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A VIOLÊNCIA INVISÍVEL ECOA NOS DISCURSOS DA CIDADE

No documento – PósGraduação em Letras Neolatinas (páginas 76-97)

Fragmento 1:

1.Agustina (ou a fortuna da maldade)

Quando Agustina se virou, percebeu que já não havia ninguém. Ou seja, gente havia muita, uma

densidade de shopping nos dias de chuva, mas eram todos favelados. Seus colegas da ONG “A janela para a favela” tinham desaparecido sem deixar rastros, como abduzidos por um disco voador. Primeiro tinha se distraído para falar com o garoto de dreads, a quem deu um cartão da agência do seu marido, onde buscavam uma pessoa com aspecto de músico jamaicano para uma publicidade. Porém o que realmente a tinha feito esquecer por completo do grupo com o qual havia entrado na favela número 31 do bairro do Retiro foi a imagem de uma menina de uns cinco anos que passou carregando nos braços outra menina menor, praticamente um bebê, mas que de corpo era quase maior que ela própria. Veio à cabeça de Agustina a imagem de uma formiga transportando uma folha que tem duas vezes o seu tamanho, acompanhada de um pensamento menos inquietante que absurdo, e por ser absurdo duplamente inquietante: essa menina estava roubando o bebê. Descalça e seminua, a menina foi balançando junto daquela que seguramente não devia ser mais que a irmãzinha deixada pra ela tomar conta até alcançar o grupo de crianças do outro lado da esquina, ou da praça, ou como quer que se chamasse esse retângulo irregular, oblongo, que por certo também tinham os shoppings, no qual confluíam várias vielas, nesse caso com seus riachos de água podre. O terceiro e último fator de distração, estes jovens de bermuda e sem camisas, com correntes penduradas no pescoço e tênis vistosos, estavam parados em torno de um enorme aparelho de som no último volume, uma espécie de óvni prateado e cheio de luzes que tinha caído nesse lugar tão terráqueo vá se saber como. Agustina supôs que devia valer mais do que a casa de seu dono, se é que o aparelho tinha dono e este, por sua vez, uma casa, e se é que se podia chamar de casa essas malocas. Do óvni saía a todo volume um

remix cumbieiro da “Macarena’, uma de suas canções preferidas dos anos noventa, embora nessa

década ela ainda fosse uma menina (agora já era uma velha de 25, como dizia seu esposo), e por um instante ficou tentada a juntar-se ao sutil balanço de cadeiras com que os garotos de corpos morenos e firmes acompanhavam o ritmo daquele velho hit espanhol. Quando dançava, bala nçando seu corpo também jovem e firme, embora loiro, um corpo que existia para dar-lhe alegria e coisas boas, Agustina perdia-se por completo, se autoabduzia do lugar, fosse qual fosse, e à sua volta não restava ninguém. Nesse sentido inofensivo da expressão foi que ao girar sobre seus tênis de lona, especialmente escolhidos para visitar a favela, Agustina, ao não ver seus colegas da ONG (terão sido sequestrados?, ou a sequestrada, por exclusão, era ela?), sentiu que não havia ninguém ali, por mais que fosse o pior insulto que se podia fazer a toda essa gente, entre eles os garotos de rostos angulosos e olhos negros. Que não eram tão garotos, pensou Agustina, agora que voltava a girar sobre seus tênis baratos (esse outro insulto sub-reptício) e tornava a olhá-los, e eles de repente também a ela. Instintivamente puxou para baixo a bolsa que levava cruzada sobre o peito, buscando tapar a zona pélvica que um segundo antes teria querido pôr ostentosamente a rebolar. Seu marido não tinha permitido que levasse celular com medo de que o roubassem (“Entre levar alguma coisa pra favela e jogar no lixo não há diferença, e entre enfiar-se aí e se autoviolar com um cabo de vassoura, de fato,

também não”, ele opinou quando ela lhe falou que começaria a colaborar com a ONG), mas agora ela o teria doado com gosto, e até com créditos vitalícios, em troca de que lhe deixassem usá -lo pela última vez. O único óvni aí era ela, pensou Agustina, e ela não conseguia imaginar nenhuma coisa em toda a galáxia que não teria dado para se teletransportar de imediato para a nave mãe . [Ariel Magnus. [La 31 (una novela precaria)]14

14 “Cuando Agustina se dio vuelta notó que ya no había nadie. O sea gente había mucha, una densidad de shopping los días de lluvia, pero eran todos villeros, sus colegas de la ONG ‘La villa en la vida’ se habían

esfumado sin dejar rastros, como abducidos por el plato volador. Primero se había distraído por hablar con el chico de las rastas, al que le había dado la tarjeta de la agencia de su marido, donde buscaban una persona con aspecto de músico jamaiquino para una publicidad. Pero lo que realmente la había hecho olvidarse por completo

Fragmento 2:

1.Agustina (ou a fortuna da maldade)

Ei, tu aí, ô loura.

Agustina se virou como buscando a pessoa em questão, embora estivesse segura de que o garoto de boné só podia estar se referindo a ela. Nem nessa pracinha, nem certamente em toda a favela, devia haver uma mulher com o cabelo tão claro como o seu, o cabelo e os olhos e a pele, tão claros e tão belos e tão desejáveis.

Não, é com você mesmo, moça.

Agustina sentiu que a voz imberbe e flexível, morena, esquentava primeiro sua nuca para depois meter-se em sua orelha com a avidez de uma língua pontiaguda. Por um instante ficou paralisada, como se estivesse debatendo-se em conflito entre se virar novamente ou fugir por alguma das vielas, ou melhor, como se não houvesse nada que debater porque já havia sido apanhada pelas costas, imobilizado o torso por uns braços jovens e decididos, as cadeiras submetidas à pressão de um volume sem muita margem para interpretações inocentes, a mente em branco diante da iminência do suplício.

Sobrepondo-se ao ataque demente, as pernas moles e os peitos eriçados pelo medo, Agustina se meteu na viela mais próxima e avançou com a cabeça levantada e a vista fixa em frente, como quem sabe aonde vai e conhece o caminho. E o certo é que sabia aonde ia, para a sua própria perdição ia. Qualquer uma dessas paredes finas dá para um prostíbulo ilegal, pensou. Te metem aí dentro e te escravizam. Como você é linda, ainda por cima gravam e jogam na Internet, e aí, se você consegue se safar, pode se ver para sempre mamando a meio mundo da favela.

Ao dobrar numa esquina ficou preso o casaquinho rosa, Agustina puxou para soltá -lo sem deixar de caminhar, o casaquinho não cedeu e ela tampouco, então girou sobre si mesma com os braços abertos e continuou avançando, agora já sem casaquinho. Ao alívio que sentiu de imediato,

del grupo con que había entrado en la villa 31 de Retiro fue la imagen de una nena de unos cinco años que pasó cargando en brazos a otra nena menor, prácticamente un bebé, pero que de cuerpo era casi más grande que ella misma. A la cabeza de Agustina acudió la imagen de una hormiga transportando una hoja que dobla en tamaño, acompañada de un pensamiento menos inquietante que absurdo, y por absurdo doblemente inquietante: esa nena se estaba robando al bebé. Descalza y semidesnuda, la nena fue balanceándose junto a lo que seguramente no fuera más que el hermanito que le habían dejado a cargo hasta alcanzar al grupo de chicos en el lado opuesto de la esquina, o de la plaza, o como se llamara ese rectángulo irregular, oblongo, que por cierto también tenían los shoppings, en el que confluían varios pasillos, en este caso con sus riachos de agua podrida. El tercer y último factor de distracción, estos jóvenes en shorts y torso descubierto, con cadenitas colgando del cuello y zapatillas vistosas, estaban parados alrededor de un enorme equipo de música a todo volumen, una especie de ovni plateado y lleno de luces que había caído en ese lugar tan terrícola vaya uno a saber cómo. Agustina supuso que debía valer más que la casa de su dueño, si es que el aparato tenía dueño y este a su vez una casa, y si es que se

podía llamar casa a esos habitáculos. Del ovni salía a todo volumen un remix cumbiero de “Macarena”, una de

sus canciones preferidas de los noventa, aunque en los noventa ella aún era una niña (ahora ya era una vieja de 25, como le decía su esposo), y por un momento estuvo tentada de plegarse al sutil bamboleo de caderas con que los chicos de cuerpos morenos y fibrosos acompañaban el ritmo de aquel viejo hit español. Cuando bailaba, bamboleando su cuerpo también joven y fibroso, aunque rubio, un cuerpo para darle alegría y cosa buena, Agustina se perdía por completo, se autoabducía del lugar, fuera cual fuera, y a su alrededor no quedaba nadie. En ese sentido inofensivo de la expresión fue que al girar sobre sus zapatillas de lona, especialmente elegidas para visitar la villa, Agustina, al no ver a sus colegas de la ONG (¿los habrían secuestrado?, ¿o la secuestrada, por exclusión, era ella?), sintió que no había nadie, por más de que ese era el peor insulto que se le podía hacer a toda esa gente, entre ellos los chicos de caras angulosas y ojos negros. Que no eran tan chicos, pensó Agustina, ahora que volvía a girar sobre sus zapatillas baratas (ese otro insulto subrepticio) y volvía a mirarlos, y ellos de pronto a ella. Instintivamente presionó hacia abajo la cartera que llevaba cruzada sobre el pecho, buscando que tapase la zona pélvica que hacía un segundo hubiera querido poner ostentosamente a bambolear. Su marido no le había dejado llevar celular por miedo a que se lo robasen (“Entre llevar algo a la villa y tirarlo a la basura no hay

diferencia, y entre meterte ahí y autoviolarte con un palo de escoba la verdad es que tampoco”, le había dado su

parecer cuando ella le anunció que empezaría a colaborar con la ONG), pero ahora lo hubiera donado con gusto, y hasta con crédito vitalicio, a cambio de que la dejaran usarlo por última vez. El único ovni ahí era ella, pensó Agustina, y no se le ocurrió ninguna cosa en toda la galaxia que no habría dado por teletransportarse de inmediato a la nave nodriza. (MAGNUS, 2012, p. 9-10.)

pois o calor era intenso, se tinha trazido o casaquinho foi só pra não irritar o ciumento do seu

marido, “Cobre um pouquinho os peitos e vê lá se não vai dar mole pra esses bundas moles”, tinha

dito o grande impertinente, como ele podia pensar que ela pudesse dissimular alguma coisa, com esse cabelo e esses seus olhos, só uma burca poderia ter ocultado tanta beleza; ao alívio lhe seguiu de imediato a pergunta de como tinha feito para desvencilhar -se do casaquinho sem ter tirado antes a bolsa, lembrou como tinha quase se pendurado nela quando descobriu que estava sozinha e teve que concluir que a tinha perdido. Tchau, agora já não tenho nem documentos, pensou. Se vou à polícia, primeiro me amarram nas grades e me dão um trato e logo depois me entregam aos cafetões da favela, que primeiro me amaciam eles próprios para depois me escravizarem.

Ô, loira, ei, loirinha!

Em lugar de paralisá-la, dessa vez a voz foi como um empurrão. Agustina saiu em disparada para frente e começou a correr pelas vielas, se sentia uma heroína que foge de um monstro em um filme de terror, podia até escutar a trilha sonora de fundo (a incongruência de que fosse uma canção alegre –“Macarena”– não fazia mais que aumentar o aspecto tenebroso da cena). Um cachorro começou a latir pra ela e a segui-la, Agustina apressou o passo, as pessoas se afastavam para o lado surpresas, os olhares cravados em seus peitos bamboleantes. Teria percorrido o equivalente a duas ou três quadras, impossível contabilizá-las nesse zigue-zague permanente, quando pisou em falso e caiu no chão. Olhava os arranhões no braço, respirava agitada, quando apareceu o garoto do boné.

Tu tá bem, loira?

O outro a ajudou a se levantar e lhe entregou a bolsa, da qual pendia a alça arrebentada. Agustina pensou que devia ter sido engraçado para os espectadores de seu filme ver aquele que devia ser o ladrão perseguindo aquela que devia ser a vítima para devolver-lhe o que devia ter sido o fruto do roubo. Com certeza agora vai querer que eu lhe pague o favor com o que tenho de melhor,pensou. Espero que pelo menos não seja demasiadamente bem dotado. [Ariel Magnus. La 31 (una novela precaria)]15

15“- Eh, vo, rubia.

Agustina se dio vuelta como buscando a la aludida, aunque estaba segura de que el chico de la gorrita solo podía referirse a ella. Ni en esa plazoleta, ni seguramente en toda la villa, debía haber una mujer con el pelo tan claro como el suyo, el pelo y la piel, tan claros y tan bellos y tan deseables.

- No, te digo a vo, che.

Agustina sintió que la voz lampiña, morocha, le calentaba primero la nuca para luego meterse en la oreja con la avidez de una lengua puntiaguda. Por un momento quedó paralizada, como debatiéndose entre darse la vuelta nuevamente o huir por algún pasillo, o más bien como si ya no hubiese nada que debatir porque ya había sido tomada por la espalda, inmovilizado el torso por unos brazos jóvenes y decididos, la cadera sometida a la presión de un bulto sin mucho margen para interpretaciones inocentes, la mente en blanco ante la inminencia del suplicio.

Sobreponiéndose al ataque demente, las piernas flojas y los pechos erizados por el miedo, Agustina se metió en el pasillo más próximo y avanzó con la cabeza alzada y la vista fija hacia adelante, como quien sabe adónde va y conoce el camino. Y lo cierto es que sabía adónde iba, a su propia perdición iba. Cualquiera de estas chapas da a un prostíbulo ilegal, pensó. Te meten adentro y te esclavizan. Como sos linda además lo graban y lo suben a Internet, cosa de que si zafás podés verte para siempre chupándosela a media villa.

Al doblar en un recodo se le enganchó el saquito rosa, Agustina tironeó para soltarlo sin dejar de caminar, el saquito no cedió y ella tampoco, entonces giró sobre sí misma con los brazos abiertos y siguió avanzando, ahora ya sin saquito. Al alivio que sintió de inmediato, pues el calor era intenso, si había traído el saquito había sido

solo por no enojar al celoso de su marido, “Tapate un cacho las tetas a ver si todavía les hacés los ratones a las ratas esas”, le había dicho el muy desubicado, cómo se le ocurría que podía disimular algo ella, con ese pelo y

esos ojos suyos, solo una burka podría haber ocultado tanta hermosura; al alivio le siguió de inmediato la pregunta de cómo había hecho para desprenderse del saquito sin haberse sacado antes la cartera, recordó cómo se había casi colgado de ella cuando descubrió que estaba sola y tuvo que concluir que la había perdido. Chau, ahora ya no tengo ni documentos, pensó. Si voy a la policía, primero me atan a los barrotes y me dan masa y recién después me entregan a los cafishos de la villa, que primero me ablandan ellos y después me esclavizan. - ¡Rubia, eh, rubia!

En lugar de paralizarla, esta vez la voz fue como un empujón. Agustina salió disparada hacia adelante y empezó a correr por los pasillos, se sentía una heroína que huye de un monstruo en una película de terror, si hasta creía escuchar la banda sonora de fondo (la incongruencia que fuera una canción alegre – “Macarena” – no hacía más que a acrecentar la tenebrosidad de la escena). Un perro empezó a ladrarle y a seguirla, Agustina apuró el paso, la gente se hacía a un lado sorprendida, las miradas clavadas en sus tetas bamboleantes. Habría hecho el

Fragmento 3: 8. Favela tour

De acordo com o estrito esquedul que tinha sido distribuído pelo guia, no qual estavam contemplados até os minutos de permanência em cada poin os interes (o ginásio poliesportivo Padre Mujica, a capela Cristo Operário do Padre Mujica, o “Perifério de culturrale” Geo Jota, etc.), o tour

pela “Nova Shork das favelas da Paris da América Latina”, como havia sido apresentada pelo

próprio guia com não menor formalidade, nem maior sentido de vergonha, já devia ter chegado a seu fim. A única que o percebeu foi a senhora Prescott, que tinha desrespeitado a proibição de trazer relógio, além da proibição de trazer câmera de foto, carteira e até óculos de sol, em parte porque sem esses objetos se sentia nua, mais pobre que os próprios pobres, e em parte também porque a inquietava não ter nada com que negociar um resgate. Já havia sido sequestrada com seu marido no Egito e na selva do Camboja, sabiam portanto que aí onde o dinheiro permite chegar também é possível sair por conta do dinheiro, se bem que nesse caso a agência que emite as passagens muda de nome e de razão social.

Já deveríamos ter ido há uns dez minutos comentou a senhora Prescott entre incomodada e divertida, como toda vez que pegava os locais em um erro de organização.

Se a gente tivesse pelo menos quem nos tirasse daqui respondeu seu esposo entre divertido e eufórico, como toda vez que um tour ameaçava ir pro espaço.

É verdade a senhora Prescott girou a cabeça para um lado e para o outro , onde ele se meteu?

Os encolhedores de cabeças não podem ter sido porque esse negrinho idiota (nice lovely latin boy of interesting indigenous roots) de fato quase não tinha cabeça.

O resto do grupo, todos americanos (ianques do caralho), tinha parado no meio da viela estreita e serpenteante, entre as altas paredes fora de esquadro que na cidade teriam anunciado como

“tijolo aparente”, mas que aqui simplesmente tinham ficado sem reboco. Essa simpática falta de

prolixidade, somada à estreiteza da viela, à roupa estendida nas alturas, aos cães sem dono e ao cheiro de comida que saía das casas, faziam os turistas se lembrarem dos velhos povoados europeus. Até os desníveis do terreno que, apesar de não ser montanhoso tinha sua personalidade, ou os entulhos de concreto do que parecia ter sido uma tentativa de pavimentar a calçada desse mundo descalço de ordem, alguns deles pintados com tinta a óleo cor de paralelepípedo, até nesses pequenos detalhes a ruazinha evidenciava o ar tão confundível das aldeias europeias.

Para isto eu ia a Lisboa, que pelo menos fica mais perto e tem água Pedras, finamente gaseificada por natureza havia comentado no meio da visita uma mulher jovem e loira tão atenta a não trazer nada de valor que tinha vindo apenas de short e camiseta, expondo provocativamente o mais caro do seu ser.

Eu estive nas favelas do Rio e de Caracas e lhes digo que estão muitíssimo pior, aí sim o tour vale a pena aproveitou para gabar-se outra mulher que havia acreditado seguir a equívoca sugestão do guia desprendendo-se de anéis e colares, embora sem se dar conta, por chegar à interpretação talvez puramente piedosa, de que cada uma das suas peças de roupa valia mais do que a roupa de famílias inteiras, fazendo um cálculo bem conservador.

Eu estive na Índia e a verda de é que depois daquilo não há miséria que consiga me surpreender lamentou-se agora um homem já idoso, de bigodes e chapéu texano, que embora tivesse acatado a ordem de deixar a máquina fotográfica e o resto dos aparatos no hotel, não fez a mesma coisa com seu revólver, primeiro porque carregar uma arma fazia parte de sua constituição como ele gostava de dizer, brincando com a ambiguidade ontológica -política do termo e segundo porque embora a pistola fosse um objeto de valor, o certo era que tinha sido feita para defender os outros

equivalente a dos o tres cuadras, imposible contabilizarlas en ese zigzag permanente, cuando pisó mal y cayó al

No documento – PósGraduação em Letras Neolatinas (páginas 76-97)

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