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ANEXO I – Desenho das alunas da 4ª série matutino

6.1 A voz da Educadora

Em 22/03/04 realizou-se o primeiro dia de exploração da pesquisa. Conversando informalmente com a supervisora da escola, fiquei sabendo sobre o corpo docente, sendo 28 professores que atendem aos diferentes níveis de educação, desde a Educação Infantil, as Séries Iniciais e o Ensino Fundamental. Professores estes que dão suporte a 650 alunos matriculados, além dos funcionários que auxiliam na manutenção, entre eles merendeiras, serventes e vigias. O corpo técnico administrativo é composto pelo diretor, a supervisora escolar e a secretaria, além da escola possuir dois professores licenciados que auxiliam no desenvolvimento das atividades pedagógicas. Nessa exploração, defrontei-me com uma escola localizada em bairro periférico da cidade de Camboriú. No seu entorno ocorrem remanescentes da Floresta Atlântica, dando um aspecto rural à paisagem. Cedro (Cedrela

fissilis) é o nome do bairro e essa é uma espécie de árvore nativa da Floresta Atlântica com

reconhecido valor econômico.

Quanto à estrutura da escola, há 10 salas de aula e uma biblioteca que perdeu o seu espaço para abrigar materiais e ferramentas para a construção da nova escola. A biblioteca foi, provisoriamente, para um espaço reduzido onde eram guardados os materiais da Educação Física. Não possui sala de informática, nem sala de vídeo, a quadra de esporte fica limitada ao futebol e ao vôlei.

Nessa conversa, a supervisora escolar relatou que, possivelmente, em breve iniciarão as obras do novo prédio, sendo que no projeto dessa nova escola está prevista a construção de amplas salas para biblioteca, vídeo e informática e uma quadra de esporte que inclui os demais jogos coletivos.

Ao ser indagada sobre a forma como realizam o conselho de classe, a supervisora falou: “foram realizados vários modelos, mas prevaleceu o tradicional (professores e

alunos)”.

Continuei minha exploração, não mais na sala dos professores, mas no pátio interno da escola, quando soou o sino para o recreio e os alunos saíram em disparada para lanchar, brincar e correr de um lado para o outro. Nessa hora, percebe-se como são necessários brinquedos variados como balanços, escorregas e gangorras, pois os alunos não têm outra

coisa a fazer além de correr, e/ou ficar sentados conversando. A funcionária da limpeza toma conta do corredor que dá acesso para o bloco onde os alunos das oitavas e sextas séries estudam; pois o horário de recreio é alternado para as turmas.

Ao término do recreio das séries iniciais, os alunos retornam às salas de aula e nesse momento, uma professora do primeiro ano das Séries Iniciais comenta para uma colega de trabalho que “pego o método tradicional e misturo com o construtivismo e alfabetizo. Não

agüento mais”. São 25 anos de profissão. Deve estar ansiosa para se aposentar.

Retorno à sala dos professores, onde aguardo o recreio dos alunos das quintas às oitavas séries. A professora de Geografia se interessa pela pesquisa que me propus a realizar, pois, nesse bimestre, os professores vêm trabalhando a questão do meio ambiente e a Campanha da Fraternidade tem como tema a água. Perguntei para a referida professora o que é Educação Ambiental. E ela respondeu: “Educação Ambiental é educar para o futuro, somos

parte da natureza”.A professora continuou falando “os cursos de capacitação deveriam oferecer menos teoria e mais prática”. O último curso que a professora participou foi com o

vídeo escola e a temática foram mapas e mapeamentos, no ano de 2003. A professora gostaria de saber como trabalhar, como fazer para dinamizar suas aulas. Terminando o recreio, converso com a responsável pela biblioteca. Em seu discurso não se percebem reclamações, mas incertezas sobre sua função ali na escola, pois sendo antiga professora de Português, afastada da sala de aula por motivos de doença, não tem mais voz para atuar em sala de aula. É a professora mais antiga da escola. Faz o cadastramento dos alunos e professores para empréstimos de obras, o levantamento das obras que a biblioteca possui e auxilia os alunos na pesquisa.

O espaço reservado à biblioteca é ínfimo para a quantidade de livros e materiais que são depositados e mais a freqüência dos alunos torna o ambiente inadequado para a prática da leitura. Ambiente insalubre, já que ocorrem infiltrações, somadas à pouca iluminação, dá um aspecto pouco convidativo para quem deseja ler e pesquisar, embora a professora responsável pela biblioteca tenha melhorado qualitativamente o aspecto desse espaço, organizando os livros por temas, assuntos, séries, e dando um toque diferenciado no atendimento dos alunos do Ensino Fundamental e dos professores.

Após essa exploração inicial, mantive com a professora regente da 4ª série diálogos informais sobre assuntos relacionados à aprendizagem de seus alunos. A professora é regente de 57 alunos, divididos em turmas de 24 alunos no período matutino e 33 alunos no período vespertino.

Como expus anteriormente, o presente estudo visa verificar quais as concepções que os alunos têm de floresta, o que ocorre para terem essas concepções e até que ponto o professor é determinante diante dessas concepções. E ainda: em que contexto a Floresta Atlântica é conhecida por esses alunos?

Diante disso, o estudo partiu da aplicação de um questionário (Apêndice A) de percepção sobre aspectos pedagógicos e da dimensão ambiental, bem como as concepções de floresta que a professora possui.

O objetivo do questionário foi determinar o que a professora entende por meio ambiente e educação ambiental, quais são as questões ambientais mais relevantes para ela, a identificação dos problemas ambientais do entorno de sua escola, as práticas pessoais que costuma adotar para contribuir com a melhoria e/ou conservação do meio ambiente. E quais suas concepções de floresta. Foi solicitado que através do desenho (Anexo B), representasse as concepções de floresta.

Obtive os seguintes dados do questionário respondido pela professora, sobre a formação acadêmica: a professora possui o curso superior completo (Pedagogia), sendo que vem cursando pós-graduação em nível de Especialização (Séries Iniciais).

A professora possui 21 anos de profissão lecionando no Ensino Fundamental, sendo efetiva na escola por meio de concurso público.

Ao ser questionada sobre os cursos de capacitação, congressos e simpósios sobre educação que participou no último ano, a professora comentou que não participa, pois tem que negociar com a direção esses dias que fica afastada da sala de aula, nos quais deverá repor aulas, ou então pagar professores substitutos.

Os meios pelos quais a professora se mantém informada sobre a educação no Brasil são nesta ordem: televisão, revistas e jornais.

Nas questões seguintes, perguntei à professora quais os critérios utilizados para a seleção dos conteúdos da sua disciplina e, em casos de dúvidas, inseguranças quanto aos temas gerados, quem é seu principal interlocutor. A professora não respondeu a essas questões; pois não as tinha entendido.

Ao analisar as respostas da professora, senti a necessidade da realização de uma entrevista semi-estruturada (Apêndice B) para o esclarecimento dessas questões não compreendidas.

Entrevistei a professora no dia 07/04/04 às 13:30h, tendo como o objetivo o esclarecimento e complementação de algumas questões abordadas no questionário inicial.

Ao entrevistar a professora, novamente sobre quem é seu principal interlocutor na escola, para auxiliar na elucidação de conceitos que não foram bem construídos, dissipar as dúvidas e as inseguranças geradas pela falta de entendimento, obtive a seguinte resposta: “eu

converso mesmo é com o diretor e com a supervisora escolar, é com ela que tiramos as nossas dúvidas, por que a escola não dispõe de uma orientadora”. Sobre os critérios

utilizados para a seleção dos conteúdos da sua disciplina, ela respondeu: “de 1º a 4º série,

praticamente, trabalhamos com todas as disciplinas, como agora estou atuando na 4º série, eu seleciono os conteúdos que são da 4º série, mas no meio também coloco conteúdos de séries anteriores para fazer uma revisão, pois tem aluno que não avançou naquele conteúdo e retorno a esses conteúdos”.

Percebo na fala da professora uma preocupação com a dificuldade do aluno no entendimento dos conteúdos, que foram trabalhados em séries anteriores. Dando continuidade à entrevista, pergunto como acontece o planejamento de ensino e obtive a seguinte resposta:

“planejo sozinha”. Percebo coerência nas respostas da professora quanto ao planejar sozinha

o seu plano de ensino e ter como seu principal interlocutor o diretor e a supervisora da escola, pois a professora, ao realizar o seu planejamento sem parceiros de estudo, não tem como discutir com os seus pares sobre os mais variados assuntos: alunos, avaliações, aprendizagens, planejamentos, objetivos. Trata-se de temas e assuntos que ampliam os seus conhecimentos, propiciando condições para o diálogo.

Ainda, sobre o planejamento, perguntei se a professora contava com a ajuda da supervisão escolar e da orientação escolar. A professora respondeu “que tem o apoio da

supervisão escolar, mas não conta com o apoio da orientação escolar”.

Diante dessa resposta, verifiquei que a escola possui Supervisão Escolar embora a supervisora venha desempenhando várias funções na escola, no que se refere à administração escolar, orientação e à disciplina dos alunos. Isso acarreta uma sobrecarga na sua função justamente porque a escola não tem outros profissionais que garantam a dinâmica das diversas atividades. Percebo que as professoras readaptadas desempenham a função de orientar e apoiar, nas questões pedagógicas, o desenvolvimento das atividades relacionadas à alfabetização dos alunos.

Na entrevista perguntei à professora sobre a utilização dos Parâmetros Curriculares, e obtive a resposta: “uso muito pouco, mas tenho conhecimento, já li, fiz trabalhos sobre ele, os

PCN falam muito dos temas transversais em educação ambiental, em educação sexual nas escolas, isso a gente inclui dentro dos conteúdos trabalhados, pluralidade, preconceito, tudo isso é trabalhado”.

Ao questionar sobre a Proposta Curricular do Estado de Santa Catarina, perguntei à professora se a escola, através dos encontros pedagógicos, proporciona espaços de estudos e discussões sobre a Proposta Curricular, ao que ela respondeu: “a Proposta foi trabalhada em

anos anteriores e a gente utiliza para fazer o planejamento através da Proposta Curricular. Devido ao calendário existe pouco tempo para os estudos, pois temos sempre que estar em sala de aula”.

Percebo nas respostas da professora, que a escola não proporciona espaços de estudos e reflexões. O tempo na escola é voltado exclusivamente para a aprendizagem dos alunos, impossibilitando que o corpo docente (professores, especialistas e técnicos) crie espaços para dialogar com seus pares sobre os mais variados temas, entre os quais figuram os conteúdos trabalhados em salas de aula, as dificuldades dos alunos, a participação da comunidade, o currículo, a utilização das novas tecnologias nas salas de aula. Isso revela a fragilidade do corpo docente que sem espaço para estudar, refletir e dialogar produz em seu meio uma indiferença, que conseqüentemente refletirá no cotidiano da escola. A potencialidade da comunidade de aprendizagem não se limita somente ao diálogo, mas no comprometimento com um projeto que proporcione a todos um processo de amadurecimento e de transformação no qual cada um atua de forma ativa e responsável. (Sauvé & Orellana, 2001)

Quanto às técnicas de ensino utilizadas pela professora, “as Aulas Expositivas,

seguidas de Estudo de Texto, Estudo Dirigido, Debates, Jogos, Painel, Aulas Práticas”.

Quanto aos espaços utilizados em sua prática pedagógica, a professora citou pela ordem de uso: “o pátio interno da escola, seguido dos espaços de entorno da escola”.

Quanto à utilização do pátio interno da escola, seguido dos espaços de seu entorno, a professora esclareceu: “dentro da escola a gente verifica o ambiente, se ocorre vegetação, o

espaço físico, e, no entorno da escola, trabalhamos com a vegetação, observamos o relevo, o tipo de solo, plantas, a questão do lixo como está ao redor da escola, se a prefeitura limpa, a comunidade próxima”.

A professora relatou que na escola utiliza-se com pouca freqüência o pátio interno, apesar de gostar desse espaço físico para fazer: “joguinhos, atividades que eles possam se

juntar em duplas, trios, quartetos, joguinhos de estado e capitais, joguinhos de matemática, português, sinônimos e antônimos, coisas assim que eles precisam de espaço para se locomover. É um espaço que utilizo muito”.

Percebo na fala da professora uma contradição, pois, ao relatar que na escola vem utilizando com pouca freqüência o pátio interno em outro momento, relata ser esse espaço muito utilizado.

Dentre os recursos de ensino mais utilizados, conforme a ordem de uso, foram citados: quadro de giz, recursos visuais (cartazes, flanelógrafos, transparências, gravuras); recursos auditivos (rádio, gravações em fitas); recursos audiovisuais (cinema, televisão, fita de vídeo).

Pelas respostas do questionário, observo que o quadro de giz continua sendo o recurso de ensino mais utilizado, o que nos remete para a reflexão da inserção das novas tecnologias nas salas de aula.

Na questão seguinte, perguntei sobre os recursos multimídia (CD ROM, Data Show): quem oferece cursos de capacitação para trabalhar com esses recursos? A professora comentou: não há cursos de capacitação para trabalhar com esses recursos e nenhum

departamento da Secretaria Educação promove e apóia tais cursos.

A escola não possui salas de informática e de vídeo e mesmo que tivesse a professora não possui familiaridade com essas ferramentas e suas potencialidades como instrumentos para enriquecer as situações de aprendizagem. Porém, mesmo não tendo sala de vídeo, os filmes são transmitidos provisoriamente na sala dos professores, quando o grupo de alunos é reduzido ou os alunos trocam de salas, já que a televisão e vídeo estão fixados na sala da 5ª

série.

Na questão seguinte, indaguei sobre o objetivo da avaliação da aprendizagem. A resposta foi: “Verificar se os meus objetivos foram alcançados em relação ao conhecimento

do aluno e se consegui transformá-los. Também verificar a minha ação pedagógica”.

Na entrevista, a professora esclareceu que as avaliações contemplam: “participação do

aluno em todas as atividades, entrega dos trabalhos, apresentações orais e escritas, as avaliações que a gente tem que ter, as avaliações, atendendo aos critérios que a gente estabelece dentro de cada disciplina; tem alguns critérios que estabelecemos”. Constatei

também que as avaliações são realizadas por meio de provas, testes. Pois, o sistema atual de ensino exige que as notas e médias finais sejam atribuídas como resultado de aprendizagem.

No questionamento feito sobre “qual sua definição pessoal para Meio Ambiente”, fundamentei a análise da resposta na categorização de Sauvé (2000, modificada por SATO, 2002), no qual o meio ambiente é representado em sete categorias: Meio Ambiente como Natureza; Meio Ambiente como Recursos; Meio Ambiente como Problemas a serem superados; Meio Ambiente como Sistemas; Meio Ambiente como Meio de Vida; Meio Ambiente como Biosfera; Meio Ambiente como Projeto Comunitário.

Analisando a resposta da professora, obtive a seguinte resposta: “meio ambiente é o

ambiente que nos cerca”. A professora entende Meio Ambiente como “meio de vida” que

trabalho, e estudos, vida quotidiana, e tem a possibilidade dos seres humanos desenvolverem

um sentimento de pertencimento ao meio.

Quanto à questão “o que é floresta e desenhe sua concepção de floresta”, obteve-se a seguinte resposta: “Floresta são árvores e todas as espécies de plantas e animais que vivem

em um determinado lugar. (Reserva)”.

Constatei, por intermédio do desenho da professora, (verificar no Anexo B), que a sua concepção de floresta é a natureza em estágio puro que devemos apreciar e respeitar. Inseridos nessa representação, destacam-se a preservação, as árvores, os animais, a natureza. Percebo que essa representação é apenas a ponta do iceberg, de como o homem vem se relacionando com a natureza, ou seja, tratamos a natureza como meros observadores e proprietários não fazemos e nem nos sentimos parte dela. Somos espectadores, acomodados em nosso cotidiano. Essa acomodação e imobilização em relação à natureza, promovida cada vez mais por tecnologias que favorecem o homem em algumas situações e em outros momentos essas tecnologias conduzem à imobilidade e ao individualismo. Como é o caso, por exemplo, da televisão que promove através de sua janela um mundo de informações e conhecimentos, onde os sujeitos se defrontam com várias realidades em tempo real. Essas comunicações de imagens realizadas pela televisão não passam despercebidas por milhares de olhos atentos que se concentram para assistirem a uma variedade de programas, entre os quais se destacam os nacionais; mas, principalmente, os que são produzidos pelas grandes redes de televisão e distribuídos às filiadas que, por sua característica de entretenimento, têm que ser consumidos e descartados rapidamente. Muitos desses projetos televisuais nada têm a ver com as nossas realidades, a questão se complica quando esses programas tratam do tema natureza, das populações tradicionais e de suas relações com os ecossistemas florestais, costeiros e aquáticos. Percebo que esses projetos exploram insuficientemente as questões ambientais regionais e, quando raramente transmitem, abordam esses assuntos de maneira artificial, tecendo considerações na maioria das vezes sem a menor fundamentação. Do outro lado da janela, os milhares de receptores, entre eles as crianças, que por sinal nesta fase são receptivas a uma série de informações, ao assimilarem tais discursos, que comportamento terão em relação aos ambientes naturais, já que não percebem claramente o que está por trás desses discursos e imagens? Mas o que ocorre de fato é que os discursos e imagens transmitidos pela televisão sejam quais forem os temas não são tratados no ambiente escolar, sendo as crianças receptoras em potencial essa variedade de imagens, são apenas assimiladas e pouco discutidas, tendo apenas o consolo de se contentarem em contemplar as imagens da flora e fauna que por sinal são fascinantes.

Quanto ao que a professora entende por Educação Ambiental (EA), ela respondeu: “É

promover reflexões nos alunos para que sejam capazes de desenvolver atitudes positivas em relação à preservação do meio ambiente. Construir conceitos relacionados à questão sociedade-natureza”. Na entrevista, a professora esclareceu o que o termo “reflexões” quer

dizer: “esse termo“ refletir”significa dos alunos ao verem uma árvore, ou ao verem um

passarinho, que eles não pensem em prender esse passarinho e levar para casa, ou destruir essa árvore, que eles pensem no futuro, que tenham essa reflexão de que na hora que praticarem essa ação que eles tenham consciência que estão fazendo uma coisa errada”. Para

a professora, nesse contexto, refletir é conscientizar; tem o significado de mudanças de atitudes. Para que isso aconteça, é necessário que a professora promova problemas desafiadores e não soluções.

A próxima questão solicitava que a professora relatasse uma prática pedagógica que considerasse como prática de educação ambiental. Para a professora, essa prática constitui: “a

construção de maquetes, o meio ambiente de hoje e o meio ambiente de ontem”.

A seguir, solicitamos que a professora relatasse os três problemas ambientais da atualidade. No que se refere à escola e seu entorno, o lixo, esgoto e desmatamento se destacaram.

Em nível de Município, os problemas ambientais citados foram: contaminação das

águas, lixo e desmatamentos desordenados.

Em nível de Estado, os problemas mais citados foram: Incinerador para lixo inerte,

desmatamentos, aterros sanitários.

No que se refere ao País, os problemas mais citados foram: contaminação do solo, a

água e o desmatamento.

Em nível mundial, os problemas ambientais foram: matança de animais para

fabricação de roupas, poluição do ar, poluição das águas.

Perguntei à professora quais os meios de comunicação e informação que possibilitaram o conhecimento desses problemas. A professora respondeu que os veículos que possibilitaram o conhecimento destes problemas foram: a televisão, jornal, revista, Internet.

Questionei também qual desses meios de comunicação, que foram assinalados, tem maior abrangência, rapidez e qual destes a professora percebe mais, escuta, vê ou lê. Obtive a resposta: “eu gosto muito de assistir aos jornais da televisão, mas eu gosto mesmo é de ler as

revistas: Veja e Época; e o jornal Folha de São Paulo, eu sinto pena de não poder assinar a Folha de São Paulo, por que para mim é o jornal mais completo. Não se tem uma situação financeira boa, que a gente consiga assinar a um jornal como a Folha, eu pretendo

futuramente assinar. Vejo as entrevistas com respaldo, são com critérios, tem bastante confiabilidade”.

Para a professora os meios de comunicação estão “paralelos a nós, e temos que

competir com eles, então precisamos ser criativos, diferentes”.

Questionei essa competitividade entre a televisão e a educação que a professora mencionou, e ela respondeu: “eu vejo a televisão, que mostra o sonho, e nós professores

temos que fazer eles sonharem e ficarem imaginando coisas boas, por que eu não posso trazer o real, o real. Mas não como diz um educador brasileiro que a escola emburrece. Nós temos que deixar os alunos saírem alegres, contentes e sonhando, para a escola não emburrecer, não saírem tristes da escola. A televisão, os meios de comunicação são muito rápidos, eles têm todas as maneiras, eles têm tudo, e o que é que a gente tem: um quadro- negro e giz, umas revistas e dali a gente tem que fazer o máximo”.