TBFAF-A.G1, Isabel Fonseca.

271 “A sanção pecuniária compulsória visa, em suma, como se refere no próprio relatório do DL n.º

262/83, de 16 de Junho, “… uma dupla finalidade de moralidade e de eficácia, pois com ela se reforça a soberania dos tribunais, o respeito pelas suas decisões e o prestígio da justiça, enquanto por outro lado se favorece a execução específica das obrigações de prestação de facto ou de abstenção infungíveis”. O regime sancionatório previsto no art.º 829º-A do CC assume duas vertentes: uma de natureza judicial – a estabelecida no n.º 1 do preceito, reservada às obrigações de prestação de facto infungível; outra, de natureza legal, prevista no n.º 4 do artigo, estabelecida para os casos em que for estipulado ou judicialmente determinado qualquer pagamento em dinheiro corrente. De acordo com o disposto no art.º 767º, do CC, o cumprimento por terceiro só não é admissível – sendo, nesse caso, a prestação infungível –, se tiver sido acordado expressamente que a prestação deve ser feita pelo devedor, ou se a substituição por outrem prejudicar o credor. Saber se a prestação é ou não fungível é, pois, questão cuja resposta se surpreende, em termos práticos, na afirmação ou na negação da possibilidade de aquela poder ser cumprida por terceiro. (...) Concluindo-se, pois, pela fungibilidade da prestação em causa, é manifesto que não pode proceder o pedido de condenação em sanção pecuniária compulsória e consequentemente impõe-se a revogação da sentença neste segmento do dispositivo.”. Tribunal da Relação de Évora. Processo 5621/13.9TBSTB.E1, Bernardo Domingos.

272

VARELA, João de Matos Antunes. Das obrigações em geral, volume 1. Coimbra: Almedina, 2015, p. 82.

à pessoa”, cujo cumprimento requer insubstituível intervenção do devedor, o que a

caracteriza como processo subsidiário que não permite execução específica

273

.

A obrigação deve ainda ter sido reconhecida judicialmente

274

e estar

em condições de ser cumprida de imediato

275

.

Poderá ser arbitrada tanto na ação declarativa quanto na execução

(redação dada pelo DL 38/03, que alterou os arts 933º, nº 1 e 941º, nº 2)

276

e deverá

ser fixada a pedido do credor, à exceção da sanção prevista no nº 4 do art.º 829º-A

do Código Civil, também chamada de sanção compulsória legal (em contraponto à

sanção compulsória judicial), que possui caráter automático

277

. Nesta hipótese, são

273 “(...) o legislador confinou a sanção pecuniária compulsória às obrigações de carácter pessoal –

obrigações de carácter intuitu personae, cuja realização requer a intervenção do próprio devedor, insubstituível por outrem – fazendo dela um processo subsidiário onde a execução específica não tem lugar.”. Tribunal da Relação de Évora. Processo 2187/04.4TBEVR.E1, Mata Ribeiro.

274 “O escopo da sanção pecuniária compulsória não se confina a um mero constrangimento do

devedor para cumprir a sua obrigação, é da sua natureza reforçar a soberania dos tribunais e o prestígio da justiça e, por isso, só é devida quando a prestação houver sido judicialmente reconhecida, o que não se verifica quando o título executivo é uma letra de câmbio.”. Tribunal da Relação de Évora. Processo 293/10.5TBETZ -A.E1, Francisco Matos.

275“Entendemos que pela própria natureza da sanção compulsória esta «pressupõe, que, a obrigação imposta ao devedor seja tal que permita, de imediato, o seu cumprimento. Só uma obrigação, que tendo sido judicialmente reconhecida, esteja em condições de ser logo cumprida pelo devedor é que pode determinar a incidência dessa sanção» - vide Ac. STJ de 23.01.2002, Ver. Nº 2071/01-4ª: Sumários, 57º. E é exactamente isso que falta na situação em causa: a sanção foi estabelecida sem que a obrigação estivesse totalmente em condições de ser cumprida pois a sua verificação dependia – também – de actos de terceiro e por isso se acaba a discutir se era ou não possível cumprir todos os prazos em causa pelos oponentes. “In casu,” nunca poderia existir uma certeza de que os oponentes, só por si, conseguiriam o resultado pretendido, o que faz do cumprimento e da sanção estabelecida um cumprimento e uma sanção não controlável pelos obrigados, pelo que temos que concluir que não é admissível. Com efeito, a sanção compulsória é um meio coercivo para o cumprimento, «visa compelir psicologicamente o infractor a cumprir, ainda que tardiamente, mediante a inflicção de um mal continuado ou reiterado que só cessará com tal cumprimento» Galvão Telles, Dir.Obrigações, 5ª ed. -427. (...) Assim sendo, esta pressão que a que fica sujeito o devedor tem que se basear numa obrigação que pode ser de imediato cumprida, sem condicionantes.” Tribunal da Relação de Évora. Processo 941/09.OTBSTB-B.E1, Elisabete Valente.

276 “Verficado o incumprimento da obrigação de non facere, pode o exequente requerer, no âmbito da

execução para prestação de facto negativo, a fixação de sanção pecuniária compulsória”. Tribunal da Relação de Guimarães. Processo 5273/09.OTBGMR.G1, Manuela Bento Fialho.

277

Ainda do Acórdão 0433267, do Tribunal da Relação do Porto, colhe-se a seguinte construção: “Pergunta-se, assim, em primeiro lugar se—como a expropriante sustenta—os juros compulsórios, a que se refere o aludido nº 4 do artº 829º-A, CC, só podiam ser atribuídos desde que requeridos pelos expropriados, e antes da condenação”. Não cremos que assista razão à agravante.

Efectivamente, temos entendido—e não alvejamos razão consistente para mudar de opinião—que a sanção a que se reporta o referido nº 4 é de funcionamento automático (como dia a disposição legal,

devidos juros em todos os casos em que haja condenação ao pagamento de quantia

monetária

278

, independentemente de condenação na sanção estabelecida no nº 1 do

art.º 829º-A

279

.

É possível, ainda, a aplicação concomitante da sanção pecuniária

compulsória e da condenação por litigância de má-fé

280

.

“usando uma terminologia que deve mais à física, em geral, e à mecânica, em especial, do que à escorreita linguagem do bom jurista” (Rev. Leg. Jur., Ano 121, pá. 219), escapando—embora, é certo, um tanto em desarmonia com o sistema—à intervenção do tribunal (cfr. Calvão da Silva, Cumprimento e Sanção Pecuniária Compulsória”, págs. 452 ss e estudo do mesmo autor o estudo in B.M.J., nº 359º, págs. 97 ss).

Trata-se, assim, de uma sanção que não carece de ser pedida e declarada em sede de acção declarativa (cfr., neste sentido, Acs. rel. Porto de 07.02.95, 14.01.99, de 29.02.2000 e de 30.05.00, todos na base de dados da DGSI, in www.dgsi.pt; o Ac. Rel. de Évora de 11.04.96, in Col. Jur. , ano XXI, T. II, pág. 279).

Efectivamente, há que distinguir, por um lado, a sanção compulsória judicial (nº 1 do citado artº 829ºA)—esta, sim, só decretada “a requerimento do credor” (cfr., v.g., Ac. Rel. do Porto, in Col. Jur., 1991, T. V, pág. 145)—e, por outro, a sanção compulsória legal (nº 4), visando – como no caso sub

judice -- obrigações pecuniárias.

Esta última não carece de ser decretada pelo juiz. Pelo contrário, é o próprio legislador a fazê-lo (cfr. Calvão da Silva, “Cumprimento..., “ págs. 457/458). Efectivamente o aludido adicional de juros (de 5%) que a dita norma legal prevê é automaticamente devido “de jure”, desde o trânsito em julgado da sentença que tiver condenado no pagamento em dinheiro corrente (ver Ac. Rel. de Évora de 13.10.1998, Bol. M.J., nº 480º-568).

A sanção pecuniária compulsória é só uma: em regra, a sua ordenação é confiada pelo legislador ao tribunal; excepcionalmente — como é o presente caso – é o próprio legislador que a fixa. Como anota o Prof. Calvão da Silva, (ob. e loc. cits.), o legislador, quando se trata de obrigações ou de simples pagamentos a efectuar em dinheiro corrente, em vez de confiar à soberania do tribunal a ordenação da sanção pecuniária compulsória, disciplinou-a ele próprio, fixando o seu montante, ponto de partida (trânsito em julgado da sentença de condenação) e funcionamento automático.”.

278

Calvão da Silva esclarece que “quer a sentença de condenação recaia sobre uma soma em dinheiro, cujo montante está estipulado contratualmente, quer a soma em dinheiro a pagar seja determinada pela própria decisão da justiça - como acontece na obrigação de indemnização, fixada em dinheiro, resultante da responsabilidade civil extracontratual ou contratual, a qual, no momento da fixação do quantum respondeatur, se converte de dívida de valor em obrigação pecuniária – são automaticamente, de direito, devidos juros à taxa de 5% ao ano desde o trânsito em julgado da sentença condenatória”. SILVA, João Calvão da. Cumprimento e sanção pecuniária compulsória. Coimbra: Coimbra Editora, 1987, p. 455.

279 “A sanção estabelecida no nº 4 do art. 829º-A, é devida em todos os casos em que haja

condenação no pagamento de quantia monetária, independentemente da existência ou não de cláusula penal ou da condenação na sanção estabelecida no nº 1 do mesmo preceito e opera “ope legis”, sem necessidade de condenação por banda do tribunal.”. Tribunal da Relação de Évora. Processo 280.06.8TBSRP-B.E1, Antônio Manuel Ribeiro Cardoso.

280 “Diz-se litigante de má-fé - art. 456º, nº2 - quem, com dolo ou negligência grave: a) tiver deduzido

Deverá ser fixada segundo critérios de razoabilidade e será

destinada, em partes iguais, ao credor e ao Estado, sem prejuízo de eventual

indenização, levando-se em consideração as circunstâncias do caso, podendo o

Tribunal optar por fixa-la por cada dia de atraso ou por cada infração.

Por seu caráter coercitivo, o valor da sanção deve ser estipulado em

patamar capaz de assegurar a eficácia do comando judicial, desestimulando o

descumprimento por parte do devedor

281

, com observância, por outro lado, da

factos ou omitido factos relevantes para a decisão da causa; c) tiver praticado omissão grave do dever de cooperação; d) tiver feito do processo ou dos meios processuais um uso manifestamente reprovável, com o fim de conseguir um objectivo ilegal, impedir a descoberta da verdade, entorpecer a acção da justiça ou protelar, sem fundamento sério, o trânsito em julgado da decisão. Cabem, na definição legal, situações de má-fé subjectiva, caracterizadas pelo conhecimento ou não ignorância da parte, e objectiva, resultantes da violação dos padrões de comportamento exigíveis. Por outro lado, importa notar que o princípio da cooperação constitui, a partir da reforma processual operada pelo Dec-lei 329-A/95, de 12/12, um princípio fundamental e angular do processo civil, com expressão no art. 266º do Código, e preordenado a fomentar a colaboração entre os magistrados, os mandatários e as próprias partes, com vista a obter-se, com brevidade e eficácia, a justa composição do litígio. No que respeita às partes, o dever de cooperação vem concretizado no art. 266º-A, tendo como principal manifestação o dever de litigância de boa-fé. A mais grave violação desses deveres, por qualquer das partes, traduz a litigância de má-fé. Na redacção anterior à reforma do Código, a má-fé era identificada como uma modalidade do dolo processual, consistindo, na expressiva síntese de Manuel de Andrade, na "utilização maliciosa e abusiva do processo".

(...) Se os apelantes estivessem de boa-fé, após o trânsito em julgado da sentença, só tinham um caminho a seguir: cumprir com as obrigações a que se encontravam vinculados por força da decisão judicial. A descrita postura dos executados reflecte, no mínimo, falta de respeito para com as decisões dos tribunais, não podendo tal actuação ser integrada no conceito de lide temerária, como ainda pretendem os apelantes. Violaram consciente e voluntariamente o dever de probidade (o dever de agir de boa-fé) e o dever de cooperação, que sobre eles recaía. Mostra-se, pois - observado que foi o princípio do contraditório - inteiramente justificada a sua condenação como litigantes de má-fé, que assenta num juízo de censura incidente sobre um comportamento por eles adoptado, inadequado à ideia de um processo justo e leal. Condenação que, de jure, assenta no disposto no art. 456º, n.ºs 1 e 2, al. c) e d) do CPC e deverá ser concretizada com a aplicação de uma multa, nos limites previstos no art. 102º - a) do CCJ - multa que, atenta a gravidade e reiteração da má-fé, se entende ajustado fixar em 10 (dez) UC. É, por outro lado, inquestionável a responsabilidade pessoal e directa do mandatário dos recorrentes nos actos pelos quais se revela a má-fé, uma vez que em causa estão, essencialmente, procedimentos processuais que os recorrentes não dominam, e que estão na disponibilidade daquele, enquanto técnico de Direito. Temos por irrecusável que o Ex.mo causídico que patrocina os Executados/Apelantes não observou o dever de cooperação a que se acha vinculado, nos termos do já citado art. 266º do CPC, devendo, por isso, ser considerado responsável pessoal e directo pela má-fé dos recorrentes, nos termos do art. 459º do mesmo Código. Decisão. Nos termos expostos, nega-se provimento ao recurso, com custas pelos recorrentes. Condenam-se os recorrentes na multa de 10 (dez) UC, por haverem litigado de má-fé, devendo dar-se cumprimento ao disposto no art. 459º do CPC, no concernente ao Ex.mo Mandatário dos recorrentes, para os efeitos prevenidos no dito normativo.”. Processo 407/05.7TBBCL-D.G1. Relator: Amílcar Andrade. Data do acórdão: 15 de setembro de 2011.

281 “I - O escopo da sanção pecuniária compulsória é pressionar o obrigado ao cumprimento, e a sua

finalidade última é «levar o devedor a respeitar a injunção judicial e a cumprir a obrigação a que está adstrito pelo que o respectivo valor tem de ser fixado um pouco acima da sua capacidade patrimonial. II - A consideração das condições económicas do devedor não tem em vista fixar um valor que fique

capacidade do devedor para assegurar a efetividade da providência decretada

282283

.

Na lição de João Calvão da Silva, “não deve perder-se de vista que o remédio mais

eficaz para os possíveis excessos do prudente arbítrio do juiz está nas próprias

mãos do devedor: o cumprimento da obrigação a que está adstrito

284

”.

aquém dessas condições (como seria se estivesse em causa a fixação de uma indemnização), pois, atento o escopo da sanção pecuniária compulsória, o devedor não pode, perante o valor fixado para esta, ter vantagem no não cumprimento. A atenção à situação económica do devedor tem, antes, o propósito de vir a ser fixado um valor que vá além das suas capacidades, pois só assim será suficientemente dissuasor do incumprimento – sendo certo que o valor fixado, por se tratar de quantia destinada a não ser paga desde que haja cumprimento da obrigação, não afectará, em condições normais, o património do devedor. Tribunal da Relação de Évora. Processo 499/07-2, Mário Serrano.

282 “A sanção pecuniária compulsória consiste na condenação do devedor no pagamento de uma

quantia pecuniária variável, por cada dia de atraso ou por cada infracção, em cuja fixação devem intervir juízos de razoabilidade, ou proporcionalidade, devendo ser ponderada a capacidade do devedor para assegurar a efectividade da providência decretada.”. Tribunal da Relação de Évora. Processo 2322/05-3, Chambel Mourisco.

283

GERALDES, Antônio Santos Abrantes. Temas da Reforma do Processo Civil, volume III. Coimbra: Almedina, 2010, p. 156.

284

SILVA, João Calvão da. Cumprimento e Sanção Pecuniária Compulsória. Coimbra: Coimbra Editora, 1987, pgs. 418-419.