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RESULTADOS E DISCUSSÃO

No documento ARQUIVO COMPLETO (páginas 37-42)

A IMPORTÂNCIA DA FONOAUDIOLOGIA NO AMBIENTE HOSPITALAR

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os dados obtidos em relação ao número de fonoaudiólogos que integram a equipe multidisciplinar do Hospital na Tabela 1 mostram que o profissional em Fonoaudiologia ainda não conquistou seu espaço no ambiente hospitalar (N=7; 100%).

Para Luz (1999), a Fonoaudiologia Hospitalar não significa atuação em hospital, mas, atendimento ao paciente hospitalizado ainda no leito diferente do atendimento ambulatorial.

TABELA 1. Distribuição dos sujeitos quanto ao número de Fonoaudiólogos integrando a equipe multidisciplinar do Hospital

Fonoaudiólogo na equipe multidisciplinar Número de pessoas % SIM 00 00 NÃO 07 100 TOTAL 07 100,00 0% 20% 40% 60% 80% 100% Sim Não

Figura 1. Distribuição dos sujeitos quanto ao nível de conhecimento dos profissionais

do Hospital sobre o trabalho do Fonoaudiólogo

Na Figura 1, podemos observar que 86% (N=6) dos entrevistados não conhecem o trabalho que o Fonoaudiólogo realiza no ambiente hospitalar e, apenas 14% (N=1) conhece alguma atividade – como a Triagem Auditiva Neonatal – que o fonoaudiólogo faz.

TABELA 2. Distribuição dos sujeitos quanto ao atendimento de pacientes disfágicos ainda no leito

Atendimentos Número de pessoas %

SIM 00 00

NÃO 07 100

TOTAL 07 100,00

Com relação ao atendimento de pacientes disfágicos ainda no leito, na Tabela 2, pode-se observar que todos os entrevistados (N=7; 100%) afirmaram que esse tipo de atendimento é inexistente no Hospital.

Macedo, Gomes e Furkin (2000), a deglutição é um ato reflexo complexo, com respostas motoras padronizadas e modificáveis por alterações no estimulo, no volume e na consistência do bolo alimentar.

Segundo o Conselho Federal de Fonoaudiologia (CFFa), na Resolução 356, de 06 de dezembro de 2008, art. 1: “

“O fonoaudiólogo é o profissional legalmente habilitado para

realizar a avaliação, diagnóstico e tratamento fonoaudiológico das disfagias orofaríngeas, bem como o gerenciamento destas no recém-nascido, na criança, no adolescente, no adulto e no

idoso.” 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% Sim Não

Figura 2. Distribuição dos sujeitos quanto ao acompanhamento ou encaminhamento de

pacientes com fissura labiopalatina para o fonoaudiólogo.

Na Figura 2, pode-se observar que 71% (N=5) dos entrevistados afirmaram que os pacientes portadores de Fissura Labiopalatina são encaminhados para atendimento fonoaudiológico no Centro de Saúde do Município, pois, a instituição não tem esse profissional. Apenas 29% (N=2) dos entrevistados responderam que nunca encaminharam pacientes para atendimento especializado.

Leite et al. (2003), afirmou que o tratamento de um paciente fissurado labiopalatal envolve equipe multidisciplinar e, o fonoaudiólogo tem como objetivo facilitar a recuperação da fala normal.

Quanto à importância da realização do “Teste da Orelhinha” na Tabela 3, observa-se que todos os entrevistados (N=7; 100%) afirmaram ser importante à realização da Triagem Auditiva Neonatal apesar do Hospital não realizar o mesmo.

Segundo a Lei n12.303, de 02 de agosto de 2010, art. 1:

“É obrigatória à realização gratuita do exame denominado Emissões Otoacústicas Evocadas, em todos

os hospitais e maternidades, nas crianças nascidas em

suas dependências.”

TABELA 3. Distribuição dos sujeitos quanto à importância da realização do

“Teste da Orelhinha*” nos recém-nascidos

Importância do Teste da Orelhinha Número de pessoas % SIM 07 100 NÃO 00 00 TOTAL 07 100,00

* Exame audiométrico do recém-nascido.

0% 20% 40% 60% 80% 100% Sim Não

Figura 3. Distribuição dos sujeitos quanto à importância do Fonoaudiólogo integrando

a equipe multidisciplinar do Hospital.

Quanto à importância do Fonoaudiólogo integrando a Equipe Multidisciplinar, na Figura 3, observamos que 86% (N=6) dos entrevistados afirmaram que seria importante ter o Fonoaudiólogo atuando no Hospital para melhor qualidade de atendimento ao paciente; e, apenas 14% (N=1) afirmou não ser importante esse profissional no ambiente hospitalar por desconhecer as atividades que o fonoaudiólogo realiza.

REFLEXÕES

A atuação da Fonoaudiologia no Hospital é recente e está se expandindo a cada dia, não apenas nas grandes cidades, mas, nas pequenas cidades, a demanda de

pacientes que necessitam de atendimento especializado ainda no leito vem crescendo, tornando a Fonoaudiologia Hospitalar uma realidade necessária e urgente.

Em nossa pesquisa, concluímos que no Hospital Municipal de Barbosa Ferraz/PR não tem um fonoaudiólogo atuante por falta de interesse da gestão e/ou por falta de conhecimento do trabalho que o mesmo pode realizar. Com relação ao conhecimento dos demais profissionais sobre a Fonoaudiologia Hospitalar, os pesquisados apresentam pouco conhecimento. Quanto ao atendimento de pacientes disfágicos ainda no leito, no Hospital de nossa pesquisa, esse tipo de atendimento é inexistente. Nos casos de pacientes fissurados labiopalatais, quase todos os entrevistas afirmaram encaminhar para o serviço de fonoaudiologia. A Triagem Auditiva Neonatal (TAN) segundo os entrevistados é importante, porém, o hospital não disponibiliza de equipamento para a realização da mesma. Com relação à importância do fonoaudiólogo integrando a equipe multidisciplinar, a maioria dos entrevistados afirmaram ser importante para um aprimoramento da equipe e melhora na qualidade do atendimento ao paciente hospitalizado.

Conclui-se então, que a atuação do fonoaudiólogo no hospital é um trabalho no sentido de manutenção à vida, prevenindo possíveis complicações ao paciente. Cabe a nós fonoaudiólogos, lutarmos pelo nosso espaço na sociedade e mostrarmos as ações e formas de atuação da fonoaudiologia que favorecem a uma melhor qualidade de vida ao paciente.

REFERÊNCIAS

1. CARRARA-DE ANGELIS, E. Fonoaudiologia Hospitalar: uma nova especialidade? Jornal do CFFa. 2,5,1999.

2. COSTA, M.F.; GAETANO, M.F.; OLIVEIRA, R.C.S.; SILVA, T.S. Conhecimento dos profissionais de saúde sobre a atuação fonoaudiológica em disfagia. Monografia – Faculdades Integradas de fernandópolis, 2010.

3. FURKIN, A.M. Fonoaudiologia Hospitalar. Jornal do CRFa. 30,7,1999.

4. FURKIN, A.M. Disfagia. Curso de Especialização em Motricidade Orofacial – CEFAC. Londrina: CEFAC, 1999.

5. GOMES, W. Fonoaudiologia Hospitalar contemporânea: conhecimento, técnica, humanização e biossegurança. 2011. Disponível em:http://superclickmonografias.comAcesso em: 24/10/2011. 6. HUBIG, D.O.C.; SCHOCHAT, I. Atenção primária em Audiologia. In: BEFI, D. Fonoaudiologia na

atenção primária à Saúde. São Paulo: Lovise, 1997.

7. LEITE, I.C.G. et.al. Fonoaudiologia Hospitalar. Jornal Bras. Fonoaudiologia. Curitiba, 2003. 8. LUZ, E. A fonoaudiologia hospitalar em questão. Jornal do CFFa. 2,4,1999.

9. LUZ, E. A inimaginável complexidade entre o cérebro e a consciência da intervenção fonoaudiológica em pacientes comatosos. [1999, set.13]. Disponível em:

http://www.fonoaudiologia.com.br. Acesso em: 10/10/2011.

10. MACEDO, E.D.; GOMES, G.F.; FURKIN, A.M. Orientações fonoaudiológicas e cuidados do paciente disfágico. In: ___________. Manual de Cuidados do paciente com disfagia. São Paulo: Lovise, 2000.

11. PELEGRINI, A.P.N. Fonoaudiologia Hospitalar: reflexos além das fronteiras. Rev. Fonoaudiologia Brasil. 2,40-44, 1999.

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