• Nenhum resultado encontrado

ACINETOBACTER BAUMANNII SENSITIVITY IN AN INTENSIVE CARE UNIT IN PONTA GROSSA-PR

No documento ARQUIVO COMPLETO (páginas 95-97)

SENSIBILIDADE DE ACINETOBACTER BAUMANNII EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA DE PONTA GROSSA PR

ACINETOBACTER BAUMANNII SENSITIVITY IN AN INTENSIVE CARE UNIT IN PONTA GROSSA-PR

CARLA LUIZA DA SILVA.Enfermeira, Mestranda em Tecnologia em Saúde pela PUC-PR, Docente Colaboradora do Curso de Enfermagem da Universidade Estadual de Ponta Grossa – UEPG LILIANA LAURA ROSSETIN. Enfermeira pela Universidade Estadual de Ponta Grossa - UEPG MARIA DAGMAR DA ROCHA. Enfermeira. Docente MSc do Curso de Enfermagem da Universidade Estadual de Ponta Grossa – UEPG, Chefe do Núcleo de Epidemiologia e Controle de Infecção do Hospital Regional de Ponta Grossa - UEPG Endereço para correspondência: Universidade Estadual de Ponta Grossa, Avenida General Carlos Cavalcanti, n. 4748 – Campus Uvaranas – Bloco M, Departamento de Enfermagem e

Saúde Pública - Sala 120, Ponta Grossa, Paraná, Brasil. CEP 84030-900.

clsilva21@hotmail.com

RESUMO

Acinetobacter baumannii são importantes patógenos hospitalares, por sobreviverem longos períodos em superfícies e desenvolverem resistência a múltiplas drogas, favorecendo sua persistência nas unidades. Objetivos: Levantar a sensibilidade bacteriana do Acinetobacter baumannii, em uma unidade de terapia intensiva (UTI), e as complicações das infecções, nos períodos de janeiro de 2005 a dezembro de 2007, de um hospital filantrópico da Cidade de Ponta Grossa – Paraná. Métodos: Estudo quantitativo, retrospectivo e documental, realizado em 2008. Resultados: Encontrou-se 74 pacientes que adquiriram infecção por Acinetobacter baumannii, com 74 infecções; incluíram-se os fatores de risco como: topografias infecciosas, tratamento antimicrobiano e desfecho. Destacaram-se as principais topografias: trato respiratório, trato urinário e sítio cirúrgico, sendo que, a principal prevalência de infecções foi às pneumonias associadas à ventilação mecânica (PAV). Considerações Finais: As infecções constituem uma complicação de risco significativo à saúde dos usuários. Considera-se fundamental o controle das infecções hospitalares pelas CCIHs e equipes de saúde na UTI, principalmente pela ação do enfermeiro, por meio de ações educativas,

acompanhamento do uso de antimicrobianos, vigilância das cepas hospitalares e da sensibilidade, para evitar a propagação e disseminação de microrganismos, em especial os multirresistentes, tendo em vista escolha antimicrobiana nos tratamentos das infecções.

PALAVRAS-CHAVE: Infecção Hospitalar; UTI; Acinetobacter baumannii, Enfermeiro

ABSTRACT

Acinetobacter baumannii are important hospital pathogens, due to survive for long periods on surfaces and develop resistance to multiple drugs, favoring their persistence in the units. Objectives: To raise the bacterial sensitivity of Acinetobacter baumannii in an intensive care unit (ICU), and complications from infections, from January 2005 to December 2007, of a philanthropic hospital in the city of Ponta Grossa – Paraná. Methods: Quantitative, retrospective and documentary study, which was carried out in 2008. Results: It had found 74 patients who acquired infection by Acinetobacter baumannii, with 74 infections; it had been included risk factors such as: infectious topography, antimicrobial treatment and outcome. The main topographies have stood out: the respiratory tract, urinary tract and surgical place, and the main prevalence of infection were ventilator-associated pneumonia (VAP). Final considerations: Infections constitute a significant complication risk to the health of users. It is considered to be essential the control of hospital infections by CCIHs and health teams in the ICU, mainly by the nurse through educational actions, monitoring of antimicrobial use, surveillance of hospital strains and the sensitivity to avoid the spread and dissemination of microorganisms, especially multidrug-resistant in order to choose the antimicrobial treatment of infections.

KEYWORDS: Hospital infections; ICU; Acinetobacter baumannii, nurse.

INTRODUÇÃO

A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) tem suas origens nas salas de recuperação pós-anestésica (RPA), onde os pacientes submetidos a procedimentos anestésico- cirúrgicos tinham monitorizadas suas funções vitais, sendo instituídas medidas de suporte quando necessário até o término dos efeitos residuais dos agentes anestésicos. São unidades indispensáveis, desenvolvidos para prover serviços aos pacientes criticamente enfermos, suporte de vida à pacientes com falências orgânicas graves, monitoração intensiva que permita a identificação precoce e o tratamento apropriado das intercorrências clínicas graves.

Essas unidades contribuem com mais de 25% dos custos totais da hospitalização relacionados à alta especialização. É praticado um cuidado sofisticado e tecnológico, dinâmico e agressivo, com o objetivo de estabilizar disfunções orgânicas agudas e viabilizar a execução dos procedimentos mais complexos, como cirurgias de grande porte, manejo hemodinâmico invasivo, implantes de próteses e transplantes de órgãos (EGGIMANN & PITTET, 2001).

A internação de pacientes graves em UTI é considerada como fator de risco para a ocorrência de processos infecciosos, uma vez que a susceptibilidade individual a contrair processos infecciosos, pela instabilidade clínica, por submeter-se a procedimentos invasivos, doença de base grave, favorece uma porta de entrada para microorganismos oportunistas, pois freqüentemente ocorrem pela quebra de barreiras necessárias para a manutenção da vida.

As taxas de IH nos pacientes internados em UTI variam conforme o tipo de unidade como coronariana, neurológica ou geral, e também a gravidade da população atendida. Além disso, a infecção contribui para o prolongamento do tempo de permanência e custos nesta unidade, devido às complicações resultantes dos processos infecciosos, entre outros.

As infecções mais freqüentes nesta unidade são as pneumonias, urinárias e feridas cirúrgicas. Dentre as pneumonias existentes nas UTIs, aquela associada à ventilação mecânica (PVM) é a mais comum, sendo o risco de mortalidade atribuído é de 33% a 50% e varia com determinados microorganismos, com altas taxas para Pseudomonas aeruginosa, Acinetobacter, S. aureus meticilino resistente (MRSA) e Enterococcus spp. (MARTINS, 2006).

As bactérias Gram-negativas são freqüentes causadores de IH e são adquiridas por meio de procedimentos contaminados, que servem de reservatórios e vetor destas bactérias. As mais comumente encontradas são: Klebsiella sp, Enterobacter sp, Serratia sp, Proteus sp, E. Coli, Pseudômonas aeruginosa e Acinetobacter sp.

Reforçamos que a bactéria Acinetobacter baumannii, objeto de nosso estudo consegue se adaptar e viver na água, solo úmido, sendo freqüentemente isoladas em ralos de pias. Pode ser encontrado na microbiota normal humana na pele, conjuntiva, nariz, faringe, vagina, trato gastrointestinal, bem como em animais domésticos, silvestres, alimentos à base de leite e carne entre outros.

Este é um dos principais problemas que os hospitais do Brasil e em particular na região Sul, estão enfrentando com relação ao surgimento do Acinetobacter baumannii resistente, por isso nos despertou o interesse em aprofundar nosso conhecimento nesta temática. Nesta perspectiva, nos questionamos: Será que a doença de base do paciente, procedimentos invasivos e a prescrição de antimicrobianos são fatores que desencadeiam o aparecimento do Acinetobacter baumannii? Como se encontra o perfil de sensibilidade e resistência nas duas unidades em estudo?

Contudo, objetivamos nesta pesquisa, levantar a sensibilidade bacteriana do Acinetobacter sp., em uma unidade de terapia intensiva adulto, bem como analisar as complicações das infecções, nos períodos de janeiro de 2005 a dezembro de 2007, na Cidade de Ponta Grossa – Paraná.

No documento ARQUIVO COMPLETO (páginas 95-97)