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Acompanhamento de subsistemas em estudo

Sendo os reservatórios as instalações mais suscetíveis de acesso a estranhos, estes foram o principal objeto de estudo da avaliação de risco. A avaliação de riscos foi igualmente aplicada à rede de distribuição adjacente aos reservatórios de forma a serem identificadas vulnerabilidades a ataques externos desde a reserva de água até à entrega ao consumidor, assim como ao sistema de telegestão.

4.2.1.1 Reservatórios

De forma a identificar as principais vulnerabilidades que um reservatório está exposto, foi aplicada a metodologia para identificação de vulnerabilidades e avaliação de a três reservatórios do sistema de abastecimento em baixa.Os reservatórios do estudo são: R17-Rasa; R20 – Monte Grande e R19 – General Torres.

A seleção dos reservatórios em estudo teve em conta a antiguidade dos reservatórios, a sua importância na rede de abastecimento e exposição. Nas inspeções realizadas aos reservatórios recorreu-se à utilização de máquina fotográfica e uma lista de verificação (anexo V) de forma a tornar a identificação de vulnerabilidades minuciosa.

4.2.1.1.1 R19 – General Torres

O reservatório de General Torres localiza-se na freguesia de Santa Marinha, figura 13. Este reservatório abastece a zona ribeirinha e centro histórico de Vila Nova de Gaia e apresenta capacidade de 6000 m3.

De momento a instalação de General Torres serve de parque de estacionamento (figura 14), para automóveis de funcionários da Câmara Municipal de Gaia. A entrada de viaturas é realizada de forma livre, sem identificação dos automóveis ou controlo do número de viaturas.

Figura 14 - Reservatório de General Torres.

Devido ao acesso livre que a população pode ter a este reservatório foi realizada o estudo de vulnerabilidades a ameaças terroristas de forma a verificar se este local apresenta uma sensibilidade superior a outros reservatórios. No caso de um ataque externo que comprometa a saúde pública a este reservatório, que abastece diretamente a população, possivelmente a sua deteção será após o abastecimento à população, havendo consequências que podem ser de leves a muito graves.

4.2.1.1.2 R20 – Monte Grande

O reservatório de Monte Grande (figura 15) localiza-se na freguesia de Mafamude, próximo de Santo Ovídio (figura 16), e apresenta uma capacidade de 4000 m3. Este abastece grande parte da população de Mafamude que apresenta mais de 38 000 habitantes.

Figura 15 - Reservatório de Monte Grande

Tendo em conta a enorme importância dada ao reservatório, apresentar um elevado nível de afetação na população e concelho de Vila Nova de Gaia, este foi objeto do estudo de avaliação de vulnerabilidades a uma possível ameaça de atentado. O R20 para além de abastecimento a redes prediais apresenta o abastecimento a outras infraestruturas como hospitais, centros de saúde, escolas, clinicas, estabelecimentos de comercio e restauração, entre outros.

O Reservatório de Monte Grande apresenta presença permanente durante o dia, apenas durante o período laboral. O acesso ao mesmo é facilitado, visto se localizar na face de uma estrada bastante movimentada estando o local identificado.

Não há presença de barreiras físicas de difícil trespasse para a área do reservatório, havendo um sistema de alarme e intrusão no caso de acesso não autorizado para o interior do reservatório. As duas células encontram-se subterradas, havendo higienização das mesmas anualmente. A limpeza das células é realizada anualmente.

4.2.1.1.3 R17 – Rasa

O grupo reservatório da Rasa (figura 17) localiza-se na freguesia de Mafamude, (figura 18), e apresenta três reservatórios: um com duas células de 2500 m3 que abastece população e o reservatório de General Torres. Um reservatório de capacidade 5000 m3 onde é realizada a receção da água da adutora que provém do reservatório do Seixo Alvo. O terceiro reservatório apresenta capacidade de

10 000 m3 que abastece os reservatórios da orla costeira: Fojo, Madalena, Valadares, Francelos e Miramar.

Figura 17 - Reservatório da Rasa.

Este grupo de reservatórios, é a instalação mais antiga, tendo sido construído em 1980, e é aquele que apresenta uma maior capacidade de armazenamento de água, visto alimentar uma zona urbana populosa e diversos reservatórios.

Esta instalação apresenta uma grande importância para o sistema de abastecimento, devido á sua antiguidade e capacidade de reserva. Como tal, esta instalação foi objeto do estudo de avaliação de vulnerabilidades a uma possível ameaça de atentado.

O R17 é também utilizado como estaleiro da Entidade Gestora, sendo depositados materiais de construção e resíduos de construção que resultam/são utilizados para intervenções das Águas de Gaia EM, SA.

Este grupo de reservatórios apresenta presença permanente de pessoal, sistema de videovigilância que não está funcional e sistema de alarme de intrusão apenas no reservatório que abastece diretamente a população e o reservatório de General Torres.

4.2.1.2 Rede de distribuição

A rede de distribuição de Águas de Gaia EM, SA foi estudada tendo em conta o numero de ocorrências durante o ano de 2016.

Aquando uma falha ou avaria na rede é feito o registo dos seguintes parâmetros:  Freguesia;  Morada;  Tipo de avaria;  Subtipo de avaria;  Diâmetro da conduta;  Material;

 Reservatório de onde provém a água;  Se avaria é provocada;

 Causa da avaria;  Data da avaria;

 Hora de fecho da água para reparação;  Hora de abertura de água após reparação;  Número de consumidores afetados;  Chefe de brigada;

 Responsável;  Observações

Na tabela 8, está apresentado o numero total de avarias durante o ano de 2016, assim como o numero de avarias no sistema de Monte Grande, Rasa e General Torres.

Tabela 8 - Número de avarias total e nos subsistemas estudados e em 2016.

Subsistema de avarias Nº avarias

Monte Grande 61

Rasa 165

General Torres 11

Nº total de avarias na rede 905

4.2.1.3 Sistema de telegestão

Em todos os reservatórios de Águas de Gaia EM, SA e em alguns pontos da rede de distribuição encontra-se instalado um sistema de telegestão.

O sistema de telegestão é uma tecnologia que pretende monitorizar e manobrar as instalações hidráulicas em que se encontra instalado, de forma remota. Desta forma é possível realizar uma gestão mais eficiente das instalações e uma monitorização continua de determinados parâmetros pré-estabelecidos, aumentando a qualidade do serviço.

O sistema instalado é SCADA, System Control & Data Aquisition, que permite o controlo remoto das instalações e a aquisição dos dados em tempo real.

O sistema de telegestão nos reservatórios mede o nível de água presente em cada célula, o nível de cloro, caudal de adução e pressão. Na rede distribuição apenas é registado o valor da pressão e caudal distribuído.

Esta tecnologia comunica unidirecionalmente com o centro de comando, que se encontra na sede da EG, via ADSL (figura 19). Em caso de falha no sistema de comunicação ADSL, existe a alternativa de comunicação via APRS. Este sistema encontra-se independente da rede informática das Águas de Gaia, não havendo transferência de dados para a rede interna.

A leitura dos parâmetros é realizada em tempo real e transmitido para o centro de comandos, onde se pode fazer a gestão da informação.

Nos reservatórios estão definidos valores limites máximos e mínimos, de concentração de cloro e de altura de água que quando ultrapassados faz disparar um alarme. Também estão definidos remotamente os valores de set-point que definem o caudal de cloro que é bombeado para cada reservatório.

Esta tecnologia encontra-se instalada e funcional em todos os reservatórios, e encontra-se a ser instalado, ainda numa fase embrionária, na rede de distribuição.

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