• Nenhum resultado encontrado

A garota que limpa (e que mente)

No documento – PósGraduação em Letras Neolatinas (páginas 53-76)

Sempre acabo me distraindo e olhando pra favela. comentou a senhora de Arredondo, de pé diante dos janelões, após apoiar a xícara de porcelana sobre uma pequena mesinha de mármore, de onde mais tarde devia retirá -la a garota que limpa e (que retira as xícaras) . Quero olhar o rio, me distrair por um tempo, e sempre acabo olhando pra favela.

Ou seja que a favela te distrai de te distrair replicou o doutor Arredondo, que do sofá onde estava sentado não conseguia ver (a favela, a esposa sim ele via, embora preferisse olhar seu charuto).

É que eu olho pra favela e penso nas pessoas que vivem na favela e isso me deixa tensa.

Talvez a distração seja então tudo o que fazemos enquanto não pensamos nas pessoas que vivem na favela.

Eu não acho que nós nos fingimos de distraídos, se é o que você está insinuando. Fazemos doações para os pobres todos os anos. E temos a favela diante da gente, quando bem que poderíamos viver em um bairro fechado e não vê-la nem pela televisão.

Doamos o mesmo que pagaríamos de impostos e doaríamos ainda mais para não vê-la. E quem quis um apartamento no centro com vista pro rio foi você.

Sim, mas agora não posso ver o rio por culpa dessa favela. É como quando você quer olhar nos olhos de uma pessoa com lábio leporino.

Deve ser porque os olhos não te dizem nada e o lábio leporino sim.

De qualquer forma é feio de ver.

Imagina ter.

Aí está o problema, eu não posso deixar de me imaginar assim.

Mas você não tem. É como um pesadelo do qual você sempre acorda a tempo.

Ah, e você gosta de ter pesadelos?

Não, mas também não gosto de viver num sonho.

Bom, não sei por que nos distraímos falando dessas coisas. Catalina!

Catalina era a garota que limpa, e que neste caso também escuta atrás da porta. Vivia na favela, com um bom binóculo a senhora até poderia localizar a casa onde ela aluga va um quarto, mas a verdade é que a senhora não tinha binóculo, e além disso acreditava que Catalina vivia na casa de uma prima em Tristán Suárez (a prima mesma e o resto da de sua família acreditavam que ela trabalhava em casa de família e dormia no emprego, pois a senhora não a teria contratado nem sua família teria ficado tranquila se Catalina lhes tivesse confessado que vivia na Villa 31, por mais que fosse a melhor favela de Buenos Aires com o que pagava aí por uma cama poderia ter alugado um cômodo inteiro em Tristán Suárez). O que mais a incomodava em mentir, além de ter que fazê-lo por vergonha, o que é um duplo pecado, pois ninguém deveria envergonhar-se de ser pobre, era que para sustentar sua mentira devia cobrar umas diárias a que não tinha direito, e com isso o pecado passava a ser triplo. Catalina não era muito crente, mas pela via das dúvidas preferia não abusar, não ser supersticiosa tampouco a obrigava a andar virando saleiros nem passar por debaixo de tudo quanto é escada que aparecesse em seu caminho.

Catalina entrou com a bandeja no alto e avançou até a mesinha sem levantar a vista, como quem se dirige à saída de emergência de um avião guiando-se pelas luzes do piso. Embora levasse quase três anos trabalhando nesse apartamento de luxo, não conseguia tocar uma xícara sem sentir que a sujava, ao ponto de não entender por que não a faziam usar luvas e touca. De modo geral lhe custava entender que uma pessoa tão branca e bonita como a senhora de Arredondo deixasse que sua casa fosse limpa por uma negrinha que vivia na mais espantosa sujeira, a urbana. Ainda que tivesse vindo de uma casinha decente de Tristán Suárez e não de seu quarto com piso de terra batida na favela, só por ter apanhado o trem de manhã junto com todos os trabalhadores da grande Buenos Aires a senhora já deveria ter-lhe vetado a entrada, ou em todo caso ter lhe obrigado a tomar banho.

Catalina sentia que era ao contrário ela que se limpava cada vez que chegava no trabalho, como se o apartamento fosse uma piscina com muito cloro e colocar o avental, o banho prévio.

Não vá embora, Catalina, acho que chegou a hora de falar.

A voz do doutor Arredondo paralisou-a no meio da sala de forma tão abrupta que ela quase deixou cair a bandeja com a xícara. A menina que limpa (e que acredita que suja, e que nesse caso quase suja de verdade) sabia que o doutor só podia querer falar de um tema diante da senhora, o mesmo tema do qual ela tentava se distrair desde que se instalou entre eles. Era o final da mentira, e também da limpeza.12 [Ariel Magnus. La 31 (una novela precaria)]

12“– Siempre termino distrayéndome y mirando la villa – comentó la señora Arredondo, de pie frente a los

ventanales, luego de apoyar la taza de porcelana sobre una pequeña mesita de mármol, de donde más tarde debía retirarla la chica que limpia (y que retira las tazas) – Quiero mirar el río, distraerme un rato, y siempre termino mirando la villa.

– O sea que la villa te distrae de distraerte – objetó el doctor Arredondo, que desde el sofá donde estaba sentado

no alcanzaba a verla (a la villa, a su esposa sí, aunque prefería mirar su cigarro).

– Es que miro a la villa y pienso en la gente que vive en la villa y eso me tensiona.

– Quizá la distracción sea entonces todo lo que hacemos mientras no pensamos en la gente que vive en la villa. – Yo no creo que nosotros nos hagamos los distraídos, si es eso lo que estás insinuando. Donamos todos los años

para los pobres. Y la tenemos enfrente, cuando podríamos vivir e country y no verla ni por televisión.

– Donamos lo que igual pagaríamos de impuestos y donaríamos aún más para no verla. Y la que quiso un

departamento en el centro con vista al río fuiste vos.

– Sí, pero ahora no puedo ver el río por culpa de esa villa. Es como cuando querés mirar a los ojos a una persona

con labio leporino.

v Será que sus ojos no te dicen nada y el labio leporino sí.

– Igual es feo de ver. – Imaginate de tener.

– ahí está el problema, que no puedo dejar de imaginármelo.

– Pero no lo tenés. Es como una pesadilla de la que siempre te despertás a tiempo. – Y qué, ¿a vos te gusta tener pesadillas?

– No, pero tampoco me gusta vivir en un sueño.

v Bueno, no sé por qué nos distrajimos hablando de esas cosas ¡Catalina!

Catalina era la chica que limpia, y que en este caso también escucha detrás de la puerta. Vivía en la villa, con un buen largavistas la señora hasta habría estado en condiciones de ubicar la casa donde alquilaba un cuarto, pero lo cierto es que la señora no tenía largavistas, y además creía que Catalina paraba en lo de una prima de Tristán Suárez (la prima misma y el resto de su familia creían que ella trabajaba cama adentro, pues la señora no la habría tomado – ni su familia se habría quedado tranquila – si Catalina les hubiera confesado que vivía en la 31, por más de que fuera la mejor de Buenos Aires – con lo que pagaba ahí por una cama podría haberse alquilado una pieza entera en Tristán Suárez). Lo que más le molestaba de mentir, además de tener que hacerlo por vergüenza, lo cual es doble pecado, pues nadie debería avergonzarse de ser pobre, era que para sostener su mentira debía cobrar un viático que no le correspondía, con lo que el pecado pasaba a ser triple. Catalina no era muy creyente, pero por las dudas prefería no abusar, no ser supersticiosa tampoco la obligaba a andar tirando saleros ni pasando por debajo de cuanta escalera se le cruzaba en el camino.

Catalina entró con la bandeja en alto y avanzó hasta la mesita sin levantar vista, como quien se dirige a la salida de emergencia de un avión guiándose por las luces en el piso. Aunque llevaba casi tres años trabajando en ese departamento de lujo, no conseguía tocar una taza sin sentir que la ensuciaba, al punto de que no entendía que no le hicieran usar guantes y cofia. En general le costaba entender que una persona tan blanca y pulcra como la señora de Arredondo se hiciera limpiar la casa por una negrita que vivía en la más espantosa suciedad, la urbana. Aun si hubiese venido de una casita decente en Tristán Suárez y no de su habitación con piso de tierra en la villa, solo por haberse tomado el tren a la mañana junto a todos trabajadores del conurbano la señora debería haberle vetado la entrada, o en todo caso obligarla a bañarse. Catalina sentía que era más bien ella que se limpiaba cada vez que llegaba al trabajo, como si el departamento fuera una piscina con mucho cloro y ponerse el delantal, la ducha previa.

– No te vayas, Catalina, creo que llegó la hora de hablar.

La voz del doctor Arredondo la paralizó en medio de la sala de forma tan abrupta que casi dejó caer la bandeja con la taza. La chica que limpia (y que cree que ensucia, y que en este caso casi ensucia de veras) sabía que el doctor solo podía querer hablar de un tema delante de la señora, el mismo del que ella intentaba distraerse desde

Fragmento 2: 2. Favelusa

Ovni doze chamando nave mãe.

Aqui nave mãe, prossiga.

Para Lungo sempre era um pouco embaraçoso fazer uso desse código de filme de ficção científica, mas a verdade é que havia surgido de uma imagem proposta por ele mesmo para explicar como funcionaria o sistema operacional, que certamente ele continuava considerando de um futurismo quase utópico, mesmo quando já estava sendo colocado em prática. Inquietava -o sobretudo o temor de que a irônica imagem, aproveitando que já dominava suas comunicações, acabasse por se

instalar no mundo real, mais ou menos como a expressão “comunidade” tinha se convertido em um

termo neutro, no qual já nem se identificava a ironia da imagem. Inconfessavelmente Lungo temia que a 31 decolasse para o além quando todos os óvnis (carros forte) aterrizassem em breve em seu seio, um temor não muito mais absurdo que o plano do qual havia nascido, pois entre propor que a revolução deve surgir na favela e acreditar que não estamos sozinhos no universo não havia tanta distância, nem na irrefutabilidade do raciocínio, nem na dificuldade de prová -lo. Quanto aos demais, não só eles se chamavam extraterrestres entre si, como também o eram, ao menos no sentido de que na cidade os tratavam como se viessem de outro mundo e estivessem invadindo a Terra. A única coisa que consolava Lungo era que não eram de tipo burguês, nem a metáfora que havia escolhido, nem o medo a que isso se tornasse literal.

Tamo com um probleminha...

Agora é Riuston é?

Como?

Nada, citação disparatada. Qual é o probleminha?

Um de comunicação, por enquanto, pois depois de alguns chiados a voz deixou de se escutar. A pergunta não respondida lhe trouxe à memória a última piada do paraguaio Ríos, o opositor mais ferrenho que havia tido a sua ideia de fundar os Estados Unidos da Miséria.

(...)

“Nós, os representantes do povo, e não somente da Nação Argentina mas da própria noção de

Nação, reunidos aqui desde todas os estados por vontade e escolha alheia , em cumprimento de pactos pré-existentes que têm por objetivo assegurar e garantir o bem-estar e os benefícios de todos os homens que, invocando a proteção de Deus, se estabelecem e se decretam como fonte de toda razão e justiça, estabeleceremos desde este imposto Retiro uma nova Constituição”.

Lungo releu o princípio de seu manifesto e balançou a cabeça. “Regionalista demais”, disse

pra si mesmo, e duas grossas linhas de sua bic o cruzaram de ponta a ponta. Embora tivesse resolvido em poucos minutos o tema do carro forte roubado (partiu essa cédula em duas e as redigiu para as outras, com as quais por sua vez se comunicou brevemente para pedir -lhes que estivessem mais alerta diante de possíveis manobras contrarrevolucionárias, mesmo sabendo que podia dar ideias a potenciais traidores); embora tivesse resolvido o outro assunto em poucos minutos já levava não sabia quanto tempo tratando de redigir seu manifesto sem ter escrito nem uma linha definitiva. Planejar a revolução acabou sendo infinitamente mais fácil do que agora explicá-la, da mesma forma que para o crente lhe resulta muito mais fácil imaginar ou desejar o Paraíso antes do que descrever como é lá.

Inspirado por essa última imagem traçou uma linha e anotou embaixo: “A todos aqueles que têm escondida sua grana nos paraísos fiscais (e aos que sonham em tê-la) lhes anunciamos desde estas terras também fiscais ou públicas (como deveriam sê-lo todas) que a partir de hoje já não vão ter que debater se urbanizar ou não nossa favela, nem como, pois nós é que vamos discutir como

favelizar a urbe que vocês usurpam com a sua propriedade privada”. Deixou a bic e leu. “Marxista demais, pode assustar os investidores” disse irônico para si mesmo e coçou um olho. Inspirado por

essa segunda imagem traçou uma linha e anotou embaixo: “Fazemos piquetes na via expressa. Fazemos piquetes em frente à estação do Retiro. Para evitar de agora em diante os incômodos ocasionados, pelos quais não nos desculpamos, nós nos declaramos o que na realidade já somos: um piquete permanente no meio da cidade. Como essas favelas da Grande Buenos Aires que têm como nome a data em que seus primeiros habitantes ocuparam a terra que agora ocupam, a partir de hoje deixamos de nos chamar com este número que os militares nos deram e inauguramos um novo

calendário, que em breve (muito em breve) será o que se imporá no mundo todo”. Deixou a bic e leu. “Imperialista demais, poderia assustar os marxistas”, disse irônico a si mesmo e fechou o caderno.

Talvez o erro tivesse sido comprar um caderno Rivada via em vez de um Gloria ou um Éxito, pensou enquanto acariciava a textura do papelão da capa, mais sólido do que aquele que fazia o papel de parede em muitos barracos da 31.13[Ariel Magnus. La 31 (una novela precaria)]

13“– Ovni doce reportando a madre nodriza. – Acá madre nodriza, adelante.

Al Lungo Le resultaba un poco embarazoso hacer uso de ese código de película de ciencia ficción, pero lo cierto es que había surgido de una imagen propuesta por él mismo para explicar cómo funcionaría el operativo, que por cierto le seguía pareciendo de un futurismo casi utópico, aun cuando ya se estaba llevando a cabo. Lo inquietaba sobre todo el temor de que la irónica imagen, aprovechando que ya dominaba sus comunicaciones, acabara por

instalarse en el mundo real, un poco como la expresión “villa miseria” se había convertido en un término neutro,

en el que ya ni se oía lo irónico de la imagen. Inconfesablemente el Lungo temía que la 31 despegase hacia el más allá cuando todos los ovnis (camiones caudales) arribaran en breve en su seno, un temor no mucho más absurdo que el plan del que había nacido, pues entre proponer que la revolución debe surgir en la villa y creer que no estamos solos en el universo no había tanta distancia, ni en lo incuestionable del razonamiento, ni en la dificultad de probarlo. Por lo demás, no solo ellos se llamaban extraterrestres entre sí, sino que también lo eran, al menos en el sentido de que en la ciudad se los trataba como si vinieran de otro mundo y estuvieran invadiendo la Tierra. Lo único que lo consolaba al Lungo era que no eran de tipo burgués, ni la metáfora que había elegido, ni el miedo a que se tornara literal.

– Tenemo un problemita… – ¿Jiuston ahora?

– ¿Eh?

– Nada, una cita al cohete. ¿Qué problemita?

Uno de comunicación, por lo pronto, pues tras algunos chisporroteos la voz dejó de escucharse. La pregunta incontestada le trajo a la memoria el último chiste del paragua Ríos, el opositor más férreo que había tenido su idea de fundar los Estados Unidos de la Miseria.

(…)

“Nos, los representantes del pueblo, y no solo de la Nación Argentina sino de la misma noción de Nación,

reunidos aquí desde todas las provincias por voluntad y elección ajena, en cumplimiento de pactos preexistentes que tienen por objeto asegurar y afianzar el bienestar y los beneficios de todos los hombres que, invocando la protección de Dios, se establecen y se decretan como fuente de toda razón y justicia, estableceremos desde este

impuesto Retiro una nueva Constitución”.

El Lungo releyó el principio de su manifiesto y sacudió la cabeza. ‘Demasiado regionalista’, se dijo, y dos

gruesas líneas de su bic lo cruzaron de punta a punta. Aunque había resuelto en pocos minutos el tema del camión robado (partió esa cédula en dos y las redirigió hacia las otras, con las que a su vez comunicó brevemente para pedirles que estuvieran más alerta frente a posibles maniobras contrarrevolucionarias, aun sabiendo que podía darles ideas a potenciales traidores); aunque había resuelto lo otro en pocos minutos ya llevaba no sabía cuánto tratando de redactar su manifiesto sin haber escrito una línea definitiva. Planificar la revolución le había resultado infinitamente más fácil que ahora explicarla, lo mismo que al creyente le resulta mucho más fácil imaginarse o desear el Paraíso antes que describir cómo se ve.

Inspirado por esta última imagen trazó una línea y anotó debajo: ‘A todos aquellos que tienen escondida su plata en los paraísos fiscales (y a los que sueñan con tenerla) les anunciamos desde estas tierras también fiscales (como deberían serlo todas) que a partir de hoy ya no van a tener que debatir si urbanizar o no nuestra villa, ni cómo, pues vamos a ser nosotros quienes discutamos cómo villarizar a urbe que ustedes usurpan con su

propiedad privada’. Dejó la bic y leyó. ‘Demasiado marxista, puede asustar a los inversores’, se dijo irónico y se rascó un ojo. Inspirado por esta segunda imagen trazó una línea y anotó debajo: ‘Hacemos piquetes en la

autopista. Hacemos piquetes frente a la estación de Retiro. Para evitar de aquí en más las molestias ocasionadas, de las que no nos disculpamos, nos declaramos lo que en realidad ya somos: un piquete permanente en medio de la ciudad. Como esas villas del conurbano que llevan de nombre la fecha en que sus primeros habitantes ocuparon la tierra donde ahora se erigen, a partir de hoy dejamos de llamarnos con este número que nos pusieron

los militares e inauguramos un nuevo calendario, que pronto (muy pronto) será el que rija a todo el mundo’. Dejó la bic y leyó. ‘Demasiado imperialista, podría asustar a los marxistas’, se dijo irónico y cerró el cuaderno. Quizá

el error había estado en comprarse un Rivadavia en vez de un Gloria o un Éxito, pensó mientras repasaba el

cartón texturado de la tapa, más sólido que el que hacía de pared en muchas casillas de la 31.” (MAGNUS, 2012,

O início do processo de fragmentação na cidade de Buenos Aires ocorre posteriormente ao fracasso da política de modernização da nação impetrada no início do século XX na Argentina, em um jogo político oficial de ordem (o que se objetiva para o país é uma nação regrada, uma cidade ideal) e desordem (cidade real), preterindo qualquer caráter social ao projeto. Como a pretensão de modernização do Estado-Nação fracassa, a “cidade real” volta à cena.

Na década de 70, a população da villa aumenta com a chegada de imigrantes internos do interior do país, atraídos pelo emprego na estação ferroviária ou outras opções de trabalho proporcionadas pela cidade. Logo, o assentamento em que viviam esses imigrantes seria chamado de “villa miseria”.

Tem-se a ilusão de que o caráter periférico desta nação sul-americana pode ser lido como

No documento – PósGraduação em Letras Neolatinas (páginas 53-76)

Documentos relacionados