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Avaliação de risco de ameaça de terrorismo

Aplicando a metodologia de avaliação de risco, após fazer o reconhecimento da entidade gestora, tendo em conta as vulnerabilidades identificadas. Os riscos identificados estão relacionados com a ameaça de um ataque terrorismo.

Não se considera o risco de atentado terrorista, pois todos os riscos avaliados, supõem a tentativa de um atentado.

Na tabela 12 são avaliados os riscos possíveis de ocorrer por ação terrorista nos reservatórios estudados. Na tabela 13 estão apresentados os riscos identificados possíveis na rede de distribuição da EG e na tabela 14 os identificados no sistema de telegestão.

Tabela 12 - Avaliação de risco aos reservatórios estudados.

Análise Perigo Tipo de perigo Risco ND NE NP NS NC Aceitabilidade

Reservatório General Torres

Danos na estrutura que ponham em causa o

abastecimento de água F Falha na estrutura do reservatório 1 1 1

Muito

baixa 90 II 90 A

Acesso indevido a animais e pessoas F/Q/B18

Danos na estrutura do reservatório; Possibilidade de alteração da qualidade

da água.

6 5 30 Alta 155 I 4650 NA

Reservatório Monte Grande

Danos na estrutura que ponham em causa o

abastecimento de água F Falha na estrutura do reservatório 1 1 1

Muito

baixa 90 II 90 A

Acesso indevido a animais e pessoas F/Q/B Passagem de substâncias

químicas/biológicas para a água 6 3 18 Media 450 III 450 NA

Reservatório Rasa

Danos na estrutura que ponham em causa o

abastecimento de água F Falha na estrutura do reservatório 1 1 1

Muito

baixa 90 II 90 A

Acesso indevido a animais e pessoas F/Q/B Passagem de substâncias

químicas/biológicas para a água 6 3 18 Media 450 III 450 NA

Tabela 13 - Avaliação de risco da rede de distribuição e no sistema de telegestão.

Análise Perigo Tipo de

perigo Risco ND NE NP NS NC Aceitabilidade

Sistema de distribuição

Equipamento danificado,

podendo levar a roturas F Rotura de condutas 2 2 4 Baixa 90 III 360 NA

Contaminação cruzada das

condutas F/Q/B

Contaminação com microrganismos patogénicos, substâncias químicas perigosas e

turvação

2 2 4 Baixa 90 III 360 NA

Acesso de pessoal não

autorizado a equipamento da EG F/Q/B

Vandalismo e contaminação da

água 2 5 10 Média 90 II 1800 NA

Utilização de produtos, ou premissa de infiltrações na rede de substâncias químicas/físicas e

biológicas

F/Q/B Contaminação com substâncias

físicas, químicas ou biológicas 1 2 2

Muito

Baixa 90 III 360 NA

Pressão de rede predial superior à rede pública que leve à circulação de água no sentido

contrário

F/Q/B Perda de controlo da qualidade da

água 10 1 10 Média 155 V 270 A

Falha de bombagem pondo em

causa a elevação de água F/Q/B Paragem de distribuição de água 1 2 2

Muito

Tabela 14 - Avaliação de risco no sistema de telegestão.

Análise Perigo Tipo de

perigo Risco ND NE NP NS NC Aceitabilidade Análise Perigo

Sistema de

Telegestão Rede desprotegida

I19 Acesso de dados 1 1 1 Muito

baixa 10 V 10 A

I Alteração de set-point de cloro 1 1 1 Muito

Baixa 60 V 60 A

4.2.3.1 Ponto críticos de controlo

Verifica-se a existência de riscos a nível inaceitável, que anunciam pontos críticos que devem ser controlados.

Nos reservatórios, os riscos prioritários estão associados com o acesso ao recinto dos mesmo a pessoas não autorizadas, devendo ser implementadas medidas que diminuam este risco a um nível aceitável. No caso do reservatório de General Torres recomenda-se a remoção da utilização do espaço exterior como parque de estacionamento. Uma forma de diminuir o acesso de pessoal não autorizado é através do registo de quem acede às instalações, devendo ser apenas autorizado o acesso de quem tem motivos justificáveis para tal.

É constatado um maior número de riscos, fora do nível de controlo, na avaliação à rede de distribuição de água. Isto acontece, porque o período de tempo que leva até afetar a população é menor, comparando com um ataque aos reservatórios. Um ataque à rede de distribuição pode criar um impacto, de imediato até umas horas à população, enquanto que um atentado aos reservatórios apresenta uma probabilidade maior de ser detetado e antes de criar consequências à população. Os maiores riscos na distribuição de água estão relacionados com os riscos de corte no abastecimento de água e contaminação da água abastecida. Toda a rede de distribuição é sensível caso não haja restrição de acessos ao equipamento, e controlo e manutenção do mesmo, devendo estas medidas serem aplicadas de forma imediata.

Redução de vulnerabilidades

As vulnerabilidades identificadas na rede de abastecimento de água podem ser reduzidas através da implementação de medidas que permitam corrigir determinadas falhas ou aumentar o nível de defesa da EG a um ataque externo.

De forma a reforçar o sistema de segurança de Águas de Gaia, EM, SA contra um atentado é necessário aplicar medidas de controlo nos pontos críticos, que potenciam um nível de risco acima do aceitável.

A medidas podem ser classificadas nas seguintes:

 Medidas de controlo – Medidas aplicadas aos Pontos Críticos, que cujo nível de risco estão acima do aceitável;

 Medidas de correção – Aplicadas de imediato após identificação de uma falha que deve ser corrigida, atuando numa não conformidade;

 Medidas corretivas – Medidas aplicadas após a identificação da causa de uma determinada falha, eliminando essa causa e evitando a repetição de uma não conformidade;

 Medidas de prevenção – Tem como objetivo evitar danos, reduzindo o nível de vulnerabilidades;

 Medidas de monitorização – Verificam, continuamente, as condições de segurança.

4.3.1 Medidas de controlo

Na tabela 15 estão apresentavas as medidas de controlo sugeridas, para resolução dos PCC identificados na análise de risco.

Tabela 15 - Medidas de controlo de PCC.

Análise Ponto Critico de Controlo Medidas de controlo Tipo de medida

Reservatórios

Estrutura danificada

Reparação de falha na estrutura Medida de

correção

Plano de restruturação da estrutura Medida corretiva

Estudo de fonte de abastecimento alternativa à população

Medida de prevenção

Inspeção periódica da instalação Medida de

manutenção

Acesso de pessoas não autorizadas à instalações

Retirada do parque de estacionamento da

instalação de General Torres Medida corretiva

Registo de quem acede aos reservatórios Medida de

prevenção Restruturação das barreiras de acesso à

instalação ( muros, portões) Medida corretiva

Distribuição

Equipamento danificado

Reparação do equipamento Medida de

correção

Substituição do equipamento Medida corretiva

Aplicação de alternativa de abastecimento à

população Medida corretiva

Acesso não autorizado à rede de distribuição e seu equipamento

Restruturação dos acessos à rede com

construção de barreiras Medida corretiva

Registo de quem acedeu à rede e em que circunstâncias

Medida preventiva Refluxo de água da rede predial

Aplicação de válvulas antirretorno entre a rede predial e a rede publica

Medida de correção Levantamento de clientes com captações de

água privada

Medida preventiva

4.3.2 Medidas adicionais

Para além das medidas a aplicar para a diminuição das vulnerabilidades que apresentam um nível de risco inaceitável, são sugeridas medidas que pretendem melhorar o funcionamento da EG, e consequentemente aumentar a sua defesa ao exterior.

Na tabela 16, estão apresentadas as medidas que podem ser aplicadas em diferentes instalações, e sectores da empresa, sendo distinguido o tipo de medida, se o investimento é alto (superior 50 000 €), médio (entre 10 000 e 50 000€) e baixo (inferior a 10 000€). Para alem disso, está apresentado se a medida já se encontra aplicada.

Tabela 16 - Medidas para aumento de segurança externa da EG.

Análise Medidas Tipo de medida Investimento Medida adotada

Reservatórios

Aplicação de sistema de videovigilância funcional

Medida de

monitorização Médio Não

Recolha de amostras de água do reservatório e realização de análises

de qualidade

Medida de

monitorização Baixo Não

Aplicação de barreiras para impedir o

acesso direto à água do reservatório Medida de prevenção Baixo Sim

1 Medição de mais parâmetros em

continuo pela telegestão

Medida de

monitorização Médio Não

Aplicação de um plano de limpeza e desinfeção do reservatório e da

instalação

Medida preventiva Elevado Sim

As responsabilidades concessionadas devem ser atribuídas a empresas

certificadas

Medida preventiva Baixo sim

Restruturação das barreiras de acesso à instalação ( muros, portões,

arbustos de difícil trespasse)

Medida corretiva Médio Não

Sensibilização à população de forma a que estas comuniquem atividades suspeitas próximas dos reservatórios

Medida preventiva Baixo Não

Distribuição

Substituição do equipamento Medida corretiva Elevado Não1

Aplicação de alternativa de

abastecimento à população Medida corretiva Elevado Sim

1 Restruturação dos acessos à rede com

construção de barreiras Medida corretiva Elevado Não

Registo de quem acedeu à rede e em

que circunstâncias Medida preventiva Baixo Sim

Registo mais completo das

ocorrências e avarias Medida preventiva Baixo Não

Aplicação de válvulas antirretorno entre a rede predial e a rede publica

Medida corretiva/preventiva

Baixo a

Elevado Sim

1 Levantamento de clientes com

captações de água privada Medida preventiva Baixo Não

Inspeção periódica Medida de preventiva Baixo Não

Telegestão e controlo da

rede

Aplicação de um network watcher Medida preventiva Baixo Nao

Independência da rede interna da

telegestão Medida preventiva Baixo Sim

Comunicação unidirecional entre cada posto de telegestão e o centro de

comandos

Medida preventiva Médio Sim

Gestão interna

Identificação dos trabalhadores que tem acesso direto às instalações e

equipamentos da rede de abastecimento de água

Medida preventiva Baixo Não

Formação e sensibilização para a

temática de terrorismo Medida preventiva Baixo

A ser implementado Levantamento de todas as

reclamações e realização do seu histórico

Medida preventiva Baixo Não

Estas medidas são sugestões, que pretendem tornar o sistema de segurança externa das Águas de Gaia EM, SA mais robusto. É importante ter em conta o fator económico envolvido na implementação de uma determinada medida, deve ser acompanhada de uma análise de custo- benefício, tendo em conta os objetivos da empresa.

Medidas como: levantamento e registo do histórico de reclamações, e o registo mais completo de ocorrências e avarias permite uma identificação mais concreta das zonas sensíveis da rede. Isto permite o reconhecimento e resolução de problemas antes de estes sucederem. Para além disso, estas medidas apresentam um baixo investimento e resultam num aumento de qualidade do serviço e eficiência da empresa.

A restruturação de instalações e da rede de distribuição implicam um investimento muito elevado, cujo beneficio pode não ser justificável. A implementação de fiscalizações periódicas do estado de equipamentos e das instalações, apresenta um investimento reduzido, e permite identificar o que é prioritário na aplicação de medidas corretivas.

A sensibilização e formação dos recursos humanos na empresa é uma medida que apresenta elevado beneficio, pois para além do conhecimento que os trabalhadores adquirem, estes sentem que são valorizados e uteis para a empresa, resultando num melhor ambiente de trabalho. Esta medida enquadra-se em qualquer área da empresa, sendo que no estudo da segurança da EG é essencial a relação de confiança entre os trabalhadores e a gestão de topo. Em países como a Alemanha existem recomendações como, os trabalhadores não exporem o seu local de trabalho nas redes socias, que muitas vezes são meio e influencia externa

Validação da metodologia

Esta metodologia é validada após a sua implementação e verificação de resultados com a mesma. Visto o tempo de estágio ser insuficiente para a realização do reconhecimento da empresa (com estudo de vulnerabilidades e riscos), aplicação do plano e verificação e resultados, não foi possível validar a metodologia.

Para a metodologia apresentada apresentar uma validação verosímil, é necessário a implementação da mesma durante um período de tempo superior a um ano. Só após um ano é possível verificar todas as variáveis naturais de sucederem em diferentes estações do ano, que influenciam o funcionamento da EG. Compatibilidade com o PSA da EG

O PSA da Águas de Gaia, EM, SA foi realizado em simultâneo com a elaboração do plano de segurança antiterrorismo, de forma a que ambos sejam complementares.

Uma das falhas a combater nos próximos anos na EG, será a subestimação das vulnerabilidades externas num sistema de abastecimento de água, que possam apresentar uma ameaça terrorista, querendo a ERSAR estabelecer novas recomendações para os sistemas de abastecimento de água. O PSA das Águas de Gaia, EM, SA, a ser implementado até ao fim de 2017 apresentará uma abordagem conservativa no que diz respeito a ameaças externas. Com a realização das ações de sensibilização com o SIS espera-se que a empresa adquira conhecimento para a identificação de indicadores de ameaça de terrorismo, que será posto em prática após a implementação do plano.

5 CONCLUSÃO

No presente trabalho, é referido como os atentados terroristas de que a Europa tem sido alvo, tem aumentado o receio na população e uma alteração de politicas em diferentes sectores. Hoje em dia, os estados europeus e empresas, realizam um investimento na segurança de forma a poder transmitir confiança e serenidade à população.

O fenómeno do terrorismo tem como objetivo oprimir uma população, para imposição de uma ideologia através de atos de violência física e psicológica.

Sendo a água um bem essencial à vida e as redes de abastecimento de água uma infraestrutura crítica que cria impacto na população que serve, estas podem ser alvo de um ataque, afetando um elevado numero de pessoas e consequentemente espalhando o pânico muito facilmente.

O fator de ameaça de terrorismo esteve sempre nas empresas de abastecimento de água, sendo que nos dias de hoje a probabilidade da ocorrência ser mais elevada, aumentando o nível de risco. De forma a estudar as ameaças que uma rede de abastecimento de água enfrenta foi aplicada uma metodologia de identificação de vulnerabilidades e avaliação de riscos num caso real.

O caso de estudo foi aplicado na empresa Águas de Gaia, EM, SA sendo realizadas fiscalizações a diferentes pontos da rede para levantamento de fragilidades presentes na EG e que podem ser exploradas por um agente de ameaça. As fiscalizações foram realizadas com o preenchimento de fichas de constatação, onde se baseou a identificação de vulnerabilidades.

A metodologia utilizada é uma adaptação da metodologia de avaliação de riscos utilizada na empresa, estando esta ajustada à realidade da EG. Esta pretende classificar os riscos de forma qualitativa e quantitativa, avaliando se os mesmos encontram-se num intervalo aceitável, sem grande prejuízo para a empresa. Em casos em que os riscos sejam classificados fora do nível de controlo estabelecido, deve haver atitude da EG em aplicar medidas de forma que os fatores de riscos sejam eliminados/reduzidos.

A metodologia foi aplicada aos reservatórios de General Torres, Monte Grande e à rede distribuição e ao sistema informático de telegestão.

No reservatório de General Torres constatou-se, como principal vulnerabilidade, o acesso facilitado à população. A instalação deste reservatório serve de parque de estacionamento, não havendo qualquer controlo de acessos, ou registo de entrada de viaturas. Foi observado situações de vandalismo, como vidros partidos, sem reparação pela parte da EG. Neste caso recomenda-se a remoção da utilização do espaço exterior como parque de estacionamento.

O reservatório de Monte Grande apresenta uma localização que beneficia o acesso, visto se localizar numa estrada principal. Este reservatório abastece diretamente a área com maior densidade populacional, e alimentando diversos edifícios sensíveis, como hospitais, clinas e escolas. Este reservatório apesar de apresentar alguma carência das condições de limpeza, verificou-se um funcionamento de acordo com o estipulado.

O reservatório da Rasa, abastece um maior numero de população, sendo o reservatório que abastece a zona da orla costeira do concelho. Este reservatório serve também de estaleiro das obras da Águas de Gaia, EM, SA, por este motivo há trabalhadores em horário permanente. Apesar da presença contínua de pessoal, existe uma carência na organização do espaço interior do reservatório e limpeza do mesmo.

No caso do reservatório de General Torres Uma forma de diminuir o acesso de pessoal não autorizado é através do registo de quem acede às instalações, devendo ser apenas autorizado o acesso de quem tem motivos justificáveis para tal. Outra medida de prevenção nestes reservatórios, que se consegue ter acesso direto às células, é aplicação de barreiras e manutenção dos reservatórios, com período mensal.

No que diz respeito à rede de distribuição, um dos problemas identificados é não haver o total conhecimento da rede, nem registo pormenorizado de todas as ocorrências e comparação com situações anteriores. Ao se realizar um histórico de avarias e ocorrências, e sua transposição para sistema geográfico, vai permitir uma análise mais coerente e direta de problemas na rede, assim como identificação e sinalização de áreas críticas. Por outro lado, o facto de não haver instalação de válvulas antirretorno entre a rede predial e a rede pública permite que haja refluxo de águas privada, que poderá estar contaminada, para o sistema de abastecimento.

O sistema de telegestão encontra-se instalado em todos os reservatórios da EG, e encontra-se a ser instalado na rede distribuição. Esta tecnologia permite a aquisição continua de dados, que são encriptados e o controlo remoto do set-point de cloro nos reservatórios. Este sistema é considerado de alta segurança, tendo participado num concurso europeu de segurança de antiterrorismo. Após a aplicação da avaliação de risco foi possível identificar como PCC as seguintes falhas: fácil acesso aos reservatórios e equipamentos da rede de distribuição, equipamento danificado e refluxo da rede predial para a rede pública.

As medidas de controlo recomendadas baseiam-se na limitação/proibição de acessos às instalações, manutenção de equipamentos de forma periódica e colocação de válvulas de antirretorno em toda a rede.

Para além das medidas de controlo são propostas medidas de prevenção, proteção e monitorização que reduzem a possibilidade de ameaça de ataque externo e que terão benefícios no desempenho da empresa. Medidas como: aplicação de sistema de videovigilância funcional, registo de ocorrências de forma completa e realização do seu histórico, manutenção periódica dos equipamentos e instalações, formação e comunicação transparente entre os diferentes sectores da empresa.

Este plano de segurança será implementado durante o ano de 2017, integrando no PSA a implementar pela empresa Águas de Gaia, EM, SA. Já se encontram implementadas medidas como a ação de sensibilização aos funcionários da parte do SIS.

É importante ter em conta que a ameaça terrorista é algo dinâmico, sendo algo imprevisível muito depende de fatores externos como: política, ambiente social e económico. É importante haver uma

comunicação transparente entre o município e as forças policiais de forma a que em caso de alerta todo o processo de emergência seja realizado de imediato.

Recomendações Futuras

No futuro recomenda-se uma colaboração entre diferentes entidades como a Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, a ERSAR, o SIS e a PSP/GNR. A comunicação e a elaboração de estratégias em conjunto entre estas entidades, permite uma mais fácil identificação de fatores de ameaça e melhor preparação de capacidade de resposta em caso de emergência.

É interessante a aplicação de um estudo semelhante no sistema em alta (AdDP) pois este, em caso de atentado, cria um impacto muito elevado, sendo diversos concelhos afetados, cuja gravidade pode ser muito elevada.

Para além disso, é importante a revisão da legislação em vigor que regulamenta a água para consumo humano, assim como do guia técnico da ERSAR para formulação de Planos de Segurança da água para consumo humano. Estes regulamentos focam-se muito na segurança interna, devendo ser regulamentadas medidas de forma a reforçar a segurança externa nos SAA. Devem ser realizados estudos de forma a ser possível uma rápida identificação de água contaminada, como o caso de monitorização biológica em que são usados seres vivos para a identificação de contaminantes em sistemas hídricos naturais.

Haver comunicação entre diferentes SAA, quer a nível nacional e europeu, que apresentem uma segurança externa mais elevada, de forma a haver partilha de conhecimento e de abordagens utilizadas que possam ser replicadas.

6 BIBLIOGRAFIA

Água de Gaia, EM, S. A. (2016). Manual de Qualidade, Ambiente e Segurança.

Assaf, D. (2008). Models of critical information infrastructure protection. International Journal of Critical Infrastructure Protection, 1, 6–14. https://doi.org/10.1016/j.ijcip.2008.08.004 Cagno, E., De Ambroggi, M., Grande, O., & Trucco, P. (2011). Risk analysis of underground

infrastructures in urban areas. Reliability Engineering and System Safety, 96(1), 139–148.

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