• Nenhum resultado encontrado

PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO INFANTIL

Na pesquisa, por meio do questionário enviado aos municípios, tivemos também a intenção de saber se as Secretarias de Educação elaboraram

documentos sobre a formação de profissionais que trabalham nas creches e pré- escolas (propostas pedagógicas, textos legais, publicações e outros materiais).

Oito municípios afirmaram ter elaborado documentos que tratam das formações continuadas das professoras de educação infantil, enquanto seis municípios responderam que não elaboraram documentos com referência às formações continuadas oferecidas às professoras de educação infantil e dois não responderam se possuem documentos que tratam da formação continuada das professoras de educação infantil.

Os documentos legais servem como suporte e são norteadores nos direitos adquiridos pelas professoras de educação infantil. Dois municípios anexaram no questionário documentos referentes à formação profissional das professoras de creches e pré-escola.

Os dois municípios enviaram os seus respectivos “Plano de Cargos, Carreira e Remuneração para os Profissionais da Educação do Magistério Público Municipal”. Dentre os dois documentos enviados, observamos que não há diferenciação nos direitos adquiridos das professoras da educação infantil para as outras etapas da educação básica. Ambos os documentos, ao se referirem sobre a formação continuada, contemplam toda educação básica e o direito a estas formações. Dos documentos enviados por dois municípios pesquisados, o mais atual foi aprovado em 2014 e o outro aprovado em 2006.

Ao analisarmos o “Plano de Cargos, Carreira e Remuneração para os Profissionais da Educação do Magistério Público Municipal” aprovado em 2014, a formação continuada é mencionada quando o documento trata sobre a “Política de Valorização Profissional”, na qual, em seu Artigo 9°, garante que “às Secretarias Municipais de Educação e Administração, competem planejar, organizar, promover e/ou executar cursos de capacitação de recursos humanos, bem como implantar e/ou implementar Programas de Desenvolvimento e de Formação Pedagógica aos Profissionais do Magistério de forma continuada e emergencial”.

Fizemos algumas constatações no “Plano de Cargos, Carreira e Remuneração para os Profissionais da Educação do Magistério Público Municipal” aprovado em 2006, em um dos municípios desta pesquisa. A formação continuada é indicada no documento quando o mesmo trata dos “Diretos das Profissionais” em seu Artigo 29, o qual garante promover a valorização dos profissionais em

educação, assegurando-lhes: qualificação e aperfeiçoamento continuado com licenciamento periódico remunerado para este fim, para cursos específicos para área de atuação; período reservado a estudos, planejamentos e avaliação, incluídos na carga horária de trabalho.

No documento aprovado em 2014 por um dos municípios pesquisados, observamos que a formação continuada no referido documento está relacionada à “Política de Valorização Profissional”, enquanto no documento aprovado em 2006 por um dos municípios pesquisados a formação continuada está especificada na garantia dos “Direitos das Profissionais”.

Compreendemos que a formação continuada das professoras das creches e pré-escola precisa estar garantida tanto como uma política de valorização, como um direito das profissionais estabelecidos em documentos da Secretaria de Educação Municipal.

Procuramos saber quais as Secretarias de Educação dos municípios pesquisados mantêm parcerias com outras instituições (universidades, faculdades, igrejas ou Ongs) para a formação continuada dos profissionais das creches e pré- escola.

Sete municípios responderam que nas formações continuadas oferecidas para as creches e pré-escola não são realizadas parcerias com outras instituições. Seis municípios contam com a parceria de outras instituições na formação das professoras das creches. Para a pré-escola, sete Secretarias de Educação fazem parceria com outras instituições para o desenvolvimento das formações continuadas das professoras e três Secretarias de Educação municipal não nos informaram se possuem ou não parcerias com outras instituições.

No questionário, abrimos a possibilidade para que os respondentes relacionassem as instituições parceiras e explicassem como funcionam essas parcerias para a organização e desenvolvimento das formações continuadas das professoras dos municípios da Região da AMUREL.

Quatro Secretarias de Educação Municipal informaram realizar parceria com as seguintes instituições: UNIBAVE, CIEE-SC, SESC, Sistema Positivo. Uma Secretaria de Educação informou que realiza parcerias com duas instituições: UNIBAVE e IFSC. Uma Secretaria de Educação Municipal realiza parcerias com três diferentes instituições: Editora Moderna, Grupo Votorantim e o PNAIC. Um dos

municípios pesquisados faz parcerias com quatro instituições diferentes: UNISUL, SESC, Museu Ferroviário e IFSC. Observamos que a UNIBAVE, o SESC e o IFSC fazem parcerias em dois municípios da Região da AMUREL.

Ao analisar as instituições parceiras nas formações continuadas da Região, observamos a iniciativa de formações continuadas desenvolvidas por um Centro Universitário23 (UNIBAVE) e uma Universidade24 (UNISUL). Consideramos

importante destacar que as universidades são as melhores parceiras para tais iniciativas, tendo em vista que estas instituições são locus da produção do conhecimento. Destacamos também que o diálogo entre as universidades e as instituições de educação infantil possibilita uma articulação entre o conhecimento científico e sistematizado com o conhecimento produzido no cotidiano das instituições de educação infantil.

Ressalto que uma das provocações que me levou ao mestrado para realizar esta pesquisa foi uma formação continuada que obteve a iniciativa e a articulação entre a Secretaria Municipal de Armazém com a UNISUL. Este fato corrobora a concepção de que a aproximação das professoras da educação infantil com a universidade, por meio das formações continuadas produzem resultados na formação das professoras.

Constatamos também que três instituições de ordem privada (Sistema Positivo, Grupo Votorantim e Editora Moderna), duas instituições (CIEE- SC e SESC) mantidas por empresários do serviço social do comércio, turismo e serviços,

23 Centro universitário: Os centros universitários, assim como as universidades, têm graduações em vários campos do saber e autonomia para criar cursos no ensino superior. Em geral, são menores do que as universidades e têm menor exigência de programas de pós-graduação. No entanto, há algumas regras que eles precisam cumprir: Ter, no mínimo, um terço do corpo docente com mestrado ou doutorado. Ter, pelo menos, um quinto dos professores contratados em regime de tempo integral (observe que o percentual é menor do que o exigido nas universidades).

24 Universidade: As universidades devem oferecer, obrigatoriamente, atividades de ensino, de pesquisa e de extensão (serviços ou atendimentos à comunidade) em várias áreas do saber. Elas têm autonomia e podem criar cursos sem pedir permissão ao MEC. As federais são criadas somente por lei, com aprovação do Congresso Nacional. As privadas podem surgir a partir de outras instituições como centros universitários. Os requisitos mínimos são os seguintes: um terço do corpo docente, pelo menos, deve ter título de mestrado ou doutorado. Quanto maior a titulação dos professores, mais tempo de pesquisa e mais experiência para transmitirem aos estudantes. Um terço do professorado deve ter contrato em regime de tempo integral - esses são os profissionais que costumam oferecer maior dedicação à instituição. Quando um docente é contratado para poucas aulas, normalmente, tem menos tempo para atender os universitários e para desenvolver projetos de pesquisa e extensão. Desenvolver, pelo menos, quatro programas de pós-graduação stricto sensu (mestrado e doutorado) com boa qualidade - um deles deve ser de doutorado. Fontes consultadas: site do MEC e Instrumento de Avaliação Institucional Externa.

dois programas do setor público, como o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina (IFSC), além do PNAIC, um programa próprio para o ensino fundamental, buscam garantir o direito à alfabetização plena a todas as crianças até os oito anos de idade.

Destacamos uma forte presença de instituições privadas nos cursos de formação continuada oferecidas na Região da AMUREL. Esses dados provocam algumas reflexões, como: Que práticas educativas são valorizadas nas formações continuadas pelas instituições privadas que utilizam o apostilamento? Essas formações continuadas oportunizam reflexões que valorizam o contexto das instituições de educação infantil ou estão presas à modelagem utilizada nas apostilas?

Indicamos ser de extrema relevância para a educação infantil da Região da AMUREL a realização de pesquisas futuras que estejam preocupadas em analisar quais conhecimentos permeiam as discussões no interior da formação continuada, decorrentes dos sistemas de apostilamento.

Quando perguntamos como funcionam estas parcerias, um município informou, por meio do questionário, que a instituição fornece o formador, outro município revelou que a instituição parceira oferece os professores formadores e também as apostilas para todo “sistema de ensino” municipal.

Em dois dos municípios, “a Universidade designa os professores universitários para trabalhar na formação continuada”. Um outro município informa que a instituição realiza convênios com a Secretaria Municipal de Educação e, assim, esta envia seus formadores para trabalharem com os professores da rede municipal. Um município destacou que a parceria da instituição é por meio dos espaços cedidos para as formações continuadas, além dos próprios formadores. No entanto, 62,50% dos municípios pesquisados não nos informaram sobre como ocorrem estas parcerias das instituições com a Secretaria de Educação nas formações continuadas oferecidas.

Observamos a forte iniciativa das redes municipais da Região da AMUREL em contratarem instituições privadas para organizar, planejar e desenvolver a formação continuada das professoras das redes municipais. Referimo-nos àquelas instituições que utilizam materiais didáticos e apostilas fabricadas em massa. Embora a contratação dessas instituições não seja uma iniciativa ilegal, sabemos

que muitos municípios terceirizam as formações continuadas, pois assim cumprem as exigências da LDB e não precisam se responsabilizar por essas formações.

Contudo, lançamos alguns questionamentos relativos à contratação dessas instituições para desenvolverem as formações continuadas: Estariam as redes municipais preocupadas somente em cumprir com as exigências da LDB? A contratação de instituições que fazem uso de apostilamento “resolveria” diversos compromissos das redes municipais? Qualquer formação continuada é suficiente para cumprir as exigências da LDB? Qualquer formação continuada é suficiente para suprir a necessidade das professoras de educação infantil? Quais os entraves que as redes municipais podem encontrar ao terceirizar a formação continuada das professoras?

Por um lado, as docentes de educação infantil estão recebendo o direito à formação continuada consagrada na lei, no entanto, ao terceirizar este serviço as redes municipais podem não valorizar o contexto em que as instituições de educação infantil estão inseridas.

Essas formações são preparadas por instituições que utilizam de apostilamento, como o Sistema Positivo e a Editora Moderna. Por tratarem-se de instituições que utilizam materiais didáticos pré-fabricados, com um conteúdo já elaborado, acreditamos que essas formações podem não considerar as especificidades e necessidades das instituições de educação infantil da Região da AMUREL.

Sabemos, também, que ao contratar uma empresa, as Secretarias de Educação se descomprometem com as formações continuadas e com o material didático utilizado, tendo em vista que as empresas ao serem contratadas ficam responsáveis por planejar e organizar estas formações, além de distribuir o material didático educativo pelas redes municipais.

Constatamos, através dos questionários, que as professoras só participam da formação continuada oferecida pelo Sistema Positivo de Ensino quando o mesmo mantém um convenio com a prefeitura municipal. Para tanto, o Sistema Positivo disponibiliza as apostilas às professoras e às crianças. No decorrer do ano são realizados encontros para formação continuada, os quais tratam dos conteúdos que compõem as apostilas.

A Editora Moderna, informada no questionário como instituição parceira na formação continuada em um dos municípios da AMUREL, possui site, revistas, livros didáticos, elaborados e vendidos em massa para muitos professores do país. As informações do questionário não nos ajudaram a compreender se a Editora Moderna possui uma equipe de formadores para trabalhar na formação continuada ou se somente os materiais, como as revistas, livros e sites elaborados por esta editora, contribuem na formação continuada deste município.

O que nos preocupa são os pacotes didáticos-pedagógicos “pré-fabricados” que definem a formação e o trabalho a ser desenvolvido nas instituições de educação infantil. Assim como as formações fornecidas pelas empresas privadas responsáveis pelos apostilamentos, a formação continuada oferecida pelo Sistema Positivo de Ensino não contempla as especificidades da educação infantil, nem os contextos das instituições e nem as necessidades locais. Além disso, os sistemas apostilados de ensino, geralmente, são elaborados de tal maneira que determinam as ações pedagógicas das professoras e implicam consideravelmente na sua autonomia de construir, elaborar e refletir sua ação educativa.

Para abordar as temáticas na formação continuada para as professoras de educação infantil, acreditamos ser necessário considerar as especificidades desta etapa educativa. Ainda que as especificidades da educação infantil já estejam reconhecidas nas DNCEI (2009) e evidenciadas em pesquisas na área da infância, o que nos preocupa é uma formação continuada configurada aos moldes do ensino fundamental.

Outro ponto que chama nossa atenção nos dados do questionário se refere ao PNAIC, que foi citado como instituição parceira na formação continuada em um dos municípios pesquisados. Essa informação traz a suspeita de que as professoras de educação infantil participam desta formação, a qual é inadequada para esta etapa, pois o PNAIC é um programa do Ministério da Educação que contribui com a alfabetização na idade certa. Os objetivos e funções da educação infantil são diferentes do ensino fundamental, a proposta da educação infantil não é antecipar o processo de letramento e alfabetização das crianças, mas, sim, como indicam as DCNEI de 2009

[...] um conjunto de práticas que buscam articular as experiências e os saberes das crianças com os conhecimentos que fazem parte do

patrimônio cultural, artístico, ambiental, científico e tecnológico, de modo a promover o desenvolvimento integral de crianças de 0 a 5 anos de idade (BRASIL, 2009, p. 1).

Selecionamos em nosso levantamento de produção a dissertação de Melissa Rodrigues da Silva que pesquisou a “Formação continuada de professores de educação infantil e a relação com a prática pedagógica no município de Guarapuava- Paraná”. Conforme as considerações de Silva (2011, p.50), “com as definições políticas prescritas para a educação infantil é inevitável interrogar-se sobre a ausência de propósitos educativos das políticas públicas para a educação da criança de 0 a 5 anos”.

Acreditamos ser fundamental compreender que as crianças pertencem a grupos sociais, com ideias, necessidades e desejo próprios. A educação infantil pode ser um espaço privilegiado para as crianças adquirirem conhecimentos referentes ao patrimônio cultural, artístico, ambiental, científico e tecnológico, porém a maneira como as crianças irão se apropriar desses conhecimentos precisa ser própria para esta etapa educativa e própria dos sujeitos de pouca idade. Neste sentido, de acordo com Coutinho e Rocha (2007, p. 11):

A dimensão que os conhecimentos assumem na educação infantil coloca-se em uma relação extremamente vinculada aos processos gerais de constituição da criança: as linguagens, as interações e o lúdico. Nesse sentido, entendemos que as bases para os projetos de educação na pequena infância não se resumem aos conteúdos escolares restritos a uma ‘versão escolarizada’, pois toda e qualquer aprendizagem é consequência das relações que as crianças estabelecem com a realidade social e natural, no âmbito de uma infância determinada. Portanto, a pedagogia da infância terá como objeto de preocupação os processos de constituição do conhecimento das crianças como seres humanos concretos e reais, pertencentes a diferentes contextos sociais e culturais também constitutivos de suas infâncias. A construção deste campo poderá diferenciar-se na medida em que considere as diferentes dimensões humanas envolvidas na construção do conhecimento e os sujeitos históricos ’objetos’ da intervenção educativa.

Dessa forma, a formação continuada para as professoras de educação infantil deve enfatizar que a ação educativa para as crianças de creche e pré-escola compreenda as diferentes linguagens (gestual, corporal, oral, pictórica, plástica e escrita; além das relações sociais, culturais e com a natureza). No entanto, para exercer esta tarefa, conforme Coutinho e Rocha (2007, p. 11), “não basta

conhecermos as crianças (padronizadas e uniformizadas) ou estudar os modelos e métodos para ensinar os ‘conteúdos’”.

As informações do questionário mostram que algumas formações continuadas oferecidas para as professoras de educação infantil na Região da AMUREL não respeitam as especificidades desta etapa, tampouco contribuem para ação educativa no cotidiano das instituições de educação infantil.

Então, acreditamos que as formações continuadas estejam sendo valorizadas como produto e não como um processo. A oferta de formação continuada não garante a participação, ação e reflexão das professoras, pois muitas vezes ela é pontual, emergencial e comercial, a qual acontece para que os municípios cumpram a exigência legal. O propósito das formações continuadas deve considerar o contexto e as especificidades das instituições de educação infantil além do direito das professoras a uma formação continuada de qualidade.

Nesta perspectiva, conforme Tardif (2012, p. 230):

Ora, um professor de profissão não é somente alguém que aplica conhecimentos produzidos por outros, não é somente um agente determinado por mecanismos sociais: é um ator no sentido forte do termo, isto é, um sujeito que assume sua prática a partir dos significados que ele mesmo lhe dá, um sujeito que possui conhecimentos e um saber-fazer provenientes de sua própria atividade e a partir dos quais ele a estrutura e orienta.

Para que um professor assim se constitua, é imprescindível uma formação continuada que forneça elementos para tal. Uma formação continuada que leve o professor a não somente reproduzir práticas, estáticas ou pré-fabricadas, mas uma formação que “empodere” as ações das professoras, que lhe proporcione conhecimentos, mas também autonomia para construir sua prática educativa.

A formação continuada, conforme Kramer (2005), “é aquela que se desenvolve no processo”, que oportuniza a prática reflexiva, valoriza os saberes e as experiências das professoras. Diferente de uma formação que ocorre esporadicamente, com envolvimento somente das profissionais do ensino fundamental, com formadores que, na maioria das vezes, desconhecem o contexto das instituições de educação infantil e com proposições as quais desconsideram a ação educativa própria da educação infantil.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Para não finalizar, pois compreendemos que a luta pela formação continuada das professoras de educação infantil precisa ser um processo constante e vinculado aos contextos das instituições. Como consequência, as formações continuadas despertam novos interesses, novas curiosidades e novos conhecimentos.

A presente pesquisa partiu das questões provocadas pela ausência de formação continuada durante o tempo que venho trabalhando com a educação infantil em alguns municípios da Região da AMUREL, relacionando, assim, com a atual necessidade e importância da formação das professoras de educação infantil. O problema desta pesquisa se configurou em conhecer como é desenvolvida a formação continuada e quais as iniciativas e estratégias para a garantia do direito à formação continuada das professoras de educação infantil da Associação de Municípios da Região de Laguna (AMUREL) por meio da análise de dados de um questionário respondido por 16 dos 18 municípios que compõem a Região.

As questões iniciais analisadas pretendiam trazer um panorama mais amplo, a fim de conhecer como os municípios estão estruturados e organizados para atender e orientar as propostas educativas para a educação infantil. Essas questões envolveram indagações sobre a estrutura, organização e orientação das instituições de educação infantil.

Assim sendo, os dados da pesquisa revelam um reconhecimento da educação infantil na Região, como uma das etapas da educação básica, porém, no que diz respeito à organização, estrutura e orientação, os dados reafirmam a necessidade de considerar a educação infantil com as particularidades que compõem esta etapa. Mais uma vez acentuamos a importância das Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Infantil, pelo seu conteúdo normativo e conceitual, considerando também o seu caráter mandatório em relação aos objetivos e definições da educação infantil, a ação educativa e a organização de espaços, tempos e materiais.

Ter garantidas as especificidades da educação infantil em relação a sua organização, sua estrutura e orientação feita por pessoas que têm um conhecimento específico vem ao encontro de um movimento na área da educação

infantil, o qual procura garantir as especificidades dessa educação, as quais se diferenciam das do ensino fundamental. Essa inquietação evidencia-se na pesquisa