• Nenhum resultado encontrado

Vinculada a um passado de práticas predominantemente assistencialistas e compensatórias, as conquistas da Constituição de 1988 foram um marco para o reconhecimento da educação infantil como um direito universal das crianças. A década de 1990 se configurou como um período de discussões sobre esse direito, tendo o reconhecimento da educação infantil como a “primeira etapa da educação básica” na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996 (BRASIL, 1996).

Com a inserção da educação infantil na e educação básica garantida na LDB 93.94/96, as crianças de 0 a 6 anos passaram a despertar mais interesse de pesquisadores da área da educação e, assim, aumentaram significativamente as discussões sobre as necessidades formativas específicas para as professoras de educação infantil.

Entendemos que foi fundamental na constituição desta pesquisa conhecer a situação da formação continuada das professoras de educação infantil desta Região. Analisamos as iniciativas e estratégias de formação continuada que já foram implementadas pelas Secretarias de Educação Municipal.

Para tanto, elegemos as perguntas referentes ao bloco IV que privilegiam informações sobre: projetos de formação continuada em educação infantil; seus objetivos; problemas; instituições envolvidas; o período do ano em que acontecem essas formações; quais os temas abordados nos últimos três anos; se a secretaria de educação implementa algum tipo de formação continuada específica para as auxiliares de educação infantil; quais as profissionais que participam das formações; se existem documentos (propostas pedagógicas, textos legais ou publicações que tratam sobre a formação das professoras de educação infantil); se a secretaria de educação mantém parceria com outras instituições (universidades, faculdades, igrejas e Ongs) para a realização de formação continuada das professoras de educação infantil; relacionar as instituições parceiras nas formações desenvolvidas e explicar como estas funcionam.

Ao indagarmos se os municípios, por meio da secretaria de educação, implementam algum projeto de formação continuada que envolva profissionais da educação infantil, dos 16 municípios que enviaram o questionário, 75% responderam que realizam projetos de formação continuada para as professoras da primeira etapa da educação básica, enquanto 25% não responderam à questão. Nenhum dos municípios pesquisados afirmou “não” implementar formação continuada para as professoras de educação infantil, porém quatro destes não responderam à pergunta. Este fato nos deixa sem possibilidades de compreender se todos os municípios que nos devolveram o questionário contam ou não com formação continuada para as professoras de educação infantil. O fato de um total de 25% dos municípios não responderem à pergunta é um dado que chama a atenção, pois no âmbito das discussões acadêmicas e políticas este tema já tem um espaço significativo, além de conquistas legalmente estabelecidas nos documentos.

Também procuramos saber quando acontecem essas formações em serviço para aperfeiçoamento profissional continuado nos municípios. Dos 16 municípios pesquisados, 75% dos municípios responderam por meio do questionário que as formações continuadas ocorrem durante o ano todo, em período incluído na carga de trabalho; 12,5% responderam que as formações continuadas acontecem no início do ano letivo em período extra de trabalho; 6,25% responderam que as formações continuadas ocorrem no início do ano letivo em período incluído na carga de trabalho. Apresentamos, na sequência, o gráfico que indica o período no qual acontecem as formações continuadas nos municípios pesquisados:

Gráfico 1: Quando acontecem as formações continuadas das professoras de educação infantil oferecidas pela rede municipal

1 2

3 4

5 6

Quando acontecem as formações continuadas das professoras de educação infantil oferecidas pela rede municipal

Não respondeu a questão

No inicio do ano letivo em período extra de trabalho No inicio do ano letivo em período incluído na carga de trabalho

FONTE: Elaborado pela autora 2016.

Retomamos a LDB de 20 de dezembro de 1996 que, em seu Art. 67, define o direito ao aperfeiçoamento profissional continuado, com licenciamento periódico remunerado e com períodos reservados para estudos, planejamentos e avaliações, incluídas na carga de trabalho do profissional.

Essa garantia assegurada na LDB mostra o equívoco de alguns municípios pesquisados que oferecem formação continuada no início do ano letivo em período extra de trabalho. Além de a formação continuada ser oferecida em período fora do horário de trabalho, ela ocorre esporadicamente, ou seja, somente no início do ano, enquanto deveria acontecer de forma regular e frequente durante todo o ano.

Buscando melhor compreender a implementação das iniciativas de formação continuada, procuramos também conhecer quais secretarias municipais ficam responsáveis por planejar as formações continuadas nos municípios pesquisados. A maioria dos municípios, ou seja, 75%, afirmaram desenvolver projetos de formação continuada para as professoras de educação infantil. Este é um número expressivo de municípios que realizam formação continuada, no entanto, destacamos alguns indicativos: as formações oferecidas na Região da AMUREL nem sempre correspondem às especificidades da educação infantil; não partem dos conhecimentos locais, pois muitas são elaboradas e organizadas por empresas que utilizam o apostilamento, por isso já trazem os temas e os conteúdos “pré- fabricados”; as coordenações pedagógicas dos municípios pesquisados não são ativas e participativas na elaboração das formações; as formações continuadas desenvolvidas na Região não ocorrem com frequência no decorrer do ano letivo. Todavia, consideramos importantes outras pesquisas que busquem ouvir as professoras, as quais podem dar respostas referentes as suas maiores necessidades na prática educativa desenvolvida no cotidiano da creche, assim concedendo indicativos sobre quais os temas fundamentais a serem trabalhados naquele contexto e com aquelas profissionais.

Constatamos que dos 16 municípios pesquisados, todos nos informaram que a secretaria de educação é a secretaria da rede municipal responsável por planejar as formações continuadas das professoras das creches e pré-escolas.

Além de contarem com a Secretaria da Educação, 6,25% dos municípios também recebem apoio da Secretaria da Cultura para planejar as formações

continuadas das professoras de creches e pré-escolas. Os municípios que recebem a contribuição da Secretaria Municipal de Assistência/Desenvolvimento/Promoção Social também totalizam 6,25%, e um município conta com o apoio da Secretaria de Saúde para planejar as formações continuadas das professoras.

Analisamos que nos municípios da Região da AMUREL a Secretaria de Educação é a secretaria da rede municipal mais envolvida com a formação das professoras das creches e pré-escolas, tendo em vista que dos 16 municípios respondentes, a Secretaria de Educação é comprometida com o planejamento das formações continuadas em todos os municípios analisados.

Este dado indica que a educação infantil, primeira etapa da educação básica, atualmente possui o envolvimento efetivo das Secretarias da Educação, pois esta organização reflete uma mudança de concepção acerca das creches e pré-escolas. Em vez de serem consideradas somente ação de assistência social ou de apoio às mulheres trabalhadoras, estas instituições passam a fazer parte de um percurso educativo.

Outro dado interessante foi de que dois municípios informaram que a Secretaria de Assistência Social tem envolvimento com as formações continuadas das professoras da creche e pré-escola. Isso comprova a desvinculação da educação infantil da Secretaria de Assistência Social, além da falta de articulação entre as secretarias municipais. Assim como destaca Kramer (2005, p.16-17):

Quanto à história e políticas de educação infantil, no Brasil é constante a prática de criar e extinguir órgãos com as mesmas funções. Mais que um problema administrativo, essa pulverização revela que a criança é encarada de modo fragmentado. Saúde, assistência e educação não se articulam ao longo da história; ao contrário, o atendimento se fragmentou, e cada área é apontada como causa quando na verdade é consequência das condições em que vivem as crianças.

A ausência de articulação das secretarias da rede municipal no envolvimento das formações continuadas das professoras das creches e pré-escolas não oportuniza programas de outras áreas, como da assistência social, da cultura e da saúde. Esta fragmentação das secretarias das redes municipais, afronta a cidadania e os direitos das crianças ao não serem consideradas em sua integralidade.

Para compreender a criança na sua integralidade é importante formações continuadas para as professoras de creches e pré-escolas com políticas mais orgânicas, capazes de assegurar o direito à proteção integral à criança, conforme indica o Art. 1° do Estatuto da Criança e Adolescente.

Acreditamos na importância de buscar parcerias em torno de diferentes secretarias das redes municipais, com temas de formação continuada que atendam às necessidades de compreensão das professoras para um atendimento de qualidade na educação infantil, pois observamos que diferentes rotas são fundamentais para significar a criança na sua integralidade.

O efetivo envolvimento das secretarias das redes municipais nas formações continuadas das professoras de educação infantil tende a contribuir e orientar na diversificação curricular composta na educação infantil, porém estas formações continuadas precisam estar vinculadas prioritariamente à secretaria de educação, embora busquem a articulação entre as secretarias no que diz respeito ao desenvolvimento integral da criança. Conforme Oliveira (2010, p. 1):

A versão institucional proposta nas Diretrizes se contrapõe a programas alternativos de atendimento englobados na ideia de educação não-formal. Lembra o Parecer CNE/CEB nº 20/09 que nem toda Política para a Infância, que requer esforços multisetoriais integrados, é uma Política de Educação Infantil. Com isso, outras medidas de proteção à infância devem ser buscadas fora do sistema de ensino, embora articuladas com ele, sempre que necessário.

Lembramos que a educação infantil é parte integrante da educação básica, como diz a Lei nº 9.394/96 em seu artigo 22, cujas finalidades são “assegurar-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania”. Ressaltamos, nos cursos de formação continuada das professoras de educação infantil, a necessidade de se considerar as crianças na sua integralidade, valorizando sua cidadania, respeitando as suas particularidades por meio de ações educativas articuladas aos cuidados básicos infantis.

Outra observação que realizamos no questionário é de que as formações continuadas das professoras das creches e pré-escolas de seis municípios são planejadas juntamente com as formações oferecidas para as professoras das séries iniciais, pois sabemos que seis dos 16 municípios que responderam o questionário não possuem setor específico para educação infantil, portanto, o planejamento para a formação continuada para ambas as etapas é o mesmo.

Esta indicação demonstra a falta de comprometimento com as demandas educativas específicas a cada uma das etapas. Planejar as formações continuadas da educação infantil, juntamente com as séries inicias, provoca a compreensão de que as professoras de educação infantil recebem as mesmas orientações pedagógicas que as professoras das séries iniciais ou vice-versa. Entretanto, é imprescindível destacar que essas etapas possuem propostas educativas diferentes.

Procuramos saber quais os outros profissionais, além das professoras de educação infantil, que também participam das formações continuadas oferecidas pelas Secretarias Municipais de Educação dos municípios da Região da AMUREL. Todos os municípios nos informaram que as professoras de educação infantil são participantes destas formações, enquanto a equipe pedagógica foi destacada como partícipe somente em 11 dos 16 municípios pesquisados.

Em 50% dos municípios, as auxiliares também participam das formações continuadas e somente 6,25% possuem auxiliares da rede conveniada e estudantes do ensino superior frequentando as formações continuadas oferecidas pela secretaria de educação municipal. Gestores, coordenadores, secretários, merendeiras e serventes também foram citados por um dos municípios pesquisados como outros profissionais frequentadores das formações continuadas oferecidas pela Secretaria de Educação.

Apresentamos, em seguida, o gráfico que indica quais profissionais participam da formação continuada oferecida pela Secretaria de Educação.

Gráfico 2: Quais profissionais participam da formação continuada oferecidas pela Secretaria de Educação

Equipe Pedagógica Professoras de educação infantil Auxiliares da Rede Pública Auxiliares da Rede Conveniada Estudante de ensino superior Gestores e coordenadores

Merendeiras e serventes

Profissionais que participam das formações continuadas oferecidas pelas Secretarias de Educação

FONTE: Elaborado pela autora 2016.

O que mais chama a atenção foi que em 31,5% dos municípios a equipe pedagógica não participa das formações continuadas oferecidas pela Secretaria de Educação, o que representa a ausência de participação de uma equipe fundamental para a realização e participação das formações continuadas.

Isso indica a falta de envolvimento e sintonia da equipe com as professoras, ou seja, enquanto a equipe pedagógica deveria ser participante do processo de planejamento e organização das formações oferecidas pela Secretaria de Educação, estas nem sequer se fazem presentes nestas formações.

Ressaltamos, em especial, que uma formação continuada sem a participação da equipe pedagógica leva a um distanciamento e cria uma divisão de trabalho entre aqueles que deveriam contribuir diretamente com o planejamento das formações continuadas e aquelas que executam este trabalho.

A equipe pedagógica precisa ser e estar próxima das instituições de educação infantil, conhecer o trabalho desenvolvido pelas profissionais, os espaços onde se localizam e as crianças e familiares que frequentam estes. Nesse aspecto, é importante que a equipe pedagógica funcione como um elo para as professoras na reflexão dos trabalhos educativos desenvolvidos nas creches e pré-escolas.

Trata-se de um envolvimento da equipe pedagógica desde o planejamento das formações continuadas, pois conforme Cunha (1971, p. 816), a equipe de acompanhamento pedagógico é responsável pela “ação de velar sobre alguma coisa ou sobre alguém a fim de assegurar a regularidade de seu funcionamento ou de seu comportamento”.

No decorrer da pesquisa, investigamos quais temas vêm sendo abordados na formação continuada destas profissionais nos últimos três anos. Construímos o quadro abaixo que nos possibilita compreender quais são esses temas.

Quadro 9: Temas abordados na formação das professoras de educação infantil nos últimos três anos

Temas sugeridos no questionário

Quantidade de municípios que destacaram os temas sugeridos

Fundamentos da Educação (psicologia, filosofia e sociologia)

5 Aspectos didáticos pedagógicos (práticas

cotidianas)

Aspectos ligados à cultura e à arte (literatura infantil, teatro e música)

12

Aspectos administrativos 3

Relações com a família e com a comunidade 13 Saúde e alimentação (práticas cotidianas) 13 Fonte: Elaborado pela autora 2016.

Por meio destas informações, podemos conhecer os temas das formações continuadas que compõem as práticas cotidianas desenvolvidas nas instituições de educação infantil nos municípios da Região da AMUREL. Observamos que os temas trabalhados se organizaram da seguinte maneira: aspectos didáticos pedagógicos, referentes às práticas cotidianas trabalhadas nas formações continuadas foram oferecidos em todos os 16 municípios investigados. Outros dois temas indicados no questionário foram: relações com a família e com a comunidade e saúde e alimentação nas (práticas cotidianas). Ambos foram destacados por 13 dos 16 municípios investigados. Também nos interessou saber sobre a efetivação dos temas ligados à cultura e à arte (literatura infantil, teatro e música), para tanto, 12 municípios indicaram ter trabalhado com esses temas. Cinco municípios informaram que os temas trabalhados nas formações continuadas estão relacionados aos fundamentos de psicologia, filosofia e sociologia.

Para uma análise das respostas dos municípios quanto aos temas de formação continuada, buscamos elementos para nossa reflexão nas Diretrizes Curriculares para a Educação Infantil (2010), que trazem indicativos referentes às práticas pedagógicas que devem compor a Proposta Curricular da Educação Infantil. Nesse sentido, relatamos que as professoras carecem de formações continuadas que garantam a elas uma compreensão dos eixos norteadores e especificidades da educação infantil (interações, brincadeiras e linguagens), além da necessidade de garantir experiências para as crianças que:

Promovam o conhecimento de si e do mundo por meio da ampliação de experiências sensoriais, expressivas, corporais que possibilitem movimentação ampla, expressão da individualidade e respeito pelos ritmos e desejos da criança;

Favoreçam a imersão das crianças nas diferentes linguagens e o progressivo domínio por elas de vários gêneros e formas de expressão: gestual, verbal, plástica, dramática e musical;

Possibilitem às crianças experiências de narrativas, de apreciação e interação com a linguagem oral e escrita, e convívio com diferentes suportes e gêneros textuais orais e escritos;

Recriem, em contextos significativos para as crianças, relações quantitativas, medidas, formas e orientações espaço-temporais;

Ampliem a confiança e a participação das crianças nas atividades individuais e coletivas;

Possibilitem situações de aprendizagem mediadas para a elaboração da autonomia das crianças nas ações de cuidado pessoal, auto-organização, saúde e bem-estar;

Possibilitem vivências éticas e estéticas com outras crianças e grupos culturais, que alarguem seus padrões de referência e de identidades no diálogo e conhecimento da diversidade; incentivem a curiosidade, a exploração, o encantamento, o questionamento, a indagação e o conhecimento das crianças em relação ao mundo físico e social, ao tempo e à natureza;

Promovam o relacionamento e a interação das crianças com diversificadas manifestações de música, artes plásticas e gráficas, cinema, fotografia, dança, teatro, poesia e literatura;

Promovam a interação, o cuidado, a preservação e o conhecimento da biodiversidade e da sustentabilidade da vida na Terra, assim como o não desperdício dos recursos naturais;

Propiciem a interação e o conhecimento pelas crianças das manifestações e tradições culturais brasileiras (BRASIL, 2010, p. 25-26).

Propostas de formação continuada que valorizam as indicações das Diretrizes Curriculares para a Educação Infantil na formação continuada das professoras de educação infantil tendem a fomentar, nas professoras, uma ação pedagógica com crianças pequenas em espaços coletivos que valorizem as especificidades e modos próprios das crianças de 0 a 6 anos conhecerem e viverem o mundo, bem como as práticas sociais e culturais das crianças e da comunidade.

Observamos, nos dados fornecidos pelo questionário, que os aspectos didáticos pedagógicos, ou seja, as práticas cotidianas desenvolvidas nas instituições foram abordadas nas formações continuadas em 100% dos municípios pesquisados. Todavia, as informações do questionário não possibilitam saber se essas formações continuadas possibilitaram discussões articuladas às atuais DNCEI.

Nas formações continuadas oferecidas, nos municípios da Região da AMUREL, dos 16 municípios pesquisados 13 informaram que trataram de temas sobre as relações com a família e com a comunidade.

É possível afirmar sobre a relevância de desenvolver formação continuada que trabalha os temas referentes à família e à comunidade, pois ao observarmos a legislação que regulamenta o trabalho nas instituições de educação infantil, a LDB de 1996, além de indicar a educação infantil como primeira etapa da educação básica, considera esta etapa da educação como complementar à ação da família e

Maria Aparecida Maistro (1999), em sua pesquisa em uma creche pública da rede municipal de Florianópolis, buscou conhecer alguns sentimentos e significações tecidas nas relações entre creche e famílias. Os resultados obtidos por ela revelam a necessidade de um trabalho articulado entre a educação e o serviço social junto às professoras das creches, com a finalidade de compreender o "muro de isolamento" existente entre essas duas instituições e construído no dia a dia. Maistro (1999, p.56) aponta que:

[...] é necessário que se trabalhe numa perspectiva de formação em serviço, na qual o Serviço Social poderia contribuir trabalhando de uma forma integrada com a Educação, sendo uma das ações, o trabalho de formação continuada junto aos profissionais de creche, para que possam se dar conta de suas posturas, resignifiquem sua identidade profissional submetendo à critica e provocando mudanças nas concepções já constituídas, podendo, assim, ajudá-las a diminuir os preconceitos que a nossa sociedade ainda cria sobre a criança e sobre as suas famílias, só assim poderão redefini-las e com isso ousar criar novas práticas e propostas.

Maistro (1999) enfatiza que a formação continuada deve tematizar as relações com as famílias com a intenção de redefinir ou diminuir os preconceitos existentes sobre as famílias e as crianças em nossas creches e pré-escolas.

Essa proposição de temas referentes às relações com as famílias e com a comunidade nas formações continuadas para as professoras das creches e pré-