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A VIGÊNCIA DAS ATRIBUIÇÕES ANTERIORES À RESOLUÇÃO 218 /

No documento FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO (páginas 79-86)

A Decisão Normativa nº 030, de 26 de agosto de 1988, definiu que “aos profissionais diplomados antes da vigência da Resolução nº 218, será permitida a anotação das atribuições profissionais conjuntas da legislação anterior, sem prejuízo das atribuições decorrentes dos critérios fixados pela mesma Resolução, com as restrições oriundas do currículo cumprido”. Estas restrições se dão nos casos em que o currículo cumprido for insuficiente para a total incorporação das atribuições da Resolução 218.

TEXTO CRÍTICO (SOBRE O SISTEMA CONFEA/CREAs)

ο DIMENSÕES PROFISSIONAIS, DISCIPLINARES E POLÍTICAS DAS ATRIBUIÇÕES PROFISSIONAIS FORMAIS68

A mostra feita anteriormente, sobre os “sombreamentos” entre as profissões, é representativa dos conflitos que existem nas próprias definições formais das profissões e que acabam por se refletir - de um modo sempre tratado com cautela em todas as instâncias do sistema CONFEA / CREAs - nas relações entre os profissionais - e na sua prática.

Há interessantes dimensões colocadas a partir dos “sombreamentos”, que devem nos levar a uma melhor compreensão da inerente instabilidade existente em qualquer área de atividade humana e de como, a cada conjuntura do desenvolvimento social e econômico, as profissões se veêm diante de desafios que se coordenam em aspectos

profissionais propriamente ditos, disciplinares (no sentido de envolver o saber e a

formação desenvolvida e apropriada pela prática profissional) e políticas (pois essas profissões são agentes vivos de transformação social, cultural, econômica e, essencialmente, política).

ο O PAPEL DUAL DOS SISTEMAS DE PROFISSÕES

As definições dessas profissões, em sua maioria, não saíram inteiramente da “imaginação” dos redatores das sucessivas Resoluções do CONFEA ou dos acordos essencialmente políticos que conduziram a elas, mas sobretudo da história dessas profissões - em especial de sua evolução ao longo do século XX. As palavras-chave dos respectivos campos de atuação são, de certo modo, territórios “conquistados” e reconhecidos reciprocamente.

Esse sentido de “conquista” é importante para compreender: a) de que modo a legislação profissional acaba por criar reservas privilegiadas de mercado profissional baseando-se num modelo legal de fiscalização, e; b) de que modo as profissões, ao se transformarem, continuadamente serão expostas às tensões existentes nesse modelo regulamentador.

Sistemas profissionais como o existente na área de engenharia e arquitetura guardam importantes contradições tanto “externas” - com respeito ao seu papel dual de guardião das atribuições profissionais, por um lado, e de autoridade pública responsável por proteger os interesses da comunidade frente a desvios éticos dos próprios profissionais, por outro (o que não exclui a responsabilidade de pronunciar- se perante a sociedade e suas instituições sobre os assuntos de natureza técnica e de interesse nacional que possam ser contraditórios com os interesses de parte dos grupos profissionais) - quanto “internas”.

As contradições internas dizem respeito, em especial, à resolução dos conflitos que surgem entre os grupos profissionais, por razões diretamente ligadas à prática das profissões (em especial a luta pela reserva de novos campos de atuação emergentes e

68 Esse ensaio, como todos os demais textos não-institucionais, é de inteira responsabilidade do autor, e

a conquistar, bem como as eventuais redefinições de campos em litígio histórico entre as profissões) e / ou por razões políticas.

Nesse último aspecto deve-se considerar que o conjunto dos profissionais envolvidos é representativo de classes sociais que dominam a cena social e econômica do país e que têm o papel de direção e execução em setores fundamentais da economia. Deve- se considerar que o reforço da grande “área tecnológica” a determinadas programas de políticas nacionais é de importância que não deve ser subestimada.

Disso resultam tensões entre visões “conservadoras” e “não-conservadoras”, e ainda entre programas de interesse do empresariado e dos trabalhadores, repetindo no interior do sistema profissional confrontos entre pontos de vista presentes na política nacional.

ο A “VISÃO CONSERVADORA” DO SISTEMA CONFEA-CREAs

Pode-se caracterizar como “conservadora” as posições político-profissionais que propugnam pela manutenção e pelo fortalecimento do status das profissões regulamentadas, no sentido de somente poderem ser praticadas por profissionais que tenham determinado curso superior (ou de nível médio) - posição ainda associada à existência de um sistema de Conselhos profissionais, dirigido efetivamente por parte desses grupos profissionais (os que têm curso superior), e que regulamenta as próprias profissões, dispondo à sociedade sobre o que pode ou não se dar no âmbito do exercício das profissões que jurisdiciona.

É interessante observar que essa visão “conservadora” é, em parte, antagônica aos interesses do empresariado, das grandes empresas, dado que fortalece o Acervo Técnico do profissional, impede que as empresas “herdem” o registro de trabalho de seus profissionais e trabalhadores depois que se retiram de empresas. Outro eixo de antagonismo é representado pelo caráter potencialmente representativo dos profissionais através das entidades de classe, pulverizando as tentativas de apropriação política do sistema CONFEA-CREAs pelas classes “patronais”. As composições dos Conselhos Federal e Regionais são muito dinâmicas, renovam-se em um terço todos os anos, e permitem intensa troca de experiências e de recomposição de interesses entre grupos profissionais, entidades e as “teses” acerca dos assuntos em pauta nos Conselhos. O sistema CONFEA-CREAs pode efetivamente fiscalizar as empresas, examinar as relações de caráter profissional no seu âmbito de atuação, agir de forma decisiva para que se corrijam distorções da prática profissional.

Particularmente, tendo a ser “conservador”, no âmbito colocado, entendendo que em muitos pontos o atual sistema tem capacidade de ação social e política positiva para a sociedade brasileira, e que essa plena capacidade ainda está longe de ser atingida.

ο A VISÃO “NÃO-CONSERVADORA”

Pode-se caracterizar como “não-conservadoras” as posições político-profissionais que buscam (em diferentes combinações): a) descartorizar o exercício profissional, eliminando o controle das profissões pelos próprios profissionais, e permitir o livre exercício das profissões, atribuindo-se à Lei comum - em especial o Código de Defesa do Consumidor - o papel de defender a sociedade contra os maus praticantes das

profissões; b) transferir para as entidades de classes (como o IAB, os sindicatos, os Clubes de Engenharia etc) o eventual papel cartorial que deve ser desempenhado no sentido do registro dos profissionais, das idéias, dos trabalhos; as entidades desempenhariam ainda, nessa visão, “papéis oficiais” no sentido de serem promotoras dos concursos públicos e instâncias de julgamento ético dos profissionais; c) desatrelar cada profissão dos “plenários multiprofissionais” que são dominados pelas profissões majoritárias - como é o caso das Engenharias, e da Engenharia Civil, em especial; o novo “consórcio das profissões” se destinaria apenas a servir como instância cerimonial e de eventual discussão das pendências entre as profissões, com vistas a acordos amigáveis (o CONFEA, em especial, não seria instância de deliberação final sobre os assuntos profissionais, mas sim a justiça comum).

Tem-se apontado para a possibilidade de que tais mudanças teriam no sentido de fragilizar o sistema profissional, muito antes de esse se ver efetivamente fortalecido e maturado. Em parte, alguns dos “novos experimentos” somente reproduziriam o “cartório” hoje visto no sistema CONFEA-CREAs ao nível de algumas entidades. Outro aspecto particularmente importante é que a fragmentação do sistema efetivamente eliminaria a rica possibilidade (formal) do convívio e da integração tanto entre áreas profissionais que inegavelmente atuam no mesmo campo de atividades, quanto entre as áreas profissionais que tem o potencial de oferecer novas visões dos problemas entre sociedade e tecnologias - e de servirem como tertius (terceira força, terceira opinião, terceiro julgador) entre pendências inter-profissionais.

ο MAIS ALGUMA REFLEXÃO SOBRE A VISÃO “NÃO-CONSERVADORA” A fragmentação das organizações sociais é conseqüência inconfessada dos que defendem o “liberalismo” (no sentido de um mínimo de regulamentação estatal e máxima liberdade de ação da iniciativa privada) na organização econômica e social.

Descartorizar é uma das palavras-chave desse tipo de visão, embutida em concepções que podem chegar a negar princípios básicos da própria organização social.

Como exemplo disso são as políticas do “Estado Mínimo”, reduzir as funções centrais da sociedade à fiscalização tributária, à defesa territorial e à diplomacia. O “Estado Mínimo” não deve prestar serviços que podem ser prestados pela iniciativa privada, como serviços de saúde, de educação, de produção de determinados bens (como combustíveis, medicamentos etc), e até mesmo relativos à segurança pública. A iniciativa privada, naturalmente organizada pelos mecanismos de mercado, pela concorrência entre iguais fornecedores de bens e serviços, ofertaria bens e serviços de melhor qualidade e a preços mais baixos que o Estado através dos órgãos estatais. O problema é que os mecanismos de mercado apresentam algumas importantes imperfeições: setores da iniciativa privada podem se articular em grandes corporações (trusts), definir preços e limitar a concorrência (além de eliminar devastadoramente os concorrentes); a iniciativa privada, movida pelo lucro, não se responsabiliza pela prestação de serviços aos que não podem pagar por eles - e não realiza, por definição, pois é privada, forma coletivizada de distribuição de renda; a orientação radicalizada da sociedade por interesses de lucratividade é fundamentalmente desequilibrada, pois realiza continuadamente a concentração da renda e a formação de mecanismos de defesa dos que detêm os recursos econômicos acumulados.

O “Estado Mínimo”, portanto, é inerentemente anti-social, e acaba por proteger os interesses de minorias extremamente poderosas, nos sentidos econômico, político e social. De outro modo, é também anti-social o “Estado Máximo”, onde não há a

propriedade privada, a iniciativa privada é praticamente eliminada, e a sociedade perde em pluralidade, liberdade e capacidade deliberativa.

Então, ao que parece, no centro dessas duas utopias radicais que herdamos dos séculos XVIII e XIX, está a questão básica da participação popular - ou da ampliação da participação do maior número de interessados - na gestão tanto dos negócios públicos quanto dos negócios privados, a partir de determinados limiares de ação. Está a compreensão de que as sociedades não podem cometer o erro de transferir a responsabilidade pela determinação de seu modelo a uma “racionalidade externa” aos desejos de seus próprios membros (a mecanismos como os de “mercado”, ou de “leis da história”, como se procurou superar no passado a imposição do “direito divino” da monarquia e da igreja).

Regulamentar ou desregulamentar não pode ser colocado de forma simplista, como uma questão que antepõe “modernidade” e “arcaísmo”, mas como questão diretamente relacionada com o contrato social a ser continuadamente discutido e renovado pela participação de todos os interessados69.

É necessária a aproximação crítica tanto das propostas “regula-mentadoras” quanto das “desregulamentadoras”, entendendo que há princípios subjacentes que qualquer

tomada de partido deve respeitar. Para o caso brasileiro deve-se considerar os princípios constituintes da própria sociedade, entre os quais os de:

• SOBERANIA;

• CIDADANIA;

• DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA;

• VALORES SOCIAIS DO TRABALHO E DA LIVRE INICIATIVA;

• PLURALISMO POLÍTICO.70

A essa matriz de princípios está ligada, sem dúvida, a organização das profissões. Deve-se considerá-la como sub-tema de outros temas maiores, como a organização social do trabalho e, ainda da própria organização econômica e política das sociedades. Desse ponto de vista, não há porque considerar que os sistemas profissionais devam se manter como estão, indefinidamente.

E essa é uma “colocação fraca” diante de outra, que considera que é a própria transformação das profissões e de seus interesses que deve impor as diretrizes das organizações futuras.

ο AS TENSÕES CRIADAS PELAS TRANSFORMAÇÕES DAS REFERÊNCIAS PROFISSIONAIS

Outra classe de tensões nasce da própria evolução das profissões, dada em grande parte pela “novidade” dos problemas a elas colocados na atualidade (muitos dos quais “provocados” pelas próprias atividades de ocupação territorial e de mudanças nas condições de vida das populações pela via tecnológica). Merece consideração o

69 Nas discussões havidas quando da elaboração do Código de Edificações do DF, em 1996, colocou-se

que a melhor regulamentação é tautológica, repete o que as pessoas praticam ao construirem de forma “segura, higiênica, que lhes agrade”. Então, para quê regulamentar ? Para que se compreenda que há a possibilidade de agir de outro modo e assim mudar o que anteriormente se acordou (que é renovado como referência), e para que se defenda os interesses de quem não sabe construir e é forçado a consumir o que outro realizou, para os seus próprios interesses (e lhe é dado como referência).

70 Estes são os cinco incisos do Artigo 1º da Constituição Brasileira de 1988, que definem os

crescimento da importância dada nas últimas décadas - no mundo, com repercussões mais ou menos recentes no Brasil - à proteção e à segurança no trabalho, bem como à proteção do meio ambiente a a busca de alternativas de desenvolvimento que minimizem o impacto ambiental das atividades humanas.

A “área tecnológica” (tanto das atividades econômicas quanto profissionais) se caracteriza historicamente por seu “desenvolvimentismo”, por sua ênfase na expansão dos recursos e, sobretudo da ampliação das possibilidades de exploração e transformação dos recursos naturais, na ocupação, na construção, na “formação do mundo71”, movida por motivação empreendedora que se revela, em determinados casos, predadora dos recursos naturais e humanos.

A consciência social e política que lentamente vem se formando - de valorização da qualidade de vida associada à boa qualidade do meio ambiente e ao equilíbrio psíquico e físico; de necessária participação popular no processo de gestão da sociedade e de suas instituições; de relativização dos termos da exploração econômica “irrefreável” dos recursos naturais; de respeito e promoção dos interesses das minorias historicamente marginalizadas - impõe novos contornos aos limites das atribuições profissionais formais.

A capacidade de perceber as mudanças necessárias à organização das profissões pode ser ainda mais lenta que a capacidade de criar novas oportunidades - que em si mesmas são as “mudanças”. Isso pode vir a significar o completo “redesenho” das atuais profissões no próximo século.

O caso das engenharias, como campo profissional essencialmente “tecnológico” é digno de análise, dado o seu desmembramento em amplo leque de modalidades: a cada novo ramo ou sub-ramo da área profissional de tecnologia aplicada que surge, mais uma modalidade de engenharia vem à luz.

Isso é compreensível, na medida em que os novos campos profissionais são efetivamente especializações da área tecnológica, e o desenvolvimento apresentado pelas tecnologias é característica básica da etapa civilizatória iniciada (queiramos ou não) com a “Revolução Industrial”.

Entre as engenharias há abordagens dos mesmos problemas de forma disciplinarmente contraditórias: a abordagem do engenheiro sanitarista e do agrônomo com relação ao meio ambiente e ao processo de urbanização pode guardar diferenças fundamentais, reveladoras dos modos pelos quais percebem os problemas.

Há uma geração de engenheiros de “diversas modalidades72” que vem mostrando significativa politização associada a uma (auto)formação técnica sofisticada acerca da questão ambiental, por exemplo, e que representa a possibilidade de efetiva atualização e reflexão das profissões tecnológicas sobre seu papel e modo de ação. Muitas das “tecnologias alternativas” têm deixado de ser utopias nascidas a partir dos anos 60, e passam a ser consideradas seriamente na atual década, em termos

71 Uma das etimologias latinas da palavra “mundo” a indica como o “lugar limpo, ocupado pelo

homem, lugar urbanizado”. É interessante anotar, que a palavra inglesa world tem significado etimológico assemelhado, embora origem diversa (significa “a era do homem, o tempo do homem / o lugar do homem”).

72 Por esse ponto de vista, os “centros de excelência” da área de engenharia estão hoje nas áreas

públicas (e nalguns casos, entre os prestadores de serviços à área pública) das instituições de meio ambiente, bem como em diversos centros universitários e de pesquisa que trabalham com tecnologias alternativas - nos casos de Campinas, Curitiba, São Carlos, por exemplo.

executivos, como a vida em comunidades rurais auto-sustentadas, ou a “condominialização” das áreas urbanas carentes.

O próprio fortalecimento do município, das prefeituras, como conseqüência fundamental da Constituição brasileira de 1988, leva a um novo contexto os programas de desenvolvimento nacional - que influenciaram fortemente os currículos de graduação nas décadas de 70 e 80. Por outro lado, os grandes e caros projetos nacionais (“obras do tamanho do Brasil”) são fortemente criticados a partir de uma visão local, circunstanciada, que implica em novas formas de atuação profissional, atentas às questões de longo prazo e capazes de trabalhar diretamente com as comunidades.

ο PERFIS PROFISSIONAIS “EMERGENTES” (HÁ PELO MENOS UMAS DUAS DÉCADAS)

Dizia-se, há pelos menos duas décadas passadas, que o modelo tecnocrático, centralista e autoritário, de atuação do engenheiro e do arquiteto estaria “à beira do colapso”, e o profissional liberal ou associado ao “grande escritório / ateliê” seria substituído pelo profissional “cooperativado” - ou, mais modernamente, que trabalha em “rede”, acessado à distância por seus clientes e coordenadores de projetos e obras. Essa possibilidade a realizar-se deve produzir, é razoável pensar, a desconcentração dos profissionais desde os grandes centros para os centros urbanos de médio e pequeno portes.

As mudanças não param aí: deve-se considerar o crescente nível de informação e de exigência de contingentes da população que mal participavam das oportunidades de consumo dos serviços dos profissionais. Os direitos do consumidor de serviços se somam à evolução de mercados de trabalho profissional extremamente competitivos, em que o tradicional fator “custo” é ponderado frente à correção do trabalho frente a um novo grupo de variáveis (como o baixo impacto ambiental, a segurança e a privacidade individual, a consideração das diferenças e necessidades pessoais, e mesmo a personalização da relação profissional-cliente - mas, acredito, de modo diferente da relação entre o médico-de-família e as famílias de seu bairro, para referir uma imagem do profissional liberal tradicional - entre muitas outras variáveis).

A indicação da necessidade de mudanças - e de tomar a iniciativa para empreendê-las - é evidente quanto à questão da habitação e do habitat urbano e rural das populações de renda baixa ou quase nula, contingente que envolve cerca de um terço (ou o dobro, se considerarmos as rendas familiares de até seis salários mínimos) da população brasileira.

A área tecnológica muito pouco teve a dizer sobre o movimento dos sem-terra, e na atualidade sua participação no estudo desse importante movimento social é quase nula. No entanto, o movimento dos sem-terra é modo de encaminhar soluções para problemas básicos do país. As comunidades têm buscado na auto-construção em parceria com algumas prefeituras e organizações não-governamentais alternativas que se revelam eficientes, envolvendo poucos profissionais habilitados.

Contudo, a maior parte dessas populações está francamente desorganizada e sua situação de desamparo ainda é amplamente ignorada pelas formas existentes de organização profissional.

PARTE 2

ELEMENTOS DA LEGISLAÇÃO PROFISSIONAL

UMA ANÁLISE DA RELAÇÃO ENTRE AS ATRIBUIÇÕES PROFISSIONAIS

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