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A organização do trabalho voluntário no Instituto de Infectologia Emílio Ribas

CAPÍTULO 4: PERFORMANDO VOLUNTÁRIOS NO INSTITUTO DE

4.1. A organização do trabalho voluntário no Instituto de Infectologia Emílio Ribas

O hospital Emílio Ribas foi criado em decorrência de um trabalho benemérito. Conforme relato de Dra. Glória, na entrevista, ocorreu uma epidemia de varíola e não havia local para hospedar os pacientes; então, a sociedade se organizou, arrecadaram-se donativos por meio de chás beneficentes organizados pelas damas da sociedade e, com resultado dessas ações, construíram o hospital no terreno onde existia uma fazenda.

(...) e aí já começa o perfil da benemerência, não é como o voluntariado que a gente vê hoje, ajuntava dinheiro de chá, eram os ricos pegando os excessos e colocando aqui para fazer uma casa (Dra. Glória Brunetti8).

8 Entrevista realizada em 28/1/2010.

Decorrentes das atividades beneméritas que possibilitaram a construção do hospital, houve transformações nas atividades voluntárias desenvolvidas, que culminou na criação da Associação dos Voluntários do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, com uma estratégia de gestão que incorporou a legislação e instrumentos do segundo setor para gerir as práticas desenvolvidas pelos voluntários nesse hospital.

Sobre o Hospital Emílio Ribas

O Instituto de Infectologia Emílio Ribas foi inaugurado em 8 de janeiro de 1880 com o objetivo de isolar portadores de doenças infecto-contagiosas, construído com a colaboração financeira da comunidade. Inicialmente atendia pessoas com varíola, mas, em virtude de outras epidemias que surgiram, foi necessário ampliá-lo, passando então a chamar-se Hospital de Isolamento de São Paulo. Para tratar os pacientes, a equipe de Saúde residia em um prédio anexo ao hospital, com a finalidade de evitar a transmissão das doenças (CENTRO DE ESTUDOS EMÍLIO RIBAS, 2010).

Dr. Emílio Marcondes Ribas trabalhou nesse local quando foi nomeado diretor de serviço sanitário, decorrência de uma carreira focada na prevenção de epidemias. Iniciou como inspetor de serviço sanitário, combatendo a epidemia de febre amarela, idealizou o Instituto Butantã e junto com Adolfo Lutz promoveu uma campanha que erradicou a febre amarela no Estado de São Paulo. Trabalhou também com Oswaldo Cruz no combate a epidemias e incentivo à vacinação (CENTRO DE ESTUDOS EMÍLIO RIBAS, 2010).

Para homenagear Dr. Emílio Ribas, patrono da Saúde Pública em São Paulo e ex- diretor do Serviço Sanitário, no ano de 1932 o hospital recebeu o nome de Hospital de Isolamento Emílio Ribas.

O hospital foi ampliado para instituto de pesquisa em 1991, passando a chamar-se Instituto de Infectologia Emílio Ribas, com o objetivo de

prestar assistência médico-hospitalar; promover o ensino e a pesquisa; contribuir para a educação sanitária da população; absorver o impacto das epidemias e colaborar com quaisquer Instituições na sua detecção e

enfrentamento; ser referência estadual e atuar em caráter normativo em sua especialidade (CENTRO DE ESTUDOS EMÍLIO RIBAS, 2010).

O hospital foi vinculado ao Sistema Único de Saúde (SUS) e atualmente atende mais de 30 mil pacientes por ano, sendo 90% dos atendidos no pronto-socorro com diagnóstico de HIV/AIDS. A equipe compõe-se de 1885 servidores. São 200 leitos, distribuídos em 5 unidades de internação para adultos, uma unidade pediátrica e uma unidade de terapia intensiva (UTI), sendo 70% destes pacientes portadores de HIV/AIDS. Mensalmente, cinco mil pessoas passam por consultas, sendo a maioria portadores de HIV/AIDS ou hepatites virais crônicas B ou C ou coinfectados. Os pacientes são atendidos no Pronto Socorro, Ambulatório, Hospital-Dia, Internações e Especialidades, com público de pessoas com suspeita ou diagnóstico das doenças infecciosas e parasitárias, como tuberculose, meningite, hepatite, leptospirose e Aids (CENTRO DE ESTUDOS EMÍLIO RIBAS, 2010).

A organização do trabalho dos voluntários9

No Hospital Emílio Ribas o trabalho voluntário está presente desde a sua idealização, quando foi construído com a colaboração da comunidade. Em seguida, houve a participação de religiosos que dedicavam seu trabalho ao hospital, a exemplo das freiras que moravam no hospital de isolamento para atender os pacientes e que não podiam sair da estrutura do hospital, pois se acreditava que quem convivesse com tais pacientes podiam transmitir os vírus e bactérias à população. E daí em diante, houve a colaboração de pessoas da sociedade, seja por meio de doações, seja desenvolvendo alguma atividade com os pacientes.

No entanto, não era uma atividade sistematizada com uma organização que agregasse as pessoas que desenvolviam práticas sociais. Até que, em 2000, pelo fato de uma pessoa aparecer na mídia anunciando que era voluntário do hospital e não haver modo

9 As informações desse trecho foram obtidas na entrevista realizada com a Dra. Glória Brunetti, no dia

de localizá-la, foi criada no hospital uma Comissão de Gerenciamento do Trabalho Voluntário – CGTV, para cuidar das práticas voluntárias.

Nesse período, Dra. Glória Brunetti, médica infectologista, por causa de sua experiência nos Estados Unidos, onde conheceu projetos de atividade voluntária no hospital, teve o interesse em participar dessa comissão para introduzir no Brasil um projeto similar.

Entretanto, as pessoas que compunham a comissão foram se desligando até o ponto em que permaneceu apenas a Dra. Glória. Para efetivar o trabalho, a médica desenvolveu dois questionários, sendo um aplicado a 35 pessoas da equipe de Saúde, com o objetivo de questionar a equipe sobre a implantação do trabalho voluntário no hospital e solicitar sugestões. Apenas uma pessoa respondeu que um trabalho desse tipo poderia tumultuar o hospital; as demais valorizaram a presença de voluntários. O segundo questionário foi direcionado aos pacientes. Com a ajuda da assistente social, todos os pacientes que se internaram naquele período responderam e apontaram sugestões para o trabalho voluntário. As respostas mencionaram que era importante que o paciente tivesse uma companhia, alguém para conversar, para segurar-lhe a mão e amenizar-lhe o medo. Foram esses dados que impulsionaram a médica a organizar o trabalho voluntário.

Como não havia uma organização de voluntários, houve bastante dificuldade para localizar as pessoas que desenvolviam essa prática no hospital. Além disso, tais pessoas não usavam crachá, não recebiam treinamento de técnicas de biossegurança e praticavam a ação voluntária de forma isolada. Por essa ocasião, Dra. Glória, para reunir os voluntários ofereceu uma palestra cuja temática era a história do hospital Emílio Ribas. Durante esse evento, foi solicitado o preenchimento da ficha de cadastro, duas fotos 3x4 (para fazer o crachá) e uma cópia do CPF e do RG do voluntário. Esse modelo de cadastro é o mesmo utilizado atualmente na Associação.

Pelo fato de o hospital não oferecer estrutura física nem apoio para o voluntário, a médica persistiu para driblar essas dificuldades até conseguir uma sala para organizar e receber os voluntários. O primeiro projeto implantado foi a Classe Escolar, por meio da qual professoras lecionavam para as crianças e adolescentes que estavam hospitalizados. Paralelamente, Dra. Glória visitou outras instituições e filiou-se ao Centro de Voluntariado, a fim de aprender técnicas de gerenciamento do voluntário para implantar no hospital.

A seguir, junto com sua equipe, organizou um processo de seleção para voluntários, estabeleceu regras e objetivos a serem alcançados. Foi realizada a primeira formatura, no ano de 2005, na qual, conforme relatado pela Dra. Glória, o avental e o crachá representariam o diploma. Nessa época, outras pessoas foram homenageadas e, assim, se instituiu um roteiro de formatura que permaneceu nos anos seguintes.

Criou-se uma estrutura com mais pessoas para partilharem o organograma da associação e, em 2006, a associação foi oficializada juridicamente, o que favoreceu sobremaneira a captação de recurso.

É interessante contar que a ideia da cor do avental foi decidida em uma reunião, na qual se propôs optar por uma cor diferente das outras associações e, quando a Dra. Glória tirou o remédio Buscopan do bolso, ficou decidido que o avental teria o verde da cor da embalagem. O avental verde “buscopan” inspiraria esperança e meio ambiente. Também foi criada a logomarca da associação cuja imagem exibe duas mãos, solicitação da médica por acreditar que as mãos e o toque são essenciais nessa atividade. Assim foi criado o símbolo e o avental.

A situação vacinal da pessoa também foi discutida na organização, já que as pessoas deveriam ser estimuladas a checar sua situação vacinal e a atualizá-la. Esclareceu- se que o estímulo à vacinação seria para proteger o contágio de doenças fora do hospital, pois, conforme alertou Dra. Glória “você não vai pegar tétano na cama do hospital, não vai pegar hepatite B porque não vai ter relação sexual com o paciente, não vai tocar na secreção dele, não vai tirar sangue, no hospital é tranquilo, a vacina é para a sua vida”.10

A estrutura da Associação se expandiu, cresceram os projetos, pessoas foram contratadas para trabalhar na gestão do voluntário e houve significativo aumento dos recursos físicos e financeiros.

Abaixo apresentamos os resultados obtidos pela associação no ano de 2009:

 Os voluntários realizaram de janeiro a dezembro de 2009 um total de 4276 atendimentos diretos ao paciente no leito;

 SOS Beleza –252 pacientes atendidos. Aquisição da autoclave, equipamento para

esterilizar os instrumentos utilizados para o corte de cabelo e manicure;

 Mãos que cuidam – 303 pacientes atendidos. Lançamento do livro Mãos que

cuidam e idealização do curso de massoterapia hospitalar;

 Artesanato – 247 pacientes ou acompanhantes atendidos;

 Cadeiras de rodas – doação de 17 cadeiras de rodas obtidas por intermédio do show da Nany People e mais 28 cadeiras doadas pelo Sr. Ibrahim da empresa Alphaville Veículos;

 Administrativo – atendimentos diretos a pacientes na distribuição de produtos de higiene pessoal, roupas ou calçados – 1.028 pacientes atendidos;

 Oficina de pintura –135 pacientes atendidos – foi realizada exposição das obras em junho e se repetirá em outubro de 2010 no hospital;

 Cuidados Paliativos – 1.129 pacientes atendidos;

 Saber continuado – 504 horas de atividades lúdicas do 4° andar;  Sala multidisciplinar – 960 pacientes adolescentes atendidos;

 Leitura solidária leito e Hospital Dia - pacientes visitados no leito: 2.142 – hospital dia: 118 horas. Promoção de curso de libras no hospital em 2010;

 Projeto nascer maternidade – nº. de atendimentos: 36 crianças de 0 a 6 meses. 1.728 latas de leite Nestogeno de 400g distribuídas;

 Programa leite em pó – 5.042 kg de leite em pó distribuídos.

Esses resultados foram obtidos pela síntese dos relatórios preenchidos pelos voluntários. Outras ações foram realizadas, como eventos, palestras e campanhas, a exemplo do dia de combate à Aids.

O projeto Poder Jovem, destinado aos adolescentes portadores do vírus HIV, realiza diversas atividades com os jovens, como passeios, que em 2009 teve como destino as cidades históricas de Minas Gerais e, em 2010, a meta será a cidade do Rio de Janeiro. Esse projeto, além de fortalecer o vínculo entre os jovens, estimula a adesão ao tratamento e promove qualidade de vida para essas pessoas.

A gestão dos voluntários

O hospital Emílio Ribas tem uma tradição de atividades voluntárias. Conforme foi exposto no primeiro capítulo, ele foi construído com a participação da população, seguido pela assistência de religiosos e pela adesão da comunidade a projetos desenvolvidos no hospital. No entanto, até o ano de 2003, ainda não existia um setor responsável pela organização do trabalho realizado por essas pessoas.

Nesse espaço foram criados projetos famosos no Brasil, como o Doutores da Alegria (palhaços), Associação Viva e Deixe Viver (contadores de histórias) e o Projeto Carmim (atividades artísticas). Para desenvolver uma atividade nesse espaço, a pessoa conseguia a autorização de um membro do hospital, que se responsabilizava pelo projeto e conseguia a permissão para o acesso e desenvolvimento da atividade. As atividades voluntárias ocorriam independentemente, sem uma coordenação definida pelo hospital.

Até que em 2000, conforme já exposto, um voluntário deu entrevista no programa de televisão Fantástico, relatando sua experiência no hospital. Em seguida, como a diretoria do hospital não conseguisse localizar essa pessoa, criou-se uma comissão para organizar o trabalho voluntário. Participou dessa comissão Dra. Glória Brunetti, que conduziu as pesquisas e planejamento para que, em 2003, fosse efetivada a associação dos voluntários do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, que é responsável por recrutar, capacitar e acompanhar os voluntários e coordenar as atividades realizadas por outras ONGS que também atuam no mesmo espaço. Dentre elas, podemos citar o Projeto Arco- Íris e a Associação Viva e Deixe Viver, que, promovendo a interlocução entre os grupos, obtêm melhores resultados e mais pacientes atendidos no hospital.

A Associação criou um processo de recrutamento e seleção para voluntários que funciona da seguinte maneira: quem desejar ser voluntário, deverá procurar pela associação quando as inscrições estiverem disponíveis. Em seguida, será convidado para participar de um curso, ministrado em três sábados. No primeiro modulo, é abordado o tema do voluntário. No segundo, trabalha-se o paciente e, por fim, o hospital. As pessoas que participarem dos três módulos, seguirão para a entrevista. Nessa ocasião, o candidato a voluntário é entrevistado para entender seus objetivos como voluntário, que habilidades é

preciso possuir e verifica-se em qual projeto ele vai atuar. Além disso, o candidato deverá assinar o termo de adesão e encomendar o avental.

O passo seguinte é realizar o treinamento, que acontece no período de um mês, sendo uma visita por semana com duração de duas horas, acompanhado de um voluntário mais experiente.

Após cumprir as etapas anteriores, o voluntário participa da formatura, na qual recebe o avental, bóton e o crachá, passando de candidato a voluntário de fato. Após a cerimônia, já está apto a atuar no hospital sozinho, mas, se preferir, ainda poderá recorrer ao auxílio dos outros voluntários. O comprometimento é enfatizado durante todo o processo e pede-se que as faltas ou afastamentos sejam justificadas à associação para não comprometer o cronograma de atendimentos.

Para gerir este grupo, a associação compõe-se da seguinte diretoria: Presidente: Dra. Glória Brunetti

Vice-presidente: Sandra Lourenço Diretor executivo: Renato Ferraz Terra Vice-Diretor executivo: Aldeir Pereira Costa Diretor Financeiro: Michiko Miwa Faggion

Vice-Diretor Financeiro e coordenadora geral de voluntários: Helena Garbini Cespedes

Coordenadora Pedagógica: Sandra Conceição dos Santos Secretárias: Fernanda Bessa e Fernanda Corrêa

Desta estrutura, apenas as secretárias são funcionárias, os demais são voluntários. Seguindo a estrutura, para cada programa de atividades é escolhido um coordenador, também voluntário.

A Associação está sediada dentro do hospital (no nono andar), juridicamente constituída, com um CNPJ (08.541.766/0001-95), que permite a captação de recursos financeiros. Possui um regimento interno, normas e fichas de controle de presença e afastamentos. A atividade é registrada nos relatórios de cada projeto. Os coordenadores

acompanham os voluntários, observam como as atividades são realizadas, acompanham a frequência e promovem o acolhimento dessas pessoas, para que, dessa maneira, consigam a fidelização, a assiduidade, a baixa rotatividade e, principalmente, a manutenção da qualidade nos atendimentos.

Nessa estrutura, incluem-se os patrocinadores, que doam recursos financeiros ou físicos e cedem espaços para eventos. Além deles, outras pessoas ou empresas também apoiam a instituição com doações mensais em dinheiro, em roupas e leite em pó; participam de campanhas ou promovem eventos para arrecadação de recursos, que somam para a subsistência da instituição e para adquirir materiais a fim de que as atividades sejam realizadas.

As atividades desenvolvidas

No hospital Emílio Ribas, na associação de voluntários, as atividades desenvolvidas pelos voluntários estão organizadas em projetos. Assim, cada equipe pratica a sua atividade, sob a coordenação de um voluntário mais experiente. Os projetos são:

Artesanato: desenvolvimento de trabalhos artesanais de fácil confecção; Arteterapia: vivência artística promovida pelas pinturas e colagens;

Leitura solidária especial: atividades com pacientes sem recursos terapêuticos de cura e pacientes portadores de deficiências;

Acolhimento: voluntários que recebem o paciente no primeiro dia da internação, promovem o acolhimento e verificam se a pessoa necessita de algum item de higiene, como escova de dente, sabonete ou chinelo;

Inclusão digital: atividades de informática desenvolvidas na sala equipada com computadores destinados aos jovens atendidos no Hospital Dia;

Leitura solidária no leito: leitura de poemas, textos em prosa, letras de músicas e entrega de revistas nos andares de internação;

Leitura solidária no Hospital Dia: leitura de poemas, textos em prosa, letras de músicas e entrega de revistas no Hospital Dia;

Mãos que cuidam: massagem para os pacientes conduzida por profissionais massoterapeutas e fisioterapeutas. Não tem objetivos fisioterápicos;

Saber continuado: atividade conduzida por professores contratados pelo hospital com auxílio dos voluntários. Promovem atividades pedagógicas e acompanham o estudo das crianças internadas;

SOS Beleza: atividade realizada por cabeleireiras e manicures voluntárias, promovendo resgate da autoestima a partir da estética. Nesse programa, há uma grande preocupação com a higiene e assepsia, utilizando materiais descartáveis. Em razão disso, adquiriu-se um aparelho autoclave, que é um equipamento de biossegurança que esteriliza os instrumentos utilizados pelas voluntárias;

Administrativo: nesse programa os voluntários ajudam na área administrativa e na comunicação, organizam palestras e campanhas para arrecadar leite em pó, que são doados para crianças de até 13 anos atendidos no hospital; acolhem as pessoas que visitam a associação, recebem doações, cuidam do almoxarifado e organizam o bazar. Essa equipe também oferece vestimenta para pacientes que necessitarem;

Poder Jovem: Grupo composto por 40 adolescentes portadores do vírus HIV atendidos no hospital. Os encontros ocorrem aos sábados, no anfiteatro do hospital com início às 9 horas, com café, seguido da aula de teatro, almoço, aula de dança, música e aula de inglês. Os jovens participantes desse grupo recebem uma cesta básica mensal e, anualmente, é organizada uma viagem com o grupo. A última ocorreu nas cidades históricas de Minas Gerais. Além de oferecer informação e capacitação, o grupo promove um vínculo entre os jovens e estimula a adesão ao tratamento.

Outras atividades são organizadas pelos voluntários, como a formatura, eventos para captar recursos, busca de patrocinadores e, inclusive, participação na diretoria do VER, já que todos os diretores são voluntários.

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